Superior Tribunal de Justiça

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1 RECURSO ESPECIAL Nº DF (2007/ ) RELATOR : MINISTRO HONILDO AMARAL DE MELLO CASTRO (DESEMBARGADOR CONVOCADO DO TJ/AP) R.P/ACÓRDÃO : MINISTRA MARIA ISABEL GALLOTTI RECORRENTE : L L (MENOR) REPR. POR : C M P L ADVOGADO : MURILO MENDES COELHO RECORRIDO : T N ADVOGADO : GUSTAVO HENRIQUE LINHARES DIAS E OUTRO(S) EMENTA CIVIL. SUCESSÃO. CÔNJUGE SOBREVIVENTE E FILHA DO FALECIDO. CONCORRÊNCIA. CASAMENTO. COMUNHÃO PARCIAL DE BENS. BENS PARTICULARES. CÓDIGO CIVIL, ART. 1829, INC. I. DISSÍDIO NÃO CONFIGURADO. 1. No regime da comunhão parcial de bens, o cônjuge sobrevivente não concorre com os descendentes em relação aos bens integrantes da meação do falecido. Interpretação do art. 1829, inc. I, do Código Civil. 2. Tendo em vista as circunstâncias da causa, restaura-se a decisão que determinou a partilha, entre o cônjuge sobrevivente e a descendente, apenas dos bens particulares do falecido. 3. Recurso especial conhecido em parte e, nesta parte, provido. ACÓRDÃO Prosseguindo no julgamento, após o voto-vista do Ministro Luis Felipe Salomão, conhecendo parcialmente do recurso e, nessa parte, dando-lhe provimento, acompanhando o Relator, e o voto do Ministro João Otávio de Noronha, no mesmo sentido, a Turma, por unanimidade, conheceu em parte do recurso especial e, nesta parte, deu-lhe provimento, nos termos do voto do Sr. Ministro Relator. Lavrará o acórdão a Ministra Maria Isabel Gallotti, nos termos do art. 52, IV, a, do RISTJ. Os Srs. Ministros João Otávio de Noronha e Luis Felipe Salomão (voto-vista) votaram com o Sr. Ministro Relator. Não participaram do julgamento os Srs. Ministros Raul Araújo e Maria Isabel Gallotti. Brasília (DF), 07 de junho de 2011 (Data do Julgamento) MINISTRA MARIA ISABEL GALLOTTI Relatora p/ acórdão Documento: Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJe: 05/10/2011 Página 1 de 48

2 RECURSO ESPECIAL Nº DF (2007/ ) RELATOR RECORRENTE REPR. POR ADVOGADO RECORRIDO ADVOGADO : MINISTRO HONILDO AMARAL DE MELLO CASTRO (DESEMBARGADOR CONVOCADO DO TJ/AP) : L L : CELINA MARIA PEREIRA LAVINAS : MURILO MENDES COELHO : TACIANA NASSIF : GUSTAVO HENRIQUE LINHARES DIAS E OUTRO(S) RELATÓRIO O EXMO. SR. MINISTRO HONILDO AMARAL DE MELLO CASTRO (DESEMBARGADOR CONVOCADO DO TJ/AP) (Relator): L. L., menor impúbere representada por sua genitora, C. M. P. L., interpõe o presente Recurso Especial com fulcro no art. 105, III, alíneas "a" e "c" do permissivo constitucional, contra v. acórdão proferido pelo Eg. Tribunal de Justiça do Distrito Federal, cuja ementa assentou: "CIVIL. SUCESSÃO. CÔNJUGE SUPÉRSTITE CASADO NO REGIME DA COMUNHÃO PARCIAL. BENS PARTICULARES DEIXADOS PELO AUTOR DA HERANÇA. PARTICIPAÇÃO COMO HERDEIRO NA SUCESSÃO LEGÍTIMA. - O CÔNJUGE SUPÉRSTITE CASADO NO REGIME DA COMUNHÃO PARCIAL COM O FALECIDO, TENDO ESTE DEIXADO BENS PARTICULARES, ALÉM DE SUA MEAÇÃO, CONCORRE COM OS DESCENDENTES, NA SUCESSÃO LEGÍTIMA, PARTICIPANDO DA TOTALIDADE DO ACERVO DA HERANÇA, CONSOANTE A ORDEM DE VOCAÇÃO HEREDITÁRIA ESTABELECIDA NO ARTIGO 1829, I DO CÓDIGO CIVIL DE 2002." (f. 254). Opostos Embargos de Declaração (fs. 269/273), foram eles rejeitados, uma vez inexistente qualquer obscuridade, contradição ou omissão no v. acórdão recorrido (fs. 287/294). Através da presente via especial, a recorrente, única filha do de cujus e herdeira, alega violação ao artigo 1.829, inciso I, do Código Civil de Documento: Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJe: 05/10/2011 Página 2 de 48

3 2002, além de dissídio jurisprudencial. Sustenta, em resumo, o desacerto da decisão proferida pelo Tribunal a quo na medida em que, ao modificar a decisão de primeiro grau, permitiu ao cônjuge supérstite, casado em regime de comunhão parcial de bens, concorresse na sucessão legítima participando da totalidade da herança. Entende a recorrente que, além da meação, o cônjuge sobrevivente somente concorre em relação aos bens particulares do de cujus (sic), conforme decisão interlocutória proferida pela juíza de primeiro grau (fs. 208/210). Nesse particular, para abalizar sua tese, aponta precedente jurisprudencial do Eg. TJ/RS - Agravo nº , utilizando-o como paradigma. A recorrida, por sua vez, em contrarrazões (fs. 323/338), alega que a norma não restringe o alcance da herança devida ao cônjuge. Aduz que é perfeitamente legal o cônjuge sobrevivente concorrer com o descendente herdeiro sobre todo o acervo da herança. Destaca, ainda, a interpretação sistemática ao art , CC, que trata da sucessão entre companheiros, cuja norma conduz ao direito da companheira em receber a herança e sua meação. Permitir tratamentos distintos, com prejuízo ao cônjuge em detrimento da companheira, ofenderia o princípio da isonomia. Aponta, por fim, a descaracterização do dissenso pretoriano, tendo em vista a não similaridade entre as bases fáticas dos acórdãos confrontados. O i. Subprocurador-Geral da República, Dr. Antônio Carlos Pessoa Lins, através de r. parecer de fs. 367/372, opinou pelo parcial provimento do recurso especial, assentando a seguinte ementa: "RECURSO ESPECIAL. SUCESSÕES. INVENTÁRIO E PARTILHA. ART. 1829, I, DO CÓDIGO CIVIL. ADEQUADA INTERPRETAÇÃO. Documento: Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJe: 05/10/2011 Página 3 de 48

