ESTRUTURA E DINÂMICA DE UMA FLORESTA SECUNDÁRIA DE TRANSIÇÃO, RIO VERMELHO E SERRA AZUL DE MINAS, MG

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1 ESTRUTURA E DINÂMICA DE UMA FLORESTA SECUNDÁRIA DE TRANSIÇÃO, RIO VERMELHO E SERRA AZUL DE MINAS, MG Rinaldo Luiz Caraciolo Ferreira ÍNDICE Página RESUMO INTRODUÇÃO REVISÃO DE LITERATURA Floresta secundária Estrutura da floresta secundária Crescimento em floresta secundária Manejo de floresta secundária Dinâmica da sucessão secundária CAPÍTULO CARACTERIZAÇÃO, DESCRIÇÃO DA ÁREA EXPERIMENTAL E COLETA DE DADOS INTRODUÇÃO MATERIAL E MÉTODOS Caracterização da área experimental Descrição dos tratamentos Monitoramento das parcelas experimentais Análise estatística CAPÍTULO DINÂMICAS DA COMPOSIÇÃO FLORÍSTICA E DA DIVERSIDADE DE ESPÉCIES INTRODUÇÃO MATERIAL E MÉTODOS RESULTADOS E DISCUSSÃO Suficiência amostral da composição florística Dinâmica da composição florística Composição florística Efeitos dos tratamentos sobre a composição florística Diversidade de espécies CONCLUSÕES CAPÍTULO

2 Página DINÂMICA DA ESTRUTURA DA FLORESTA INTRODUÇÃO MATERIAL E MÉTODOS RESULTADOS E DISCUSSÃO Diâmetro médio, número de árvores, área basal e volume Dinâmica da densidade Dinâmica da densidade total Dinâmica da densidade de espécies no povoamento sem intervenção Dinâmica da densidade de espécies no povoamento submetido a corte raso Dinâmica da densidade de espécies no povoamento com redução de 79,47% em área basal Dinâmica da densidade de espécies no povoamento com redução de 87,33% em área basal Dinâmica da dominância ou área basal Dinâmica da dominância de espécies no povoamento sem intervenção Dinâmica da dominância de espécies no povoamento submetido a corte raso Dinâmica da dominância de espécies no povoamento com redução de 79,47% em área basal Dinâmica da dominância de espécies no povoamento com redução de 87,33% em área basal Dinâmica da freqüência de espécies Dinâmica em índice de valor de cobertura de espécies Dinâmica em índice de valor de importância de espécies Dinâmica em volume Dinâmica em volume de espécies no povoamento sem intervenção Dinâmica em volume de espécies no povoamento submetido a corte raso Dinâmica em volume de espécies no povoamento com redução de 79,47% em área basal Dinâmica em volume de espécies no povoamento com redução de 87,33% em área basal Distribuição diamétrica CONCLUSÕES CAPÍTULO INGROWTH, MORTALIDADE E TAXA DE CRESCIMENTO INTRODUÇÃO MATERIAL E MÉTODOS

3 Página 3. RESULTADOS E DISCUSSÃO Ingrowth Mortalidade Dinâmica entre ingrowth e mortalidade Incremento e crescimento Incremento em diâmetro em nível de povoamento Incremento em diâmetro em nível de espécies Crescimento periódico em área basal Crescimento periódico em volume CONCLUSÕES CAPÍTULO DINÂMICA DA REGENERAÇÃO NATURAL INTRODUÇÃO MATERIAL E MÉTODOS RESULTADOS E DISCUSSÃO Composição florística Densidade Análise fitossociológica da regeneração natural Freqüência Densidade Categoria de tamanho Regeneração natural relativa CONCLUSÕES RESUMO E CONCLUSÕES REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

4 RESUMO O presente trabalho objetivou avaliar os efeitos da aplicação de tratamentos silviculturais sobre a composição florística, a diversidade de espécies, a estrutura, a distribuição diamétrica, o crescimento, o ingrowth, a mortalidade e a regeneração natural em floresta secundária de transição. Os dados foram provenientes do Ensaio de Produção Sustentável em Floresta Secundária de Transição, implantado em 1986, nos municípios de Rio Vermelho e Serra Azul de Minas-MG, pela Companhia Vale do Rio Doce. Os tratamentos foram: tratamento 1 - sem intervenção; tratamento 2 - corte raso; tratamento 3 - redução de 79,47% em área basal, e tratamento 4 - redução de 87,33% em área basal. Cada unidade experimental foi mensurada a intervalos de dois anos, de 1986 a Para a composição florística foram observadas mudanças acentuadas, porém, a riqueza e os índices de Shannon-Weaver e de uniformidade de Pielou foram rapidamente recuperados em dez anos. Os povoamentos apresentaram diferenças significativas quanto ao número de árvores, à área basal e ao volume. As espécies secundárias iniciais foram responsáveis pelo alto ingrowth. A área basal teve acentuada redução, com a aplicação do corte raso, e reduções de 79,47 e 87,33% em área basal, e sua recuperação não foi compensada em dez anos. As espécies de maiores índice de valor de importância foram secundárias iniciais. A estrutura diamétrica apresentou modificações mais pronunciadas na forma da distribuição. As altas intensidades de intervenção nos povoamentos submetidos a cortes favoreceram mais o ingrowth do que o crescimento de árvores remanescentes. O povoamento com redução de 79,47% em área basal, foi superior em incremento periódico em relação ao povoamento sem intervenção. O povoamento sem intervenção apresentou altas taxas de mortalidade em dez anos de monitoramento, em relação aos submetidos a cortes. O povoamento sem intervenção apresentou sinais de diminuição no ritmo de crescimento em área basal e volume em Observou-se altas variações na taxa de incremento. As espécies secundárias iniciais apresentaram maiores taxas de crescimento e ingrowth, independentemente do tratamento. A regeneração natural, em termos de densidade total, foi afetada pelas intensidades de cortes, tendo o povoamento sem intervenção sido superior aos submetidos a cortes. Nas classes de tamanho maiores, os povoamentos submetidos a cortes foram relativamente superiores ao sem intervenção. O processo de regeneração por sementes foi superior ou igual ao por brotação, independente do tratamento. A base florística da regeneração natural foi semelhante à da população adulta. A floresta estudada pode ser considerada em estádio de sucessão secundária média. 4

