AJES - INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO DO VALE DO JURUENA ESPECIALIZAÇÃO EM PSICOPEDAGOGIA E EDUCAÇÃO INFANTIL 8,5

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1 AJES - INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO DO VALE DO JURUENA ESPECIALIZAÇÃO EM PSICOPEDAGOGIA E EDUCAÇÃO INFANTIL 8,5 PSICOMOTRICIDADE E O DESENVOLVIMENTO INFANTIL APARECIDA RUFINO DOS SANTOS WEBER cida.weber@hotmail.com ORIENTADOR: PROF. DR. ILSO FERNANDES DO CARMO ALTA FLORESTA/ 2017

2 AJES - INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO DO VALE DO JURUENA ESPECIALIZAÇÃO EM PSICOPEDAGOGIA E EDUCAÇÃO INFANTIL PSICOMOTRICIDADE E O DESENVOLVIMENTO INFANTIL APARECIDA RUFINO DOS SANTOS WEBER ORIENTADOR: PROF. DR. ILSO FERNANDES DO CARMO Trabalho apresentado como exigência parcial para a obtenção do Título de Especialização em Psicopedagogia e Educação Infantil. ALTA FLORESTA/2017

3 Educai as crianças, para que não seja necessário punir os adultos. (Pitágoras)

4 RESUMO Esta monografia com o tema Psicomotricidade e o desenvolvimento infantil tem como objetivo compreender a importância da psicomotricidade para o desenvolvimento e aprendizagem na educação infantil. Foi elaborada através de pesquisas bibliográficas com base nas concepções de importantes autores. Constatou-se que o profissional da área da educação ou até mesmo os pais que possuam conhecimento sobre a psicomotricidade, saberão estimular o desenvolvimento físico e intelectual da criança de forma contundente, tornado-a um adulto saudável e capaz. Desta forma, torna-se imprescindível o estudo sobre o objeto a que se destina a pesquisa em questão, que visa conceituar, explicar e orientar sobre os fatores da psicomotricidade que auxiliam na aprendizagem da criança. Palavras-chave: Psicomotricidade. Educação infantil. Aprendizagem.

5 SUMÁRIO INTRODUÇÃO A PSICOMOTRICIDADE E SUAS ATRIBUIÇÕES A história dos estudos sobre psicomotricidade O PROCESSO DE APRENDIZAGEM INFANTIL A importância da psicomotricidade para a aprendizagem da criança ELEMENTOS BÁSICOS DA PSICOMOTRICIDADE FORMAS DE INTERVENÇÃO PSICOMOTORA CONSIDERAÇÕES FINAIS REFERÊNCIAS... 39

6 INTRODUÇÃO A psicomotricidade possui vários conceitos. Muitos deles até confundidos entre as pessoas que acreditam ser apenas algo relativo ao movimento corporal. Na realidade, o conceito de psicomotricidade vai muito além da simples movimentação do corpo, uma vez que contribui de maneira significativa para a formação e estruturação de todo o esquema corporal. Ela pode ser definida como a consciência de que corpo, mente e espírito estão intimamente conectados, mediante a ação. A afetividade e a formação de personalidade da criança também estão associadas à psicomotricidade. Algumas atividades proporcionam às crianças a criação e a interpretação do mundo em que vivem, e exatamente por isso é sempre aconselhável o ensino mediante atividades lúdicas, jogos para trabalhar o desenvolvimento motor e desempenhar uma aprendizagem eficiente. Destarte, não se pode reduzir o conceito de psicomotricidade apenas como a movimentação para o desenvolvimento do corpo, pois ela também é responsável pelo desenvolvimento da mente e até mesmo do comportamento da criança. Por isso, a abordagem da psicomotricidade na aprendizagem é importante, pois ela explica como a criança busca experiências com seu próprio corpo, seja para movimentar-se, seja para se expressar. As atividades recreativas, lúdicas e que respeitem o gosto da criança proporcionam bem estar, favorecem o desenvolvimento corporal e mental, melhoram a aptidão física, a socialização, a criatividade, dentre outros fatores importantes para a aprendizagem. São exemplos de atividades físicas que promovem um bom equilíbrio psicológico e emocional na criança: rolar, balançar, dar cambalhotas, se equilibrar em um pé só, andar para os lados, equilibrar e caminhar sobre uma linha no chão, etc. Entretanto, nos dias de hoje, com tantos aparatos tecnológicos tais como: jogos virtuais, internet, TV, dentre outros, vivemos situações preocupantes acerca da promoção de atividades recreativas. Elas estão sendo substituídas por outras atividades que não proporcionam os mesmos benefícios físicos, psicológicos e sociais que as antigas brincadeiras. Esse é o ponto de partida para a problemática que envolve o objeto desta pesquisa sobre a importância da psicomotricidade no

7 06 processo de aprendizagem: uma maior divulgação sobre o assunto com o intuito de orientar pais e profissionais da educação no desenvolvimento emocional, psicológico, corporal e intelectual de seus filhos e alunos. É fato que a psicomotricidade é importante para a vida do homem, e é exatamente por isso, que se torna ainda mais importante procurar entender e analisar as definições para essa ciência, a fim de ensinar como aplicá-las em situações educacionais fundamentais. O conhecimento a respeito da psicomotricidade para o profissional da educação é indispensável, apesar de que, muitas vezes é ignorado, pois sua filosofia estimula traçar um perfil psicológico do aluno. Os jogos de quebra-cabeça, encaixes, dominó e outros, trabalham a psicomotricidade a fim de levar a criança a conclusões lógicas. Os jogos que exigem um pouco mais de esforço físico, como é o caso das atividades físicas, futebol, vôlei, entre outros, levam a criança a perceber os diferentes movimentos de seu corpo e sentir os benefícios que cada atividade pode lhe proporcionar. Como mencionado anteriormente, a psicomotricidade está completamente ligada com a aprendizagem. Este fato pode ser explicado usando como exemplo o próprio desenvolvimento da criança, onde ela vai aprendendo gradativamente a se movimentar e a ter domínio sobre seu próprio corpo. É feita então, uma análise do desenvolvimento motor da criança que é dividida em quatro estágios. Necessário se faz compreender esses estágios para um melhor acompanhamento desde os primeiros dias de vida da criança até o quarto estágio, onde a criança já terá acima de 12 anos de idade. A psicomotricidade torna-se um assunto muitas vezes desconhecido pelos pais e profissionais da educação. Muitos estudos são desenvolvidos acerca de sua relação com a aprendizagem, entretanto, não são divulgados nem oferecidos em forma de treinamento ou reciclagem para o profissional do ensino. Estima-se que a partir do conhecimento sobre psicomotricidade, tanto os pais saberão desenvolver e analisar o movimento corporal de seus filhos, quanto os professores, no nível de desenvolvimento corporal mais elevado da criança, saberão trabalhar com o aluno propondo exercícios satisfatórios para o processo de aprendizagem. O fato é que a ciência do movimento constitui-se uma importante

