O art. 98, do CPM enumera as chamadas penas acessórias. As três primeiras foram, desde sempre, consideradas inconstitucionais.

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1 ENCONTRO 08

2 DAS PENAS ACESSÓRIAS Penas Acessórias Art. 98. São penas acessórias: I - a perda de posto e patente; (considerado inconstitucional) II - a indignidade para o oficialato; (considerado inconstitucional) III - a incompatibilidade com o oficialato; (considerado inconstitucional) IV - a exclusão das forças armadas; V - a perda da função pública, ainda que eletiva; VI - a inabilitação para o exercício de função pública; VII - a suspensão do pátrio poder, tutela ou curatela; VIII - a suspensão dos direitos políticos. Função pública equiparada Parágrafo único. Equipara-se à função pública a que é exercida em empresa pública, autarquia, sociedade de economia mista, ou sociedade de que participe a União, o Estado ou o Município como acionista majoritário. O art. 98, do CPM enumera as chamadas penas acessórias. As três primeiras foram, desde sempre, consideradas inconstitucionais. O posto é o grau hierárquico do oficial militar. Patente é o diploma confirmatório dos postos dos Oficiais, sendo conferidas aos Oficiais das Forças Armadas pelo Presidente da República e aos Oficiais das polícias e bombeiros militares pelos Governadores dos Estados. A emenda constitucional de 1969 já afastava a possibilidade de que a perda do posto e da patente constituísse uma conseqüência automática da condenação do Oficial a uma pena privativa de liberdade superior a dois anos (ver art. 99, do CPM). A Constituição Federal de 1988 trata do assunto no art. 142, VI e VII e no art. 125, parágrafo 4º. A Indignidade e a incompatibilidade para o Oficialato (ver arts. 100 e 101 do CPM) também não se aplicam como penas acessórias, dependendo ou da decisão do tribunal, de acordo com o que prevê a Constituição Federal, ou de decisão do Conselho de Justificação, em âmbito administrativo. Vejo o que diz a CF/88 ART. 142 (...) VI - o oficial só perderá o posto e a patente se for julgado indigno do oficialato ou com ele incompatível, por decisão de tribunal militar de caráter permanente, em tempo de paz, ou de tribunal especial, em tempo de guerra; VII - o oficial condenado na justiça comum ou militar a pena privativa de liberdade superior a dois anos, por sentença transitada em julgado, será submetido ao julgamento previsto no inciso anterior; pág. 2

3 Perda de posto e patente Art. 99. A perda de posto e patente resulta da condenação a pena privativa de liberdade por tempo superior a 2 anos, e importa a perda das condecorações. Não recepcionada pela Constituição Federal de Dispõe o art. 142, 3.º, VI: o oficial só perderá o posto e a patente se for julgado indigno do oficialato ou com ele incompatível, por decisão de tribunal militar de caráter permanente, em tempo de paz, ou de tribunal especial, em tempo de guerra. Na sequência, o inciso VII: o oficial condenado na justiça comum ou militar a pena privativa de liberdade superior a dois anos, por sentença transitada em julgado, será submetido ao julgamento previsto no inciso anterior. Desse modo, cabe sempre ao tribunal militar a decisão acerca da perda de posto ou patente. No caso de oficial das Forças Armadas é o Superior Tribunal Militar. Os oficiais da Polícia Militar e Bombeiros devem ser julgados pelo Tribunal de Justiça Militar, quanto houver, ou pelo Tribunal de Justiça do Estado. Este último aspecto vem consolidado pelo art. 125, 4.º, da Constituição Federal ( cabendo ao tribunal competente decidir sobre a perda do posto e da patente dos oficiais e da graduação das praças ). Quando houver julgamento pelo Tribunal do Júri (homicídio cometido contra civil), segundo nos parece, ainda assim, cabe ao Tribunal de Justiça Militar (ou Tribunal de Justiça), embora o STF tenha decisão no sentido de competir ao próprio Júri tal mister (conforme citação feita por Célio Lobão, Comentários ao Código Penal Militar, p. 272) Indignidade para o oficialato Art Fica sujeito à declaração de indignidade para o oficialato o militar condenado, qualquer que seja a pena, nos crimes de traição, espionagem ou cobardia, ou em qualquer dos definidos nos arts. 161, 235, 240, 242, 243, 244, 245, 251, 252, 303, 304, 311 e 312. Os demais crimes que tornam o oficial indigno são: 161 (desrespeito a símbolo nacional); 235 (Pederastia ou outro ato de libidinagem); 240 (furto simples); 242 (roubo simples); 243 (extorsão simples); 244 (extorsão mediante seqüestro); 245 (chantagem); 251 (estelionato); 252 (abuso de pessoa); 303 (Peculato); 304 (Peculato mediante aproveitamento do erro de outrem); 311 (Falsificação de documento); e 312 (Falsidade ideológica) Incompatibilidade com o oficialato Art Fica sujeito à declaração de incompatibilidade com o oficialato o militar condenado nos crimes dos arts. 141 e 142. Esta norma não foi recepcionada pela Constituição Federal de 1988, nos termos em que proposta, vale dizer, como pena acessória. Nos crimes contra a segurança externa do Brasil (arts. 141 e 142, CPM), tal declaração de incompatibilidade deve ser proferida pelo STM, no tocante aos oficiais das Forças Armadas; pelo Tribunal de Justiça Militar, onde houver, ou Tribunal de Justiça, aos oficiais da Polícia Militar e Bombeiros. Exclusão das forças armadas Art A condenação da praça a pena privativa de liberdade, por tempo superior a 2 anos, importa sua exclusão das forças armadas. pág. 3

