PROPRIEDADE INTELECTUAL:
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- Davi Henriques Brandt
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1 PROPRIEDADE INTELECTUAL: LEGISLAÇÃO - 2 Profa. Dra. Suzana Leitão Russo Prof. Gabriel Francisco Silva Profa. Dra. Ana Eleonora Almeida Paixão Art. 1º Esta Lei regula direitos e obrigações relativos à propriedade industrial. Art. 2º A proteção dos direitos relativos à propriedade industrial, considerado o seu interesse social e o desenvolvimento tecnológico e econômico do País, efetua-se mediante: I - concessão de patentes de invenção e de modelo de utilidade; II - concessão de registro de desenho industrial; III - concessão de registro de marca; IV - repressão às falsas indicações geográficas; e V - repressão à concorrência desleal. 2 1
2 Esta lei se aplica a todos os direitos resultantes da propriedade industrial, não regulando, por exemplo, questões pertinentes ao direito do autor. Os direitos de propriedade industrial formam uma parte de um conjunto maior propriedade intelectual. Propriedade intelectual compreende todas as regras tendentes à proteção industrial, direitos do autor e do know how. 3 Os direitos de propriedade industrial compreendem: 1. As patentes; 2. Os desenhos industriais; 3. As marcas; 4. Os nomes geográficos: denominações de origem e indicações de procedência; 5. A concorrência desleal. 4 2
3 Os direitos de propriedade industrial são divididos em três categorias básicas: 1. Os direitos referentes às criações industriais: invenção, modelo de utilidade e desenho industrial; 2. Os direitos referentes aos sinais distintivos: marca, denominação de origem e a indicação de proveniência; 3. Os direitos referentes à concorrência desleal. 5 As invenções, modelos de utilidade e desenhos industriais nascem de um ato de criação do espírito. Os sinais distintivos não caracterizam uma invenção nem uma criação, mas uma designação de um produto ou de um serviço. Os sinais distintivos estão protegidos por direitos exclusivos de exploração. A marca é um sinal que serve para distinguir um produto ou serviço de outros similares existentes no mercado. 6 3
4 Para ser protegida, a marca tem que ser registrada em um órgão do Estado. O registro é efetuado com relação a serviços ou produtos específicos, limitado no tempo. As indicações geográficas são as expressões ou sinais utilizados para indicar que um produto ou serviço procede de um determinado país ou região geográfica. O desenho industrial é constituído por aspectos ou elementos ornamentais de um artigo utilitário. Tem quer ser original e estar registrado. 7 Concorrência desleal: cometimento, no exercício da concorrência econômica, de um ato prejudicial contrário aos usos honestos do comércio. Sua repressão procura coibir principalmente: os atos tendentes a estabelecer confusão entre os produtos/serviços/atividade industrial ou comercial de uma empresa com os de outra empresa; as afirmações falsas que possam desacreditar um produto/serviço/atividade industrial ou comercial da empresa; 8 4
5 Concorrência desleal. Sua repressão procura coibir principalmente: as indicações suscetíveis de induzir o consumidor a erro sobre o processo de fabricação, quanto à composição, qualidade, quantidade, etc.; os atos relativos à aquisição ilícita ou à divulgação de segredos industriais, etc. 9 Art. 3º Aplica-se também o disposto nesta Lei: I - ao pedido de patente ou de registro proveniente do exterior e depositado no País por quem tenha proteção assegurada por tratado ou convenção em vigor no Brasil; e II - aos nacionais ou pessoas domiciliadas em país que assegure aos brasileiros ou pessoas domiciliadas no Brasil a reciprocidade de direitos iguais ou equivalentes. Art. 4º As disposições dos tratados em vigor no Brasil são aplicáveis, em igualdade de condições, às pessoas físicas e jurídicas nacionais ou domiciliadas no País. 10 5