8 07 ferramenta para desenvolver a capacidade postural, uma imagem mental do corpo e, por conseguinte, trabalhar o intelectual da criança, uma vez que corpo e mente são intimamente ligados no ser humano. No capítulo I é apresentado a definição de Psicomotricidade, suas principais atribuições e importância para o desenvolvimento das crianças além de uma breve história dos estudos referente a psicomotricidade embasado nos principais autores que aborda esta temática. O capítulo II aborda as principais contribuições da psicomotricidade para o desenvolvimento da criança durante o processo de ensino e aprendizagem. O capítulo III apresenta os elementos necessários para o desenvolvimento pleno da psicomotricidade, os estágios e etapas que a criança passa durante o desenvolvimento da psicomotricidade. No capítulo IV são apresentadas sugestões de intervenções que o professor pode e deve fazer para o aperfeiçoamento da psicomotricidade de seus alunos..

9 1 A PSICOMOTRICIDADE E SUAS ATRIBUIÇÕES A psicomotricidade pode ser definida como a ciência que estuda o homem através de seu corpo em movimento, suas relações internas e externas. Seu estudo está ligado a três premissas principais: o movimento, o intelecto e o afeto. Destarte, a psicomotricidade tem fortes relações com o processo de aprendizagem. (A PSICOMOTRICIDADE, 2011). O conceito de movimento também não pode ser reduzido apenas ao simples ato de se movimentar sem intenção ou consciência. Nessa perspectiva, o movimento humano, segundo ALVES (2005), é construído a partir de um objetivo, ou seja, todo movimento está relacionado com a consciência ou o ato de pensar. Interessante é que nem sempre nos damos conta disso, como por exemplo, quando estamos andando, pensamos para andar, aonde ir, quais movimentos se adiante ou atrás, mas o nosso cérebro trabalha tão rápido nessas tarefas diárias que nós nem nos damos conta de que andamos porque pensamos. Em outras palavras, o movimento humano constitui-se uma atitude um comportamento. O estudo das etapas de desenvolvimento motor da criança mostra que o movimento é uma das primeiras aprendizagens que a criança passa a ter, desde o primeiro estágio, que vai de 0 a 6 meses de idade. Com 6 meses de idade a criança geralmente aprende a sentar-se. A evolução dessas etapas, que são divididas em quatro e compreendem a fase desde 0 a 8 anos de idade, torna-se relevante para os estudos da psicomotricidade, uma vez que previne problemas da aprendizagem e reeduca o tônus, a postura, a lateralidade e o ritmo. (BARRETO, 2000). A aprendizagem a partir do estímulo ao movimento da criança é satisfatório, pois trabalhando as funções motoras, perceptivas, sócio-motoras e afetivas, segundo BERNS (2002), possibilita a criança explorar ambientes, expressar-se com maior naturalidade, experimentar situações concretas que desenvolvem o seu intelecto. A educação trabalhada com as técnicas da psicomotricidade faz com que a criança seja capaz de tomar consciência de si mesma e do mundo que a cerca. O psicomotricista, segundo FERRONATTO (2006), é o profissional da área do movimento e pode atuar nas áreas da educação, consultoria, pesquisa e clínica. O trabalho desse profissional pode ser avaliativo ou preventivo nos transtornos de

10 09 integração somato-psíquica e da retrôgenese, podendo atender público diferenciado que vai desde uma criança em fase de desenvolvimento até a 3º idade. Seu trabalho também é focado para portadores de necessidades especiais englobando as deficiências sensoriais, motoras, mentais e psíquicas. Para uma melhor compreensão das atribuições da psicomotricidade, necessário se faz elucidar a motricidade e seu desenvolvimento. A motricidade ou a atividade muscular, segundo LE BOULCH (1999), possui várias fases de desenvolvimento, como, a fase do desenvolvimento motor, a da organização psicomotora que aparece na infância e a da estruturação da imagem do corpo que compreendem o período da pré-adolescência e adolescência. O estudo da motricidade é também dividido em quatro níveis: o primeiro que corresponde a etapa do corpo submisso, o segundo, pertinente a etapa do corpo vivido, o terceiro relativo à etapa do corpo descoberto e o quarto que corresponde à etapa do corpo representado. Essa divisão em níveis compreende desde a fase de movimentos involuntários do corpo dos bebês, chegando até a fase por volta dos 5 a 6 anos, quando a criança já poderá controlar voluntariamente seus movimentos. Para LE BOULCH (1999, p.19), a criança desenvolve uma imagem mental do corpo, a partir da aprendizagem praxicológica, somente quando atinge a idade de 10 a 12 anos. Em outras palavras, a percepção mental do corpo da criança é importante, pois somente através dela é que se desenvolverá a intervenção voluntária no perfeito desenvolvimento de uma práxi. Dessa maneira, LE BOULCH (1999, p. 19) aponta uma distinção entre percepção visual do corpo e percepção sinestésica: Muitos autores identificam a imagem do corpo apenas a seus componentes visuais. A utilização do teste do boneco para descobrir o nível de estruturação do esquema corporal corresponde a esta hipótese. Aos dados visuais devem ser associados aos dados sinestésicos cujo aparecimento na consciência pressupõe o jogo da função de interiorização. Diante do exposto, a concepção do desenvolvimento motor compreende a toda a fase de percepção em que a criança é acometida até a sua fase de préadolescência quando a mesma aprende de forma completa o controle voluntário. Ouro fato relevante a ser ressaltado sobre o desenvolvimento da motricidade, segundo FONSECA (2008), é a sua relação com o desenvolvimento das funções mentais. A partir dos 3 anos de idade, a criança passa a ter um