4 Esta pena acessória (ou efeito da condenação) continua válida para as praças das Forças Armadas. Não é automática, devendo ser expressamente imposta na decisão condenatória e devidamente fundamentada. No tocante aos militares estaduais, prevalece o disposto no art. 125, 4.º, da CF, cabendo ao Tribunal de Justiça Militar, onde houver, ou ao Tribunal de Justiça impor a exclusão. Perda da função pública Art Incorre na perda da função pública o assemelhado ou o civil: I - condenado a pena privativa de liberdade por crime cometido com abuso de poder ou violação de dever inerente à função pública; II - condenado, por outro crime, a pena privativa de liberdade por mais de dois anos. Parágrafo único. O disposto no artigo aplica-se ao militar da reserva, ou reformado, se estiver no exercício de função pública de qualquer natureza. Esta pena acessória (ou efeito da condenação) equivale ao previsto no art. 92, I, do Código Penal comum. Aplica-se ao civil, que cometa crime militar, abusando de seus deveres, quando no exercício de função pública em órgão militar. Neste caso, qualquer que seja o montante da pena. Aplica-se, ainda, ao civil que cometa outro crime militar, não envolvendo violação de dever, mas cuja pena supere dois anos. A figura do assemelhado, prevista neste artigo, não mais existe. O previsto no parágrafo único é inútil, pois o militar da reserve ou reformado é civil. A perda deve ser expressamente prevista na sentença condenatória e devidamente fundamentada, quando se tratar da primeira hipótese (art. 103, I). Inabilitação para o exercício de função pública Art Incorre na inabilitação para o exercício de função pública, pelo prazo de dois até vinte anos, o condenado a reclusão por mais de quatro anos, em virtude de crime praticado com abuso de poder ou violação do dever militar ou inerente à função pública. Termo inicial Parágrafo único. O prazo da inabilitação para o exercício de função pública começa ao termo da execução da pena privativa de liberdade ou da medida de segurança imposta em substituição, ou da data em que se extingue a referida pena. Constitui pena acessória (ou efeito da condenação), aplicável ao civil, que exerça atividade em repartição militar, desde que a infração cometida se relacione a abuso de poder ou violação de dever. Na realidade, conforme o caso, tornase relevante aplicar a pena de perda da função, seguida da inabilitação. Justifica-se a gravidade do efeito da condenação imposto, tendo em vista a severidade da pena, que deve ser superior a quatro anos. Há quem sustente a desproporcionalidade do tempo de inabilitação de dois a vinte anos, embora assim não nos pareça. Considerando que tal efeito é aplicável a penas superiores a quatro anos somente atingível por delitos realmente graves a inabilitação é proporcional. Ademais, imaginando-se a fixação da pena de cinco anos, pode-se estabelecer cerca de três anos de inabilitação; aplicando-se pena mais elevada, podese aumentar proporcionalmente a inabilitação. Essa pena deve ser expressamente fixada na sentença e devidamente fundamentada. pág. 4

5 Suspensão do pátrio poder, tutela ou curatela Art O condenado a pena privativa de liberdade por mais de dois anos, seja qual for o crime praticado, fica suspenso do exercício do pátrio poder, tutela ou curatela, enquanto dura a execução da pena, ou da medida de segurança imposta em substituição (art. 113). Suspensão provisória Parágrafo único. Durante o processo pode o juiz decretar a suspensão provisória do exercício do pátrio poder, tutela ou curatela. Esta pena acessória (ou efeito da condenação) guarda correspondência com a prevista no art. 92, II, do Código Penal comum.entretanto, nesta legislação reserva-se tal pena acessória para delitos cometidos, especificamente, contra filho, tutelado ou curatelado. Em virtude disso, não se compreende o motivo pelo qual foi instituída no Código Penal Militar. A ilogicidade é evidente. De toda forma, esse efeito, se porventura for fixado, deve ser expresso na sentença condenatória e devidamente fundamentado. Suspensão dos direitos políticos Art Durante a execução da pena privativa de liberdade ou da medida de segurança imposta em substituição, ou enquanto perdura a inabilitação para função pública, o condenado não pode votar, nem ser votado. Acima da lei, encontra-se a previsão constitucional do art. 15, III: é vedada a cassação de direitos políticos, cuja perda ou suspensão só se dará nos casos de: ( ) III condenação criminal transitada em julgado, enquanto durarem seus efeitos. Portanto, o art. 106 deste Código encontra-se em harmonia com a Constituição Federal. Imposição de pena acessória Art Salvo os casos dos arts. 99, 103, nº II, e 106, a imposição da pena acessória deve constar expressamente da sentença. ATENÇÃO!!!! As três hipóteses de imposição de pena acessória automaticamente, sem necessidade do julgador explicitá-la na sentença condenatória são as seguintes: a) perda de posto e patente (art. 99), que não mais subsiste como pena acessória, devendo ser declarada por tribunal militar competente para tanto, nos termos da atual Constituição Federal; b) perda da função, por parte do civil, quando a pena atinge patamar superior a dois anos; c) suspensão dos direitos políticos, que, nos termos da CF de 1988, dá-se automaticamente, logo, esta norma está em harmonia com aquele texto. Tempo computável Art Computa-se no prazo das inabilitações temporárias o tempo de liberdade resultante da suspensão condicional da pena ou do livramento condicional, se não sobrevém revogação. pág. 5

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