NOTAS DE AULAS DE SILVICULTURA TROPICAL

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1 1 UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO FACULDADE DE ENGENHARIA FLORESTAL CURSO DE ENGENHARIA FLORESTAL NOTAS DE AULAS DE SILVICULTURA TROPICAL PROF. CARLOS ALBERTO MORAES PASSOS CUIABA MATO GROSSO BRASIL MAIO

2 Notas de Aula de Silvicultura Tropical 1 CAPÍTULO I: INTRODUÇÃO "Silvicultura é a ordenação ou o manejo científico das florestas para a produção contínua de bens e serviços" (DANIEL et al., 1982). Requer entendimento da estrutura, dos processos (sucessão, regeneração) e das relações (animal planta, planta planta, meio físico meio biótico, etc.) do ecossistema florestal. Meios físico e biótico influenciam no comportamento fisiológico das espécies (crescimento, competição e reprodução) Meio antrópico Influência das relações Sócio-econômicas-culturais Regulação florestal É o controle da estrutura da floresta mediante a proporção entre árvores caducas, maduras, jovens e mudas, arbustos e herbáceas. Controle da estrutura Tratamentos silviculturais (limpeza, poda, desbaste, colheita, etc.) Adaptado de DANIEL et al, Região Tropical: entre os paralelos 23º 27' latitude norte (Trópico de Câncer) e sul (Trópico de Capricórnio); Clima: Temperatura média anual: 20ºC - lat. 30 o N a 26 o S - 47% da superfície terrestre; Segundo Köppen: temperatura do mês mais frio superior a 18ºC - 30% da superfície terrestre; Oscilações térmicas diárias maiores que as anuais; Pequena variação na luminosidade ao longo do ano; e Umidade sem configuração típica. Superfície emergida da terra com cobertura florestal: milhões de ha (FAO, 1995); (cobertura florestal - sistemas ecológicos com mínimo de 10% de cobertura arbórea) Florestas Tropicais 52% da superfície florestal do mundo (florestas temperadas 48%); Tabela 1 - Área de florestas e volume total de madeira segundo as regiões do mundo

3 Notas de Aula de Silvicultura Tropical 2 Região Florestas e terras arb. Total de florestas Vol. total madeira Volume por ha 10 6 ha 10 6 ha (%) (%) 10 6 m 3 (%) (m 3 /ha) Mundo , ,0 111,4 África ,8 10, ,3 156,1 Am. Norte e Central ,1 15, ,0 109,0 Am. do Sul ,0 25, ,6 139,9 Ásia ,8 14, ,6 106,3 Europa ,0 3, ,8 140,5 Oceania ,7 2, ,6 114,3 URSS ,9 21, ,0 111,6 Países desenvolvidos ,2 41, ,6 114,1 Países em desenvolvimento ,8 58, ,4 109,6 Fonte: FAO (1995) Tabela 2 - Países com as maiores áreas de florestas no mundo e respectiva porcentagem de superfície com floresta e área de floresta por habitante País Superfície florestal terrestre % da superfície de terra Área de floresta por habitante 10 6 ha (%) (ha) ex-urss ,6 Brasil ,7 Canadá ,3 EUA ,8 Outros Total Fonte: FAO (1994) Tabela 3 - Superfícies das formações florestais tropicais Região Superfície florestal total Florestas Ombrófilas Flor. Semideci duais Flor. Deciduais Zona Montanhosa Zona Árida Zona Desértica 10 9 ha África 527,6 86,6 251,1 92,5 35,3 58,7 3,4 Ásia 310,6 177,3 41,8 41,1 47,2 0,0 3,1 Am. Latina e Caribe 918,1 454,3 294,3 44,9 121,9 1,1 1,6 Total ,3 718,2 587,3 178,6 204,3 59,7 8,1 (%) ,8 0,2 Fonte: FAO (1994) Principais regiões de FTU no mundo: Bacia do Amazonas e Orenoco - a maior massa contínua de floresta; Bacia do Congo, Niger e Zambeze e no Madagascar - África; Índia, Malásia, Bornéo e Nova Guiné; FT possui alta biodiversidade: Canadá e norte dos EUA: 700 espécies de árvores;

4 Notas de Aula de Silvicultura Tropical 3 Malásia em 50 ha: 835 espécies de árvores; Número médio de espécies de árvores por ha de FTU: 250; Amazônia: cerca de 400 espécies de madeiras comerciáveis; FTU: 50 % da diversidade biológica do planeta; Estimativas de perdas de espécies devido ao desmatamento em FT: até o ano % das espécies; até o ano % das espécies; No mundo: 5 a 30 milhões de espécies - somente 1 milhão descritas; Taxa de desmatamento na Amazônia brasileira: 2,0 milhões de ha ao ano; Em 1988: 4,8 milhões de ha queimados na Amazônia brasileira; Causas do desmatamento: agricultura e pecuária; colonização (pequeno produtor); especulação imobiliária; exploração madeireira; urbanização; e infra-estrutura. Uso e função das florestas pelo homem variam com as condições: ecológicas; sociais; econômicas; e culturais. "Preconceitos" históricos - florestas eram consideradas: foco de doenças; impedimento ao desenvolvimento; abrigo de animais perigosos; áreas potenciais para serem substituídas pela agricultura e pecuária; e áreas para serem exploradas as madeiras valiosas. Exploração florestal predatória: crença do recurso florestal inesgotável alta relação oferta/demanda; lucro fácil e rápido; desconhecimento da importância e dinâmica das florestas; carência de profissionais habilitados; especificidade do manejo florestal; e fins agropecuários. Alternativas para a produção de bens florestais: manejo de florestas naturais; e plantio de florestas: 16 milhões de ha no mundo; 4,6 milhões de ha no Brasil, ha no MT. Manejo de florestas naturais: praticado há muito tempo nas regiões temperadas; recente nas regiões tropicais: a partir da Segunda Guerra Mundial;

