Regulamento Técnico do Programa Alimento Confiável
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- Pedro Henrique Lemos Morais
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1 Regulamento Técnico do Programa Alimento Confiável 1.Objetivo Este documento, tem por objetivo fornecer as organizações interessadas, informações detalhadas sobre os procedimentos de auditoria e certificação, bem como, os direitos e deveres das empresas que participarem do Programa Alimento Confiável. 2. Referências Portaria MS nº 1428 de Novembro de 1993; Resolução RDC n 275 de 21 de Outubro de 2002; Portaria SVS/MS n 326 de Junho de 1997; NBR ISO 17021:2011 Avaliação da Conformidade Requisitos para organismos que fornecem auditoria e certificação de sistemas de gestão; NIT DICOR 054 Documentos mandatórios do IAF para a aplicação da ABNT/NBR ISO ; NBR ISO 22000:2005 Sistema de Gestão de Segurança Alimentar; ISO 19600:2014 Compliance Management Systems; Codex alimentarius (Opas,2008) ISO Guide 73:2009 Gestão de riscos vocabulário. 3. Termos e Definições Avaliação da conformidade: demonstração de que os requisitos especificados relativos a um produto, processo ou sistema foram atendidos. Auditoria do programa alimento confiável: Avaliação da capacidade da organização em atender requisitos legais de boas práticas de fabricação nas indústrias de alimentos. Auditor: pessoa que realiza uma auditoria. Ação Corretiva: ação para eliminar a causa de uma não conformidade. Guia: pessoa designada pelo cliente para auxiliar a equipe auditora. Imparcialidade: presença real e perceptível de objetividade. Não conformidade: não atendimento há um requisito. Requisito: necessidade ou expectativa que é expressa de forma implícita ou obrigatória. Risco: Função da probabilidade da ocorrência de um efeito adverso à saúde e da gravidade desse efeito, causado por um perigo ou perigos existentes no alimento. Pág. 1/10
2 4. Escopo do Programa Alimento Confiável Reconhecer através de auditoria de avaliação da conformidade o cumprimento dos padrões instituidos pela legislação brasileira de boas práticas de fabricação nas indústrias da alimentação no Estado de Goiás. 5. Descrição do Produto: O produto consiste em avaliar o cumprimento da legislação vigente e emitir um selo de certificação demonstrando o atendimento por parte da organização das Boas Práticas de Fabricação para indústria de alimentos. A saber: Resolução RDC n 275 de 21 de Outubro de 2002; Portaria SVS/MS n 326, de 30 de Junho de 1997; Portaria MS n 1428, de Novembro de Os critérios atendidos contemplarão o exigido na legislação conforme os seguintes itens: 1. A legalidade da indústria; 2. Instalações, edificações e saneamento 3. Equipamentos 4. Higienização 5. Produção 6. Embalagem e rotulagem 7. Controle de qualidade 8. Controle de mercado A metodologia deste programa foi elaborada por um Grupo Técnico (GT) especializado, composto por representantes das instituições: Vigilância Sanitária Municipal, Vigilância Sanitária Estadual, Unifesp, Unicamp, ICQ Brasil (Instituto de Certificação Qualidade Brasil) e SIAEG (Sindicato das Indústrias de Alimentação do Estado de Goiás). O GT categorizou os riscos utilizando a lista de verificação da RDC 275/02, para que os pontos checados durante a avaliação fossem classificados de acordo com o potencial para causar danos à inocuidade do produto. 5.1 Principais riscos elencados pelo GT: Risco 1 Risco 2 Risco 3 Risco 4 Risco 5 Risco 6 Categorização Aspectos de tempo e temperatura Contaminação direta por manipulador, equipamentos e utensílios Água e ingredientes inadequados Contaminação indireta (estrutura física) Controle de pragas e roedores Embalagens Pág. 2/10
