SEQUÊNCIA DIDÁTICA NO ENSINO SUPERIOR NA ÁREA DE GERENCIAMENTO DE RISCOS GEOLÓGICOS
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- Artur da Rocha Gil
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1 SEQUÊNCIA DIDÁTICA NO ENSINO SUPERIOR NA ÁREA DE GERENCIAMENTO DE RISCOS GEOLÓGICOS Prof. Dr. André Conceição Centro Universitário Padre Anchieta UniAnchieta Centro Paula Souza CPS Colégios Vicentinos
2 ROTEIRO 1. INTRODUÇÃO 2. METODOLOGIA 3. RESULTADOS 4. CONSIDERAÇÕES FINAIS 5. REFERÊNCIAS
3 1. INTRODUÇÃO 1.1. PROBLEMÁTICA: Carmo e Anazawa (2014), desatacam que no Brasil, os desastres naturais decorrem da maneira de ocupação do espaço, que desconsidera, por motivos socioeconômicos, os riscos representados pela declividade do terreno e a proximidade de cursos d água.
4 1. INTRODUÇÃO 1.1. PROBLEMÁTICA: De acordo com a EM-DAT The Emergency Events Database (CRED, 2017), no período de 1900 a 2016, o Brasil registrou 224 desastres naturais, sendo que 58,9% desses foram de inundação, representando o tipo de desastre mais comum no país, seguido pelo escorregamento(10,7%).
5 1. INTRODUÇÃO Tabela: Perfil de desastres naturais do Brasil, Tipo de desastre Eventos Mortes Afetados Dano (US$) Seca Tremor de terra Epidemia Temperatura extrema Inundação Infestação por insetos Escorregamento de terra Tempestade Incêndio Total
6 1. INTRODUÇÃO 1.1. PROBLEMÁTICA: Wicander e Monroe (2014), definem movimento de massa ou escorregamento como o movimento de descida de material, sob a influência direta da gravidade. Amaral e Gutjahr (2012), lembram que muitas atividades humanas, principalmente quando mal dimensionados e sem atender critérios técnicos, podem causar escorregamentos ou instabilidade em encostas.
7 1. INTRODUÇÃO 1.1. PROBLEMÁTICA: Segundo Corsi, Azevedo e Gramani (2012), entre dezembro de 2009 e janeiro de 2010, o município de São Luiz do Paraitinga-SP sofreu com inundações e escorregamentos na área central, resultando em danos de R$103,63 milhões, sendo que os setores mais afetados foram os de habitação, patrimônio tombado e transportes.
8 1.1. PROBLEMÁTICA: 1. INTRODUÇÃO
9 1. INTRODUÇÃO 1.2. JUSTIFICATIVA: Cumprimento de duas das metas estipuladas pela Política Nacional de Defesa Civil (BRASIL, 2007): (1) promover o estudo aprofundado de riscos, bem como a organização de banco de dados e de mapas temáticos relacionados com ameaças, vulnerabilidade e riscos; e (2) promover, em municípios com mais de 20 mil habitantes, estudos de riscos de desastres, objetivando o microzoneamento urbano.
10 1. INTRODUÇÃO 1.3. PERGUNTAS-CHAVE: Como é o gerenciamento do riscos geológicos em Jundiaí-SP? Quais são as principais áreas de riscos geológicos do município de Jundiaí-SP? Existe algum mapeamento dessas áreas? Quais sãos as propostas para reduzir ou eliminar esses riscos no município?
11 1. INTRODUÇÃO 1.4. OBJETIVOS GERAIS: Analisar o risco atual da região do Balsan, no Jardim Tamoio, em Jundiaí-SP(Diagnóstico); Elaborar um conjunto de propostas, estruturais e/ou não estruturais, para a redução e/ou minimização do risco geológico na região de estudo; Apresentar o conjunto dessas propostas na forma de um Seminário;
12 1. INTRODUÇÃO 1.5. OBJETIVOS ESPECÍFICOS: Caracterizar os processos geológicos da região de estudo; Classificar os riscos geológicos da região de estudo; Elaborar um mapeamento da área de estudo quanto à classificação dos riscos geológicos;
13 1. INTRODUÇÃO
14 2. METODOLOGIA 2.1. PILARES: SEQUÊNCIA DIDÁTICA GERENCIAMENTO DE RISCOS GEOLÓGICOS
15 2. METODOLOGIA 2.2. PLANO DE SEQUÊNCIA DIDÁTICA: - 1ª Etapa: Apresentação do Trabalho (início do semestre letivo começo de março); - 2ª Etapa: Trabalho de campo na área de estudo (24/03/2018). - 3ª Etapa: Levantamentos bibliográfico e documental, entrevistas, aplicação de questionários e demais estratégias utilizadas pelos alunos (março, abril e início de maio). - 4ª Etapa: Apresentação dos trabalhos em forma de seminários, em sala de aula.
