Recomendações Técnicas para a Cultura da Soja no Paraná 1998/99

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1 Recomendações Técnicas para a Cultura da Soja no Paraná 1998/99

2 EMBRAPA-CNPSo. Documentos, 119 ISSN comitê de publicações CLARA BEATRIZ HOFFMANN-CAMPO FLÁVIO MOSCARDI JOSÉ DE BARROS FRANÇA NETO LÉO PIRES FERREIRA NORMAN NEUMAIER ODILON FERREIRA SARAIVA tiragem 2500 exemplares Setembro/1998 EMBRAPA. Centro Nacional de Pesquisa de Soja (Londrina, PR). Recomendações técnicas para a cultura da soja no Paraná 1998/99. Londrina: p. (EMBRAPA- CNPSo. Documentos, 119). 1. Soja - Recomendações técnicas - Brasil - Paraná. 2. Soja - Pesquisa - Brasil - Paraná. I. Título. II. Série. CDD ã Embrapa 1998 Conforme Lei de

3 Apresentação A publicação Recomendações Técnicas para a Cultura da Soja no Paraná é o resultado do esforço conjunto realizado pela Embrapa Soja e pelas Instituições de Pesquisa e Extensão Rural que atuam no Paraná e que têm contribuído para o aperfeiçoamento e o desenvolvimento da agropecuária do estado. As informações aqui contidas foram atualizadas na XX Reunião de Pesquisa de Soja da Região Central do Brasil, realizada em Londrina, PR, de 04 a 06 de agosto de É uma publicação destinada à Assistência Técnica e Extensão Rural e constitui-se num conjunto de informações que visam o desenvolvimento sustentável da cultura da soja. Cabe aos técnicos locais, com base em suas realidades, fazerem os necessários ajustes e adaptações das informações aqui apresentadas. Cabe ressaltar que, com a instituição do Registro Nacional de Cultivares, a recomendação ou a indicação de cultivares de soja e de outras espécies de grãos passou a ser de responsabilidade exclusiva do obtentor da cultivar, após o devido registro no Ministério da Agricultura e do Abastecimento, para a produção e a comercialização de sementes. Portanto, as tabelas de cultivares desta publicação deixam de ter o caráter de recomendação, limitandose a informar a lista de cultivares registradas ou em vias de registro pelas instituições obtentoras, participantes da reunião de pesquisa. Paulo Roberto Galerani Chefe Adjunto de Pesquisa e Desenvolvimento Embrapa Soja

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5 Sumário Situação Mundial da Soja Exigências Climáticas Exigências Hídricas Exigências Térmicas e Fotoperiódicas Rotação de Culturas Informações Gerais Conceito Eficiência Planejamento da Lavoura Escolha do Sistema de Rotação de Culturas Critérios para Escolha da Cobertura Vegetal do Solo Informações para Escolha da Rotação de Culturas Planejamento da Rotação de Culturas Indicações de Rotação de Culturas Sugestões para Rotação de Culturas Anuais e Pastagem Manejo do Solo Manejo dos Resíduos Culturais Preparo do Solo Compactação do Solo Semeadura Direta Correção e Manutenção da Fertilidade do Solo Amostragem e Análise do Solo Correção da Acidez do Solo Exigências Minerais e Adubação para a Cultura da Soja Sistema Internacional de Unidades... 91

6 5 Cultivares Cuidados na Aquisição e na Utilização de Semente Qualidade da Semente Armazenamento das Sementes Tratamento com Fungicidas, Aplicação de Micronutrientes e Inoculação de Sementes de Soja Introdução Tratamento de Sementes Aplicação de Micronutrientes Inoculação das Sementes com Bradyrhizobium Como Tratar com Fungicidas, Aplicar Micronutrientes e Inocular as Sementes Cuidados com o Inoculante Cuidados com a Inoculação Qualidade e Quantidade de Inoculante a ser Utilizado Inoculação em Áreas com Cultivo Anterior de Soja Inoculação da Soja em Áreas de Primeiro Ano de Cultivo Nitrogênio Mineral Instalação da Lavoura Cuidados Relativos ao Manuseio das Sementes Época de Semeadura Semeadura em Épocas Não Convencionais Diversificação de Cultivares População e Densidade de Semeadura Cálculo da Quantidade de Sementes e Regulagem da Semeadora Controle de Plantas Daninhas Informações Importantes Semeadura Direta Disseminação Resistência

7 10 Manejo de Pragas Definição Pragas Principais Outras Pragas Doenças e Medidas de Controle Considerações Gerais Doenças Identificadas no Brasil Principais Doenças e Medidas de Controle Retenção Foliar (Haste Verde) Colheita Fatores que Afetam a Eficiência da Colheita Avaliação de Perdas Como Evitar Perdas Tecnologia de Sementes Seleção do Local Avaliação da Qualidade Remoção de Torrões para Prevenir a Disseminação do Nematóide de Cisto e do Percevejo Castanho Literatura Consultada

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9 Situação Mundial da Soja 1. Soja - Produção e Perspectivas 1.1. Produção A previsão para a safra mundial de 1998/99, realizada pelo USDA em julho/98, é de 154,0 milhões de t, 1,0% abaixo da safra anterior. A pequena queda da safra mundial de soja para a temporada 1998/99 será decorrente da queda da produção da China, da América Latina, no Canadá e India. A safra americana de 1998, aponta com uma produção de 77 milhões de t, novo recorde, ultrapassando a super safra de Esse volume de soja somado à produção dos outros países produtores do hemisfério norte e às safras brasileira e argentina de 1998/99 formarão a oferta de soja para a temporada setembro/98 a agosto/ 99. Os Estados Unidos, o Brasil, a Argentina, a China e a Índia produzem 90% da soja do mundo, com destaque aos Estados Unidos que produzem mais de 50% do total (Fig. 1) USA 50,3% INDIA 3,1% OUTROS 9,9% FONTE: USDA BRASIL 18,0% ARGENTINA 9,5% CHINA 9,2% FIG. 1. Produção mundial de soja - principais países.

