Banco de leite humano (BLH)
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- Bento Alvarenga Madureira
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1 Banco de leite humano (BLH) Profª Sandra Teles Enfª Obstetra Consultora Internacional em Amamentação IBCLC Laser terapeuta pós parto Whatsapp: (11) Site: casadaamamentacao.com
2 Banco de Leite Humano (BLH) O que é Banco de Leite Humano (BLH)? É um centro especializado na coleta de leite humano obrigatoriamente vinculado a um hospital de atenção materna e/ou infantil. O BLH é responsável pela promoção, incentivo e apoio ao aleitamento materno e execução das atividades relacionadas com o processamento, coleta e controle de qualidade de colostro, leite de transição e leite humano maduro, para posterior distribuição, de acordo com a prescrição de um médico ou nutricionista. É proibida a venda dos leites distribuídos no BLH.
3 A história do Banco de Leite Humano (BLH) 1943 = Implantação do primeiro Banco de Leite Humano (BLH) no Brasil o então Instituto Nacional de Puericultura, atualmente Instituto Fernandes Figueira IFF Dr. Antônio Fernandes Figueira ( )
4 A história do Banco de Leite Humano (BLH) Entre 1943 a 1985 = BLH funcionavam no Brasil com o único objetivo de obter leite humano A partir de 1985 = Com o Incentivo ao aleitamento materno, os BLH passaram a assumir um novo papel, transformando-se em elementos de promoção, proteção e apoio ao aleitamento materno
5 Definição atual de BLH Centro de lactação especializado, responsável pela promoção, proteção e apoio ao aleitamento materno e pela coleta, processamento e distribuição do Leite Humano Ordenhado (LHO) com qualidade certificada Deve estar obrigatoriamente vinculado a um hospital materno e/ou infantil É uma instituição sem fins lucrativos, sendo vedada a comercialização dos produtos sob sua responsabilidade O BLH para funcionar precisa ter licença sanitária atualizada, emitida pelo órgão de vigilância sanitária, observando sempre as normas legais. Esta licença deve ser solicitada antes do início das atividades ou sempre que tiver alguma alteração (endereço, razão social, etc.).
6 Centro caracterizado por: Realizar funções comuns aos BLH Modelos de BLH Banco de Leite de Referência Implementar as ações estratégicas definidas pela política pública para sua área de abrangência Treinar, orientar e capacitar recursos humanos Desenvolver pesquisas operacionais Prestar consultoria técnica e dispor de um laboratório credenciado pelo Ministério da Saúde (MS)
7 Banco de Leite de Empresa Vinculado aos serviços de saúde das empresas onde trabalham mulheres em idade fértil, com o objetivo de promover o aleitamento materno (AM) a coleta, processamento e distribuição de Leite Humano (LH), destinado prioritariamente ao filho da nutriz funcionária Posto de Coleta Local destinado à promoção do AM e à coleta do excedente da produção lática de nutrizes, dispondo de área física e de todas as condições técnicas necessárias, podendo ser fixo ou móvel, mas obrigatoriamente vinculado a um BLH
8 Rede de Bancos de Leite Humano (Rede de BLH) Em julho de 1998 => I Congresso Brasileiro de Bancos de Leite Humano em Brasilia, que contou com a participação de mais de 700 profissionais de 95% dos BLHs de todo o país. O evento foi marcado por três importantes iniciativas: 1. Envolvimento das Vigilâncias Sanitárias nacional e estaduais como parceiros na busca do crescimento quali-quantitativo dos BLHs 2. A preocupação dos bancos de leite em discutir o atual paradigma de amamentação, reconhecendo a mulher como ator principal nesse contexto 3. E a notória preocupação com a educação para qualificar os profissionais, buscando novos instrumentos e referenciais teóricos e metodológicos, capazes de fortalecer a forma de atuação dos BLHs
9 Rede de Bancos de Leite Humano (Rede de BLH) Foi nesse momento que a Rede de BLH passou a se construir de forma progressiva, sustentada por trabalhos de investigação e de desenvolvimento tecnológico, voltados para otimização das condições operacionais dos BLH. Missão: Promover a saúde da mulher e da criança em seu âmbito de atuação Objetivos: Promover, proteger e apoiar o aleitamento materno Coletar e distribuir Leite Humano com qualidade certificada Contribuir para a diminuição da mortalidade infantil Somar esforços ao Pacto Nacional pela Redução da Mortalidade Materna e Neonatal