4 - Na hipótese de o autor da herança ter deixado bens particulares, deve o cônjuge sobrevivente concorrer com os descendentes, apenas quanto a estes bens, uma vez que já está preservada sua meação sobre os bens comuns constituídos pelo casal. - Parecer pelo conhecimento parcial e, na parte, pelo provimento do presente recurso especial.". É, no essencial, o relatório. Documento: Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJe: 05/10/2011 Página 4 de 48

5 RECURSO ESPECIAL Nº DF (2007/ ) RELATOR RECORRENTE REPR. POR ADVOGADO RECORRIDO ADVOGADO : MINISTRO HONILDO AMARAL DE MELLO CASTRO (DESEMBARGADOR CONVOCADO DO TJ/AP) : L L : CELINA MARIA PEREIRA LAVINAS : MURILO MENDES COELHO : TACIANA NASSIF : GUSTAVO HENRIQUE LINHARES DIAS E OUTRO(S) EMENTA DIREITO CIVIL. SUCESSÕES. ORDEM DE VOCAÇÃO HEREDITÁRIA. CONCORRÊNCIA ENTRE O CÔNJUGE SUPÉRSTITE E DESCENDENTE FILHA EXCLUSIVA DO DE CUJUS. EXISTÊNCIA DE BENS PARTICULARES DO FALECIDO. CASAMENTO SOB O REGIME DE COMUNHÃO PARCIAL DE BENS. EXEGESE DO ART. 1829, INCISO I, DO CÓDIGO CIVIL DE I - Em razão da incongruência da redação do art , inciso I, do CC/02, a doutrina brasileira possui relevantes vozes defendendo correntes distintas acerca da interpretação da sucessão do cônjuge quando casado sob o regime comunhão parcial de bens. II - Ao enfrentar o presente tema, este Colendo Superior Tribunal de Justiça, diante de seu papel de unificador do direito federal, deve manter a integridade do sistema normativo de modo a prevalecer o seu entendimento por ser o intérprete oficial dos enunciados normativos. A Corte Especial deste STJ decidiu que "... o conteúdo da norma não é, necessariamente, aquele sugerido pela doutrina, ou pelos juristas ou advogados, e nem mesmo o que foi imaginado ou querido em seu processo de formação pelo legislador; o conteúdo da norma é aquele, e tão somente aquele, que o Poder Judiciário diz que é." (Corte Documento: Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJe: 05/10/2011 Página 5 de 48

6 Especial, AI nos ERESP /PE, MIN. TEORI ALBINO ZAVASCKI, julgado em ). III - A jurisprudência desta Eg. Corte de Justiça cada vez mais se firma no sentido de que não há como dissociar o direito sucessório dos regimes de bens do casamento, de modo que se tenha após a morte, o que, em vida, não se pretendeu. IV - Malfere legislação federal, portanto, a decisão que confere ao cônjuge supérstite, além de sua meação, direitos sobre todo o acervo da herança do de cujus, desrespeitando a autonomia de vontade do casal quando da escolha do regime de comunhão parcial de bens. V - Na nova ordem de vocação hereditária do Código Civil de 2002, o caráter protecionista da lei ao cônjuge sobrevivente não deve ser confundida como um privilégio de modo a prejudicar os demais herdeiros necessários na ordem de sucessão. VI - Na sucessão legítima sob o regime de comunhão parcial de bens, a regra é: ocorrendo o evento morte de um dos cônjuges, ao sobrevivente é garantida a meação dos bens comuns (havidos na constância do casamento). Não concorre ele com os descendentes em relação à herança (bens comuns do falecido), tampouco em relação aos bens particulares, pois o sobrevivo, por força do regime de casamento (comunhão parcial), já encontra-se amparado pela meação. Os bens particulares dos cônjuges são, em regra, incomunicáveis em razão do regime convencionado em vida pelo casal. VII - A máxima que prevalece no direito sucessório é no sentido de "quem é meeiro não deve ser herdeiro", Documento: Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJe: 05/10/2011 Página 6 de 48

7 conforme ensinamentos do Professor MIGUEL REALE (Citado por EDUARDO DE OLIVEIRA LEITE, in A Nova Ordem de Vocação Hereditária e a Sucessão dos Cônjuges, RT, 815, São Paulo, Set pg. 33). VIII - É excepcional a concorrência entre os descendentes e o cônjuge sobrevivente casado sob o regime de comunhão parcial de bens com o de cujus, prevista na parte final do art , inciso I, do CC/02. Subsiste a concorrência, e tão-somente nessas hipóteses, se inexistentes bens comuns ou herança a partilhar, e o falecido deixar apenas bens particulares, tendo em vista o caráter protecionista da norma que visa não desamparar o sobrevivente nessas situações excepcionais. IX - Todavia, na hipótese sub examine, nos estreitos limites estabelecidos pelo pedido em sede de recurso especial, embora entenda como não devidos, a única filha do de cujus, ora recorrente, expressamente pugna para que os bens anteriores do falecido (particulares) sejam divididos entre ela própria e o cônjuge sobrevivente, não se tem como obstaculizar essa pretensão em sede recursal, pois o direito lhe é concedido por livre vontade e de natureza renunciável. X - Recurso Especial conhecido em parte e, nessa extensão, provido. Documento: Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJe: 05/10/2011 Página 7 de 48

8 VOTO O EXMO. SR. MINISTRO HONILDO AMARAL DE MELLO CASTRO (DESEMBARGADOR CONVOCADO DO TJ/AP) (Relator): A quaestio cinge-se em definir, consoante interpretação do art. 1829, inciso I, do Código Civil Brasileiro, que trata da ordem de vocação hereditária na sucessão legítima, se o cônjuge supérstite, uma vez existindo bens particulares do de cujus, concorre com o descendente na totalidade do acervo da herança ou apenas em relação a esses bens particulares. Enfrento, em separado, a admissibilidade recursal. I - Da divergência jurisprudencial: De início, afasto a alegada divergência. Enquanto o acórdão paradigma afirma a inexistência de bens particulares do de cujus, o acórdão recorrido é claro ao afirmar a existência deles para fins de definição da ordem de sucessão. Desatendida, portanto, a regra do art. 541, parágrafo único, do CPC, porquanto os arestos confrontados não possuem similitude fática. Não conheço, pois, do recurso pelo dissídio pretoriano. II - Da exegese do art , inciso I, do CC/02: Quanto à interpretação da norma (alínea "a"), o recurso merece conhecimento, pois preenchidos os requisitos de admissibilidade. O assunto é extremamente polêmico. A doutrina brasileira possui relevantes vozes defendendo correntes distintas. Ao enfrentar o presente tema, este Colendo Superior Tribunal de Justiça, diante de seu papel de unificador do direito federal, deve manter a integridade do sistema normativo de modo a prevalecer o seu entendimento por ser o intérprete oficial dos enunciados normativos. Documento: Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJe: 05/10/2011 Página 8 de 48