5 Notas de Aula de Silvicultura Tropical 4 Manejo de florestas naturais no Brasil (experimental): Curuá-Una - PA; FLONA do Tapajós - PA; CPATU - PA; CVRD em Linhares - ES; INPA - AM; Flor. Est. de Antimari - AC IMAZON - Paragominas - PA FFT/FEMA-MT e PRONATURA/FEMA-MT Marcelândia, Cláudia e Juína - MT. CPAA Mil Madeireira S.A - AM CPATU/Moju e Belterra PA Jarí - AP Manejo de florestas naturais para uso múltiplo: Parque Estadual de Campos do Jordão; e Parque Estadual de Passa Quatro; Situação atual do manejo de florestas naturais no Brasil: obrigatoriedade legal do plano de manejo; planos de manejo sem execução; exploração seletiva - erosão genética (poucas espécies e os melhores indivíduos); Na Amazônia: 400 espécies de madeiras comerciais, menos de 100 usadas no mercado local e menos de 40 no mercado nacional; Exportação de 30 a 35 espécies amazônicas: 75% das exportações são das espécies: mogno, virola, sucupira, cedro e ipê; exploração feita sem critérios técnicos e econômicos; desenvolvimento incipiente de sistemas silviculturais para as florestas nacionais; Sistema Silvicultural SEL - Seleção de Espécies Listadas (INPA); Sistema Bracatinga; Sistema Silvicultural Aplicado ao Manejo Empresarial - CPATU Pontos negativos do manejo de florestas naturais: falta de conhecimento a respeito das espécies e das comunidades florestais; baixo IMA (± 2 m 3 /ha/ano): requer grandes áreas; ciclo de corte desconhecido (± 30 anos); e danos na colheita ao solo e à vegetação remanescente. Pontos positivos do manejo de florestas naturais: maior diversidade biológica; impacto ambiental relativamente baixo; produção de espécies de madeiras duras espécies clímax. Plantio de florestas no Brasil início na cidade do Rio de Janeiro; incentivos fiscais: plantios industriais; fomento florestal: plantios em pequenas e médias propriedades rurais; espécies predominantes: Eucalyptus spp., Pinus spp., Acacia sp., Araucaria angustifolia, Gmelina arborea, Tectona grandis; Plantios florestais no MT Início na década de 70;

6 Notas de Aula de Silvicultura Tropical 5 Aumento da área na segunda metade dos anos 90; Principais espécies: Eucalyptus spp., Hevea brasiliensis, Schizolobium amazonicum e Tectona grandis Situação precária dos plantios da maioria das espécies - poucos estudos científicos Pontos negativos dos plantios florestais: impacto ambiental relativamente maior que o manejo das florestas naturais, principalmente na fase de implantação; redução acentuada da biodiversidade; necessidade de elevado capital; e longo tempo de retorno do capital. Pontos positivos dos plantios florestais: maior IMA: requer menores áreas; menor ciclo de corte; padronização do produto; e produção regulada.

7 Notas de Aula de Silvicultura Tropical 6 CAPÍTULO II: FITOGEOGRAFIA BRASILEIRA 1. INTRODUÇÃO Fitogeografia: distribuição geográfica dos tipos de vegetação; Necessidade de classificar os tipos de vegetação para o planejamento e a pesquisa. Mapeamento da vegetação é feito há muito tempo; Alexandre F. Von Humboldt (1806): descreveu a paisagem natural dos agrupamentos terrestres. Grisebach (1872): agrupou as plantas por caráter fisionômico definido (florestas, campos, etc.) denominando-os de formações. Engler e Prantl (1887): iniciaram a moderna classificação sistemática das plantas. Drude (1889): dividiu a Terra em zonas, regiões, domínios e setores, de acordo com endemismo apresentado pelas plantas. Classificação deve ser universal (Botânica, Zoologia, Geologia, etc.); e variável com a escala de trabalho; 2. SISTEMAS DE CLASSIFICAÇÃO 1º PASSO: Definição da escala de trabalho Quadro 1 - Escala cartográfica de acordo com o nível de detalhamento Nível de detalhamento Escala cartográfica Regional 1: : Exploratório 1: : Semi-detalhe 1: : Detalhe 1: 1-1: A classificação da vegetação poderá atingir 3 metas: 1ª. Classificação florística; 2ª. Classificação fisionômico-ecológica; 3ª. Classificação fitossociológico-biológica; 2.1. Sistema de classificação florística DRUDE (1889): dividiu o império florístico (flora mundial) em: zona, região, domínio e setor Quadro 2 - Império florístico de acordo com a escala de trabalho e endemismo

8 Notas de Aula de Silvicultura Tropical 7 Escala de trabalho Império florístico Endemismo Regional à exploratória Zona Família Região Gênero Semidetalhe a detalhe Domínio Espécie Setor Raça (variedade) zona: área caracterizada por famílias endêmicas; zona Neotropical: do México até a Argentina; zona Paleotropical: África e Ásia; zona Holoártica: norte da África, Ásia e Europa; zona Australiana: Austrália e Oceania. Flora brasileira pertence à zona Neotropical com a seguintes famílias endêmicas: Bixaceae, Cactaceae, Cannaceae, Caryocaraceae, Cyclathaceae, Cyrillaceae, Lacistemaceae, Marograviaceae, Quiinaceae, Sarraceniaceae, etc. região: área caracterizada por gêneros endêmicos; Regiões Florísticas Brasileiras MARTIUS (1858): 5 regiões florísticas com nomes de divindades gregas; Nayades - Flora Amazônica Hamadryades - Flora Nordestina Oreades - Flora do Centro-Oeste Dryades - Flora da Costa Atlântica Napeias - Flora Subtropical Divisão ainda permanece pois apresenta ligações filogenéticas com base em coletas e identificações botânicas confiáveis. É sugerido o acréscimo das regiões: Chaco Boreal - Flora Sul-mato-grossense; e Campinarana - Flora dos Podzóis Hidromórficos dos Pântanos Amazônicos. SAMPAIO (1940): dividiu a vegetação o brasileira em: Flora Amazônica ou Hyleae Brasileira - íntima correlação o com a Flora Africana; ligação também com a Flora da América do Norte, através dos Andes; Flora Extra-Amazônica - apresenta ligação afro-americanas e australásicas; origem na Amazônia, Andes e Argentina; RADAMBRASIL (1982): dividiu a vegetação o em cinco regiões florísticas: Quadro 3 - Principais gêneros de acordo com as regiões florísticas brasileiras Região florística Amazônica Brasil Central Nordestina Sudeste Gêneros Bertholletia, Erisma, Vochysia, Qualea, Swietenia; Vochysia, Qualea, Calisthene, Curatella, Parkia, Dimorphandra; Enterolobium, Hymeneae, Zizyphus, Cereus, Amburana, Prosopis; Araucaria, Podocarpus, Drymis, Ocotea, Cabralea, Lithraea; domínio: área caracterizada por espécies endêmicas;