10 Banco de leite humano A rede de BLH-BR opera hoje por meio da articulação do centro de referência nacional para bancos de leite humano, localizado no Rio de Janeiro, com cada Centro de Referência Estadual (CREBLH) e suas respectivas comissões estaduais de bancos de leite humano. No Brasil existem : 218 bancos de leite humano 194 postos de coleta
11 Portaria nº 322, de 26 de maio de 1988 Banco de Leite Humano Legislação Novo regulamento para funcionamento: Resolução RCD nº 171, de 4 de setembro de 2006 Portaria nº 812 de 17 de outubro de "Projeto da Rede Nacional de Bancos de Leite Humano Resolução RCD nº, de 21 de fevereiro de 2002 projetos físicos de estabelecimentos assistenciais de saúde Portaria nº 698. de 09 de abril de 2002, modificada pela Portaria nº 2193 de 15/09/06 - atuação e funcionamento dos Bancos de Leite Humano no Brasil
12 Banco de Leite Humano Legislação Resolução RCD nº 31 de 12 de outubro de 1992 e Portaria nº 2051, de 08 de novembro de A Norma Brasileira de Comercialização de Alimentos (NBCAL) Resolução RCD nº 221. de 05 de agosto de regulamento técnico sobre chupetas, bicos, mamadeiras e protetores de mamilo Resolução RCD nº 222, de 05 de agosto de Comercial de Alimentos para Lactentes e Crianças de Primeira Infância Lei de 03/01/2006 NBCAL Portaria nº Dia Nacional de Doação de Leite Humano no Brasil Lei licença maternidade 6 meses
13 Implantação e funcionamento de BLH A licença sanitária, também chamada de alvará de funcionamento ou alvará sanitário, é o documento expedido pela Vigilância Sanitária estadual, municipal ou do Distrito Federal que libera o funcionamento do BLH e do PCLH (BRASIL, 2004).
14 Implantação e funcionamento de BLH Todo projeto arquitetônico de um serviço de BLH e de PCLH, público ou privado, deve ser avaliado e aprovado pela Vigilância Sanitária local previamente à execução da obra, de acordo com a RDC/Anvisa nº 189/2003. As áreas a serem construídas, ampliadas e/ou reformadas ficam condicionadas ao cumprimento das disposições contidas na RDC/Anvisa nº 171/2006, que trata do funcionamento de BLH e PCLH. As instalações elétricas de equipamentos associados a operação e/ou controle de sistemas de climatização devem ser projetadas, executadas, testadas e mantidas em conformidade com as normas NBR/ABNT 5410, NBR/ABNT e RDC/Anvisa nº 50/2002.
15 Implantação e funcionamento de BLH O sistema de climatização para os serviços tem de ser projetado, executado, testado e mantido conforme as recomendações das normas NBR/ABNT 6401, NBR/ABNT 7256 e RDC/Anvisa nº 50/2002. Os equipamentos de ar condicionado apresentam o inconveniente de não efetuar a renovação do ar exigida para a manutenção de uma boa qualidade do ar interior, conforme estabelecida na Portaria GM/MS nº 3.523/1998 e na RE/Anvisa nº 9/2003.
16 Implantação e funcionamento de BLH As atividades realizadas: Atividades médicos-assistenciais ações de promoção, proteção e apoio ao AM assistência a gestante, puérpera, nutriz e lactente na pratica do AM controle clínico da doadora Atividades de tecnologia de alimentos Processamento do leite Controle de qualidade O BLH e o PCLH devem, seguir as orientações do Programa de Controle e Prevenção de Infecção e de Eventos Adversos (PCPIEA) dos serviços de saúde aos quais estão vinculados; dispor de normas e rotinas escritas para todos os procedimentos realizados; e implantar e implementar as Boas Práticas de Manipulação do leite humano ordenhado
17 Implantação e funcionamento de BLH O Leite Humano ordenhado pode ser proveniente: de coleta externa -> realizado domicilio da doadora, transportado ao BLH de coleta interna -> realizada no próprio BLH
18 Implantação e funcionamento de BLH Algumas rotinas a serem seguidas: - Cadastros de receptoras externas; - Cadastros de receptoras internas; - Contagem de receptoras diariamente para controle de planilhas mensais; - Cadastros de liberações de leite externo; - Cadastros de liberações de leite interno;
19 Implantação e funcionamento de BLH - Desativação de receptoras; - Desativação de doadoras; - Cadastros dos processos de pasteurização para o responsável; - Cadastros das rotas seguidas pelo bombeiro; - Reativação de doadoras; - Arquivamento das fichas de cadastros de receptoras; - Contagem do número de receitas distribuídas para o relatório final de Nutrição; - Contagem do volume de leite distribuído interno e externo.
