A aventura de Descartes da dúvida à certeza Prof. João Borba Nov. De 2009

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "A aventura de Descartes da dúvida à certeza Prof. João Borba Nov. De 2009"

Transcrição

1 A aventura de Descartes da dúvida à certeza Prof. João Borba Nov. De 2009 Descartes desenvolve sua filosofia tentando combater o ceticismo pirrônico do filósofo Montaigne. Por isso, o melhor modo de entendê-lo é entender primeiro o pirronismo e o modo como Montaigne põe em prática esse ceticismo pirrônico. O ceticismo pirrônico O ceticismo pirrônico é uma filosofia que nasceu na antiguidade, e que se dedica a combater todas as certezas e verdades que os filósofos dizem ter encontrado e faz isso sem substituir essas certezas e verdades por nenhuma outra. O filósofo cético (pirrônico) não defende nenhuma tese a respeito de nada. Ele apenas valoriza o próprio movimento da investigação. Uma investigação que não termina nunca. O ceticismo pirrônico tem esse nome porque foi fundado por um filósofo chamado Pirro. A expressão vitória de Pirro, que às vezes encontramos em um texto, quer dizer uma falsa vitória, uma vitória inútil, que não dá em nada, na qual não se ganha nada como acontece com os filósofos pirrônicos, que usam mil argumentos até derrubarem as teorias filosóficas dos adversários, mas também não parecem ganhar nada com isso, porque não sobra nada para colocarem no lugar daquelas ideias que eles derrubaram. Mas quem criou a expressão vitória de Pirro não era pirrônico, porque era alguém que achava que uma vitória só é válida quando tomamos o lugar de quem foi vencido, e os céticos pirrônicos não pensam assim. Se eles derrubam as teorias dos outros, não é porque gostariam de colocar a sua própria teoria no lugar delas, mas porque valorizam a própria luta mais do que a vitória, a investigação mais do que os resultados, o debate e o confronto de argumentos com os outros filósofos mais do que a vitória sobre as teorias deles. Ceticismo, ao pé da letra, significa investigacionismo. É uma filosofia que está sempre em movimento, sua investigação e sua argumentação não param em nenhum resultado, a não ser provisoriamente, como uma espécie de descanso que também é um momento muito valorizado entre os céticos. O cético pirrônico só consegue descansar da sua investigação interminável quando chega a um impasse. Quando examina um problema, ele joga as possíveis respostas uma contra a outra, arranjando todos os argumentos que consegue encontrar para cada uma delas, até que elas parecem respostas tão igualmente boas (ou tão igualmente ruins), que se torna impossível decidir qual é a mais verdadeira (ou a mais falsa): esse é o impasse. Quando chega a isso, o cético se sente a vontade para parar de investigar aquele assunto e descansar... e enquanto descansa da discussão daquele assunto, trata de examinar outros assuntos de outro lado. Esse descanso do cético na discussão de um assunto é sempre provisório: dura até alguém mostrar (ou ele mesmo encontrar) algum bom argumento a favor de um dos lados no impasse, quebrando o equilíbrio... quando isso acontece, o cético sai do seu descanso e volta a investigar o assunto. A filosofia acadêmica platônica dessa época: um ceticismo moderado? Existe uma outra filosofia da mesma época, na antiguidade, que não é a pirrônica, mas que às vezes também é chamada de cética, e é preciso tomar cuidado para não confundir as duas. É a filosofia da Academia platônica dessa época. Os acadêmicos platônicos dessa época se apoiam muito nos textos de juventude de Platão, quando ele era muito próximo de seu mestre Sócrates. Os textos dessa primeira fase de Platão sempre acabam em impasses que não dão solução para os problemas, apenas provocam as pessoas a pensarem a respeito, como o velho mestre Sócrates gostava de fazer. Mas nessa época, já faziam vários séculos que Platão havia morrido, e não era possível consultá-lo para saber o que ele pensava. Também não era possível saber exatamente o que Sócrates pensava, já que havia morrido ainda antes, quando Platão era jovem. Os filósofos da Academia não tinham, naqueles tempos, um estudo de história suficientemente desenvolvido para isso. De qualquer modo, esses filósofos acadêmicos não deixavam de ter a própria filosofia deles, e não sabemos o que fariam se conhecessem melhor as ideias de Platão e as de Sócrates. Não sabemos qual dos dois os

2 acadêmicos prefeririam seguir, ou se prefeririam continuar fazendo os que seguem essa linha de pensamento fazem até hoje. E o que eles fazem? Eles negam as verdades e certezas dos outros filósofos. Jogam as teorias deles umas contra as outras até chegarem num impasse. Mas isso não é exatamente a mesma coisa que os céticos pirrônicos fazem? Qual é a diferença então? A diferença é que os acadêmicos fazem isso dando a entender que, se não é possível provar essas certezas e verdades, então são todas falsas. Os céticos pirrônicos, por outro lado, não negam de maneira absoluta as certezas e verdades, porque são mais radicais do que isso: segundo os pirrônicos, dizer que elas são todas falsas, como os acadêmicos fazem, ainda é dizer uma espécie de verdade. É como se os acadêmicos tentassem provar que não existe nenhuma verdade. Mas provar isso, é o mesmo que dizer que a única verdade é que não existe nenhuma verdade, ou que não é possível chegar a nenhuma (isto é, nenhuma outra além desta). Em outras palavras, o que os acadêmicos dizem é que a única certeza que conseguimos ter é, justamente, a de que não podemos chegar a verdade nenhuma, porque provavelmente não existe nenhuma outra verdade além dessa certeza. É uma filosofia negativista, que procura negar qualquer teoria sobre a verdade. A crítica dos pirrônicos aos negativistas acadêmicos Pois bem: o ceticismo pirrônico nasceu de dentro dessa Academia negativista. Nasceu a partir de um grupo de rebeldes que começaram a criticar esse negativismo, dizendo que não fazia sentido negar as verdades dos outros para afirmar que a única verdade é que elas são todas falsas. Segundo os pirrônicos, isso não faz sentido porque, desse modo, os acadêmicos acabam fazendo quase a mesma coisa que todas aquelas filosofias que eles combatem, porque na verdade estão propondo mais uma teoria sobre a verdade mesmo sendo a teoria de que todas as (outras) teorias sobre o assunto são falsas. O único jeito de ser coerente com isso, segundo esses rebeldes que começam a se afastar do grupo acadêmico, é admitir que até essa teoria negativista também podia ser falsa. E é isso o que os céticos pirrônicos fazem, quando se afastam definitivamente dos acadêmicos e formam o seu próprio grupo: eles apenas declaram que até o momento, não conseguiram saber se as teorias são verdadeiras ou falsas. Portanto, pode ser que se descubra que a teoria examinada é falsa, mas também pode ser que se descubra que é verdadeira. Só que o momento de saber isso não chega nunca, porque os céticos pirrônicos jamais terminam a sua investigação a esse respeito: no máximo, dão uma parada provisória para um gostoso descanso. Eles fazem esse descanso (que chamam de ataraxia ) quando chegam a um impasse equilibrado, em que não dá pra dizer se os melhores argumentos estão de um lado ou de outro no debate. A palavra ataraxia quer dizer ausência de perturbações, e no caso do ceticismo pirrônico parece mesmo bem cabível traduzir isso como um descanso na investigação. É um momento em que eles não se sentem mais perturbados pela necessidade de chegar a alguma resposta, já que, diante do impasse entre as respostas possíveis, isso parece impraticável ( por enquanto). Quando um cético pirrônico decide parar definitivamente uma investigação (e não provisoriamente, só para descansar), declarando que descobriu que uma teoria é realmente verdadeira, ou que uma teoria é realmente falsa, isso quer dizer que ele acabou de deixar de ser um cético pirrônico. Era cético enquanto ficava na dúvida e não parava de investigar. Deixou de ser quando começou a acreditar que descobriu definitivamente que alguma teoria é verdadeira, ou que alguma teoria é falsa. O cético pirrônico só é cético pirrônico justamente enquanto não cai em nenhuma verdade, em nenhuma certeza absoluta, em nenhuma crença. As únicas coisas em que o cético pirrônico se apoia são: 1) as meras aparências (do modo como aparecem, sem julgar se elas são verdades ou ilusões ); 2) o seu próprio movimento de investigação, com os seus argumentos descartáveis (que ele usa até conseguir chegar num impasse, depois joga fora ou guarda para usar em alguma outra situação); 3) a busca do descanso (ataraxia) que se consegue quando se chega a um impasse. É quando se separaram dos seus colegas acadêmicos negativistas, que esses rebeldes radicais

