NOTA PRÉVIA. Coimbra Editora
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- Thomaz di Castro Sales
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2 NOTA PRÉVIA Este livro constitui, despretensiosamente, um manual. Concebido inicialmente com intuito pedagógico, a pensar nos meus alunos da licenciatura em Marketing da Universidade de Aveiro, acabou afinal por assumir outra dimensão e visar um público mais alargado. O texto é parcialmente tributário de escritos preparatórios de intervenções nos cursos de pós-graduação em Direito Industrial da Faculdade de Direito de Lisboa e da Associação Portuguesa de Direito Intelectual, que o dinamismo e a largueza de espírito do Professor Oliveira Ascensão transformaram na entidade mais fecunda e influente neste domínio científico, em Portugal. Alguns capítulos, como os relativos aos Modelos de Utilidade e às Denominações de Origem e Indicações Geográficas, viram mesmo a luz do dia no âmbito dos volumes VI e VII do Direito Industrial, obra colectiva editada pela APDI e pela FDUL. A intensa e gratificante colaboração com estas entidades, ao longo da última década, tem sido um estímulo determinante para o aprofundamento de temas que, de outro modo, deixaria de lado. Mas a maior parte da obra foi escrita ou (re)escrita propositadamente para este manual, que pretende ser útil, também, aos aplicadores do Direito Industrial, abordando de forma estruturada os domínios fundamentais desta disciplina, além de outras matérias relevantes, mas frequentemente ignoradas, como as questões tributárias e processuais da Propriedade Industrial. Também por isso, é um livro com um acentuado pendor prático. O que explica que o necessário tratamento dogmático dos temas seja feito na medida do essencial, deixando a autores mais apetrechados e motivados nessa valência a tarefa de desbravar novos caminhos na floresta dos princípios gerais. Este pragmatismo explica, ainda, certas opções sistemáticas, como a chamada de alguns temas à Introdução ou a inclusão da Concorrência Desleal na terceira parte do livro, relativa aos aspectos comuns do Direito Industrial, quando seria dogmaticamente preferível autonomizá-la. Pretendo, sobretudo, que o leitor principiante
3 6 Direito Industrial consiga, ao longo do texto, adquirir progressivamente as noções necessárias à construção sustentada deste conhecimento, largamente cumulativo. A terminar, duas linhas de gratidão para quem, de forma mais remota ou mais próxima, contribuiu para a existência desta obra. Devo ao meu colega e amigo Carlos Maria Pinheiro Torres um apoio e um incentivo permanentes para iniciar e terminar este livro. Ao meu amigo Pedro Maia, da Faculdade de Direito de Coimbra, a paciência de ler o texto original e a generosidade de me ter feito sugestões que reflectem a sua reconhecida inteligência. Ao Dr. Avelino Antão, distinto revisor oficial de contas e meu colega na Universidade de Aveiro, agradeço a revisão do capítulo respeitante à fiscalidade. Do Eng. Pedro Pelayo de Sousa, ilustre agente oficial da propriedade industrial, recebi um auxílio precioso na elaboração dos diagramas relativos ao registo de marcas e patentes, no plano interno e internacional. Por fim, ao meu filho Nuno, co-autor do capítulo relativo à firma, devo inúmeras sugestões e as críticas mais certeiras que este trabalho recebeu. Esta obra seria muito diferente, e não para melhor, se eu não tivesse contado com a sua companhia e entusiasmo, ao longo deste percurso. Porto, 28 de Julho de 2011.
4 NOTA PRÉVIA... 5 PRINCIPAIS ABREVIATURAS UTILIZADAS... 7 CAPÍTULO I INTRODUÇÃO Preliminar Conceito de Direito Industrial Natureza do Direito Industrial Fontes do Direito Industrial Fontes internas Fontes internacionais Características Gerais dos Direitos Privativos Industriais Tipicidade Exclusividade Territorialidade Sistemas de Protecção Pressupostos Aspectos gerais da tramitação nacional A Protecção Provisória A Extinção dos DPI PARTE I TUTELA DA INOVAÇÃO CAPÍTULO II PATENTES DE INVENÇÃO Introdução Conceito de patente A invenção patenteável. O pré-requisito do carácter técnico As patentes sobre programas de computador As excepções à patenteabilidade... 49
5 486 Direito Industrial 3. Função Requisitos de protecção Novidade O estado da técnica Actividade inventiva Aplicabilidade industrial Titularidade Vias de Protecção Via Nacional Via Europeia Via PCT Âmbito de Protecção Duração Âmbito substancial de protecção A Doutrina dos Meios Equivalentes As Patentes de Processo Limites da protecção A exploração da patente Extinção CAPÍTULO III MODELOS DE UTILIDADE Introdução Conceito e função dos Modelos de Utilidade Regime geral Vias de protecção Extinção CAPÍTULO IV DESENHOS OU MODELOS Introdução Conceito de Desenho ou Modelo Requisitos de protecção Regimes de protecção Via nacional Os desenhos e modelos comunitários O registo internacional
