O desenvolvimento do conceito Poulantziano de hegemonia

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1 O desenvolvimento do conceito Poulantziano de hegemonia Octávio Fonseca Del Passo O início da elaboração conceitual A teoria marxista do Estado foi desenvolvida por Nicos Poulantzas 1 de maneira rápida e consistente, de modo que causou grande impacto no pensamento e na prática acadêmica e política de vários países 2. Essa comunicação expõe a contribuição deixada por Poulantzas para o desenvolvimento do conceito de hegemonia utilizando, como referencia, a obra elaborada em sua fase estruturalista 3, Pouvoir Politique et Classes Sociales 4, lançada em A preparação inicial de algumas ideias e conceitos contidos dessa obra foi fruto dos estudos realizados ao longo da transição epistemológica percorrida por Poulantzas, que passou de uma análise existencial-marxista de inspiração sartreana para uma análise estruturalista da região do político nas formações sociais capitalistas, inspirada nas ideias de Althusser e de Gramsci 5, embora muitas críticas tenham sido direcionadas a esse último. Em um texto de transição, intitulado Observações preliminares 6, Poulantzas lançou mão das obras de Gramsci para repreender a abordagem instrumental do marxismo ortodoxo. Nessa fase, já apontava que o Estado deve ser tratado como uma estrutura específica que acarreta efeitos próprios sobre o processo de reprodução das sociedades divididas em classes, e que essas são constituídas pelo próprio Estado Mestrando em Ciência Política pelo IFCH/UNICAMP e integrante do grupo de pesquisa Neoliberalismo e Relações de Classe no Brasil vinculado CEMARX. 1 Poulantzas nasceu em Atenas no ano de 1936 e morreu no ano de 1979 em Paris, onde lecionava desde a década de Era filósofo de formação e membro do Partido Comunista da Grécia, passando posteriormente às fileiras do Partido Comunista Francês. 2 Grande parte da rapidez e intensidade da difusão das ideias de Poulantzas pode ser atribuída ao debate que ele provocou com Ralph Milliband. Segundo Bianchi (2007), por ser travado em língua inglesa, o debate fez com que as ideias de Poulantzas alcançassem um público que ainda desconhecia sua obra recém-lançada em francês. 3 Fazemos uma junção de duas propostas de periodizações das obras de Poulantzas. Assumimos a periodização feita por Jessop (2009), que coloca como período de transição para o estruturalismo as publicações feitas entre os anos de , e a periodização feita por Codato (2008) que separa as obras entre os anos de 1968 e 1969 como produções de análise estruturalista, as publicações entre os anos 1970 e 1974 como analises funcionalistas e as que foram produzidas entre os anos de 1976 e 1978 que seriam análises relacionistas. 4 No Brasil, a obra foi lançada pela Editora Martins Fontes em 1977 com o título Poder Político e Classes Sociais. Daqui em diante ela será referenciada pela sigla PPCS. 5 (JESSOP, 2009) 6 POULANTZAS, Nicos. Gramsci: entre Sartre et Althusser. Préliminaires à l étude de l hégemonie dans l Etat. In: Repères. François Maspero, pág

2 (JESSOP, 2009). Também já menciona nesse texto a separação existente no modo de produção capitalista entre as esferas econômica, política e ideológica, que não havia em outros modos de produção, criando assim uma oposição entre interesses os privados e os interesses políticos e possibilita uma dominação de classe que não se restringe ao monopólio formal do poder político. Sobre esse prisma, o Estado capitalista é compatível com o poder popular e delega responsabilidade ao povo que participa da política através do sufrágio universal. O Estado burguês hegemônico deve, por outro lado, garantir ao menos de maneira formal o interesse universal dos cidadãos como condição de sua legitimidade. Tarefa que é realizada pela mediação entre os interesses privados e os interesses políticos gerais (JESSOP, 2009). Essa condição do Estado capitalista faz com que o embate político seja orientado na disputa pelo controle dessa condição que permite universalizar seus interesses. Contudo, em Observações Preliminares Poulantzas ainda não tem sua teoria completamente desenvolvida como é apresentada em PPCS, pois recorria a uma operação analítica que tem como pressuposto a separação entre o Estado e a sociedade civil. Pressuposto elaborado por Gramsci e que permitiu que ele elaborasse críticas aos três tipos de visões comuns sobre o Estado. A primeira diz respeito à ideia de que o poder estatal é expressão direta da consciência de classe da classe politicamente dominante; a segunda é a que a unidade de uma formação social específica é resultado da imposição política feita por um sujeito da classe hegemônica; e a visão que defende que as ideias dominantes de uma época são as ideias das classes dominantes (JESSOP, 2009). Contudo, os pressupostos gramscianos foram abandonados e criticados em PPCS, o que permitiu com que criasse formulações mais precisas e sintéticas que dariam uma resposta contundente às críticas levantadas previamente em Observações Preliminares. Em PPCS, a formulação é que os três tipos de argumentos criticados por ele devem ser rejeitados porque negam a autonomia intrínseca à superestrutura política, já que ela é um nível específico da formação social (POULANTZAS, 1977). Lapidação teórica Os principais avanços teóricos de Poulantzas em PPCS desenvolvem-se em torno do conceito de bloco no poder, que é a unidade contraditória de todas as camadas,