5 1. INTRODUÇÃO As florestas tropicais devem ser manejadas para proporcionarem a produção de madeira com fins industriais, produtos não-madeireiros, serviços ambientais e valores universais, tal como a manutenção da biodiversidade. Entretanto, os vários sistemas silviculturais aplicáveis ao manejo da floresta tropical que objetivam o rendimento sustentável, ainda exigem conhecimentos básicos sobre a dinâmica de crescimento e recomposição da floresta, para que possam ser aplicados com sucesso, de maneira a assegurar a contínua satisfação das necessidades humanas para as gerações presentes e futuras. Para promover o manejo sustentável das florestas tropicais, é necessário conhecer como as mesmas renovam seus recursos, os processos de dinâmica de regeneração natural e os potenciais qualitativo e quantitativo dessas florestas. As relações ecológicas entre os fatores físicos e biológicos que governam os processos de dinâmica de crescimento e desenvolvimento das florestas tropicais são bastante complexas e constituem sério obstáculo às pesquisas básicas e aplicadas ao seu manejo sustentável. Entretanto, resultados parciais de pesquisas possibilitaram conhecimentos científicos para manejar essas florestas, obtendo-se, além de produtos madeireiros, serviços, bens diretos e indiretos e a conservação da biodiversidade. As pesquisas sobre a dinâmica de florestas tropicais, em sua maioria, foram realizadas principalmente em florestas primárias, sendo necessário o desenvolvimento de pesquisas em florestas secundárias. Enquanto a área total de florestas primárias diminui a uma taxa alarmante, as áreas de floresta secundárias aumentam a uma taxa de 1% ao ano (LANLY, 1982; WADSWORTH, 1987). Segundo BROW e LUGO (1990), estimativas sugerem que aproximadamente 30% da produção das florestas tropicais são advindas de florestas secundárias. Logo, se a demanda por recursos madeireiros é crescente, é inevitável que as florestas secundárias passem a ser a maior fonte de madeira (LANLY, 1982; WADSWORTH, 1987; BROW e LUGO, 1990). De acordo com PLUMPTRE (1996), baseado em dados de FAO (1993), a intensidade de corte em florestas secundárias tem aumentado consideravelmente nas regiões Ásia/Pacífico, África e América Latina/Caribe (Quadro 1). Em um futuro próximo os ecossistemas primários serão exceção e estarão confinados em unidades de conservação. Assim, existe a necessidade de reconhecimento das fases sucessionais, não só pela recuperação do ecossistema original, mas também porque nessas fases se encontram uma série de potencialidades biológicas de grande utilidade para o homem, como, por exemplo, os grupos de espécies de rápido crescimento que podem ser exploradas comercialmente (GÓMEZ-POMPA e WIECHERS, 1979). O Brasil detém 26% da superfície de florestas tropicais do mundo. Porém, com exceção a Floresta Amazônica, os outros tipos de florestas densas, as Florestas de Araucária e a Atlântica, encontram-se reduzidas a aproximadamente 2% de sua área primitiva. Assim, em sua maioria, as florestas atuais, exceto as extensas áreas de florestas equatoriais, podem ser classificadas como secundárias, em diversos estádios de sucessão. 5

6 Segundo a FUNDAÇÃO CENTRO TECNOLÓGICO DE MINAS GERAIS-CETEC (1983), a floresta secundária substituiu, praticamente, todas as florestas primárias existentes no Estado de Minas Gerais, restando pequenas manchas remanescentes. A ação do homem, durante séculos de ocupação, reduziu a área ocupada pela floresta primária a menos de 2% do território mineiro. As florestas secundárias, existentes em neste Estado, bem como em todo Brasil, são resultados de uma exploração florestal descontrolada, provocada por uma seleção negativa dos maciços existentes. Estas florestas são formadas por indivíduos considerados refugos e sem valor, ou que se desenvolveram na área, após o corte raso (VALE et al., 1974). Quadro 1 - Intensidade de corte por região do mundo Região volume (m 3 /ha) % FS volume (m 3 /ha) Ásia / Pacífico África América Latina / Caribe % FS = percentagem de colheita referente à floresta secundária. Fonte: PLUMPTRE (1996). % FS Neste contexto, foi realizada uma pesquisa com o objetivo de avaliar os efeitos da aplicação de tratamentos silviculturais sobre a estrutura e dinâmica de uma floresta secundária. Especificamente procurou-se: a) Estudar as alterações na composição florística e na diversidade de espécies. b) Identificar as modificações nas estruturas paramétricas e fitossociológica e na distribuição diamétrica. c) Estudar o comportamento da floresta quanto ao crescimento, ao ingrowth e à mortalidade. d) Analisar os efeitos dos tratamentos sobre o comportamento da regeneração natural. 2. REVISÃO DE LITERATURA 2.1. Floresta secundária O conceito de floresta secundária não é claro quanto a natureza do distúrbio de sua formação. BROW e LUGO (1990) definem floresta secundária como aquela formada em conseqüência da ação humana sobre áreas florestais, excluindo-se as plantações. FINEGAN (1992) restringe a definição àquelas 6

7 florestas formadas após corte raso. Para LAMPRECHT (1990), a designação floresta secundária abrange todos os estádios de sucessão, desde a floresta incipiente, que se instala em superfícies sem vegetação, em virtude de distúrbios naturais ou antrópicos, até ao estádio de floresta clímax. Segundo GLENN- LEWIN e VAN DER MAAREL (1992), sucessão secundária é o reaparecimento de uma vegetação preexistente após um distúrbio, freqüentemente a partir do banco de sementes e, ou, de plântulas existentes no solo. A Resolução N o 10 de 1 o de outubro de 1993 do Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA) define sucessão secundária como a vegetação resultante dos processos naturais de sucessão, após supressão total ou parcial da vegetação primária por ações antrópicas ou causas naturais, podendo ocorrer árvores remanescentes da vegetação primária (VENTURA e RAMBELLI, 1996). Para CORLETT (1994), o termo floresta secundária deve estar restrito aos efeitos que interrompem a continuidade da floresta primária, levando a modificações estruturais e/ou florística. Verifica-se que o tipo de distúrbio necessário para formar uma floresta secundária é a grande questão. Porém, é evidente que o distúrbio, seja ele qual for, deverá provocar modificações estruturais e, ou, florísticas na floresta primária. Dentre os distúrbios, podem-se citar: exploração para fins energéticos e, ou, madeireiros, caça, pastagens, agricultura, ventos, furacões e terremotos. Logicamente, as modificações da floresta primária estarão relacionadas ao tipo de distúrbio. Por exemplo, o manejo sustentável de uma floresta poderá manter a diversidade de espécies, a estrutura do solo e a ciclagem de nutrientes, o que permite uma recuperação mais rápida. Por outro lado, o corte raso eliminará a maioria das espécies, provocando maiores alterações na estrutura do solo e na ciclagem de nutrientes, sendo a recuperação mais lenta Estrutura da floresta secundária A estrutura da floresta secundária modifica-se no tempo e no espaço de forma drástica, produzindo numerosas combinações ambientais que favorecem diferencialmente as distintas populações disponíveis de plantas e animais (GÓMEZ-POMPA, 1971). As florestas secundárias variam em fisionomia e composição florística, segundo a idade, o tipo de solo em que crescem e a natureza das intervenções que foram submetidas. Essas florestas podem ser divididas, segundo a idade, em secundárias jovens (menos de 20 anos) e secundárias tardias, entre 25 e 100 anos. Os processos dinâmicos, de variável intensidade, que ocorrem nessas florestas tendem a produzir mudanças na composição florística, na fisionomia e na estrutura, no decorrer dos anos (BUDOWSKI, 1966). Cada tipo de distúrbio modifica o ambiente de forma distinta, podendo resultar em um mosaico edáfico complexo, no qual a sucessão secundária pode tomar caminhos distintos, de acordo com a flora local e as condições do meio ambiente na época do início da sucessão. Este início é o passo mais importante em todo processo sucessional, considerando que nos primeiros 7

