Aula nº 07. Direito Penal (Parte Especial) Perdão Judicial no Homicídio, Induzimento ao Suicício

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1 Página1 Curso/Disciplina: Direito Penal Aula: Direito Penal (Parte Especial) - 07 Professor(a): Marcelo Uzeda Monitor(a): Marianna Dutra de M. F. Peregrino Aula nº 07 Direito Penal (Parte Especial) Perdão Judicial no Homicídio, Induzimento ao Suicício Perdão Judicial Art. 121, 5ª Se aplica ao homicidio culposo. Art Matar alguém: Pena - reclusão, de seis a vinte anos. 5º - Na hipótese de homicídio culposo, o juiz poderá deixar de aplicar a pena, se as consequências da infração atingirem o próprio agente de forma tão grave que a sanção penal se torne desnecessária. Se as consequências do fato, do homicídio culposo, atingem o autor de forma tão grave, que a pena se torna desnecessária, o juiz pode deixar de aplicar a pena. Ou seja, quando a vida já se encarregou de punir o autor de alguma forma. Perdão judicial é causa de extinção da punibilidade extinção de punibilidade não gera reincidência, conforme exposto no Art. 120, CP e Art. 107, IX, CP, além da súmula 18, STJ. Perdão judicial Art A sentença que conceder perdão judicial não será considerada para efeitos de reincidência. Extinção da punibilidade Art Extingue-se a punibilidade: IX - pelo perdão judicial, nos casos previstos em lei. Súmula 18/STJ: A sentença concessiva do perdão judicial é declaratória da extinção da punibilidade, não subsistindo qualquer efeito condenatório.

2 Página2 A súmula 18 do STJ teve como objetivo, dar uma interpretação extensiva ao art 120, que tem uma redação limitada. Reincidência quando alguém pratica novo crime, após ter sido condenado por sentença anterior. A sentença que concede o perdão judicial, não condena, ou seja, eu apenas perdoo o culpado. Ela não aplica pena, por isso, não se aplica a questão da reincidência nesse caso. Fixação da pena Art O juiz, atendendo à culpabilidade, aos antecedentes, à conduta social, à personalidade do agente, aos motivos, às circunstâncias e conseqüências do crime, bem como ao comportamento da vítima, estabelecerá, conforme seja necessário e suficiente para reprovação e prevenção do crime: I - as penas aplicáveis dentre as cominadas; II - a quantidade de pena aplicável, dentro dos limites previstos; III - o regime inicial de cumprimento da pena privativa de liberdade; IV - a substituição da pena privativa da liberdade aplicada, por outra espécie de pena, se cabível. Segundo o artigo 59, CP, as funções da pena seriam de retribuição e prevenção. Caráter retributivo da pena a pena é enxergada como um castigo o mal causado pelo agente, vai ser compensado, através da pena. Caráter preventivo a pena tem uma função utilitária. Prevenção geral é para sociedade, ou seja, quando aplico uma pena, a sociedade vai receber uma mensagem. Prevenção geral positiva - é a conscientização da sociedade de que precisam respeitar o ordenamento juridico. Prevenção geral negativa é uma intimidação, quando eu aplico uma pena, eu mando um recado para a sociedade, se vale a pena cumprir aquele delito mesmo. Prevenção especial é direcionada para o condenado. A negativa se dá pela neutralização do criminoso. Tirando ele do convívio social, no tempo que se encontra preso, ele não pode mais cometer delitos/crimes. Já a positiva se dá através da ressocialização. O condenado ele tem que saber que ele ira sair um dia e que no dia que ele voltar ao convivio social, ele teria que estar melhor do que antes.

