RELATÓRIO DE CONFERÊNCIA DE PROJETOS DE PESQUISA

Transcrição

1 Portal do Coordenador PLATAFORMA SUCUPIRA Emitido em 10/08/2018 às 12:22 RELATÓRIO DE CONFERÊNCIA DE PROJETOS DE PESQUISA Ano de Referência: 2018 Instituição de UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO (USP) Ensino: Programa: LINGÜÍSTICA ( P3) Nome: A semiótica das poéticas experimentais Data de Início: 01/01/2015 Data da Situação: 01/01/2015 Descrição: As poéticas experimentais podem ser definidas por suas tendências, ao buscar por novos efeitos de sentido, a inovar e a subverter as formas poéticas tradicionais, ditas canonizadas. Entre esses processos, está a superação dos sistemas semióticos tradicionais, buscando complexificar semióticas que, antes, eram tomadas separadamente. A poesia visual, por exemplo, complexifica a semióticas verbal e plástica; a poesia performática, por sua vez, complexifica poesia verbal e encenação teatral; a vídeo poesia é verbovisual. Desse modo, por envolver formas semióticas canonizadas e a recorrência a múltiplas semióticas, são nossos objetivos descrever os processos de significação nesse tipo de poética, com base nas correlações entre os processos de estabilização, depuração, inovação e subversão das formas textuais. Com tais objetivos, as poéticas experimentais são definidas e analisadas de, pelo menos, dois pontos de vistas: (1) enquanto texto, formado por meio de correlações entre categorias semânticas, categorias prosódico-fonológicas, próprias da expressão verbal, e as categorias semióticas próprias dos sistemas não-verbais envolvidos; (2) enquanto práxis discursiva, definida nas relações entre enunciação e enunciado, estabelecidas historicamente. ANTONIO VICENTE Docente 01/01/ SERAPHIM PIETROFORTE CLARISSA FERREIRA Discente - Mestrado 01/08/ MONTEIRO RICARDO AKIRA SANOKI Discente - Doutorado 14/07/ Nome: Acento e inacento no plano do conteúdo: uma abordagem semiótica. Descrição: A noção de acento já traz do plano da expressão a marca da indivisibilidade ou da unicidade que a opõe à pluralidade do inacento. Uma sílaba acentuada, por exemplo, opõe-se a todas as outras que não possuem essa propriedade. Sua duração é concentrada e associada a uma energia vocal mais intensa, o que resulta em duas características fundamentais para a abordagem tensiva: singularidade e alta tonicidade. 1/6

2 Toda sílaba tônica passa por uma triagem no âmbito da extensidade sonora e por um acréscimo de volume no campo da intensidade. Assim sendo, o acento contém em si ambas as dimensões da teoria tensiva. A passagem ao plano do conteúdo é quase direta. As grandezas que assomam ao campo de presença com a densidade e tonicidade necessárias para serem levadas em consideração no universo de sentido do Homem são fenômenos acentuados que se opõem às numerosas outras grandezas que não possuem esses mesmos valores tensivos. Portanto, o acento manifesta-se no conteúdo não somente como assomo, mas também como sobrevir ou apreensão (na esfera do sujeito) e como acontecimento (na esfera do objeto). Mais que dar ênfase a um determinado aspecto discursivo, o acento de sentido substitui muitas vezes a importante noção de pertinência (Zilberberg, 2007, p. 15), que sempre norteou tanto a linguística saussuriana como a semiótica. Apesar da origem sonora, o ponto de vista acentual mostra todo o seu rendimento quando aplicado às oscilações do sentido. Pode até mesmo nos auxiliar na compreensão do funcionamento dos modelos descritivos, sobretudo nos casos em que seus critérios preveem variações de pertinência. Nossa aplicação principal será nos domínios literário e cancional. Equipe Não precisa informar o CPF dos alunos do programa LUCAS TAKEO SHIMODA Discente - Doutorado 01/01/ LUIZ AUGUSTO DE Docente 01/01/ MORAES TATIT MARCELO COSTA Discente - Doutorado 01/01/ SEGRETO Nome: Estudos Semióticos sobre a emergência do sentido. Percepção, semiocepção, enação e neurocepção. Data de Início: 01/01/2016 Data da Situação: 01/01/2016 Descrição: O objetivo central do estudo é demonstrar que o conceito de semiocepção que responde pela apreensão e construção do mundo humano, segundo hipótese desenvolvida em tese de livre-docência (USP- 2015), traduzida para o francês e publicada em 2017 pode alimentar o debate sobre a emergência do sentido à escala da fenomenologia humana. Com tal conceito pode-se evitar o idealismo filosófico, cujo poder de gestão da apreensão do mundo é tarefa da Razão -; (ii) podem-se contornar as dificuldades do naturalismo realista que entende todo o poder da percepção natural dos seres (animais ou humanos) como atributos, equipagens, propriedades, "morfogenéticas" ou "epigenéticas" da matéria carnal dos corpos. O conceito de semiocepção tenta evitar as dificuldades da transcendentalidade filosófica do espírito do sujeito, bem como a hipóstase das "propriedades" naturais prévias das pesquisas naturalistas, de vez que se funda na objetividade dos discursos, nas astúcias da enunciação, via operação semiológica das linguagens, na tarefa de apreensão e de construção do mundo humano. ALEXANDRE FELIPE DE Discente - Mestrado 01/08/ SOUSA ELIANE DOMANESCHI Discente - Doutorado 01/01/ PEREIRA JOYCE DO NASCIMENTO Discente - Mestrado 03/07/ LOPES NATALIA CIPOLARO Discente - Doutorado 01/08/ GUIRADO 2/6

