Aula 04: Falhas de Mercado

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1 Aula 04: Falhas de Mercado Sumário Página 1. Externalidades 8 2. Bens Públicos Informação Assimétrica Exercícios Resolvidos 33 Olá pessoal do Estratégia concursos! Tudo bem? Primeiramente, peço desculpas pela demora na postagem. Tive problemas em postar o material porque fizemos uma migração do sistema, aí ficou complicado de postar até hoje. Outra coisa, é que vocês observarão que eu fiz uma troca do assunto. Hoje veremos as falhas de mercado para podermos ver, na aula da semana que vem, teoria dos jogos. A razão para essa troca (não se preocupem, o bom andamento do curso não foi comprometido) é que o meu orientador do Brasil está aqui no Canadá vendo o meu trabalho. Resumo: passo o dia com ele por perto, o que complica elaborar a aula de teoria dos jogos, que é um assunto mais complexo. Aí como ele viaja essa semana, terei mais tempo para terminar com calma a aula de jogos para postar direitinho na aula que vem! Bem, é isso. Vamos ao trabalho? Profa. Amanda Aires Página 1 de 38

2 E atenção, se liga aí que é hora da revisão! MERCADOS COMPETITIVOS >>COMPETIÇÃO PERFEITA E CURVA DE OFERTA BREVE REVISÃO: 1. Em um mercado perfeitamente competitivo, todos os produtores são produtores tomadores de preços e todos os consumidores tomadores de preços; ninguém tem influência sobre o preço de mercado. Consumidores são normalmente tomadores de preços, mas produtores muitas vezes não são. Em uma indústria perfeitamente competitiva, todos os produtores são tomadores de preços. 2. Há duas condições necessárias para que uma indústria seja perfeitamente competitiva: há muitos produtores, nenhum dos quais tem participação de mercado grande, e a indústria produz um produto padronizado ou commodity, bens que os consumidores consideram equivalentes. Uma terceira condição, muitas vezes, é igualmente satisfeita: livre entrada e saída na indústria. 3. Um produtor escolhe seu nível de produto de acordo com a regra do produto ótimo: a quantidade pela qual a receita marginal iguala o custo marginal. Para uma firma tomadora de preço, a receita marginal é igual ao preço e sua curva de receita marginal é uma linha horizontal no preço de mercado. Ela escolhe a quantidade de produto de acordo com a regra do produto ótimo da firma tomadora de preço: produz a quantidade em que o preço iguala o custo marginal. Contudo, uma firma que produz a quantidade ótima não pode ser lucrativa. 4. Uma firma é lucrativa quando a receita total excede o custo total ou, o que é equivalente, quando o preço de mercado excede o preço que iguala custo e receita, ou seja, o custo total médio mínimo. Quando o preço de mercado excede o preço que iguala custo e receita, a firma é lucrativa; quando é inferior, a firma dá prejuízo; e quando é igual, a firma iguala custo e receita total. Quando lucrativa, o lucro por unidade é P CM g ; quando dá prejuízo, a perda por unidade é de CM g P. Profa. Amanda Aires Página 2 de 38

3 5. O custo fixo é irrelevante para a decisão de produção ótima e curto prazo de uma firma, que depende de seu preço de fechamento, seu custo variável médio mínimo, e do preço de mercado. Quando o preço de mercado é maior que o preço de fechamento, a firma produz a quantidade de produto em que o custo marginal é igual ao preço de mercado. Quando o preço de mercado cai para um nível abaixo do preço de fechamento, a firma encerra sua produção no curto prazo. Isso gera a curva de oferta individual de curto prazo da firma. 6. O custo fixo importa no longo prazo. Se o preço de mercado fica abaixo do custo total médio mínimo durante um período de tempo prolongado, as firmas deixarão o setor industrial. Se fica acima, as firmas existentes são lucrativas, e novas firmas entrarão no setor. 7. A curva de oferta da industria depende do período de tempo. A curva de oferta da indústria no curto prazo é a curva de oferta da indústria quando é fixo o número de firmas. O equilíbrio de mercado de curto prazo é dado pela intersecção entre a curva de oferta da industria e a curva de demanda. 8. A curva de oferta da indústria no longo prazo é a curva de oferta da indústria, dado tempo suficiente para as firmas entrarem e saírem da indústria. No equilíbrio de mercado de longo prazo, dado pela intersecção entre a curva de oferta da indústria no longo prazo e a curva de demanda, nenhum produtor tem incentivo para entrar ou para sair. A curva de oferta da indústria no longo prazo muitas vezes é horizontal. Pode ter inclinação para cima se a oferta de um insumo é limitada; mas é sempre mais achatada que a curva de oferta da indústria no curto prazo. 9. No equilíbrio de mercado de longo prazo de uma indústria competitiva, a maximização do lucro faz com que cada firma produza ao mesmo custo marginal, que é igual ao preço de mercado. Livre entrada e saída significa que cada firma tem lucro econômico zero produzindo a quantidade de produto correspondente ao seu custo total médio mínimo. Assim, o custo total de produção do produto de uma indústria é minimizado. O resultado é eficiente porque cada consumidor com disposição a pagar um preço maior ou igual ao custo marginal obtém o bem. Profa. Amanda Aires Página 3 de 38

