DIREITO PROCESSUAL PENAL

Transcrição

1 DIREITO PROCESSUAL PENAL Inquérito policial Parte 4 Prof. Thiago Almeida

2 Ajuste terminológico: o indiciamento e a precariedade quanto ao tratamento legislativo. Interrogatório policial? Oitiva do suspeito?. Essência (predominância): meio de (auto)defesa positiva ou negativa > confirmação na Lei /03 e reforma de Importância do conhecimento a respeito da condição do depoente. Motivação para sustentação doutrinária: detecção de defesa no IP Incidência no que for aplicável dos arts. 185 a 196 do CPP... Contraditório? Necessária a presença e participação da defesa? > Orientação doutrinária (1): com restrições > inquisitoriedade

3 > Orientação doutrinária (2): participação do advogado é imprescindível. Necessidade de leitura do termo de depoimento ao suspeito > assinatura de duas testemunhas de leitura. Não esquecer... Art. 405, 1º Sempre que possível, o registro dos depoimentos do investigado, indiciado, ofendido e testemunhas será feito pelos meios ou recursos de gravação magnética, estenotipia, digital ou técnica similar, inclusive audiovisual, destinada a obter maior fidelidade das informações. (Incluído pela Lei nº , de 2008).

4 Pode haver condução coercitiva do acusado que desatender a convocação para depoimento sem justificativa?. Diogo Malan (Condução coercitiva do acusado (ou investigado) no processo penal): tratamento insuficiente da doutrina e da legislação. Condução coercitiva: natureza jurídica?. Também pode ser determinada em detrimento do ofendido, testemunhas, perito... > Previsão legal? > Persiste na atual ordem jurídica?

5 Art Se o acusado não atender à intimação para o interrogatório, reconhecimento ou qualquer outro ato que, sem ele, não possa ser realizado, a autoridade poderá mandar conduzi-lo à sua presença. > Orientação (1): - Condução coercitiva é válida, plenamente aplicável: interrogatório como meio de prova, sujeito passivo como objeto do procedimento investigativo pré-processual - Nucci: em vigora apenas para o caso de qualificá-lo - STF, HC (2011): possibilidade de condução coercitiva do investigado para prestar esclarecimentos, por determinação da autoridade policial (outorga constitucional e legal de poderes à polícia judiciária para encetar a investigação criminal)

6 > Orientação (2): - Diogo Malan: matriz autoritária do CPP acusado como meio de prova, ausência do direito ao silêncio, cenário não mais sustentável (pós-1988); Lei /03 e crescente conformidade das normas infraconstitucionais (comparecimento facultativo, obrigatoriedade de defensor técnico, direito de entrevista prévia e reservada, direito ao silêncio e proibição de sua valoração em desfavor do sujeito passivo) - Eugênio Pacelli: interrogatório como meio de defesa (revogação da primeira parte do art. 260 do CPP) - Aury Lopes Jr.: presença do sujeito passivo é direito, e não dever (não é encargo, mas assunção de risco); imputado não é (mais) objeto do processo; nemo tenetur se detegere e ranço inquisitório

7 . STJ, Resp (2002): "O comparecimento do réu aos atos processuais, em princípio, é um direito e não um dever, sem embargo da possibilidade de sua condução coercitiva, caso necessário, por exemplo, para audiência de reconhecimento. Nem mesmo ao interrogatório estará obrigado a comparecer, mesmo porque as respostas às perguntas formuladas ficam ao seu alvedrio". Se sobrevive na atual ordem constitucional, necessária a autorização judicial prévia?. Diogo Malan, Nestor Távora, Aury Lopes Jr., Nucci: restrição à liberdade de locomoção > sujeição à cláusula constitucional de reserva de jurisdição. Sob perspectiva diversa ( redução de danos ): uso da condução coercitiva como alternativa da prisão cautelar