11 10 conhecimento mais objetivo e menos afetivo da relação entre o mundo exterior e ela. Anterior a essa idade, que Piaget denominou de fase da inteligência sensóriomotora, torna-se praticamente impossível afirmar o que é motor, afetivo ou intelectual. Desse modo, a motricidade passa então a desempenhar um aspecto cognitivo. Nessa perspectiva, uma boa concepção psicomotora e o acompanhamento de seu desenvolvimento na criança, segundo FERRONATTO (2006), são imprescindíveis para garantir um desenvolvimento harmonioso e até mesmo um bom equilíbrio emocional. Isso explica os inúmeros estudos acerca da psicomotricidade. 1.1 A HISTÓRIA DOS ESTUDOS SOBRE PSICOMOTRICIDADE Os estudos sobre psicomotricidade iniciaram-se no século XIX com Maine de Biran que já defendia a teoria de colocar o movimento como um componente essencial na estruturação psicológica do eu. Entretanto, há indícios que Aristóteles ( a.c.) já tratava sobre o dualismo corpo e alma, quando defendia que o homem era feito de uma certa quantidade de matéria (corpo) moldada numa forma (alma). (MELLO, 2006). Conforme NEGRINE (1995, p. 33) apud ALMEIDA e TAVARES (2010, p. 07), a psicomotricidade tem sua origem no termo grego psyché, que significa alma, e no verbo latino moto, que significa mover frequentemente. Diante disso, pode-se inferir que os indícios sobre os estudos da psicomotricidade há alguns séculos antes de Cristo são verdadeiros. Em outras palavras, o homem sempre procurou desvendar os mistérios de seu próprio corpo. Mesmo que os conceitos da psicomotricidade já tenham sido difundidos há tantos séculos, o termo psicomotricidade só foi usado pela primeira vez em 1900, por Wernik para conceituar uma patologia denominada debilidade motora. A esse respeito, corrobora LUSSAC: Historicamente o termo psicomotricidade aparece a partir do discurso médico, mais precisamente neurológico, quando foi necessário, no início do século XIX, nomear as zonas do córtex cerebral situadas mais além das regiões motoras. (2008, p.03). A partir destas descobertas, passam a ser observadas inúmeras disfunções graves sem que o cérebro esteja lesionado, ou seja, foi descoberta uma série de

12 11 doenças vinculadas às atividades gestuais e atividades práxicas. Até então, os médicos usavam o sistema anátomo-clínico que relacionava os sintomas do paciente com possíveis lesões focais, entretanto, esse método já não podia explicar alguns fenômenos patológicos. Foi então que surgiu o termo psicomotricidade, em 1870, pela necessidade de encontrar uma área que explique certos fenômenos clínicos. (SBP, 2003, apud LUSSAC, 2008, p. 03). Posteriormente, muitos autores dedicaram-se às pesquisas sobre o desenvolvimento motor e suas relações com o intelecto, tais como: Claparéde, Montessori, Schilder, Gesell, Wallon, Piaget, Ajuriaguerra, dentre outros. Nos estudos de Arnold Gessel, foram analisadas em crianças a cada ano de idade completado por elas: as características motrizes, a conduta adaptativa, a linguagem e a conduta pessoal- social. Já Henri Wallon trabalhou juntamente com Piaget, grande nome da mais conceituada escola da Psicologia Genética na época. Ambos identificaram três tipos de movimentos chamados: passivo ou exógeno, autógeno ou ativo e deslocamento de seguimentos corporais ou das frações. Entretanto, seu estudo mais relevante compreende a função tônica da musculatura e sua relação com a esfera emocional (MELLO, 2006). Piaget, segundo MELLO (2006), ficou mais interessado da sucessão de estágios que precedem o pensamento lógico do adulto, utilizando um grande número de termos biológicos para expor seus resultados, ganhou extrema relevância suas teorias sobre organização, que ele define como algo necessário em qualquer ato vital, e a adaptação que ele acredita ter duas funções: a assimilação e a acomodação. A principal teoria de Piaget onde ele divide os estágios de desenvolvimento em quatro períodos: o sensório-motor, o pré-operacional, operações concretas e operações formais, estão diretamente relacionados com a psicomotricidade (MELLO, 2006). No período sensório-motor, as significações que permeiam o pensamento humano estão associadas às utilidades das ações. Portanto, as significações nada mais são que os resultados de assimilações de objetos a esquemas já formados, ou seja, fruto de interpretações. No nível pré-operatório e ainda no período sensório motor, o significado de um objeto constitui ao que podemos fazer com ele, pensar e

13 12 dizer sobre ele PIAGET, 1989, p. 148 apud ROSA (2004, p.57). Trataremos com mais detalhes sobre os estágios de Piaget no capítulo posterior. Conforme COSTALLAT et al (2002, p.13), a história da psicomotricidade no Brasil segue os passos da Escola Francesa: Os estudos de Dupré e Charcot originados da via instinto emocional a busca às respostas das crianças com dificuldades escolares nortearam também os cientistas sul-americanos e brasileiros a encontrarem, na França, o refúgio para suas dúvidas. Era clara e nítida a influência da Escola Francesa de Psiquiatria Infantil e da Psicologia no início do século no mundo todo. As mudanças sócio-culturais provocadas pelo pós-guerra apresentavam, segundo COSTALLAT et al (2002), um quadro de dificuldades psicocognitivas. Desta forma, surgiu a necessidade de progredir nos estudos pertinentes à aprendizagem, focar as ciências psicológicas e pedagógicas. Na Europa, as creches atendiam as necessidades de uma sociedade industrial ao mesmo tempo que servia de laboratório para os pesquisadores da área da aprendizagem. No Brasil, o processo de valorização dos estudos pedagógicos e psicológicos ocorreu um pouco mais tarde. De acordo com LUSSAC (2008), o neuropsiquiatra Dupré, em 1909, cumpre um importante papel no campo da psicomotricidade, pois afirma a independência da debilidade motora. Por outro lado, André Thomas e Saint-Anné Dargassie, nesse período, iniciaram os estudos sobre o tônus axial. Posteriormente, o médico psicólogo Henry Wallon, associa, em seus estudos, o movimento humano e a construção do psiquismo. A teoria de Wallon foi de suma importância, pois permite relacionar o movimento do corpo com a afetividade, a emoção, ao meio ambiente e aos hábitos do indivíduo. Em 1935, o exame psicomotor, desenvolvido pelo neurologista Edouard Guilmain, possibilitava desde o diagnóstico, a indicação terapêutica e o prognóstico da debilidade motora. Todos esses estudos contribuíram para os avanços da psicomotricidade, bem como, a tornaram uma disciplina específica e autônoma. A partir dos anos 70, o Brasil recebe a visita de pesquisadores estrangeiros para ministrar cursos, palestras e formar os profissionais brasileiros. A esse respeito corrobora LUSSAC (2008, p. 4): Em 1977 é fundado o GAE, Grupo de Atividades Especializadas, que veio promover a partir de 1980 vários encontros nacionais e latino-americanos. O Primeiro Encontro nacional de Psicomotricidade foi realizado em O GAE é responsável pela parte clínica e o ISPE, Instituto Superior de Psicomotricidade e Educação, destinado à formação de profissionais em

