Produção Textual. Disciplina Curso Bimestre Ano. Produção Textual Ensino Fundamental 3º 8º. Habilidades Associadas
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- Raphael Bastos Caiado
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1 Produção Textual Caderno de Atividades Pedagógicas de Aprendizagem Autorregulada º Ano 3º Bimestre Aluno Disciplina Curso Bimestre Ano Produção Textual Ensino Fundamental 3º 8º Habilidades Associadas 1. Aplicar mecanismos de construção ideológica e de sentido nos textos (o uso da linguagem figurada como exagero, ironia ou sarcasmo). 2. Explorar o valor expressivo do adjetivo e das orações adjetivas para produção dos gêneros estudados 3. Relacionar a escolha vocabular em poemas e canções às exigências métricas ou sonoras.
2 Apresentação A Secretaria de Estado de Educação elaborou o presente material com o intuito de estimular o envolvimento do estudante com situações concretas e contextualizadas de pesquisa, aprendizagem colaborativa e construções coletivas entre os próprios estudantes e respectivos tutores docentes preparados para incentivar o desenvolvimento da autonomia do alunado. A proposta de desenvolver atividades pedagógicas de aprendizagem autorregulada é mais uma estratégia pedagógica para se contribuir para a formação de cidadãos do século XXI, capazes de explorar suas competências cognitivas e não cognitivas. Assim, estimula-se a busca do conhecimento de forma autônoma, por meio dos diversos recursos bibliográficos e tecnológicos, de modo a encontrar soluções para desafios da contemporaneidade, na vida pessoal e profissional. Estas atividades pedagógicas autorreguladas propiciam aos alunos o desenvolvimento das habilidades e competências nucleares previstas no currículo mínimo, por meio de atividades roteirizadas. Nesse contexto, o tutor será visto enquanto um mediador, um auxiliar. A aprendizagem é efetivada na medida em que cada aluno autorregula sua aprendizagem. Destarte, as atividades pedagógicas pautadas no princípio da autorregulação objetivam, também, equipar os alunos, ajudá-los a desenvolver o seu conjunto de ferramentas mentais, ajudando-o a tomar consciência dos processos e procedimentos de aprendizagem que ele pode colocar em prática. Ao desenvolver as suas capacidades de auto-observação e autoanálise, ele passa ater maior domínio daquilo que faz. Desse modo, partindo do que o aluno já domina, será possível contribuir para o desenvolvimento de suas potencialidades originais e, assim, dominar plenamente todas as ferramentas da autorregulação. Por meio desse processo de aprendizagem pautada no princípio da autorregulação, contribui-se para o desenvolvimento de habilidades e competências fundamentais para o aprender-a-aprender, o aprender-a-conhecer, o aprender-a-fazer, o aprender-a-conviver e o aprender-a-ser. A elaboração destas atividades foi conduzida pela Diretoria de Articulação Curricular, da Superintendência Pedagógica desta SEEDUC, em conjunto com uma equipe de professores da rede estadual. Este documento encontra-se disponível em nosso site a fim de que os professores de nossa rede também possam utilizá-lo como contribuição e complementação às suas aulas. Estamos à disposição através do curriculominimo@educacao.rj.gov.br para quaisquer esclarecimentos necessários e críticas construtivas que contribuam com a elaboração deste material. Secretaria de Estado de Educação 2
3 Caro aluno, Neste caderno, você encontrará atividades diretamente relacionadas a algumas habilidades e competências do 3º Bimestre do Currículo Mínimo de Produção Textual da 8º Ano do Ensino Fundamental. Estas atividades correspondem aos estudos durante o período de um mês. A nossa proposta é que você, aluno, desenvolva estas Atividades de forma autônoma, com o suporte pedagógico eventual de um professor, que mediará as trocas de conhecimentos, reflexões, dúvidas e questionamentos que venham a surgir no percurso. Esta é uma ótima oportunidade para você desenvolver a disciplina e independência indispensáveis ao sucesso na vida pessoal e profissional no mundo do conhecimento do século