3 Os critérios instituídos na resolução RDC n 275/2002 foram avaliados e categorizados conforme os riscos acima apresentados e deste trabalho resultou na lista de verificação do Programa Alimento Confiável FOR-LV 001. Para estimular a melhoria das indústrias, uma escala evolutiva de atendimento aos critérios da lista de verificação foi criada para enquadramento das empresas participantes conforme seu nível de cumprimento a legislação sanitária. Categorias Cumprimento % mínimo Risco 1 Risco 2 Risco 3 Risco 4 Risco 5 A (Concessão do selo) B 100 > 85 >75 > 80 > 75 C 100 > 85 > 75 > 75 > 50 D < 100 < 85 < 75 < 75 < 50 Apenas as indústrias classificadas na categoria A terão direito ao uso do selo. As indústrias classificadas como B e C apresentam baixo risco sanitário, porém devem realizar algumas adequações para ter direito ao uso do selo. As indústrias classificadas como D necessitam de maiores investimentos nas boas práticas de fabricação BPF antes de serem novamente avaliadas. 5.2 Etapas do produto: Para a emissão do certificado de conformidade e aprovação do uso do selo Alimento Confiável o projeto obedecerá as seguintes etapas: Avaliação Inicial Etapas Resultado N de dias 1 Auto Avaliação Preenchimento da lista de verificação pela Após a adesão, sete indústria, disponibilizada no site do projeto dias 2 Relatório técnico contendo as Entre 1 a 3 dias, Inspeção para diagnóstico conformidades e não conformidades de dependendo do porte (Auditoria fase 1) acordo com a lista de verificação e da indústria regulamento técnico Tratamento das Não Conformidades Avaliação Final (Auditoria fase 2) Autorização para uso do selo. Correção das não conformidades identificadas, utilizando soluções oferecidas pelo SEBRAE/SENAI Relatório técnico demonstrando que a empresa está apta a utilizar o selo. (Vide regulamento) Emissão do certificado de conformidade e autorização do uso do selo Alimento Confiável 30 a 120 dias dependendo do grau de dificuldade para correção Entre 1 a 4 dias, dependendo do porte da indústria. 15 dias após recebimento do relatório da avaliação final Nota 1: Caso a indústria na etapa 2 (Inspeção para diagnóstico) receba a nota A, não será necessário passar pelas etapas 3 e 4. Pág. 3/10
4 5.2 Tratamento das Não Conformidades O prazo para tratamento das não conformidades é de até 120 (cento e vinte) dias entre a entrega do relatório de auditoria da Fase 1 para realização da auditoria da Fase 2. 2º Avaliação 1 ano após a avaliação inicial Etapas Resultado N de dias 1 Auto Declaração Preenchimento do formulário de auto declaração. 7 dias 2 Análise laboratórial Recolha de uma amostra por parte do OAC para análise fisíco química de pelo 30 dias menos um produto do escopo. 3 Análise da comissão Deferimento do processo pela comissão 30 dias Auto Avaliação 3º Avaliação 2 anos após a avaliação inicial Etapas Resultado N de dias Preenchimento da lista de verificação Após a adesão, sete pela indústria, disponibilizada no site do dias projeto Inspeção para diagnóstico (BPF, APPCC e/ou FSSC 22000) (Auditoria Fase 1) Tratamento das Não Conformidades Avaliação Final (BPF, APPCC e/ou FSSC 22000) (Auditoria Fase 2) Autorização para uso do selo. Relatório técnico contendo as conformidades e não conformidades de acordo com a lista de verificação e a categorização dos riscos Correção das não conformidades identificadas, utilizando soluções oferecidas pelo SEBRAE/SENAI Relatório técnico demonstrando que a empresa está apta a utilizar o selo. (Vide regulamento) Emissão do certificado de conformidade e autorização do uso do selo Alimento Confiável Entre 1 a 2 dias, dependendo do porte da indústria Até 30 dias para correção Entre 1 a 2 dias, dependendo do porte da indústria. 15 dias após recebimento do relatório da avaliação final 6. Generalidades O objetivo do programa alimento confiável é proporcionar uma maior confiança para o consumidor dos produtos goianos. Desta forma, a indústria participante que cumprir 100% da legislação de boas práticas de fabricação instituidas pela ANVISA terá direito ao uso de um selo para utilização em seus rótulos. Pág. 4/10