4 MONOPÓLIO BREVE REVISÃO: 1. Há quatro tipos principais de estruturas de mercado, baseadas no número de firmas na indústria e na diferenciação de produtos: competição perfeita, monopólio, oligopólio e competição monopolística. 2. Um monopolista é um produtor que é o único fornecedor de um bem sem substitutos próximos. Uma indústria controlada por um monopolista é um monopólio. 3. A diferença-chave entre um monopólio e uma indústria perfeitamente competitiva é que uma firma individual perfeitamente competitiva se defronta com uma curva de demanda horizontal, mas um monopolista se defronta com uma curva de demanda inclinada para baixo. Isso dá ao monopolista poder de mercado, a capacidade de aumentar o preço de mercado reduzido a quantidade de produto em comparação com uma indústria perfeitamente competitiva. 4. Para se manter, o monopólio tem de ser protegido por barreiras à entrada. Isso pode tomar a forma de controle de recursos ou insumos naturais, economias de escala que dão origem ao monopólio natural, vantagem tecnológica ou regras governamentais que impedem a entrada de outras firmas. 5. A receita marginal de um monopolista é composta de um efeito quantidade (o preço recebido por unidade adicional) e um efeito preço (a redução no preço pelo qual todas as unidades são vendidas). Por causa do efeito preço, a receita marginal de um monopolista é sempre inferior ao preço de mercado e a curva marginal se situa abaixo da curva de demanda. 6. Na quantidade de produto que maximiza o lucro para o monopolista, o custo marginal é igual à receita marginal, que é inferior ao preço de mercado. Na quantidade de produto que maximiza o lucro de uma firma perfeitamente competitiva, o custo marginal é igual ao preço de mercado. Assim, em comparação com indústrias perfeitamente competitivas, os monopólios produzem menos, cobram preços mais altos e obtém um lucro maior tanto o curto quanto no longo prazo. 7. Um monopólio cria perda por peso morto cobrando um preço acima do custo marginal. A perda de excedente do consumidor é maior que o lucro do monopolista. Desta forma, os monopólios são uma fonte de falha de Profa. Amanda Aires Página 4 de 38

5 mercado e deveriam ser impedidos ou desmembrados, exceto no caso dos monopólios naturais. 8. Monopólios naturais também podem causar perda por peso morto. Para limitar essas perdas, os governos algumas vezes estabelecem a propriedade publica de tais monopólios e outras vezes impõem preços regulados. Um teto para os preços de um monopolista, diferente do teto para uma indústria perfeitamente competitiva, não causa necessariamente escassez e pode aumentar o excedente total. 9. Nem todos os monopólios são de um monopolista de preço único. Monopolistas, bem como oligopolista e competidores monopolísticos, muitas vezes fazem discriminação de preço para obter lucros mais altos, usando várias técnicas para diferenciar os consumidores com base na sua sensibilidade a preços e cobrando mais daqueles que têm uma demanda menos elástica. Um monopolista que alcança a discriminação de preço perfeita cobra de cada consumidor um preço igual à sua disposição de pagar e captura o excedente total no mercado. Embora a discriminação de preço prefeita não dê origem a ineficiência, ela é praticamente impossível de implementar. OLIGOPÓLIO BREVE REVISÃO: 1. Muitas indústrias são oligopólios: há apenas uns poucos vendedores. Em particular, o duopólio tem apenas dois vendedores. Os oligopólios existem pelas mesmas razões, em certa medida, que existem os monopólios, mas de forma mais fraca. Eles se caracterizam pela competição imperfeita: as firmas competem, mas possuem poder de mercado. 2. Prever o comportamento de oligopolistas é um pouco como uma charada. As firmas em um oligopólio poderiam maximizar seu lucro combinado atuando como um cartel, estabelecendo níveis de produto para cada firma como se elas fossem um único monopolista. Na medida em que as firmas conseguem fazer isso, elas participam de uma colusão. Mas cada firma individual tem um incentivo para produzir mais do que o que faria nesse arranjo, um incentivo para ter um comportamento não-cooperativo. A colusão informal tende a ser mais fácil de alcançar em indústrias em que as firmas se defrontam com limites de capacidade produtiva. Profa. Amanda Aires Página 5 de 38

6 3. A situação de interdependência, em que o lucro de cada depende significativamente do que as outras firmas façam, é o tema da teoria dos jogos. No caso de um jogo com dois participantes, o ganho de cada jogador depende tanto de suas próprias ações quanto das ações do outro. Essa interdependência pode ser representada por um matriz de ganhos. Dependendo da estrutura dos ganhos na matriz de ganhos, um jogador pode ter uma estratégia dominante, ou seja, uma ação que é sempre a melhor, independente das ações do outro jogador. 4. Duopolistas enfrentam um tipo particular de jogo conhecido como dilema do prisioneiro; se cada um age independentemente em seu próprio interesse, o equilíbrio de Nash ou equilíbrio não-cooperativo resultante será ruim para ambos. Contudo, as firmas que esperam participar de um jogo repetidamente tendem a adotar um comportamento estratégico, tentando influenciar as ações futuras umas das outras. Uma estratégia que parece funcionar bem em tais situações é o que se pode chamar toma-lá-dá-cá, que freqüentemente leva à colusão táctica. 5. A curva de demanda quebrada ilustra como um oligopólio que se defronta com uma única mudança em seu custo marginal dentro de um certo âmbito pode decidir não ajustar sua quantidade e seu preço, a fim de evitar o rompimento da conclusão tácita. 6. A fim de limitar a capacidade dos oligopolistas de entrar em colusão e agir como um monopolista, a maioria dos governos adota políticas antitruste, destinadas a dificultar a colusão. Na prática, contudo, a colusão tácita está bastante difundida. 7. Um variedade de fatores torna a colusão tácita difícil: grande número de firmas, produto múltiplo e determinação de preços complexa, diferenças de interesse e poder de barganha de compradores. Quando a colusão tácita se rompe, há guerra de preços. Os oligopolistas tentam de várias maneiras evitar as guerras de preços, como através da diferenciação de produto e da liderança de preço, em que uma firma estabelece os preços para a indústria. Outra maneira é a competição extrapreço, como o uso de campanhas de publicidade. Profa. Amanda Aires Página 6 de 38