3 classes e frações das classes dominantes 7 de um determinado modo de produção em uma formação social específica 8, a fim do compartilhamento do poder político e da manutenção de seus objetivos políticos estratégicos em comum 9. Essa unidade contraditória é garantida através do Estado capitalista e sua autonomia relativa frente às classes dominantes, que permite uma estratégia de desenvolvimento da economia capitalista formulada pelo próprio Estado, mesmo que sua aplicação seja em detrimento dos objetivos de curto prazo das classes dominantes. O Estado capitalista é, portanto, uma arena do conflito burguês, mas é também um ator que formula ativa e estrategicamente o desenvolvimento capitalista. Contudo, não se trata de um loteamento do poder político do Estado entre as classes dominantes de determinada formação social, a unidade própria do Estado capitalista combinado com sua autonomia relativa se dá na media em que as classes dominantes só garantem a manutenção da sua dominação enquanto agem politicamente unificadas. Justamente pelo fato de que elas não conseguem manter sua dominação com a repartição do poder político é que elas precisam do Estado agindo como fator organizador da sua unidade propriamente política, que se realiza sob a égide de uma fração hegemônica. Assim, a unidade do poder de Estado reside, em última análise, na sua relação particular com a classe ou fração hegemônica, no fato da correspondência unívoca do Estado com os interesses específicos dessa classe ou fração 10. O conceito de bloco no poder está, portanto, associado diretamente ao conceito de hegemonia, que existe para designar a fração de classe que tem, dentro do bloco no poder, a capacidade de representar, necessariamente, duas características possíveis da dominação política de classes 11 dentro das formações sociais capitalistas: a) capacidade de representar o interesse do povo/nação e; b) competência de garantir a dominância específica, entre as próprias classes e frações de classe dominantes, na sua relação com 7 Utilizo classes dominantes no plural porque as formações sociais concretas geralmente comportam mais de um modo de produção, de maneira que pode haver, nesses casos, mais de uma classe dominante. É o caso, por exemplo, do Brasil, como mostrou Francisco Pereira de Farias (2017). 8 (POULANTZAS, 1977, p.. 229). 9 Com colegas do CEMARX, percebi que o conceito de bloco no poder sana os erros opostos e simétricos das obras O 18 de Brumário de Luís Bonaparte e Guerra Civil em França de Marx. A caracterização dos governos de Luís Bonaparte oscila nessas obras entre um Estado que representa a fusão dos interesses das classes dominantes e um Estado que representa com exclusividade os interesses financeiros. O conceito de bloco no poder desenvolvido por Poulantzas permite avanço nas análises concretas à medida que capta uma representação prioritária (hegemônica) sem, no entanto, excluirmos os interesses dominantes subordinados à fração hegemônica. 10 O destaque em itálico é do próprio autor (POULANTZAS, 1977, p ). 11 Esse fato não exclui, todavia, a possibilidade de haver defasagem entre elas, de modo que nem sempre as duas funções sejam coincidentes na mesma classe ou fração de classe num mesmo período cronológico (POULANTZAS, 1977).