8 anos se integra praticamente o conjunto florístico que se estabelecerá no futuro, em forma mais permanente (GÓMEZ-POMPA, 1971). De forma geral, de acordo com LAMPRECHT (1990), as florestas secundárias possuem as seguintes características: A composição e as estruturas não dependem somente do sítio, mas igualmente da idade, alterando-se com a sucessão. Pelo menos os povoamentos mais jovens possuem uma estrutura mais simples e são consideravelmente mais pobres em espécies do que as florestas primárias, em condições de sítios comparáveis. Estas são igualmente mais homogêneas quanto à idade e às dimensões. As árvores produtoras de madeiras tropicais nobres, com elevado valor comercial, são inexistentes entre as espécies secundárias típicas. A intensa luta pela busca de luz e espaço dá origem a tortuosidades em muitos troncos. Além disso, a qualidade é freqüentemente reduzida em virtude do apodrecimento precoce dos troncos. O incremento é apreciável nos primeiros estádios, decrescendo, porém, no decurso da evolução e aproximando-se, a longo prazo, dos valores das florestas primárias; Dado que a composição, a estrutura e o crescimento de um povoamento secundário se alteram com o tempo, a produção não é estável nem em nível das dimensões nem das quantidades ou qualidades. O abastecimento duradouro dos mercados com determinados produtos é dificultado por tal circunstância Crescimento em floresta secundária O crescimento das florestas tropicais é afetado por fatores que compõem o meio biótico e os tratamentos silviculturais, pelos tipos e pela freqüência de exploração. As diferenças existentes entre os tipos florestais dificultam a comparação de taxas de crescimento e produção (SILVA, 1989). Em floresta secundária na Costa Rica, para dois anos de monitoramento, ROJAS GUTIERREZ (1970) encontrou incrementos brutos anuais em diâmetro e área basal de 2,5 e 2,15; 0,6 e 1,23; 1,0 e 2,36; e 0,6 cm/ano e 2,01 m 2 /ha/ano, respectivamente, para os regimes de desbastes de 40, 60, 80% e testemunha. Em florestas secundárias submetidas a corte, em Porto Rico, durante cinco anos de monitoramento, WEAVER (1979) observou incremento periódico anual em diâmetro de 0,36 cm/ano, com variação na média de acordo com a classe de copa de 0,20 a 0,70 cm/ano. Em nível de espécies, a variação na média foi de 0,03 a 0,53 cm/ano. Na Nigéria, em 27 anos após corte raso e queima, OKALI e OLA-ADAMS (1987) estimaram o incremento médio anual de 0,27 cm/ano. FINEGAN e SABOGAL (1988) trabalhando em florestas secundárias na Costa Rica, encontraram incrementos anuais de volume de 7,59 e 8,18 m 3 /ha/ano, para povoamentos com 15 e 25 anos, respectivamente. WEAVER e BIRDSEY (1990), referindo-se a estudos de crescimento em floresta secundária em Porto Rico, em um período de cinco anos, verificaram que o estoque de crescimento 8

9 em volume aumentou em 32,0% e o volume madeireiro aumentou em 36,0%. As taxas de crescimento em volume foram, em média, 2,0 m 3 /ha/ano, para floresta secundária jovem; 6,9 m 3 /ha/ano, para floresta adulta; 7,1 m 3 /ha/ano nas formações de sombra, para café abandonado; e 1,2 m 3 /ha/ano em sombra, com existência de café. Em condições brasileiras, JESUS e SOUZA (1995) trabalhando em floresta secundária de transição, no Estado de Minas Gerais, estimaram o incremento periódico anual em diâmetro de 2,49; 4,76 e 5,50 mm/ano, para os povoamentos sem intervenção, reduções de 78,76 e 87,15% em área basal, respectivamente. Em floresta secundária amazônica, no Estado do Pará, com cerca de 50 anos, SILVA et al. (1996) estimaram, para 13 anos de monitoramento, os incrementos periódicos em diâmetro e volume em 0,4 cm/ano e 3,47 m 3 /ha/ano. Em floresta atlântica, em Minas Gerais, DRUMMOND et al. (1996) encontraram estimativas de 14,1 e 8,2 m 3 /ha/ano, respectivamente, para as matas denominadas Salão Dourado e Mombaça, com idades de 27 e 25 anos Manejo de floresta secundária O manejo de florestas secundárias é uma alternativa de uso da terra relativamente nova e, praticamente, são poucas as experiências de sucesso na aplicação de sistemas silviculturais. O desenvolvimento de sistemas silviculturais aplicados em florestas tropicais foi baseado em práticas européias e indianas. Muitos deles são baseados no sistema de cobertura (shelterwood systems), objetivando a perpetuação da floresta por meio da regeneração natural. O principal objetivo é recompor florestas exploradas com indivíduos de alto valor econômico sem provocar grandes alterações na estrutura da floresta (KIO, 1979). No entanto, segundo YARED (1996), em escala comercial poucos sistemas são efetivamente utilizados, prevalecendo práticas empíricas nas operações de manejo. Além disso, diversos sistemas não passaram da escala de pesquisa. Em floresta secundária, o método tropical de regeneração sob cobertura de Trinidad (Trinidad shelterwood systems) é o sistema silvicultural mais conhecido. Segundo LAMPRECHT (1990), este método apresentou bons resultados na Reserva Florestal de Arena, em Trinidad, com a transformação de ha de floresta natural. O objetivo é a formação de uma floresta alta biestratificada, na qual as espécies pioneiras de rápido crescimento constituem o estrato superior, em conjunto com as remanescentes do povoamento existente. Conforme FINEGAN (1992), esse método originalmente foi projetado como um sistema monocíclico, com ciclo de corte de 60 anos, porém, em sua versão final, passou a ser policíclico, com rotação de 60 anos e dois ciclos de 30 anos. As espécies pioneiras de rápido crescimento, são as primeiras a serem cortadas e as espécies primárias, apenas ao final de 60 anos. Conforme LAMPRECH (1990), o sistema alcança sucesso, no entanto, sob as seguintes condições: 9

10 - Quando ocorre o surgimento de regeneração de árvores cobrindo toda a área, e não-invasão de plantas daninhas. - Quando está assegurada a venda da madeira das espécies de regeneração. - Quando existe uma demanda de carvão vegetal que corresponde à oferta. Por outro lado, para FINEGAN (1992), este sistema deve ser aplicado quando: 1. as áreas de agricultura abandonadas ou florestas primárias submetidas a grandes distúrbios são colonizadas por espécies pioneiras de rápido crescimento e de valor econômico; 2. o manejo desta regeneração - potencial biológico da floresta secundária - para produção de produtos de qualidade é tecnicamente possível; e 3. o manejo de florestas secundárias é possível economicamente onde as espécies pioneiras têm valor Dinâmica da sucessão secundária A sucessão envolve mudanças na estrutura de espécies e nos processos da comunidade, ao longo do tempo. No estudo da dinâmica, as espécies têm sido classificadas de acordo com seu comportamento na sucessão, principalmente quanto as exigências por luz. BUDOWSKI (1965) classifica as espécies em pioneiras, secundárias iniciais, secundárias tardias e clímax. BOARDMAN (1977) considera as espécies como de luz e de sombra. Por outro lado, LAMPRECHT (1990) classifica as espécies como heliófilas ou heliófitas, esciófilas e parcialmente esciófilas. Vale ressaltar que, apesar da grande variação terminológica, as classificações não diferem quanto aos conceitos fundamentais. Para FINEGAN e SABOGAL (1988), o conceito de grupos ecofisiológicos está intimamente ligado ao ciclo de regeneração das florestas em clareiras e em áreas agrícolas abandonadas. Segundo FINEGAN (1992), a sucessão secundária após corte raso ou sob áreas agrícolas abandonadas, com adequada fonte de sementes, pode ser descrita por um modelo simples. As primeiras três fases da sucessão são dominadas, respectivamente, por ervas e arbustos, seguida por espécies pioneiras e, posteriormente, por espécies secundárias tardias. Entretanto, segundo LAMPRECHT (1990), é bem mais complexa a descrição do desenvolvimento rumo à floresta em transição e à floresta clímax. A própria floresta em estádio precoce de transição pode ter uma composição florística e estrutural totalmente diferente. No estrato superior, continua freqüente a presença de oportunistas, às quais se juntam, em parcelas variáveis, mas com tendência crescente, os tipos de floresta primária derivados do grupo das esciófitas. No(s) estrato(s) inferior(es) dominam as espécies esciófitas, com a ocorrência freqüente de dois estratos mais ou menos pronunciados. 10

