PREFEITURA COMUNITÁRIA DA CHÁCARA 207 COLÔNIA AGRÍCOLA VICENTE PIRES

Transcrição

1 A Prefeitura Comunitária da Chácara 207 da Colônia Agrícola Vicente Pires vem através deste informativo orientar a comunidade que ela representa nos itens que mais são fato de constantes reclamações, tais como: dívidas de imóveis; excesso de barulho, lançamento de esgoto e detritos em áreas comuns, danos (quebra de muro, pichação, etc.), queima de mato/lixo, pipas, entre outros, levantamento este realizado no período entre 17/01/2010 e 23/01/2010, e dar outros esclarecimentos. 1. Responsabilidade sobre dívida de imóveis: Pergunta: Quando um imóvel é vendido, mesmo estando em débito com o condomínio, de quem passa a ser a responsabilidade pelo pagamento do débito? Resposta: A dívida recai sobre quem tem o domínio da coisa (ou seja, de quem adquiriu), salvo se houver pacto obrigando a outra parte em arcar com as referidas despesas. São as chamadas obrigações propter rem, ou seja, as dívidas se aderem à coisa e, em conseqüência, a quem detenha o domínio. Por exemplo, quando você compra um apartamento tem a obrigação de pagar o condomínio, o condomínio é uma obrigação propter rem. 2. Responsabilidade sobre Danos: Pergunta: Quando ocorre um dano (prejuízo) causado por um condômino ou por inquilinos, a um outro morador ou ao condomínio, por exemplo, pichação, batida em poste, quebra de muro, etc., qual a sua responsabilidade? E se o causador do dano for um inquilino, qual a responsabilidade do locador? Uma primeira observação deve ser feita: obrigações civis são distintas das penais. Esclarecendo: se alguém trafica drogas, as penas imputadas a essa modalidade delitiva são personalíssimas, não se estendendo a terceiros. Somente será punido quem pratica um crime. Esta é uma regra de direito penal. Já quanto às obrigações civis de inquilinos, e tendo em vista o anteriormente explicado, a administração deve notificar o proprietário da unidade, indicando a infração cometida e imputando a ele a responsabilidade pecuniária das infrações praticadas. Caso seja uma unidade alugada a notificação também deve ser direcionada ao proprietário, salvo se houver documento escrito em que o inquilino se responsabiliza pelos danos que eventualmente venha a praticar enquanto perdurar a locação. Caso não haja esse documento, a notificação (para efeitos civis) deve ser dirigida ao proprietário, pois a penalidade é sobre a unidade. Por isso é que todo locador deve constar no contrato de locação (comodato, cessão etc.) a responsabilidade da pessoa que estiver utilizando o imóvel pelas eventuais multas advindas dessa utilização. Lembrando que está é uma negociação, entre as partes, em que a Administração não tem responsabilidades. Complementando, se o morador ou o inquilino praticar algum dano, poderá ser processado criminalmente por crime de dano (art. 163 do Código Penal). Dano Art. 163 (CP) - Destruir, inutilizar ou deteriorar coisa alheia: Pena - detenção, de 1 (um) a 6 (seis) meses, ou multa. Dano Qualificado Parágrafo único - Se o crime é cometido: I - com violência à pessoa ou grave ameaça; II - com emprego de substância inflamável ou explosiva, se o fato não constitui crime mais grave; III - contra o patrimônio da União, Estado, Município, empresa concessionária de serviços públicos ou sociedade de economia mista; (Alterado pela L )

