Assunto: Remuneração dos Agentes Fiscais do ICMS/SP.
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- Ângela Madeira Pinhal
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1 Assunto: Remuneração dos Agentes Fiscais do ICMS/SP. 1. Geral. Os Agentes Fiscais do ICMS/SP recebem remuneração limitada ao salário do governador/sp (atualmente em R$ ,00); Ao todo são aproximadamente ativos e aposentados em SP; No estado de SP somente os Procuradores Estaduais, Magistratura e Ministério Público recebem por subsídio limitado ao subsídio do desembargador/sp; Anuênios através de qüinqüênios (5%) e 6º parte após 20 anos fazem parte da remuneração no estado de SP (à exceção dos que recebem por subsídio); Em Santa Catarina, conseguiram aprovar uma PEC estadual, que diferenciou o salário dos agentes fiscais com os demais servidores estaduais, sendo que o auxílio transporte é de R$ 3.500,00 tanto para fiscais externos como internos; 2. Remuneração com sub-teto. A remuneração dos agentes fiscais do estado de SP são composta de várias parcelas, algumas que somadas estão limitadas ao salário do governador, participação nos resultados e indenizatórias (auxílio transporte) lei estadual 1.559/2008: 1º Parcela: Vencimento básico: calculado em função de R$ 1,5605/quota, valor corrigido pela evolução do crescimento da arrecadação; O valor máximo é de quotas; Este valor unitário tem uma trava, não permitindo um valor decrescente; Cotação atual congelada desde jan/11, devido a limitação do salário do governador; Há atualmente 7 níveis, levando de 20 a 25 anos para se atingir o máximo da carreira. 2º Parcela: Prêmio por produtividade com 2 tipos de funções: Agente Fiscal externo (máximo de quotas) ou com funções gratificadas (máximo de quotas- Coordenador); Os Agentes Fiscais externo correspondem a 60% sendo que 40% estão com funções internas. 3º Parcela: Pro Labore somente para os Agentes Fiscais Internos; Limite variando de a quotas; Esta parcela é carregada tanto para as férias como para a aposentadoria. 4º Parcela: Para os externos há uma contagem de pontos em função de diligências (15), curso (90), tipos de AI, até um máximo de quotas; Superando o índice mensal, o excedente é transferido para o mês seguinte, mas zerando no final do ano. 5º Parcela: Qüinqüênios e sexta parte,
2 Em 8 estados o sub-teto é o do governador e em 17 estados o do desembargador/stf. 3. Remuneração indenizatória: Indenização transporte de R$ 2.668,00 (20 dias); Pagamento por dia; Não vai para a aposentadoria e nem vai para o computo das férias. 4. Participação nos resultados: Incide o IRF, INSS e conta para a aposentadoria; Cálculo efetuado em função do acréscimo da previsão da arrecadação trimestral; O máximo a ser atingido é de 120% do acréscimo da previsão; O cálculo da previsão da arrecadação é efetuado por um comitê gestor com Secretaria da Fazenda, Secretaria de Gestão, Secretaria de Planejamento, Casa Civil; Neste terceiro trimestre (jul a set/12) alcançou-se 93%; O valor máximo de quotas é de decrescendo até o mínimo de quotas; Em 2011, atingiu-se 99%, resultando no trimestre quotas com R$ 1,56/quota, resultando num trimestre aproximadamente R$ 5.500,00. Para análises, discussões e srecomendações: 1. Incompatibilidade do subsídio com recebimento de gratificações: A Constituição Federal preconiza que: Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte: (...) XVI - é vedada a acumulação remunerada de cargos públicos, exceto, quando houver compatibilidade de horários, observado em qualquer caso o disposto no inciso XI. