SOCIOAFETIVIDADE: NOVOS FORMATOS FAMILIARES CONTEMPORÂNEOS. GT I: Direito, Cidadania e Concretização dos Direitos Humanos e Fundamentais.

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1 SOCIOAFETIVIDADE: NOVOS FORMATOS FAMILIARES CONTEMPORÂNEOS GT I: Direito, Cidadania e Concretização dos Direitos Humanos e Fundamentais. Ieda Duarte Ferreira 1 Hilnara Toledo Macêdo 2 RESUMO O conceito de família mudou, e o tema socioafetividade é decorrente dos novos formatos familiares contemporâneos. A filiação socioafetiva ocorre nos casos em que o padrasto ou a madrasta criam o enteado ou enteada como se fosse seu filho biológico, e que pretende ver reconhecida juridicamente tal fato. Não existe previsão legal explícita sobre o reconhecimento da filiação socioafetiva. Ocorre que existem diversas ações no judiciário para pleitearem tal reconhecimento. O Direito, é guardião das relações sociais, deve ter uma postura ativa, e por isso necessita sempre acompanhar as mudanças das relações familiares, para atender as expectativas jurídicas de uma sociedade que possui múltiplas facetas. Por meio dessa pesquisa verifica-se que o assunto é atual e polêmico em nossos tribunais e que necessita ser mais estudado e debatido. Em breve síntese, trazemos a doutrina e a jurisprudência sobre o tema. PALAVRAS-CHAVE família; afetividade; direitos fundamentais; dignidade da pessoa humana. INTRODUÇÃO Com a mudança do sistema patriarcal romano para a família contemporânea, o atual modelo passou a ter seu alicerce nas relações de afeto entre seus membros. Com isso a família passou a ser um meio de realização pessoal e não mais um fim em si mesmo. É necessário que se entenda que no século XXI, a família não é constituída como outrora, com o único objetivo de procriação, mas sim com a autonomia de constituição democrática, de modo a privilegiar a dignidade da pessoa humana, a igualdade das filiações, da solidariedade familiar, da paternidade responsável e a identidade, como base de sua estrutura, em detrimento de conceitos prévios. 1 Orientadora, Mestre em Direito em Biodireito, Ética e Cidadania pelo Centro Universitário Salesiano de São Paulo U.E Lorena, Docente do Curso de Direito do Centro Universitário de Barra Mansa - UBM, RJ, Ieda.prof@gmail.com 2 Discente do 10 período do Curso de Direito do Centro Universitário de Barra Mansa, UBM, RJ, Campus Cicuta, hilnaratmacedo@hotmail.com

2 A identidade pessoal da criança e do adolescente está diretamente associada à sua identidade em seu grupo familiar e social. Nesse sentido o reconhecimento de seu estado de filiação e uma maneira de garantir-lhe a dignidade, o respeito, a proteção para colocá-los a salvo de discriminação e a convivência familiar consentânea à sua realidade. A percepção do ser humano não se completa apenas com o comportamento com o mundo das coisas (mundo genético), mas sim pelo entendimento de ser-em-família, pela forma que convive em sociedade e também pelo próprio modo em que se relaciona consigo mesmo (ontológico). A família se solidifica à medida que há diálogo, linguagem, afeto, para que haja a salvaguarda da filiação como elemento fundamental na construção da identidade do ser humano. A afetividade tem um papel essencial na formação desse ser, isso porque, pela dinâmica dos fatores pessoal, familiar e social, e por meio da experiência afetiva o ser sente-se inserido no meio, se encontra no plano da sensibilidade e se realiza na qualidade de ser-no-mundo, em que fala, se comunica, vive suas experiências, marcos afetivos pessoais, suas emoções, suas descobertas, seus desafios e também suas conquistas. Sendo assim o ser humano não é apenas genético, não é resultado apenas de sua estrutura genética como algo pré-ordenado, codificado, lógico e imutável, destinado somente a continuação de sua linhagem, mas também se sua compreensão afetiva, da maneira como se sente emocionalmente inserido no contexto afetivo, como se sente em relação a sua importância no mundo, sua imagem como ser dotado de afeto e energia com os demais seres. Essa identidade merece atenção especial na busca por uma sociedade justa e solidária. A filiação socioafetiva é decorrente de uma relação jurídica de afeto com o filho de outrem em que mesmo não havendo nenhum vínculo biológico, o padrasto ou a madrasta criam como se filho biológico fosse. A paternidade não está adstrita apenas a autoria genética, mas também pelo que se revela no cotidiano, numa relação psico-afetiva, sólida e duradoura, que se estabelece com a longa convivência, dedicação, amor e afeto, com a assistência material, espiritual, psicológica e com os cuidados que emanam da paternidade em