7 CONCORRÊNCIA MONOPOLÍSTICA BREVE REVISÃO: 1. Competição monopolista é uma estrutura de mercado em que já muitos produtores competindo, cada um produzindo um produto diferenciado, e há livre entrada e saída no longo prazo. A diferenciação de produto toma três formas principais: por estilo ou tipo, por localização e por qualidade. Os produtos de vendedores em competição são considerados substitutos imperfeitos, e cada firma tem sua própria curva de demanda e curva de receita marginal com inclinação para baixo. 2. Lucros no curto prazo atraem a entrada de novas firmas. Isso reduz a quantidade que cada produtor existente vende a um dado preço, e desloca para a esquerda sua curva de demanda. Prejuízos no curto prazo induzem a saída de algumas firmas, e isso desloca a curva de demanda de cada firma remanescente para a direita. 3. No longo prazo, uma indústria em competição monopolística está equilíbrio de lucro zero: na quantidade que maximiza o lucro, a curva de demanda de cada firma existente é tangente à curva de custo total médio. A indústria tem lucro zero, e não há entrada sem saída. 4. No equilíbrio de longo prazo, as firmas em uma indústria em competição monopolística vendem a um preço superior ao custo marginal. Elas têm também capacidade excedente, porque produzem menos do que o produto de custo mínimo. Em conseqüência, tem custos mais altos que as firmas em uma indústria competitiva. Há ambigüidade na resposta à pergunta sobre se a competição monopolística é ineficiente, porque os consumidores dão valor à diversidade de produtos que ela cria. 5. Uma firma em competição monopolística sempre vai preferir fazer uma venda adicional ao preço prevalente, de modo que vai fazer publicidade para aumentar a demanda por seu produto e aumentar seu poder de mercado. Publicidade e nomes de marca que dão informação útil aos consumidores são úteis economicamente, mas elas são um desperdício econômico quando sua única finalidade é criar poder de mercado. Na realidade, publicidade e nomes de marca tendem a ser um pouco das duas coisas: úteis economicamente, mas também um desperdício do ponto de vista econômico. Profa. Amanda Aires Página 7 de 38

8 1. Externalidades Como visto anteriormente, lá na aula demo, os agentes promovem a eficiência econômica quando buscam o que é melhor para si. Os consumidores atentos apenas às suas preferências individuais e as firmas procurando o maior lucro possível, orientam as forças de demanda e de oferta que são responsáveis por alocar os recursos disponíveis da melhor forma possível. Ainda, lá da aula demo, lembro que citei o seguinte texto: Não é da bondade do açogueiro ou do padeiro que podemos esperar o nosso jantar, e sim de seu interesse. Nós nos dirigimos não ao seu espírito humanitáio, mas ao seu interesse e nunca lhes falamos de nossas necessidades, e sim de suas vantagens No entanto, a livre atuação do mercado em alguns casos não atinge esse resultado. A depender de quais sejam as características, a produção e o consumo de um bem podem ir de encontro aos pressupostos adotados em nossa análise até este ponto. Nesses casos, diz-se que existem falhas de mercado. É justamente contra essa falhas, que o governo atuará via função alocativa. Um exemplo de falha de mercado pode ser vista durante uma etapa da produção de cana-de-açúcar, caso a colheita seja feita manualmente, em que é a queimada da plantação (método de produção chamado de Plantation). Uma produção maior desse bem implica na ampliação da emissão de gases poluentes ao meio ambiente e o agravamento do efeito estufa. Os produtores de cana-de-açúcar não consideram esse fator nos seus cálculos de lucro, o que os podem levar a escolher um nível de produção compatível com uma poluição indesejável para o restante da sociedade. Nesses casos em que as decisões de um agente interferem no bem-estar de outro, temos uma falha de mercado denominada de externalidade. O exemplo mostrado acima se refere a uma externalidade negativa, ou seja, de algum modo, a decisão de um agente (no caso, o produtor de cana-deaçúcar) acaba reduzindo o bem-estar de outro (a sociedade). Porém, também é possível que exista externalidades positivas. Nesses casos a ação de um agente promove uma melhora em termos de bem-estar para outro agente. Para um exemplo de externalidade positiva, imagine que um cidadão contrata um segurança para proteger a entrada de sua residência, com isso Profa. Amanda Aires Página 8 de 38

9 ele pode promover um benefício aos demais moradores da rua, pois a presença desse profissional pode reduzir a presença de assaltantes no local. Além dos seus efeitos sobre o bem-estar dos outros agentes, as externalidades podem ser diferenciadas quanto à sua origem, podendo ser classificadas como externalidade na produção ou externalidade de consumo. No exemplo do produtor de cana-de-açúcar, a externalidade está relacionada à decisão de quanto produzir desse bem, então se trata de uma externalidade na produção. No segundo exemplo, a externalidade está relacionada à decisão de consumir um serviço de segurança, sendo assim é uma externalidade de consumo. A presença de externalidades, positivas ou negativas, na produção ou de consumo, no mercado de um determinado produto promove a ineficiência. No caso de uma externalidade positiva, esse bem será produzido em uma quantidade inferior à desejada pela sociedade, e no caso de uma externalidade negativa a produção será excessiva. No caso de uma empresa que promove uma externalidade negativa para outros agentes, ela não contabiliza os custos que promovem para o restante da sociedade. Nesse caso o custo social é maior que o custo privado. Se a empresa, de alguma forma, fosse responsável pelos custos da externalidade, então a oferta seria menor. Graficamente temos que a curva de oferta com os custos sociais estaria localizada à esquerda da curva de oferta que contabiliza apenas os custos privados. Profa. Amanda Aires Página 9 de 38

10 Gráfico Externalidade Negativa na Produção O inverso é observado para o caso de externalidades positivas na produção. Nesse caso, a empresa promove um incremento em termos de bem-estar dos agentes, mas não é recompensada por isso. Assim, a firma tem um custo privado maior que o custo social, e a quantidade que será ofertada é inferior à quantidade ótima. Profa. Amanda Aires Página 10 de 38

11 Gráfico Externalidade Positiva na Produção Como exemplo, assuma que uma empresa pode se instalar em um prédio que precisa ser restaurado. A restauração do prédio geraria uma externalidade positiva para o restante da população, pois estaria contribuindo para a preservação do patrimônio histórico da localidade. No entanto, é possível que a firma opte por se instalar em um prédio novo e não faça a restauração, porque não será recompensada por isso. No caso das externalidades de consumo, o problema está na diferença entre o benefício privado e social. No caso da externalidade positiva, o beneficio privado é menor que o benefício social, e o consumidor irá adquirir uma quantidade menor que a socialmente ótima. Por exemplo, se o custo com o segurança seja elevado o bastante de modo que supere o benefício que geraria para o morador, ele não o contrata e não promove um ganho de bem-estar para os seus vizinhos. Em casos como esse, a curva de demanda individual está à esquerda da socialmente ótima. Profa. Amanda Aires Página 11 de 38

