POR QUE SER UM... POR QUE SER UM MANIPULADOR DE ALIMENTOS?
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- Thomas Camilo Malheiro
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1 POR QUE SER UM... POR QUE SER UM MANIPULADOR DE ALIMENTOS? MANIPULADOR DE ALIMENTOS?
2 Copyright Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Santa Catarina É permitida a reprodução parcial ou total desta obral, desde que citada a fonte. Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Santa Catarina (IFSC) Reitora Maria Clara Kaschny Schneider Pró-Reitora de Ensino Daniela de Carvalho Carrelas Direção Geral Campus Florianópolis-Continente Nelda Plentz de Oliveira Coordenadoria Adjunta do Pronatec/Coordenadoria de Extensão e Relações Externas André Dala Possa Associação de Pais, Amigos e Pessoas com Deficiência, de Funcionários do Banco do Brasil e da Comunidade (APABB ) Projeto Gráfico e Diagramação Caroline Daufemback Henrique Ilustrações Alunos do Projeto Gastronomia Inclusiva Organização do conteúdo Ana Rita Fagundes Rodrigues (coordenadora) Ana Paula dos Santos Jacqueline dos Santos Mariana Souza Barreto Renan Truppel Fernandes SUMÁRIO Apresentação Por que ser um manipulador de alimentos? Normas de segurança e higiene para frequentar a cozinha O que mais se aprende no curso O que mais gosta no curso O que é mais difícil de aprender no curso O que se pode fazer quando concluir o curso Depoimento dos professores Fotos Ficha Catalográfica 5
3 APRESENTAÇÃO O Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC) é uma instituição pública federal vinculada ao Ministério da Educação (MEC). Tem mais de um século de existência e foi fundado em 1909 como Escola de Aprendizes Artífices, passando por várias denominações. Dentre as mais conhecidas estão: a Escola Técnica Federal de Santa Catarina e o Centro Federal de Educação Tecnológica de Santa Catarina (CEFET-SC). O IFSC oferta educação profissional, científica e tecnológica em diversas modalidades, desde formação profissional de nível médio, com cursos técnicos em diversas áreas, cursos de qualificação, cursos superiores de tecnologia, licenciaturas, engenharias, formação continuada por meio de especializações e mestrado profissional. O Campus Florianópolis-Continente (CFC) do IFSC foi criado em agosto de 2006, atua exclusivamente na oferta de cursos voltados para o turismo, a hospitalidade e o lazer. Entre os objetivos institucionais, está a promoção da educação profissional visando à 6 7
4 qualificação dos serviços e atividades turísticas, de crescente importância na vida socioeconômica local e regional. O Projeto Gastronomia Inclusiva, vinculado a Coordenação de Extenção e Relações Externas - CERE, acontece desde 2012 em parceria com o Núcleo Regional Santa Catarina. Têm como objetivo oferecer formação profissional para pessoas com deficiência ampliando as possibilidades de cidadania plena. Desde sua criação, o Projeto tem mobilizado importantes órgãos e entidades do Estado. O Banco do Brasil cedeu espaço para a construção de uma cozinha destinada ao ensino e a APABB é responsável pela organização da dinâmica do curso e segurança dos alunos. Só em 2012 foram realizadas duas edições do Projeto e 37 alunos se formaram. Em 2013, uma nova turma foi capacitada e 14 pessoas se prepararam para o mundo de trabalho. As atividade 2014 já iniciaram e o projeto não pode parar! Com esta publicação, IFSC e APABB apresentam a atuação profissional em Alimentos e Bebidas pela perspectiva da Pessoa com Necessidades Especiais. Boa leitura. DEPOIMENTOS DOS ALUNOS? Porque ser um manipulador de alimentos? "Fazer amizades e estar ao lado dos professores"; "Preparar comidas diferentes"; "Aprender as normas de segurança da cozinha como: - levar uma faca para a bancada; - colocar luvas para utilizar o fogão e forno, evitando se queimar"; "Aprender a arrumar a mesa com os talheres, pratos, xícaras e servir as pessoas sentadas à mesa"; "Polir os bules e outros materiais para servir café, chá, leite e sucos"; "Conseguir um trabalho"; "Aprender a fazer os vários cortes e utilizar materiais necessários no preparo dos legumes"; "Aprender a reciclar o lixo"; "Aprender a higienizar, corretamente, os alimentos"; "Aprender a servir (ser garçom)"; 8 9