3 formam, portanto, um grupo separado de filósofos, e adotam para sua filosofia o nome de ceticismo (que quer dizer investigacionismo) ou pirronismo. A partir daí, eles declaram que, ao invés de seguirem Platão como os antigos colegas acadêmicos, preferem seguir um outro filósofo da antiguidade, um filósofo sobre o qual se sae muito pouco, chamado Pirro que parecia ter uma filosofia bem próxima daquele estilo cheio de contradições de Sócrates, que usava essas contradições para forçar as pessoas a pensarem, isto é, para não deixar o pensamento das pessoas cair no comodismo das respostas que parecem resolver tudo. É essa linha mais socrática de Pirro, de constante questionamento de tudo, que os rebeldes céticos pirrônicos preferem adotar. Hoje em dia temos uma tendência muito grande de confundir o ceticismo (ou pirronismo) com a filosofia dos seus antigos colegas acadêmicos, e muitas vezes acabamos admitindo que as duas são dois tipos de ceticismo, o negativista e o radical. Mas originalmente, os acadêmicos não aceitavam o nome de céticos, porque não queriam ser confundidos com aqueles rebeldes radicais, e os rebeldes também não queriam ser confundidos com seus colegas acadêmicos, mais moderados por isso, justamente, é que se afastaram deles e criaram o nome de ceticismo para o que estavam fazendo. As confusões de hoje em dia acontecem porque ficou muito comum na linguagem popular chamar de cético aquele que firmemente não acredita em nada, isto é, aquele que acredita que não existe nenhuma verdade para se acreditar a respeito de algum assunto. Dizemos então que ele é cético quanto àquele assunto. Mas esse modo de não acreditar é coisa de filósofos negativistas, como os acadêmicos, e não de filósofos pirrônicos (ou céticos). Quando ouvimos falar em ceticismo filosófico, trata-se do ceticismo pirrônico, aquele mais radical, que não para nunca de investigar as coisas. O ceticismo de Montaigne, séculos e séculos mais tarde (já depois da Idade Média), é desse tipo mais radical (pirrônico) que não tem certeza nem de que existe nem de que não existe verdade, e fica sempre investigando o assunto. O que Montaigne ataca com seu ceticismo pirrônico? Montaigne vive um pouco antes de Descartes (Descartes nasce poucos anos depois da morte de Montaigne), e como as coisas naquela época não mudam muito durante as vidas dos dois, podemos dizer que vivem no mesmo contexto histórico, isto é, na mesma situação, na época em que já estão formados países que são mais ou menos os que conhecemos hoje. Além disso, os dois filósofos são do mesmo país os dois são franceses. Estamos falando do século XVI d.c. Com o fim da Idade Média, a Europa toda nesta época já saiu do feudalismo, isto é, já não está mais dividida em grandes fazendas (feudos), e no lugar delas já existem muitos países organizados e poderosos, dirigidos por reis que têm o apoio militar de um exército nacional para controlar as fronteiras territoriais. A França foi um dos primeiros países a se formarem nessa época. Nesses novos países, há uma grande quantidade de comerciantes que estão enriquecendo nos burgos (que são cidades onde eles formam feiras e centros comerciais nesses novos países). Nas gerações passadas, da época medieval, a crença mais sólida que existia, aquela que dava mais segurança para as pessoas, era a de que Deus existe. A palavra Deus inspirava segurança. Nesta nova época que veio em seguida, a de Montaigne, de Descartes e dos grandes países com burgueses enriquecendo, a ideia de que Deus está presente para nos proteger, como todas as ideias usadas pela Igreja para dominar as pessoas na Idade Média, ainda existe e ainda tem sua força, mas começa a não parecer tão sólida e segura quanto antes. Conforme a Igreja perdia mais e mais o seu poder, suas ideias também iam parecendo menos sólidas. A crença mais sólida que vem surgindo nessa nova época para dar segurança às pessoas, no lugar das antigas crenças religiosas, é uma crença burguesa: é a crença de que cada um pode lutar para melhorar as suas próprias condições de vida e as de seus familiares. Está se tornando cada vez mais forte, nesse período, um sentimento do tipo eu posso, eu consigo, minha força de trabalho vai mudar minha vida para melhor. A palavra Eu começa aos poucos a inspirar quase tanta confiança e segurança quanto aquela que antes as pessoas sentiam com a palavra Deus.

4 Assim, podemos dizer que, nessa época, as duas ideias que mais oferecem um sentimento de segurança para as pessoas são a velha e tradicional ideia do bom Deus presente e protetor, mesmo por detrás das coisas que parecem ruins (apesar dessa idéia na época já estar um pouquinho abalada), e a nova e cada vez mais forte ideia de Eu que traz não apenas segurança, mas orgulho. As pessoas desse período começam a sentir-se felizes com sua capacidade de trabalhar e mudar de vida, e dizem a palavra Eu com orgulho. Isso porque no período anterior, na Idade Média, as condições de vida eram consideradas uma questão de destino decidido por Deus: quem tivesse nascido pobre, seria pobre para o resto da vida, porque esse era o lugar que Deus havia destinado à sua família incluindo todos os seus descendentes. O raciocínio por detrás disso era: como Deus é bom e infinitamente sábio, deve haver alguma razão superior e bondosa para todo esse sofrimento! Do mesmo modo, quem tivesse nascido rico, era considerado rico por vontade de Deus. Foi isso o que mudou da Idade Média para a época de Montaigne e Descartes, se examinarmos no que é que as pessoas de cada uma dessas duas épocas se apoiam para se sentirem seguras. De uma época para a outra, o apoio em Deus continua, mas já não é o único e já não parece bastar sozinho para dar a mesma segurança de antes, dividindo terreno com a ideia de uma força de que cada pessoa dispunha para melhorar de vida. Pois bem: as certezas que o cético Montaigne mais ataca com sua dúvida são exatamente essas duas a de que Deus existe, e (por estranho que possa parecer) a de que existe realmente isso que nós costumamos chamar de Eu. Qual é o efeito do ceticismo de Montaigne sobre os seus leitores naquela época? Montaigne passa para seus leitores a ideia de que não se consegue provar a existência de Deus (assim como também não se consegue provar que Deus não existe). Segundo ele, se tentamos ser completamente racionais com relação a isso, somos obrigados a ficar na dúvida, não conseguimos achar uma resposta. Para os religiosos (como é o caso do próprio Montaigne), a única saída acaba sendo a pura fé irracional, sem nenhuma prova possível. Isso não satisfaz as pessoas da época. Desde o fim da Idade Média, com a Igreja tendo perdido aquele poder todo que tinha, simplesmente acreditar não parece mais suficiente para as pessoas. Elas sentem a necessidade de alguma explicação racional para as coisas. Então, conforme Montaigne vai ficando famoso, quem ai lendo seus textos deles (e muita gente os lê nessa época) vai ficando mais inseguro em relação a isso. Será mesmo que se sabe tanto a respeito disso que chamamos de Deus, para dizer com certeza que ele, no fundo, está nos protegendo como uma força sempre presente, e que o que vivemos é o melhor possível? Dúvidas, dúvidas, dúvidas... Além disso, Montaigne também passa em seus textos a ideia de que não é possível ter tanta certeza de que realmente existe isso que chamamos de Eu. Ele diz mais ou menos o seguinte: nossos sentimento mudam com o tempo, e muitas vezes temos vários sentimentos ao mesmo tempo, inclusive sentimentos contraditórios. Além disso, quando raciocinamos, também não raciocinamos sempre da mesma maneira, às vezes nossos raciocínios são contraditórios, nos levam em uma direção, depois na direção contrária. E por último, nossos sentimentos e nossos raciocínios muitas vezes podem se contradizer, razão diz uma coisa, o coração diz o contrário. E o nosso corpo, é sempre o mesmo? Não: ele também muda com o tempo. Nosso corpo não é sempre o mesmo. O que somos então? Um aglomerado de coisas que mudam o tempo todo, e que a qualquer momento podem se contradizer! Nesse caso, com base em quê podemos afirmar que somos uma coisa só e sempre a mesma, essa que nós chamamos de Eu? Com base em quê podemos afirmar que somos sempre uma mesma pessoa, afinal? Segundo Montaigne, com base em nada. Em outras palavras, não podemos afirmar isso. Não dá pra ter tanta certeza a esse respeito. Parece que a única coisa que é uma só e sempre a mesma em nós quer dizer, nisso que nós chamamos de Eu é o nosso nome. E em alguns casos, além do nome, talvez a imagem que temos de nós mesmos, e a imagem que as pessoas têm de nós. Isto é, o modo como nós imaginamos que somos, e o modo como os outros imaginam que nós somos ( aliás, às vezes até essas imagens mudam!).