12 Gráfico Externalidade de Consumo Positiva No caso de uma externalidade de consumo negativa, o indivíduo que não se preocupa com o bem-estar dos demais decidirá consumir uma quantidade superior à socialmente ótima. A curva de demanda do individuo está à direita da curva de demanda social, representando um benefício individual superior ao benefício social. Para entender melhor tal situação, imagine as escolhas de um fumante que não se preocupa com as demais pessoas. A quantidade de cigarros que o fumante consumirá e a quantidade de fumaça desagradável que será produzida é maior do que aquela que ainda seria aceitável em termos sociais. Em todos os casos estudados, os problemas com a externalidade são causados porque os custos ou os benefícios privados diferem dos sociais. Então, para eliminar ou pelo menos reduzir as ineficiências do mercado quando externalidade está presente, é preciso encontrar formas de internalizar as externalidades, ou seja, penalizar os agentes que causam externalidades negativas e recompensar os agentes que promovem externalidades positivas. Essas soluções para as externalidades podem ser tanto privadas, como promovidas por ações governamentais. Profa. Amanda Aires Página 12 de 38

13 Gráfico Externalidade de Consumo Negativa No caso das soluções privadas, os próprios agentes encontram meios de internalizar as externalidades. Por exemplo, quando as pessoas fazem doações a uma instituição que cuida de crianças carentes, elas recompensam essa instituição das externalidades positivas que seu trabalho promove, e permitem que ela amplie seu trabalho. No caso de duas empresas, as externalidades também poderiam ser internalizadas caso a decisão de ambas fosse realizada conjuntamente. Por exemplo, se uma fábrica de papel que polui um rio e a empresa de pesca que utiliza esse rio decidissem conjuntamente suas quantidades, a solução seria eficiente do ponto de vista social. Isso também ocorreria para o caso de externalidade positiva. Imagine, por exemplo, um produtor de maçãs e um apicultor. As abelhas ajudam a polinizar as plantas de maçãs, e utilizam o néctar extraído das flores das maçãs para produzir mel. Esses dois produtores se beneficiariam caso decidissem o quanto produzir conjuntamente. Situações como essa explicam porque alguns grupos empresariais operam em mercados diferentes ao mesmo tempo. Outra solução privada para a externalidade é através da negociação. As partes que causam a externalidade e as que sofrem de seus efeitos, sejam Profa. Amanda Aires Página 13 de 38

14 indivíduos ou empresas, podem negociar alguma forma de compensação para a produção de externalidade. Por exemplo, um indivíduo que é vizinho de uma casa de shows pode negociar com o proprietário desse estabelecimento alguma forma de compensação (como um pagamento) pelo som que incomoda seu sono durante a madrugada. Essa é a ideia do Teorema de Coase 1, segundo o qual Os agentes econômicos são capazes de resolver os problemas das externalidades desde que não incorram em custos adicionais pela negociação e os direitos de propriedade estejam bem definidos. As duas restrições impostas pelo teorema de Coase são bastante significativas. Para entender, primeiro imagine que a casa de shows está localizada em um bairro residencial, então o direito de propriedade está bem definido, o seu vizinho deveria ter o direito de ter uma noite tranquila e sem ruídos. Mas, se estiverem localizadas em um bairro que não existe nenhuma regulamentação a respeito, nesse caso a negociação pode ser impossível. Além disso, a negociação pode ser inviabilizada se os custos para tanto forem elevados. Voltemos ao exemplo da casa de shows, um acordo poderia acontecer se o dono da empresa e o morador da residência ao lado pudessem conversar entre si. No entanto, se eles precisam contratar advogados, os custos podem ser tão elevados, que a negociação deixa de ser realizada. Os exemplos que foram estudados até agora envolviam apenas dois agentes econômicos, mas outra dificuldade para que as externalidades sejam solucionadas de modo privado está relacionado à coordenação de interesses quando um grande número de agentes está envolvido. Por exemplo, se a empresa de papel que polui o rio ao invés de negociar com outra empresa de pesca tivesse que entrar em acordo com vários pequenos pescadores, encontrar uma solução para satisfazer a todos será muito mais complicada. Como as negociações entre os agentes podem ser bastante complicadas, de modo a inviabilizar um acordo mutuamente benéfico, o governo pode desempenhar um papel decisivo para solucionar as externalidades. Essa ação governamental pode se dar por meio de políticas de comando ou políticas baseadas no mercado. As políticas de comando são baseadas em regulamentação dos direitos de propriedade. Voltando ao exemplo da casa de shows, o governo pode 1 Homenagem ao economista Ronald Coase. Profa. Amanda Aires Página 14 de 38

15 resolver a questão colocada proibindo a instalação desse tipo de estabelecimento em bairros com residências. No caso da fábrica de papel, o governo também poderia estipular um valor máximo para sua poluição. No entanto, a maioria dos economistas acredita que essas soluções não seriam mais indicadas, pois não contribuiriam para uma utilização eficiente dos recursos produtivos. Como alternativa são sugeridas políticas que se baseiam nas forças de mercado, como a implementação de impostos pigouvianos 2. Os impostos pigouvianos funcionam da seguinte forma, são cobradas taxas de agentes econômicos que promovem externalidades negativas e são pagos subsídios para agentes que promovem externalidades positivas. Assim, um imposto pigouviano poderia ser cobrado à empresa de papel poluidora, de modo que ela seria responsável pelos custos da poluição. Considerando os custos com os impostos, a empresa de papel provavelmente reduziria a produção de poluentes. No caso de questões ambientais, outra opção é através da emissão de licenças negociáveis de poluição. Nesse caso, o governo estipula uma produção de poluentes máxima por empresa, mas permite que empresas com maior dificuldade de reduzir seus níveis de poluição possam comprar as licenças das que conseguem reduzir com mais facilidade. A idéia comum entre impostos pigouvianos e licenças de poluição é a criação de um mercado para a externalidade (por isso são soluções baseadas no mercado). Nos dois casos, a poluição foi tratada como um produto para o qual existe um preço que as empresas devem pagar. A vantagem dessa estratégia é que empresas diferentes não precisam reduzir a poluição na mesma magnitude, e ainda assim, a economia conseguiria atingir um nível satisfatório de proteção ao meio ambiente. No entanto, uma dificuldade com esses sistemas está na determinação dos valores que serão cobrados, pois tanto o imposto como a licença podem geram incentivos ineficientes no combate à poluição. 2 Homenagem ao economista Arthur Pigou. Profa. Amanda Aires Página 15 de 38