14 13 psicomotricidade, se dedica ao ensino de aplicações da psicomotricidade em áreas de saúde e educação. Em 1982, o ISPE-GAE realiza o vínculo científico-cultural com a Escola Francesa através da exclusiva Delegação Brasileira da OIPR -Organisation Internationale de Psychomotricité et de Relaxation. A SBP - Sociedade Brasileira de Psicomotricidade, entidade de caráter científico-cultural sem fins lucrativos, foi fundada em 19 de abril de 1980 com o intuito de lutar pela regulamentação da profissão, unir os profissionais da psicomotricidade e contribuir para o progresso da ciência, promovendo congressos, encontros científicos, cursos, entre outros. Nesse panorama, o desenvolvimento dos estudos sobre a psicomotricidade no Brasil deslanchou-se e os avanços foram significativos, como por exemplo, o reconhecimento da diferença entre postura reeducativa e uma terapêutica, o que passou a valorizar mais os aspectos emocionais e afetivos para as intervenções da psicomotricidade. Outro teórico de imensurável importância para os estudos da psicomotricidade foi, segundo FERRONATTO (2006), Ajuriaguerra, que lançou sua principal obra,na década de 50, com o título de Manuel de Psychiatre de I Enfant que abordava o embasamento teórico de um curso de medicina dirigido aos estudantes e aos colaboradores da cadeira de Psiquiatria e do Serviço Médico e Pedagógico de Genebra. Este livro é importante, pois traz diversos temas tais como: o desenvolvimento infantil segundo a Psicologia Genética, a vida social da criança e do adolescente, os problemas gerias do desenvolvimento, os problemas gerais da desorganização psicobiológica da criança, a organização psicomotora e seus distúrbios, a organização e a desorganização da linguagem na criança, a evolução e os distúrbios do conhecimento corporal e da consciência do eu, as grandes síndromes: psicoses infantis, organizações neurológicas infantis, doenças psicossomáticas, dentre outros. Conforme MELLO (2006, p. 29), justamente por tratar dessa diversidade de assuntos relacionados ao desenvolvimento da criança, e, passados três décadas do lançamento da primeira edição do seu Manual de Psiquiatria Infantil, Ajuriaguerra continua sendo um dos autores mais citados nos trabalhos pertinentes ao desenvolvimento infantil. Outra obra que contribuiu para o início dos estudos sobre psicomotricidade, segundo FERRONATTO (2006), foi o Tratado de Psicologia dos autores franceses: Gratiot-Aphaderye Renné Zazzo. A partir do lançamento desse livro, e posteriormente do manual de Avaliação Psicológica organizado por Renné Zazzo, vários outros autores dedicaram-se aos estudos do desenvolvimento da criança

15 14 considerando o movimento. De acordo com COSTALLAT et al (2002, p. 14), Jean Le Boulch, Fraisse e Stern, se preocupavam com o ritmo tempo e espaço, noções sequer pensadas como importantes pelos psicometristas. Essa preocupação contribui bastante para os estudos relativos à psicomotricidade. É irrefutável a influência francesa nos estudos brasileiros sobre o desenvolvimento infantil, focando os aspectos da psicomotricidade. Nesse panorama, é relevante apontar Antônio Branco Lefréve que organizou a primeira escala de avaliação neuromotora para crianças brasileiras. Nesta época, é fundada em Ibirité, Minas Gerais, o primeiro centro organizado para atendimento de deficientes mentais, que motivou, posteriormente, a criação das APAEs, Pestalozzi, COA, etc. (COSTALLAT et al, 2002, p.15). A partir disso, muitos franceses vieram ao Brasil ministrar cursos e palestras sobre psicomotricidade, e o nosso país não ficou para trás no desenvolvimento dos estudos sobre o desenvolvimento infantil: A história tomou seu rumo, e o Brasil não fugiu dele. Aberto a aprender sempre, hoje é um mercado ascendente em total ascensão, colocando alguns dos autores internacionais com obras em recorde de tiragem. O Dr. Vitor da Fonseca tem suas obras sempre esgotadas e já está em sua 10 edição em algumas delas (COSTALLAT et al, 2002, p.17). Nesse panorama, podemos afirmar que o tema psicomotricidade evolui consideravelmente no Brasil, tanto, que nem precisamos mais ler em francês ou espanhol para estudar sobre o assunto.

16 2 O PROCESSO DE APRENDIZAGEM INFANTIL A criança começa a tomar consciência de si mesma no primeiro ano de vida. Com o passar do tempo, ela desenvolve uma fase afetiva deixando a sua fase passiva, e num futuro próximo, vai se tornando uma pessoa com consciência de si que está sempre em busca de descobrir o seu eu. Portanto, podemos dizer que, nós seres humanos temos uma existência repleta de fases, onde mudamos completamente. O corpo e mente se transformam: desenvolvemo-nos fisicamente, mudamos as atitudes, a forma de pensar, o comportamento, etc. De acordo com BERNS (2002, p. 06), o desenvolvimento refere-se às mudanças progressivas ao longo do tempo, e elas podem ser quantitativas ou qualitativas. São quantitativas quando se referem ao crescimento físico, ou seja, de volume, passivo de medidas objetivas, e são qualitativos no sentido de compreensão moral ou adaptação social. E assim, cada fase do ser humano passa à medida que vamos desenvolvendo nossa personalidade. A personalidade segundo A. Gesell, é o resultado de um crescimento lento e gradual, e o sistema nervoso amadurece por etapas e seqüência. A educação deve guiar e favorecer o crescimento e a adaptação da criança ao mundo em que vai viver (MUTSCHELE, 1996, p. 14). O desenvolvimento da personalidade do indivíduo perpassa várias fases e aspectos, dentre eles estão: a hereditariedade, o pré-natal, o nascimento, o físico, a percepção, o comportamento, a cognição, a linguagem a emoção, o social e a personalidade, os papéis sexuais, a moral, dentre outros. Conforme BERNS (2002, p.03), saber como todas as crianças progridem durante as mesmas fases de desenvolvimento é tão significativo quanto saber como os resultados das crianças diferem. Sobre a hereditariedade, infere-se que assemelha os da mesma raça e da mesma família, ou seja, as crianças normalmente se parecem com seus pais,mas não são idênticos a eles. Portanto, temos várias teorias sobre esse aspecto do desenvolvimento infantil. MUTSCHELE (1996), aponta três teorias da hereditariedade: a preformação ocorre quando o óvulo ou espermatozóide tem um ser preformado, em miniatura; a pangênese, que é da teoria de Darwin, ocorre quando as células sexuais contém entidades infinitamente pequenas de cada atributo do indivíduo e a teoria de gen, do