16 2. METODOLOGIA 2.3. GERENCIAMENTO DE RISCOS GEOLÓGICOS: Adaptação da metodologia proposta por Brasil (2007; 2017), estruturada em seis etapas: 1ª Etapa: Identificação de risco; 2ª Etapa: Setorização, zoneamento e mapeamento; 3ª Etapa: Definição dos níveis de risco; 4ª Etapa: Propostas de intervenções estruturais; 5ª Etapa: Estimativas de custos das intervenções; 6ª Etapa: Propostas de intervenções não-estruturais;
17 2. METODOLOGIA 2.3. GERENCIAMENTO DE RISCOS GEOLÓGICOS: 1ª Etapa: Identificação de risco: - Foram identificadas as áreas sujeitas a sofrerem danos relacionados a processos de escorregamento, onde foram observados quatro parâmetros básicos: 1. Tipologia dos processos geológicos; 2. Declividade/inclinação de relevo; 3. Posição da ocupação em relação à encosta; 4. Vulnerabilidade socioambiental da ocupação urbana;
18 2. METODOLOGIA 2.3. GERENCIAMENTO DE RISCOS GEOLÓGICOS: 2ª Etapa: Setorização, zoneamento e mapeamento: - Fase de caracterização mais detalhada da área, contando com o auxílio da metodologia da pesquisa de campo e a utilização das geotecnologias (fotografias aéreas, imagens de satélite, plantas cartográficas e mapas), onde foram representados os setores identificados.
19 2. METODOLOGIA 2.3. GERENCIAMENTO DE RISCOS GEOLÓGICOS: 3ª Etapa: Definição dos níveis de risco: Utilizada a escala com quatro níveis de risco: - Muitoalto R4; - Alto R3; - Médio R2; - Baixoousemrisco R1.
20 2. METODOLOGIA 2.3. GERENCIAMENTO DE RISCOS GEOLÓGICOS: 4ª Etapa: Propostas de intervenções estruturais para reduzir e mitigar as situações de risco de desastre: - Foi apresentado um conjunto de propostas, fundamentadas nos estudos precedentes, objetivando minimizar o risco de escorregamentos de terra, considerando as situações de riscos atuais e potenciais.
21 2. METODOLOGIA 2.3. GERENCIAMENTO DE RISCOS GEOLÓGICOS: 5ª Etapa: Estimativas de custos das intervenções propostas: - Objetivando auxiliar o poder público municipal no processo de gestão das áreas de risco, foi feito um levantamento dos custos financeiros necessários para a implantação das propostas de intervenções.
22 2. METODOLOGIA 2.3. GERENCIAMENTO DE RISCOS GEOLÓGICOS: 6ª Etapa: Propostas de intervenções estruturais: - As informações obtidas foram disponibilizadas aos agentes da Defesa Civil do município, por meio da elaboração e distribuição de materiais didáticos de sensibilização e conscientização sobre o processo de ocupação de áreas de risco à escorregamentos.
23 2. METODOLOGIA 2.4. MATERIAIS UTILIZADOS: Fonte: IPT; Jundiaí, 2006
24 2. METODOLOGIA 2.4. MATERIAIS UTILIZADOS: Ficha de Caracterização de Áreas de Risco de Escorregamento (Modelo do IPT);
25 2. METODOLOGIA 2.4. MATERIAIS UTILIZADOS: Google EarthPro QGIS GPS Altimeter
26 3. RESULTADOS 1. TRABALHO DE CAMPO 2. LINGUAGEM TÉCNICA- CIENTÍFICA 4. GEOPROCESSAMENTO 3. DEBATE CIENTÍFICO
27 3. RESULTADOS 1. Trabalho de Campo: adesão e envolvimento dos alunos no trabalho de campo;
28 3. RESULTADOS 1. Trabalho de Campo: A equipe de Jundiaí demonstrou um grande conhecimento na identificação de áreas de risco e na prevenção de possíveis deslizamentos. A profissão me chamou bastante atenção, principalmente devido ao perfil do profissional, que requer um alto grau de altruísmo, uma vez que esta precisa estar disponível em tempo integral. Essa característica é evidente nos profissionais da Defesa Civil de Jundiaí que em todos os momentos ressaltou a importância de salvar vidas acima de tudo e em qualquer situação, mesmo que para isso eles necessitem arriscar a própria vida. Diante disso, a Defesa Civil de Jundiaí executa um excelente trabalho e de grande relevância para a sociedade. Aluna concluinte.
29 3. RESULTADOS 1. Trabalho de Campo: Acredito que o curso possui a interdisciplinaridade necessária para a atuação em áreas de risco: o conhecimento adquirido durante o curso permite uma abordagem completa e integrada dos problemas observados nestes locais, levandose em conta, por exemplo, as condições geológicas, hidrológicas e sociais da área de estudo. Deste modo, com tal embasamento, as informações geradas deverão servir como subsídio para tomadores de decisão, minimizando ou eliminando os riscos à vida humana. Aluno concluinte.