9 Destaca-se que a Eg. Corte Especial deste STJ decidiu que "... o conteúdo da norma não é, necessariamente, aquele sugerido pela doutrina, ou pelos juristas ou advogados, e nem mesmo o que foi imaginado ou querido em seu processo de formação pelo legislador; o conteúdo da norma é aquele, e tão somente aquele, que o Poder Judiciário diz que é." (Corte Especial, AI nos ERESP /PE, Min. Teori Albino Zavascki, julgado em ). Rendo, pois, minhas homenagens aos ilustres doutrinadores diante de suas relevantes contribuições para a solução da lide. Contudo, em última instância, face a devolução da matéria em sede de recurso especial, cabe a este C. Superior Tribunal de Justiça definir a interpretação da norma em evidência. Com efeito, o dispositivo legal assim dispõe: "Art A sucessão legítima defere-se na ordem seguinte: I - aos descendentes, em concorrência com o cônjuge sobrevivente, salvo se casado este com o falecido no regime da comunhão universal, ou no da separação obrigatória de bens (art , parágrafo único); ou se, no regime da comunhão parcial, o autor da herança não houver deixado bens particulares;" Trata-se, como visto, de ordem de vocação hereditária na sucessão legítima, conforme previsão do Código Civil de Nos ensinamentos de SILVIO RODRIGUES, citado por MARIA HELENA DINIZ, "a ordem de vocação hereditária é uma relação preferencial, estabelecida pela lei, das pessoas que são chamadas a suceder o finado. " (in Código Civil Comentado, 14ª Edição: Ed. Saraiva, 2009, pg. 1292). A relação é, portanto, de preferência. Sendo assim, extrai-se a regra de que: "convocam-se os herdeiros segundo tal ordem legal, de forma que uma classe só será chamada quando faltarem herdeiros da classe Documento: Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJe: 05/10/2011 Página 9 de 48

10 precedente. " (Ob. cit.). Há, portanto, quatro classes para a sucessão: 1) os descendentes, 2) os ascendentes, 3) o cônjuge sobrevivente e, finalmente, 4) os colaterais. As classes, repiso, obedecem a ordem legal. Sucede que o Código Civil de 2002, ao contrário do Código de Beviláqua (tido este como patrimonialista ), alçou caráter protecionista ao Direito de Família e Sucessões, atribuindo ao cônjuge um privilégio: de concorrer na herança com os descendentes e ascendentes, conforme previsão do art , incisos I e II do CC/02. Todavia, condicionou ao preenchimento de requisitos. A controvérsia dos autos diz respeito ao alcance da palavra "concorrência". Se atinge a herança na sua totalidade ou apenas bens particulares do falecido. Adianto que a Egrégia 3ª Turma deste Colendo Superior Tribunal de Justiça possui importante precedente, REsp nº SP, de relatoria da Ministra Nancy Andrighi, que bem expõe a controvérsia. Nesse substancioso acórdão, este Colendo STJ enfrentou, entre outros dispositivos, o art , inciso I, do CC/02. Entretanto, longe de por fim ao debate, a Eg. 3ª Turma alertou que referida decisão não exauriria a polêmica que envolve o assunto, haja vista as peculiaridades que o envolvem. O Ministro Sidnei Beneti, em voto de vista, deixou bem claro o alcance daquele julgamento, ao afirmar que não se estava julgando "...sucessão que envolva quem tenha se casado com pessoa viúva com filho do primeiro casamento, matéria diversa, trazida várias vezes à comparação. " Por outro lado, o eminente Ministro afirmou também que "Não há como como deixar de definir agora a complexa situação hereditária com que o novo Documento: Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJe: 05/10/2011 Página 10 de 48

11 Código Civil brindou a sociedade nacional." (sic). Observo, com isso, que naquele precedente o tema foi abordado de forma pontual. Há similitude, ainda que parcial, com o presente caso, notadamente pela fundamentação trazida pela parte recorrida nestes autos em contrarrazões no tocante a interpretação sistêmica ao art , CC/02, que trata da sucessão entre companheiros. A recorrida (cônjuge sobrevivente ) sustenta, nesse ponto específico, que ao prevalecer o entendimento de que o cônjuge supérstite não concorre na totalidade do acervo da herança, violaria-se o princípio da isonomia, porque na união estável a companheira possui esse direito. O sistema civil geraria perplexidade ao conferir mais vantagem à companheira que ao cônjuge. Sob essa ótica, o tema foi enfrentado pela eminente Ministra Nancy Andrighi, sendo, portanto, esse precedente de suma importância para o exame do presente recurso (nesse aspecto), vez que enfrenta a hipotética vantagem ou desvantagem na opção de contrair matrimônio ou de se conviver em união estável. Com efeito, a ementa do REsp. nº SP, nesse particular, assentou: "Direito das sucessões. Recurso especial. Inventário. De cujus que, após o falecimento de sua esposa, com quem tivera uma filha, vivia, em união estável, há mais de trinta anos, com sua companheira, sem contrair matrimônio. Incidência, quanto à vocação hereditária, da regra do art do CC/02. Alegação, pela filha, de que a regra é mais favorável para a convivente que a norma do art. 1829, I, do CC/02, que incidiria caso o falecido e sua companheira tivessem se casado pelo regime da comunhão parcial. Afirmação de que a Lei não pode privilegiar a união estável, em detrimento do casamento. - O art do CC/02, que regula a sucessão do 'de cujus' que vivia em comunhão parcial com sua companheira, estabelece Documento: Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJe: 05/10/2011 Página 11 de 48