16 Exercício 1 (EEPG, Economia e Estatística IJSN II, 2010, CESPE) Julgue os itens que se subseguem, relativos a externalidades e bens públicos [71] De acordo com o teorema de Coase, para que se tenha uma solução eficiente em um mercado com a presença de externalidades, o direito de propriedade das partes envolvidas deve estar bem especificado e apresentar custo zero de transação e de informação. Vamos ao trabalho? A primeira coisa que deverá ser feita é considerar o que se entende por teorema de Coase, que afirma que os agentes econômicos são capazes de resolver os problemas das externalidades desde que não incorram em custos adicionais pela negociação e os direitos de propriedade estejam bem definidos. Agora, vejamos a questão. Ela afirma que para que se tenha uma solução eficiente, ou seja, uma solução que permita a internalização da externalidade, é preciso especificar bem o direito de propriedade, o que nós vimos, é correto. Além disso, é preciso apresentar custo zero de transação e informação, o que é absolutamente correto pela última parte do teorema de Coase que afirma que não incorram em custos adicionais pela negociação, sejam eles de transação ou informação. Dessa forma, GABARITO: VERDADEIRO Profa. Amanda Aires Página 16 de 38

17 Exercício 2 (INEA, Economista, 2007, Cesgranrio) Se os agentes econômicos puderem negociar sem custos de transação e com possibilidade de obter benefícios mútuos, o resultado das transações eliminará as externalidades e alocará eficientemente os recursos, independente de como estejam especificados inicialmente os direitos de propriedade. Esta proposição, aplicável à Economia do meio ambiente, é conhecida como (A) Teoria Marginalista. (B) Princípio da Compensação da Propriedade. (C) Desenvolvimento Sustentável. (D) Teorema de Coase. (E) Princípio da Equidade. Vamos para outra questão que fala, novamente, do Teorema de Coase. Veja que ela se refere justamente ao que nós vimos anteriormente. Nesse caso, não tem nem o que o que pensar, a resposta correta é, de forma direta, a letra (D). Contudo, vale aqui esclarecer um ponto: note que a questão pode induzir um aluno menos avisado quando afirma que Esta proposição, aplicável à Economia do meio ambiente. Normalmente, quando nós vemos qualquer coisa ligada à economia do meio ambiente, temos o impulso de marcar o item de desenvolvimento sustentável. Por isso, antes de marcar qualquer coisa, veja que a questão fala de direito de propriedades. Falou-se em direitos de propriedade, vamos lembrar, sempre, do teorema de Coase! GABARITO: (D) Exercício 3 (Fiscal de Rendas do Município do Rio de Janeiro, 2010, Esaf) Na existência de externalidade negativa na produção de um determinado bem, pode-se dizer que: Profa. Amanda Aires Página 17 de 38

18 a) em qualquer nível de produção, o custo social é menor do que seria sem a externalidade negativa. b) a curva de oferta de mercado está acima da curva de custo social. c) a quantidade socialmente ótima é menor do que a quantidade de equilíbrio de mercado. d) o pagamento de subsídios à produção do bem serve de incentivo para compensar à sociedade pela existência da externalidade. e) o custo de produção do bem é menor para a sociedade do que para o produtor. Falou-se em externalidades negativas, vamos lembrar, sempre, da existência do custo social, que é dado pela soma do custo marginal privado e do custo externo ligado à produção do bem para a sociedade. No caso da questão, veja que a letra (A) é incorreta por afirmar que para qualquer nível de produção, o custo social é menor do que seria sem a externalidade negativa. Na verdade, o custo social é MAIOR, não menor! Assim, toda vez que nós temos a presença das externalidades negativas, isso gera um aumento do custo social. Em seguida, a letra (B) é incorreta por afirmar que a curva de oferta de mercado está acima da curva de custo social. Na verdade, como nós temos custos sociais elevados, a curva de custo será superior a curva de oferta do mercado. A alternativa (C), por sua vez, é a letra correta. Quando nós temos externalidades negativas, há uma redução da quantidade de equilíbrio que prevaleceria sem ela. Assim, a sociedade perde também por ter acesso a uma quantidade menor de bens. A letra (D) é incorreta por afirmar que os subsídios à produção servem de incentivos para compensar à sociedade pela existência da externalidade. Na realidade, a alternativa estaria correta se trocasse os subsídios pelos impostos. De fato, a existência de impostos leva a uma redução da perda de bem estar gerada pelas externalidades. Finalmente, a letra (E) é falsa por afirmar que o custo de produção é menor para a sociedade do que para o produtor. Na verdade, é justamente o Profa. Amanda Aires Página 18 de 38

19 inverso. Se não houver uma absorção das externalidades pelo produtor, o custo privado será menor que o custo social. GABARITO: (C) Exercício 4 (EEPG, Economia e Estatística IJSN II, 2010, CESPE) Julgue os itens que se subseguem, relativos a externalidades e bens públicos [72] Em situações em que se apresentam externalidades negativas, os custos sociais são superiores aos custos privados de produção, havendo, portanto, necessidade de intervenção governamental para a internalização dessas externalidades. Vamos mais uma para deixar a noção bem clara. A primeira coisa que realmente precisa ser reforçado é que o governo só fará intervenções quando estivermos falando de externalidades negativas. Na presença de externalidades positivas, o governo não possui qualquer incentivo para realizar intervenções. No caso da questão acima, veja que a questão fala que em presença de externalidades negativas, os custos sociais são superiores aos custos privados de produção, o que é verdade. Nesse caso, a presença de externalidades provocará o aparecimento dos custos externos, aqueles ligados diretamente a presença da externalidade. Dessa forma, o custo social será dado pela seguinte expressão: Custo social = custo privado de produção + custos externos Assim, é possível perceber que quando os custos externos são positivos devido à presença de externalidades negativas, o custo social é superior ao custo privado de produção. Dessa forma, assim como afirma a questão, há a necessidade de intervenção governamental para a internalização das externalidades, o que torna a questão correta. GABARITO: VERDADEIRA A essa altura, você deve está se perguntando: mas o que acontece com o custo social quando temos externalidades positivas? Acontece exatamente o contrário! Profa. Amanda Aires Página 19 de 38