3 WALDIR BEIVIDAS Docente 01/01/ Nome: Estudos semióticos sobre o sentido no mundo humano: o animal que não sou mais (percepção, enação, neurocepção, semiocepção) Descrição: Objetivos do projeto: (i) debater o conceito de semiocepção proposto em tese de livredocência (2015) perante o conceito de percepção que tem o estatuto de primazia na filosofia fenomenológica de Merleau-Ponty; (ii) debater o conceito de semiocepção perante o conceito de enação (F. Varela) como um lugar específico para a ação da linguagem na apreensão do mundo pelo homem, de mesma importância quanto aos acoplamentos estruturais com o meio ambiente que afetam todas as ações somáticas do metabolismo corporal; (iii) examinar em que medida o conceito de semiocepção possa rivalizar com as neurocepções cerebrais que, segundo as neurociências, seriam a cabine de comando da emergência do sentido; (iv) propor uma narratologia semiológica para o rol das grandes narrativas da antropogênese, a postular a hipótese do homem como animal que deixou de sê-lo. WALDIR BEIVIDAS Docente 01/01/ Nome CONS NAC DE DESENVOLVIMENTO CIENTIFICO E TECNOLOGICO Natureza do Início Financiamento BOLSA 01/01/2017 Fim Nome: Intolerância e diversidade nos discursos na internet e no ensino Data de Início: 01/01/2016 Data da Situação: 01/01/2016 Descrição: O projeto tem por objetivo examinar os procedimentos linguístico-discursivos de diferentes tipos de discursos preconceituosos e intolerantes, e, em especial, os discursos intolerantes na internet e no ensino. Para tanto são examinados também as características específicas dos discursos na internet, que contribuem para a exacerbação da intolerância e do preconceito, e o papel da internet e da escola no estabelecimento de discursos de inclusão da diversidade. Esse projeto participa da pesquisa sobre os discursos intolerantes que desenvolvemos com bolsa de produtividade do CNPq (pesquisador 1A). 3/6

4 ANA CAROLINA CORTEZ Discente - Doutorado 01/08/ NORONHA DIANA LUZ PESSOA DE Docente 01/01/ BARROS Nome CONS NAC DE DESENVOLVIMENTO CIENTIFICO E TECNOLOGICO Natureza do Início Financiamento BOLSA 01/01/2016 Fim Nome: Semiótica e Bakhtin: diálogos possíveis Data de Início: 01/01/2014 Data da Situação: 01/01/2014 Descrição: Com vistas a respalda do quadro teórico-metodológico de uma estilística discursiva, que discute as condições de emergência do corpo do sujeito em relação ao tempo-espaço que o sustenta, trazemos à luz o pensamento de M. Bakhtin e do Círculo a ele concernente. Então, se, para a obtenção do sujeito enunciador como identidade discursiva, partimos de um princípio que leva em conta a geração do sentido no interior dos textos, concomitantemente nos voltamos para o outro, para a alteridade constituinte da identidade, o que é iluminado pelo princípio dialógico da linguagem. Firmados conceitualmente numa imanência que é atravessada pela transcendência desde as profundezas da geração do sentido, interpelarmos, a partir de proposições feitas por Bakhtin e pelo Círculo, noções teóricas relativas ao estilo do gênero e ao estilo autoral, este obtido nas fronteiras estabelecidas com aquele, enquanto cada unidade textual vista como um todo é considerada comparativamente ou segundo o diálogo estabelecido com o que a circunda. Mediante tais pressupostos buscamos aprofundar o entendimento que diz respeito à relação entre o sujeito da enunciação e o sujeito do enunciado (grosso modo, autor e herói ), bem como o entendimento que diz respeito à relação entre o sujeito e a cultura, as formas de vida e as práticas discursivas. Nessa busca teórico-metodológica desencadeada em relação ao estilo como corpo de um sujeito-no-mundo, paralelamente buscamos, em princípios postos por Bakhtin e pelo Círculo, subsídios que compõem as noções relativas: à carnavalização e à polifonia; ao cronotopo e à exotopia; ao signo e à refração ideológica; ao discurso da vida e ao discurso da arte. MARCOS ROGERIO Discente - Doutorado 01/01/ MARTINS COSTA NORMA DISCINI DE CAMPOS Docente 01/01/ Nome: Semiótica: estética e ética Área de Concentração: SEMIOTICA E LINGUISTICA Linha de Pesquisa: DESCRIÇÃO E ANÁLISE DOS 4/6