6 A lei da Propriedade Industrial estende sua proteção a qualquer pessoa física ou jurídica que tenha nacionalidade brasileira ou, sendo estrangeira, que aqui tenha seu domicílio (pessoa física) ou mantenha sua diretoria ou administração (pessoa jurídica). Princípio da igualdade - art. 5º, caput, da Constituição da República: garante aos brasileiros e estrangeiros residentes no Brasil a inviolabilidade do direito à igualdade. Propriedade intelectual compreende todas as regras tendentes à proteção industrial, direitos do autor e do know how. 11 Art. 4º da Lei da Propriedade Industrial está em consonância com o estatuído no Art. 5º, 2º, da Constituição, segundo o qual os direitos e garantias constitucionais não excluem outros previstos nos tratados internacionais em que o Brasil seja parte. Existindo contradição entre normas previstas na lei interna e aquelas estabelecidas em convenções ratificadas pelo Brasil, que garanta uma proteção mais eficaz ao direito de propriedade industrial, prevalecerão as normas internacionais. 12 6
7 O direito da propriedade industrial tem uma vocação internacional. A circulação de pessoas, de conhecimentos, a internacionalização do comércio e da indústria implicam na necessidade de uma proteção internacional das invenções e dos sinais distintivos. Nesse sentido, várias convenções foram celebradas, de âmbito universal, sobre os mais variados temas de propriedade industrial, destacando-se: Convenção da União de Paris de 1883; Tratado de Cooperação em Matéria de Patentes (PCT), de CONVENÇÃO DA UNIÃO DE PARIS (1883) O art. 4º da CUP institui e regulamenta o direito de prioridade unionista: quando um unionista fizer um pedido de patente num dos países da União, a publicação desse pedido não é obstáculo à concessão de uma patente simétrica por um outro país da União; o interessado tem um prazo de doze meses, a partir do depósito inicial, para fazer os pedidos de patente para a mesma invenção nos outros países da União PERÍODO DE GRAÇA 14 7
8 CONVENÇÃO DA UNIÃO DE PARIS (1883) As patentes concedidas pelos diferentes países unionistas derivadas do direito de prioridade são independentes entre si (art. 4º bis da CUP): são independentes no que se refere ao prazo de duração, nulidade, etc.; P.ex., uma patente considerada nula na Inglaterra (por falta de descrição regular, p.ex.) não implica na nulidade da patente concedida na Alemanha. A legislação de cada país vai ser aplicada para a patente requerida no seu território. 15 ACORDO TRIPS O Acordo TRIPS contém aspectos dos direitos de propriedade industrial relacionados ao comércio; Foi incorporado a direito interno brasileiro, através do Decreto nº 1.355, de 30/12/1994; O Acordo TRIPS prevê um mínimo de proteção da propriedade intelectual não impede o legislador interno de disciplinar uma proteção mais larga aos direitos de propriedade intelectual não prescrita no Acordo TRIPS; 16 8
9 Princípios básicos do Acordo TRIPS Tratamento nacional: assegura que o mesmo tratamento dispensado ao cidadão nacional deve ser garantido aos estrangeiros residentes e não residentes; Nação mais favorecida: todas as vantagens, favores, privilégios ou imunidades concedidas por um Estado parte a outro, devem ser estendidas a todas as outras partes do acordo; Princípios que beneficiam o desenvolvimento sócio-econômico. 17 Art. 5º Consideram-se bens móveis, para os efeitos legais, os direitos de propriedade industrial. Todos os direitos de propriedade industrial constituem direitos de clientela, os quais se caracterizam por uma exclusividade, um monopólio; 18 9
10 Os direitos de propriedade industrial constituem um direito erga omnes (para todos), pois são oponíveis a todos: O titular da patente pode impedir qualquer pessoa de fabricar um produto protegido ou de utilizar o método coberto pela patente; Da mesma forma, o titular da marca pode se opor a que outra pessoa venha a utilizar o mesmo sinal para designar um produto similar; A propriedade industrial é um bem móvel (pode ser removido de um lugar para outro sem sua alteração) e 19 constitui uma propriedade incorpórea (não tem existência concreta). QUALIFICAÇÃO INVENTOR / CRIADOR é a pessoa física que encontrou uma solução nova a um problema, mediante um ato criativo e não por simples dedução lógica. DEPOSITANTE é o requerente do pedido de patente de invenção ou de modelo de utilidade. TITULAR é o proprietário da invenção ou do modelo de utilidade, isto é, aquele em nome do qual a patente é concedida e possui o direito de excluir terceiros de sua exploração
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