17 teórico Johannsen, é o que de material de encontra nas células sexuais. Este último é o mais relevante, pois permite as heranças de natureza físico-química ou fisiológica. Entretanto, acerca das características adquiridas e sua transmissão à prole, os cientistas e biólogos ainda não chegaram num consenso, ou seja, não encontraram explicações de como ocorre esse processo. Como exemplo, podemos usar o filho de um professor de matemática, que, não nasce sabendo tudo sobre matemática, mas pode desenvolver mais facilidade para aprender, ou não. Mesmo ainda tendo dúvidas sobre características que os pais transmitem aos filhos, os biólogos possuem uma certeza, a herança constitucional de uma criança se fixa no momento de sua concepção e não no nascimento. (MUTSCHELE, 1996, p. 15). Para uma melhor compreensão acerca do processo de desenvolvimento do ser humano que está focado em mudanças progressistas, necessário se faz classificá-las. Desta forma, as mudanças desenvolvimentais são: ordenadas, direcionais e estáveis. As ordenadas são denominadas assim porque ocorrem numa seqüência, ou seja, primeiramente o bebê aprende a se sentar e somente depois aprende ficar em pé. São chamadas mudanças direcionais aquelas que acumulam conhecimento e aprendizagem, ou seja, cada mudança na seqüência ocorre é construída a partir dos resultados das mudanças anteriores. Em outras palavras, podemos exemplificar a mudança direcional através do balbucio ou choro que antecede a fala. E já as mudanças são estáveis, pois a aprendizagem não desaparece à curto prazo, ou seja, quem aprende andar de bicicleta não esquece tão facilmente. (BERNS, 2002, p. 06). Muitas são as teorias que se propõem a explicar como se dá a aquisição do conhecimento, dentre elas, temos no campo da psicologia, dois teóricos inigualáveis: Piaget e Vygotsky. Desta forma, torna-se relevante fazer uma abordagem no aspecto psicológico da teoria do desenvolvimento infantil, explicando suas fases desenvolvimentais. No capítulo anterior, mencionamos a teoria de Piaget focada nos quatro estágios ou períodos: o sensório-motor (do nascimento até os 2 anos), o préoperacional (dos 2 aos 7 anos), o estágio das operações concretas (7 a 12 anos), e, por último, o estágio das operações formais (período da adolescência, dos 12 anos em diante). Todos esses períodos representam o desenvolvimento cognitivo como

18 um todo, que só é possível justamente pelo fato da criança perpassar por cada estágio e desenvolver vagarosamente. Diante disso, infere-se que a ordem com que a criança perpassa esses estágios é sempre a mesma, por isso, Piaget estabeleceu uma faixa de idade para cada um. De acordo com PALANGANA (2001, p. 24), o primeiro estágio denomina-se sensório-motor pois o bebê não apresenta pensamento nem afetividade ligados a representações, ou seja, ele ainda não consegue evocar pessoas e objetos, pois ainda não possui consciência de si. Obviamente, à medida que a criança desenvolve, ainda no estágio sensório-motor, essas atitudes vão se modificando e o bebê passa a agir não apenas por instintos, e sim por emoções. Em outras palavras, ao longo dos dois anos, a criança desenvolve a capacidade de diferenciar aquilo que é dela e aquilo que é do mundo, à medida que vai adquirindo noção de tempo, espaço, causalidade, dentre outros. O segundo estágio pertinente a teoria de Piaget, o pré-operatório, possivelmente o mais interessante sobre o objeto a que se destina essa pesquisa, consiste no desenvolvimento da linguagem, do jogo simbólico, a imitação, etc. Nesse estágio a criança não depende exclusivamente de seus instintos, sensações e movimentos para distinguir o significante do significado. Entende-se por significante, a imagem palavra ou símbolo que a criança associa ao significado, ou seja, o próprio objeto ausente. Entretanto, é importante ressaltar que nessa fase, a criança não consegue, mesmo já tendo esquemas internalizados, reverter seus pensamentos, fato este indispensável para o desenvolvimento cognitivo. Em outras palavras, podemos afirmar que a criança não consegue desfazer o raciocínio, ou seja, não volta do resultado de seu pensamento ao ponto inicial. Sobre essa fase, PALANGANA (2001, p. 25), afirma: Dentre as demais características básicas que identificam a natureza do pensamento pré-operacional, pode-se destacar também a conduta egocêntrica ou autocentrada. A criança vê o mundo a partir de sua própria perspectiva e não imagina que haja outros pontos de vista possíveis. Desconhecendo a orientação dos demais, a criança não sente necessidade de justificar seu raciocínio diante de outros nem de buscar possíveis contradições em sua lógica. Essa análise explica o comportamento das crianças na faixa etária de dois a sete anos de idade que ficam aborrecidas quando contrariadas ou quando não recebem algo que pediram aos pais. Desta forma, o grande passo da criança acerca do desenvolvimento cognitivo para passar dessa fase para a próxima é deixar de