11 É importante ressaltar que os distúrbios são extremamente importantes no sistema ecológico. Um distúrbio inicia a sucessão e pode interromper ou redirecioná-la, caso ocorra regularmente (GLENN-LEWIN e VAN DER MAAREL, 1992). 11

12 CAPÍTULO 1 CARACTERIZAÇÃO, DESCRIÇÃO DA ÁREA EXPERIMENTAL E COLETA DE DADOS 1. INTRODUÇÃO Para este estudo, foram utilizados dados obtidos em dez anos de monitoramento do Ensaio de Produção Sustentável em Floresta Secundária de Transição, implantado em 1986, nos municípios de Rio Vermelho e Serra Azul de Minas, no Estado de Minas Gerais, pela Florestas Rio Doce, subsidiária da Companhia Vale do Rio Doce. No município de Serra Azul de Minas, a empresa possui cinco glebas contíguas, que juntas totalizam, aproximadamente, ha, e em Rio Vermelho, também em cinco propriedades, esse total é de ha. 2. MATERIAL E MÉTODOS 2.1. Caracterização da área experimental A área de estudo, de propriedade da Companhia do Vale do Rio Doce, está situada entre 18 o e 18 o de latitude sul e 43 o e 43 o de longitude de WG, nos municípios de Rio Vermelho e Serra Azul de Minas, distantes 395 e 367 km, respectivamente, de Belo Horizonte - MG (ANUÁRIO ESTATÍSTICO DE MINAS GERAIS, 1995). A vegetação da área é classificada como floresta estacional semidecidual (INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA-IBGE, 1993) de transição ou área de tensão ecológica (contato/encrave), conforme Decreto n o de 18 de setembro de 1992 (INSTITUTO ESTADUAL DE FLORESTAS-IEF, 1993). Para JESUS e SOUZA (1995), é uma área de tensão ecológica, formada por uma mata de transição em mistura, com elementos do cerrado e da floresta estacional semidecidual. A precipitação média anual é de aproximadamente mm, a temperatura média anual oscila em torno de 21 o C e a altitude média é de cerca de 950 metros. O solo no qual está inserida a área de estudo é predominantemente Latossolo Vermelho-Amarelo distrófico, textura argilosa, fase floresta subperenifólia, com relevo fortemente ondulado montanhoso (JESUS e SOUZA, 1995). A partir de amostragem realizada em 1996, coletando-se 16 amostras simples de solo, a três profundidades (0-20, e cm), foi obtida uma 12

13 amostra composta para cada profundidade, em cada bloco. O solo amostrado foi analisado pelo Laboratório de Solos do Departamento de Solos da UFV, que revelou as características químicas e físicas apresentadas no Quadro 1. Quadro 1 - Características químicas e físicas de amostras de solo tomadas às profundidades de 0-20, e cm, municípios de Rio Vermelho e Serra Azul de Minas-MG Características Profundidade 0-20 cm cm cm QUÍMICAS ph em água (1:2,5) 4,48 ± 0,18 4,63 ± 0,10 4,68 ± 0,17 Fósforo (mg/dm 3 ) 3,74 ± 1,12 2,95 ± 0,50 2,58 ± 0,38 Potássio (mg/dm 3 ) 24,07 ± 6,17 13,50 ± 1,29 5,75 ± 2,36 Alumínio trocável (cmolc/dm 3 ) 2,08 ± 0,60 1,30 ± 0,50 0,90 ± 0,49 Cálcio (cmolc/dm 3 ) 0,18 ± 0,11 0,15 ± 0,06 0,10 ± 0,00 Magnésio (cmolc/dm 3 ) 0,11 ± 0,06 0,05 ± 0,05 0,00 ± 0,00 H + Al (cmolc/dm 3 ) 10,91 ± 1,53 7,13 ± 1,46 5,10 ± 0,88 FÍSICAS Areia grossa (%) 21,00 ± 4,69 21,75 ± 2,50 22,63 ± 6,00 Areia fina (%) 11,25 ± 2,75 11,00 ± 2,45 12,69 ± 3,36 Silte (%) 6,50 ± 1,73 6,00 ± 2,00 8,94 ± 3,23 Argila (%) 61,25 ± 4,57 61,25 ± 3,86 55,75 ± 6,93 Classificação textural Argila a muito argiloso Argila a muito argiloso Argila a muito argiloso P e K : Extrator Mehlich 1, Al, Ca e Mg : Extrator KCl 1 mol/l e H+Al : Extrator Ca(OAc) 2 0,5 mol/l ph 7, Descrição dos tratamentos Os tratamentos experimentais utilizados foram: Tratamento 1 - Testemunha (sem intervenção); Tratamento 2 - Corte raso; Tratamento 3 - Corte seletivo baseado na espécie e no fenótipo dos indivíduos remanescentes, não havendo restrições quanto às classes diamétricas ou às freqüências dos indivíduos, por hectare; e, Tratamento 4 - Corte de todos os indivíduos com DAP < 10 cm e, no remanescente, deixando as 100 melhores árvores, por hectare, conforme padrão fenotípico e valor econômico das espécies. Os tratamentos, após intervenção, foram identificados conforme a intensidade de corte, da seguinte forma: tratamento 1 (sem intervenção); tratamento 2 (corte raso); tratamento 3 (redução de 79,47% em área basal), e tratamento 4 (redução de 87,33% em área basal). 13