5 Então, em todo esse aglomerado confuso, contraditório e mutante de coisas que nós chamamos de Eu, parece que só o nosso nome se mantém com toda segurança sempre o mesmo. Mas o que é um nome, afinal de contas? O nosso nome é a essência daquilo que nós somos? Claro que não. É só um rótulo, um conjunto de palavras. O nosso nome, junto com a imagem que temos de nós mesmos e a imagem que as outras pessoas têm de nós, tudo isso diz Montaigne forma apenas uma grande máscara que cobre todo esse aglomerado confuso, contraditório e mutante de coisas que nos compõe. Será que somos apenas uma máscara (ou um conjunto de máscaras)? Será que não existe nenhuma essência, nenhum verdadeiro Eu por detrás dessas máscaras? Será que tudo em nós é falsidade, jogo de cena, máscara, superficialidade, e nada mais do que isso? Segundo Montaigne, tudo indica que não há como saber. É possível que sim, é possível que não. Talvez a gente não passe mesmo de um conjunto de máscaras e falsidade superficial. Bom... neste caso, talvez fosse possível a gente se conformar com isso... mas acontece que Montaigne também não tem certeza de que as coisas sejam assim. Ele não afirma realmente e com toda a certeza que não exite mais nada em nós por detrás dessas máscaras. Como bom cético pirrônico, ele apenas fica na dúvida... e naturalmente, deixa todos os seus leitores na dúvida também, angustiados, aflitos. Quem sou? essa pergunta, para as pessoas da época, acabou se transformando em um símbolo da filosofia montaigniana, como se de algum modo resumisse toda a base do seu pensamento, embora toda a sua fama tenha começado não tanto com o questionamento do Eu (que veio depois), mas justamente com suas críticas contra certas tentativas de provar racionalmente a existência de Deus que estavam sendo feitas na época. Como Descartes reage a essas dúvidas de Montaigne? Mesmo depois da morte de Montaigne, os textos dele continuam tendo enorme influência sobre as pessoas, e o clima geral de insegurança alimentado pelas dúvidas que ele levanta (não só essas duas, mas muitas outras) acaba até atrapalhando o desenvolvimento de teorias. Ninguém se sentia muito seguro para afirmar ou tentar provar firmemente e com certeza alguma verdade. Descartes se mostra muito preocupado com isso desde jovem. Depois de toda a Europa ter passado tanto tempo na Idade Média, em que era considerado pecado mexer com o corpo humano, era preciso desenvolver melhor por exemplo a medicina, mas as pessoas parecem tão preocupadas com aquelas dúvidas de Montaigne, que não sentem firmeza para ter certeza de alguma coisa q respeito da biologia humana. Descartes, que desde criança teve uma saúde bem frágil, não podia deixar de se preocupar com isso. Mas a mesma insegurança montaigniana contamina muitas outras áreas, naquela época. Descartes quer vencer esse clima geral de incerteza alimentado pelas dúvidas de Montaigne, e conseguir alguma segurança para o desenvolvimento da medicina, da física e de outros campos de conhecimento. Acha que pode encontrar essa segurança se conseguir pelo menos alguma prova sólida da existência disso que chamamos de Eu. Quer que as pessoas se sintam mais seguras para usarem a capacidade de raciocinar, para aprenderem as coisas por si mesmas, raciocinando. Assim as pessoas ficariam menos inseguras, e ao mesmo tempo dependeriam menos daquilo que, nessa época, aprendem nas escolas e na Igreja. Raciocinariam mais antes de irem acreditando de saída em qualquer coisa. Essa é a luta em que Descartes resolve se empenhar. Descartes usa a própria dúvida para chegar a uma certeza absoluta Para vencer o ceticismo pirrônico de Montaigne, Descartes decide transformar a própria dúvida em um método para encontrar a certeza. Ele raciocina da seguinte maneira: se quer encontrar uma certeza absoluta, ela tem que ser impossível de se duvidar então o melhor teste para saber se uma certeza é realmente absoluta e completamente segura, é justamente tentar duvidar dela de qualquer maneira que seja possível, mesmo usando a imaginação mais louca. Se for possível imaginar algum modo de duvidar daquela certeza, mesmo que seja uma dúvida absurda, então ela não passou no teste, o que quer dizer que não é tão certa e segura quanto parece, porque não é absolutamente impossível duvidar dela. Descartes chama esse método para testar as certezas de Dúvida Metódica, ou então de

6 método da Dúvida Hiperbólica que quer dizer dúvida exagerada. Ele pretende duvidar de tudo o que puder e de maneira mais exagerada ainda que a de Montaigne, da maneira mais exagerada que for possível até encontrar alguma coisa da qual ele não consiga duvidar de jeito nenhum, por mais exagerada e imaginativa que seja a sua tentativa de duvidar. O que Descartes quer com esse método é justamente isso: encontrar uma certeza tão sólida, tão segura, que nem ele nem ninguém consiga duvidar dela, mesmo usando muita criatividade e exagerando essa dúvida ao máximo. Ele começa examinando uma coisa da qual costumamos ter muita certeza: as nossas sensações físicas. Será que elas são tão sólidas e seguras quanto parecem? Será que podemos ter absoluta certeza de tudo o que vemos, ouvimos, tocamos, cheiramos ou sentimos o gosto? As sensações físicas não passam no teste de Descartes, porque acaba sendo bastante fácil usar a imaginação para criar uma maneira de duvidar delas: basta lembrar do modo como nos sentimos quando sonhamos. Nos sonhos, temos todas as sensações físicas, e geralmente nem sabemos que estamos sonhando, é como se estivéssemos acordados. Se for um sonho bem realista, mais ainda: só percebemos que era um sonho depois que acordamos. Então Descartes pensa o seguinte: na nossa vida diária, como é que podemos ter certeza de que estamos realmente acordados, e de que isso tudo ao nosso redor não é apenas um sonho? É importante notar que Descartes não está realmente acreditando que tudo isso que nós vivemos no nosso dia-a-dia é um sonho. Ele está apenas imaginando isso, porque se é possível imaginar isso, então também é possível imaginar que nada do que percebemos com as nossas sensações físicas é absolutamente certo e seguro, porque tudo isso que percebemos pode ser apenas um sonho. Se é possível imaginar esse modo de duvidar das nossas sensações físicas, então elas não são tão seguras que possam ser consideradas como uma certeza absoluta! Descartes quer encontrar uma certeza tão segura que passe nesse teste da dúvida exagerada. Como as sensações físicas não passam no teste, são descartadas por ele, e então ele trata de procurar algo que seja ainda mais seguro algo que passe no teste. Existe algum conhecimento que não dependa das nossas sensações físicas, e que pareça tão seguro quanto as sensações pareciam ser? Existe a matemática. Será que ela passaria no teste? Temos tanta certeza de que = 4, por exemplo, que parece impossível duvidar disso. Mas será impossível mesmo? Sabemos que pelo menos é um um conhecimento que não depende das sensações físicas, que já foram descartadas como incertas: como é um cálculo, depende apenas do nosso raciocínio. Para testar a certeza dos nossos cálculos matemáticos, Descartes aplica novamente a sua dúvida metódica exagerada. Duvidar da matemática parece mais difícil, já não basta lembrar de algo que já existe, como aquilo que vemos, ouvimos, tocamos, cheiramos ou de que sentimos o gosto nos nossos sonhos. Não importa se estamos tendo essas sensações acordados ou sonhando, porque a matemática não depende de nenhuma delas. É uma questão de cálculo. Se fizermos os cálculos da maneira certa, podemos ter certeza de que o resultado está certo. Então, para fazer realmente o teste e descobrir se essa certeza é absoluta, é preciso nos esforçarmos um pouco mais, e criarmos alguma coisa nova, diferente dos sonhos, que ajude a duvidar da matemática. Se não for possível encontrar nada capaz de ajudar nisso, a matemática terá passado no teste. Mas Descartes encontra. Para duvidar da matemática, ele imagina o seguinte: e se existisse um gênio maligno invisível, um demoniozinho enganador que, sem percebermos, passasse a vida toda nos hipnotizando e nos convencendo de que os nossos cálculos estão certos, quando na verdade estão todos errados? E se for igual a 5, e só pensamos que é igual a 4 por causa desse gênio maligno enganador? Nesse momento, fica bastante evidente que Descartes não está realmente acreditando nas duvidas que levanta, porque é óbvio que não acredita que exista um gênio maligno invisível hipnotizador: essas dúvidas são apenas um instrumento bem criativo para testar até aonde chega a certeza que podemos ter de alguma coisa. Quanto mais difícil imaginar um modo de duvidar de uma coisa, quanto mais absurda for a dúvida, quanto mais ela exigir da nossa imaginação e criatividade, menos essa coisa de que estamos duvidando é incerta e insegura. Isso quer dizer que a matemática é bem mais certa e segura, bem mais difícil de se duvidar, do que as sensações físicas. Mas mesmo