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) a) a de dois cargos de professor; (Incluída pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) b) a de um cargo de professor com outro técnico ou científico; (Incluída pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) c) a de dois cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde, com profissões regulamentadas; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 34, de 2001) XVII - a proibição de acumular estende-se a empregos e funções e abrange autarquias, fundações, empresas públicas, sociedades de economia mista, suas subsidiárias, e sociedades controladas, direta ou indiretamente, pelo poder público; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) 2. Subsídio com jeton : Entretanto, a Lei 8.112, de 11 de dezembro de 1990, prevê que: Art Ao servidor é proibido:
3 (...) X - participar de gerência ou administração de sociedade privada, personificada ou não personificada, exercer o comércio, exceto na qualidade de acionista, cotista ou comanditário; (Redação dada pela Lei nº , de 2008 (...) Parágrafo único. A vedação de que trata o inciso X do caput deste artigo não se aplica nos seguintes casos: (Incluído pela Lei nº , de 2008 I - participação nos conselhos de administração e fiscal de empresas ou entidades em que a União detenha, direta ou indiretamente, participação no capital social ou em sociedade cooperativa constituída para prestar serviços a seus membros; e (Incluído pela Lei nº , de 2008 (...) Da simples leitura do dispositivo acima, percebe-se que a referida lei extrapolou sua função regulamentadora, e ampliou o rol taxativo de exceções à vedação de acumulação de cargos ou empregos públicos. O Supremo Tribunal Federal, na ADI 1485 MC / DF - DISTRITO FEDERAL (MEDIDA CAUTELAR NA AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE - Relator(a): Min. NÉRI DA SILVEIRA - Julgamento: 07/08/1996 Órgão Julgador: Tribunal Pleno), entendeu, contudo, que a ampliação da norma infraconstitucional não viola a Constituição Federal: EMENTA: - Ação direta de inconstitucionalidade. 2. Arts. 2º e 5º, da Lei nº 9.292, de O primeiro introduz parágrafo único no art. 119 da Lei nº 8.112/1990 e o segundo revoga a Lei nº 7.733, de , e demais dispositivos em contrário. Exclui do disposto no art. 119 da Lei n 8.112/1990 a remuneração devida pela participação em conselhos de administração e fiscal de empresas públicas e sociedades de economia mista, suas subsidiárias e contratadas, bem como quaisquer atividades sob controle direto ou indireto da União. 3. Alega-se vulneração ao art. 37, XVI e XVII, da Constituição, quanto à acumulação remunerada de cargos, empregos e funções públicas. 4. Não se cuida do exercício de cargos em comissão ou de funções gratificadas, stricto sensu, especialmente porque se cogita, aí, de pessoas jurídicas de direito privado. 5. Não se configura, no caso, acumulação de cargos vedada pelo art. 37, XVI, da Lei Maior. 6. Não caracterização do pressuposto da relevância jurídica do pedido. 7. Medida cautelar indeferida. 3. Conselheiros do FUNDAF como fundamento para pagar um jeton aos AFs: Do exposto, smj e sem analisar pormenorizadamente o regramento específico do FUNDAF, entendo que este fundo não se enquadraria na autorização legal trazida pela Lei nº 8.112/90 (entidades formadas com dado capital social, e não com subsídios públicos, eg), restando vedada uma acumulação tal como a pretendida. Acrescente-se que, no meu entender, fere a lógica legal ter todos os servidores de dado quadro funcional (inclusive os inativos) como conselheiros de uma única entidade.