14 Cada unidade experimental possui área de 0,5 ha (50 x 100 m), cada bloco ocupou 2 ha e o ensaio, 8 ha. Os blocos foram localizados a distâncias variáveis, em relação às estradas e aos caminhos, de modo a evitar possíveis interferências. A disposição dos blocos e das parcelas experimentais foi realizada de modo que estivessem situadas na fitofisionomia representativa da floresta secundária predominante. Anteriormente à aplicação dos tratamentos, todos os indivíduos arbóreos com DAP 5 cm foram identificados pelo nome vulgar regional e mensurados os DAPs, por blocos e por parcelas experimentais. Após a aplicação dos tratamentos, foram identificados e medidos, com fita diamétrica, os DAPs de todos os indivíduos remanescentes com DAP 5 cm, numerados, etiquetados e representados em planta baixa, feita para cada unidade experimental. Nas intervenções, foram empregados cortes manual, feito com machado, e semimecanizado, efetuado com motosserra. No corte seletivo dos indivíduos mais finos, particularmente no tratamento 3 e no desgalhamento, foi usado machado. O abate com motosserra foi empregado em todas as classes de DAP, nos tratamentos 2 e 3, sendo os cortes iniciados sempre pelos menores indivíduos, de modo a abrir espaços para o abate dos maiores. Todos os indivíduos abatidos, após desgalhados, eram transportados manualmente para as margens das parcelas, onde foram realizados a toragem e o empilhamento. O comprimento dos toros para lenha foi de 2 m, para os fustes e os galhos mais finos, e de 1 m, para os mais grossos. Posteriormente, procedeu-se à cubagem das pilhas, para estimar a produção de lenha de cada parcela experimental Monitoramento das parcelas experimentais Cada unidade experimental foi mensurada a intervalos de dois anos, durante o período de 1986 a Em cada ocasião de monitoramento, o material botânico fértil ou vegetativo foi coletado para identificação das espécies arbóreas. Após a aplicação dos tratamentos, todos os indivíduos arbóreos (DAP 5,0 cm) foram identificados, numerados, plaquetados e medidos os DAPs. Nas diferentes ocasiões do monitoramento, cada novo ingresso (ingrowth) que tivesse DAP 5 cm foi identificado, numerado e medido. Para regeneração natural, foram estabelecidas cinco subparcelas de 45 m 2 (45 x 1 m), em cada unidade experimental de 0,50 ha. Como regeneração natural, foram considerados todos os indivíduos com DAP < 5 cm. Os indivíduos foram classificados nas seguintes classes de regeneração: Classe 1 - muda com até 0,30 m de altura (h 0,30 m); Classe 2 - muda com altura de 0,30 a 1,30 m (0,30 < h 1,30 m); Classe 3 - muda com altura maior que 1,30 m até DAP 2,5 cm; e Classe 4 - vara com 2,5 < DAP 5 cm. A regeneração natural foi avaliada, segundo a sua origem, em: a) Semente - indivíduos arbóreos originados por sementes. b) Brotação - indivíduos arbóreos originados por mecanismos de reprodução vegetativa. 14

15 Para as análises de dinâmicas da composição florística e da diversidade de espécies e dinâmica da estrutura da floresta, foram utilizados dados obtidos nas ocasiões de medições de 1986, antes e após a aplicação dos tratamentos, 1988, 1990, 1992, 1994 e As análises de ingrowth, mortalidade e taxa de crescimento foram realizadas a partir dos períodos de monitoramento de 1986 a 1988, 1988 a 1990, 1990 a 1992, 1992 a 1994 e 1994 a Para a análise da regeneração natural, foram utilizados os dados obtidos nas ocasiões de medições de 1988, 1990, 1992, 1994 e Análise estatística Este ensaio é caracterizado por delineamento estatístico em blocos ao acaso, com quatro repetições e quatro tratamentos. Inicialmente, os dados obtidos para diversidade de espécies, número de árvores (transformado em raiz quadrada), diâmetro médio, área basal, volume, ingrowth, mortalidade e crescimento foram submetidos à análise multivariada de medidas repetidas (análise de perfil), por meio do comando repeated do procedimento modelos lineares generalizados (GLM), do programa computacional SAS. Considerou-se o modelo estatístico de experimento em blocos casualizados. A hipótese testada foi de paralelismo entre tratamentos (não há interação tratamentos x ocasiões de monitoramento), em nível de 5% de probabilidade, por meio do critério de Wilks. Para todos os parâmetros estudados, a hipótese de paralelismo foi rejeitada, indicando que ocorrem variações do efeito de tratamentos ao longo do período de monitoramento. Desta forma, foram realizadas análises de variância univariada, para testar a igualdade de tratamentos em cada ocasião de monitoramento. Na análise de variância univariada, a soma de quadrados de tratamentos foi desdobrada em três contrastes ortogonais. O primeiro contraste comparou o tratamento 1 versus os tratamentos 2, 3 e 4; o segundo contraste comparou o tratamento 2 versus os tratamentos 3 e 4, e o terceiro contraste comparou o tratamento 3 versus o 4. Estes contrastes foram testados pelo teste F, em nível de 5% de probabilidade. A análise dos dados obtidos para número de indivíduos na regeneração natural (transformado em raiz quadrada) também foi submetida à análise de perfil, porém, considerou-se como um experimento fatorial, com arranjo 4 x 4 x 2, em que foram combinados quatro níveis de redução em área basal, quatro classes de tamanho e dois processos de regeneração, totalizando 32 tratamentos. A hipótese de paralelismo também foi rejeitada pelo critério de Wilks (P < 0,05), indicando que o comportamento da regeneração foi diferenciado em função do tratamento, da classe de tamanho, do processo de regeneração e da ocasião de monitoramento. Assim, foram realizadas análises de variância univariadas para cada ocasião de monitoramento, com comparações de médias pelos testes F e de Tukey, em nível de 5% de probabilidade. 15

16 CAPÍTULO 2 DINÂMICAS DA COMPOSIÇÃO FLORÍSTICA E DA DIVERSIDADE DE ESPÉCIES 1. INTRODUÇÃO A manutenção da biodiversidade dos ecossistemas naturais é um grande desafio para a geração presente, porque provavelmente dela dependerá a sobrevivência de gerações futuras. A biodiversidade dos ecossistemas florestais, desde o descobrimento da agricultura, vem sendo destruída. Inicialmente, ocorreu elevada perda da biodiversidade das florestas temperadas, e atualmente, de forma mais rápida, está ocorrendo a redução da biodiversidade das florestas tropicais. A utilização inadequada da floresta tropical pode trazer conseqüências tanto local como regional e global. Atualmente, a maioria das florestas tropicais exploradas não é adequadamente manejada. Sendo assim, para um manejo sustentável efetivo existe a necessidade de desenvolvimento de sistemas de manejo adequado a essas florestas tropicais. Para tanto, são necessários conhecimentos de suas características ecológicas, que possibilitem um bom manejo e que estejam sob bases sustentáveis ambiental, econômica e social. O manejo sustentável de uma floresta natural tem de ser uma gestão permanente, visando, em geral, a produção de um fluxo contínuo de produtos e de serviços desejáveis, sem a indevida redução de seus valores intrínsecos e de sua futura produtividade e sem os efeitos indesejáveis sobre os meios físico e social (INTERNATIONAL TROPICAL TIMBER ORGANIZATION, 1994). O manejo florestal sustentável, dependente dos processos de regeneração natural, pode ser compatível com a manutenção de grande parte da diversidade biológica, no entanto, não necessariamente com a preservação de todas as espécies (WHITMORE, 1990). Na concepção atual, o manejo das florestas tropicais objetiva, predominantemente, a produção de madeira, de serviços e de benefícios diretos e indiretos. Entre um dos principais objetivos, destaca-se a conservação da diversidade de espécies. Logo, o conhecimento da composição florística é fundamental para o melhor entendimento da estrutura da floresta. O conceito de estrutura se relaciona com o de diversidade, principalmente quando se procura uma explicação para o grande número de espécies existentes nas florestas tropicais (BOURGERON, 1983). Diversidade abrange dois diferentes conceitos: riqueza e uniformidade. Estes dois conceitos, teoricamente, podem ser aplicados por meio de uma escala 16