20 Com o surgimento de externalidades positivas, existirá um benefício externo, ou um custo externo de produção negativo, de tal forma que o custo social será menor que o custo privado de produção! Exercício 5 (BNDES, Profissional Básico: Economia, 2008) No Uma das razões importantes para a presença do estado na economia é a existência de externalidades negativas e positivas. A esse respeito, pode-se afirmar que (A) a poluição das águas pelas indústrias é uma externalidade negativa e deveria ser totalmente proibida. (B) a solução eficiente para resolver o problema do ruído excessivo nos aeroportos é mudar a localização dos mesmos para longe das áreas residenciais. (C) as externalidades só ocorrem quando as pessoas produzem ou consomem bens públicos. (D) o consumidor de certo bem, cuja produção implicou em poluição ambiental, não deveria pagar pela poluição; o produtor é que deveria. (E) quando uma pessoa não se vacina contra uma doença infecciosa está impondo aos demais uma externalidade negativa. Mais uma questão que fala sobre externalidades positivas e negativas. Vamos olhar, cuidadosamente, cada uma das questões para identificar os possíveis erros. A primeira alternativa afirma que a poluição das águas pelas indústrias é uma externalidade negativa e deveria ser totalmente proibida. Note que essa alternativa não é verdadeira. Na verdade, a existência de externalidades negativas não implica que a produção deverá ser extinta. Na verdade, quando existem externalidades negativas, o governo deve intervir para internalizar a externalidade de acordo com quem tem o direito de propriedade. Isso não implicará no término da produção, conforme afirma a questão. Profa. Amanda Aires Página 20 de 38

21 A letra (B) por sua vez afirma que a solução eficiente para resolver o problema do ruído excessivo nos aeroportos é mudar a localização dos mesmos para longe das áreas residenciais. Essa aqui é uma daquelas alternativas que nos faz pensar longamente até ser possível encontrar o erro. Veja que, de fato, a solução para resolver o problema dos aeroportos é colocar eles para longe, realmente. Mas, até que ponto isso é a solução eficiente? De fato, essa não é a solução eficiente pois incorre em custos de transação. Logo, não pode ser verdadeira. Você sabia que em muitos países da Europa os aeroportos não funcionam à noite? Pois é, a razão disso é que esses aeroportos acabaram sendo margeados por residências, embora tenham sido construídos, inicialmente, em zonas distantes das cidades. Com o aumento dos municípios, os aeroportos acabaram sendo absorvidos. Nesse caso, para preservar o bom sono dos moradores, os governos decidiram proibir movimentos de aviões no período noturno! Um exemplo disso é o aeroporto de Zürich, na Suiça. A letra (C) também será falsa por considerar que as externalidades estão ligadas aos bens públicos (item que veremos a seguir). Na verdade, as externalidades podem estar ligadas à produção de qualquer tipo de bem, não apenas dos bens públicos. A letra (D) é interessante por afirmar que o consumidor de certo bem, cuja produção implicou em poluição ambiental, não deveria pagar pela poluição; o produtor é que deveria. Veja que essa alternativa traz um juízo de valor quando afirma quem deveria e quem não deveria pagar. Nesse caso, nada se pode afirmar sobre quem pagará os custos da poluição ambiental. Nesse caso, tudo depende de quem tem o direito de propriedade! Logo, não é porque eu produzo causando gerando externalidades que apenas eu tenho que pagar os custos disso. Possivelmente, o consumidor também deveria pagar. Finalmente, a letra (E) é a alternativa verdadeira. Quando eu me exponho ao risco de obter uma determinada doença por não me vacinar, estou também impondo aos demais uma externalidade negativa: a minha ação pode gerar efeitos nos graus de utilidade dos demais agentes econômicos. Profa. Amanda Aires Página 21 de 38

22 GABARITO: (E) Exercício 6 (INEA, Economista, 2007, Cesgranrio) Justificando a intervenção do Estado na economia, uma das razões é a existência de externalidades. A respeito de externalidades, pode-se afirmar que (A) só ocorrem quando há bens públicos envolvidos. (B) uma pessoa com uma doença transmissível deve ser isolada, pois causa externalidades. (C) a única maneira de resolver o problema da poluição atmosférica pela indústria é proibindo terminantemente a emissão de gases tóxicos. (D) os ruídos dos bares à noite são uma externalidade para os vizinhos, o que só pode ser resolvido proibindo o ruído nos bares. (E) na vida real só há externalidades negativas. Para resolver a letra (A) dessa questão, você precisa olhar a letra (C) da questão anterior e comparar! Viu lá? É exatamente a mesma coisa. Assim, traz exatamente o mesmo erro! Não se preocupe, mais na frente você entenderá o que são os bens públicos. A letra (B), por sua vez, é idêntica à letra (E) da questão anterior e, por isso, é a alternativa verdadeira da questão 5! A letra (C), de forma semelhante ao item (A) da questão anterior também não é verdadeiro pelas mesmas razões! A alternativa (D) da mesma forma que o item dos aeroportos, não é verdadeira.também, pelas mesmas razões. Finalmente, a letra (E) é falsa já que na vida não há apenas externalidades negativas! Alou?! E quando o seu vizinho faz um belo jardim ou ainda quando você estuda com a pessoa mais preparada da área de economia? Isso não gera externalidades positivas para você, não? Porque para mim, com certeza, gera! Profa. Amanda Aires Página 22 de 38