20 Banco de Leite Humano Recursos Humanos O quadro funcional dos BLH: Profissionais legalmente habilitados para assumir a responsabilidade das atividades médicos-assistenciais e de tecnologia de alimentos Equipe: médicos, nutricionistas, enfermeiros, farmacêuticos bioquímicos, engenheiro de alimentos; técnicos e auxiliares em microbiologia, enfermagem, nutrição e laboratórios Equipe de apoio: psicólogo, assistente social, fonoaudiólogo e terapeuta ocupacional
21 Banco de Leite Humano Recursos Humanos A quantificação dos recursos humanos: Dependerá do tamanho e complexidade de assistência do BLH. Para a prática das atividades de procedimentos e controle de qualidade, exigem-se os seguintes cursos: Processamento e Controle de Qualidade do Leite Humano Ordenhado (Rede de BLH /MS) Gestão da Qualidade em BLH (Rede Nacional de Bancos de Leite Humano/MS)
22 Triagem das doadoras Primeira Doação Doadora apta: Agendar a coleta do leite de acordo com a rota estabelecida por cada BLH A doadora deverá receber informações sobre boas práticas de manipulação do LH ordenhado
23 Triagem das doadoras Doações Subsequentes: A doadora deverá ser acompanhada pelo BLH (semanalmente): Intercorrência que impossibilite a prática da amamentação ou a doação Caberá a nutriz a decisão de interromper a doação do leite no momento que achar conveniente É da responsabilidade do profissional que coordena o BLH a suspensão do recebimento de leite considerado impróprio para consumo, do ponto de vista do controle de qualidade
24 Triagem das doadoras A seleção das doadoras é responsabilidade do médico responsável pelo serviço do BLH ou do PCLH. Há requisitos a serem seguidos para que a nutriz possa ser doadora, e esses requisitos devem ser respeitados, sendo eles: - Ser saudável; - Estar amamentando ou ordenhando o leite para o próprio filho; - Não fumar;
25 Triagem das doadoras - Apresentar exames pré ou pós-natal compatíveis com a doação de leite ordenhado; - Não estar utilizando medicamentos incompatíveis com a amamentação; - Não usar álcool ou drogas ilícitas; - Fazer exames quando o cartão de pré-natal não estiver disponível ou quando a nutriz não realizou o pré-natal. Esses exames podem ser:hemograma completo, VDRL, anti-hiv e todas as sorologias necessárias, realizadas durante o pré-natal; - Há exames também que devem ser feitos conforme perfil epidemiológico, que serão feitos de acordo com o local ou necessidade individual da doadora.
26 Triagem das doadoras Essa triagem deve ser feita sempre por um profissional capacitado. Deve ser feita durante o primeiro contato da nutriz com o BLH ou PCLH, deve ser preenchido neste cadastro as seguintes informações: Nome completo; Data de nascimento; Endereço; Local onde realizou o pré-natal; Número de consultas; Peso de início e final da gestação; Resultados de exames: hematócrito, VDLR e todas as sorologias que foram realizadas; Intercorrências no pré-natal e tratamentos; Data e local do parto; Intercorrências e tratamento durante a internação na maternidade.
27 Triagem das doadoras Na próxima coleta em diante, o BLH ou o PCLH deve sempre avaliar o surgimento de intercorrências à saúde da doadora ou de seu filho. Se houver intercorrências o profissional responsável pela coleta tem que comunicar o médico responsável imediatamente, para que este analise se a doação poderá ou não ser aceita para a pasteurização. Em casos de intercorrências, novas doações somente serão aceitas diante de uma reavaliação e posterior autorização do médico responsável.