4 4. FUNDAF como fundamento para um plus aos AFs sem ferir o conceito de subsídio: Com a legislação apresentada a seguir, o meu entendimento é de que a própria legislação vigente nos permite receber uma retribuição variável, pois ela ainda continua válida através do inciso VI do art. 4º do Decreto nº 2037/96 combinado com o art. 6º da Lei nº 7711/89, sem prejuízo do conceito do subsídio. Decreto nº 1.437, de 17 de dezembro de 1975 (...) Art 6º Fica instituído, no Ministério da Fazenda, o Fundo Especial de Desenvolvimento e Aperfeiçoamento das Atividades de Fiscalização - FUNDAF, destinado a fornecer recursos para financiar o reaparelhamento e reequipamento da Secretaria da Receita Federal, a atender aos demais encargos específicos inerentes ao desenvolvimento e aperfeiçoamento das atividades de fiscalização dos tributos federais e, especialmente, a intensificar a repressão às infrações relativas a mercadorias estrangeiras e a outras modalidades de fraude fiscal ou cambial, inclusive mediante a instituição de sistemas especiais de controle do valor externo demercadorias e de exames laboratoriais. Parágrafo único. O FUNDAF destinar-se-á, também, a fornecer recursos para custear: (Incluído pela lei nº 9.532, de 1997) a) o funcionamento dos Conselhos de Contribuintes e da Câmara Superior de Recursos Fiscais do Ministério da Fazenda, inclusive o pagamento de despesas com diárias e passagens referentes aos deslocamentos de Conselheiros e da gratificação de presença de que trata o parágrafo único do art. 1º da Lei nº 5.708, de 4 de outubro de 1971; (Incluída pela lei nº 9.532, de 1997) b) projetos e atividades de interesse ou a cargo da Secretaria da Receita Federal, inclusive quando desenvolvidos por pessoa jurídica de direito público interno, organismo internacional ou administração fiscal estrangeira. (Incluída pela lei nº 9.532, de 1997) Art 7º Os recursos provenientes do fornecimento dos selos de controle, a que se refere o art. 3º, constituirão receita do FUNDAF e à conta deste serão recolhidos ao Banco do Brasil S.A. Art 8º Constituirão, também, recursos do FUNDAF: I - Dotações específicas consignadas na Lei de Orçamento ou em créditos adicionais; li - Transferências de outros fundos; (Revogado pela Lei nº 7.711, de 1988) III - Receitas diversas; e III - receitas diversas, decorrentes de atividades próprias da Secretaria da Receita Federal; e (Redação dada pela Lei nº 7.711, de 1988) IV - Outras receitas que lhe forem atribuídas por Lei. Art 9º O FUNDAF será gerido pela Secretaria da Receita Federal, obedecido o plano de aplicação previamente aprovado pelo Ministro da Fazenda. Art 10. Os saldos do FUNDAF, verificados ao final de cada exercício financeiro, serão automaticamente transferidos para o exercício seguinte. (...) DECRETO Nº 2.037, DE 15 DE OUTUBRO DE 1996.
5 (...) Art 4 Os recursos a que se refere o artigo anterior destinar-se-ão a custear as despesas que objetivem as atuações típicas da Secretaria da Receita Federal, em especial: I - aquisição e manutenção de materiais permanentes; II - manutenção, adaptação, reforma, ampliação, construção e aquisição de imóveis; III - aquisição de materiais de consumo; IV - movimentação temporária ou definitiva de servidores; V - capacitação e aperfeiçoamento de servidores; VI - retribuição adicional variável instituída pela Lei n 7.711, de 22 de dezembro de 1988, e regulamentada pelo Decreto n , de 19 de abri l de 1989; VII - modernização tecnológica; e VIII - outras despesas que tenham as características discriminadas no caput deste artigo. (...) LEI Nº 7.711, DE 22 DE DEZEMBRO DE 1988 (...) Art. 3º A partir do exercício de 1989 fica instituído programa de trabalho de "Incentivo à Arrecadação da Dívida Ativa da União", constituído de projetos destinados ao incentivo da arrecadação, administrativa ou judicial, de receitas inscritas como Dívida Ativa da União, à implementação, desenvolvimento e modernização de redes e sistemas de processamento de dados, no custeio de taxas, custas e emolumentos relacionados com a execução fiscal e a defesa judicial da Fazenda Nacional e sua representação em Juízo, em causas de natureza fiscal, bem