9 Notas de Aula de Silvicultura Tropical 8 setor: área caracterizada por variedades (raças) endêmicas; 2.2. Sistema de classificação fisionômico-ecológica (ELLEMBERG e MUELLER-DOMBOIS, ) 1 o PASSO: Delimitação da região ecológica, correspondente a um tipo de vegetação. No Brasil 4 regiões ecológicas: Amazônica Brasil Central Nordestina Sudeste 2 o PASSO: Separação em classes de formação (fase fisionômica), caracterizada pelas formas de vidas das espécies vegetais dominantes. Formas de vida: formas de crescimento das plantas (RAUNKIER, 1934); diferenciação através da proteção e dos órgãos de crescimento (gemas e brotos) em relação aos períodos climáticos; fanerófitos: plantas lenhosas com gemas e brotos protegidos, situados acima de 0,25 cm do solo; macrofanerófitos: m mesofanerófitos: m microfanerófitos: 5-20 m nanofanerófitos: 0,25-5 m caméfitos: plantas sublenhosas e, ou, ervas com gemas e brotos situados acima do solo; atingem até 1 m de altura; ocorrem em áreas campestres e pantanosas. hemicriptófitos: plantas herbáceas com gemas e brotos protegidos ao nível do solo; ocorrem em áreas campestres; geófitos: plantas herbáceas com gemas e brotos (gema, xilopódio, rizoma e bulbo) situados no subsolo; ocorrem em áreas campestres; terófitos: plantas anuais, cujo ciclo vital é completados por sementes; ocorrem em áreas campestres; lianas: plantas lenhosas e, ou, herbáceas reptantes (cipós) com gemas e brotos situados acima do nível do solo; ocorrem em áreas florestais; epífitos: xeromórfitos: plantas lenhosas e, ou, herbáceas que apresentam duplo modo de sobrevivência ao período desfavorável: um subterrâneo, pelos xilopódios, e outro aéreo, com gemas e brotos protegidos; possuem altura de 0,25 a 15 m; ocorrem em áreas de savanas;

10 Notas de Aula de Silvicultura Tropical 9 Quadro 4 - Tipo de vegetação de acordo com as formas de vida Tipo de vegetação Classe de Formas de vida Formação Fanerófito Caméfito Hemicriptó- Macro Meso Micro Nano fito Floresta x x x x Savana x x x x x x x x Savana x x x x x x x x Estépica Estepe x x x x x x x Campinarana x x x x x x x Terófito Geófito Liana Epífito 3º PASSO: Separação em subclasse de formação (fase climática) caracterizada por dois parâmetros de clima, ambos diferenciados pelas correlações das médias mensais de temperatura e precipitação, checada pela adaptação dos órgãos de crescimento das plantas. Ombrófilo: até 4 meses secos; Estacional: até 6 meses secos ou com temperaturas baixas; Quadro 5 - Tipo de vegetação de acordo com as subclasses de formação Classe de formação Floresta Campinarana Savana Savana Estépica Estepe Tipo de vegetação Subclasse de formação Ombrófila Estacional Ombrófila Estacional Estacional Estacional 4º PASSO: Separação em grupo de formação, caracterizado pelo tipo de transpiração estomática foliar e pela fertilidade do solo. Higrófita: plantas adaptadas às condições de alta umidade; Xerófita: plantas adaptadas às condições de déficit hídrico; Eutrófico: alta fertilidade; Distrófico: baixa fertilidade; Álico: alto teor de alumínio trocável;

11 Notas de Aula de Silvicultura Tropical 10 Quadro 6 - Tipo de vegetação de acordo com a subclasse de formação e grupo de formação Tipo de vegetação Classe de Formação Subclasse de Formação Grupo de Formação Fisiologia Solo Floresta Ombrófila Higrófita Distrófico Eutrófico Estacional Higrófita Xerófita Álico Distrófico Eutrófico Campinarana Ombrófila Higrófita Álico Distrófico Savana Estacional Higrófita Xerófita Álico Distrófico Savana Estépica Estacional Higrófita Eutrófico Xerófita Estepe Estacional Higrófita Xerófita Eutrófico 5º PASSO: Separação em sub-grupo de formação que indica o comportamento das plantas segundo seus hábitos. Ë a fisionomia estrutural da formação. Quadro 7 - Tipo de vegetação de acordo com a subclasse de formação, grupo de formação e sub-grupo de formação Tipo de vegetação Classe Subclasse Grupo Sub-Grupo Fisiologia Solo Floresta Ombrófila Higrófita Distrófico Eutrófico Densa Aberta Estacional Higrófita Xerófita Álico Distrófico Eutrófico Campinarana Ombrófila Higrófita Álico Distrófico Savana Estacional Higrófita Xerófita Savana Estépica Estacional Xerófita Higrófita Estepe Estacional Higrófita Xerófita Álico Distrófico Eutrófico Eutrófico Mista Semidecidual Decidual Florestada Arborizada Gramíneo-Lenhosa Florestada Arborizada Parque Gramíneo-lenhosa Florestada Arborizada Parque Gramíneo-lenhosa Arborizada Parque Gramíneo-lenhosa 6º PASSO: Separação em formação (propriamente dita) que indica a fase ambiental da formação, onde são observados o ambiente e o relevo

12 Notas de Aula de Silvicultura Tropical 11 Quadro 8 - Classificação das formações (propriamente ditas) de acordo com a latitude e a altitude Latitude (º) Altitude (m) Terras Baixas Sub-Montana Montana Altimontana 4 N - 16 S > S - 24 S > S - 32 S > Quadro 9 - Classificação ao nível de formações (propriamente ditas) das principais formações brasileiras Tipo de vegetação - Formação Formação Classe Subclasse Grupo Sub- Grupo Propriamente dita Fisiologia Solo Floresta Ombrófila Higrófita Distrófico Eutrófico Campinarana Estacional Higrófita Xerófita Álico Distrófico Ombrófila Higrófita Álico Distrófico Savana Estacional Higrófita Xerófita Savana Estépica Estacional Xerófita Higrófita Estepe Estacional Higrófita Xerófita Densa Aberta Mista Semidecidual Aluvial Terras Baixas Sub-Montana Montana Altimontana Terras Baixas Sub-Montana Montana Aluvial Sub-Montana Montana Altimontana Aluvial Terras Baixas Sub-Montana Montana Eutrófico Decidual Aluvial Terras Baixas Sub-Montana Montana Álico Distrófico Eutrófico Eutrófico Florestada Arborizada Gramíneolenhosa Florestada Arborizada Parque Gramíneolenhosa Florestada Arborizada Parque Gramíneolenhosa Arborizada Parque Gramíneolenhosa Relevo Tabular Depressão Fechada Planaltos Tabulares Planícies Tabulares Depressão Interplanáltica Depressão Sedimentares Recentes Planaltos Pediplanos 7º PASSO: Separação em sub-formação propriamente dita que faz parte da formação mas diferencia-se por apresentar fácies específicas que alteram a fisionomia da formação.