3 Página3 Segundo o artigo 59, CP, deve-se conciliar as duas funções da pena. A partir do momento que a pena não cumpre uma dessas funções, ela se torna desnecessária, sendo esse um dos fundamentos do perdão judicial. Lembrando que não é a simples dor psíquica - moral, que caracteriza o perdão judicial. Além disso, é necessário que o autor sinta uma dor, uma perda, de modo que ele seja atingido pelo fato de uma forma tão grave, que faz com que a pena se torne desnecessária. O legislador não fez uma relação de parentesco, ou seja, a situação pode acontecer entre parentes ou não. Segundo o entendimento dos tribunais superiores há a necessidade de um vinculo subjetivo entre o autor e a vitima, de modo que esse sofrimento decorrente do fato, tendo atingido o autor de forma muito grave, que faz com que a pena não seja mais necessaria, autorizando o afastamento da pena, com a concessao do perdao judicial. OBS: O STF admite a extensão do perdão, a aplicação do perdão judicial do art.121, 5º, CP nas hipóteses do CTB. Uma vez que como, o homicídio culposo na direção de veículo automotor, ele é remetido, o STF diz que ele tem todas as características do homicídio culposo do código penal, inclusive a opção de perdão judicial. Art 122, CP Induzimento, instigação ou auxílio a suicídio Induzimento, instigação ou auxílio a suicídio Art Induzir ou instigar alguém a suicidar-se ou prestar-lhe auxílio para que o faça: Pena - reclusão, de dois a seis anos, se o suicídio se consuma; ou reclusão, de um a três anos, se da tentativa de suicídio resulta lesão corporal de natureza grave. Parágrafo único - A pena é duplicada: Aumento de pena I - se o crime é praticado por motivo egoístico; II - se a vítima é menor ou tem diminuída, por qualquer causa, a capacidade de resistência. É um crime doloso contra a vida. Suicídio é a deliberada destruição da propria vida. Não é uma conduta amparada pelo ordenamento juridico, não é um exercício regular de direito, ou seja, teoricamente, não posso me matar. Porém, você não pode ser punido pela auto lesão, salvo na situação da gestante que tenta se matar, podendo ela ser punida por uma tentativa de aborto ou um aborto.

4 Página4 Salvo essas situações, o ordenamento juridico NÃO pune essas auto lesões, em razão do princípio da ofensividade, da lesividade que determinam que o direito penal só pode incidir nas condutas que afetem gravemente a esfera jurídica alheia. Nessa hipótese, o induzimento não pode ser confundido pela hipótese do homicídio, porque o autor não pratica o ato executório de matar. O bem jurídico protegido nessa situação é a vida humana; o agente promove o induzimento, a instigação da destruição da vida alheia, de modo que o próprio titular do bem jurídico é quem tira a própria vida. Sujeito ativo pode ser qualquer pessoa. Ele não é partícipe do suicídio alheio, mas autor de delito autônomo, perfeitamente configurado com a prática de qualquer uma das condutas descritas no tipo penal. Sujeito passivo crime comum, não há qualquer restrição do sujeito assivo quanto ao da figura delitiva em apreço. Deve ser pessoa determinada, não perfazendo o delito o induzimento genérico. Não há qualquer restrição, a princípio, do sujeito ativo, porém, a pessoa sem discernimento vai caracterizar homicídio por autoria mediata. Segundo o art. 122, CP, o sujeito passivo não sustenta nenhuma característica especial, assim como sujeito ativo. Não existe delito com induzimento genérico, para caracterizar induzimento ao suicídio, tem que ser pessoa determinada. Nesse caso, não há crime. A mera apologia ao suicídio, não caracteriza crime. Também é necessário que a vítima tenha discernimento, ou seja, se a vitima é um doente mental, o induzimento ao suicídio dessa pessoa vai caracterizar homicídio com autoria mediata. Não será induzimento ao suidicio, porque a vítima precisa ter discernimento para entender quais serão as consequências do seu ato. OBS: O código penal e o ECA não estão alinhados. Isso porque, no código penal, o legislador presume que menor de 14, não tem discernimento. Tipicidade objetiva e subjetiva induzir signifca inspiprar, incutir, sugerir, persuadir fazer brotar no espírito de outrem, ideia suicida que enseja a germinação, na vítima, do propósito de supressão da própria vida. Desequilibra definitivamente a situação e origina a resolução e o ato executivo do suicídio. Instigar é estimular, incitar, acoroçoar, animar, alguém ao suicídio.

5 Página5 A ideia suicida preexiste, mas o instigador impulsiona de modo decisivo sua concretização. A decisão final o suicídio é motivada pela conduta daquele que, de forma consciente e voluntária, reforça o propósito suicida. Prestar auxílio para o suicídio alheio.: Nesse caso, o agente colabora fornecendo os meios necessários para que a vítima alcance o propósito de matar-se, é indispensável a eficiência causal do auxílio. Ex: o empréstimo da arma, de veneno, ou de qualquer outro meio hábil a efetivação da intenção suicida.

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