17 hierárquica, desde diversidade genética até diversidade de ecossistemas (BURTON et al., 1992). Riqueza, geralmente, refere-se ao número de espécies presentes na flora e, ou, na fauna, em uma determinada área. Uniformidade refere-se ao grau de dominância de cada espécie, em uma área. As medidas de diversidade referem-se a um dado momento no tempo (MARGALEF, 1986). Em princípio, diversidade pode ser mensurada, considerando-se qualquer componente biológico. Existem vários índices de quantificação da diversidade de um ecossistema, os quais possibilitam, inclusive, comparações entre os diferentes tipos de vegetação. Entre esses índices, podem-se citar: índice de diversidade de Shannon-Weaver (H ), índice de dominância de Simpson (C) e índice de uniformidade de Pielou (E). Para o conhecimento adequado de uma comunidade florestal, é essencial a identificação das espécies que ocorrem na área; da estrutura da população em termos das espécies dominantes, raras e endêmicas; e de seu tamanho, de sua área basal e de sua distribuição espacial (MUELLER-DUMBOIS e ELLENBERG, 1974). Neste trabalho, objetivou-se analisar as dinâmicas da composição florística e da diversidade de espécies de uma floresta secundária de transição, submetida a quatro níveis de redução em área basal total, ou dominância total, e monitorada durante dez anos. 2. MATERIAL E MÉTODOS Os indivíduos arbóreos (DAP 5,0 cm) foram identificados, inicialmente, por meio do nome vulgar regional. Posteriormente, foi coletado material botânico fértil ou vegetativo, que foi enviado, para identificação, aos Herbários da Reserva Florestal de Linhares, do Departamento de Biologia Vegetal (VIC) e do Setor de Dendrologia, ambos da Universidade Federal de Viçosa. Quando possível, os indivíduos foram identificados até em nível de espécie. As espécies não-identificadas formaram o grupo das desconhecidas. As coletas foram realizadas a cada ocasião de monitoramento, procurando, assim, a obtenção de material botânico fértil, daqueles indivíduos que não foram identificados em ocasiões anteriores. As espécies coletadas em cada ocasião de monitoramento, após identificação, foram agrupadas por família, conforme o sistema de classificação de CRONQUIST (1981). As espécies foram classificadas segundo o estádio sucessional em que ocorrem predominantemente, de acordo com a classificação de LEITÃO FILHO (1993), tendo sido divididas em quatro grupos ecofisiológicos: 1. Pioneiras - espécies que se desenvolvem em clareiras, nas bordas da floresta ou em locais abertos, sendo claramente dependentes de condições de maior luminosidade, não ocorrendo, em geral, no sub-bosque. 2. Secundárias iniciais - espécies que se desenvolvem em clareiras pequenas ou mais raramente no sub-bosque, em condições de algum sombreamento. Podem, também, ocorrer em áreas de antigas clareiras, neste caso próximas às espécies pioneiras. 17

18 3. Secundárias tardias - espécies que se desenvolvem exclusivamente em subbosque permanentemente sombreado, neste caso pequenas árvores ou espécies arbóreas de grande porte, que se desenvolvem lentamente em ambientes sombreados, podendo alcançar o dossel ou serem emergentes. 4. Não-determinado - espécies não-identificadas. Para verificar a suficiência amostral da composição florística antes da aplicação dos tratamentos, em 1986, os dados do número de espécies, em função da área, foram ajustados pelo procedimento REGRELRP - Regressão Linear Response Platô, do Sistema de Análises Estatísticas e Genéticas (SAEG) da Universidade Federal de Viçosa, conforme adotado por FERREIRA (1988). A diversidade de espécies, para os indivíduos adultos (DAP 5 cm), foi analisada por meio do índice de Shannon-Weaver (H ), conforme a seguinte expressão: H' = ( Nln N n ln n ) / N S i= 1 i em que N = número total de indivíduos amostrados; ni = número de indivíduos amostrados da i-ésima espécie; S = número de espécies amostradas; e ln = logaritmo de base neperiana. i Quanto maior for o valor de H', maior será a diversidade florística da população em estudo. A escolha do índice de Shannon-Weaver deveu-se à sua ampla utilização em florestas secundárias tropicais (LEITÃO FILHO, 1993; MARISCAL FLORES, 1993; ALMEIDA, 1996; ANTONIO LÓPEZ, 1996; YARED, 1996), bem como por expressar riqueza e uniformidade. O índice de uniformidade de Pielou foi obtido pela seguinte expressão (ODUM, 1985): H' E = Hmax em que E = índice de uniformidade de Pielou; Hmax = ln S = diversidade máxima; e S = número de espécies amostradas = riqueza. O índice de uniformidade de Pielou pertence ao intervalo [0,1], em que 1 representa a máxima diversidade, ou seja, todas as espécies são igualmente abundantes. O grupo das desconhecidas não foi considerado no cálculo do índice de diversidade, por não ser possível considerá-lo como uma única espécie. A análise de variância da raiz quadrada da riqueza, do índice de diversidade de Shannon-Weaver e do índice de uniformidade de Pielou foi realizada conforme descrito anteriormente, no Capítulo 1. 18

19 3. RESULTADOS E DISCUSSÃO 3.1. Suficiência amostral da composição florística A curva espécie-área para floresta secundária de transição é ilustrada na Figura 1. Verifica-se que ocorreu formação do platô a partir de área igual a 2,25 ha, a qual representa a área mínima necessária para caracterização da composição florística da floresta estudada. Observa-se, ainda, que mais de 80% do total das espécies amostradas foram encontradas em, aproximadamente, 28% da área total amostrada. Curva Área-Espécie 120 Número de Espécies OBSERVADO RETA (Y = ,8.ÁREA) - R2 = 90,73% PLATEAU (Y = 110,167) 0 0,5 1,0 1,5 2,0 2,5 3,0 3,5 4,0 4,5 5,0 5,5 6,0 6,5 7,0 7,5 8,0 Área (ha) Figura 1- Curva área-espécie para floresta secundária de transição, municípios de Rio Vermelho e Serra Azul de Minas-MG Dinâmica da composição florística As espécies arbóreas encontradas na área experimental, para o conjunto de ocasiões de monitoramento, estão apresentadas no Quadro 1. Conforme pode ser constatado, ocorreram 40 famílias, 80 gêneros, 116 espécies, 9 nãoidentificadas e o grupo de desconhecidas. Assim, 58,73% dos indivíduos encontrados foram identificados até em nível de espécies; 21,43% até em nível de gênero; 11,90% até em nível de família; e 7,94% não-identificados. 19