XXI. Neste Caderno de Atividades, vamos aprender algumas características da literatura de cordel e da canção. Nas aulas deste caderno, você vai conhecer a origem do cordel e compreender como este assunto está relacionado com a canção. Aprenderá a identificar os adjetivos e recursos rítmicos utilizados nesses textos e a entender como produzi-los. Este documento apresenta 04 (quatro) aulas. As aulas podem ser compostas por uma explicação base, para que você seja capaz de compreender as principais ideias relacionadas às habilidades e competências principais do bimestre em questão, e atividades respectivas. Leia o texto e, em seguida, resolva as Atividades propostas. As Atividades são referentes a um tempo de aula. Para reforçar a aprendizagem, propõese, ainda, uma avaliação sobre o assunto. Um abraço e bom trabalho! Equipe de Elaboração 3
4 Sumário Introdução... 3 Aula 1: A origem do cordel... 5 Aula 2: Cantando uma canção... 9 Aula 3: Vamos rimar! Avaliação Referências
5 Aula 1: A origem do cordel Caro aluno, nesta atividade você irá conhecer o cordel. O cordel tem origem nas cantigas dos trovadores da Idade Média que usavam versos para cantar as noticias da época e também para elogiar pessoas de prestígio naquela sociedade. Com o passar do tempo os cantores passaram a registrar as falas em folhas e prendê-las em barbantes ou cordas, daí o nome cordel. O cordel era considerado de pouco prestígio e chegou ao Nordeste do Brasil através dos portugueses no século XVIII. Aqui no Brasil foi adquirindo forma própria, se adaptando à temas populares, utilizando versos rimados e sendo impresso em folhetos pequenos e ilustrados, geralmente, com xilogravuras. Os cordéis fazem muito sucesso no Nordeste do país, onde são vendidos muitas vezes pelos próprios autores. Geralmente tem baixo custo e retratam fatos da vida cotidiana como política, seca, milagres, brigas, vida dos cangaceiros, religião, etc. Muitos são escritos de acordo com o falar nordestino, seu vocabulário e história. Além disso, o cordel é um retrato da cultura oral capaz de representar a memória e o imaginário popular. Vejamos um exemplo de cordel: O SABER AUTORIZADO E O SABER POPULAR O saber autorizado, é o saber instituído é o que tem credibilidade, porque é bem entendido. É como diz o ditado: quem sabe, sabe! E tá tudo resolvido... O saber popular não pode ser desprezado tem que ser reconhecido, 5
6 e muito valorizado São conhecimentos antigos que devem ser preservados. O homem que estudou, é muito bem respeitado, seja juiz, promotor, doutor ou advogado ele é representante do saber autorizado. O popular, mesmo não sendo legítimo, é uma forma de saber, é preciso preservar, para poder compreender, o povo sabe das coisas: muita gente não quer ver. As letras são importantes, porque traz informação, quem nunca foi à escola, não sabe de nada não para relatar um fato, tem que ter comprovação. Isso não é verdade, é preciso se dizer, nem sempre na história, tudo tem que escrever, a oralidade é importante, basta compreender. O doutor diz a doença que o paciente tem, o juiz diz a sentença, livra ou condena alguém isso só é possível pelo saber que ele tem! Rosinalva Aparecida Martins de Oliveira, Picuí, PB Disponível em: / Acesso em
7 Podemos observar que o cordel anterior é composto por sete estrofes de, na sua maioria, quatro versos (quadra) e que rima as palavras finais dos versos. Como em entendido/resolvido, saber/ver, doença/sentença, tem/ alguém. A rima aparece no cordel para dar ritmo e coesão ao texto. O poeta Maiakovski explica: A rima faz voltar à linha precedente, força a pensar nela, obriga as linhas que formulam um pensamento a terem unidade. Vamos refletir mais sobre o cordel através das atividades. Atividade 1 1. Explique, segundo o cordel anterior e com suas palavras, o que quer dizer saber autorizado e saber popular. Você concorda com o verso quem nunca foi à escola, não sabe de nada não? Justifique sua resposta. 2. Seja você agora o cordelista: rime as estrofes utilizando-se de adjetivos com sons parecidos. O homem, é muito, seja juiz, promotor, doutor ou ele é representante do saber. 3. Como aprendemos, o cordel utiliza também marcas da fala, ou seja, marcas menos formais, típicas da oralidade. Identifique então essas marcas na primeira e na quinta estrofe do cordel anterior. 7