7 assim, não é tão segura quanto Descartes gostaria que fosse, porque não passa no teste: lembremos que o que Descartes quer, é encontrar uma certeza tão sólida e segura, que seja absolutamente impossível qualquer dúvida, mesmo a dúvida mais criativa que possamos imaginar. Até que finalmente, Descartes encontra o que procurava. Ele pensa no seguinte: depois de duvidar de tudo o que existe ao meu redor, fora de mim, e até da matemática, o que sobra para duvidar afinal? Sobra isso que estou fazendo, esse meu pensamento que vai tentando duvidar das coisas. Será que é possível duvidar dele? Vejamos: o que é isso que estou fazendo o tempo todo desde o começo desse caminho? Estou pensando. Isto é, raciocinando, imaginando maneiras de duvidar das coisas, cogitando possibilidades de duvidar, e ao mesmo tempo buscando uma certeza absoluta, querendo encontrar essa certeza, e por isso é que estou duvidando. O que existe aqui, é uma vontade pensante, uma vontade de pensar (cogitar) maneiras e possibilidades diferentes para se duvidar das coisas, a fim de chegar em alguma certeza que se mostre impossível de se duvidar e isso quer dizer que essa minha vontade pensante também está pensando o tempo todo nessa possibilidade de encontrar uma certeza absoluta. Resumindo tudo isso, Descartes chega à seguinte conclusão: posso duvidar de tudo o que existe fora de mim, mas não é possível duvidar de que existe uma dúvida acontecendo, de que existe um pensamento que cogita possibilidades para duvidar das coisas. Não é possível duvidar disso, porque o próprio ato de duvidar já prova que a dúvida existe. Quando tentamos duvidar da dúvida, o próprio ato de duvidar já desmente o que estamos tentando fazer. É como se disséssemos as palavras: não estou dizendo palavras dizer isso não faz sentido, porque o próprio ato de dizer essas palavras já desmente o que elas querem dizer. Da mesma maneira, não faz sentido duvidar de que estamos duvidando. O famoso cogito cartesiano Como se vê, a certeza absoluta, impossível de duvidar, à qual Descartes chega, é justamente a de que, pelo menos enquanto estivermos pensando, isto é, querendo alguma coisa (por exemplo uma certeza), raciocinando, imaginando, cogitando possibilidades, duvidando etc., existe um pensamento acontecendo. Tudo isso vontade, imaginação, raciocínio, dúvida etc. é pensamento. Esse pensamento, que vai para um lado ou para outro de acordo com a vontade que ele tem de pensar em alguma coisa ou em outra, é o que Descartes vai chamar de Eu. Portanto, finalmente, Descartes pode dizer que Montaigne estava errado, porque não é possível duvidar de que existe alguma coisa uma vontade pensante que podemos chamar de Eu. Podemos ter certeza absoluta disso. Isso que chamamos de Eu não é apenas um jogo de máscaras: por detrás das máscaras, existe uma vontade pensante. Descartes declara isso com uma frase em latim, que ficou conhecida como o famoso cogito cartesiano: Cogito ergo sum é o que ele diz. O que quer dizer isso? Quer dizer, grosso modo, cogito, logo sou. Cogito o quê? Cogito possibilidades de duvidar e a possibilidade de uma certeza absoluta. Cogitar é pensar. E sou o quê? Ora, sou justamente isso, alguma coisa que cogita possibilidades, alguma coisa que pensa. Isto poderia ser traduzido assim: Penso, portanto sou quer dizer, existo, sou alguma coisa afinal de contas, ao contrário da impressão deixada por Montaigne. Não sou um mero jogo de máscaras e falsidades, porque sou justamente esse pensamento que que se dirige às vezes para um lado, às vezes para outro... sou esse pensamento que se dirige para onde quer, sou uma vontade pensante que se quiser, pode buscar a verdade, e superar toda essa angustiante incerteza. A verdade, segundo Descartes, é que cada um de nós é, essencialmente, um pensamento capaz de duvidar ou de buscar verdades. Esta é a essência do que realmente somos, por detrás de todas as máscaras que afligiam Montaigne. Eis a conclusão de Descartes. Essa conclusão expressa por ele em latim na frase Cogito ergo sum, e que costuma ser chamada de cogito cartesiano, acabou recebendo uma tradução que ficou muito famosa, e que é a seguinte: Penso, logo existo!

MÓDULO 5 O SENSO COMUM

MÓDULO 5 O SENSO COMUM MÓDULO 5 O SENSO COMUM Uma das principais metas de alguém que quer escrever boas redações é fugir do senso comum. Basicamente, o senso comum é um julgamento feito com base em ideias simples, ingênuas e,

Leia mais

Respostas dos alunos para perguntas do Ciclo de Debates

Respostas dos alunos para perguntas do Ciclo de Debates Respostas dos alunos para perguntas do Ciclo de Debates 1º ano do Ensino Fundamental I O que você gosta de fazer junto com a sua mã e? - Dançar e jogar um jogo de tabuleiro. - Eu gosto de jogar futebol

Leia mais

Estudo de Caso. Cliente: Rafael Marques. Coach: Rodrigo Santiago. Duração do processo: 12 meses

Estudo de Caso. Cliente: Rafael Marques. Coach: Rodrigo Santiago. Duração do processo: 12 meses Estudo de Caso Cliente: Rafael Marques Duração do processo: 12 meses Coach: Rodrigo Santiago Minha idéia inicial de coaching era a de uma pessoa que me ajudaria a me organizar e me trazer idéias novas,

Leia mais

Era uma vez, numa cidade muito distante, um plantador chamado Pedro. Ele

Era uma vez, numa cidade muito distante, um plantador chamado Pedro. Ele O Plantador e as Sementes Era uma vez, numa cidade muito distante, um plantador chamado Pedro. Ele sabia plantar de tudo: plantava árvores frutíferas, plantava flores, plantava legumes... ele plantava

Leia mais

Transcriça o da Entrevista

Transcriça o da Entrevista Transcriça o da Entrevista Entrevistadora: Valéria de Assumpção Silva Entrevistada: Ex praticante Clarice Local: Núcleo de Arte Grécia Data: 08.10.2013 Horário: 14h Duração da entrevista: 1h COR PRETA

Leia mais

Vamos fazer um mundo melhor?

Vamos fazer um mundo melhor? Vamos fazer um mundo melhor? infanto-junvenil No mundo em que vivemos há quase 9 milhões de espécies de seres vivos, que andam, voam, nadam, vivem sobre a terra ou nos oceanos, são minúsculos ou enormes.

Leia mais

John Locke (1632-1704) Colégio Anglo de Sete Lagoas - Professor: Ronaldo - (31) 2106-1750

John Locke (1632-1704) Colégio Anglo de Sete Lagoas - Professor: Ronaldo - (31) 2106-1750 John Locke (1632-1704) Biografia Estudou na Westminster School; Na Universidade de Oxford obteve o diploma de médico; Entre 1675 e 1679 esteve na França onde estudou Descartes (1596-1650); Na Holanda escreveu

Leia mais

A origem dos filósofos e suas filosofias

A origem dos filósofos e suas filosofias A Grécia e o nascimento da filosofia A origem dos filósofos e suas filosofias Você certamente já ouviu falar de algo chamado Filosofia. Talvez conheça alguém com fama de filósofo, ou quem sabe a expressão

Leia mais

Manifeste Seus Sonhos

Manifeste Seus Sonhos Manifeste Seus Sonhos Índice Introdução... 2 Isso Funciona?... 3 A Força do Pensamento Positivo... 4 A Lei da Atração... 7 Elimine a Negatividade... 11 Afirmações... 13 Manifeste Seus Sonhos Pág. 1 Introdução

Leia mais

1.000 Receitas e Dicas Para Facilitar a Sua Vida

1.000 Receitas e Dicas Para Facilitar a Sua Vida 1.000 Receitas e Dicas Para Facilitar a Sua Vida O Que Determina o Sucesso de Uma Dieta? Você vê o bolo acima e pensa: Nunca poderei comer um doce se estiver de dieta. Esse é o principal fator que levam

Leia mais

Redação do Site Inovação Tecnológica - 28/08/2009. Humanos aprimorados versus humanos comuns

Redação do Site Inovação Tecnológica - 28/08/2009. Humanos aprimorados versus humanos comuns VOCÊ ESTÁ PREPARADO PARA CONVIVER COM OS HUMANOS APRIMORADOS? http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=voce-esta-preparado-conviver-humanosaprimorados&id=010850090828 Redação do

Leia mais

Para a grande maioria das. fazer o que desejo fazer, ou o que eu tenho vontade, sem sentir nenhum tipo de peso ou condenação por aquilo.