23 GABARITO: (B) Obs.: que banca sem criatividade, hein? Exercício 7 (Petrobrás, Economista Junior, 2008, Cesgranrio) Ao produzir, uma fábrica de pneus não leva em consideração a dificuldade de absorção, pela natureza, das carcaças de pneus usados. Logo, (A) deve-se proibir a reutilização das carcaças, pois barateiam os pneus e aumentam suas vendas. (B) o custo social da produção de pneus é menor que o custo privado. (C) o preço de pneus para os consumidores deveria ser menor, para diminuir o lucro dos produtores poluidores. (D) os produtores e os consumidores de pneus deveriam pagar pela externalidade imposta à população em geral. (E) é preciso subsidiar a produção de pneus, para que os produtores possam pagar pela disposição adequada dos pneus imprestáveis. Mais uma da Cesgranrio no mesmo perfil. Vamos resolver? A letra (A) afirma que a reutilização das carcaças de pneus deveria ser proibida já que barateiam os pneus! Como assim? Claro que não! É a reutilização dos pneus velhos que garante que os pneus mais novos sejam vendidos de forma mais barata. Logo, essa alternativa não pode ser verdadeira. Em seguida, a letra (B) afirma que os custos sociais dos pneus são menores que os custos privados. Essa alternativa também não é correta já que como existem externalidades negativas, o custo social deverá ser, necessariamente, mais elevado que os custos sociais. A letra (C) não é verdadeira pois nada indica que os preços deveriam ser menores para os consumidores, já que com a redução de preço, aumentaria Profa. Amanda Aires Página 23 de 38

24 o consumo o que gera ainda mais externalidades negativas. Logo, não existe qualquer indicação que essa alternativa esteja correta. Em seguida, a letra (D) afirma que os produtores e os consumidores de pneus deveriam pagar pela externalidade imposta à população em geral, sendo essa, a alternativa correta. Note que, nesse caso, tanto produtores quanto consumidores devem pagar pelo ônus social causado pela produção e consumo dos pneus! Finalmente, a alternativa (E) é incorreta por afirmar que o governo dever subsidiar a produção de pneus. Veja que é justamente o contrário: o governo deve imputar impostos, não efetuar subsídios! GABARITO: (D) 2. Bens Públicos Estudamos que, em geral, os mercados são uma forma eficiente de organizar uma economia. A partir das informações passadas pelos preços, as decisões dos consumidores e dos produtores racionais garantem que o equilíbrio de mercado seja compatível com o maior excedente agregado possível. No entanto, também vimos que os mercados privados podem não ser eficientes na presença de externalidades (de consumo ou de produção). Nesses casos, há uma diferença entre custos sociais e privados ou benefícios sociais e privado de modo que a quantidade produzida do bem não será socialmente ótima. Um caso especial de externalidade de consumo ocorre em mercados de bens públicos e recursos comuns. Bens públicos são diferentes de produtos privados, pois são não excludentes e não rivais no consumo. Uma camisa, um notebook ou uma porção de batata frita são exemplos de bens privados. O preço do notebook exclui uma parcela dos consumidores que não tenham condições de adquirilo, e uma vez que alguém tenha comprado uma determinada unidade, outro consumidor não pode comprar a mesma máquina. Nossa análise com relação às escolhas dos agentes econômicos foi realizada considerando que os bens apresentavam essas características. Por sua vez, a defesa nacional é um exemplo de bem público. O combate a agressores externos é um serviço que não exclui nenhum dos residentes de Profa. Amanda Aires Página 24 de 38

25 um país. Além disso, quando um indivíduo se beneficia da defesa nacional não significa que mais ninguém será beneficiado. É importante destacar que, apesar do que o exemplo e a própria denominação podem indicar, bens públicos não são o mesmo que bens oferecidos pelo governo, pois a classificação depende de atributos próprios dos bens. Por exemplo, um hospital público oferta um serviço privado, pois, uma vez que um de seus leitos esteja ocupado por alguém, outro indivíduo não poderá usufruir do mesmo. Os recursos comuns também são diferentes de bens privados, mas porque são apenas não excludentes. Por exemplo, não se impede que indivíduos trafeguem pelas vias públicas em uma cidade, porém a utilização da mesma por alguém pode prejudicar os outros (lembre-se dos engarrafamentos). Agora diferenciamos bens privados, públicos e recursos comuns, podemos analisar de que forma as características dos dois últimos implicam em externalidade de consumo e ineficiência dos mercados. Suponha que uma empresa estava disposta a realizar uma obra de revitalização do calçadão de uma famosa praia localizada em uma cidade brasileira. A revitalização do calçadão contribuiria para atrair turistas e para uma melhor circulação dos moradores. Como se tratava de uma obra que favoreceria todos os cidadãos, a empresa se propôs a dividir o que cobraria entre eles de acordo com a capacidade de pagamento de cada um. Desse modo, para estudar a viabilidade da obra, a firma fez uma pesquisa para saber quanto os moradores da cidade estariam dispostos a pagar. O resultado dessa pesquisa indicou que o valor que seria arrecadado não é suficiente para superar os custos da reforma. Então, apesar dos benefícios que seriam obtidos, a revitalização não foi realizada. No exemplo exposto, o resultado foi insatisfatório porque cada pessoa teve o incentivo de informar um valor inferior ao que teria condições de pagar, pois acreditava que a resposta das demais seria suficiente para garantir a realização da obra devido a sua importância. Como todos pensaram de modo semelhante, a quantidade oferecida do bem público foi inferior àquela socialmente desejada. O resultado obtido no exemplo é conhecido como o Problema do Carona. Esse problema ocorre quando os indivíduos tentam obter vantagem sobre os demais, se recusando a pagar por um bem público que promove um benefício para todos, ou seja, tentam pegar carona no que seria custeado pelos demais. Profa. Amanda Aires Página 25 de 38