8 4. Apesar de não percebemos, há variação no modo como falamos e escrevemos. Escrevemos menino e falamos minino, escrevemos comer e falamos comê. Portanto, devemos aceitar as diferentes formas de se falar uma palavra, pois nem sempre as regras da escrita condizem com a fala. A fala é dinâmica e muda a toda hora e as regras não acompanham as mudanças na mesma velocidade. Assim, leia o cordel a seguir e substitua os termos sublinhados, que são exemplos típicos da maneira de falar, por formas usadas na escrita. Ai! Se sêsse! Autor: Zé da Luz (...) Se juntinho nós dois morresse! Se pro céu nós assubisse? Mas porém, se acontecesse qui São Pêdo não abrisse as portas do céu e fosse, te dizê quarqué toulíce? E se eu me arriminasse e tu cum insistisse, prá qui eu me arrezorvesse e a minha faca puxasse, e o buxo do céu furasse? Tarvez qui nós dois ficasse tarvez qui nós dois caísse e o céu furado arriasse e as virge tôdas fugisse!!! Disponível: Acesso em
9 Aula 2: Cantando uma canção Caro aluno, quando criança, você escutou canções de ninar como "Boi, boi, boi, / Boi da cara preta; pega essa menina / Que tem medo de careta"? Uma das coisas mais presentes na nossa vida é a canção, antes mesmo de aprendermos a ler já sabemos algumas canções de cor. A canção é uma é uma composição de texto e música (melodia e ritmo), geralmente, acompanhada de instrumentos musicais. Existem canções de ninar, cantigas de amor, cantigas de amigo, canções folclóricas, hinos, lamentos, jingles (usados em comerciais), cappella (cantada sem instrumentos musicais), etc. A canção tem ritmo próprio e geralmente possui um refrão que se repete várias vezes, que é usado para reiterar o que a canção quer dizer. Assim como os cordéis podem ser cantados, poemas também podem virar canções. O cordel, a canção e o poema são muito próximos já que esses gêneros usam a linguagem poética, a linguagem figurada e as rimas. O poema dramático Morte e Vida Severina, de João Cabral de Melo Neto, fala sobre a vida mais fácil que o retirante nordestino busca no litoral. Além de ter sido adaptado para o teatro, desenho animado, cinema e televisão, também inspirou a canção de Chico Buarque, com o mesmo nome. Vejamos trechos da canção e do poema original: 9
10 Canção Esta cova em que estás, com palmos medida É a conta menor que tiraste em vida É de bom tamanho, nem largo, nem fundo É a parte que te cabe deste latifúndio Não é cova grande, é cova medida É a terra que querias ver dividida É uma cova grande pra teu pouco defunto(...) Porém mais que no mundo, te sentirás largo É uma cova grande pra tua carne pouca Mas à terra dada nao se abre a boca É a conta menor que tiraste em vida É a parte que te cabe deste latifúndio (É a terra que querias ver dividida) Estarás mais ancho que estavas no mundo Mas à terra dada nao se abre a boca Poema (...)Somos muitos Severinos iguais em tudo na vida: na mesma cabeça grande que a custo é que se equilibra, no mesmo ventre crescido sobre as mesmas pernas finas e iguais também porque o sangue, que usamos tem pouca tinta. E se somos Severinos iguais em tudo na vida, morremos de morte igual, mesma morte Severina: que é a morte de que se morre de velhice antes dos trinta, de emboscada antes dos vinte de fome um pouco por dia(...) Atividade 2 1. No poema de João Cabral, aparecem orações subordinadas adjetivas. Essas orações podem: especificar, restringir, realçar ou explicar o sentido do termo a que se referem. Retire essas orações e indique a que termo elas se referem no texto. 2. Relacione o significado do trecho da canção com o do poema: É uma cova grande pra tua carne pouca / o sangue que usamos tem pouca tinta 10