20 Quadro 1 - Espécies árboreas ocorrentes na área experimental durante dez anos de monitoramento, , por tratamentos e grupo ecofisiológico, municípios de Rio Vermelho e Serra Azul de Minas-MG Nome Vulgar Regional Família/Espécie Tratamentos Grupo Ecofisiológico ANACARDIACEAE Gonçalo Astronium fraxinifolium Schott 1, 2, 3, 4 Secundária inicial ANNONACEAE Ariticum Annona cacans Warm. 1, 2, 3, 4 Secundária tardia Pindaíba-preta Guatteria australis St. Hil. 1, 2, 3, 4 Secundária inicial Araçá-preto Guatteria nigrescens Mart. 1 Secundária inicial Pindaíba-vermelha Xylopia brasiliensis Spreng. 1, 3 Secundária inicial Mutamba Desconhecida 1 1, 2, 3, 4 Não-determinado APOCYNACEAE Pereiro * Aspidosperma olivaceum Muell. Arg. 3, 4 Secundária tardia Leiteiro-de-lagarta Desconhecida 2 1, 2, 3, 4 Não-determinado AQUIFOLIACEAE Farinha-seca Ilex sp. 1, 2, 3, 4 Secundária tardia BIGNONIACEAE Caroba, Perobinha, Carobinha Jacaranda macrantha Cham. 1, 2, 3, 4 Secundária inicial Cinco-chagas Sparattosperma leucanthum K. Schum. 1, 2, 3, 4 Secundária inicial Mulatinho, Mulatinho-bravo Tabebuia chrysotricha (Mart. Ex DC.) Standley 1, 2, 3 Secundária tardia Ipê Tabebuia sp. 1, 2, 3, 4 Secundária tardia BOMBACACEAE Imbiruçu-bravo Eriotheca macrophylla (K. Schum.) A. Robyns 1, 2, 3, 4 Secundária inicial BORAGINACEAE Manemenem Cordia sericicalyx A. DC. 1, 2, 3, 4 Secundária inicial BURSERACEAE Marinheiro * Protium warmingianum March. 1, 3 Secundária tardia Amescla + Protium sp. 2, 3 Secundária tardia CAESALPINIACEAE Unha-de-boi Bauhinia sp. 1, 2, 3, 4 Secundária inicial Canafístula Cassia ferruginea Schrad. ex DC. 1, 2, 3, 4 Secundária inicial Pau-d óleo Copaifera langsdorffii Desf. 1, 2, 3, 4 Secundária tardia Braúna Melanoxylon brauna Schott 1, 2, 3, 4 Secundária tardia Vassourinha Peltophorum dubium Taub. 1, 4 Secundária tardia Ingá-burro Sclerolobium sp. 1, 2, 3, 4 Secundária tardia Fedegosão Senna macranthera (Collad.) Irwin & Barn. 1, 2, 3, 4 Pioneira CARICACEAE Mamoneira Jacaratia sp. 1, 2, 3, 4 Secundária tardia CECROPIACEAE Imbaúba-de-viola Cecropia glaziovi Snethlage 1, 3, 4 Pioneira Imbaúba Cecropia sp. 1, 2, 3, 4 Pioneira CELASTRACEAE Laranjinha Maytenus evonymoides Reiss. 1, 2, 3, 4 Secundária inicial CHRYSOBALANACEAE Coco-de-cutia Licania sp. 1, 2, 3, 4 Secundária inicial COMBRETACEAE Carvalho-amarelo Terminalia sp. 1, 2, 3, 4 Secundária tardia COMPOSITAE Maria-mole Piptocarpha macropoda Baker 1, 2, 3, 4 Pioneira Candeia Vanillosmopsis brasiliensis Sch. Bip. 1, 2, 3, 4 Pioneira Capoeirão Vernonia diffusa Less. 1, 2, 3, 4 Pioneira Continua... 20

21 Quadro 1, Cont. Nome Vulgar Regional Família/Espécie Tratamentos Grupo Ecofisiológico ELAEOCARPACEAE Sacupemba Sloanea guianensis Benth. 1, 3, 4 Secundária tardia EUPHORBIACEAE Capoeira-preta Croton floribundus Spreng 1, 2, 3, 4 Pioneira Adrago Croton urucurana Baill. 1, 2, 3, 4 Pioneira Canudo-de-pito Mabea fistulifera Mart. 1, 2, 3, 4 Pioneira Laranjeira Pera glabrata Poepp. ex Baill. 1, 2, 3, 4 Secundária tardia Leiteiro-branco Sapium lanceolatum Huber 1, 2, 3, 4 Secundária inicial Amoreira Desconhecida 3 3 Não-determinado FABACEAE Angelim-amargoso, Angelim-garrafa Andira fraxinifolia Benth. 1, 2, 3, 4 Secundária inicial Grão-de-bode Andira sp. 1, 2, 3, 4 Secundária inicial Piúna Dalbergia brasiliensis Vog. 1, 2, 3, 4 Secundária tardia Cabiúna Dalbergia nigra (Vell) Fr. Allem. Ex Benth. 1, 2, 3, 4 Secundária inicial Tira-filho Machaerium nictitans Benth. 1, 2, 3, 4 Pioneira Uruvalheira Machaerium triste Vog. 1, 2, 3, 4 Secundária inicial Jacarandá-tã Machaerium villosum Vog. 1, 2, 3, 4 Secundária tardia Uruvalheira-vermelha Platypodium elegans Vog. 1, 2, 3, 4 Secundária tardia FLACOURTIACEAE Carvalho-terra Carpotroche sp. 1, 2, 3, 4 Secundária tardia Calombo Casearia sp. 1, 2, 3, 4 Secundária inicial Erva-de-tiú Casearia sylvestris Sw. 1, 2, 3, 4 Secundária inicial Calombo-amarelo Xylosma sp. 1, 2, 3 Secundária inicial GUTTIFERAE Pau-santo Kielmeyera aff. coriacea (Spr.) Mart. 1, 2, 3, 4 Secundária tardia Azedinha Kielmeyera rubriflora Cambess. 1, 2, 3, 4 Secundária tardia Ruão Vismia ferruginea H.B.K. 1, 2, 3, 4 Pioneira LACISTEMACEAE Calombo-preto Lacistema sp. 1, 2, 3, 4 Secundária inicial LAURACEAE Canela-amarela Nectandra oppositifolia Nees & Mart. ex Nees 1, 2, 3, 4 Secundária tardia Canela Ocotea cf. corymbosa Mez 1, 3 Secundária tardia Canela-prego, Sassafrás Ocotea odorifera Mez 1, 2, 3, 4 Secundária tardia Carambola Persea cf. pyrifolia Nees 1, 3 Secundária tardia Canela-por-nobi + Desconhecida 4 4 Não-determinado LECYTHIDACEAE Jequitibá Cariniana estrellensis (Raddi) O. Kuntze 1, 2, 3, 4 Secundária tardia MALPIGHIACEAE Murici-branco Byrsonima sp. 1 1, 2, 3, 4 Secundária inicial Murici-vermelho+ Byrsonima sp. 2 2 Secundária inicial Murici Byrsonima sp. 3 1, 2, 3, 4 Secundária inicial MELASTOMATACEAE Roseira Miconia candolleana Triana 1, 2, 3, 4 Pioneira Cabeludinha Miconia sp. 1, 2, 3, 4 Secundária inicial Cabelo-de-negro Mouriria sp. 1, 2, 3, 4 Secundária inicial Quaresma Tibouchina sp. 1, 2, 3, 4 Pioneira MELIACEAE Cangerana Cabralea canjerana (Vell.)Mart. 1, 3, 4 Secundária tardia Cedro Cedrela fissilis Vell. 3, 4 Secundária tardia Uva Desconhecida 6 1, 2, 3, 4 Secundária inicial Continua... 21