2 IV - por motivo egoístico ou com prejuízo considerável para a vítima: Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 3 (três) anos, e multa, além da pena correspondente à violência. O Regimento Interno da Chácara 207 não é omisso em relação ao assunto, sendo tratados nos artigos: Art. 16º - Direito dos Moradores - alínea a, que trata sobre o uso da área privada. Art. 17º - Deveres dos moradores alíneas m e q, que tratam sobre instalação e armazenamento e segurança. Art. 24º - Caput, que orienta a permanência e condução de animais domésticos. Art. 23º - Proibições alínea h, que trata sobre pichações. Art. 25º - Caput e parágrafo único, que orienta sobre reparações das instalações internas e reparos que atingem áreas comuns. Art. 26º - Caput, que trata sobre reparos necessários causados por moradores. 3. Excesso de barulho: Pergunta: Quando ocorrem festas (aniversários, churrascos, etc.), seja à noite ou durante o dia é comum que o barulho ultrapasse o limite e horário permitido e as pessoas se comportam inadequadamente, de maneira anti-social. Neste caso o que fazer? Uma das piores missões para um síndico é administrar barulho em condomínio. A fim de que o condomínio tenha relativa paz sonora, é importante que todos colaborem acatando as normas estatutárias condominiais. O bom senso é sempre o melhor caminho. Reclamar diretamente ao responsável pela emissão do ruído e, não obtendo resultado, à Administração. Esta poderá realizar a analise do regimento interno e se infringir algum regulamento ou lei do silêncio poderá enviar advertência e multas previstas. O novo código civil, cuja Lei /2002 rege os condomínios residenciais, é o instrumento jurídico que coíbe os abusos dos condôminos anti-sociais nos condomínios - o artigo prevê multas cujos valores serão estabelecidos pelo própria administração ou pela Comissão de Condomínios aos moradores infratores. Cada condomínio possui normas particulares e diferenciadas quanto aos ruídos provocados por moradores dentro de sua unidade e nas áreas comuns. Os condomínios reservam o período das 22h às 6h para o cumprimento do silêncio. O que não significa que no horário restante o barulho é livre. Na realidade, ninguém pode perturbar o vizinho em qualquer hora do dia ou da noite. E, complementando, se o morador ou o inquilino perturbar o sossego alheio, poderá ser enquadrado pelo Art. 42, do DEL 3.688/41, conforme abaixo: Barulho Perturbar o trabalho ou o sossego alheio é contravenção penal prevista no artigo 42 da Lei nº 3.688, de 3 de outubro de 1941, que dispões: Art. 42 (DEL 3.668/41): Perturbar alguém, o trabalho ou o sossego alheios: I com gritaria e algazarra;

3 II exercendo profissão incômoda ou ruidosa, em desacordo com as prescrições legais: III abusando de instrumentos sonoros ou sinais acústicos; IV provocando ou não procurando impedir barulho produzido por animal de que tem guarda: Pena prisão simples de 15 (quinze) dias a 3 (três) meses ou multa. O Regimento Interno da Chácara 207 não é omisso em relação ao assunto, sendo tratado no artigo: Art. 23º - Proibições alínea j, que trata sobre o horário para cumprimento do silencio. Tudo isso pode ser evitado quando cada pessoa se conscientizar de que, o ruído emitido por um, será ouvido por outros que tentam ter tranqüilidade em suas unidades. 4. Detritos lançados na rua: Pergunta: Quando ocorrem lançamentos de detritos (esgoto, resíduos de cozinha, sacos com lixo, etc.) na rua do condomínio o que fazer? É sabido que detritos de cozinha e esgoto provocam grande impacto no meio ambiente e, além de causar danos e mal estar a vizinhos, contribuem a para o acúmulo de sujeira, resíduos domésticos e a atrair à presença de insetos, ratos, cobras e animais nocivos a saúde humana. De maneira similar ao tratamento do excesso do barulho, o bom senso é sempre o melhor caminho. Assim o morador e/ou a própria Administração poderá procurar o responsável e ter uma conversa com o causador do problema, solicitando-o sua resolução. Neste caso, por se tratar de atos nocivos a saúde, persistindo o problema, a Administração deverá realizar a analise do regimento interno e se infringir algum regulamento ou lei enviar advertência e multas previstas. O Regimento Interno da Chácara 207 não é omisso em relação ao assunto, sendo tratados no artigo: Art. 23º - Proibições alíneas c e d, que trata sobre lançamento de fragmentos e desvios de esgoto doméstico para área comum ou de vizinhos. 5. Queima de mato e/ou lixo: Pergunta: O que fazer para que o vizinho não queime o capim ou o lixo de sua unidade? Queimar galhos, capim, madeiras, lixo, papéis, móveis, etc. causam incômodos aos vizinhos da unidade que está a praticar esta ação. A fumaça que é gerada é tóxica e impregna facilmente em roupas e tecidos. De maneira similar ao tratamento do excesso do barulho e de lançamentos de detritos nas ruas, moradores e/ou a Administração poderá procurar o responsável e ter uma conversa com o causador do problema, solicitando-o para que não queime estes materiais e sim adote uma postura mais social, como a coleta em sacos plásticos e disponibilização deste material nos respectivos contêineres de lixo. Se o problema persistir, a Administração poderá realizar a analise do regimento interno e leis podendo enviar advertência e multas previstas. Desta forma pedimos a colaboração de todos, pois: Não queimar é Preservar o meio ambiente e respeitar o próximo. Abaixo apresentamos alguns motivos para não realizar queimadas: Queimar é crime ambiental (lei 9.605, de 12/2/1998). Toda fumaça é muito danosa à saúde, provocando doenças respiratórias, principalmente em crianças, idosos e pessoas enfermas. Não há necessidade de queimar. Há outras alternativas.