11 3. Marque um (x) nos adjetivos que demonstram a questão tratada em Morte e Vida Severina. ( ) menor ( )Severina ( )finas ( )grande ( ) rico ( )triste ( )crescido ( ) cansado ( )raso ( ) seco ( ) bonito ( ) marrom ( ) florido ( ) parado ( ) feliz 4. Um poema de Manuel Bandeira musicado por Jayme Ovalle tem o nome de um pássaro, Azulão. Identifique o que há em comum entre o personagem aqui e o personagem retirante de Morte e Vida Severina: Azulão Vai Azulão Azulão companheiro vai Vai ver minha ingrata Diz que sem ela O sertão não é mais sertão Ah, voa, Azulão Azulão, companheiro vai... Disponívem em: 11
12 Aula 3: Vamos rimar! Caro aluno, depois de que entendemos a origem do cordel e como a canção se aproxima tanto dele vamos ver que outros elementos são típicos desses gêneros. Tanto na canção quanto no cordel é comum o uso de rimas, linguagem poética e figuras de linguagem. No cordel o uso de elementos como exageros, ironia e estereótipos, acompanhando de uma linguagem despreocupada facilita a aproximação entre texto e leitor. Na canção, além desses elementos usados no cordel também temos a música que ajuda a compor a arte da canção. A linguagem figurada é uma das estratégias que o escritor utiliza no texto para conseguir um determinado efeito na interpretação do leitor. Vamos relembrar três tipos: ironia, sarcasmo e exagero (hipérbole). Ironia Uma frase irônica diz o contrário daquilo que se pensa com intenção crítica ou cômica. Ex: Você sai de uma sessão de cinema péssima e fala: Que filme ótimo! Sarcasmo É a ironia usada com intenção agressiva ou ofensiva. Ex: Quando alguém liga para sua casa e pergunta: "Você está em casa?" e respondemos: "Não, estou na Disney!". Exagero (Hipérbole) A hipérbole ou exagero acontece ao expressarmos propositalmente uma ideia com muita ênfase para impressionarmos o interlocutor. Ex: Eu te amo mais que o universo! Outro fator comum no cordel e na canção é a rima. A rima na língua portuguesa ocorre, na maioria das vezes, com a repetição constante da última vogal tônica (a mais forte) do verso e não precisa aparecer em todos os versos! Observe as rimas nos exemplos de Patativa do Assaré (um dos maiores cordelistas brasileiros) e Luiz Gonzaga, o rei do Baião. 12
13 CORDEL Cante lá que eu canto cá Toda cheia de razão: Fique na sua cidade Que eu fico no meu sertão. Já lhe mostrei um ispeio, Já lhe dei grande conseio CANÇÃO Xote das Meninas De manhã cedo já tá pintada Só vive suspirando Sonhando acordada O pai leva ao dotô A filha adoentada Não come, nem estuda Não dorme, não quer nada Atividade 3 Caro aluno, agora, vamos exercitar o que acabamos de estudar: 1. Você consegue identificar elementos da literatura de cordel? Procure responder a partir do que foi estudado nesta aula: Bin Laden entrou num site Cá do ocidente oriundo, Na sala de bate-papo, Teclando com um tal Raimundo E também com Marinete, Uma gata na Internet Perdição de todo mundo. Osama conectado Com Nete ficou teclando Passando noites no Messenger Por ela se declarando. Bom! Gosto não se discute, Mas num é que pelo Orkut Um romance foi rolando. Disponível em: 13
14 a. Em qual verso aparece o uso da ironia? b. Quais palavras o autor utilizou para rimar a palavra oriundo? Que outras palavras ele poderia ter usado para fazer a rima? c. Em qual verso aparece o uso do exagero/hipérbole? d. Pense nas redes sociais atuais. Qual verso do cordel dá uma dica de que ele não foi escrito muito recentemente? Justifique sua resposta. 2. Leia atentamente as canções e identifique qual figura de linguagem estudada nessa aula está presente. "Eu nunca mais vou respirar Se você não me notar Eu posso até morrer de fome Se você não me amar." CAZUZA "É sangue mesmo, não é mertiolate" E todos querem ver E comentar a novidade. "É tão emocionante um acidente de verdade" Estão todos satisfeitos 14
15 Com o sucesso do desastre: LEGIÃO URBANA A gente não sabemos Nem escovar os dente Tem gringo pensando Que nóis é indigente... Inútil! A gente somos inútil! Inútil! A gente somos inútil! ULTRAJE A RIGOR Vamos celebrar A estupidez do povo Nossa polícia e televisão Vamos celebrar nosso governo E nosso estado que não é nação... LEGIÃO URBANA "Vou caçar mais de um milhão de vagalumes por aí, Pra te ver sorrir eu posso colorir o céu de outra cor" POLLO Disponível em: 15