22 Quadro 1, Cont. Nome Vulgar Regional Família/Espécie Tratamentos Grupo Ecofisiológico MIMOSACEAE Angico-branco Anadenanthera colubrina (Vell.) Brenan 1, 2, 3, 4 Secundária inicial Angico-vermelho Anadenanthera peregrina Speg 1, 2, 3, 4 Secundária inicial Ingá-miúdo Inga alba Willd. 1, 2, 3, 4 Secundária inicial Ingá-bananeira Inga sp. 1, 2, 3, 4 Secundária inicial Angiquinho Mimosa pteridifolia Benth. 1, 2, 3, 4 Secundária inicial Jacaré Piptadenia gonoacantha Macbride 1, 2, 3, 4 Pioneira Vinhático Plathymenia foliolosa Benth. 1, 2, 3, 4 Secundária inicial Barbatimão Stryphnodendron cf. guianense Benth. 1, 2, 3, 4 Secundária inicial Angico-corno+ Desconhecida 5 2 Não determinado MONIMIACEAE Folha-santa Siparuna guianensis Aubl. 1, 2, 3, 4 Secundária inicial Canela-preta Siparuna reginae A. DC. 1, 2, 3, 4 Secundária inicial MORACEAE Gameleira Ficus sp. 4 Secundária inicial MYRSINACEAE São José Rapanea ferruginea Mez 1, 2, 3, 4 Secundária inicial MYRTACEAE Carvalho-preto Campomanesia xanthocarpa Berg 1, 2, 3, 4 Secundária tardia Cafezeiro Eugenia sp. 1, 2, 3, 4 Secundária inicial Fruta-de -pomba Myrcia rostrata DC. 1, 2, 3, 4 Secundária inicial Goiabeira Psidium sp. 1, 4 Secundária tardia Araçá Desconhecida 7 1, 2, 3, 4 Secundária inicial Araçá-legítimo Desconhecida 8 1, 3 Secundária inicial Araça-vermelho Desconhecida 9 1, 2, 3, 4 Secundária inicial Gabiroba Desconhecida 10 1, 2, 3, 4 Secundária inicial Gabirobinha Desconhecida 11 1, 2, 3 Secundária inicial Jabuticaba Desconhecida 12 1, 2, 3, 4 Secundária tardia Limão-de-paca Desconhecida 13 1, 2, 3, 4 Secundária tardia Massaranduba + Desconhecida 14 3 Secundária tardia OPILIACEAE Limoeiro Agonandra englerii Hoehne 1, 2, 3, 4 Secundária tardia RUBIACEAE João Henrique Ladenbergia hexandra Klotzsch 1, 2, 3, 4 Secundária tardia Marmelada Psychotria carthagenensis Jacq. 1, 2, 3, 4 Secundária inicial Cafezinho * Psychotria sessilis Muell. Arg. 1, 2, 3, 4 Secundária inicial Marfim Randia sp. 1 1, 2, 3, 4 Secundária tardia Tambu Randia sp. 2 1, 2, 3, 4 Secundária tardia RUTACEAE Paratudo, Paratudo-preto Hortia arborea Engl. 1, 2, 3, 4 Secundária tardia Maminha-de-porca Zanthoxylum rhoifolium Lam. 1, 2, 3, 4 Secundária tardia SAPINDACEAE Marmelinho Allophylus edulis Raldk. ex Warm. 1, 2, 3, 4 Secundária inicial Pau-magro Cupania rugosa Radlk. 1, 2, 3, 4 Secundária inicial Cambuatã Cupania vernalis Cambess. 1, 2, 3, 4 Secundária inicial SAPOTACEAE Catuá Pouteria sp. 1, 2, 3, 4 Secundária tardia SOLANACEAE Bacupari Desconhecida 15 3, 4 Secundária inicial SYMPLOCACEAE Pindaíba * Symplocos pubescens Klotzsch ex Benth. 4 Secundária inicial Continua... 22

23 Quadro 1, Cont. Nome Vulgar Regional Família/Espécie Tratamentos Grupo Ecofisiológico TILIACEAE Açoita-cavalo Luehea speciosa Willd. 1, 2, 3, 4 Secundária tardia VERBENACEAE Papagaio Aegiphila lhotskiana Cham. 1, 2, 3, 4 Pioneira Alfavaca Aloysia virgata Juss. 1, 2, 3, 4 Secundária inicial Azeitona Vitex polygama Cham. 1, 3, 4 Secundária inicial VOCHYSIACEAE Garapa Vochysia tucanorum Mart. 3,4 Secundária tardia INDETERMINADA Carne-de-vaca + Desconhecida 16 4 Não-determinado Carvalho-branco * Desconhecida 17 2, 4 Não-determinado Cuerama Desconhecida 18 1, 2, 3, 4 Não-determinado Desconhecida Desconhecida 19 1, 2, 3, 4 Não-determinado Goiaba-de-paca + Desconhecida 20 2, 3, 4 Não-determinado Grão-de-galo * Desconhecida 21 2 Não-determinado Paratudo-leiteiro * Desconhecida 22 1, 2 Não-determinado Pau-de-sangue Desconhecida 23 2, 3 Não-determinado Quaresma-d água + Desconhecida 24 1, 2, 3, 4 Não-determinado Sete-casaca + Desconhecida 25 2, 3 Não-determinado + Presentes no levantamento inicial (I) e que desapareceram durante ou após a aplicação dos tratamentos. * Ausentes no levantamento inicial (I) e que apareceram durante ou após a aplicação dos tratamentos. Em termos de número de espécies identificadas, as seguintes famílias predominaram: Myrtaceae (12), Mimosaceae (8), Fabaceae (8), Caesalpiniaceae (7), Euphorbiaceae (5), Rubiaceae (5), Annonaceae (4), Flacourtiaceae (4), Lauraceae (4), Melastomataceae (4), Compositae (3), Guttiferae (3), Malpighiaceae (3), Sapindaceae (3) e Verbenaceae (3). Estas famílias representaram aproximadamente 68,97% do número total de espécies amostradas. Nas famílias Annonaceae, Bignoniaceae, Burseraceae, Cecropiaceae, Euphorbiaceae, Fabaceae, Flacourtiaceae, Guttiferae, Lauraceae, Malpighiaceae, Melastomataceae, Mimosaceae, Monimiaceae, Rubiaceae e Sapindaceae, foram encontradas mais de uma espécie por gênero. Os gêneros Byrsonima e Machaerium foram amostrados com três espécies cada um, enquanto com duas espécies foram amostrados Anadenanthera, Andira, Casearia, Cecropia, Croton, Cupania, Dalbergia, Guatteria, Inga, Kielmeyera, Ocotea, Miconia, Protium, Psychotria, Randia, Siparuna e Tabebuia. Em termos de grupo ecofisiológico, 15 espécies foram classificadas como pioneiras, 54 como secundárias iniciais, 42 como secundárias tardias e 15 como não-determinadas. A predominância das espécies secundárias iniciais indica que a floresta secundária estudada é jovem e está em estádio sucessional médio (Resolução do CONAMA, N o 10, de 01/10/93). 23

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