10 . 10. As exportações mundiais de soja deverão totalizar 37,6 milhões de t, com os Estados Unidos participando com 63% desse volume, o Brasil com 21.8% e a Argentina com 4%. O volume exportado em relação ao total produzido no mundo não tem se modificado muito nos últimos anos, porém já foi mais significativo nos anos 70 e 80, vindo a cair nos anos 90, mostrando que alguns países produtores tem aumentado seu consumo interno, oferecendo menos soja para a comercialização (Fig. 2). RELAÇAO EXPORTAÇAO/PRODUÇAO DE SOJA NO MUNDO FONTE: USDA FIG. 2. Relação exportação/produção de soja no mundo (em percentagem). O consumo mundial de soja para a temporada 98/99 deverá situar-se em torno de 149 milhões de toneladas, 96,7% da produção, podendo haver reposição de estoques, que não se encontram mais em níveis tão baixos como em 1995/ 96. Essa oferta mundial, sem a respectiva demanda firma como o ano de 1997 poderá deprimir os preços, que já se encontram em torno de US$ 200,00/t. Estima-se que o consumo direto na alimentação humana, a produção de sementes e as perdas, somem 7% da produção mundial. O esmagamento para 1998/99 está estimado em 127,8 milhões de t, ou seja, 83% da produção mundial. Com o coeficiente técnico médio de 79%, esse esmagamento deverá resultar em uma produção de 100,96 milhões de t de

11 . 11. farelo de soja que serão totalmente consumidas na fabricação de rações para alimentação, principalmente de aves e suínos. A exportação de farelo de soja em 1998/99 deverá ser da ordem de 37,8 milhões de t, 1,0% acima do volume exportado na temporada anterior. A produção de óleo está estimada em 23,12 milhões de t, 1,4% acima da produção da safra anterior. Desse total, a comercialização mundial deverá ser de 6,9 milhões de t, praticamente 30% do total. As Tab. 1, 2 e 3 mostram a estrutura da demanda mundial de soja, farelo e óleo Perspectivas de produção de soja no Brasil (oferta e demanda) É importante lembrar que, quando se fala em produção de soja no Brasil, não se pode negligenciar a produção de soja no mundo, pois como a maior parte dos produtos originários da soja são exportados, a produção e comercialização mundial tem influência marcante na decisão interna de semear essa oleaginosa. Dessa forma, o fenômeno da "globalização" é extremamente importante nesse contexto. Quando se menciona a palavra "globalização", imediatamente se pensa num fato novo, recente, que está acontecendo no presente ou que se iniciou há pouco tempo. Na verdade a globalização, como fenômeno de integração e competição entre países, bloco de países ou mesmo continentes, é tão antiga quanto a própria existência do homem na face da terra. Acontece que, com o avanço dos meios de comunicação e a informática, o processo é hoje totalmente evidente e avança a uma velocidade incrível. No que diz respeito ao capital financeiro, o processo de globalização já atingiu uma fase em que aplicadores podem investir, de dentro de suas casas ou seus escritórios, em qualquer empresa do mundo em questão de segundos. Se este processo é tão rápido, no que diz respeito ao capital financeiro, não se pode dizer o mesmo em relação à produção agrícola, por suas características peculiares de oferta. Além disso, enquanto as aplicações financeiras são extremamente voláteis, os aspectos relativos à produção agrícola não têm a mesma velocidade, pelo menos a curto prazo.

12 . 12. Nesse contexto, portanto, como o processo de globalização atinge a agricultura nos diferentes países? Qual a relação entre um produtor de soja do municipio de Campo Mourão, PR, com um produtor de soja de Illinois, EUA ou da China? A resposta a essas questões é complexa, porém pode ser resumida em uma única palavra: competitividade. Com a globalização surge uma ameaça que deve ser transformada em oportunidade: é a "Terceira Guerra Mundial". Nesta guerra não existem armas, nem convencionais nem atômicas. A arma empregada, que será mortal ao competidor, denomina-se competitividade, através de alta produtividade e do baixo custo unitário. Assim, cada vez mais, a produção agrícola necessitará de um insumo, sem o qual a permanência no setor produtivo estará fadada ao fracasso. Esse insumo, sob o ponto de vista mais global, chama-se "informação" e sob o ponto de vista mais específico, dentro do setor produtivo, "tecnologia". Dessa forma, no sentido mais global de "tecnologia", o produtor deve procurar empregar as técnicas mais aprimoradas referentes ao seu tipo de atividade; e, no sentido mais global de "informação", deve procurar conhecer as perspectivas da demanda do produto Oferta Os dados da discussão da oferta foram coletados até Quando se fala em oferta de soja faz-se necessario discutir a oferta de outras oleaginosas e a oferta total de grãos, pois no caso das oleaginosas, muitas delas são competidoras da soja e no caso dos grãos, na maioria, complementares. Portanto existe uma relação estreita na produção total de grãos e oleaginosas com a oferta de soja no mundo. A produção total de grãos e oleaginosas, em 1997, estimada em 2,10 bilhões de t (1,85 bilhão de t de grãos e 0,260 bilhão de t de oleaginosas) deverá ser de 4,20 bilhões de t em A produção de grãos, em 1966, era de 988 milhões de t, 1,8 vezes menor. Dessa forma, é plausível imaginar que daqui a 30 anos a produção possa dobrar ou até mais do que dobrar, uma vez que os aprimoramentos tecnológicos são e serão cada vez mais sofisticados.

13 . 13. TABELA 1. Oferta e demanda da soja no mundo (em t). Ano Área Produção Imp. Exp. Consumo Esmagamento Fonte: USDA.

14 . 14. TABELA 2. Oferta e demanda mundial de farelo de soja (em 1.000t ). Ano Esmag. Coef. Produção Importação Exportação Consumo Fonte: USDA.