19 lado a necessidade insaciável de fazer seus desejos e aceitar o outro como um ser que também possui vontades. O próximo estágio do desenvolvimento infantil, segundo Piaget é o operações concretas. Este estágio recebe essa denominação pelo fato de que a criança ainda não consegue trabalhar com enunciados verbais. Em outras palavras, a criança consegue assimilar e organizar aquilo que não está imediatamente presente, por isso, suas ações são focadas para a realidade concreta. É importante ressaltar que esse terceiro estágio compreende a faixa etária entre os sete aos doze anos de idade. De acordo com Piaget esse período concentra-se bastante na troca, ou seja, a criança agora se preocupa com o pensamento alheio e, a partir disso, elabora melhor suas idéias mediante argumentos que procuram convencer aos outros. Desta forma, percebe-se, uma tendência para a socialização anteriormente não vista. Sobre a fase operações concretas, corrobora PALANGANA (2001, p. 27): Com o desenvolvimento da capacidade para pensar de maneira lógica característica desse período -, a criança não apenas busca conhecer o conteúdo do pensamento alheio, mas também empenha-se em transmitir seu próprio pensamento de modo que a sua argumentação seja aceita pelas outras pessoas. O último estágio de Piaget, o operatório formal, segundo PALANGANA (2001), é a fase onde a criança atinge seu mais alto nível de estrutura cognitiva. Esse estágio abarca crianças de 12 anos de idade acima, e caracteriza, principalmente, pelo fato de que a criança agora consegue pensar em todas as relações possíveis de maneira lógica e buscar soluções levando em considerações hipóteses e não apenas acontecimentos. Em outras palavras, essa é a fase em que a criança compreende o sentido figurado das da linguagem, como por exemplo, quando proferimos o ditado De grão em grão a galinha enche o papo, a criança não vai imaginar uma galinha comendo, e sim reconhecer a metáfora presente na frase. Tendo em vista as fases sobre o desenvolvimento infantil, apresentadas através da teoria de Piaget, cabe ressaltar, segundo PALANGANA (2001), que a psicomotricidade está presente em todas elas, uma vez que, o movimento faz parte do desenvolvimento humano. O desenvolvimento psicomotor da criança se dá de forma natural e espontânea e possui a finalidade de levá-la a dominar o próprio

20 corpo e adquirir movimentos voluntários à medida que cresce. Entretanto, em alguns casos, ou fases, conforme apresentadas por Piaget, é imprescindível que se acompanhe e observe esse desenvolvimento motor, para certificar-se de que a criança não apresenta perturbação instrumental, ou seja, dificuldades ou atrasos psicomotores. Caso a criança apresente algum quadro de dificuldade para executar um movimento que seria próprio daquela fase em que se encontra, esta deverá ser encaminhada para um profissional da área, para a reeducação dos movimentos ou até mesmo terapias. De acordo com ALMEIDA e TAVARES (2010), dentro do contexto apresentado acima, formula-se uma concepção: a funcional. Entende-se por funcional aquela que busca melhorar o desenvolvimento corporal e físico da criança, por isso, é baseada nos fundamentos psicomotores. Ela é tão importante que serve como pré-requisito para a aprendizagem, como por exemplo, da escrita e leitura. Esquema corporal é um elemento básico indispensável para a formação da personalidade da criança [...]. E esta se percebe os seres e as coisas que a cercam, em função de sua pessoa [...]. A criança se sentirá bem à medida que seu corpo lhe obedece, que o conhece bem, em que pode utilizá-lo não somente para movimentar-se, mas também para agir. (MEUR, apud ALMEIDA e TAVARES, 2010, p 08). Diante do exposto, pode-se evidenciar o quanto é importante a observância dos movimentos da criança para o seu desenvolvimento, pois a partir deles, ela passa a ter consciência de si e das coisas que a cercam, e a partir disso, poderá formar a sua personalidade. É exatamente por esse motivo que crianças que se encontram na idade de quatro anos acima, gostam tanto de dançar, brincar, pular, correr, enfim, movimentar-se, pois está descobrindo a sua importância sobre o mundo que a envolve, ou, em outras palavras, formando a sua própria personalidade. Nesse panorama podemos afirmar que para o processo de aprendizagem infantil não basta focar apenas o intelecto da criança, trabalhando em casa ou na sala de aula apenas teorias, mas principalmente se faz necessário trabalhar os movimentos corporais desta criança, através de jogos e brincadeiras, danças e dinâmicas, que certamente auxiliará no seu desenvolvimento intelectual. 2.1 A IMPORTÂNCIA DA PSICOMOTRICIDADE PARA A APRENDIZAGEM DA CRIANÇA

21 De acordo com a SBP Sociedade Brasileira de Psicomotricidade, a psicomotricidade não é a soma da psicologia com a motricidade, ou seja, ela perpassa esse conceito, pois tem valor em si. A SBP é uma entidade de caráter científico-cultural sem fins lucrativos, fundada em 19 de abril de A Sociedade Brasileira de Psicologia possui a finalidade de unir os profissionais da psicomotricidade para reconhecê-los como tal, contribuir para o progresso da ciência promovendo congressos, encontros científicos, cursos, palestras etc. Desta forma, o conceito de psicomotricidade pode ser assim evidenciado pela SBP: Psicomotricidade é uma neurociência que transforma o pensamento em ato motor harmônico. É a sintonia fina que coordena e organiza as ações gerenciadas pelo cérebro e as manifesta em conhecimento e aprendizado (SBP, 1999 apud LUSSAC, 2008, p. 05). Nessa perspectiva, podemos estabelecer uma relação entre o ato de pensar e o ato de movimentar-se. Relacionando ainda essa premissa com as fases de desenvolvimento da criança, podemos apontar a relevância de observar os aspectos psicomotores da criança no processo de aprendizagem. Conforme FONSECA, apud OLIVEIRA (2001), é necessário tomar cuidado para não enxergar no termo psicomotricidade dois componentes distintos, o psíquico e o motor, pois ambos tratam-se de um só. Pelo prisma de Fonseca, a psicomotricidade visa fins educativos para o movimento do homem. A aprendizagem é um processo complexo que depende de uma série de habilidades e aptidões da criança. Uma dessas habilidades, segundo LE BOULCH (1984), está calcada no movimento, ou seja, no desenvolvimento motor. A criança quando está iniciando a leitura e a escrita, necessita de estar preparada para receber aquele conhecimento, e para isso, existe o período pré-escolar que auxilia no desenvolvimento de algumas aptidões. Nesta fase, segundo SILVA e BORGES (2008), é importante que a criança aprenda a fazer alguns movimentos que a auxiliarão quando tiver de ler e escrever, por isso, as atividades da pré-escola focam a pintura, o recorte, a colagem, as brincadeiras, o parquinho, danças, jogos, etc. O exercício de pintura por exemplo, ajuda no desenvolvimento da coordenação motora que a criança precisará para escrever. Para uma boa aprendizagem, faz-se então necessário desenvolver certas habilidades da criança. O professor precisa estar atendo ao desenvolvimento psicomotor, pois ele é