28 Precauções a serem observadas Funcionários A equipe do BLH e do PCLH, a depender das atividades desenvolvidas, pode ser composta por: médicos, nutricionistas, enfermeiros, farmacêuticos, engenheiros de alimentos, biólogos, biomédicos, médicos veterinários, psicólogos, assistentes sociais, fonoaudiólogos, terapeutas ocupacionais, auxiliares e técnicos (de enfermagem, laboratório e nutrição), entre outros profissionais.
29 Precauções a serem observadas Funcionários Todos os funcionários devem ser orientados quanto às praticas de higiene pessoal e devem estar paramentados, para assegurar a proteção do LH e atender aos requisitos de biossegurança.
30 Precauções a serem observadas Visitantes Todos devem ser orientados quanto às praticas de higiene pessoal. O acesso de pessoas às áreas de manipulação e ordenha deve ser restrito A circulação não estará autorizada nas áreas destinadas à coleta e à manipulação (processamento) do produto (exceções: ensino ou acadêmico) O visitante não estará autorizado a participar da coleta do leite (ordenha), controle da qualidade ou do seu processamento, bem como operar qualquer maquinário disponível no BLH O nº de visitantes e horário para visitas serão determinados pela direção, observando a não interferência na rotina diária
31 Ordenha das mamas Prender obrigatoriamente os cabelos, com gorro, touca de banho ou pano amarrado Proteger a boca e narinas com máscara, fralda de tecido ou pedaço de pano Lavar as mãos e antebraços com água corrente e sabonete até os cotovelos As unhas devem estar limpas e de preferência curtas Lavagem das mamas seja realizada, utilizar apenas água Evitar conversas durante a ordenha Usar luvas se a ordenha não for feita pela própria nutriz Procurar uma posição confortável e manter os ombros relaxados Inclinar-se levemente para frente, para iniciar a retirada do leite Iniciar a massagem da mamas pela aréola com a ponta dos dedos Fazer massagem circular da base da mama em direção ao mamilo com a palma das mãos 1º jatos do leite coletado deverão ser desprezados => eliminar possíveis microrganismos patogênicos
32 Ordenha Mecânica Todo material utilizado para esse procedimento deverá estar previamente esterilizado
33 Ordenha Manual Colocar o polegar sobre a mama, onde termina a aréola e os outros dedos abaixo, na borda da aréola Comprimir a aréola e mama subjacente contra as costelas, através dos dedos polegar e indicador Realizar movimentos de aperta e solta sem deixar os dedos escorregar sobre o tecido da mama Finalizada a ordenha, passar um pouco do leite nos mamilos A quantidade de leite que se obtém em cada extração pode variar, sem que isso represente alguma alteração na fisiologia da lactação
34 Na coleta domiciliar, as doadoras devem ser orientadas a procurar um ambiente que não traga risco à qualidade microbiológica do leite ordenhado - evitar, portanto, a realização da coleta em banheiros e locais onde se encontram animais domésticos
35 Rotulagem do Leite Humano Ordenhado Frascos com LH ordenhado cru ou pasteurizado devem ser obrigatoriamente rotulados, contendo informações que permitam a obtenção da história pregressa do leite, viabilizando assim a rastreabilidade, sempre que necessário Os recipientes ou frascos que forem encaminhados ao BLH com o produto para doação devem possuir um rótulo que contenha, no mínimo, as seguintes informações: Nome completo da doadora Data (dia/mês/ano) da primeira coleta
36 Rotulagem do Leite Humano Ordenhado Os rótulos necessitam ser fixados de uma forma que sua substituição por outros rótulos somente seja possível no momento da lavagem do frasco para novo uso É de competência do Banco de Leite o fornecimento de embalagens e rótulos para as coletas Todo produto coletado e processado deve conter identificadores que possibilitem caracterizá-lo e rastreá-lo
37 Rotulagem do Leite Humano Ordenhado Rotulagem do frasco deve conter as seguintes descrições: Classificação quanto ao tipo de leite Número de identificação da doadora Validade do produto Localizador (etiqueta)