4 A queima transforma o lixo em materiais e gases tóxicos. Porque de cada grupo de 2 ou 3 pessoas, 1 já tem doença respiratória. Porque todos têm direito de respirar ar e, não, fumaça e venenos. Assim, solicitamos sua valiosa colaboração em favor da saúde e do bem estar de todos (inclusive seus e dos seus familiares, amigos, vizinhos etc.), bem como em favor do meio ambiente. Como colaborar? 1) Não queimando nada (folhas/galhos, capim, madeiras, lixo, papéis, móveis, calçados, roupas, cabos e fios elétricos, pneus, rejeitos de qualquer espécie, sobras etc.). 2) Não acumulando folhas, capim, galhos, rejeitos, que possam ser queimados por outras pessoas. 3) Colocando o saco de lixo no local correto, para a coleta. 4) Ensacando ou enterrando os rejeitos vegetais. Vantagens em colaborar 1) Ar puro ou ar de melhor qualidade. 2) Mais conforto, mais saúde, menos doenças, menos mortes, mais felicidade. 3) Menos idas aos órgãos de saúde e menores gastos com remédios. 4) Menos problemas com os órgãos policiais e de vigilância ambiental. 5) Consciência cidadã do dever cumprido e do respeito às leis e à vida. 6. Cuidados ao soltar Pipas A brincadeira de soltar pipa pode ser divertida para as crianças, mas quando feita sem os cuidados necessários pode causar acidentes. Cuidados ao soltar pipa: a. Nunca soltar pipa perto de antenas, postes e fios elétricos; b. Solte pipas em locais abertos, como pastagens, parques ou no campo; c. Nunca soltar pipas em lugares altos, como telhado ou laje. Há o risco de distração e queda, que pode ser fatal; d. Pipa é brinquedo para dias ensolarados; nunca solte em dias nublados ou com relâmpagos no céu. Pode ser muito perigoso; e. Jamais utilize linha metálica, como fio de cobre de bobinas; f. Não use cerol - a mistura de cola e vidro moído que pode ferir a pele, pois você pode se ferir ou ferir alguém; g. Não faça as pipas com papel alumínio; h. Tente soltar pipa sem rabiola, como as arraias. Evita que o brinquedo se enrosque em fios ou galhos; i. Se a pipa ficar presas em fios ou cair em casas vizinhas, considere-a perdida. É melhor fazer outra. Evite pular muros e/ou invadir terrenos. j. Nunca use canos, vergalhões ou bambus para tentar soltar o brinquedo; k. Cuidado com o trânsito ao soltar pipa. Tenha atenção especial com os motociclistas e ciclistas - a linha da pipa pode ser perigosa para eles. Fique atento para que a linha não entre na frente destes condutores