13 Notas de Aula de Silvicultura Tropical 12 Quadro 10 - Principais sub-formações da vegetação brasileira Tipo de vegetação Formação Classe Sub- Grupo Sub- Formação Subclasse Grupo formação Floresta Ombrófila Higrófita Distrófico Densa Eutrófico Campinarana Estacional Higrófita Xerófita Álico Distrófico Ombrófila Higrófita Álico Distrófico Savana Estacional Higrófita Xerófita Savana Estépica Estacional Xerófita Higrófita Estepe Estacional Higrófita Xerófita Aberta Mista Semidecidual Aluvial Terras Baixas Sub- Montana Montana Altomontana Terras Baixas Sub- Montana Montana Aluvial Sub- Montana Montana Altomon Tana Aluvial Terras Baixas Sub- Montana Montana Eutrófico Decidual Aluvial Terras Baixas Sub- Montana Montana Álico Distrófico Álico Distrófico Eutrófico Florestada Arborizada Gramíneolenhosa Florestada Arborizada Parque Gramíneolenhosa Florestada Arborizada Parque Gramíneolenhosa Arborizada Parque Gramíneo- Lenhosa Relevo Tabular Depressão Fechada Planaltos Tabulares Planícies Tabulares Dep. Inter- Planáltica Depressão Sedimentares Recentes Planaltos Pediplanos Dossel Uniforme Dossel Emergente Com palmeiras Com cipó Com bambu Com sororoca Dossel Uniforme Dossel Emergente Dossel Uniforme Dossel Emergente Dossel Uniforme Dossel Emergente Com Palmeiras Sem Palmeiras Com Floresta de galeria Sem Floresta de galeria Com Floresta de galeria Sem Floresta de galeria Com Floresta de Galeria Sem Floresta de Galeria 2.3. Sistemas edáficos de primeira ocupação - formações pioneiras

14 Notas de Aula de Silvicultura Tropical 13 Vegetação em constante sucessão de terófitos, criptófitos, hemicriptófitos, caméfitos e nanofanerófitos, presente em terrenos instáveis (dunas, restingas e mangues) e ao redor de depressões aluviais (pântanos e lagoas); Vegetação que nem sempre indica estar no caminho da sucessão para o clímax circundante; Vegetação de influência marinha - restingas: Ramirea e Saliocornia; Vegetação de influência fluviomarinha - manguezal e campos salinos: Rhizophora e Avicenia; Vegetação de influência fluvial - planícies aluviais, áreas alagáveis: Euterpe, Mauritia, Typha, Cuperus, Juncus, Panicum, Paspalum Sistema de transição - tensão ecológica Comunidades indiferenciadas existentes entre duas regiões ecológicas ou tipos de vegetação, onde as floras se interpenetram, constituindo as transições florísticas (ecótono) ou contatos edáficos (mosaico de áreas edáficas ou encraves); Ecótonos podem ser imperceptíveis em fotointerpretação, como nos contatos entre Floresta Ombrófila/Floresta Estacional, ou perceptíveis em fotointerpretação, como nos contatos entre Floresta Ombrófila /Savana; Mosaicos de áreas edáficas (encraves) são facilmente delimitados cartograficamente mesmo quando o contato se dá entre dois tipos de vegetação com estruturas fisionômicas semelhantes Sistema dos refúgios vegetacionais - relíquias Vegetações que diferem florística e fisionômico e ecológicamente da região ecológica ou tipo de vegetação no qual se insere, como nos cumes litólicos das serras e nas áreas tufosas; 2.6. Sistema da vegetação disjunta Disjunções são repetições, em menor escala, de um tipo de vegetação próximo, que se insere no contexto da região ecológica dominante, tal como os encraves edáficos;

15 Notas de Aula de Silvicultura Tropical 14 CAPÍTULO III: ANÁLISE ESTRUTURAL DE FLORESTAS 1. INTRODUÇÃO Vegetação é um recurso natural amplamente utilizado pelo Homem da qual obtém-se madeira, fibras, óleos, resinas, gomas, substâncias químicas medicinais, sementes, frutos, flores, néctar, etc.; A vegetação é o resultado da interação dos fatores ambientais dos meios físico (clima, solo, geologia, etc.), biótico (flora e fauna) e antrópico (intervenções - alterações ambientais positivas e negativas); Os estudos da vegetação visam (MATTEUCCI e COLMA, 1982): determinar os padrões espaciais, horizontais ou verticais, dos indivíduos ou das espécies; estudar os processos populacionais que influenciam nos padrões espaciais ou temporais; determinar as tendências ou classes de variação das relações de similaridade das comunidades ou de grupos de espécies; estabelecer correlações ou de associações entre os padrões espaciais das comunidades ou de grupos de espécies e padrões de mais variáveis ambientais, e formular hipóteses acerca das relações causais entre os fatores ambientais e as respostas da vegetação; avaliar o potencial econômico da vegetação. Manejo de florestas tropicais naturais é um grande desafio: alta biodiversidade; e relações ecológicas pouco conhecidas; Necessidade de conhecer as características das vegetações para manejá-las adequadamente; fisionomia: formas de vida predominantes; composição florística; estruturas horizontal e vertical; estrutura interna. Floresta Regulação Classificação Eqüiânea Idade de corte Idade e tamanho Ineqüiânea Ciclo de corte Volume, estrutura e composição florística Análise da vegetação permite: conhecer a composição florística da comunidade; determinar o estágio de desenvolvimento da comunidade; identificar o papel das espécies na comunidade; identificar características espaciais das espécies na comunidade; qualificar as árvores comerciais. 2. MÉTODOS DE ANÁLISE DE VEGETAÇÃO

16 Notas de Aula de Silvicultura Tropical 15 Aspectos a serem considerados na escolha do método de análise de vegetação: natureza da vegetação (floresta, savana, estepe, vegetação aquática, etc).; objetivo do estudo (preservação, produção madeireira, uso múltiplo, etc.); informações (botânica, geologia, solos, clima, mapas, acesso, etc.) e recursos préexistentes (recursos materiais, humanos e financeiros); padrão espacial de populações específicas; e homogeneidade. Método deve fornecer informações qualitativas e, ou, quantitativas da estrutura da floresta; Características quantitativas: densidade dominância freqüência Características qualitativas: uniformidade estratificação vitalidade periodicidade forma Etapas do estudo da vegetação: definição do objetivo; definição dos conceitos, categorias de análise, métodos e técnicas; amostragem e obtenção dos dados; descrição das unidades de vegetação; análise e discussão; Etapas do levantamento da vegetação: Reconhecimento: exame preliminar da área, obtendo-se dados de solo, topografia, mapas, condições de trabalho, etc. Levantamento primário: reconhecimento e descrição das principais espécies e associações de plantas, indicando sua distribuição; Levantamento intensivo: pode ser conduzido em toda a comunidade ou tratar de uma comunidade particular. Em geral, são áreas menores que as usadas no levantamento primário, que são estudadas detalhadamente; 2.1. Tipos de amostragem A seleção da amostra passa pelos seguintes passos: seleção da área de estudo;