16 3. Já sabemos que a escolha do vocabulário é importante não só para dar sentido ao texto, mas também para compor rimas, dando ritmo a textos como músicas, cordéis, poemas, etc... Pense agora em quais palavras você utilizaria para rimar os textos abaixo. SOM DO CORAÇÃO Eu vou dizer o que eu sinto por você Pouco tempo longe já começo a sofrer Me liga e vem me Confessa o teu Eu sei que gosta tanto o quanto de você Me olha e diz que sim Também se sente Eu sei que não pode ficar Mc Anitta Disponível em: PRESSÁGIO O amor, quando se revela, Não se sabe revelar. Sabe bem olhar pra ela, Mas não lhe sabe falar. Quem quer dizer o que Não sabe o que há de dizer. Fala: parece que Cala: parece esquecer Ah, mas se ela Se pudesse ouvir o olhar, E se um olhar Pra saber que a estão a amar! 16
17 Mas quem sente muito, cala; Quem quer dizer quanto Fica sem alma nem fala, Fica só,! Fernando Pessoa Disponível em: 17
18 Avaliação 1. Leia o cordel e responda: Encontro de Lampião com Kung Fu em Juazeiro do Norte - Abraão Batista Meu leitor, meu amiguinho Permita a imaginação Desse encontro imaginário De Kung Fu com Lampião Na cidade de Juazeiro De Padre Cícero Romão... Pois bem, eu vou dizer Como foi que aconteceu Dizendo quem se feriu Quem matou e quem morreu Depois diga por aí Quem contou isso foi eu Mas se lembre esta história É livre e imaginária Vem do direito do poeta Que tem na indumentária Do infinito astucioso Que não tem medo de pária Lampião, todos conhecem Mas não sabem interpretar Só sabem falar mal dele Porque não quiseram indagar A causa que ele abraçou E o que o forçou a matar Se Lampião foi cangaceiro Foi que o forçaram a matar Ele era bom e justiceiro Antes de o incriminar Pois a justiça dos homens Às vezes não sabe julgar No entanto, o meu assunto O que agora vou descrever É de Lampião, o cangaceiro Com Kung Fu do caratê E se você não o conhece Vai agora o conhecer Eu já falei de Lampião Que é um herói invisível Nesse momento de Kung Fu Que é um chinês invencível Nas grandes lutas de morte Sempre foi o imbatível A China tem o seu herói Que luta pela justiça Aprendeu as leis dos monges Que desprezam a vã cobiça E desde pequeno, que ele Teve escola sem malícia Kung Fu desde pequeno Ficou sozinho no mundo E os monges do Himalaia Não o quiseram um vagabundo Acolheram-no no mosteiro Ensinando-o todo segundo (...) Fonte: 18
19 a. A história contada é real? Confirme sua resposta com um verso. b) Em que estrofe aparece o outro personagem? c) Que adjetivos são utilizados para descrever Lampião e Kung Fu? d) As rimas acontecem entre quais versos? e) Que características do cordel você observa no texto lido? 2. Nesse cordel, notamos que também há uma invocação, uma comunicação direta com o leitor. Transcreva o(s) verso(s) em que isso ocorre: 19
20 3. Leia os trechos de letras de música e diga em qual delas há ironia, sarcasmo e exagero (hipérbole): Quero te encontrar Quero te amar Você pra mim é tudo Minha terra, meu céu, meu mar (Claudinho e Buchecha) Vamos celebrar A estupidez humana A estupidez de todas as nações (Legião Urbana) Ouça um bom conselho Que eu lhe dou de graça Inútil dormir que a dor não passa Espere sentado Ou você se cansa Está provado, quem espera nunca alcança (Chico Buarque) Disponível em: 20
21 Referências [1] CEREJA, William Roberto; MAGALHÃES, Thereza Cochar. Texto e interação: uma proposta de produção textual a partir de gêneros e projetos.são Paulo: Atual, p , [2] KOCH, Ingedore Villaça; ELIAS, Vanda Maria. Ler e escrever: estratégias de produção textual. São Paulo: Contexto, p , [3] MARCUSCHI, Luiz Antonio. Produção textual, análise de gêneros e compreensão. Parábola Ed.,
22 Equipe de Elaboração COORDENADORES DO PROJETO Diretoria de Articulação Curricular Adriana Tavares Maurício Lessa Coordenação de Áreas do Conhecimento Bianca Neuberger Leda Raquel Costa da Silva Nascimento Fabiano Farias de Souza Peterson Soares da Silva Ivete Silva de Oliveira Marília Silva PROFESSORES ELABORADORES Heloisa Macedo Coelho Ivone da Silva Rebello Rosa Maria Ferreira Correa 22
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