15 . 15. TABELA 3. Oferta e demanda mundial de óleo de soja (em 1000 t). Ano Esmagamento Coefic. Produção Importação Exportação Consumo b Fonte: USDA.

16 . 16. TABELA 4. Produção mundial de grãos e oleaginosas. Produto 1966 Área Milhões Ha 1966 Produção Milhões T 1996 Área Milhões ha 1996 Produção Bilhões Grãos ,85 Oleaginosas ,6 0,259 Total ,6 2,109 Fonte: USDA. Acontece que a área disponível no mundo para aumento de produção gira em torno de 10%. Quando se observa o aumento da produção de grãos nos últimos 30 anos, que foi de 87%, nota-se que o aumento de área foi responsável por 6% desse acréscimo (655 milhões de ha em 1966 para 695 milhões de ha em 1996) e a produtividade foi responsável por 81% (1,46 t/ha em 1966 para 2,65 t/ha em 1996). A produção mundial de oleaginosas em 1966 foi de 45 milhões de t, numa área de 35 milhões de ha, com um rendimento de apenas 1,29 t/ha. Em 1996, a produção mundial foi de 260 milhões de t, numa área de 175,6 milhões de ha, com um rendimento de 1,47 t/ha. Como pode ser visto, ao contrário dos grãos não oleaginosos, a área de oleaginosas foi responsável por 400% do aumento da produção e o rendimento por apenas 14%, dos 414% de aumento da produção nos últimos 30 anos. Mesmo assim, esse aumento de produtividade foi liderado pela soja, que apresentou uma taxa de 55% no período total. Dessa forma, não resta muita área para o aumento da produção, nem de grãos não oleaginosos, tampouco de oleaginosas. Esse fato mostra claramente que o abastecimento mundial de alimentos depende exclusivamente da manutenção das instituições de pesquisa agrícola a nível mundial e da transferência das tecnologias para o produtor rural. Nesse contexto, com respeito ao aumento de área, as regiões que mais podem incorporar fronteiras são a África e a América Latina, principalmente o Brasil. Em termos de ganho de produtividade não é diferente, pois ainda se tem muito a percorrer na África, Ásia e América Latina.

17 . 17. Particularmente, em relação a soja e milho, as maiores chances de aumento de produção estão no Brasil, tanto em relação à área quanto à produtividade Demanda De acordo com dados do FMI (Fundo Monetário Internacional), o crescimento econômico dos países do terceiro mundo, principalmente da Ásia, nos próximos anos deverá ser da ordem de 6% a 7% ao ano, em média. O crescimento econômico de um continente onde vivem em torno de 55% dos habitantes do planeta, associado a uma elasticidade-renda da demanda de alimentos bastante elástica, possui uma influência decisiva no que se refere à demanda mundial de alimentos. O crescimento econômico dos países ricos, da União Européia, Estados Unidos, e Canadá não tem influência significativa na demanda de alimentos, mesmo porque o aumento da renda "per capita" nesses países e/ou bloco de países não irá pressionar esse tipo de demanda, pois seus habitantes ja consomem calorias suficientes para sua manutenção (baixa elasticidade-renda da demanda de alimentos). Os 23 países mais ricos do mundo 1 (renda per capita acima de US$13.000,00) possuem uma população total de 813,6 milhões de habitantes e a soma do seu PIB (Produto Interno Bruto) é da ordem de 21 trilhões de dólares. Isso representa 62,5% de toda a riqueza do mundo nas mãos de apenas 14,5% da população mundial. Dessa forma, o aumento da renda per capita nos países mais pobres indicam pressão de demanda de alimentos, principalmente países altamente populosos. Para se ter uma idéia dessa potencialidade basta calcular a necessidade de carne na China se cada habitante incorporar em sua dieta 1kg de carne por ano. Será necessário um adicional de 1,2 milhões de toneladas de carne para atender essa demanda. Essa demanda de carne, considerando a 1 Esses países são os seguintes, não colocados na ordem de riqueza: Nova Zelândia, Espanha, Irlanda, Israel, Austrália, Reino Unido, Finlândia, Itália, Kuwait, Canadá, Hong Kong, Países Baixos, Cingapura, Bélgica, França, Suécia, Áustria, Alemanha, Estados Unidos, Dinamarca, Noruega, Japão, Suiça.

18 . 18. conversão alimentar média de 2,8:1 e as perdas da carcaça, resulta numa demanda de ração animal de 4,2 milhões de t. Como a composição média da ração é de 20% de farelo de soja e 70% de milho seriam necessarias t de farelo de soja e 2,94 milhões de t de farelo de milho. Essa análise mostra que a demanda de alimentos para os próximos anos deverá se manter firme. TABELA 5. Estimativa do crescimento do PIB mundial e bloco de países Produto % do PIB Mundial Crescimento anual estimativa até 2013 PIB (%) POP. (%) % do PIB Mundial até 2013 Países Ricos 55 2,1 0,5 34 Am. Latina 9 4,6 1,5 11 Ásia 20 6,7 1,4 37 África 4 0,8 3,4 3 Oriente Médio 5 3,1 2,3 5 CEI 8 5,0 0,9 10 Mundo 100 3,4 1,5 100 Fonte: FMI Situação atual e perspectivas A produção de soja no Brasil teve o seu maior aumento na década de 70, quando passou de 1,5 milhões de t em 1970 para 12,5 milhões de t em A área passou de 1,3 milhões de ha para 7,1 milhões de ha e o rendimento de 1,14 t/ha para 1,77 t/ha. Esse crescimento foi mais graças a incorporação da área, pois a taxa média anual de crescimento da produção foi de 32,15%, sendo 25,92% devido ao aumento da área e 6,23% devido ao aumento da produtividade. Os estados que mais produzem atualmente são o Paraná, o Mato Grosso e o Rio Grande do Sul. A tendência de produção de soja no Brasil é de se concentrar no Centro-Oeste, com produções significativas no Nordeste e Norte.