5 Descrição: Na vizinhança com o método fenomenológico do pensamento (eixo Husserl-Merleau-Ponty) e sem perder de vista os parâmetros teóricos da AD (Análise do Discurso) francesa, em especial com os trabalhos de Dominique Mangueneau, examinaremos como a semiótica discursiva pensa a construção do sentido, orientado para diferentes Estéticas e Éticas. Esse movimento desenvolverá a noção discursiva de estilo, vinculado à configuração do corpo do ator da enunciação. LUCAS PORTO DE Discente - Doutorado 01/08/ QUEIROZ MARCOS ROGERIO Discente - Doutorado 01/01/ MARTINS COSTA NORMA DISCINI DE CAMPOS Docente 01/01/ Nome: Teoria semiótica e aplicações em diferentes tipos de discursos Descrição: São desenvolvidas no projeto propostas teóricas no âmbito sobretudo dos estudos enunciativos, em relação a diferentes tipos de discurso. No quadro da enunciação são observadas, teoricamente, as questões referentes aos atores e actantes da enunciação e à aspectualização do tempo, do espaço e do ator. Com essas ferramentes são examinados e comparados discursos publicitários, gramaticais, jurídicos e políticos, entre outros. ANA CAROLINA CORTEZ Discente - Doutorado 01/01/ NORONHA DIANA LUZ PESSOA DE BARROS Docente 01/01/ Nome: Teoria semiótica e prática do semioticista: perspectivas para hoje. Data de Início: 01/01/2014 Data da Situação: 01/01/2014 Descrição: O vasto e abrangente campo dos estudos semióticos que tem por objeto o engendramento do sentido nas linguagens é, como todos sabem, atravessado por múltiplas tendências, entre as quais nossa 5/6

6 atenção se volta, em prioridade, para a chamada Escola de Paris, com a contribuição central de A. J. Greimas, seus comentadores e sua posteridade científica. Desde o advento da semiótica das paixões e a consequente promoção do sensível nesse conjunto de investigações, muito se caminhou em termos de invenção teórica e epistemológica (cf., para falar de um caso eloquente, os desenvolvimentos da tensividade em Claude Zilberberg); não houve, porém, um aggiornamento comparável no instrumental analítico, o que vem ocasionando, pouco a pouco, algum descompasso entre os modelos teóricos e descritivos em uso. Por outro lado, devemos nos indagar simultaneamente sobre o fazer dos semioticistas dentro do meio em que evoluem, sua forma de agir, seu cuidado com a construção da teoria e a formação de novos pesquisadores, sua menor ou maior disponibilidade para o diálogo com seus pares nas diversas áreas limítrofes, suas respostas e perplexidades perante as demandas sociais do presente. ADRIANA ELISA INACIO Discente - Mestrado 01/08/ DANIEL CARMONA LEITE Discente - Doutorado 01/08/ IVA CARLOS LOPES Docente 01/01/ LETICIA MORAES LIMA Discente - Doutorado 01/08/ LUCIA PASSAFARO PERES Discente - Mestrado 01/07/ SAULO NOGUEIRA Discente - Doutorado 01/08/ SCHWARTZMANN Voltar Setor Bancário Norte, Quadra 2, Bloco L, Lote 06, CEP Brasília, DF CNPJ / Copyright 2010 Capes. Todos os direitos reservados. Imprimir 6/6