5 O processo de avaliação é sistemático, estabelecido por meio de uma avaliação competente e imparcial, gerida pelo Sindicato da Indústria de Alimentação no Estado de Goiás SIAEG em parceria com o ICQ Brasil. 6.1 Processo de Certificação O processo sistemático está demonstrado detalhadamente no Anexo A deste documento. 6.2 Solicitação da Certificação A solicitação será realizada mediante preenchimento da ficha de solicitação e do formulário de auto avaliação. Será necessário também o envio dos seguintes documentos comprobatórios: Alvará de funcionamento; Projeto arquitetonico versão atual (aprovado pela prefeitura ou Estado); Registro de comunicação do inicio de fabricação dos produtos na SUVISA, que estarão no escopo da auditoria. Cópia dos rótulos com a informação nutricional dos produtos do escopo. 6.3 Análise da Solicitação Antes do agendamento da auditoria in loco, será realizado a análise e conferência dos documentos comprobatórios, bem como os formulários de auto avaliação e a ficha de solicitação preenchida. 6.4 Seleção da Equipe Auditora e Designação de Tarefas O SIAEG selecionará a equipe auditora levando em consideração a competência necessária para alcançar os objetivos da auditoria, para tanto a competência técnica minima da equipe foi definida conforme quadro abaixo: Escolaridade Experiência Treinamento Formação superior em: No mínimo dois anos na área Treinamento no Programa Engenharia de alimentos, da formação. Alimento Confiável. Veterinária, Nutrição, - RDC 275 e NBR ISO Ciências Biológicas. e NBR ISO A equipe auditora receberá um treinamento especifico e assinará um código de ética, bem como, um termo de compromisso de confidencialidade. O comportamento desejado do mesmo está descrito no Anexo B deste documento. Pág. 5/10
6 6.5 Determinação do Tempo de Auditoria As auditorias serão realizadas in loco e o tempo de avaliação foi determinado conforme quadro abaixo: Porte da Indústria Número de H/D (Fase 1) Número de H/D (Fase 2) Pequena 1 dia 1 dia Média 2 dias 2 dias Grande 3 dias 3 dias 6.6 Coleta e Verificação de Informações A auditoria é realizada por amostragem apropriada através de uma análise formal e imparcial, as informações serão coletadas através de entrevistas e verificadas nos locais definidos no Plano de Auditoria FOR PL As seguintes etapas devem ser obedecidas: Inspeção para o diagnóstico e/ou Auditoria de Fase 1 Nesta etapa a equipe auditora avaliará integralmente a RDC 275/2002 utilizando a lista de verificação FOR LV 001 nos produtos cobertos pelo escopo, conforme definido no plano de auditoria FOR-PL 001. Caso identificado não cumprimento à requisitos legais contemplados na RDC 275, os mesmos deverão ser apontados como não conformidade na lista de verificação FOR-LV 001 e no relatório de auditoria FOR-RE 001. A instrução para tratamento de não conformidade IT NC 001 deverá ser entregue juntamente com o relatório final FOR-RE 001 durante a reunião de encerramento. Tratamento das não conformidades Caso tenha sido identificado não conformidade durante a auditoria de Fase 1, nesta etapa, a empresa deverá propor ações para sanar o que não está atendendo referente a legislação (RDC 275), uma planilha será fornecida pelo SIAEG para preenchimento por parte das indústrias para tratamento das não conformidades FOR NC 001, somente após análise e parecer favorável da equipe auditora é que as ações propostas deverão ser implementadas. Avaliação final e/ou Auditoria de Fase 2 Nesta etapa a equipe auditora irá retornar na indústria para dar baixa nas não conformidades que foram identificadas durante a auditoria da Fase 1 e deverá analisar cada tratamento implementado evidênciando essa análise no formulário de Tratamento das não conformidades detectadas FOR-NC 001. Pág. 6/10