19 FIG. 3. Evolução da produção de soja no Brasil, em milhões de t. A produção da Região Sul tende a manter ou mesmo diminuir a área, embora a produção total dessa região possa aumentar com o aumento do rendimento. Na data da elaboração deste documento, a estimativa feita pela CONAB para a produção no Rio Grande do Sul, para a safra de 1997/98 parece estar superestimada, uma vez que as condições climáticas nas últimas semanas (out/nov/97) tem sido adversas (excesso de chuvas). A Tabelas 6 e 7 mostram a produção por estado e a variação entre as safras 95/96, 96/97 e estimativa para 97/98 e a Fig. 4 mostra o percentual de participação na produção brasileira de cada região. TABELA 6. Soja - área, produção e produtividade - safra 1995/96, 1997/98. U. F. Área Produção Produtividade 95/96 96/97 Var. % 95/96 96/97 Var. % 95/96 96/97 Var. % RO 1,8 3,3 83,3 4,9 8,9 81,6 2,722 2,697-0,9 TO 4,9 21,9 346,9 9,3 19,7 111,8 1,898 0,900-52,6 N 6,7 25,2 276,1 14,2 28, ,119 1,135-46,5 PR 2311,5 2496,4 8,0 6241,1 6565,5 5,2 2,700 2,630-2,6 SC 222,4 240,2 8,0 489,3 559,7 14,4 2,200 2,330 5,9 RS ,2 5,0 4402,3 4769,6 8,3 1,570 1,620 3,2 Sul 5337,9 5680,8 6, ,8 6,8 2,086 2,094 0,4 Continua...

20 . 20. U. F....Continuação Área Produção Produtividade 95/96 96/97 Var. % 95/96 96/97 Var. % 95/96 96/97 Var. % MG ,7-1,0 1040,2 1176,1 13,1 1,970 2,250 14,2 SP 563,6 574,9 2,0 1234,3 1322,3 7,1 2,190 2,300 5,0 Sudeste 1091,6 1097,6 0,5 2274,5 2498,4 9,8 2,084 2,276 9,2 MT 1905,2 2095,7 10,0 4686,8 5721,3 22,1 2,460 2,730 11,0 MS 845,4 862,3 2,0 2045,9 2155,8 5,4 2,420 2,500 3,3 GO 909,4 991,2 9,0 2046, ,1 2,250 2,500 11,1 DF 34,7 34,6-0,3 67, ,0 1,945 2,399 23,3 C.O. 3694,7 3983,8 7,8 8846, ,1 18,0 2,394 2,620 9,4 C. Sul , ,3 11,6 2,198 2,307 5,0 MA 89, ,7 199, ,3 2,240 2,100-6,3 PI 10,2 17,9 75, ,8 55,7 2,255 2,000-11,3 BA 433, ,3 699,3 1012,3 44,8 1,615 2,220 37,5 NE 532,3 593,9 11,6 921,9 1300,1 41,0 1,732 2,189 26,4 Total , ,8 2,175 2,299 5,7 Fonte: CONAB. TABELA 7. Área, produção e produtividade de soja por estado. Safras 1996/97 e 1997/98. U. F. Área Produção Produtividade 98/99 97/98 Var. % 98/99 97/98 Var. % 98/99 97/98 Var. % RO 14,00 4,70 197,87 42,00 14,10 197,87 3,000 3,000 0,00 TO 46,00 40,10 14,71 105,00 80,20 30,92 2,283 2,000 14,13 N 60,00 44,80 33,93 147,00 94,30 55,89 2,450 2,105 16,39 PR 2750, ,00-1, , ,80 4,14 2,700 2,550 5,88 SC 245,00 276,20-11,30 590,00 649,10-9,10 2,408 2,350 2,47 RS 3050, ,30-3, , ,60-3,26 2,098 2,100-0,08 Sul 6045, ,50-2, , ,50 0,14 2,385 2,313 3,08 MG 550,00 601,10-8, , ,50-4,52 2,400 2,300 4,35 SP 580,00 603,60-3, , ,60 16,76 2,552 2,100 21,51 Sud. 1130, ,70-6, , ,10 5,66 2,478 2,200 12,64 MT 2250, ,80-10, , ,70-8,90 2,800 2,750 1,82 MS 1060, ,50-2, , ,70 16,14 2,500 2,100 19,05 GO 1330, ,10-0, , ,00-1,39 2,500 2,520-0,79 DF 35,00 35,60-1,69 88,00 86,20 2,09 2,514 2,421 3,84 Continua...

21 . 21. U. F. Área Produção Produtividade 96/97 97/98 Var. % 96/97 97/98 Var. % 96/97 97/98 Var. %...Continuação C.O. 4675, ,00-6, , ,60-2,31 2,644 2,544-3,81 C.Sul 11850, ,20-4, , ,20-0,41 2,496 2,395 4,23 MA 160,00 144,00 11,11 350,00 302,40 15,74 2,188 2,100 4,17 PI 32,00 28,60 11,89 70,00 57,10 22,59 2,188 1,997 9,57 BA 580,00 556,30 4, , ,60 11,10 2,302 2,160 6,56 NE 772,00 728,90 5, , ,10 12,42 2,273 2,142 6,14 Total 12682, ,90-3, , ,60 0,40 2,482 2,380 4,31 Fonte: 97/98 - CONAB - Quinto levantamento/jul-98 / 98/99 - Safras & mercado nº 1007, 27/07/98 Como pode ser visto nas Tabelas, a produção de soja para a safra 1997/ 98 foi de um acréscimo na produção total em torno de 19,3%, sendo 15,8% devido ao aumento de área e 3,5% resultante do aumento do rendimento. Quanto ao sistema de produção, a soja não possui diferenças significativas no seu sistema de cultivo em todo o território nacional pois, praticamente em todo o País, utiliza-se o sistema convencional de semeadura e o sistema direto, que vem aumentando bastante. Quanto a estrutura agrária o tamanho da propriedade vem aumentando, mostrando que a soja é uma cultura de grande escala, BRASIL NORTE PRODUÇAO DE SOJA PARTICIPAÇAO POR REGIOES. SAFRA 97/98 ESTIMATIVA AREA HA PRODUÇAO T CENTRO OESTE 40,00% SUL 46,00% NORDESTE 5,0% SUDESTE 9,0% FIG. 4. Participação na produção de soja das diversas regiões na safra 1997/98.