4 o Estado capitalista. O conceito de hegemonia aparece, por consequência, aplicado às práticas políticas da classe dominante, mas é revestido de dois sentidos, pois indica a constituição dos interesses políticos das classes dominantes e a sua relação com o Estado capitalista como representativo do interesse geral da nação. Seu efeito é de isolamento econômico e aumento da dificuldade de organização das classes dominadas. Vejamos, nas palavras do autor, como ele conceitua a palavra hegemonia: 1) Indica a constituição dos interesses políticos dessas classes, na sua relação com o Estado capitalista, como representativos de interesse geral desse corpo político que é o povo-nação e que tem como substrato o efeito de isolamento econômico. (...) 2) O conceito de hegemonia reveste igualmente uma outra acepção, a qual não é de fato indicada por Gramsci. Veremos, com efeito, que o Estado capitalista e as características específicas da luta de classes em uma formação capitalista tornam possível o funcionamento de um bloco no poder, composto de várias classes ou frações politicamente dominantes. Entre essas classes e frações dominantes, uma delas detém um papel dominante particular, o qual pode ser caracterizado como papel hegemônico. Nesse segundo sentido, o conceito de hegemonia exprime a dominação particular de uma das classes ou frações dominantes em relação às outras classes ou frações dominantes de uma formação social capitalista. (POULANTZAS, 1977, p ) Apesar do bloco no poder agregar o conjunto de toda a classe politicamente dominante numa formação social específica, ele permite que uma fração dessa classe dominante faça com que o Estado exprima prioritariamente a sua dominação particular fazendo com que esse interesse se revista como interesse geral da nação. Essa transmutação do interesse particular em geral é que faz com que a hegemonia se transforme em interesse de classe. Contribuições da escola de Campinas. Poulantzas (1977) não foi, contudo, muito preciso ao definir uma metodologia para que se identifique corretamente a dominação particular de uma fração de classe específica dentro de um bloco no poder. Parte dessa lacuna foi preenchida pelas contribuições de Décio Saes (2001) ao avançar na delimitação metodológica para identificar a fração de classe hegemônica dentro do bloco no poder. Saes (1989) completou a definição de Poulantzas (1977) dizendo que uma classe ou fração prepondera politicamente sobre as demais, na medida em que seus interesses

5 econômicos são satisfeitos em caráter prioritário 12. Ou seja, identificaríamos a fração hegemônica através da política econômica de um Estado capitalista. O bloco no poder desenvolve políticas econômicas estratégicas para a classe dominante de modo geral, mas de maneira prioritária concretizam no curto prazo as especificidades das politicas econômicas demandadas pela classe ou fração de classe hegemônica. Na linha de Saes Tatiana Berringer (2015) argumenta em sua tese que a política externa de um Estado capitalista deve ser igualmente levada em consideração na aferição da hegemonia, já que ela é a extensão da política econômica da fração de classe hegemonia de uma formação social atuando no exterior. É a tradução concreta da disputa da fração hegemônica de um bloco no poder por melhor colocação da sua política econômica em nível internacional. Concordamos com ambos os autores, mas acrescentaríamos que Saes (2001) abre possibilidade para um terceiro passo ao afirmar, no mesmo texto, que se pode nessa medida, sustentar que detém a hegemonia no seio do bloco no poder a classe ou fração cujos interesses econômicos são prioritariamente contemplados pela política econômica e social do Estado 13. Destacamos a palavra social em itálico para que nas brechas da oscilação da definição de Saes (2001) reafirmamos e demarcamos em relação ao pensamento desenvolvido acima, que devemos levar em consideração a representação dos interesses das classes dominadas no seio do bloco no poder para uma aferição precisa da hegemonia. Ou seja, devemos levar em conta não apenas a política econômica em sua esfera interna ou externa a uma formação social, mas também a sua política social, pois ela é uma novidade importante do tipo de Estado capitalista. A possibilidade dessa representação foi aberta, graças à característica particular desse tipo de Estado que apresenta uma autonomia relativa entre a instância econômica e a superestrutura política (POULANTZAS, 1977). Nos limites dos interesses estratégicos do bloco no poder, essa autonomia permite concessões às demandas das classes dominadas que atingem certo nível de organização e pressão política através de lutas sociais ou de efeitos pertinentes 14. Assim, as lutas políticas das classes dominadas 12 (SAES, 2001, p. 50) 13 (SAES, 2001, p. 51) 14 O conceito de efeitos pertinentes refere-se às práticas de classe, ou frações de classe que podem realizar modificações nas estruturas econômicas, políticas e/ou ideológicas. Sempre estão, portanto, vinculados a uma situação histórica concreta, a uma conjuntura específica e nos permite identificar as classes distintas; mesmo que elas não sejam classes autônomas e que não se expressem na cena política em partidos políticos próprios. Podem se manifestar através de uma alteração das relações de representação de classe, refletindo-se a existência econômica de uma classe através de mudanças importantes de estrutura ou de estratégia de uma outra classe, de tal modo que este possa, também, apresentar-se como