7 Todas as evidências coletadas no decorrer da auditoria serão registradas e avaliadas pela equipe auditora, gerando também as constatações das conformidades com a legislação RDC Decisão de Certificação A decisão de certificação se dará a partir da recomendação favorável da equipe auditora no relatório final, análise e deferimento da comissão de certificação, que é composta por representantes de universidades, procon, organismo de certificação, conselhos, dentre outros. 6.8 Concessão do Certificado Após deferido o processo pela comissão de certificação, a indústria receberá o certificado e autorização do uso do selo Alimento Confiável, emitidos pela alta direção do SIAEG. 7. Obrigações das Organizações Certificadas As indústrias de alimentos certificadas devem obedecer constantemente os critérios da legislação sanitária - Portaria 326 e RDC 275 instituídas pela ANVISA. O uso do selo só poderá ser utilizado nos produtos que passaram pelo processo de auditoria e estão adequadamente cobertos no escopo. Os critérios do regulamento para uso do selo alimento confiável, deverão ser obedecidos, e, caso não sejam atendidos a empresa poderá ser advertida, suspensa ou cancelada no Programa Alimento Confiável. 8. Advertência, Suspensão e Cancelamento. Caso a indústria não obedeça esse regulamento, os requisitos contratuais, bem como o regulamento para uso do selo alimento confiável, poderá ser advertida, suspensa e cancelada. Conforme IT Advertência, Suspensão, e Cancelamento no Programa Alimento Confiável. 9. Manutenção da Certificação A manutenção da certificação deverá ser feita anualmente, conforme etapas descritas no Item 5 - Descrição do produto. 10. Confidencialidade Visando proteger os direitos de propriedade da organização, o SIAEG trata as informações a que tem acesso durante e após as atividades de certificação como Pág. 7/10
8 estritamente confidenciais e não as revela a terceiros, sem prévio consentimento por escrito da organização, exceto quando for requerido pela legislação do País. Toda a equipe que participa direta ou indiretamente do processo de certificação, firma um termo de compromisso, intitulado Código de Ética, o qual contém questões de confidencialidade, conflito de interesses e regras de conduta. 11. Responsabilidade Legal Este programa foi desenvolvido com o caráter informativo e com o intuíto de melhorar a qualidade nas indústrias de alimentos. O SIAEG não pode ser responsabilizado pela organização ou por terceiros (consumidores), referente a qualidade dos produtos das indústrias avaliadas. Elaboração: Análise: Aprovação: Denise Faria Dayana Costa Denise Resende Pág. 8/10
9 ANEXO A Pág. 9/10
10 ANEXO B Comportamentos pessoais desejados da equipe auditora É importante que as pessoas envolvidas no programa alimento confiável mantenha o seguinte comportamento: a) ético, isto é, justo, verdadeiro, sincero, honesto e discreto; b) mente aberta, isto é, disposto a considerar ideias ou pontos de vista alternativos; c) diplomático, isto é, com tato para lidar com pessoas; d) colaborador, isto é, que interage com eficácia com os outros; e) observador, isto é, ativamente atento à circunvizinhança e às atividades; f) perceptivo, isto é, intitivamente atento e capaz de entender situações; g) versátil, isto é, se ajusta prontamente a diferentes situações; h) tenaz, isto é, persistente, focado em alcançar objetivos; i) decisivo, isto é, chega a conclusões oportunas baseado em razões lógicas e análise; j) autoconfiante, isto é, atua e funciona independentemente; k) profissional, isto é, exibe conduta cortês, cautelosa e, em geral típica de negócios no local de trabalho; l) moralmente corajoso, isto é, disposto a atuar com responsabilidade ética mesmo se estas ações puderem ne sempre ser populares e algumas vezes acarretarem discordâncias ou confrontos; m) organizado, isto é, que apresenta uma gestão eficaz do tempo, priorização, planejamento e eficiência. Pág. 10/10
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