22 . 22. sendo desaconselhável a produção em pequenas propriedades, pelo menos para fins comerciais. Analisando-se os censos de 1980 e 1985 nota-se que a parcela produzida em grandes propriedades vem aumentando bastante. Presume-se que o último censo agropecuário mostre mais claramente esse fenômeno, mas infelizmente não se tem ainda os seus dados para todos os estados. TABELA 8. Evolução da área do estabelecimento e produção de soja. Item Estabelecimentos até 100 ha Estabelecimentos acima de 1000 ha Estabel. Censo 1980 (%) Produção 1980 (%) Estabel. Censo 1985 (%) Produção 1985 (%) 90,00 37,00 89,00 20,00 0,64 25,00 1,23 45,00 Fonte: IBGE. Pode ser visto que em 1980, 37% da produção de soja era proveniente de propriedades de 100 ha e menos, que representavam 90% do número de propriedades que produziam soja, ao passo que 25% da produção era proveniente de propriedades cuja área era de mais de ha que representavam 0,64% dos estabelecimentos. Já em 1985, apenas 20% da produção provinha daqueles estabelecimentos cuja área era de 100 ha ou menos, que representavam 89% do total dos estabelecimentos, ao passo que 45% da produção já era proveniente dos estabelecimentos acima de ha, que representavam 1,23% do total. Essa tendência é uma realidade não só no setor de produção da matéria prima soja, mas também no complexo agroindustrial de soja. Estudos do IEPE (Instituto de Estatística e Pesquisa Econômica, UFRGS), citados por Canziani 2, demonstram que plantas esmagadoras de soja com capacidade menor que t/dia não são econômicas. Quanto as perspectivas de produção de soja, para atender a demanda futura, foram feitas algumas projeções até o ano 2010 utilizando-se basicamente duas metodologias. Em primeiro lugar utilizou-se as projeções de crescimento 2 CANZIANI,J.R. Complexo Soja: os desafios do setor no Brasil. Óleos & Grãos, São Caetano do Sul, v.05, n. 26, p.56-57, set-out 1995.

23 . 23. da população, da renda "per capita" e da elasticidade-renda da demanda de soja. Nesse caso utilizou-se a fórmula: D = p + ng onde, D = demanda efetiva; p = taxa de crescimento populacional; n = elasticidade-renda da demanda de soja; g = taxa de crescimento da renda "perb capita". Os dados da projeção do crescimento populacional e da taxa de crescimento da renda "per capita" foram extraídos do Boletim Macrométrica 3. O valor inicial da elasticidade-renda da demanda de soja foi extraído da publicação do IPEA "Estudos de Política Agrícola n. 25, Tab. 6, pag. 80. O valor inicial utilizado foi 0,90 e a partir de 1998 considerou-se uma queda gradativa nesse valor até o ano O mesmo valor foi utilizado para a elasticidade-renda da demanda de farelo de soja. A segunda metodologia utilizada foi a projeção baseada na taxa geométrica de crescimento do consumo de farelo de soja a partir de Nesse caso utilizou-se a equação: Y = A.ert ou lny = lna + rt onde, Y = quantidade demandada; A = termo constante; e = base dos logaritmos neperianos; r = taxa geométrica anual de crescimento; t = período considerado, em anos. Além dessas duas metodologias, considerou-se as projeções realizadas pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos, constante na publicação ERS Staff Paper n. 9612, 1996, denominada "Long Term Projections for International Agriculture to 2005", pag. 91. Também foram consideradas as projeções realizadas por Menezes, et alii, 1997, pag As Tabelas 9 e 10 mostram os resultados das projeções. 3 Macrométrica Pesquisas Econômicas Ltda. n.145 agosto 97. Av. Graça Aranha, 19, Gr. 504 Castelo - Rio de Janeiro - RJ.

24 . 24. TABELA 9. Estimativa da demanda doméstica de soja até o ano d=p+ng Y=A*e^rt pop. elast. renda f. mult. d.f.1 d.s.1 d.f.2 d.s.2 d.s.3 d.s ,24 0,90 1,96 1, ,1 7037,3 5524,0 7082,1 9112,4 6734, ,19 0,90 1,70 1, ,4 7228,7 5653,0 7247,4 9324,2 6978, ,15 0,85 1,47 1, ,7 7402,2 5785,0 7416,7 9540,9 7066, ,12 0,83 2,37 1, ,9 7630,7 5920,0 7589,7 9762,6 7183, ,10 0,80 2,07 1, ,0 7841,0 6058,0 7766,7 9982,7 7584, ,09 0,79 2,18 1, ,9 8061,5 6199,0 7947, ,8 7509, ,09 0,78 2,08 1, ,5 8280,1 6344,0 8133, ,0 7453, ,09 0,77 2,08 1, ,3 8503,0 6491,0 8321, ,3 7929, ,09 0,76 2,08 1, ,5 8730,1 6643,0 8516, ,9 8266, ,08 0,75 2,00 1, ,2 8955,3 6798,0 8715, ,08 0,72 2,00 1, ,2 9181,0 6956,0 8917, ,07 0,71 1,90 1, ,4 9403,1 7118,0 9125, ,07 0,70 1,90 1, ,4 9628,8 7284,0 9338, ,06 0,65 1,80 1, ,9 9843,5 7454,0 9556,4 TABELA 10. Estimativa da demanda domestica mais internacional de soja até o ano d=p+ng Y=A*e^rt pop. elast renda f. mult. d.f.1 d.s.1 d.f.2 d.s.2 total 1 total ,40 0,98 1,30 1, , , , , , , ,35 0,95 1,30 1, , , , , , , ,34 0,95 1,35 1, , , , , , , ,32 0,92 1,40 1, , , , , , , ,30 0,90 1,40 1, , , , , , , ,30 0,85 1,30 1, , , , , , , ,30 0,80 1,20 1, , , , , , , ,28 0,75 1,20 1, , , , , , , ,28 0,75 1,25 1, , , , , , , ,20 0,70 1,10 1, , , , , , , ,20 0,70 1,10 1, , , , , , , ,15 0,69 1,10 1, , , , , , , ,15 0,69 1,10 1, , , , , , , ,15 0,60 1,10 1, , , , , , ,3 pop. = taxa de crescimento da população; elast. = elasticidade-renda da demanda; renda = taxa de crescimento a renda per capita ; f. mult. = fator de multiplicação = resultado do lado direito da equação d = p + ng; d.f.1 = demanda ou consumo de farelo resultante da equação d = p + ng; d.s.1 = demanda de soja baseado em d.f.1, ou seja, os valores da coluna d.s.1 dividido por 0,78, considerando que cada tonelada de soja produz 780 kg de farelo; d.f.2 = demanda de farelo de soja utilizando-se a equação Y = A.e rt ; d.s.2 = demanda de soja baseada na demanda de farelo da coluna d.f.2; d.s.3 = demanda de soja baseada nas projeções de Menezes et alii; d.s.4 = demanda de soja do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos; total 1 = demanda total de soja brasileira (mercado interno + mercado externo) a partir do método d.s.1. Neste caso condiderou-se a participação do Brasil no mercado externo partindo de 16% e avançando até 25% em 2010; total 2 = o mesmo que total 1, baseado no método de projeção d.s.2.