22 responsável por boa parte do processo de aprendizagem da criança. Observar os movimentos da criança, fazer atividades, dinâmicas que as envolvam em diversos movimentos, propor brincadeiras que estimulem a movimentação corporal, são fatores indispensáveis para um bom resultado educacional. De acordo com SILVA e BORGES (2008, p.01): Os principais aspectos a serem destacados são: esquema corporal, lateralidade, organização espacial e estruturação temporal. Além desses aspectos citados, é importante trabalhar as percepções e atividades préescritas. Entende-se por esquema corporal a representação mental do nosso corpo à nível cortical, ou seja, e a organização do corpo no espaço que o rodeia. As sensações obtidas pelo próprio corpo constroem pouco a pouco o sistema corporal. As atividades propostas para trabalhar o esquema corporal da criança precisam fazer o reconhecimento de seu corpo como um todo e de suas partes. Um sugestão interessante, é solicitar à criança que encontre figuras de pessoas em revistas, recortá-las em duas partes e misturá-las, ou ainda, desenhar seu próprio retrato, ou de seus pais. A lateralidade ocorre quando se percebe o domínio de um lado do corpo sobre o outro, ou seja, quando a criança utiliza mais o lado esquerdo que o direito do corpo ou vice e versa. A criança só desperta a lateralidade por volta de 6 a 8 anos de idade, ou seja, aproximadamente nessa idade ela se mostrará destra ou canhota. A organização espacial consiste nas percepções do ser humano ao seu corpo e as coisas que estão ao seu redor. Consiste na noção de perto, longe, em cima, em baixo, dentro fora, na frente, atrás, etc. E a estruturação temporal é a capacidade de realizar ações a um determinado intervalo de tempo (ALVES, 2007). É relevante apontar que a psicomotricidade reconhecem a associação de espaço e tempo conjuntamente, ou seja, quando, no caso a criança, vai desenvolver alguma ação ela o faz em uma sequência temporal e num determinado espaço físico. Entretanto, existem alguns autores que estudem essas funções de maneira distintas. Explicitados alguns conceitos específicos da área da psicomotricidade, cabe voltarmos para a área da aprendizagem. Destarte, a criança precisa de se desenvolver no aspecto motor para obter um bom desempenho escolar, como corrobora MORAIS, apud SILVA e BORGES (2008, p.02):

23 Um esquema corporal mal construído resultará em uma criança que não coordena bem seus movimentos, veste-se ou despe-se com lentidão, as habilidades manuais lhes são difíceis, a caligrafia é feia, sua leitura é inexpressiva, não harmoniosa. Outro ponto importante consiste aos problemas de ordem espacial que podem surgir quando a lateralidade da criança não está bem definida. Quando isso ocorre, a criança pode apresentar problemas sérios de aprendizagem, tais como: dificuldades em seguir a direção gráfica da leitura e da escrita, não reconhece a ordem de um quadro, entre outros. Tudo isso por ainda não ter domínio sobre os termos da esquerda ou direita, ou seja, não perceber o seu lado dominante ou o outro. aprendizagem: A organização espacial também é muito importante para o aspecto Problemas na organização espacial acarretarão dificuldades em distinguir letras que se definem por pequenos detalhes, como b com p, n com u, 12 com 21 (direita e esquerda, para cima e para baixo, antes e depois), tromba constantemente nos objetos, não organiza bem seus materiais de uso pessoal nem seu caderno; não respeita margens nem escreve adequadamente sobre as linhas (SILVA; BORGES, 2008, p.02) A desestruturação temporal, pode refletir no fato da criança demorar muito para fazer a tarefa por não perceber intervalos de tempo, o antes e o depois, ou seja, não ter domínio sobre o tempo quando for realizar alguma atividade. É importantíssimo que o profissional da área da educação tenha conhecimento sobre essas particularidades da psicomotricidade, para poder reconhecer na criança suas reais dificuldades e poder auxiliá-la. Entretanto, nem sempre isso acontece. A realidade é que a maioria dos professores de séries iniciais não possui conhecimento suficiente sobre esse assunto, o que o faz pensar que as dificuldades existentes em sala de aula são provenientes de outros fatores, e por isso, não conseguem auxiliar seus alunos como deveriam. Não podemos restringir a responsabilidade do processo de aprendizagem da criança apenas aos profissionais da educação, uma vez que a família também é importante nesse processo. Assim, temos outra problemática, onde a maioria dos pais também não possui conhecimento suficiente para perceber as dificuldades motoras que podem acarretar em dificuldades de aprendizagem na criança, e por isso, não conseguem tomar atitudes plausíveis para ajudar seus filhos.

24 O ISPE Instituto Superior de Psicomotricidade e Educação e o GAE Grupo de Atividades Especializadas se uniram para auxiliar, pais e profissionais da área da educação a observarem a psicomotricidade como aspecto indispensável no processo de aprendizagem da criança. Trata-se de uma entidade com duas frentes de atuação distintas. O GAE é responsável por atendimentos clínicos de bebês, crianças adolescentes, adultos e idosos, portadores de distúrbios de aprendizagem e/ou de desenvolvimento, déficit de atenção, hiperatividade, além de síndromes, deficiências neonatais, (bebês prematuros de risco ou alto-risco), e sintomatologia de envelhecimento (idosos). Já o ISPE consiste em fazer eventos que orientem profissionais da saúde e educação acerca de aplicações da psicomotricidade. Cursos de curta duração e de pós-graduação a respeito da psicomotricidade são ministrados a profissionais e estudantes. Esses cursos são reconhecidos pelo MEC e possuem diploma licenciado pela Uniítalo (Universidade Ítalo Brasileira). O objetivo dos cursos ministrados é formar psicomotricistas fundamentados nos princípios e conceitos da Escola Francesa de Psicomotricidade. Iniciativas como essas podem auxiliar na propagação da importância da psicmotricidade para a aprendizagem infantil, pois a partir da conscientização de pais e professores, teremos uma realidade diferente relativa à educação infantil.