17 Notas de Aula de Silvicultura Tropical 16 determinação do método para situar as unidades de amostra; seleção do tamanho da amostra, ou seja, do número de unidades amostrais; e determinação do tamanho e forma da unidade de amostra. Seleção e delimitação da área de estudo depende do objetivo do estudo; Método para localizar a amostra e a unidade de amostra (MATTEUCCI E COLMA, 1982): depende do padrão de distribuição das populações; as amostras podem ter os seguintes padrões espaciais: aleatório, sistemático ou aleatório restringido; aleatório: a amostra ou unidade de amostra é lançada ao acaso. Cada unidade da população tem igual probabilidade de fazer parte da amostra. Não é indicado para detectar variações na área de estudo. É indicado para áreas pequenas e homogêneas; sistemático: a amostra ou unidade de amostra é lançada em um padrão regular em toda a área de estudo. Indicada para captar variações espaciais da comunidade; aleatório restringido: reúne algum dos benefícios dos padrões aleatório e sistemático. Consiste em dividir a área de estudo em blocos de igual tamanho e de forma igual ou distinta e lançar, em cada bloco, um número igual de unidade de amostra ao acaso. estratificação: consiste na subdivisão da área de estudo em unidades, estratos ou compartimentos homogêneos, de acordo com algum critério da vegetação (espécies dominantes, fisionomia, estrato vertical, etc.), geográfico, topográfico, etc. As amostras são lançadas segundo qualquer um dos padrões acima mencionados. Esta técnica reduz a variabilidade (erro padrão) dos dados em áreas de alta heterogeneidade. Tamanho da amostra: quanto maior o número de unidade de amostra: mais precisão na estimativa da variável considerada; maior o custo da estimativa; critérios para se determinar o tamanho da amostra: porcentagem da área total de estudo; ajuste da série de Poison; grau de flutuação da média de subconjuntos de unidades de amostra. Calcula-se a média para subconjuntos de números crescentes de unidades amostrais, acumulando para cada subconjunto, os dados dos subconjuntos prévios. É colocada num gráfico a média da variável considerada dos subconjuntos em função do número de unidades amostrais de cada um. fatores que afetam o tamanho da amostra: forma de vida; padrão espacial da população; Tamanho da unidade de amostra o tamanho da unidade de amostra deve satisfazer a três requisitos: - deve se facilmente demarcada; - deve ter regras claras sobre inclusão e exclusão do material vegetal a ser medido; - uniformidade da forma e tamanho da unidade de amostra; fatores que afetam o tamanho e a forma das unidades de amostras:

18 Notas de Aula de Silvicultura Tropical 17 padrão espacial dos indivíduos, quando aleatório, usa-se qualquer tamanho de unidade de amostra; tamanho dos indivíduos amostrados: quando pequenos usa-se unidades amostrais pequenas e quando grandes ou espaçados, unidades de amostras grandes; homogeneidade da comunidade; Cálculo da área da mínima da comunidade: método da curva espécie x área; toma-se uma parcela de área pequena, p. ex. 0,25 m 2 e conta-se o número de espécies que ocorre nesta área; dobra-se a área e repete-se a contagem; repete-se o procedimento até que o número total de espécies se estabilize; colocam-se estes dados num gráfico área da unidade de amostra x # de espécies; trace uma reta unindo a origem ao ponto com maior área e # de espécie; trace uma tangente à curva obtida, paralela à reta origem-ponto máximo; projete o ponto da tangente sobre o eixo X para conhecer a área mínima da comunidade. quanto mais homogênea a comunidade menor o tamanho da área mínima; Quadro 1 - Determinação da área mínima de amostragem # de Parcelas (500 m²) # de Espécies Novas # Total de Espécies Fonte: LAMPRECHT (1990)

19 Notas de Aula de Silvicultura Tropical # espécies Unidade amostral (m 2 ) Quadro 2 - Área de amostra por estrato e tipo de vegetação Tipo de formação Área de amostra (m²) Estrato amostrado DAP > 10 cm 5 > DAP > 10 cm DAP < 5 cm Floresta 500 a a a 25 Savana 200 a a a 25 Condições Unidade de amostra # Parcelas Amostragem Homogêneas < < Aleatória Heterogêneas > > Estratificada Sistemática Aleatória restringida - Em Florestas Tropicais Ombrófilas a área mínima recomendada é de 1,00 ha; Forma da parcela Retângulo Quadrado Círculo Linha (Transecto) Ponto Indivíduo mais próximo; Vizinho mais próximo; Método do Quadrante; Método de Bitterlick;

20 Notas de Aula de Silvicultura Tropical 19 Exemplo:. Inventário florestal do Estado do Mato Grosso:.. objeto de amostragem: Florestas: árvores com DAP > 25 cm; Savana: árvores com DAP > 5 cm;.. tipo de amostragem em conglomerados (em forma de cruz);.. parcelas de 1 ha, constituídas por e subparcelas de m² (10 x 250 m), cada qual orientada numa das direções N, S, L e O;.. Dados coletados: DAP, altura total, altura comercial, qualidade do fuste, condição sanitária da árvore; 3. ESTRUTURA HORIZONTAL Fornece informações a respeito da dinâmica espacial das populações da comunidade; 3.1. Densidade ou Abundância Mede a participação das espécies na associação vegetal; É a relação entre o número de indivíduos de dada população e a área da comunidade; Densidade Absoluta (Da i ): Da i = n i / S Densidade Total (Dt): Dt = N / S Densidade Relativa (Dr i ): Dr i = (Da i / Da i ) x 100 ou Dr i = n i /N x 100 ou Dr i = (Da i / Dt) x 100 Onde: n i = # de árvores da espécie "i"; N = # total de espécies; S = área (ha);

21 Notas de Aula de Silvicultura Tropical Dominância Mede o potencial produtivo da floresta ou a qualidade de sítio; Dá a influência de cada população na associação; Dominância Absoluta (DOa i ): Dominância Relativa (DOr i ): DOa i = g i = AS i / S DOr i = ( g i / G ) x 100 Onde: AS i == área seccional da espécie i ; g i = área basal da espécie "i"; G = g i = área basal total; 3.3. Freqüência Padrão espacial da população na comunidade; Freqüência Absoluta (Fa i ): Fa i = ( p i / P ) x 100 Freqüência Relativa (Fr i ): Fr i = ( Fa i / Fa i ) x 100 Onde: p i = # de parcelas em que a espécie "i" ocorreu; P = # total de parcelas; 3.4. Índice de Valor de Importância (IVI) Estima a importância ecológica de uma dada espécie na comunidade vegetal; Integra os parâmetros Dr i, DOr i e Fr i ; 3.5. Índice do Valor de Cobertura (IVC i ) IVI i = Dr i + DOr i + Fr i Fornece um valor que congrega os parâmetros (Dr i e DOr i ) que determinam a ocupação de uma espécie numa associação; IVC i = Dr i + DOr i