Para a grande maioria das. fazer o que desejo fazer, ou o que eu tenho vontade, sem sentir nenhum tipo de peso ou condenação por aquilo. Sonhos Pessoas Para a grande maioria das pessoas, LIBERDADE é poder fazer o que desejo fazer, ou o que eu tenho vontade, sem sentir nenhum tipo de peso ou condenação por aquilo. Trecho da música: Ilegal,

Leia mais

Lucas Liberato Coaching Coach de Inteligência Emocional lucasliberato.com.br

Lucas Liberato Coaching Coach de Inteligência Emocional lucasliberato.com.br Script de Terapia de Liberação Emocional (EFT) para desfazer crenças relativas aos clientes que você merece ter. Eu não consigo atrair clientes dispostos a pagar preços altos A Acupuntura Emocional é uma

Leia mais

Rio de Janeiro, 5 de junho de 2008

Rio de Janeiro, 5 de junho de 2008 Rio de Janeiro, 5 de junho de 2008 IDENTIFICAÇÃO Meu nome é Alexandre da Silva França. Eu nasci em 17 do sete de 1958, no Rio de Janeiro. FORMAÇÃO Eu sou tecnólogo em processamento de dados. PRIMEIRO DIA

Leia mais

Tendo isso em conta, o Bruno nunca esqueceu que essa era a vontade do meu pai e por isso também queria a nossa participação neste projecto.

Tendo isso em conta, o Bruno nunca esqueceu que essa era a vontade do meu pai e por isso também queria a nossa participação neste projecto. Boa tarde a todos, para quem não me conhece sou o Ricardo Aragão Pinto, e serei o Presidente do Concelho Fiscal desta nobre Fundação. Antes de mais, queria agradecer a todos por terem vindo. É uma honra

Leia mais

MALDITO. de Kelly Furlanetto Soares. Peça escritadurante a Oficina Regular do Núcleo de Dramaturgia SESI PR.Teatro Guaíra, no ano de 2012.

MALDITO. de Kelly Furlanetto Soares. Peça escritadurante a Oficina Regular do Núcleo de Dramaturgia SESI PR.Teatro Guaíra, no ano de 2012. MALDITO de Kelly Furlanetto Soares Peça escritadurante a Oficina Regular do Núcleo de Dramaturgia SESI PR.Teatro Guaíra, no ano de 2012. 1 Em uma praça ao lado de uma universidade está sentado um pai a

Leia mais

Era uma vez um menino muito pobre chamado João, que vivia com o papai e a

Era uma vez um menino muito pobre chamado João, que vivia com o papai e a João do Medo Era uma vez um menino muito pobre chamado João, que vivia com o papai e a mamãe dele. Um dia, esse menino teve um sonho ruim com um monstro bem feio e, quando ele acordou, não encontrou mais

Leia mais

Superando Seus Limites

Superando Seus Limites Superando Seus Limites Como Explorar seu Potencial para ter mais Resultados Minicurso Parte VI A fonte do sucesso ou fracasso: Valores e Crenças (continuação) Página 2 de 16 PARTE 5.2 Crenças e regras!

Leia mais

f r a n c i s c o d e Viver com atenção c a m i n h o Herança espiritual da Congregação das Irmãs Franciscanas de Oirschot

f r a n c i s c o d e Viver com atenção c a m i n h o Herança espiritual da Congregação das Irmãs Franciscanas de Oirschot Viver com atenção O c a m i n h o d e f r a n c i s c o Herança espiritual da Congregação das Irmãs Franciscanas de Oirschot 2 Viver com atenção Conteúdo 1 O caminho de Francisco 9 2 O estabelecimento

Leia mais

A LIBERDADE COMO POSSÍVEL CAMINHO PARA A FELICIDADE

A LIBERDADE COMO POSSÍVEL CAMINHO PARA A FELICIDADE Aline Trindade A LIBERDADE COMO POSSÍVEL CAMINHO PARA A FELICIDADE Introdução Existem várias maneiras e formas de se dizer sobre a felicidade. De quando você nasce até cerca dos dois anos de idade, essa

Leia mais

5 Equacionando os problemas

5 Equacionando os problemas A UA UL LA Equacionando os problemas Introdução Nossa aula começará com um quebra- cabeça de mesa de bar - para você tentar resolver agora. Observe esta figura feita com palitos de fósforo. Mova de lugar

Leia mais

20 perguntas para descobrir como APRENDER MELHOR

20 perguntas para descobrir como APRENDER MELHOR 20 perguntas para descobrir como APRENDER MELHOR Resultados Processo de aprendizagem EXPLORAÇÃO Busco entender como as coisas funcionam e descobrir as relações entre as mesmas. Essa busca por conexões

Leia mais

Guia Prático para Encontrar o Seu. www.vidadvisor.com.br

Guia Prático para Encontrar o Seu. www.vidadvisor.com.br Guia Prático para Encontrar o Seu Propósito de Vida www.vidadvisor.com.br "Onde os seus talentos e as necessidades do mundo se cruzam: aí está a sua vocação". Aristóteles Orientações Este é um documento

Leia mais

Roteiro VcPodMais#005

Roteiro VcPodMais#005 Roteiro VcPodMais#005 Conseguiram colocar a concentração total no momento presente, ou naquilo que estava fazendo no momento? Para quem não ouviu o programa anterior, sugiro que o faça. Hoje vamos continuar

Leia mais

Dedico este livro a todas as MMM S* da minha vida. Eu ainda tenho a minha, e é a MMM. Amo-te Mãe!

Dedico este livro a todas as MMM S* da minha vida. Eu ainda tenho a minha, e é a MMM. Amo-te Mãe! Dedico este livro a todas as MMM S* da minha vida. Eu ainda tenho a minha, e é a MMM. Amo-te Mãe! *MELHOR MÃE DO MUNDO Coaching para Mães Disponíveis, www.emotionalcoaching.pt 1 Nota da Autora Olá, Coaching

Leia mais

Desafio para a família

Desafio para a família Desafio para a família Família é ideia de Deus, geradora de personalidade, melhor lugar para a formação do caráter, da ética, da moral e da espiritualidade. O sonho de Deus para a família é que seja um

Leia mais

05/12/2006. Discurso do Presidente da República

05/12/2006. Discurso do Presidente da República , Luiz Inácio Lula da Silva, no encerramento da 20ª Reunião Ordinária do Pleno Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social Palácio do Planalto, 05 de dezembro de 2006 Eu acho que não cabe discurso aqui,

Leia mais

Como fazer contato com pessoas importantes para sua carreira?

Como fazer contato com pessoas importantes para sua carreira? Como fazer contato com pessoas importantes para sua carreira? - Tem alguém com quem você gostaria de fazer contato? - Porque você não o fez até agora? - Por que é importante aprender a fazer esses contatos?

Leia mais

Os Quatro Tipos de Solos - Coração

Os Quatro Tipos de Solos - Coração Os Quatro Tipos de Solos - Coração Craig Hill Marcos 4:2-8 Jesus usava parábolas para ensinar muitas coisas. Ele dizia: 3 Escutem! Certo homem saiu para semear. 4 E, quando estava espalhando as sementes,

Leia mais

A DIVERSIDADE NA ESCOLA

A DIVERSIDADE NA ESCOLA Tema: A ESCOLA APRENDENDO COM AS DIFERENÇAS. A DIVERSIDADE NA ESCOLA Quando entrei numa escola, na 1ª série, aos 6 anos, tinha uma alegria verdadeira com a visão perfeita, não sabia ler nem escrever, mas

Leia mais

VERSÃO DEMO DO MÉTODO DE GUITARRA: CURE SEU IMPROVISO: MODOS GREGOS POR ROBERTO TORAO

VERSÃO DEMO DO MÉTODO DE GUITARRA: CURE SEU IMPROVISO: MODOS GREGOS POR ROBERTO TORAO VERSÃO DEMO DO MÉTODO DE GUITARRA: CURE SEU IMPROVISO: MODOS GREGOS POR ROBERTO TORAO CURE SEU IMPROVISO - MODOS GREGOS. Primeiramente, muito obrigado por apoiar meu trabalho e depois do grande sucesso

Leia mais

20 perguntas para descobrir como APRENDER MELHOR

20 perguntas para descobrir como APRENDER MELHOR 20 perguntas para descobrir como APRENDER MELHOR Resultados Processo de aprendizagem SENTIDOS (principal) Gosto de informações que eu posso verificar. Não há nada melhor para mim do que aprender junto

Leia mais

INQ Já alguma vez se sentiu discriminado por ser filho de pais portugueses?