3 relação aos filhos. A doutrina define essa situação de fato como sendo a chamada posse do estado de filho, que se configura quando independente do vínculo biológico, alguém age como se fosse o filho e outrem como se fosse o pai. Em apertada síntese, a posse do estado de filho revela a prática constante de atos dos núcleos familiares, decorrente da intimidade, do afeto, cuidados e preocupações, intensos e inesgotáveis laços de afeto, e de outros sentimentos que fluem dessa situação de amor e carinhos mútuos, não advindos apenas do fator biológico ou por meio de uma presunção legal, e sim como resultado de uma intensa convivência entre pais e filhos, com a valorização das relações sedimentadas no afeto. Diante de tantas transformações nas famílias, que muitas vezes precisam se reconstruir, esse cenário se tornou muito comum. Mas não temos legislação que trate diretamente do assunto. Com isso no momento existe muita polêmica, temos decisões com sentidos diversos. Essa pesquisa destina-se a trazer de maneira singela informações sobre o assunto, isso porque, é necessário que seja mais discutido para que se encontre uma solução aos que litigam judicialmente, e que querem ver assegurados aos enteados todos os direitos que um filho possui. METODOLOGIA A metodologia a ser utilizada será a analise teórica, utilizando-se como técnica de pesquisa a revisão documental e de julgamentos, bem como pesquisa de campo. Há viabilidade para a pesquisa, visto ser bastante atual e possuir base jurídica nos argumentos sobre família. RESULTADOS E DISCUSSÃO O ordenamento jurídico brasileiro, diferente de outros países, não traz expresso o instituto da posse do estado de filho como elemento constitutivo da filiação. A doutrina sem dar um rol completo ou definição, revela que é necessário no caso concreto, um sensível exame dos elementos nome (nomem), do trato (tractatus) e a fama (fama). O elemento nome é a atribuição

4 do nome do pai ao seu filho. A ausência do nome, não impede que seja reconhecida a posse do estado de filho. Nesse sentido os elementos fama e tractatus, ganham maior importância em tal análise. Em relação ao elemento trato (tractatus), decorre do tratamento de amor, carinho, afeto, assistência, que é dispensado pelo pai ao filho. Trata-se de um elemento objetivo, sendo dispensado o uso do termo pai e do termo filho. O elemento fama (fama), se manifesta pela exteriorização para a sociedade da posse do estado de filho, o padrasto ou a madrasta apresentam a sociedade o enteado ou enteada como sendo seu filho ou filha, de maneira a não restar dúvidas que se trata de relação de parentesco. A filiação socioafetiva poderá se dar acompanhada de outros estados de filiação, isso porque, o filho pode ser ao mesmo tempo socioafetivo, registral e biológico. Pode também ocorrer a filiação socioafetiva e registral, mas não ser biológica. Pode ainda ser filiação biológica e socioafetiva, mas não registral. No caso dos chamados filhos de criação a filiação é socioafetiva, porém não biológica e nem registral. Em decorrência do reconhecimento da filiação socioafetiva, surge a multiparentalidade, com base nos princípios da dignidade da pessoa humana e da afetividade, que oportuniza ao genitor biológico e também ao genitor afetivo, pleitearem pela manutenção ou estabelecimento dos vínculos familiares, com alteração no assentamento civil. Por meio da ação declaratória de maternidade ou paternidade socioafetiva cumulada com retificação de assento de nascimento, e o seu provimento, o enteado ou a enteada, passam a ter em seu registro civil o patronímico do padrasto ou da madrasta, que passam a ser pais socioafetivos para todos os efeitos legais. Sendo assim, terão garantidos todos os direitos de filhos, incluindo alimentos, assistência, educação, direitos sucessórios, chegando a ter o nome de dois pais ou de duas mães, e ainda até seis avós. No Brasil, surgiram questionamentos jurídicos e ainda não há posição definitiva, portanto o tema merece ser discutido para garantir o melhor interesse da criança e do adolescente. O tema não se presta a fabricar situações jurídicas novadoras, distante da abrangência dos princípios