22 Notas de Aula de Silvicultura Tropical ESTRUTURA VERTICAL Parâmetros da estrutura horizontal são insuficientes para caracterizar a importância ecológica das espécies; Estrutura vertical expressa a dinâmica temporal da comunidade; Estrutura vertical pode ser representada por: - perfis: "stand" natural ou padronizados; e - parâmetros numéricos - distribuição da área basal nos estratos da comunidade; Parâmetros da estrutura vertical consistem: posição sociológica, que fornece a composição florística dos diferentes estratos verticais do povoamento; regeneração natural relativa, estimada pela freqüência, densidade, classe de tamanho relativa da regeneração natural; 4.1. Posição sociológica Fornece a composição florística dos diferentes estratos verticais do povoamento; A posição sociológica é determinada pelo seguinte passos: estratificação vertical do povoamento; determinação do valor fitossociológico de cada estrato; e estimativa dos valores absoluto e relativo da posição sociológica da espécie i na comunidade. a. Estratificação vertical do povoamento estratificação varia com as características: da comunidade (homogeneidade de espécies e idade); e do ambiente (rigor climático acentua a estratificação). varia com os critérios adotados: LAMPRECHT (1964): 4 estratos - superior, médio, inferior e sub-bosque; LONGHI (1980): 3 estratos - superior, médio e inferior; critério de estratificação: freqüência relativa das alturas encontradas tendo cada estrato, 33% das árvores; b. Determinação do valor fitossociológico Valor fitossociológico das espécies em cada estrato é a percentagem do total de plantas da espécie no referido estrato, em relação ao total geral; VF ij = n ij / N x 100 onde: VF j = n j / N x 100

23 Notas de Aula de Silvicultura Tropical 22 VF ij = valor fitossociológico da espécie i; VF j = valor fitossociológico do estrato j; n ij = número de indivíduos da espécie i no estrato j; n j = número de indivíduos no estrato j; e N = número total de indivíduos de todas as espécies em todos os estratos. c. Estimativa da posição sociológica Posição sociológica absoluta (PSA i ) da espécie i é obtida pelo somatório dos produtos do valor fitossociológico de cada estrato (VF j ) pelo número de plantas da espécie i no referido estrato j (n ij ); ou PSA i = VF j x n ij = VF 1 x n i1 + VF 2 x n i2 + VF 3 x n i3 PSA i = VF ij Onde: j = 1 (estrato inferior); j = 2 (estrato médio); e j = 3 (estrato superior). Posição sociológica relativa (PSR i ) é a razão entre a posição sociológica absoluta da espécie i (PSA i ) e o somatório da posição sociológica de todas as demais espécies; PSR i = PSA i / PSA i x Estrutura da regeneração natural A regeneração natural (RN) representa os descendentes das árvores de uma floresta; A RN proporciona a substituição natural dos indivíduos; A RN das espécies varia em função do estágio de sucessão da floresta: floresta clímax: < proporção de espécies pioneiras; início de sucessão: > proporção de espécies pioneiras; clareiras: > proporção de espécies oportunistas; Em florestas naturais, a RN agrega o maior número de indivíduos da comunidade (função "j" invertido);

24 Notas de Aula de Silvicultura Tropical 23 A regeneração natural relativa é dada pelas estimativas de densidade relativa, freqüência relativa, classes de tamanho relativa; a. Freqüência Freqüência absoluta da regeneração natural da espécie i (FARN i ) é a razão entre o número de parcelas de regeneração em que ocorre a espécie i (u i ) e o número total de parcelas destinadas à regeneração natural (u t ); FARN i = u i / u t x 100 Freqüência relativa da regeneração natural da espécie i é a percentagem da freqüência absoluta da espécie i em relação à freqüência absoluta total da comunidade; FRRN i = FARN i / FARN i X 100 b. Densidade Densidade absoluta da regeneração natural da espécie i (DARN i ) é a razão entre o número de indivíduos de cada espécie em regeneração natural e a área da amostra (S); DARN i = n i / S Densidade relativa da regeneração natural da espécie i (DRRN i ) é a percentagem da densidade absoluta da espécie i em relação à densidade absoluta total da amostragem; DRRN i = DARN i / DARN i x 100 c. Classes de tamanho É a participação de cada espécie nas classes de tamanho da regeneração natural; As classes de tamanho da regeneração natural são estabelecidas de acordo com as características da vegetação:

25 Notas de Aula de Silvicultura Tropical 24. FINOL (1971): 3 classes de tamanho (CT ij ) de regeneração natural: Classe de tamanho Altura total (m) DAP (cm) CT i1 0,10-1,00 - CT i2 1,00-3,00 - CT i3 > 3,00 < 9,90. FAO (1971): classes de tamanho para florestas tropicais naturais: Classe de tamanho Altura total (m) DAP (cm) R < 0,30 - U 1 0,30-1,50 - U 2 1,50-3,00 - E > 3,00 < 5,00 1.A - 5,00-10,00 1.B - 10,00-15, ,00-20, ,00-25, O peso de cada classe de tamanho (k j ) é a razão entre o número de indivíduos de cada classe (N j ) e o número total de indivíduos da RN (N); k j = N j / N A classe absoluta de tamanho da espécie i (CATRN i ) é o total do produto do número de indivíduos da espécie i nas diferentes classes de tamanho da RN (n jj ) pelo peso da respectiva classe (k j ); CATRN i = n jj x k j A classe relativa de tamanho da espécie i (CRTRN i ) é a percentagem da classe absoluta de tamanho da espécie i em relação ao total de classe de tamanho da comunidade; CRTRN i = CATRN i / CATRN i x 100

26 Notas de Aula de Silvicultura Tropical 25 d. Regeneração natural relativa A regeneração natural relativa da espécie i (RNR i ) é a média aritmética dos parâmetros FRRN i, DRRN i e CRTRN i ; RNR i = ( FRRN i + DRRN i + CRTRN i ) / Índice de valor importância ampliado (IVIA i ) O IVIA da espécie i integra os parâmetros da estrutura horizontal e da estrutura vertical; IVIA i = IVI i + PSR i + RNR i 5. ESTRUTURA INTERNA A estrutura interna é dada por características qualitativas das árvores, como a qualidade de fuste, mas que podem ser convertidas em parâmetros quantitativos; 5.1. Qualidade de fuste reflete as características econômicas da floresta; a classificação do fuste é com base na sua forma e na sua sanidade, mediante avaliação visual; Classe de fuste Forma Sanidade Aproveitamento CQ 1 boa sadia + 2 toras de 4,0 m CQ 2 aceitável sadia + 1 tora de 4,0 m CQ 3 irregular (ou) não sadia sem uso madeireiro Fonte: HIGUCHI et al. (1985) Classe de fuste Aproveitamento Diâmetro do topo (cm) CQ 1 comercial toras > 4,0 m > 30,0 CQ 2 comercial toras < 4,0 m > 30,0 CQ 3 comercial no futuro toras > 4,0 m < 30,0 CQ 4 comercial no futuro toras < 4,0 m < 30,0 CQ 5 não comercial sem uso madeireiro - Fonte: FLORES (1993)