INQ Já alguma vez se sentiu discriminado por ser filho de pais portugueses? Transcrição da entrevista: Informante: nº15 Célula: 5 Data da gravação: Agosto de 2009 Geração: 2ª Idade: 35 Sexo: Masculino Tempo de gravação: 10.24 minutos INQ Já alguma vez se sentiu discriminado por

Leia mais

Como escrever melhor em 5 passos simples

Como escrever melhor em 5 passos simples Como escrever melhor em 5 passos simples Escrever um artigo para seu blog pode ser um processo estressante e tomar bastante tempo, especialmente se você não é um escritor. Mas quando você está determinado

Leia mais

Produtividade e qualidade de vida - Cresça 10x mais rápido

Produtividade e qualidade de vida - Cresça 10x mais rápido Produtividade e qualidade de vida - Cresça 10x mais rápido Você já pensou alguma vez que é possível crescer 10 vezes em várias áreas de sua vida e ainda por cima melhorar consideravelmente sua qualidade

Leia mais

Exercícios Teóricos Resolvidos

Exercícios Teóricos Resolvidos Universidade Federal de Minas Gerais Instituto de Ciências Exatas Departamento de Matemática Exercícios Teóricos Resolvidos O propósito deste texto é tentar mostrar aos alunos várias maneiras de raciocinar

Leia mais

O Pequeno Livro da Sabedoria

O Pequeno Livro da Sabedoria Lauro Henriques Jr. (org.) O Pequeno Livro da Sabedoria Ensinamentos de grandes mestres para você ter uma vida mais feliz Baseado em Palavras de Poder Prefácio PARA UMA VIDA MAIS FELIZ Todos nós já passamos

Leia mais

CONHECENDO-SE MELHOR DESCOBRINDO-SE QUEM VOCÊ É? 13 PASSOS QUE VÃO AJUDÁ-LO PARA SE CONHECER MELHOR E DESCOBRIR QUE VOCÊ REALMENTE É

CONHECENDO-SE MELHOR DESCOBRINDO-SE QUEM VOCÊ É? 13 PASSOS QUE VÃO AJUDÁ-LO PARA SE CONHECER MELHOR E DESCOBRIR QUE VOCÊ REALMENTE É CONHECENDO-SE MELHOR DESCOBRINDO-SE QUEM VOCÊ É? 13 PASSOS QUE VÃO AJUDÁ-LO PARA SE CONHECER MELHOR E DESCOBRIR QUE VOCÊ REALMENTE É Descobrindo-se... Fácil é olhar à sua volta e descobrir o que há de

Leia mais

Os encontros de Jesus. sede de Deus

Os encontros de Jesus. sede de Deus Os encontros de Jesus 1 Jo 4 sede de Deus 5 Ele chegou a uma cidade da Samaria, chamada Sicar, que ficava perto das terras que Jacó tinha dado ao seu filho José. 6 Ali ficava o poço de Jacó. Era mais ou

Leia mais

Freelapro. Título: Como o Freelancer pode transformar a sua especialidade em um produto digital ganhando assim escala e ganhando mais tempo

Freelapro. Título: Como o Freelancer pode transformar a sua especialidade em um produto digital ganhando assim escala e ganhando mais tempo Palestrante: Pedro Quintanilha Freelapro Título: Como o Freelancer pode transformar a sua especialidade em um produto digital ganhando assim escala e ganhando mais tempo Quem sou eu? Eu me tornei um freelancer

Leia mais

DANIEL EM BABILÔNIA Lição 69. 1. Objetivos: Ensinar que devemos cuidar de nossos corpos e recusar coisas que podem prejudicar nossos corpos

DANIEL EM BABILÔNIA Lição 69. 1. Objetivos: Ensinar que devemos cuidar de nossos corpos e recusar coisas que podem prejudicar nossos corpos DANIEL EM BABILÔNIA Lição 69 1 1. Objetivos: Ensinar que devemos cuidar de nossos corpos e recusar coisas que podem prejudicar nossos corpos 2. Lição Bíblica: Daniel 1-2 (Base bíblica para a história e

Leia mais

Chantilly, 17 de outubro de 2020.

Chantilly, 17 de outubro de 2020. Chantilly, 17 de outubro de 2020. Capítulo 1. Há algo de errado acontecendo nos arredores dessa pequena cidade francesa. Avilly foi completamente afetada. É estranho descrever a situação, pois não encontro

Leia mais

COMO PARTICIPAR EM UMA RODADA DE NEGÓCIOS: Sugestões para as comunidades e associações

COMO PARTICIPAR EM UMA RODADA DE NEGÓCIOS: Sugestões para as comunidades e associações COMO PARTICIPAR EM UMA RODADA DE NEGÓCIOS: Sugestões para as comunidades e associações R E A L I Z A Ç Ã O A P O I O COMO PARTICIPAR EM UMA RODADA DE NEGÓCIOS: Sugestões para as comunidades e associações

Leia mais

ABCEducatio entrevista Sílvio Bock

ABCEducatio entrevista Sílvio Bock ABCEducatio entrevista Sílvio Bock Escolher uma profissão é fazer um projeto de futuro A entrada do segundo semestre sempre é marcada por uma grande preocupação para todos os alunos que estão terminando

Leia mais

Só você pode responder a esta pergunta.

Só você pode responder a esta pergunta. Sou um adicto? Tradução de literatura aprovada pela Irmandade de NA. Copyright 1991 by Narcotics Anonymous World Services, Inc. Todos os direitos reservados. Só você pode responder a esta pergunta. Isto

Leia mais

Quando vemos o mundo de forma diferente, nosso mundo fica diferente.

Quando vemos o mundo de forma diferente, nosso mundo fica diferente. BOLETIM TÉCNICO JULHO 2015 Quando vemos o mundo de forma diferente, nosso mundo fica diferente. Segundo a Psicologia atual ajudada pela compreensão do mundo real que nos trouxe a Física moderna, nós, seres

Leia mais

O papel do CRM no sucesso comercial

O papel do CRM no sucesso comercial O papel do CRM no sucesso comercial Escrito por Gustavo Paulillo Você sabia que o relacionamento com clientes pode ajudar sua empresa a ter mais sucesso nas vendas? Ter uma equipe de vendas eficaz é o

Leia mais

Era uma vez um príncipe que morava num castelo bem bonito e adorava

Era uma vez um príncipe que morava num castelo bem bonito e adorava O Príncipe das Histórias Era uma vez um príncipe que morava num castelo bem bonito e adorava histórias. Ele gostava de histórias de todos os tipos. Ele lia todos os livros, as revistas, os jornais, os

Leia mais

E quando Deus diz não?

E quando Deus diz não? E quando Deus diz não? 1 Cr 17:1-27 Como é ruim ouvir um não! Enquanto ouvimos sim, enquanto as coisas estão acontecendo ao nosso favor, enquanto Deus está aprovando ou permitindo o que fazemos, enquanto

Leia mais

Objetivo principal: aprender como definir e chamar funções.

Objetivo principal: aprender como definir e chamar funções. 12 NOME DA AULA: Escrevendo músicas Duração da aula: 45 60 minutos de músicas durante vários dias) Preparação: 5 minutos (se possível com introduções Objetivo principal: aprender como definir e chamar

Leia mais

MOVIMENTO FAMILIAR CRISTÃO Equipe Dia/mês/ano Reunião nº Ano: Tema: QUEM MEXEU NO MEU QUEIJO Acolhida Oração Inicial

MOVIMENTO FAMILIAR CRISTÃO Equipe Dia/mês/ano Reunião nº Ano: Tema: QUEM MEXEU NO MEU QUEIJO Acolhida Oração Inicial MOVIMENTO FAMILIAR CRISTÃO Equipe Dia/mês/ano Reunião nº Ano: Local: Tema: QUEM MEXEU NO MEU QUEIJO Acolhida Oração Inicial Esta é uma história de mudança que ocorre em um labirinto em que quatro personagens

Leia mais

Como fazer seu blog se destacar dos outros

Como fazer seu blog se destacar dos outros Como fazer seu blog se destacar dos outros Fama. Tráfego. Reconhecimento. Muito dinheiro no bolso. Esses itens certamente estão presentes na lista de desejos de quase todos os blogueiros. Afinal, ninguém

Leia mais

Tudo tem um tempo. Uma hora para nascer e uma hora para morrer.

Tudo tem um tempo. Uma hora para nascer e uma hora para morrer. CAPITULO 3 Ele não é o Homem que eu pensei que era. Ele é como é. Não se julga um Homem pela sua aparência.. Tudo tem um tempo. Uma hora para nascer e uma hora para morrer. Eu costumava saber como encontrar

Leia mais

Para gostar de pensar

Para gostar de pensar Rosângela Trajano Para gostar de pensar Volume III - 3º ano Para gostar de pensar (Filosofia para crianças) Volume III 3º ano Para gostar de pensar Filosofia para crianças Volume III 3º ano Projeto editorial

Leia mais

Ficha Técnica: Design e Impressão Mediana Global Communication

Ficha Técnica: Design e Impressão Mediana Global Communication Uma Cidade para Todos Ficha Técnica: Design e Impressão Mediana Global Communication Colaboração Nuno Oliveira, coordenador do Serviço de Psicologia do 1º ciclo do Ensino Básico da EMEC - Empresa Municipal

Leia mais

os botões emocionais Rodrigo T. Antonangelo

os botões emocionais Rodrigo T. Antonangelo Entendendo os botões emocionais dos seus clientes Rodrigo T. Antonangelo Olá amigo e amiga, seja bem-vindo(a) a mais um exercício muito importante que vai te ajudar a levar seus negócios ao próximo degrau.