12 que esta concorre com os filhos daquele na herança, calculada sobre todo o patrimônio adquirido pelo falecido durante a convivência. - A regra do art , I, do CC/02, que seria aplicável caso a companheira tivesse se casado com o 'de cujus' pelo regime da comunhão parcial de bens, tem interpretação muito controvertida na doutrina, identificando-se três correntes de pensamento sobre a matéria: (i) a primeira, baseada no Enunciado 270 das Jornadas de Direito Civil, estabelece que a sucessão do cônjuge, pela comunhão parcial, somente se dá na hipótese em que o falecido tenha deixado bens particulares, incidindo apenas sobre esses bens; (ii) a segunda, capitaneada por parte da doutrina, defende que a sucessão na comunhão parcial também ocorre apenas se o 'de cujus' tiver deixado bens particulares, mas incide sobre todo o patrimônio, sem distinção; (iii) a terceira defende que a sucessão do cônjuge, na comunhão parcial, só ocorre se o falecido não tiver deixado bens particulares. - Não é possível dizer, aprioristicamente e com as vistas voltadas apenas para as regras de sucessão, que a união estável possa ser mais vantajosa em algumas hipóteses, porquanto o casamento comporta inúmeros outros benefícios cuja mensuração é difícil. - É possível encontrar, paralelamente às três linhas de interpretação do art , I, do CC/02 defendidas pela doutrina, um quarta linha de interpretação, que toma em consideração a vontade manifestada no momento da celebração do casamento, como norte para a interpretação das regras sucessórias. - Impositiva a análise do art , I, do CC/02, dentro do contexto do sistema jurídico, interpretando o dispositivo em harmonia com os demais que enfeixam a temática, em atenta observância dos princípios e diretrizes teóricas que lhe dão forma, marcadamente, a dignidade da pessoa humana, que se espraia, no plano da livre manifestação da vontade humana, por meio da autonomia privada e da conseqüente autorresponsabilidade, bem como da confiança legítima, da qual brota a boa fé; a eticidade, por fim, vem complementar o sustentáculo principiológico que deve delinear os contornos da norma jurídica. - Até o advento da Lei n.º 6.515/77 (Lei do Divórcio), vigeu no Direito brasileiro, como regime legal de bens, o da comunhão universal Documento: Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJe: 05/10/2011 Página 12 de 48

13 , no qual o cônjuge sobrevivente não concorre à herança, por já lhe ser conferida a meação sobre a totalidade do patrimônio do casal; a partir da vigência da Lei do Divórcio, contudo, o regime legal de bens no casamento passou a ser o da comunhão parcial, o que foi referendado pelo art do CC/02. - Preserva-se o regime da comunhão parcial de bens, de acordo com o postulado da autodeterminação, ao contemplar o cônjuge sobrevivente com o direito à meação, além da concorrência hereditária sobre os bens comuns, mesmo que haja bens particulares, os quais, em qualquer hipótese, são partilhados apenas entre os descendentes. Recurso especial improvido." (Grifei) Note-se que, em se tratando de sucessão, essa suposta vantagem (ou desvantagem ) entre casar ou constituir união estável limita-se a um campo incerto. Não há como confrontar os benefícios ou prejuízos entre um ou outro instituto. A questão é, portanto, imensurável como afirma o voto condutor supracitado. Ademais, no caso ora sub examine, não se trata de companheira, mas de cônjuge. Sem razão, portanto, a recorrida (cônjuge sobrevivente) em argüir isonomia entre o cônjuge e a companheira. Reporto-me, outrossim, ao tema principal: a regra de preferência do art , I, do CC/02. Há, repiso, uma incongruência na redação do artigo, notadamente a parte final que trata do deferimento da sucessão aos descendentes em concorrência com o cônjuge sobrevivente quando este for casado com o de cujus sob o regime de comunhão parcial de bens. A eminente Ministra Nancy Andrighi, com propriedade, expõe essa controvérsia. Apresenta quadros demonstrativos destacando três correntes doutrinárias. O valoroso precedente assentou, litteris: "(...) Documento: Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJe: 05/10/2011 Página 13 de 48

14 A redação ambígua dessa norma tem suscitado muitas dúvidas na doutrina, e três correntes se estabeleceram, interpretando tal dispositivo de maneira completamente diferente. São elas: III.1) Primeira corrente: Enunciado 270, da III Jornada de Direito Civil A primeira corrente deriva do Enunciado 270, da III Jornada de Direito Civil, organizada pelo Conselho da Justiça Federal, que dispõe: Enunciado 270 Art : O art , inc. I, só assegura ao cônjuge sobrevivente o direito de concorrência com os descendentes do autor da herança quando casados no regime da separação convencional de bens ou, se casados nos regimes da comunhão parcial ou participação final nos aqüestos, o falecido possuísse bens particulares, hipóteses em que a concorrência se restringe a tais bens, devendo os bens comuns (meação) ser partilhados exclusivamente entre os descendentes. De acordo com esse entendimento, a sucessão do cônjuge obedeceria as seguintes regras: (i) se os cônjuges se casaram pelo regime da comunhão universal, o sobrevivente não concorre com os filhos na sucessão, já que recebeu suficiente patrimônio em decorrência da meação (incidente, nesta hipótese, sobre todo o patrimônio do casal, independentemente da data de aquisição); (ii) se o casamento se deu pela separação obrigatória, entendida essa como a separação legal de bens, também não concorrem cônjuge e filhos, porque isso burlaria o sistema legal; (iii) finalmente, se o casamento tiver sido realizado na comunhão parcial (ou nos demais regimes de bens), há duas possibilidades: (iii.1) se o falecido deixou bens particulares (a semelhança do que ocorre nestes autos), o cônjuge sobrevivente participa da sucessão, porém só quanto a tais bens, excluindo-se os bens adquiridos na constância do matrimônio, porque eles já são objeto da meação; (iii.2) se não houver bens particulares, o cônjuge sobrevivente não participa da sucessão (porquanto sua meação seria suficiente e se daria, aqui, hipótese semelhante à da comunhão universal de bens). Para maior clareza, pode-se elaborar um quadro, demonstrativo das regras gerais de sucessão legítima, conforme a 1ª Documento: Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJe: 05/10/2011 Página 14 de 48