25 . 25. De acordo com as projeções realizadas, verifica-se que para o ano 2010 o Brasil deverá estar produzindo de 57 milhões de toneladas a 75 milhões de toneladas de soja. É óbvio que as projeções dependem de um grande número de fatores e a consideração da simples taxa de crescimento anterior deve ser vista com muita cautela. Por outro lado, quando se considera a taxa de crescimento populacional, a renda "per-capita" e a elasticidade-renda da demanda, essas variáveis também estão sendo projetadas para o futuro, embora dentro de critérios racionais. De qualquer maneira, a manutenção da demanda de soja, como é uma demanda derivada da demanda de carnes, principalmente de aves e suínos, depende bastante do desenvolvimento econômico e da distribuição de renda de todos os países do mundo. Assim pode-se enumerar alguns fatores que mais se destacam na demanda de soja e outras oleaginosas. Fatores que deverão impulsionar a demanda de soja e outras oleaginosas: 1. crescimento da renda per-capita. principalmente dos países cuja elasticidaderenda de alimentos é alta; 2. distribuição mais equitativa de renda acompanhando o crescimento da economia; 3. crescimento econômico e distribuição de renda de países populosos (China, Índia); 4. maior penetração do capitalismo com a abertura de países até então fechados (Leste Europeu e Comunidade dos Estados Independentes, ex-união Soviética); 5. globalização, principalmente do capital financeiro, facilitando investimentos em ações de empresas em qualquer lugar do mundo; Fatores de risco ao aumento de demanda: 1. resposta produtiva muito rápida - choque de oferta; 2. descoberta de processos biotecnológicos de alta produtividade, gerando também excesso de oferta; 3. descoberta de produtos substitutos ou compostos que possuam o mesmo valor protéico do farelo de oleaginosas e que sejam mais abundantes e baratos;

26 desenvolvimento biotecnológico na área animal (maior performance na conversão alimentar, clonagem, etc); 5. crescimento econômico sem distribuição de renda, desestruturando os países emergentes e limitando a demanda apenas às camadas privilegiadas, cuja elasticidade-renda do consumo de alimentos é baixa; 6. desestruturação dos elos a jusante das cadeias produtivas ocasionado por altos preços da matéria prima. Diante dessa análise, é possível chamar a atenção para o produtor de soja, que observe atentamente alguns fatores, tais como: 1. investir em tecnologia, ou seja, rendimento por unidade de área, baixando os custos unitários; 2. procurar sempre as mais recentes informações de mercado e das tendências dos preços a curto prazo; 3. não realizar mais de 30% da produção em venda antecipada, a não ser que o mercado aponte com grande possibilidade de queda de preços; e 4. realizar vendas escalonadas e sempre que possível aproveitar as épocas de compra de insumos quando a demanda desses fatores de produção encontrase arrefecida.

27 1 Exigências Climáticas 1. 1 Exigências Hídricas A água constitui aproximadamente 90% do peso da planta, atuando em, praticamente, todos os processos fisiológicos e bioquímicos. Desempenha a função de solvente, através do qual gases, minerais e outros solutos entram nas células e movem-se através da planta. Tem, ainda, papel importante na regulação térmica da planta, agindo tanto no resfriamento como na manutenção e distribuição do calor. Uma das principais causas da variação da produtividade da soja no Brasil tem sido a ocorrência de déficit hídrico. Pela Fig. 1.1 podemos observar quedas na produtividade média da soja no Brasil nas safras 1977/78, 78/79 e 85/86 com perdas de 31%, 30% e 22%, respectivamente, causadas por deficiência hídrica. A disponibilidade de água é importante, principalmente, em dois períodos de desenvolvimento da soja: germinação-emergência e floração-enchimento de grãos. Durante o primeiro período, tanto o excesso quanto o déficit de água, são prejudiciais à obtenção de uma boa uniformidade na população de plantas. A semente de soja necessita absorver, no mínimo, 50% de seu peso em água para assegurar uma boa germinação. Nesta fase, o conteúdo de água no solo não deve exceder a 85% do total de água disponível e nem ser inferior a 50%. A necessidade de água na cultura da soja vai aumentando com o desenvolvimento da planta, atingindo o máximo durante a floração-enchimento de grãos (7 a 8 mm/dia), decrescendo após este período. Déficits hídricos expressivos, durante a floração e enchimento de grãos, provocam alterações fisiológicas na planta, como o fechamento estomático e o enrolamento de folhas