Leia mais

Lembro-me do segredo que ela prometeu me contar. - Olha, eu vou contar, mas é segredo! Não conte para ninguém. Se você contar eu vou ficar de mal.

Lembro-me do segredo que ela prometeu me contar. - Olha, eu vou contar, mas é segredo! Não conte para ninguém. Se você contar eu vou ficar de mal. -...eu nem te conto! - Conta, vai, conta! - Está bem! Mas você promete não contar para mais ninguém? - Prometo. Juro que não conto! Se eu contar quero morrer sequinha na mesma hora... - Não precisa exagerar!

Leia mais

Em algum lugar de mim

Em algum lugar de mim Em algum lugar de mim (Drama em ato único) Autor: Mailson Soares A - Eu vi um homem... C - Homem? Que homem? A - Um viajante... C - Ele te viu? A - Não, ia muito longe! B - Do que vocês estão falando?

Leia mais

Estratégias adotadas pelas empresas para motivar seus funcionários e suas conseqüências no ambiente produtivo

Estratégias adotadas pelas empresas para motivar seus funcionários e suas conseqüências no ambiente produtivo Estratégias adotadas pelas empresas para motivar seus funcionários e suas conseqüências no ambiente produtivo Camila Lopes Ferreir a (UTFPR) camila@pg.cefetpr.br Dr. Luiz Alberto Pilatti (UTFPR) lapilatti@pg.cefetpr.br

Leia mais

Não é o outro que nos

Não é o outro que nos 16º Plano de aula 1-Citação as semana: Não é o outro que nos decepciona, nós que nos decepcionamos por esperar alguma coisa do outro. 2-Meditação da semana: Floresta 3-História da semana: O piquenique

Leia mais

COMO INVESTIR PARA GANHAR DINHEIRO

COMO INVESTIR PARA GANHAR DINHEIRO COMO INVESTIR PARA GANHAR DINHEIRO Por que ler este livro? Você já escutou histórias de pessoas que ganharam muito dinheiro investindo, seja em imóveis ou na Bolsa de Valores? Após ter escutado todas essas

Leia mais

Material: Uma copia do fundo para escrever a cartinha pra mamãe (quebragelo) Uma copia do cartão para cada criança.

Material: Uma copia do fundo para escrever a cartinha pra mamãe (quebragelo) Uma copia do cartão para cada criança. Radicais Kids Ministério Boa Semente Igreja em células Célula Especial : Dia Das mães Honrando a Mamãe! Principio da lição: Ensinar as crianças a honrar as suas mães. Base bíblica: Ef. 6:1-2 Texto chave:

Leia mais

O sucesso de hoje não garante o sucesso de amanhã

O sucesso de hoje não garante o sucesso de amanhã Com certeza, esse final de século XX e começo de século XXI mudarão nossas vidas mais do que elas mudaram há 30-40 anos atrás. É muito difícil avaliar como será essa mudança, mas é certo que ela virá e

Leia mais

Nº 8 - Mar/15. PRESTA atenção RELIGIÃO BÍBLIA SAGRADA

Nº 8 - Mar/15. PRESTA atenção RELIGIÃO BÍBLIA SAGRADA SAGRADA Nº 8 - Mar/15 PRESTA atenção RELIGIÃO! BÍBLIA Apresentação Esta nova edição da Coleção Presta Atenção! vai tratar de um assunto muito importante: Religião. A fé é uma questão muito pessoal e cada

Leia mais

Oração. u m a c o n v e r s a d a a l m a

Oração. u m a c o n v e r s a d a a l m a Oração u m a c o n v e r s a d a a l m a 11 12 O Evangelho relata que por diversas vezes, quando ninguém mais estava precisando de alguma ajuda ou conselho, Jesus se ausentava para ficar sozinho. Natural

Leia mais

POR QUE O MEU É DIFERENTE DO DELE?

POR QUE O MEU É DIFERENTE DO DELE? POR QUE O MEU É DIFERENTE DO DELE? Rafael chegou em casa um tanto cabisbaixo... Na verdade, estava muito pensativo. No dia anterior tinha ido dormir na casa de Pedro, seu grande amigo, e ficou com a cabeça

Leia mais

Presidência da República Casa Civil Secretaria de Administração Diretoria de Gestão de Pessoas Coordenação Geral de Documentação e Informação

Presidência da República Casa Civil Secretaria de Administração Diretoria de Gestão de Pessoas Coordenação Geral de Documentação e Informação Presidência da República Casa Civil Secretaria de Administração Diretoria de Gestão de Pessoas Coordenação Geral de Documentação e Informação Coordenação de Biblioteca 29 Discurso na cerimónia de premiação

Leia mais

Discurso do Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, no encontro com a delegação de atletas das Paraolimpíadas de Atenas-2004

Discurso do Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, no encontro com a delegação de atletas das Paraolimpíadas de Atenas-2004 , Luiz Inácio Lula da Silva, no encontro com a delegação de atletas das Paraolimpíadas de Atenas-2004 Palácio do Planalto, 14 de outubro de 2004 Meu querido companheiro Agnelo Queiroz, ministro de Estado

Leia mais

PERDOAR E PEDIR PERDÃO, UM GRANDE DESAFIO. Fome e Sede

PERDOAR E PEDIR PERDÃO, UM GRANDE DESAFIO. Fome e Sede PERDOAR E PEDIR PERDÃO, UM GRANDE DESAFIO HISTÓRIA BÍBLICA: Mateus 18:23-34 Nesta lição, as crianças vão ouvir a Parábola do Servo Que Não Perdoou. Certo rei reuniu todas as pessoas que lhe deviam dinheiro.

Leia mais

Quem te fala mal de. 10º Plano de aula. 1-Citação as semana: Quem te fala mal de outra pessoa, falará mal de ti também." 2-Meditação da semana:

Quem te fala mal de. 10º Plano de aula. 1-Citação as semana: Quem te fala mal de outra pessoa, falará mal de ti também. 2-Meditação da semana: 10º Plano de aula 1-Citação as semana: Quem te fala mal de outra pessoa, falará mal de ti também." Provérbio Turco 2-Meditação da semana: Mestre conselheiro- 6:14 3-História da semana: AS três peneiras

Leia mais

7 Maneiras Simples de Dizer "não" O Manual Simples e Completo

7 Maneiras Simples de Dizer não O Manual Simples e Completo 7 Maneiras Simples de Dizer "não" O Manual Simples e Completo Você tem dificuldade em dizer "não"? Você está sempre tentando ser gentil com os outros, em detrimento de si mesmo? Bem, você não está sozinho.

Leia mais

Imagens Mentais Por Alexandre Afonso

Imagens Mentais Por Alexandre Afonso 2 Imagens Mentais Por Alexandre Afonso 1ª Edição, 08/04/2016 As novas edições serão sempre disponibilizadas no link: http://alexandreafonso.com.br/e book imagens mentais 2016 alexandreafonso.com.br. Todos

Leia mais

TESTE DE ELENCO COM UMA CENA. Por VINICIUS MOURA

TESTE DE ELENCO COM UMA CENA. Por VINICIUS MOURA TESTE DE ELENCO COM UMA CENA Por VINICIUS MOURA * Embora seja uma cena que contenha dois atores os candidatos serão avaliados individualmente. Os critérios de avaliação se darão a partir da performace

Leia mais

Donald Davidson e a objetividade dos valores

Donald Davidson e a objetividade dos valores Donald Davidson e a objetividade dos valores Paulo Ghiraldelli Jr. 1 Os positivistas erigiram sobre a distinção entre fato e valor o seu castelo. Os pragmatistas atacaram esse castelo advogando uma fronteira

Leia mais

CENTRO HISTÓRICO EMBRAER. Entrevista: Eustáquio Pereira de Oliveira. São José dos Campos SP. Abril de 2011

CENTRO HISTÓRICO EMBRAER. Entrevista: Eustáquio Pereira de Oliveira. São José dos Campos SP. Abril de 2011 CENTRO HISTÓRICO EMBRAER Entrevista: Eustáquio Pereira de Oliveira São José dos Campos SP Abril de 2011 Apresentação e Formação Acadêmica Meu nome é Eustáquio, estou com sessenta anos, nasci em Minas Gerais,

Leia mais

O céu. Aquela semana tinha sido uma trabalheira! www.interaulaclube.com.br

O céu. Aquela semana tinha sido uma trabalheira! www.interaulaclube.com.br A U A UL LA O céu Atenção Aquela semana tinha sido uma trabalheira! Na gráfica em que Júlio ganhava a vida como encadernador, as coisas iam bem e nunca faltava serviço. Ele gostava do trabalho, mas ficava

Leia mais

Visite nossa biblioteca! Centenas de obras grátis a um clique! http://www.portaldetonando.com.br

Visite nossa biblioteca! Centenas de obras grátis a um clique! http://www.portaldetonando.com.br Sobre a digitalização desta obra: Esta obra foi digitalizada para proporcionar de maneira totalmente gratuita o benefício de sua leitura àqueles que não podem comprá-la ou àqueles que necessitam de meios

Leia mais

O que procuramos está sempre à nossa espera, à porta do acreditar. Não compreendemos muitos aspectos fundamentais do amor.