26 Os governos assumem um papel importante para evitar que a provisão de bens públicos gere resultados ineficientes devido ao problema do carona, através da imposição de impostos. No exemplo anterior, a revitalização do calçadão seria concretizada caso o governo se responsabilizasse por cobrar uma taxa de cada morador. Porém, o imposto não é uma solução simples. O governo deve realizar um estudo de custo-benefício da produção do bem público, para determinar qual a quantidade que deveria ser ofertada, e qual deveria ser o valor do imposto. Esse estudo pode ser uma tarefa bastante difícil, principalmente para determinar os verdadeiros benefícios gerados pelo bem público. Os mercados de recursos comuns também podem gerar resultados ineficientes. Para esclarecer pense na atividade de pesca em uma comunidade ribeirinha. Nesse caso, os peixes seriam um exemplo de recurso comum, visto que não haveria como impedir que um indivíduo se dedicasse à pesca, mas a decisão de quanto pesca de um pescador influência a quantidade de peixes disponível para os demais. Inexistindo qualquer forma de controle da pesca, um novo pescador entraria no mercado sempre que houvesse lucros, e os pescadores já existentes teriam o incentivo de aumentar a produção. Como o peixe é um bem escasso, a produção excessiva poderia provocar uma mudança ambiental, como a extinção das espécies, que prejudicaria todos os produtores. Por esse motivo, atividades extrativistas possuem regulamentação especial, principalmente as que envolvem a caça e a pesca. Por exemplo, a produção de certos pescados deve ser interrompida nas épocas do ano de procriação. No Brasil, esse tipo de controle é realizado pelo Ibama, com o objetivo de evitar tanto problemas ambientais, como setoriais. Exercícios? Exercício 8 (TCE-PR, Analista de Controle Área Econômica, FCC, 2011) Sobre a comparação entre bens públicos e bens privados, é correto afirmar que: Bens Privados Bens Públicos Puros Profa. Amanda Aires Página 26 de 38

27 a) b) c) d) e) Para mudar um pouco, vamos fazer debaixo para cima? O que são bens privados? De acordo com a letra (E), os bens privados são bens não-excludentes e não-rivais e, por isso, a provisão pelo mercado pode ser eficiente. Já daí, temos um erro. Por natureza, os bens privados são excludentes e rivais. Assim, devido à essa natureza é que esses bens serão providos pelo mercado de forma eficiente. Então, já daqui, temos que a alternativa é incorreta. Contudo, o erro não termina aí. Ao afirmar que os bens públicos são excludentes e rivais, a alternativa também está errada. Lembre que, falou- Profa. Amanda Aires Página 27 de 38

28 se em bens públicos puros, deve-se falar, necessariamente, em bens nãorivais e não-excludentes. Além disso, a provisão dos bens públicos pelo Estado, normalmente, gera externalidades positivas e não, negativas. A letra (D) também é incorreta por afirmar exatamente a mesma coisa que a letra (E) quando trata dos bens privados. Na verdade, a única diferença entre as duas alternativas é o fato de afirmar que os bens públicos geram externalidades positivas, o que é verdade, contudo, assim como a letra (E), a alternativa em análise peca por afirmar que os bens públicos são rivais e excludentes. Continuando a análise, a assertiva (C) é incorreta por afirmar que os bens privados são não rivais. Assim como dito acima, quando se falar em bens rivais, tem que se considerar que esses bens são rivais e excludentes. Dessa forma, a alternativa não pode estar correta. No que diz respeito à classificação dos bens públicos, o erro está em afirmar que quando eles são puros, eles devem ser, também rivais. Em seguida, a letra (B) também erra por afirmar que os bens privados são não-excludentes e rivais. De novo, falou-se em bens privados, vamos falar em bens excludentes. Finalmente, no que diz respeito aos bens públicos, a questão erra por afirmar que esses bens são excludentes. Assim, a resposta correta é encontrada na letra (A), que traz, justamente, a definição de bens públicos puros e bens privados. Dessa forma, entenderemos que bens privados são excludentes e rivais e, por isso, a provisão deles no mercado pode ser eficiente. Por outro lado, os bens públicos puros são não-excludentes e não-rivais e sua provisão pelo Estado geraria externalidades positivas. E o que são os bens semi-públicos? Bens que pode ser rivais e não excludentes ou não rivais e excludentes. Assim, eles só alcançam uma característica dos bens públicos! Comopreendido? Gabarito: (A) 3. Informação Assimétrica (Imperfeita) Profa. Amanda Aires Página 28 de 38

29 Um dos pressupostos necessários para que os mercados atinjam resultados eficientes é aquele que diz respeito à informação perfeita. De acordo com esse pressuposto, tanto compradores, como vendedores têm acesso a todas as informações relevantes para suas decisões. Desse modo, nenhuma das partes em uma negociação teria uma vantagem sobre a outra, e não existiriam incertezas. Em um ambiente de informação perfeita, os preços sintetizam todas essas informações relevantes para os consumidores e produtores, pois refletiriam a escassez e os custos de produção. Por isso, vimos que as decisões dos consumidores e firmas dependiam diretamente dos preços dos produtos no mercado. No entanto, apesar de desejável, não é possível garantir que todos os mercados operam com informações perfeitas, em alguns casos há informações assimétricas (ou imperfeitas). Na presença de informações assimétricas, as formas de demanda e oferta não são capazes de promover um equilíbrio eficiente. Por isso, a assimetria de informações é considerada uma falha de mercado. Para entender porque as informações imperfeitas geram resultados ineficientes, vamos estudar o mercado de carros usados onde compradores não tem informação sobre a qualidade dos carros comercializados 3. Digamos que existem dois tipos de carros usados em um feirão: os carros de boa qualidade e os carros de má qualidade, disponíveis na mesma quantidade. Admita também que os vendedores dos carros de má qualidade estão dispostos a vendê-los por no mínimo R$ 7.000, e que os vendedores dos carros de boa qualidade desejam vendê-los por pelo menos R$ Nesse mesmo mercado, suponha ainda que os consumidores pagariam até R$ por um carro de boa qualidade e até R$ por um de má qualidade. Assim, se os consumidores soubessem a qualidade do carro que está sendo negociado, o preço de equilíbrio para as unidades de boa qualidade seria algo entre R$ e R$ , e o preço para as unidades de má qualidade seria entre R$ e R$ No entanto, como os vendedores de carros ruins sabem que os consumidores pagariam um preço mais elevado por carros de boa qualidade, 3 George Akerlof foi o primeiro a contribuir com essa análise, com o trabalho: The Market for Lemons: Quality Uncertainty and the Market Mechanism The Quartely Journal of Economics, 84, 1970, pp Profa. Amanda Aires Página 29 de 38

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