28 . 28. Fig Produtividade média e área cultivada com soja no Brasil nas safras de 1975/76 a 1997/98. e, como conseqüência, causam a queda prematura de folhas, queda de flores e abortamento de vagens, resultando, por fim, na redução do rendimento de grãos. Para obtenção do rendimento máximo, a necessidade de água na cultura da soja, durante todo o seu ciclo, varia entre 450 a 800 mm, dependendo das condições climáticas, do manejo da cultura e da duração do seu ciclo Exigências Térmicas e Fotoperiódicas As temperaturas a que a soja melhor se adapta estão entre 20 o C e 30 o C, sendo que a temperatura ideal para seu desenvolvimento está em torno de 30 o C. Sempre que possível, a semeadura da soja não deve ser realizada quando a temperatura do solo estiver abaixo de 20 o C porque prejudica a germinação e a emergência. A faixa de temperatura do solo adequada para semeadura varia de 20 o C a 30 o C, sendo 25 o C a temperatura ideal para uma emergência rápida e uniforme.

29 . 29. O crescimento vegetativo da soja é pequeno ou nulo a temperaturas menores ou iguais a 10 o C. Temperaturas acima de 40 o C têm efeito adverso na taxa de crescimento, provocam estragos na floração e diminuem a capacidade de retenção de vagens. Estes problemas se acentuam com a ocorrência de déficits hídricos. A floração da soja somente é induzida quando ocorrem temperaturas acima de 13 o C. As diferenças de data de floração, entre anos, apresentadas por uma cultivar semeada numa mesma época, são devido às variações de temperatura. Assim, a floração precoce é devido, principalmente, à ocorrência de temperaturas mais altas, podendo acarretar diminuição na altura de planta. Este problema pode se agravar se, paralelamente, ocorrer insuficiência hídrica e/ou fotoperiódica durante a fase de crescimento. Diferenças de data de floração entre cultivares, numa mesma época de semeadura, são devido, principalmente, às respostas destas ao comprimento do dia (fotoperíodo). A maturação pode ser acelerada por ocorrência de altas temperaturas. Quando vêm associadas a períodos de alta umidade, as altas temperaturas contribuem para diminuir a qualidade das sementes e, quando associadas a condições de baixa umidade, predispõem as sementes a danos mecânicos durante a colheita. Temperaturas baixas na fase da colheita, associadas a período chuvoso ou de alta umidade, podem provocar um atraso na data de colheita, bem como ocorrência de retenção foliar. A adaptação de diferentes cultivares a determinadas regiões depende, além das exigências hídricas e térmicas, de sua exigência fotoperiódica. A sensibilidade ao fotoperíodo é característica variável entre cultivares, ou seja, cada cultivar possui seu fotoperíodo crítico, acima do qual o florescimento é atrasado. Por isso, a soja é considerada planta de dia curto. Em função dessa característica, a faixa de adaptabilidade de cada cultivar varia à medida que se desloca em direção ao norte ou ao sul. Entretanto, cultivares que apresentam a característica período juvenil longo possuem adaptabilidade mais ampla, possibilitando sua utilização em faixas mais abrangentes de latitudes (locais) e de épocas de semeadura.

30 Rotação de Culturas 2.1. Informações Gerais A rotação de culturas consiste num processo de cultivo à disposição dos produtores rurais para modernizar e aumentar o rendimento da atividade agropecuária. As vantagens da adoção da rotação de culturas são inúmeras, consistindo em um processo de cultivo capaz de proporcionar a produção de quantidades elevadas de alimentos e outros produtos agrícolas, com mínima alteração ambiental. Sua adoção, se conduzida de modo adequado e por um período longo, preserva ou melhora as características físicas, químicas e biológicas do solo. Também auxilia no controle de plantas daninhas, doenças e pragas, repõe restos orgânicos e protege o solo da ação dos agentes climáticos, ajuda a viabilização da semeadura direta e diversifica a produção agropecuária. As recomendações, a seguir expostas, objetivam compor sistemas de rotação com soja e trigo ou cevada, destinadas a lavouras que adotam o máximo de tecnologia disponível Conceito A rotação de culturas consistem em alternar espécies vegetais, no correr do tempo, numa mesma área agrícola. As espécies escolhidas devem ter propósitos comercial e de recuperação do meio-ambiente.

31 Eficiência Para a obtenção de máxima eficiência na melhoria da capacidade produtiva do solo, o planejamento deve considerar plantas comerciais que produzam grandes quantidades de biomassa e plantas destinadas à cobertura do solo, cultivadas quer em condição solteira ou em consórcio com culturas comerciais Planejamento da Lavoura Para que a rotação de culturas tenha sucesso, torna-se imprescindível o planejamento da lavoura. Nesse planejamento, é necessário considerar que a rotação de culturas não é uma prática isolada e deve ser precedida de uma série de tecnologias à disposição dos agricultores, entre as quais destacam-se: s sistema regional de conservação do solo (microbacias); s calagem e adubação; s cobertura vegetal do solo; s processos de cultivo: preparo do solo, época de semeadura, cultivares adaptadas, população de plantas, controle de plantas daninhas, pragas e doenças; s semeadura direta; s integração agropecuária; s silvicultura Escolha do Sistema de Rotação de Culturas A escolha das culturas e do sistema de rotação deve ter flexibilidade, de modo a atender às particularidades regionais e as perspectivas de comercialização dos produtos. O uso da rotação de culturas conduz à diversificação das atividades na propriedade, que pode ser exclusivamente de culturas anuais ou culturas anuais e pastagem. Em ambos os casos requer planejamento da propriedade a médio e longo prazos, para que a adoção se torne exeqüível.