6 são canalizadas para a economia e concretizadas como políticas sociais. Francisco Farias (2017) também parece endossar essa visão, já que para ele uma fração prevalece sobre as outras quando isso se traduz na capacidade dessa fração de obter prioritariamente os benefícios da política econômica e social do Estado 15. A ideia de nação e de representatividade do interesse geral de um determinado conjunto nacional não é, portanto, uma simples ideia mistificadora (POULANTZAS, 1977). Ela tem um lastro material real e concreto que varia de acordo com a correlação de forças entre as classes e frações de classe social. As implicações da autonomia relativa e das políticas sociais são significativas e existe um instrumento conceitual chamado equilíbrio instável de compromisso, que compreende a situação contraditória que é a existência de uma fração hegemônica dentro do bloco no poder, que tem que fazer concessões necessárias à absorção da pressão política das classes dominadas. 1) Compromisso: na medida em que esse poder corresponde a uma dominação hegemônica de classes, pode dar conta de interesses econômicos de certas classes dominadas, eventualmente contrários ao interesse econômico a curto prazo das classes dominantes, sem que isso atinja o plano dos interesses políticos; 2) Equilíbrio: na medida em que esses sacrifícios econômicos, embora reais e criando assim o campo de um equilíbrio, não põem, enquanto tais, em questão o poder político, que fixa precisamente os limites desse equilíbrio; 3) Instável: na medida em que esses limites do equilíbrio são fixados pela conjuntura política. (POULANTZAS, 1977, p. 187) Acrescentamos que esse equilíbrio de modo nenhum indica, segundo a imagem da balança, qualquer equivalência de poder entre as forças presentes 16 e que a ausência desse equilíbrio entre as classes sociais pode assumir diferentes características, dependendo da conjuntura 17, e não da presença ou ausência de capital financeiro em tal formação social 18. representante da primeira, no caso em que este partido tem um papel importante na luta política de classes caso mencionado dos whigs -; ou ainda através de um deslocamento da contradição no quadro da luta política das outras classes, etc. (POULANTZAS, 1977, p. 179) 15 (FARIAS, 2017, pág. 35). O destaque em itálico é nosso. 16 (POULANTZAS, 1977, p. 187) 17 Algumas variações possíveis ocorrem entre o capital interno e o capital externo de formação social; ou entre o capital bancário e o capital produtivo de uma formação social. Ou ainda o fracionamento transversal aos dois descritos, balizado entre pequeno, médio e grande capital. Ou seja, pode prevalecer o fracionamento de acordo com a regionalidade do capital, de acordo com o setor de acumulação do capital ou de acordo com o tamanho (FARIAS, 2009). 18 Alguns autores desqualificaram as análises baseadas em frações de classe por entenderem que com o surgimento do capital financeiro, que é a fusão do capital industrial com o capital bancário, não haveria mais a possibilidade de analisar os interesses específicos de cada fração, ou seja, não há maneira de analisa-los em separado após a fusão citada.

7 O que por hora nos interessa é que através do equilíbrio instável de compromisso o Estado adequa os interesses das classes populares para conciliá-los com os interesses hegemônicos. Em outras palavras, poderíamos dizer que a readequação do enquadramento que o bloco no poder dá às políticas sociais muda de acordo não só com a conjuntura política e econômica, mas também de acordo com a fração hegemônica. Essa segunda possibilidade indica uma modificação das políticas sociais devido à necessidade de readequá-las de acordo com as políticas econômicas da nova fração hegemônica e suas alianças. Para exemplificar nossa ideia podemos utilizar o Brasil do ciclo petista. Embora os governos neodesenvolvimentistas de Lula e Dilma (BOITO JR., 2012) não tenham rompido o modelo macroeconômico neoliberal, houve uma adequação das políticas econômicas de acordo com os interesses da grande burguesia interna (nova fração hegemônica) e uma maior abertura do Estado às políticas sociais devido a maior capacidade de realizar pressão política das classes dominadas organizadas, seja pela sua participação na frente política em conjunto com a grande burguesia interna, o que garantiu essa nova hegemonia, seja pela abertura de um canal direto de negociação com o/a chefe de executivo nesse período. REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS BIANCHI, Alvaro. Trazendo o Estado de volta para a teoria: o debate Poulantzas- Miliband revisitado. ANPOCS, Disponível em: < Acesso realizado em: 30 de março de BOITO JR., Armando. Governos Lula: a nova burguesia nacional no poder. In: Política e Classes Sociais nos anos São Paulo, Alameda, BERRINGER, Tatiana. A burguesia brasileira e a política externa nos governos FHC e Lula. Curitiba, Editora Appris, CODATO, Adriano. Poulantzas, o Estado e a Revolução. In: Crítica Marxista, N 27, 2008, pág FARIAS, Francisco Pereira de. Frações burguesas e bloco no poder: uma reflexão a partir dos trabalhos de Nicos Poulantzas. In: Crítica Marxista, Vol. 28, Estado Burguês e Classes dominantes no Brasil ( ). Curitiba, Editora CRV, 2017.

8 JESSOP, Bob. Althusser, Poulantzas, Buci-Glucksmann: desenvolvimentos ulteriores do conceito gramsciano de Estado integral. In: Crítica Marxista, N 29, 2009, pág POULANTZAS, Nicos. Poder Políticos e Classes Sociais. Martins Fontes. São Paulo, SAES, Décio A. M. de. Estado e classes sociais no capitalismo brasileiro dos anos In: República do Capital, São Paulo, Boitempo Editorial, 2001, pág

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