38 Pré-estocagem do Leite Humano Ordenhado Cru Imediatamente após a ordenha, o produto deve ser submetido a um resfriamento rápido O leite humano ordenhado cru poderá ser estocado em refrigerador por um período máximo de 12 horas, a uma temperatura de até 5 C O leite humano ordenhado cru poderá ser estocado em congelador ou freezer por um período máximo de 15 dias,a uma temperatura de 3 C ou menor
39 Pré-estocagem do Leite Humano Ordenhado Cru Temperatura O leite humano ordenhado deve ser obrigatoriamente transportado sob cadeia de frio (não deverá ultrapassar 6h). O bulbo do termômetro deve ser colocado no interior de um frasco de plástico resistente para não ser danificado. Considerar as seguintes temperaturas limítrofes em seu interior: produto refrigerado máx. de 5 C produto congelado máx. de -1 C Utilizar gelo reciclável, em caso de transporte de LH ordenhado refrigerado poderá ser utilizado gelo comum
40 Pré-estocagem do Leite Humano Ordenhado Cru Embalagem Embalagens isotérmicas, constituídas de material liso, resistente, impermeável, de fácil higienização, sendo utilizadas apenas para essa finalidade Veículo O veículo para transporte deve apresentar condições higiênico-sanitárias adequadas A rota destinada para transporte do LH ordenhado deve ser exclusiva para tal fim Não se recomenda o transporte de outros produtos com o LH no mesmo veículo
41 Recepção do LHO cru em BLH No momento da recepção do produto pelo Banco de Leite, deve-se verificar: O profissional deve utilizar avental, máscara, gorro e luvas de procedimento Verificar e registrar a temperatura das caixas, ainda fechadas, de transporte do LH ordenhado cru Abrir a caixa, retirar o frasco e observar
42 Recepção do LHO cru em BLH Embalagem => conformidade da embalagem, condições de higiene, integridade, vedação e identificação/rótulo LHOC => cor e ausência de sujidades Desprezar as embalagens não conformes após degelo do leite na pia (esgoto) Na presença de camada de gelo aderida à embalagem, deve-se remover rapidamente sob água corrente, sem molhar a tampa, e secar com compressa estéril Friccionar álcool a 70% em toda a embalagem Estocar as embalagens no freezer
43 Seleção e Classificação Leite Humano Ordenhado Cru SELEÇÃO A seleção compreende: condições de embalagem, presença de sujidades, cor, off-flavor e acidez Dornic A classificação compreende: a verificação de período de lactação, acidez dornic e conteúdo energético crematócrito Embalagem: deve estar em conformidade com os padrões estabelecidos Verificação da cor: produtos aceitáveis - esbranquiçado ao amarelo mais intenso, podendo passar pelo esverdeado e azulado
44 Seleção e Classificação Leite Humano Ordenhado Cru Verificação do off-flavor: instrumento na detecção de não conformidades no LH ordenhado, sobretudo as que decorrem do crescimento de microrganismos Verificação de sujidades: determinar prováveis alterações que caracterizem o LH ordenhado como impróprio para consumo São considerados exemplos de sujidades: pêlos, cabelo, restos de outros alimentos, fragmento de unha, insetos, pedaços de papel, vidro etc
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46 Seleção e Classificação Leite Humano Ordenhado Cru Determinação da acidez Dornic: Em decorrência de sua própria composição, o LH apresenta uma acidez que pode ser classificada como original e desenvolvida. A original resulta da presença de seus constituintes, e a desenvolvida decorre do ácido lático, produzido a partir do crescimento bacteriano. Considera-se normal para a acidez do LH qualquer valor situado na faixa de 1 a 8 D, inclusive.
47 Seleção e Classificação Leite Humano Ordenhado Cru CLASSIFICAÇÃO Período de lactação Acidez Dornic Crematócrito: A determinação do crematócrito, serve como parâmetro classificatório ao fornecer o aporte calórico-energético do produto Resultados: Teor de Creme, de Gordura e o Conteúdo Energético Total
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49 Degelo do Leite Humano Ordenhado Cru O degelo do LHO é o processo controlado que visa transferir calor ao leite humano ordenhado congelado, em quantidade suficiente para mudança da fase sólida para a líquida, não permitindo que a temperatura final do produto exceda a 5 º C.