O que procuramos está sempre à nossa espera, à porta do acreditar. Não compreendemos muitos aspectos fundamentais do amor. Capítulo 2 Ela representa um desafio. O simbolismo existe nas imagens coloridas. As pessoas apaixonam-se e desapaixonam-se. Vão onde os corações se abrem. É previsível. Mereces um lugar no meu baloiço.

Leia mais

5 Dicas Testadas para Você Produzir Mais na Era da Internet

5 Dicas Testadas para Você Produzir Mais na Era da Internet 5 Dicas Testadas para Você Produzir Mais na Era da Internet Uma das verdades absolutas sobre Produtividade que você precisa saber antes de seguir é entender que se ocupar não é produzir. Não sei se é o

Leia mais

Dia 4. Criado para ser eterno

Dia 4. Criado para ser eterno Dia 4 Criado para ser eterno Deus tem [...] plantado a eternidade no coração humano. Eclesiastes 3.11; NLT Deus certamente não teria criado um ser como o homem para existir somente por um dia! Não, não...

Leia mais

WWW.MUSICALLEIZER.COM.BR

WWW.MUSICALLEIZER.COM.BR WWW.MUSICALLEIZER.COM.BR Índice Índice Prefácio Sobre o autor Introdução Como ser produtivo estudando corretamente Você já organizou o seu tempo e os seus dias para estudar? Definir o que vai estudar Organizando

Leia mais

Sete Motivos Importantes Para Usar Áudio Para Melhorar As Suas Habilidades Em Inglês

Sete Motivos Importantes Para Usar Áudio Para Melhorar As Suas Habilidades Em Inglês Sete Motivos Importantes Para Usar Áudio Para Melhorar As Suas Habilidades Em Inglês Oi! Meu nome é David. Atualmente estou em Imperatriz, Maranhão ajudando pessoas como você aprenderem inglês. Já faz

Leia mais

MEU PLANO DE AÇÃO EM MASSA 7 PASSOS PARA UM INCRÍVEL 2015!

MEU PLANO DE AÇÃO EM MASSA 7 PASSOS PARA UM INCRÍVEL 2015! MEU PLANO DE AÇÃO EM MASSA 7 PASSOS PARA UM INCRÍVEL 2015! Você sabia que 95% das pessoas que traçam planos de Ano Novo NUNCA os seguem adiante? A razão é que a maioria das pessoas não entende o processo

Leia mais

A Torre de Hanói e o Princípio da Indução Matemática

A Torre de Hanói e o Princípio da Indução Matemática A Torre de Hanói e o Princípio da Indução Matemática I. O jogo A Torre de Hanói consiste de uma base com três pinos e um certo número n de discos de diâmetros diferentes, colocados um sobre o outro em

Leia mais

10 segredos para falar inglês

10 segredos para falar inglês 10 segredos para falar inglês ÍNDICE PREFÁCIO 1. APENAS COMECE 2. ESQUEÇA O TEMPO 3. UM POUCO TODO DIA 4. NÃO PRECISA AMAR 5. NÃO EXISTE MÁGICA 6. TODO MUNDO COMEÇA DO ZERO 7. VIVA A LÍNGUA 8. NÃO TRADUZA

Leia mais

Assunto: Entrevista com a primeira dama de Porto Alegre Isabela Fogaça

Assunto: Entrevista com a primeira dama de Porto Alegre Isabela Fogaça Serviço de Rádio Escuta da Prefeitura de Porto Alegre Emissora: Rádio Guaíba Assunto: Entrevista com a primeira dama de Porto Alegre Isabela Fogaça Data: 07/03/2007 14:50 Programa: Guaíba Revista Apresentação:

Leia mais

Unidade 3: Acampamento Balaio

Unidade 3: Acampamento Balaio FRUTOS-3 DESAFIO Vivendo a Vida com Deus Unidade 3: Acampamento Balaio Fazendo Diferença ao Doar e Servir LIÇÃO 12 7-8 Anos Neste Trimestre, as crianças continuarão a pesquisar os cinco frutos do Trimestre

Leia mais

coleção Conversas #7 - ABRIL 2014 - f o? Respostas que podem estar passando para algumas perguntas pela sua cabeça.

coleção Conversas #7 - ABRIL 2014 - f o? Respostas que podem estar passando para algumas perguntas pela sua cabeça. Eu quero não parar coleção Conversas #7 - ABRIL 2014 - de consigo.o usar que eu drogas f o? aç e Respostas para algumas perguntas que podem estar passando pela sua cabeça. A Coleção CONVERSAS da Editora

Leia mais

! " # $ % %& " ' % % $! & %() % ' % " $*" & #+ " +, % # # + " -.%/ # 0 / # 0 " " 1 / # 0 2 % # " + % # ) # # % 2 % "3 ' 4 # * 5 )#+ %

!  # $ % %&  ' % % $! & %() % ' %  $* & #+  +, % # # +  -.%/ # 0 / # 0   1 / # 0 2 % #  + % # ) # # % 2 % 3 ' 4 # * 5 )#+ % ! # $ & ' $! & () ' $* & #+ +, # # + -./ # 0 / # 0 1 / # 0 2 # + # ) # # 2 3 ' 4 # * 5 )#+ 6 77 7 7( 8 9 #! # $&# ' (( ( ) $ *&*+)9, -+ 9 93 $ & ) )! &! #'(!-# $. $'( /#-##! '-!/.# ( 01! + : # 3 + $#-!

Leia mais

Palavras do autor. Escrever para jovens é uma grande alegria e, por que não dizer, uma gostosa aventura.

Palavras do autor. Escrever para jovens é uma grande alegria e, por que não dizer, uma gostosa aventura. Palavras do autor Escrever para jovens é uma grande alegria e, por que não dizer, uma gostosa aventura. Durante três anos, tornei-me um leitor voraz de histórias juvenis da literatura nacional, mergulhei

Leia mais

ALEGRIA ALEGRIA:... TATY:...

ALEGRIA ALEGRIA:... TATY:... ALEGRIA PERSONAGENS: Duas amigas entre idades adolescentes. ALEGRIA:... TATY:... Peça infanto-juvenil, em um só ato com quatro personagens sendo as mesmas atrizes, mostrando a vida de duas meninas, no

Leia mais

Capítulo II O QUE REALMENTE QUEREMOS

Capítulo II O QUE REALMENTE QUEREMOS Capítulo II O QUE REALMENTE QUEREMOS Neste inicio de curso de Formação em Coaching e Mentoring do Sistema ISOR, eu quero fazer a seguinte pergunta: o que vocês mais querem da vida hoje? Alguém pode começar?

Leia mais

CANDIDATO BANCADO PELOS PAIS

CANDIDATO BANCADO PELOS PAIS CANDIDATO BANCADO PELOS PAIS Desânimo total Acho que minhas forças estão indo abaixo, ando meio desmotivado!!!! Não quero desanimar, mas os fatores externos estão superando minha motivação... cobrança

Leia mais

coleção Conversas #9 - junho 2014 - m i o o Respostas que podem estar passando para algumas perguntas pela sua cabeça.

coleção Conversas #9 - junho 2014 - m i o o Respostas que podem estar passando para algumas perguntas pela sua cabeça. sou Eu Por do que coleção Conversas #9 - junho 2014 - Candomblé. tã estou sen d o o discri m i na da? Respostas para algumas perguntas que podem estar passando pela sua cabeça. A Coleção CONVERSAS da Editora

Leia mais

Questionário Sociodemográfico e Clínico

Questionário Sociodemográfico e Clínico Questionário Sociodemográfico e Clínico dados pessoais do sujeito: data: local: contacto telef.: nome: idade: naturalidade: estado civil: S C UF D V outros: escolaridade (nº anos c/ sucesso): habilitações

Leia mais

JOSÉ DE SOUZA CASTRO 1

JOSÉ DE SOUZA CASTRO 1 1 JOSÉ DE SOUZA CASTRO 1 ENTREGADOR DE CARGAS 32 ANOS DE TRABALHO Transportadora Fácil Idade: 53 anos, nascido em Quixadá, Ceará Esposa: Raimunda Cruz de Castro Filhos: Marcílio, Liana e Luciana Durante

Leia mais

FILOSOFIA BUDISTA APLICADA A EMPRESA:

FILOSOFIA BUDISTA APLICADA A EMPRESA: FILOSOFIA BUDISTA APLICADA A EMPRESA: CRESCENDO PESSOAL E PROFISSIONALMENTE. 08 a 11 de outubro de 2014 08 a 11 de outubro de 2014 Onde você estiver que haja LUZ. Ana Rique A responsabilidade por um ambiente

Leia mais