PODER JUDICIÁRIO JUSTIÇA FEDERAL CIRCUNSCRIÇÃO JUDICIÁRIA DE CANOAS PRIMEIRA VARA FEDERAL PORTARIA 002/08
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- Domingos Bardini Palha
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1 PORTARIA 002/08 Os Doutores GUILHERME PINHO MACHADO, Juiz Federal da Vara Federal Cível da Subseção Judiciária de Canoas, e DANIEL LUERSEN, Juiz Federal Substituto, no uso de suas atribuições legais, e considerando: a) o previsto no art. 647, caput e incisos e 685-C, ambos do CPC, com a redação dada pela Lei n /2006; b) não haver ainda o TRF da 4ª Região detalhado o procedimento de alienação referido no artigo acima (685-C, 3º, do CPC), resolvem: Art. 1º - A alienação por iniciativa particular será realizada pelo próprio exeqüente ou por intermédio de corretor ou leiloeiro credenciado no juízo da execução. 1º - Os corretores, de bens móveis ou imóveis, deverão estar em exercício por não menos de 5 (cinco) anos, além de regularmente inscritos no Conselho de fiscalização profissional competente. Art 2º - No requerimento de expropriação por meio da alienação por iniciativa particular, deverá o exeqüente esclarecer se ultimará pessoalmente o procedimento, ou se o fará por intermédio de corretor ou leiloeiro credenciado no juízo. Art 3º - A comissão do corretor ou leiloeiro será fixada em 10% (dez por cento), em se tratando de bens móveis, ou em 7,5% (sete e meio por cento), em se tratando de bens imóveis, sobre o valor da transação, e será suportada pelo proponente-adquirente, o que deverá ser objeto de advertência expressa na divulgação da alienação. Art. 4º - Tratando-se de débito executado pela Fazenda Nacional, será admitido o pagamento parcelado, em até 60 (sessenta) vezes,
2 observada a parcela mínima de R$ 50,00 (cinqüenta reais), reduzindo-se o prazo o quanto necessário para a observância deste piso; I - O adquirente deverá depositar em juízo, no ato da transação, a primeira prestação, sendo que a exeqüente será credora do adquirente até o completo pagamento do valor da venda; II - As prestações de pagamento a que se obrigará o adquirente serão mensais, iguais e sucessivas, vencendo-se a segunda no último dia útil do mês seguinte ao da venda em que houve o respectivo parcelamento, e assim sucessivamente; III - As prestações serão reajustadas pelo índice acumulado mensalmente da taxa SELIC, calculada a partir da data do deferimento até o mês anterior ao do pagamento, e de um por cento relativamente ao mês em que o pagamento estiver sendo efetuado. IV - Se o valor da venda superar o valor do débito exeqüendo, o parcelamento se limita ao crédito do exeqüente, devendo o adquirente depositar, no ato da venda, o valor excedente, para levantamento pelo executado. V - O não-pagamento de quaisquer das prestações acarretará o vencimento antecipado do débito assumido, com inscrição do adquirente em dívida ativa da União, pelo saldo impago, o qual será acrescido de multa rescisória de 50% (cinqüenta por cento), além de ser indicado à penhora o imóvel hipotecado ou o bem móvel dado em garantia, conforme prescreve o art. 98 da Lei n /91 e a Portaria PGFN n. 262, de Art. 5º - Se o exeqüente optar pela alienação mediante a intermediação e não indicar o profissional de sua preferência, será nomeado leiloeiro pelo Juízo, atendendo-se à seguinte ordem de escolha: I - processos cujos dígitos finais sejam 1, 2 ou 3 - leiloeiro Flávio Bittencourt Garcia; leiloeira Joyce Ribeiro; II - processos cujos dígitos finais sejam 4, 5 ou 6 -
3 leiloeiro Jaimir Bonfanti. PODER JUDICIÁRIO III - processos cujos dígitos finais sejam 7, 8 ou 9 - IV - processos cujo dígito final seja 0 - considera-se, para a nomeação do leiloeiro, o último dígito diferente de zero. Ex: processo n (dígito 1 - Flávio Bitencourt Garcia) 1º - Por dígito final entende-se aquele antecedente ao dígito verificador. Ex: processo n : dígito verificador: 7; último dígito, considerado para a definição do leiloeiro: 6 2º - Na hipótese de cadastramento, junto a este Juízo, de outro(s) leiloeiro(s), a forma de distribuição dos processos acima definida será readequada, proporcionalmente ao número de leiloeiros. Art. 6º - O prazo máximo para a venda será de 6 (seis) meses, dispensando-se a prévia intimação da parte executada acerca de cada proposta de compra oferecida. Art 7º - A falta de interessados no prazo assinalado será comunicada ao juiz, que determinará as providências cabíveis, inclusive eventual dilação do prazo, procedendo-se, se necessário, à atualização da avaliação. Art 8º - O preço mínimo para a venda será de: I - 60% (sessenta por cento) sobre o valor da avaliação em se tratando de bens móveis, em geral; II - 70% (setenta por cento) sobre o valor da avaliação em se tratando de imóveis e veículos. Art 9º - Caso haja interessados na aquisição por valor inferior ao dos percentuais acima estabelecidos, as propostas serão consignadas nos autos para decisão judicial. Art 10 - A alienação por iniciativa particular será precedida de ampla publicidade, preferencialmente por mídia eletrônica, desnecessária a publicação de editais pela Vara.