50 Passo-a-passo do degelo em banho-maria 1. O profissional deve paramentar-se, conforme o estabelecido: Higiene, Conduta e Biossegurança. 2. Verificar se a limpeza e a desinfecção (da embalagem, das superfícies e dos equipamentos) foram realizadas conforme o estabelecido: Processamento de Artigos e Superfícies. 3. Preparar o banho-maria para degelo: a) colocar água; b) regular a temperatura do banho-maria a 40 oc.
51 Passo-a-passo do degelo em banho-maria 4. Preparar o banho de gelo e controlar a temperatura da água (máxima de 5 oc). 5. Colocar no banho-maria as embalagens de mesmo tamanho, formato e volume. 6. Verificar se o nível da água está acima do nível do leite. 7. Acompanhar o degelo agitando os frascos a cada cinco minutos até o final do processo. 8. Retirar as embalagens do banho-maria e colocar imediatamente no banho de gelo
52 Reenvase do Leite Humano Ordenhado O reenvase é a etapa em que o leite humano ordenhado é transportado de um recipiente para outro, com o objetivo de uniformizar volumes e embalagens. É realizado após degelo, seleção e classificação do LHO, e antes da pasteurização. Realizado com técnica microbiológica, sobre superfície de material liso, lavável e impermeável, resistente aos processos de limpeza e desinfecção -Campo de chama (bico de Bunsen ou de Mecker) - Cabine de segurança biológica de fluxo horizontal (capela de fluxo laminar), ligada com antecedência mínima de 30min e permaneça em operação ininterruptamente durante todo o reenvase
53 Pasteurização do Leite Humano Ordenhado Tratamento térmico aplicável ao LH que adota como referência a inativação térmica do microrganismo mais termorresistente, a Coxiella burnetti. A pasteurização, conduzida a 62,5 C por 30 min, não visa à esterilização do LH ordenhado Garanta a inativação de 100% dos microrganismos patogênicos passiveis de estar presentes quer por contaminação primária ou secundária, além de 99,99% da microbiota saprófita ou normal. Todo produto coletado pelo BLH deve ser obrigatoriamente pasteurizado, de acordo com a definição de pasteurização Exceção: doação exclusiva da mãe para o próprio filho
54 Congelamento do Leite Humano Ordenhado Processado Congelamento = imediatamente após a etapa de resfriamento rápido, que se segue à pasteurização. Alternativa inviável para fonte fria (temperaturas inferiores a 35 C) Freezers comumente disponíveis no mercado (temperatura de estocagem em torno de 16 C) O produto fluido só deverá ser levado ao freezer após ser devidamente resfriado a uma temperatura de 5 C ou menos Sempre que possível, utilizar um equipamento para congelamento e outro para estocagem Quando não se dispõe de equipamentos, reservar a 1ª prateleira apenas para congelamento O LH pasteurizado deve estar estocado, sob congelamento, a uma temperatura inferior a 10 C por até 6 meses. 51
55 Teste Simplificado para Detecção de Coliformes Totais Caldo bile verde brilhante BGBL Considera-se para resultado positivo final, aqueles frascos em que houve a formação de gás no teste confirmatório A presença de coliforme em amostra de leite pasteurizado caracteriza o produto como impróprio para consumo Os resultados serão expressos como ausência e presença de coliformes totais
56 Distribuição do Leite Humano Ordenhado A distribuição do leite pasteurizado a um receptor fica condicionada a: a) Inscrição do receptor no BLH, mediante cadastro que contemple: 1. identificação do receptor e de sua mãe; 2. número do prontuário do receptor e da mãe; 3. parto: data e idade gestacional; 4. prescrição médica ou de nutricionista. b) Prescrição ou solicitação do médico ou do nutricionista, contendo diagnóstico do receptor, aporte energético e volume de cada mamada, além do número e do horário das mamadas prescritas
57 Administração do Leite Humano Ordenhado Administração: seguir o volume, a via e a frequência estabelecidos na prescrição médica ou do nutricionista. O profissional responsável pela administração deve realizar a lavagem das mãos e observar Higiene e Conduta Administração via oral Administração por sonda ou gavagem
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