6 Índice Âmbito de protecção Duração Extensão e limites substanciais A protecção cumulativa do Direito de Autor Extinção PARTE II SINAIS DISTINTIVOS CAPÍTULO V MARCAS Introdução Conceito de marca Tipos de marcas Sinais visíveis em si mesmos Marcas tradicionais Marcas tridimensionais Marcas monocolores Outras marcas visíveis Sinais não visíveis em si mesmos Marcas olfactivas Marcas sonoras Outras marcas não visíveis em si mesmas O imperativo de disponibilidade A(s) função(ões) das marcas A função de indicação de proveniência A (suposta) função de garantia de qualidade A função publicitária Requisitos de protecção Requisitos absolutos de protecção Susceptibilidade de representação gráfica Carácter distintivo As marcas genéricas A regra do secondary meaning Respeito por outros interesses de ordem pública
7 488 Direito Industrial 5.2. Requisitos relativos de protecção Novidade relativa O princípio da especialidade das marcas A identidade ou afinidade dos produtos e serviços A não confundibilidade dos sinais Critérios de comparação de sinais distintivos Respeito por outros direitos de terceiros Inexistência de risco de concorrência desleal Âmbito de Protecção Os conceitos de imitação, usurpação e contrafacção de marca O regime específico das marcas de prestígio O conceito de marca de prestígio A tutela reconhecida às marcas de prestígio Limites à protecção das marcas Titularidade A(s) prioridade(s) do registo Marcas individuais Marcas colectivas Regimes de protecção Registo nacional Marca Comunitária Registo internacional Extinção do registo de marca Casos de Invalidade Casos de Caducidade Falta de uso sério Transformação em designação usual Deceptividade superveniente CAPÍTULO VI LOGÓTIPOS Introdução Conceito e função
8 Índice Requisitos de protecção Titularidade Âmbito de protecção Extensão e limites substanciais Extinção CAPÍTULO VII FIRMAS Introdução Conceito Natureza Requisitos de protecção Registo Princípio da unidade Regras gerais Princípio da verdade Novidade Capacidade distintiva Regras especiais As sociedades comerciais Âmbito da protecção Âmbito territorial Princípio da especialidade Nome Comercial Estrangeiro (CUP) Conteúdo da protecção Extinção CAPÍTULO VIII DENOMINAÇÕES DE ORIGEM E INDICAÇÕES GEO- GRÁFICAS Introdução Conceitos de DO e IG Figuras próximas
9 490 Direito Industrial 3. Função Natureza e titularidade Requisitos de protecção Regimes de protecção Âmbito de protecção O princípio da especialidade das DO e IG As DO e IG de prestígio Extinção CAPÍTULO IX OUTROS SINAIS DISTINTIVOS Introdução Recompensas Nomes de domínio Conceito Regime PARTE III ASPECTOS COMUNS CAPÍTULO X A CONCORRÊNCIA DESLEAL Introdução Conceito e natureza jurídica Figuras próximas Requisitos da concorrência desleal Acto de concorrência Deslealdade do acto Âmbito de aplicação Censurabilidade da conduta Actos concretamente proibidos Actos de indução em erro Actos de aproveitamento Actos de agressão Consequências Ilícito contra-ordenacional Ilícito civil
10 Índice 491 CAPÍTULO XI DIREITO DA UNIÃO EUROPEIA E PROPRIEDADE INDUS- TRIAL Introdução A conciliação dos DPI com o Direito da União Europeia O esgotamento dos DPI Conceito Pressupostos Esgotamento à escala da UE O esgotamento do direito de marca O esgotamento do direito de patente As importações paralelas e o esgotamento dos DPIJ Os direitos subsistentes após a colocação no mercado Os direitos residuais em matéria de marcas Ofensas à integridade do produto O caso particular da reembalagem A confusão quanto à proveniência A tutela da reputação e do prestígio das marcas Os direitos residuais relativos aos demais DPI O esgotamento dos direitos na jurisprudência portuguesa A interacção com a disciplina da Concorrência O exercício do direito de marca O exercício do direito de patente CAPÍTULO XII NEGÓCIOS SOBRE DPI Introdução Transmissão Licença Conceito Regime Outros negócios envolvendo DPI
11 492 Direito Industrial CAPÍTULO XIII A FISCALIDADE RELATIVA À PROPRIEDADE INDUS- TRIAL Introdução Fiscalidade interna Tributação do rendimento O conceito de royalties A tributação das pessoas singulares A tributação das pessoas colectivas Os gastos O regime dos preços de transferência Tributação do património Tributação do consumo Fiscalidade internacional CAPÍTULO XIV A TUTELA EFECTIVA DA PROPRIEDADE INDUS- TRIAL Introdução A competência dos tribunais em matéria de Propriedade Industrial Procedimento administrativo e recurso judicial Recurso arbitral Acções de declaração de nulidade e de anulação Tutela repressiva dos DPI Acções cíveis Medidas de prova e de informação Medidas cautelares Tutela sancionatória Crimes Contra-ordenações Intervenção aduaneira BIBLIOGRAFIA ÍNDICE
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