15 corrente estudada, nas hipóteses em que o falecido tenha deixado descendentes e cônjuge/companheiro(a) : Regimes Meação Cônjuge/compan heiro herda bens particulares? Cônjuge/compan heiro herda bens comuns? União estável Sim Não Sim, em concurso com os descendentes Comunhão universal Sim Não Não Comunhão Sim Sim, em concurso Não parcial com os descendentes. Separação obrigatória Separação convencional Não Definido Não, em princípio Não Sim, em concurso com descendentes. Não Não há, em princípio, bens comuns. Também corroboram esse entendimento ANA CRISTINA DE BARROS MONTEIRO FRANÇA PINTO (atualizadora do Curso de Direito Civil de WASHINGTON DE BARROS MONTEIRO, Vol. 6 37ª Ed. São Paulo: Saraiva, 2009, pág. 97), NEY DE MELLO ALMADA (Sucessões, São Paulo: Malheiros, 2006, pág. 175), entre outros. Frise-se que esse quadro tem, como objetivo, apenas pinçar orientações gerais sobre a matéria, sem pretensão de debruçar-se sobre as peculiaridades de cada um dos regimes de bens, ou esgotar discussões doutrinárias e jurisprudenciais que cada um deles pode suscitar. É de conhecimento geral que a interpretação das novas regras de sucessão, notadamente o art , I, do CC/02, tem gerado intensa controvérsia que, por não ser objeto especificamente deste processo, não será, aqui, esgotada. III.2) Segunda corrente: Herança sobre o patrimônio total A segunda e majoritária corrente doutrinária acerca da interpretação do art , I, do CC/02, defende uma idéia Documento: Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJe: 05/10/2011 Página 15 de 48

16 substancialmente diferente. Os seus partidários, a exemplo dos defensores do Enunciado 270 das Jornadas, separam, no casamento pela comunhão parcial, a hipótese em que o falecido tenha deixado bens particulares, e a hipótese em que ele não tenha deixado bens particulares (sempre considerando a existência de descendentes). Se o cônjuge pré-morto não tiver deixado bens particulares, o supérstite não recebe nada, a título de herança. Contudo, se o autor da herança tiver deixado bens particulares, o cônjuge herda, nas proporções fixadas pela Lei (arts. 1830, 1832 e 1837), não apenas os bens particulares, mas todo o acervo hereditário. MARIA HELENA DINIZ defende essa tese com os seguintes fundamentos (Curso de Direito Civil Brasileiro, v. 6: direito das sucessões 20a ed. rev. e atual. De acordo com o Novo Código Civil São Paulo: Saraiva, 2006, págs. 124 e ss.): (i) a herança é indivisível, deferindo-se como um todo unitário (art ). Assim, não há sentido em dividi-la apenas nas hipóteses em que o cônjuge concorre, na sucessão; (ii) se o cônjuge sobrevivente for ascendente dos demais herdeiros, terá a garantia de 1/4 da herança. Essa garantia é incompatível com sua quase-exclusão, na hipótese em que o falecido tiver deixado poucos bens; (iii) o cônjuge supérstite é herdeiro necessário, e não há sentido em lhe garantir a legítima se ele não herdará, no futuro, esse patrimônio; (iv) em um regime de separação convencional, as partes podem firmar pacto antenupcial disciplinando a comunicação dos aquestos, e não obstante o cônjuge sobrevivente os herdará. Não há sentido em restringir tal direito apenas na comunhão parcial; (v) meação e herança são institutos diversos. No falecimento, a meação do falecido passa a integrar seu patrimônio, não havendo razão para destacá-la para fins de herança. Para os defensores dessa corrente, o quadro supra referido restaria da seguinte forma (sempre na hipótese de o falecido ter Documento: Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJe: 05/10/2011 Página 16 de 48

17 deixado bens particulares e filhos): Regimes Meação Cônjuge/compan heiro herda bens Cônjuge/compan heiro herda bens comuns? particulares? União estável Sim Não Sim, em concurso com os descendentes Comunhão universal Sim Não Não Comunhão Sim Sim, em concurso Sim, em concurso parcial com os com os descendentes. descendentes Separação obrigatória Não definido Não Não Separação Não, em Sim, em concurso Sim, se os houver, Convencional princípio com descendentes. em concurso com os descendentes III.3) Terceira corrente: Interpretação Invertida A terceira corrente que se formou para a interpretação do art , I, do CC/02, inverte as idéias defendidas pelas anteriores. Encabeçada por MARIA BERENICE DIAS, defende que a sucessão do cônjuge fica excluída na hipótese de o falecido ter deixado bens particulares (Ponto Final, disponível em:< Up=true > Acesso 23 Set. 2009). Enquanto os defensores da primeira e da segunda correntes apenas reconheciam, ao cônjuge casado pelo regime da comunhão parcial de bens, o direito à sucessão na hipótese de o falecido ter deixado bens particulares, esta terceira linha de pensamento defende que só há sucessão na hipótese em que ele não os deixou, concorrendo o cônjuge sobrevivente com os descendentes, na herança dos bens comuns. Documento: Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJe: 05/10/2011 Página 17 de 48

18 Pelo sistema defendido por esta corrente, o quadro, para as hipóteses em que o falecido deixou bens particulares e filhos, ficaria da seguinte forma: Regimes Meação Cônjuge/companhei Cônjuge/companhei ro herda bens ro herda bens particulares? comuns? União estável Sim Não Sim, em concurso com os descendentes Comunhão universal Sim Não Não Comunhão parcial Sim Não há herança do Sim, em concurso cônjuge, se houver com os bens descendentes. particulares. Separação legal Não definido Não Não Separação Não, em Sim, em concurso Sim, se os houver, Convencional princípio com os descendentes em concurso com os descendentes A despeito dessas notáveis correntes doutrinárias, a eminente Ministra Nancy Andrighi apresenta solução sem se filiar a qualquer uma delas. Ao contrário, a respeitável Julgadora apresenta uma quarta corrente, verbis: "(...) IV - Solução da controvérsia Na hipótese dos autos, o cerne da controvérsia diz respeito a apurar se é admissível, no panorama constitucional brasileiro, que a regra, quanto à sucessão, seja mais favorável à companheira supérstite do que seria caso ela tivesse contraído matrimônio, dadas as diferenças entre o art e o art , I, do CC/02. Nesse contexto, a exposição das três teorias existentes para a interpretação do art , I, do CC/02, assume importância para se apurar se realmente a regra do art é, para a companheira, mais vantajosa que a disciplina de sucessão do cônjuge. Em primeiro lugar, é importante ressaltar que não se pode dizer que há vantagem em um ou em outro regime familiar, tomando-se em consideração somente para as regras de sucessão legítima. Ainda que, em Documento: Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJe: 05/10/2011 Página 18 de 48