32 Critérios para Escolha da Cobertura Vegetal do Solo A escolha da cobertura vegetal do solo, quer como adubo verde, quer como cobertura morta, deve ser feita no sentido da produção de grande quantidade de biomassa. Além disso, deve-se dar preferência para plantas fixadoras de nitrogênio, com sistema radicular profundo ou abundante, promotoras de reciclagem de nutrientes, capazes de se nutrir com os fertilizantes residuais das culturas comerciais e que não sejam hospedeiras de pragas, doenças e nematóides ou apresentem efeito alelopático para as culturas comerciais Informações para Escolha da Rotação de Culturas No Paraná, as sequências de culturas recomendadas para anteceder ou suceder à cultura principal, na composição de sistema de rotação com soja e trigo, estão relacionadas, em ordem de preferência, na Tabela 2.1. Estão relacionadas também as espécies que, sob condições especiais, podem anteceder ou suceder à principal. As espécies anotadas com restrição de cultivo, para anteceder ou suceder à cultura principal, devem ser evitadas, no momento da concepção da rotação de culturas. Em áreas onde ocorre o cancro da haste da soja, além de outras medidas de controle, como o uso de cultivares resistentes à doença, tratamento de sementes, o guandu e o tremoço não devem ser cultivados antecedendo a soja. O guandu, apesar de não mostrar sintomas da doença durante o estádio vegetativo, reproduz o patógeno nos restos culturais. Além disso, após o consórcio milho/guandu, recomendado para a recuperação de solos degradados, deve-se usar, sempre, cultivar de soja resistente ao cancro da haste. O tremoço é altamente suscetível ao cancro da haste. No verão, são indicadas para cobertura verde: lab-lab, mucunas, guandu e crotalárias, em cultivo solteiro ou em consórcio com o milho. Recomenda-se o uso do consórcio milho + guandu gigante ou milho + mucuna preta, em rotação com soja, somente para solos degradados, situados

33 . 33. TABELA 2.1. Sinopse da sequência de culturas, recomendadas preferencialmente em relação à cultura principal, para compor sistemas de rotação com a soja e trigo, no Paraná. Embrapa Soja. Londrina, PR, Culturas com restrição para anteceder à principal Cultura antecessora à principal Cultura principal Cultura sucessora à principal Cultura com restrição para suceder à principal Tremoços e cultivos no verão/ outono de guandu ou mucuna ou lab-lab. Milho, trigo, cevada, aveia branca, aveia preta, nabo forrageiro. Podem também ser cultivados: girassol 1, consórcio de milho com guandu ou mucuna, consórcio de aveia preta com tremoços e azevém 2. Soja Milho, trigo, cevada aveia preta. Podem ser cultivada aveia branca para grãos. Girassol semente). e tremoços (para Cevada, aveia preta para sementes, aveia branca para grão e semente. Soja, guandu, mucunas, crotalárias, lab-lab, ervilhacas, nabo forrageiro, chícharo e girassol. Podem também ser cultivados aveia preta, aveia branca, trigo, tremoço, consórcio de aveia preta com tremoços e consórcio do milho com guandu ou mucuna. Milho Soja, aveia branca para grão e semente, aveia preta, girassol, trigo, tremoços para semente. Cevada. Cevada, aveia preta para semente. Soja, ervilhacas, nabo forrageiro, aveia preta, chícharo. Podem também ser cultivados tremoços, aveia branca e milho. Trigo Soja, cevada, aveia branca e aveia preta para cobertura e semente. Pode também ser cultivado milho. Sem restrição. Aveia preta para semente. Soja, trigo, aveia branca, aveia preta, ervilhaca, nabo forrageiro, chícharo e tremoço azul. Cevada Soja, aveia preta para cobertura e semente e, aveia branca. Milho e trigo. 1 Nas regiões onde não ocorre sclerotinia em soja, o girassol pode anteceder essa cultura. Em todos os casos, o girassol deve ser cultivado com intervalos mínimos de três anos na mesma área. 2 O azevém pode tornar-se invasora.

34 . 34. no Norte e no Centro-Oeste do Paraná, nos quais as culturas comerciais apresentem baixos rendimentos, não sendo indicado para as demais zonas, especialmente as de clima mais frio. Na recuperação do solo, conduzir, no máximo, duas safras desses consórcios (Tabela 2.6). Após esse período, o sistema de rotação deve ser substituído por milho solteiro. O milho deve ser precoce, semeado até o início de outubro. O guandu forrageiro deve ser semeado 25 a 35 dias após a semeadura do milho, utilizando semeadeira regulada no mesmo espaçamento da soja, em duas linhas, nas entrelinhas do milho, com densidade de 30 a 35 sementes por metro linear, para germinação de 70% a 75% e sempre internamente às linhas do milho. Nesse processo, a umidade do solo deve ser favorável à germinação, senão é o principal fator de entrave para a adoção dessa tecnologia. No cultivo do milho, como o solo fica com a superfície irregular, tomar cuidado na semeadura do guandu que, embora não exigindo semeadura profunda, necessita de boa cobertura da semente. Na semeadura direta do guandu, podem ser usados alguns modelos de plantadeiras, exceto aquelas em que as linhas coincidem com as do milho e aquelas com rodas limitadoras de profundidade muito largas; neste caso, substituir por rodas de menor largura. A mucuna preta é semeada manualmente, na prematuração do milho, no espaçamento indicado para o guandu e com densidade de semeadura de cinco sementes por metro linear. A colheita do milho deve ser feita logo após a maturação, regulando a plataforma de corte da colheitadeira saca-espiga, o mais alto possível. O manejo da cobertura vegetal do milho + guandu ou milho + mucuna deve ser feito em meados de abril, no Norte, e em fins de abril, no Centro- Oeste do Paraná, a fim de possibilitar o cultivo de inverno. O guandu deve ser sempre manejado antes do início do florescimento. O rolo-faca tem sido muito eficiente no manejo dessas espécies, no sistema de semeadura direta. O girassol é outra alternativa interessante no sistema de rotação, principalmente por melhorar as condições físicas do solo. Mas deve ser cultivado com intervalo mínimo de três anos na mesma área,

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