30 3. RESULTADOS 1. Trabalho de Campo: Essas áreas são um problema de saúde pública e ambiental historicamente conhecido. Esses indivíduos assumem viver sob risco por não possuir outra opção, ficando evidente que ainda ocorre a exclusão das populações mais pobres. Quando essas populações se sujeitam aos ricos, elas acreditam que a ameaça é considerada distante, por isso a questão das áreas de risco é primordial, devendo haver interação entre os órgãos municipais e estaduais, a fim de oferecer educação para a prevenção de riscos à comunidade que é a parte principal no gerenciamento dessas áreas. O desenvolvimento urbano de qualidade para todos, sem exceção, deve ser a meta de qualquer município. Aluna concluinte.
31 3. RESULTADOS 2. Linguagem técnicacientífica: apropriação e desenvolvimento da linguagem técnicacientífica;
32 3. RESULTADOS 2. Linguagemtécnica-científica: RESUMO PALAVRAS-CHAVE ABSTRACT KEYWORDS INTRODUÇÃO REVISÃO BIBLIOGRÁFICA MATERIAIS E MÉTODOS RESULTADOS E DISCUSSÕES CONSIDERAÇÕES FINAIS REFERÊNCIAS
33 3. RESULTADOS Debate científico: Fomento ao debate científico a partir de propostas, estruturais e não-estruturais, claras de minimização e/ou redução dos riscos geológicos da área de estudo; Contou com a participação de representantes da: Defesa Civil; Corpo de Bombeiros; Vídeo de entrevista com um líder comunitário; Auxílio técnico de professores de geologia e de engenharia civil da instituição e de outras instituições de ensino.
34 3. RESULTADOS 3. Debatecientífico: Medidas Estruturais: Muro de Pneus Hortas comunitárias Fonte: Construtora Vion, Fonte:
35 3. RESULTADOS 3. Debatecientífico: Medidas Não-estruturais: Materiais de divulgação
36 4. Geoprocessamento: Manuseio de softwaresde geoprocessamento para a interpretação de imagens de satélite e a elaboração dos mapas de risco geológico; 3. RESULTADOS
37 3. RESULTADOS 4. Geoprocessamento: Fonte: IPT, 2013.
38 3. RESULTADOS 4. Geoprocessamento: Fonte: IPT, 2013.
39 3. RESULTADOS 4. Geoprocessamento: Fonte: IPT, 2013.
40 3. RESULTADOS 4. Geoprocessamento: Análise temporal da área de estudo: A (1959) B (1983) C (1993) D (2005) E (2012) F (2017)
41 3. RESULTADOS 4. Geoprocessamento: Setorização da área de estudo.
42 3. RESULTADOS 4. Geoprocessamento: Classificação de risco da área de estudo.
43 4. CONSIDERAÇÕES FINAIS 1. Integração entre teoria e prática; 2. Novos ambientes e estratégias de aprendizagem; 3. Aproximação com o poder público municipal; 4. Projeto de pesquisa em gerenciamento de áreas de risco em Jundiaí-SP;
44 5. REFERÊNCIAS AMARAL, Rosangela do; GUTJAHR, Mirian Ramos. Desastres naturais. São Paulo: IG: SMA, BRASIL. Ministério da Integração Nacional. Política Nacional de Defesa Civil. Brasília: MIN: SNDC, BRASIL. Ministério da Integração Nacional. Módulo de formação: noções básicas em proteção e defesa civil e em gestão de riscos: livro base. Brasília: Ministério da Integração Nacional, 2017.
45 5. REFERÊNCIAS CARMO, Roberto Luiz do; ANAZAWA, TathianeMayumi. Mortalidade por desastres no Brasil: o que mostram os dados. Ciência & Saúde Coletiva. v.19, n.9, p , set Disponível em: Acesso em: 20 jul CORSI, Alessandra Cristina; AZEVEDO, Paulo Brito Moreira de; GRAMANI, Marcelo Fisher. Valoração de danos decorrente da inundação em São Luiz do Paraitinga. Revista de Gestão Ambiental e Sustentabilidade. São Paulo, v.1, n.2, p , jul./dez Disponível em: Acesso em: 20 jul WICANDER, Reed; MONROE, James S. Fundamentos de geologia. São Paulo: Cengage Learning, 2014.
46 SEQUÊNCIA DIDÁTICA NO ENSINO SUPERIOR NA ÁREA DE GERENCIAMENTO DE RISCOS GEOLÓGICOS Prof. Dr. André Conceição Centro Universitário Padre Anchieta UniAnchieta Centro Paula Souza CPS Colégios Vicentinos
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