19 dados momentos, a regra de sucessão legítima seja mais vantajosa para o companheiro, isso não significa que o regime da União Estável seja necessariamente mais vantajoso que o casamento, do ponto de vista global. Há diversos benefícios conferidos pela lei ao casamento que não se estendem à união estável. Basta pensar, por exemplo, que a prova do casamento é direta, decorrendo meramente do registro (art do CC/02), ao passo que a união estável deve ser demonstrada caso a caso; que o cônjuge é herdeiro necessário, contando com a garantia da legítima que, em princípio, não assiste ao companheiro; que, protegendo o patrimônio do casal, a Lei condiciona à autorização do cônjuge a prática de determinados negócios jurídicos; que a ordem de vocação hereditária coloca o cônjuge antes dos colaterais na sucessão exclusiva; e assim por diante. Em segundo lugar, é muito difícil antecipar o quanto representariam essas vantagens, aferíveis, não no momento da sucessão, mas durante a relação mantida entre os cônjuges, na decisão de contrair ou não casamento. É temerário afirmar, apressadamente e com os olhos voltados apenas para uma situação pontual, que os arts e podem tornar mais vantajoso viver sob o regime da união estável sob o regime do casamento. As variáveis são muito numerosas. De todo modo, é importante frisar que não há, neste processo, vantagem para a companheira, para efeitos sucessórios, com relação à situação hipotética da cônjuge. Isso porque, ao lado das três correntes supra mencionadas, todas elas insatisfatórias para solucionar a perplexidade que este processo suscita, é necessário se estabelecer ainda uma quarta, mais inovadora, baseada na ideia de que a vontade do cônjuge, manifestada no casamento, deve ser tomada em consideração também no momento de interpretar as regras sucessórias. Essa nova idéia, como se verá adiante, estende, quanto aos efeitos práticos, a regra aplicável à União Estável à do regra casamento, eliminando, nesse aspecto, a diferença entre os regimes. Note-se que aqui se faz-se exatamente o contrário do que pretende o recorrente: em vez de restringir a regra do art do CC/02, para adapta-la à regra do art , inova-se na própria interpretação do art , aproximando-a do art Explica-se. Documento: Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJe: 05/10/2011 Página 19 de 48

20 IV.1) Quarta corrente interpretativa do art. 1829, I do CC/02 : a consideração da vontade manifestada no casamento, para a interpretação das regras sucessórias. De início, torna-se impositiva a análise do art , I, do CC/02, dentro do contexto do sistema jurídico, interpretando o dispositivo em harmonia com os demais que enfeixam a temática, em atenta observância dos princípios e diretrizes teóricas que lhe dão forma, marcadamente, a dignidade da pessoa humana, que se espraia, no plano da livre manifestação da vontade humana, por meio da autonomia da vontade, da autonomia privada e da consequente autorresponsabilidade, bem como da confiança legítima, da qual brota a boa fé. A eticidade, por fim, vem complementar o sustentáculo principiológico que deve delinear os contornos da norma jurídica. Até o advento da Lei n.º 6.515/77 (Lei do Divórcio), considerada a importância dos reflexos do elemento histórico na interpretação da lei, vigeu no Direito brasileiro, como regime legal de bens, o da comunhão universal, no qual o cônjuge sobrevivente não concorre à herança, por já lhe ser conferida a meação sobre a totalidade do patrimônio do casal. A partir da vigência da Lei do Divórcio, contudo, o regime legal de bens no casamento passou a ser o da comunhão parcial, o que foi referendado pelo art do CC/02. Assim, quando os nubentes silenciam a respeito de qual regime de bens irão adotar, a lei presume que será o da comunhão parcial, pelo qual se comunicam os bens que sobrevierem ao casal, na constância do casamento, consideradas as exceções legais previstas no art do CC/02. Se em vida os cônjuges assumiram, por vontade própria, o regime da comunhão parcial de bens, na morte de um deles, deve essa vontade permanecer respeitada, sob pena de ocorrer, por ocasião do óbito, o retorno ao antigo regime legal: o da comunhão universal, em que todo acervo patrimonial, adquirido na constância ou anteriormente ao casamento, é considerado para efeitos de meação. A permanecer a interpretação conferida pela doutrina majoritária de que o cônjuge casado sob o regime da comunhão parcial herda em concorrência com os descendentes, inclusive no tocante aos bens particulares, teremos no Direito das Sucessões, na verdade, a Documento: Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJe: 05/10/2011 Página 20 de 48

21 transmutação do regime escolhido em vida comunhão parcial de bens nos moldes do Direito Patrimonial de Família, para o da comunhão universal, somente possível de ser celebrado por meio de pacto antenupcial por escritura pública. Não se pode ter após a morte o que não se queria em vida. A adoção do entendimento de que o cônjuge sobrevivente casado pelo regime da comunhão parcial de bens concorre com os descendentes do falecido a todo o acervo hereditário, viola, além do mais, a essência do próprio regime estipulado. Por tudo isso, a melhor interpretação é aquela que prima pela valorização da vontade das partes na escolha do regime de bens, mantendo-a intacta, assim na vida como na morte dos cônjuges. Desse modo, preserva-se o regime da comunhão parcial de bens, de acordo com o postulado da autodeterminação, ao contemplar o cônjuge sobrevivente com o direito à meação, além da concorrência hereditária sobre os bens comuns, haja ou não bens particulares, partilháveis, estes unicamente entre os descendente s. A separação de bens, que pode ser convencional ou legal, em ambas as hipóteses é obrigatória, porquanto na primeira, os nubentes se obrigam por meio de pacto antenupcial contrato solene lavrado por escritura pública, enquanto na segunda, a obrigação é imposta por meio de previsão legal. Sob essa perspectiva, o regime de separação obrigatória de bens, previsto no art , inc. I, do CC/02, é gênero que congrega duas espécies: (i) separação legal; (ii) separação convencional. Uma decorre da lei e a outra da vontade das partes, e ambas obrigam os cônjuges, uma vez estipulado o regime de separação de bens, à sua observância. Dessa forma, não remanesce, para o cônjuge casado mediante separação de bens, direito à meação, salvo previsão diversa no pacto antenupcial, tampouco à concorrência sucessória, respeitando-se o regime de bens estipulado, que obriga as partes na vida e na morte. Nos dois casos, portanto, o cônjuge sobrevivente não é herdeiro necessário. Entendimento em sentido diverso, suscitaria clara antinomia entre os arts , inc. I, e 1.687, do CC/02, o que geraria uma quebra da unidade sistemática da lei codificada, e provocaria a morte do Documento: Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJe: 05/10/2011 Página 21 de 48

