DIREITO PROCESSUAL PENAL
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- Lavínia Alencar
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1 DIREITO PROCESSUAL PENAL Das Provas (Parte 1) Profa. Letícia Delgado
2 Previsão legal: art. 202 a 225, CPP. Conceito: Testemunha é a pessoa desinteressada e capaz de depor que, perante a Autoridade, declara o que sabe acerca dos fatos percebidos por seus sentidos e que interessam na decisão da causa. Como regra, qualquer pessoa poderá ser testemunha, nos termos do art. 202, CPP. Natureza jurídica: cuida-se de meio de prova. Oitiva testemunha fase de investigatória e fase judicial (vide art. 155, CPP).
3 Características: 1) Judicialidade; 2) Oralidade Art. 204 do CPP: O depoimento será prestado oralmente, não sendo permitido à testemunha trazê-lo por escrito. Parágrafo único. Não será vedada à testemunha, entretanto, breve consulta a apontamentos. Obs: as autoridades mencionadas no art. 221, 1, CPP poderão prestar depoimento por escrito; testemunha que não sabe a língua nacional ou nas condições de surdo, mudo ou surdo-mudo (art. 223, c/c art. 192, ambos
4 3) Objetividade Art. 213 do CPP: O juiz não permitirá que a testemunha manifeste suas apreciações pessoais, salvo quando inseparáveis da narrativa do fato. 4) Individualidade: Art. 210 do CPP: As testemunhas serão inquiridas cada uma de per si, de modo que umas não saibam nem ouçam os depoimentos das outras, devendo o juiz adverti-las das penas cominadas ao falso testemunho. Parágrafo único. Antes do início da audiência e durante a sua realização, serão reservados espaços separados para a garantia da incomunicabilidade das testemunhas.
5 5) Retrospectividade: Deveres das testemunhas: art. 202 c/c art. 206, CPP. Art A testemunha não poderá eximir-se da obrigação de depor. Poderão, entretanto, recusar-se a fazê-lo o ascendente ou descendente, o afim em linha reta, o cônjuge, ainda que desquitado, o irmão e o pai, a mãe, ou o filho adotivo do acusado, salvo quando não for possível, por outro modo, obter-se ou integrar-se a prova do fato e de suas circunstâncias.
6 Observações: 1) Condução coercitiva (art. 218 e 219, CPP); 1) Pessoas mencionadas no art. 206, CPP podem ser recursar a depor. Caso venham a depor não prestam compromisso legal (art. 203 e 208, CPP); 1) As pessoas mencionadas no art. 226, CPP poderão depor caso queiram ou caso não seja possível de outra forma integrar-se a prova do fato e suas circunstâncias. 1) Ausência de compromisso legal e tipificação do delito de falso testemunho (art. 342, CPB)
7 5) Art. 207, CPP Segundo o STJ, o sigilo profissional é exigência fundamental da vida social e deve ser respeitado como princípio da ordem pública. Art São proibidas de depor as pessoas que, em razão de função, ministério, ofício ou profissão, devam guardar segredo, salvo se, desobrigadas pela parte interessada, quiserem dar o seu testemunho. Caso venham depor, serão compromissadas nos termos do art. 203 do CPP. Vide art. 208 do CPP;
8 Obs 1: Tipificação do delito de violação do segredo profissional; Art Revelar alguém, sem justa causa, segredo, de que tem ciência em razão de função, ministério, ofício ou profissão, e cuja revelação possa produzir dano a outrem: Pena - detenção, de três meses a um ano, ou multa de um conto a dez contos de réis.
9 Obs 2: Art. 53, 6º da CF; Art. 53. Os Deputados e Senadores são invioláveis, civil e penalmente, por quaisquer de suas opiniões, palavras e votos. 6º Os Deputados e Senadores não serão obrigados a testemunhar sobre informações recebidas ou prestadas em razão do exercício do mandato, nem sobre as pessoas que lhes confiaram ou deles receberam informações.
10 Obs 3 : Art. 7º, XIX do Estatuto da OAB Lei 8906/94. Art. 7º São direitos do advogado: XIX - recusar-se a depor como testemunha em processo no qual funcionou ou deva funcionar, ou sobre fato relacionado com pessoa de quem seja ou foi advogado, mesmo quando autorizado ou solicitado pelo constituinte, bem como sobre fato que constitua sigilo profissional;
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