27 Notas de Aula de Silvicultura Tropical 26 A qualidade de fuste absoluta da espécie i (QAF i ) é a razão entre o total do produto do número de indivíduos da espécie i na classe de fuste j (n ij ) e o número total de indivíduos nas respectivas classes de fuste (N j ), pelo número total de indivíduos da amostragem (N); QAF i = (n ij x N j ) / N A qualidade de fuste relativa da espécie i (QRF i ) é a percentagem do total da qualidade absoluta de fuste; QRF i = QAF i / QAF i x Índice de valor de importância economicamente ampliado (IVIA i ) Qualifica comercialmente o IVIA i pela adição da qualidade de fuste; IVIA i = IVIA i + QRF i 6. COMPOSIÇÃO FLORÍSTICA Florestas tropicais naturais possuem alta diversidade florística - florestas ineqüiâneas; Condução do manejo pela adoção de tratamentos silviculturais: promover e estimular a regeneração natural; estimular o crescimento; e incrementar e melhorar a qualidade e o valor do grupo de espécies de árvores desejáveis. Cuidados para não alterar demasiadamente a composição florística original e não depauperar o potencial produtivo da floresta; Análise florística: listagem das espécies existentes na comunidade; variabilidade de espécies (homogeneidade ou heterogeneidade); e padrão de distribuição espacial e associação de espécies Variabilidade de espécies Coeficiente de Mistura de Jentsch (QM) Informa sobre a composição florística da floresta; Indica o número médio de árvores de cada espécie encontrado no povoamento; Relaciona o número de espécies e o número total de plantas da comunidade;

28 Notas de Aula de Silvicultura Tropical 27 QM = # spp / # total de indivíduos da comunidade Índice de Diversidade de Shannon & Weaver (H i ) Relaciona o número de indivíduos de cada espécie com o número total de indivíduos da comunidade; É influenciado pela amostragem, mas fornece indicação confiável da diversidade de espécies; Pode ser utilizado para comparar tipos de formações e estágios de desenvolvimento; Onde: p i = n i / N n Hi = p i.(ln. p i ) i=1 n i = # de indivíduos amostrados da espécie "i"; N = # total de indivíduos amostrados; A diversidade de espécies cresce com o valor de "H"; Grau de Homogeneidade (H) Expressa a homogeneidade de uma associação florestal através da freqüência; H = ( x - y). n / N Onde: x = # de espécies com freqüência absoluta entre 80 e 100 %; y = # de espécies com freqüência absoluta entre 0 e 20 %; N = # total de espécies; n = # de classe de freqüência; Classe freqüência (%) , , , , ,0 Quando H tende a 1, a vegetação tende a homogeneidade Agregação de espécies Indica o padrão de distribuição espacial dos indivíduos das espécies; Uma espécie pode apresentar agregação quando apresenta:

29 Notas de Aula de Silvicultura Tropical 28 baixa eficiência na disseminação de sementes ou propagação vegetativa; alta regeneração em clareiras; Índice de McGuines (IGA) IGA i = D i / d i Onde: D i = # total de árvores da espécie "i" / # total de parcelas d i = - ln ( 1 - Fr i / 100 ) IGA Padrão de Dispersão da Espécie < 1 Uniforme = 1 Aleatória 1 < IGA < 2 Tendência ao Agrupamento > 2 Agrupada Índice de Sociabilidade (IS) IS i = ( Am i / Fa i ) x 100 Onde: Am i = Abundância média por parcela da espécie "i"; Índice de Morista (I) n I i = ( n i. ( n i - 1 )). P / N. ( N - 1 ) i=1 Onde: N = # total de indivíduos; n i = # de indivíduos da espécie "i"; P = # total de parcelas; Índice de Dispersão (ID) Expressa a dispersão de uma dada espécie; ID i = ( Fr i ) Ar i

30 Notas de Aula de Silvicultura Tropical Índice de McIntosh (Mc) Expressa a distribuição do número de indivíduos entre as espécies; Mc = (N - n i ²) / (N - n i ) Onde: N = # total de indivíduos; n i = # de indivíduos da espécie "i";

31 Notas de Aula de Silvicultura Tropical 30 CAPÍTULO IV: SUCESSÃO 1. INTRODUÇÃO Sucessão é o conjunto de mudanças que ocorrem na composição e estrutura de uma comunidade vegetal de certa área, e no seu ambiente, com o tempo; As mudanças num ecossistema são relativamente lentas, exceto quando ocorre um distúrbio causado por agentes que aceleram ou retardam os processos, tais como: biológicos (herbívoros ou patógenos); físico-químicos (seca, enchente, fogo, vento, vulcão, terremoto, O 3, chuva ácida, etc.); antrópico (desmatamento, plantio, tratos silviculturais, etc.) Tipos de sucessão: primária: tem início em área estéril, sob condições desfavoráveis; ex: dunas, depósitos aluviais, derrame de lavas, etc. secundária: tem início em áreas previamente ocupadas por outras comunidades já estabelecidas, sob condições relativamente favoráveis; ex: terras de culturas abandonadas, florestas derrubadas, etc. A velocidade de mudança difere com: tipo de sucessão: sucessão primária - lenta; e sucessão secundária - rápida; características ambientais: qualidade do sítio ou capacidade suporte estoque de propágulos; distúrbios (naturais ou antrópicos); 2. ESTÁGIOS DE SUCESSÃO Estágios de sucessão são denominados estágios seriais envolvem mudanças na composição e estrutura da comunidade biótica, nas condições ambientais (luminosidade, umidade, solo, etc.) e nas relações entre os componentes do ecossistema; pioneiro secundário inicial secundário tardio clímax Mudanças na composição e na estrutura Ecossistema florestal composto por diferentes tipos de organismos: animais, vegetais e microorganismos;