assim diligências, publicações, pró- labore de peritos técnicos, de êxito, inclusive a seus procuradores e ao Ministério Público Estadual e de avaliadores e contadores, e aos serviços relativos a penhora de bens e a remoção e depósito de bens penhorados ou adjudicados à Fazenda Nacional. Parágrafo único. O produto dos recolhimentos do encargo de que trata o art. 1º Decreto-lei nº 1.025, de 21 de outubro de 1969, modificado pelo art. 3º do Decreto-Lei nº 1.569, de 8 de agosto de 1977, art. 3º do Decreto-lei nº 1.645, de 11 de dezembro de 1978, e art. 12 do Decreto-Lei nº 2.163, de 19 de setembro de 1984, será recolhido ao Fundo a que se refere o art. 4º, em subconta especial, destinada a atender a despesa com o programa previsto neste artigo e que será gerida pelo Procurador-Geral da Fazenda Nacional, de acordo com o disposto no art. 6º desta Lei. Art. 4º A partir do exercício de 1989, o produto da arrecadação de multas, inclusive as que fazem parte do valor pago por execução da dívida ativa e de sua respectiva correção monetária, incidentes sobre os tributos e contribuições administrados pela Secretaria da Receita Federal e próprios da União, constituirá receita do Fundo instituído pelo Decreto-Lei nº 1.437, de 17 de dezembro de 1975, excluídas as transferências tributárias constitucionais para Estados, Distritos Federal e Municípios. (...)
6 Art. 6º O Poder Executivo estabelecerá por decreto as normas, planos, critérios, condições e limites para a aplicação do Fundo de que tratam os arts. 3º e 4º, e ato do Ministro da Fazenda o detalhará. 1º O Poder Executivo encaminhará ao Poder Legislativo relatório semestral detalhado relativo à aplicação desse Fundo, inclusive especificando metas e avaliando os resultados. 2º Em nenhuma hipótese o incentivo ou retribuição adicional poderá caracterizar participação direta proporcional ao valor cobrado ou fiscalizado. 3º O incentivo ou retribuição adicional mensal observará o limite estabelecido no art. 37, item XI da Constituição Federal. CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL DE 1988 Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) (...) XI - a remuneração e o subsídio dos ocupantes de cargos, funções e empregos públicos da administração direta, autárquica e fundacional, dos membros de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, dos detentores de mandato eletivo e dos demais agentes políticos e os proventos, pensões ou outra espécie remuneratória, percebidos cumulativamente ou não, incluídas as vantagens pessoais ou de qualquer outra natureza, não poderão exceder o subsídio mensal, em espécie, dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, aplicando-se como limite, nos Municípios, o subsídio do Prefeito, e nos Estados e no Distrito Federal, o subsídio mensal do Governador no âmbito do Poder Executivo, o subsídio dos Deputados Estaduais e Distritais no âmbito do Poder Legislativo e o subsídio dos Desembargadores do Tribunal de Justiça, limitado a noventa inteiros e vinte e cinco centésimos por cento do subsídio mensal, em espécie, dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, no âmbito do Poder Judiciário, aplicável este limite aos membros do Ministério Público, aos Procuradores e aos Defensores Públicos; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 41, ) (...) GT Honorários realiza primeira reunião Foi nesta terça-feira, 2/10, com participação do representante da carreira no grupo, o Procurador da Fazenda João Paulo Oliveira, e do presidente do SINPROFAZ, Allan Titonelli. Estiveram presentes na reunião o vice-ministro, Fernando Faria, a coordenadora do grupo e Adjunta do AGU, Rosângela de Oliveira, a secretária-geral de Administração, Gildenora Dantas, Tânia Vaz, do DGE, além dos representantes das carreiras que integram a AGU. O GT foi constituído para elaboração de estudo sobre a destinação das receitas de honorários advocatícios percebidos pela União e suas autarquias e fundações com parte do acordo firmado pelo Forvm Nacional da Advocacia Pública Federal e Unafe com o Governo Federal nas negociações da campanha salarial.
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