25 3. ELEMENTOS BÁSICOS DA PSICOMOTRICIDADE Estes são compreendidos, segundo FONSECA (2008), como: tônus muscular, equilíbrio, coordenação motora global, coordenação motora fina, coordenação óculo-manual, esquema corporal, imagem corporal, conceito corporal, lateralidade, estruturação espacial, estruturação temporal, percepção visual e percepção auditiva, que serão brevemente descritos, a seguir: a) tônus muscular: é uma tensão ligeira e permanente do músculo esquelético no seu estado de repouso, estando presente em todas as funções motrizes do organismo, tais como equilíbrio, coordenação e movimento. o tônus surge como uma função que assegura a preparação da musculatura para as múltiplas e variadas formas de atividade motora, desde a postura, as diversas formas de locomoção e de atividade até as praxias mais complexas; e está ligado aos aspectos neurofisiológico, hereditários e de maturação (PAILLARD, 1996, apud FONSECA, 2008, p. 184). AJURIAGUERRA (1980, p. 210), refere-se a duas formas de tonicidade: - de repouso (ou de fundo): de caráter permanente; - de atividade: de característica da ruptura da atitude. Entre estas duas formas há uma interação recíproca com sistemas de referências complexas, que se traduz na complementaridade sensório-motora, sendo à base de integração da psicomotricidade em níveis mais hierarquizados do cérebro. a) equilíbrio: é à base de sustentação de toda coordenação entre os movimentos dos vários seguimentos corporais entre si e no seu todo. Desta forma não pode haver movimento sem atitude, como também não pode haver coordenação de movimento sem um bom equilíbrio, pois isso permite o ajustamento do homem ao meio. Segundo TUBINO (2003, p. 190) é a colocação perfeita do centro de gravidade e a combinação perfeita de ações musculares com o propósito de sustentar o corpo sobre uma base. O equilíbrio, segundo TUBINO (2003), pode se classificar em três tipos: - Equilíbrio estático que são movimentos não locomotores como, por exemplo, ficar de pé, apenas com a ponta dos pés tocando o solo, com elevação dos calcanhares

26 e os pés unidos. - Equilíbrio dinâmico são movimentos locomotores como, pór exemplo, o andar em marcha normal sobre uma linha pré-delimitada. - Equilíbrio recuperado é a qualidade física que explica a recuperação do equilíbrio numa posição qualquer. b) coordenação motora global: diz respeito à atividade dos grandes músculos, e depende da capacidade de equilíbrio postural, subordinado às sensações proprioceptivas cinestésicas e labirínticas. Através da movimentação e da experimentação, o indivíduo procura seu eixo corporal, vai se adaptando e buscando um equilíbrio cada vez melhor, vai coordenando seus movimentos, se conscientizando de seu corpo e das posturas. A coordenação motora global e a experimentação levam a criança a adquirir a dissociação de movimentos, possibilitando a realização de múltiplas práxias ao mesmo tempo, com cada membro realizando uma atividade diferente, havendo uma conservação de unidade do gesto. Diversas atividades levam à conscientização global do corpo, como andar, que é um ato neuromuscular que requer equilíbrio e coordenação; correr, que requer, além destes, resistência e força muscular; e outras como saltar, rolar, pular, arrastar-se, nadar, lançar-pegar, sentar. (OLIVEIRA, 2007). c) coordenação motora fina: diz respeito à habilidade manual e destreza manual e constitui um aspecto particular da coordenação global. Uma coordenação elaborada dos dedos da mão facilita a aquisição de novos conhecimentos, pois é através do ato de preensão que uma criança vai descobrindo pouco a pouco os objetos de seu meio ambiente. BRANDÃO, apud OLIVEIRA (2007, p. 42), analisa a mão como um dos instrumentos mais úteis para a descoberta do mundo, afirmando que ela é um instrumento de ação a serviço da inteligência. d) coordenação óculo-manual: é a habilidade de coordenar o movimento ocular com os movimentos do corpo, acompanhando os gestos das mãos de forma coordenada para se realizar determinada atividade. Efetua-se com precisão sobre a base do domínio visual previamente estabelecido ligado aos gestos executados, facilitando, assim, uma maior harmonia do movimento. Para AJURIAGUERRA (1980), os fatores decisivos de precisão da coordenação óculo-manual necessários para o desenvolvimento da escrita dependem: da maturação geral do sistema

27 nervoso, desenvolvimento psicomotor geral em relação à tonicidade, coordenação dos movimentos e desenvolvimento da motricidade fina dos dedos e da mão. e) esquema corporal: se constrói a partir da experiência corporal e se organiza pela experienciação do corpo em seu meio. O termo nasceu em 1911 com o neurologista Henry Head, tendo um cunho essencialmente neurológico. Segundo HEAD, apud OLIVEIRA (2007, p. 48), o córtex cerebral recebe informações das vísceras, das sensações e percepções táteis, térmicas, visuais, auditivas e de imagens motrizes, o que facilitaria a obtenção de uma noção, um modelo e um esquema de seu corpo e de suas postura. Para ROSA NETO (2002), o esquema corporal pode ser definido no plano educativo como a base de toda organização da personalidade. A elaboração corporal segue as leis da maturidade céfalo-caudal, próximo distal e de movimentos globais para movimentos específicos. Segundo LE BOULCH (1986), a construção do esquema corporal, isto é, a organização das sensações relativas a seu próprio corpo em associação com os dados sensoriais múltiplos proprioceptivos, exteroceptivos e interoceptivos, exerce um papel fundamental no desenvolvimento da criança. Essa organização é o ponto de partida de suas diversas possibilidades de ação, através do corpo estático ou em movimento, e suas relações com as partes do corpo, com o espaço, com as pessoas com quem convive, com os objetos circundantes e com o mundo onde estabelece ligações afetivas e emocionais. Assim, o esquema corporal possui três etapas, onde cada uma delas possui aprendizagens próprias, em razão da evolução da maturação da criança e de sua idade cronológica. -- Corpo vivido (até três anos de idade): corresponde à fase da inteligência sensório-motora de Piaget. Os primeiros movimentos do bebê são através dos outros, ou seja, em virtude da imagem do outro em movimento é que ele aprende a mover-se (imitação). Essa etapa é dominada pela experiência vivida pela criança através da exploração do meio. Até o fim do primeiro ano de vida, o bebê aprende a eliminar todos os comportamentos que não lhe são proveitosos, estabelecendo ligações entre seus movimentos e suas sensibilidades. É uma fase marcada pelo movimento constante, o que possibilita experiência subjetiva de seu corpo e a ampliação de sua experiência motora.

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