22 regime de separação de bens. Por isso, entre uma interpretação que torna ausente de significado o art do CC/02, e outra que conjuga e torna complementares os citados dispositivos, não é crível que seja conferida preferência à primeira solução. Importante mencionar, no tocante ao caráter balizador do regime matrimonial de bens no que concerne ao direito sucessório, julgado desta 3ª Turma, do qual se extraem as seguintes ponderações: (...) o regime matrimonial de bens atua como elemento direcionador do direito de herança concorrente do cônjuge. (...) O regramento sucessório é de suma importância enquanto complexo de ordem pública, em virtude de seus reflexos no organismo familiar e no âmbito social, que vão além do simples direito individual à pertença de bens. (RMS /RJ, de minha relatoria, DJ de 28/5/2007. Com as considerações acima, o quadro, para as hipóteses em que o falecido deixou bens particulares e filhos, ficaria da seguinte forma: Regimes Meação Cônjuge /companheiro herda bens particulares? Cônjuge /companheiro herda bens comuns? União estável Sim Não Sim, em concurso com os descendentes Comunhão universal Sim Não Não Comunhão parcial Sim Não Sim, em concurso com os descendentes. Documento: Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJe: 05/10/2011 Página 22 de 48

23 Separação de bens, que pode ser legal ou convencional. Não Não Não Essa é a forma pela qual deve ser interpretado o art , I, do CC/02. Preserva-se, com isso, a vontade das partes, manifestada no momento da celebração do casamento, também para fins de interpretação das regras de sucessão. E elimina-se, para fins de cálculo do montante partilhável, as diferenças entre União Estável e Casamento. Especificamente para os fins do processo sob julgamento, a adoção dessa quarta linha de pensamento retira, de maneira integral, os fundamentos da irresignação da recorrente. Se a recorrida tivesse contraído matrimônio com o de cujus, as regras quanto ao cálculo do montante sobre o qual se calcularia sua sucessão seriam exatamente as mesmas. Forte em tais razões, conheço do recurso especial e nego-lhe provimento." (...)" O substancioso voto conclui que no regime de comunhão parcial de bens o cônjuge sobrevivente concorre com os descendentes tão-somente em relação aos bens comuns. Permissa vênia, em que pese os sólidos fundamentos da decisão supra, não comungo de sua conclusão. Entendo, pois, que a concorrência entre os descendentes e o cônjuge supérstite em hipótese alguma alcança os bens comuns do de cujus. Os bens particulares, ao contrário, podem ser objeto de concorrência, mas de forma condicionada à inexistência de patrimônio comum do casal. E Documento: Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJe: 05/10/2011 Página 23 de 48

24 explico o por quê. Reconheço que os bens particulares do de cujus não devam integrar o acervo da herança, pois adquiridos anteriormente ao casamento. Já em relação aos bens comuns, no entanto, o cônjuge supérstite já recebe a meação, ficando em extrema vantagem se concorrer com os descendentes naquele patrimônio que está intrinsecamente incomunicável pelo regime escolhido em vida (o de comunhão "parcial" de bens). Nessa esteira de entendimento, aliás, a jurisprudência deste Colendo Superior Tribunal de Justiça cada vez mais se firma no sentido de que não há como dissociar o direito sucessório dos regimes de bens do casamento, de modo que se tenha após a morte, o que, em vida, não se pretendeu. Com efeito, esta Egrégia 4ª Turma, nos autos do REsp. nº RJ (Rel. p/acórdão Min. Fernando Gonçalves), conferiu inegável relação entre o direito sucessório e o regime de casamento. Embora nesse julgado a matéria corresponda às disposições de última vontade do testador, extrai-se de seu bojo fundamentos que corroboram o entendimento ora sufragado. Destaca-se que no julgamento citado, proferido por esta Eg. 4ª Turma, em voto de vista o eminente Ministro Luis Felipe Salomão, com propriedade que lhe é peculiar, após transcrever renomados posicionamentos doutrinários, afirma que: "- existe no plano sucessório, influência inegável do regime de bens no casamento, não se podendo afirmar que são absolutamente independentes e sem relacionamento no tocante às causas e aos efeitos esses institutos que a lei particulariza nos direitos de família e das sucessões ;" O emin. Ministro Fernando Gonçalves, também no mesmo Documento: Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJe: 05/10/2011 Página 24 de 48

25 sentido, após explanação judiciosa, conferiu interpretação ao art. 1829, inciso I, do CC, assentando, no que interessa, que: "(...) Essa não parece, porém, a melhor exegese a ser dada ao art. 1829, inciso I, do Código Civil de De fato, o legislador reconhece aos nubentes, já desde o Código Civil de 1916, a possibilidade de autodeterminação no que se refere ao seu patrimônio, autorizando-lhes a escolha do regime de bens, dentre os quais o da separação total, no qual, segundo Pontes de Miranda, "os patrimônios dos cônjuges permanecem incomunicáveis, de ordinário sob a administração exclusiva de cada cônjuge, que só precisa da outorga do outro cônjuge, para a alienação dos bens de raiz" (Tratado de Direito Privado. São Paulo: Ed. Borsói, tomo 8, p. 343), incomunicabilidade que se perpetua com o falecimento de um deles, dada a possibilidade de se excluir o cônjuge sobrevivente da qualidade de herdeiro, através de testamento, como no caso em comento. Assim, qualquer que seja a razão pela qual os cônjuges decidem por renunciar um ao patrimônio do outro, essa determinação é respeitada pela lei anterior. No novo Código Civil, porém, adotada interpretação literal do art. 1829, se conclui pela inclusão do cônjuge sobrevivente como herdeiro necessário, o que no caso de separação convencional de bens, significa que é concedido aos consortes liberdade de autodeterminação em vida, retirada essa, porém, com o advento da morte, transformando a sucessão em uma espécie de proteção previdenciária. Cuida-se, iniludivelmente, de quebra na estrutura do sistema codificado. Com efeito, não há como compatibilizar as disposições do art. 1639, que autoriza os nubentes a estipular o que lhes aprouver em relação a seus bens, bem como do art. 1687, que permite a adoção do regime de separação absoluta de bens (afastando, inclusive, a necessidade de outorga do outro cônjuge para a alienação de bens), com os termos do art. 1829, que eleva o cônjuge sobrevivente à qualidade de herdeiro necessário, determinando, inexoravelmente, a comunicabilidade dos patrimônios. De fato, seria de se questionar o porquê de se escolher a Documento: Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJe: 05/10/2011 Página 25 de 48