5 7. Uso de Drogas O assunto é delicado, mas não deve ser ignorado. O uso de drogas em condomínios é muito mais comum do que se imagina e pode causar grandes transtornos, assim como a prática de qualquer outro ato ilegal nas dependências sejam as áreas comuns ou nas unidades. Perguntas mais comuns: 1. Mas, o que fazer? 2. Existe um limite de privacidade? 3. Deve-se chamar a polícia? 4. Existem meios para evitar o abuso nas áreas comuns? Crime: Usar e vender drogas é crime. A principal diferença está na pena aplicada a cada uma dessas infrações. Enquanto ser usuário não leva ninguém para a cadeia, mas prevê penas mais leves como as de trabalho ou a inclusão do infrator em atividades próprias para a inibição do uso da droga, possuir quantidade considerada como tráfico ou ser traficante garantem anos atrás das grades. Dúvidas comuns: Há a necessidade de incluir na convenção que é proibido o uso de drogas? Não há a necessidade de incluir na convenção, por exemplo, a questão do consumo de drogas especificamente, já que qualquer outra atividade ilegal não pode ser feita no condomínio. Existe legislação especifica para o assunto. É importante, no entanto, que a convenção defina regras para o descumprimento de leis federais, estaduais ou municipais - como a aplicação de multas em caso de descomprimento, por exemplo. Vale lembrar que se o usuário se tornar violento, começar a furtar moradores ou o condomínio ou se o comércio de drogas levar a uma movimentação grande de pessoas a segurança dos moradores estará em risco, o que faz da questão um problema coletivo e que deve ser resolvido o quanto antes. O que fazer quando notamos que nosso vizinho está usando drogas? O uso de drogas nas unidades gera muita polêmica. Por se tratar de uma área privativa, não há como fazer a fiscalização, mas se houver alguma reclamação fundamentada de vizinhos, por conta de cheiro excessivo, por exemplo, o caso passa a ser uma questão também da administração do condomínio. Ambos podem acionar a segurança local. Procedimentos Assim como em qualquer caso mais delicado, a primeira opção deve ser sempre de negociação e conversa para resolver o problema. A administração poderá procurar o proprietário do imóvel e alertá-lo sobre as regras do local lembrando-o sempre de que está sujeito a multa. No caso de adolescentes é imprescindível que a família seja comunicada para que agir rapidamente. É muito importante a participação dos pais na conscientização desses jovens. Em casos mais graves, onde a conversa não surtiu efeito ou o usuário causa algum transtorno ou constrangimento aos moradores, a administração ou o próprio morador(es) deve fazer uma denúncia anônima à polícia. O advogado Márcio Rachkorsky observa que a administração não deve se envolver pessoalmente no assunto e que, de maneira nenhuma, deve adiar a decisão de envolver a polícia em casos extremos, já que a situação pode comprometer os moradores.

6 Drogas legais Moradores que frequentemente exageram na bebida podem também ser punidos pelo condomínio com advertência e multa. O problema, quando se trata do álcool é que essa não é uma droga ilegal. A polícia pode ser chamada em caso de algum tipo de assédio ou constrangimento, por exemplo, mas de maneira anônima. Se o cheiro de cigarro começar a incomodar os vizinhos ou os moradores nas áreas comuns, mais uma vez o diálogo é a arma mais valiosa para a solução do caso. Negocie. Prevenção Intensifique a iluminação em locais próximos a jardins ou com um fluxo menor de pessoas. Os usuários, em sua maioria, optam por locais mais discretos. A instalação de câmeras de circuito fechado de TV (CFTV) em locais estratégicos costuma surtir um bom efeito. - Oriente a todos os moradores e funcionários do condomínio para que façam a fiscalização a fim de inibir o consumo. Deixe claro aos pais e moradores que atos como esses são ilegais e, portanto, dizem respeito a qualquer cidadão. Vale destacar que, no condomínio eles resultam em multa e, fora dele, até em cadeia. Brasília DF, 06 de fevereiro de Prefeitura Comunitária da Chácara 207 Colônia Agrícola Vicente Pires - Taguatinga - DF. "Um condomínio não se resume a um conjunto de casas dispostas de forma ordenada. É, sobretudo, o convívio numa sociedade fechada de pessoas que idealizam e projetam para si uma melhor qualidade de vida