5 DEPOIMENTOS DOS ALUNOS Normas de segurança e higiene para frequentar a cozinha. "Uniforme bem limpo e passado que nos proporciona uma aparência mais bonita e arrumada, parecendo que somos mais importantes"; "Cabelos e unhas bem cortados, sem esmaltes"; "Não usar pulseiras e brincos"; "Lavar bem as mãos e passar álcool"; "Andar com a faca voltada para baixo"; "Manter o chão seco para evitar acidentes"; "Usar toucas para não contaminar os alimentos". DEPOIMENTOS DOS ALUNOS O que mais se aprende no curso "Descascar e cortar, de forma adequada, os alimentos"; "Mexer os alimentos no fogão, bem como mexer e abrir massas"; "Lavar as mãos e manter a bancada e os materiais como facas, colheres, conchas, tábuas, sempre limpos"; "Ligar o fogão e preparar os pratos"; "Manipular a faca"; "Higienizar louças e outros utensílios"; "Arrumar a mesa e servir refeições e café"; "Separar o lixo"
6 DEPOIMENTOS DOS ALUNOS O que mais gostou no curso "Fazer amigos"; "Fazer receitas como pizza, creme de baunilha com morango e chocolate e as receitas que com banana"; "Usar o uniforme que nos deixa elegantes e bonitos"; "Higienizar as mãos e os alimentos"; "Usar toucas para evitar cair cabelo na comida"; "Estar ao lado dos professores na cozinha"; DEPOIMENTOS DOS ALUNOS O que é mais difícil de aprender no curso "Lavar as mãos e a louça"; "Cortar a cebola porque arde muito os olhos"; "Aprender o corte tesoura e o corte da carne, bem como cortar fatias finas, bastante tempo"; 12 13
7 DEPOIMENTOS DOS ALUNOS O que eu posso fazer quando concluir o curso "Trabalhar como manipulador de alimentos"; "Preparar mesas para refeições e cafés"; "Lavar louças"; "Fazer receitas de bolo e ajudar a mãe na cozinha. Ter mais gosto pela cozinha"; "Acender o fogão e colocar água para ferver"; "Cortar e limpar legumes com mais segurança". DEPOIMENTOS Como educadora percebo que os alunos conseguiram realizar o objetivo maior deles que era fazer amizades e, mais do que amizade, eles criaram a oportunidade que tanto almejam de pertencer a um grupo social. Neste grupo social, eles conseguiram atingir vários outros objetivos, que talvez fossem até inesperados para aqueles que os acompanham na sua trajetória e para eles mesmos. Portanto, uma grande conquista da auto-estima o que proporciona mais confiança e prazer de executar as suas tarefas. Ana Rita Fagundes Rodrigues Professora 14 15
8 ... FOTOS 16 Ao iniciar o curso, o nosso objetivo principal como monitores bem como o dos alunos era formar profissionais que independente da sua deficiência ou limitação pudessem atuar no mercado de trabalho. Era, porque durante as aulas práticas e principalmente nas aulas teóricas, foi possível perceber que o que mais os motivava a continuar no curso não era o conhecimento adquirido, mas, principalmente, a possibilidade que estavam tendo de participar de um grupo. Por isso, sempre que questionados sobre os motivos que os levavam a procurar o curso, em sua imensa maioria apontavam fazer amizades. Ao final, é possível perceber a evolução de todos, cada qual com a sua aptidão. O objetivo principal do aluno que era formar amizades foi alcançado. Há harmonia do grupo e desejo de todos em manter contato para sempre. Ana Paula dos Santos Jacqueline dos Santos Mariana Souza Barreto Renan Truppel Fernandes Monitores 17
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10 IFSC Campus Florianópolis Continente Coordenadoria de Extensão e Relações Externas - CERE Rua 14 de Julho, 150 Bairro Coqueiros Florianópolis SC Telefone: (48)
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