26 incomunicabilidade de bens, se eles necessariamente se somarão no futuro. Tal inconsistência é apontada pelo Professor Miguel Reale, que a respeito do tema assim se pronuncia, verbis: "Em um código os artigos se interpretam uns pelos outros", eis a primeira regra de Hermenêutica Jurídica estabelecida pelo Jurisconsulto Jean Portalis, um dos principais elaboradores do Código Napoleão. Desse entendimento básico me lembrei ao surgirem dúvidas quanto ao verdadeiro sentido do inciso I do art do novo Código Civil, segundo o qual a sucessão legítima cabe, em primeira linha, aos "descendentes, em concorrência com o cônjuge sobrevivente, salvo se casado este com o falecido no regime da comunhão universal de bens ou da separação obrigatória de bens (art , parágrafo único); ou se, no regime da comunhão parcial, o autor da herança não houver deixado bens particulares". Há quem entenda que, desse modo, o cônjuge seria herdeiro necessário também na hipótese de ter casado no regime de separação de bens (art ), o que não me parece aceitável. Essa dúvida resulta do fato de ter o art , supratranscrito, excluído o cônjuge somente no caso de "separação obrigatória". A interpretação desse dispositivo isoladamente pode levar a uma conclusão errônea, devendo, porém, o intérprete situa-lo no contexto sistemático das regras pertinentes à questão que está sendo examinada." (Estudos Preliminares do Código Civil. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2003, p. 61 e 62). Tecidas essas considerações, o ilustre professor faz um aparte para explicar que a razão pela qual se teve por bem incluir o cônjuge como herdeiro necessário foi a alteração do regime legal de bens, da comunhão para a comunhão parcial, o que pode resultar em nada sobrar para o meeiro, se o patrimônio do falecido se compuser exclusivamente de bens particulares. De todo modo, sobre a interpretação do art. 1829, I, conclui: "Recordada a razão pela qual o cônjuge se tornou herdeiro, não é demais salientar a importância que o elemento histórico Documento: Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJe: 05/10/2011 Página 26 de 48

27 tem no processo interpretativo. Tendo, pois, presente a finalidade que o legislador tinha em vista alcançar, estamos em condições de analisar melhor o sentido do mencionado inciso, mantida que seja sua redação atual. Nessa ordem de idéias, duas são as hipóteses de separação obrigatória: uma delas é a prevista no parágrafo único do art , abrangendo vários casos; a outra resulta da estipulação feita pelos nubentes, antes do casamento, optando pela separação de bens. A obrigatoriedade da separação de bens é uma conseqüência necessária do pacto concluído pelos nubentes, não sendo a expressão "separação obrigatória" aplicável somente nos casos relacionados no parágrafo único do art Essa minha conclusão ainda mais se impõe ao verificarmos que - se o cônjuge casado no regime de separação de bens fosse considerado herdeiro necessário do autor da herança, estaríamos ferindo substancialmente o disposto no art. 1687, sem o qual desapareceria todo o regime de separação de bens, em razão de conflito inadmissível entre esse artigo e o art. 1829, inc. I, fato que jamais poderá ocorrer numa codificação à qual é inerente o princípio da unidade sistemática. Entre uma interpretação que esvazia o art no momento crucial da morte de um dos cônjuges e uma outra que interpreta de maneira complementar os dois citados artigos, não se pode deixar de dar preferência à segunda solução, a qual, ademais, atende à interpretação sistemática, essencial á exegese jurídica" (Op. cit, p. 62 e 63). Pouco resta a acrescentar. De fato, a interpretação ampliativa do termo "separação obrigatória", constante do art. 1829, inciso I, do Código Civil de 2002, para abranger não somente as hipóteses elencadas no art. 1640, parágrafo único, mas também os casos em que os cônjuges estipulam a separação absoluta de seus patrimônios, não esbarra na intenção do legislador quando decide corrigir eventuais injustiças decorrentes da alteração do regime legal, ao mesmo tempo em que respeita o direito de autodeterminação concedido aos cônjuges no atinente a seu patrimônio tanto pela legislação anterior, quanto pela presente. Documento: Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJe: 05/10/2011 Página 27 de 48

28 Além disso, se evita a perplexidade retratada no caso em comento, no qual os cônjuges de maneira cristalina e reiterada estipulam a forma de destinação de seus bens e acabam por ter suas determinações feridas, ainda que post mortem. (...)" Vê-se, pois, que o art. 1829, inciso I, do CC/02 não pode ser a interpretado de forma estanque, isolada, ou até mesmo "em tiras", consoante expressão utilizada pelo Ministro e Professor EROS ROBERTO GRAU, verbis: "Não se interpreta o direito em tiras, aos pedaços. A interpretação de qualquer texto de direito impõe ao intérprete, sempre, em qualquer circunstância, o caminhar pelo percurso que se projeta a partir dele - do texto - até a Constituição. Por isso insisto em que um texto de direito isolado, destacado, desprendido do sistema jurídico, não expressa significado normativo algum. As normas - afirma Bobbio [1960:3] - só têm existência em um contexto de normas, isto é, no sistema normativo. A interpretação do direito - lembre-se - desenrola-se no âmbito de três distintos contextos: o lingüístico, o sistêmico e o funcional [Wróblewski 1985:38 e ss.]. No contexto lingüístico é discernida a semântica dos enunciados normativos. Mas o significado normativo de cada texto somente é detectável no momento em que se o toma como inserido no contexto do sistema, para após afirmar-se, plenamente, no contexto funcional." (in ensaio e discurso sobre a INTERPRETAÇÃO / APLICAÇÃO DO DIREITO, 5a Edição, rev. e ampliada, - Ed. Malheiros - São Paulo, pg. 132). De sorte que a decisão recorrida, a meu ver, malfere legislação federal, porque confere ao cônjuge supérstite, além de sua meação, direitos sobre todo o acervo da herança, ou seja, "ativo, passivo, bens particulares e bens de meação " (f. 264), desrespeitando a autonomia de vontade do casal quando da escolha do regime de comunhão parcial de Documento: Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJe: 05/10/2011 Página 28 de 48

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