5 constitucionais e legais. A bem da verdade trata-se de um fato comum na nossa sociedade, em tempos que existem pluralidades de modelos familiares, das famílias reconstituídas, que buscam a felicidade, que agora pretendem ver reconhecidos pelo Direito, que como guardião das relações sociais precisa encontrar soluções para atender essas novas configurações. A doutrina entende que a afetividade e, consequentemente a filiação afetiva possui fundamento constitucional, nos artigos 227, parágrafo 5º e 6º e no artigo 226, parágrafo 4º. A Constituição veda distinção entre filhos biológicos ou adotivos, com isso, o fundamento da filiação genética foi implodido pela igualdade entre os filhos. Sendo assim a constituição não protege somente a família matrimonializada. Na Constituição, o que não foi expressamente previsto, mas que implícita e indiretamente pode ser deduzido, também está incluído. Tal entendimento, esta em consonância com a história do constitucionalismo republicano. Segundo o artigo 1.593, do Código Civil de 2002, o parentesco é natural ou civil, conforme resulte de consanguinidade ou outra origem. O termo outra origem, pode ser representado pela filiação socioafetiva, que se desdobra da posse do estado de filho, que é resultado de uma extensa e regular convivência, com afetividade mútua e manifestação pública. Ademais a doutrina reconhece como princípio geral, o do melhor interesse da criança e do adolescente, como inerente a proteção integral, prevista do artigo 1º, da lei 8.069/1990, com a titularidade de direitos relativos à personalidade, e como forma de proteção, reconhecer o direito à fixação de sua filiação de acordo com a sua realidade, e em busca do seu melhor interesse. A lei /2009, conhecida como lei Clodovil Hernandes, por ser um projeto de sua iniciativa, alterou a Lei 6.015/1973, que trata de Registros Públicos, e passou a permitir a possibilidade da inclusão do patronímico do padrasto ou da madrasta, no assento de registro civil, com o objetivo de realizar a integração definitiva do enteado ou enteada, no grupo familiar e social, contudo sem proporcionar os efeitos decorrentes da paternidade, como

6 poder familiar, sucessórios... etc. O registro deve representar o que ocorre na vida real das pessoas, portanto é algo importante para o ser humano. A retificação no assento do registro civil para acrescentar o patronímico do pai ou da mãe socioafetivos de nada traz prejuízos para o filho socioafetivo, pelo contrário traz na verdade benefícios. Outrossim, a Teoria tridimensional do Direito de Família, defendida por Belmiro Pedro Welter, esclarece que o ser humano não é um ser resultado apenas do aspecto genético, mas também como pelo modo que existe em família e em sociedade, e pela própria maneira como se sente em relação consigo mesmo.nesse sentido nem a paternidade socioafetiva e nem a biológica devem se sobrepor uma à outra, isso porque, fazem parte da condição de ser humano como um ser tridimensional, que abarca a genética, a afetiva e ontológica. Por meio dessa pesquisa identificamos casos concretos que foram julgados nos tribunais e que tiveram decisões opostas. Num primeiro caso, o tribunal de Justiça de Rondônia julgou pela impossibilidade de reconhecimento simultâneo da dupla paternidade, sob o argumento de que não há previsão legal para tal situação. Já em outro julgado, o Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul, julgou pelo reconhecimento da paternidade biológica, quando já estava assentada a paternidade socioafetiva. Em uma apelação no Tribunal de Justiça de São Paulo, foi reformada a sentença, para reconhecer a filiação socioafetiva de uma advogada que criou desde bebê o seu enteado, pois a mãe biológica havia falecido no parto. Com isso o enteado teve alterado o seu registro civil, com a inclusão do nome da mãe socioafetiva e a manutenção do nome da mãe biológica, ou seja, passou a ter duas mães. O assunto nos faz relembrar de uma passagem Bíblica, em que o rei Salomão estava diante de um julgamento, em que duas mulheres disputavam por uma criança. Para resolver a situação o rei determinou que cortasse a criança ao meio e que as metades fossem entregues a cada mulher. A verdadeira mãe para evitar que seu filho fosse morto, abriu mão da sua maternidade. Nessa passagem verifica-se a sabedoria daquele rei, e o