32 Notas de Aula de Silvicultura Tropical 31 Sucessão em regiões tropicais: rápida cobertura do solo por uma mistura de plantas herbáceas e trepadeiras; colonização com espécies de alta capacidade de dispersão; árvores pioneiras formam dossel fechado com poucas espécies; surgimento das espécies tolerantes aumento da biodiversidade. aumento no número de estratos verticais e redução da sua diferenciação; o padrão de distribuição das espécies passa a ser mais influenciado pela abundância de sementes, pela interação com animais e por micro "sites"; Interação entre componentes ambientais Influenciam no estabelecimento e no crescimento das espécies; São modificados com os diferentes estágios de sucessão; a. Ambiente físico temperatura (ar e solo); umidade circulação de ar luminosidade solo b. Ambiente biótico Relação planta-planta composição estrutura competição alelopatia Relação planta-animal Herbívoros/frutívoros polinizadores/dispersores vetores cicladores de nutrientes Relação planta-microrganismo micorriza patógenos decompositores Estabilidade É a capacidade do ecossistema resistir ou se recuperar de distúrbios; Resistência: capacidade do ecossistema se manter frente a um distúrbio; Elasticidade: capacidade do ecossistema se recuperar de um distúrbio;

33 Notas de Aula de Silvicultura Tropical 32 Tabela 1 - Características dos componentes arbóreos dos estágios seriais numa floresta tropical úmida na América Latina Característica Comunidade Pioneira Secundária Secundária Clímax inicial tardia Idade (ano) > 100 Altura (m) > 30 Epífitas ausente pouca abundante e pouca spp. muitas espécies e Lianas Arbustos abundante e pouco diverso abundante pouco diverso abundante e pouco diverso pouco abundante e pouco diverso. abundante pouca spp. lenhosa pouco abundante formas de vida abundante muita spp. lenhosa pouco abundante e muito diverso # espécies arbóreas > 100 Composição muito diversa florística Cecropia, Ochroma, Trema Cecropia, Ochroma, Trema, Heliocarpus Meliaceae, Bombacaceae, Tiliaceae Folhas sempre verdes sempre verdes muitas decíduas Tamanho das pequeno pequeno pequeno a sementes ou frutos médio Durabilidade da longa, latente longa, latente curta a média semente no solo no solo Disseminação de pássaros, pássaros, vento sementes morcegos e morcegos e vento vento Crescimento muito rápido muito rápido rápido e algum lento Expectativa de vida muito curta curta longa < 10 anos 10 a 25 anos 40 a 100 anos Tolerância ao muito muito sombreamento intolerante intolerante Madeira muito leve peq. diâmetro muito leve DAP < 60 cm # de estratos 1 (denso) 2 (bem diferenciado) Estrato superior homogêneo e ramificado e denso denso Estrato mais baixo denso denso spp. herbáceas Regeneração muito escassa praticamente ausente tolerante qdo. jovem e intolerante quando adulta Leve dureza média 3 (difícil diferenciação) Heterogêneo Escasso spp. tolerantes Ausente ou abundante, alta mortalidade sempre verdes grande curta gravidade, mamíferos e pássaros lento ou muito lento muito longa > 100 anos tolerante exceto qdo adulta dura e pesada 4-5 (difícil diferenciação) heterogêneo escasso spp. tolerantes abundante

34 Notas de Aula de Silvicultura Tropical 33 CAPÍTULO V: REGENERAÇÃO FLORESTAL 1. INTRODUÇÃO Regeneração florestal é a reposição total ou parcial de uma floresta por meio de sementes (reprodução sexuada) ou por estruturas vegetativas (reprodução assexuada ou propagação vegetativa); É constituída pelo conjunto de descendentes das árvores de uma floresta que se encontram até a fase juvenil; Permite a perpetuação das espécies e da floresta; Planta adulta Senescência Planta jovem Floração Plântulas Frutificação Germinação Sementes Figura 1 - Ciclo de vida das árvores O estabelecimento ou a renovação de uma floresta pode ser por diferentes métodos de regeneração; Avaliada na estrutura vertical da floresta; 2. MÉTODOS DE REGENERAÇÃO Conjunto de tratamentos silviculturais adotado para criar ou manter as condições favoráveis para iniciar e estabelecer a regeneração florestal;

35 Notas de Aula de Silvicultura Tropical 34 Os métodos de regeneração são influenciados pelo tipo de intervenção humana, pelas características ambientais (temperatura, água, luz e solo) e pela auto-ecologia das espécies (competição e exigências ecofisiológicas, dormência, predação, periodicidade na produção de sementes, etc.); Os métodos de regeneração podem ser classificados quanto à: Intervenção humana: Regeneração natural Regeneração artificial Regeneração mista Forma de propagação das árvores: Alto fuste - por sementes (reprodução sexuada) Talhadia - por propagação vegetativa (reprodução assexuada) Tipo de corte da floresta: Corte raso Corte progressivo regular Corte progressivo irregular Tipo de cobertura da floresta Céu aberto Sob cobertura 2.1. Regeneração natural É a forma de estabelecimento ou substituição de árvores por meio de semeadura e, ou, propagação vegetativa, no qual a natureza é que estabelece o equilíbrio dinâmico; A regeneração natural é um processo que envolve: produção de sementes e, ou, o desenvolvimento de estruturas vegetativas; disseminação de propágulos; germinação de sementes ou brotação de estruturas vegetativas; desenvolvimento de plântulas; estabelecimento das mudas; Fatores que afetam a regeneração natural: Ambientais Temperatura Luz Água Solo Processos Competição Germinação

36 Notas de Aula de Silvicultura Tropical 35 Água Germinação Luz Regeneração Temperatura Competição Solo Figura 2 Interação dos fatores do meio que influenciam a regeneração natural Tratamentos silviculturais de regeneração natural São operações silviculturais que favorecem o estabelecimento da regeneração natural; São realizadas de acordo com: método silvicultural; composição e estrutura da floresta; características ambientais Auto-ecologia da espécie Reprodução: Hermafrodita/monóica/dióica Floração: Sazonalidade: anual/plurianual Grupo ecológico: Pioneiras/secundárias/clímax Polinização e dispersão de frutos e sementes: Anemófila/hidrófila/zoófila; OBS.: Deve-se considerar que toda intervenção na floresta eleva custo de implantação e de manutenção do povoamento florestal, além de causar impactos na floresta, devendo os tratamentos silviculturais ser aplicados somente quando necessários; Derrubada de semeadura (derrubada de melhoramento da regeneração) Aberturas no dossel da floresta virgem ou explorada, em intervalos sucessivos, e posteriores cortes no sub-bosque; Objetivo: livrar as árvores produtoras de sementes para aumentar a produção de sementes, facilitar a disseminação e germinação de sementes e favorecer endurecimento de mudas; fatores que afetam: a produção de sementes das espécies de interesse; distribuição espacial das árvores matrizes; característica da semente (peso e forma); Abertura de copagem

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