4 Art 12 - As despesas de publicidade correrão, de ordinário, por conta do profissional credenciado, ressalvando-se a possibilidade de serem carreadas ao executado, à vista de circunstâncias particulares de cada caso, a serem apreciadas pelo juízo da execução. Art 13 - A divulgação publicitária da alienação por iniciativa particular terá por conteúdo necessário todas as informações sobre o procedimento e os bens a serem alienados, notadamente o seguinte: processa a execução; I - número do processo judicial e a Vara onde se II - data da realização da penhora; III - a existência, ou não, de ônus ou garantias reais; de penhoras anteriores sobre o mesmo bem, em outros processos contra o mesmo devedor; de débitos fiscais federais, estaduais ou municipais e de eventual recurso pendente; IV - fotografias do bem, sempre que possível, com a informação suplementar, em caso de imóvel, de estar desocupado ou ocupado pelo executado ou por terceiro; V - valor da avaliação judicial; VI - preço mínimo fixado para a alienação; VII - as condições de pagamento e as garantias que haverão de ser prestadas, no caso de proposta para pagamento parcelado; VIII - a descrição do procedimento; IX - a informação de que a alienação será formalizada por termo nos autos da execução; ineficaz: X - a informação de que a alienação poderá ser julgada pelo juízo; a) se não forem prestadas as garantias exigidas
5 b) se o proponente provar, nos cinco dias seguintes à assinatura do termo de alienação, a existência de ônus real ou gravame até então não mencionado; c) se a alienação se realizar por preço que vier a ser considerado pelo juízo como vil; d) nos casos de ausência de prévia notificação da alienação ao senhorio direto, ao credor com garantia real ou com penhora anteriormente averbada, que não seja de qualquer modo parte na execução (CPC, art. 698); XI - o nome do corretor ou do leiloeiro responsável pela intermediação, com endereço e telefone; XII - a comissão devida, arbitrada pelo juiz em percentual do valor da alienação, a cargo do proponente; XIII - outras informações que se mostrarem relevantes para o aperfeiçoamento do procedimento de alienação por iniciativa particular. XIV - a informação de que os bens poderão ser vendidos em divididos lotes para mais de um interessado, desde que daí não decorra prejuízo à garantia, considerando o seu todo. Art Não se harmonizando as propostas com as condições fixadas pelo juízo para a efetivação da alienação por iniciativa particular, a questão será submetida à apreciação judicial, ouvidas as partes. Art O corretor/leiloeiro lavrará o termo de alienação, que será subscrito pelo juiz, pelo adquirente e, se estiver presente, pelo executado, expedindo-se carta de alienação do imóvel ou do automóvel. Parágrafo único. Em se tratando de outros bens móveis, o próprio termo servirá como carta de alienação, após subscrito nos termos acima.
6 Art 16 - Até 5 (cinco) dias após a divulgação publicitária de que trata o art. 13 e incisos, caberá a remição, na forma do art. 651 do Código de Processo Civil. Art 17 - Para fins de registro imobiliário, a carta de alienação deverá discriminar a localização do imóvel, sua descrição, mediante remissão ao número da matrícula ou transcrição correspondente, e o nome do proprietário. Deverá ser instruída, ainda, com cópia do termo de formalização lavrado nos autos e prova de quitação do imposto de transmissão. Publique-se. Cumpra-se. Encaminhe-se cópia à Direção do Foro da Seção Judiciária para publicação, à Corregedoria-Geral, para os efeitos do art. 3º, inciso XV, da Consolidação Normativa da Corregedoria-Geral da Justiça Federal na 4ª Região. Canoas, 17 de dezembro de Guilherme Pinho Machado Juiz Federal Daniel Luersen Juiz Federal Substituto
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