7 verdadeiro amor de uma mãe, que por meio dessa atitude conseguiu recuperar seu filho. CONCLUSÃO O não reconhecimento da paternidade genética e socioafetiva ao mesmo tempo, e de todos os efeitos jurídicos, importa em negação a existência tridimensional do ser humano. Cada caso concreto deve ser analisado minuciosamente. A condição de ser humano e de sentir e viver a sua dignidade independe se o vínculo e meramente biológico ou somente afetivo. A filiação biológica é tão importante quanto a socioafetiva, ambas fazem parte da trajetória do ser humano, de seus sentimentos, da maneira como se sente e se vive. Pais são aqueles que dão o amor, carinho, afeto, e que apresentam à sociedade como sendo de sua prole, como seu filho, independente de sua origem genética. Ao Direito cabe o desafio de traduzir essas situações existentes de fato para a realidade jurídica, com fundamento nos princípios que orientam o Direito de Família e o Direito da Criança e do Adolescente, em especial atenção, ao do melhor interesse da criança e do adolescente. REFERÊNCIAS BÍBLIA, Sagrada. Traduzida em Português por João Ferreira de Almeida. Revista e atualizada no Brasil, 2ª edição, editora Sociedade Bíblica do Brasil. Barueri, São Paulo, ano 2011, I Reis, cap 3, vs. 16:28. BRASIL, Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, Apelação Nº , 1ª Câmara de Direito Privado, Relator: Desembargador Alcides Leopoldo e Silva Júnior, julgado em 14/08/2012. BRASIL, Superior Tribunal de Justiça. Resp.N SP,Relatora Ministra Nancy Andrighi,3ª turma, publicado em 07/06/2010.

8 BRASIL, Tribunal de Justiça do Estado de Rondônia. Apelação Cível Nº , 1ª Câmara Cível, Relator: Desembargador Sansão Saldanha, julgado em 19/07/2001. BRASIL, Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul. Apelação Cível Nº , Oitava Câmara Cível, Relator: Desembargador Claudir Fidelis Faccenda. Julgado em 07/05/2009. BRASIL, Tribunal de Justiça do Estado do Paraná. Acórdão , Segunda Câmara Cível, Relator Desembargador Accacio Cambi, julgado em 12/12/2001 LOBO, Paulo. Revista Brasileira de Direito de Família e Sucessões. Porto Alegre: Magister; Belo Horizonte: IBDFAM, 2007, vol.5, p.6. LOBO, Paulo Luiz Netto, Princípio Jurídico da Afetividade na Filiação. Revista de Direito Privado. São Paulo, n.3, p.39, jul/set/2000. MAIA, Renato. Filiação Parental e seus efeitos. São Paulo: SRS Editora, 2008, páginas 68-69; 173. MIRANDA, Jorge. Manual de Direito Constitucional: Direitos Fundamentais. Tomo IV. 3ª ed. Coimbra: Coimbra Editora, 2000, p.18. SARLET, Ingo Wolfgang. A Eficácia do Direitos Fundamentais: uma teoria geral dos direitos fundamentais na perspectiva constitucional. 10. ed. Porto Alegre: Livraria do Advogado, 2009, p. 79. VALADARES, Maria Goreth Macedo. Uma Análise Jurídica da Pluriparentalidade: da Ficção para a Vida como É. Revista Brasileira de Direito das Famílias e Sucessões.V.31 (dez/jan.2013).ed.magister, Porto Alegre,2013. VADE MECUM, Saraiva / obra coletiva de autoria da Editora Saraiva com a colaboração de Lívia Céspedes e Fabiana Dias da Rocha. 23ª Edição, atualizada e ampliada, São Paulo: Saraiva, WELTER, Belmiro Pedro Marx. Teoria Tridimensional do Direito de Família. Tese de doutorado defendida em junho de 200-7, na Academia da Universidade do Vale do Rio dos Sinos, Rio Grande do Sul (UNISINOS), publicada pela Editora Livraria do Advogado, Porto Alegre, 2009.

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