SEMESTRE EUROPEU - FICHA TEMÁTICA INCLUSÃO SOCIAL

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1 SEMESTRE EUROPEU - FICHA TEMÁTICA INCLUSÃO SOCIAL 1. INTRODUÇÃO A luta contra a pobreza e a exclusão social é uma prioridade política fundamental para a Comissão Europeia. Esta prioridade foi incluída, em 2010, na Estratégia Europa 2020, a estratégia europeia para o crescimento e o emprego, cujo eixo central é a criação de emprego e a redução da pobreza. Um dos cinco grandes objetivos da estratégia é retirar pelo menos 20 milhões de pessoas de situações de risco de pobreza ou exclusão social até 2020, reduzindo assim a pobreza de 116,4 milhões de pessoas em para 96,4 milhões de pessoas ao longo dessa década. Devido à crise económica e financeira mundial, porém, a Europa ficou mais longe de atingir o seu objetivo de redução da pobreza. O aumento da atividade económica e a melhoria das condições do mercado de trabalho que se verificam desde 2013 permitiram que a situação social geral melhorasse um pouco na maioria dos Estados-Membros. O lançamento do Pilar Europeu dos Direitos Sociais dá novo ímpeto aos esforços de redução da pobreza. O pilar deverá passar a ser o quadro de referência para avaliar o desempenho dos Estados-Membros em termos sociais e de emprego e para promover reformas a nível nacional. De modo mais geral, define uma nova orientação para a construção de uma Europa mais justa e para o reforço da sua dimensão social, em domínios como a justiça social e a mobilidade social ascendente, para além da redução da pobreza e das desigualdades de rendimentos. O objetivo do presente documento é apresentar uma breve panorâmica da inclusão social na União Europeia 2. Está estruturado da seguinte forma: em primeiro lugar, introduz o conceito e os métodos de medição da pobreza e da exclusão social; em seguida, apresenta uma descrição geral dos desafios com que a UE está atualmente confrontada; por último, analisa os instrumentos políticos específicos que fomentam a inclusão social. As fichas temáticas complementares que incluem informações adicionais sobre esta área política são as relativas aos seguintes temas: Políticas ativas do mercado de trabalho; Adequação e Sustentabilidade das Pensões; Saúde e Sistemas de Saúde; Competências para o Mercado de Trabalho; Sistemas Fiscais e Administração Fiscal; Sistemas de Fixação dos Salários. Combate às desigualdades. 1 Em comparação com os últimos dados disponíveis (2008) sobre a taxa de risco de pobreza (AROPE) na altura em que a Estratégia Europa 2020 foi acordada, em Os países abrangidos pelos dados contidos na presente ficha são respeitantes aos 28 Estados-Membros da UE, salvo indicação em contrário. Página 1

2 2. DESAFIOS ESTRATÉGICOS: PANORÂMICA DO DESEMPENHO NOS PAÍSES DA UE 2.1. Medição da pobreza e da exclusão social A pobreza e a exclusão social constituem um fenómeno complexo, cuja medição exige uma abordagem multidimensional. Por conseguinte, a UE utiliza um conjunto de indicadores para avaliar os progressos no sentido da realização do objetivo de redução da pobreza estabelecido pela União. O indicador principal mede o número de pessoas em risco de pobreza ou exclusão social (AROPE). Esta condição é definida por meio de três subindicadores principais: risco de pobreza (pobreza relativa ou monetária), que mede a percentagem de pessoas que vivem em agregados familiares com um rendimento líquido disponível equivalente inferior ao limiar de risco de pobreza, fixado em 60 % do rendimento mediano nacional (após transferências sociais). O limiar de 60 % do rendimento mediano é convencionado e representa o nível de rendimento considerado necessário para viver com dignidade. Considera-se que as pessoas com um rendimento líquido equivalente disponível inferior ao limiar estão em risco de pobreza; privação material grave, que mede a percentagem de pessoas cujas condições de vida são condicionadas pela falta de recursos e que não têm meios para certos gastos que indicam, normalmente, um nível de vida digno numa dada sociedade. Descreve a incapacidade de pagar pelo menos quatro de nove itens específicos 3 ; agregados familiares com uma intensidade de trabalho muito baixa, que mede a percentagem da população com idades compreendidas entre 0 e 59 anos que vive em agregados em que as pessoas em idade ativa trabalharam menos de 20 % do total do seu tempo de trabalho potencial no ano anterior. Considera-se que as pessoas estão em risco de pobreza ou exclusão social se forem afetadas por pelo menos uma das três dimensões de pobreza acima descritas. Algumas pessoas são afetadas por dois ou mesmo três tipos de pobreza em simultâneo. Em consequência, a soma dos indicadores individuais levará a uma dupla contagem em alguns casos (ver a figura 1). O Painel de Indicadores Sociais, no âmbito do Pilar Europeu dos Direitos Sociais, adota a abordagem multidimensional da Estratégia Europa 2020 e introduz indicadores adicionais para medir a pobreza. Esses indicadores são: a privação habitacional grave, medida pela percentagem da população que vive num alojamento considerado sobrelotado e que preenche também, pelo menos, um dos seguintes critérios de privação habitacional: 1) telhado que deixa entrar água; 2) inexistência de banheira, chuveiro ou sanita com autoclismo no alojamento; ou 3) falta de luz natural; a taxa de risco de pobreza no trabalho, medida pela percentagem de pessoas empregadas que têm um 3 1) renda/hipoteca/contas dos serviços básicos, sem atrasos; 2) manter a casa adequadamente aquecida; 3) fazer face a despesas inesperadas; 4) comer uma refeição de carne, peixe ou proteínas equivalentes de dois em dois dias; 5) ir uma semana de férias para fora de casa; 6) ter um carro; 7) ter uma máquina de lavar roupa; 8) ter uma televisão a cores; 9) ter um telefone. Página 2

3 rendimento líquido disponível equivalente inferior ao limiar de risco de pobreza, fixado em 60 % do rendimento mediano nacional (após transferências sociais). Em paralelo com os indicadores de pobreza, os critérios de desigualdade de rendimentos 4 fornecem uma perspetiva mais alargada da exclusão social: o coeficiente de Gini o indicador de desigualdade mais frequentemente utilizado. Mede a distribuição do rendimento num determinado país ou região. Quanto mais elevado for o coeficiente, maior é a desigualdade, indicando um coeficiente de 0 a igualdade completa (todas as pessoas têm o mesmo rendimento) e um coeficiente de 100 a desigualdade completa. o rácio dos quintis de rendimento (também denominado «rácio S80/S20») indica a disparidade dos rendimentos entre os 20 % da população com os rendimentos mais elevados (o quintil superior) e os 20 % da população com os rendimentos mais baixos (o quintil inferior). O inquérito relativo às Estatísticas da UE sobre o Rendimento e as Condições de Vida (EU-SILC) é a principal fonte de estatísticas sobre o rendimento, a pobreza, a inclusão social e as condições de vida. Uma das principais vantagens do inquérito reside no facto de incluir dados pormenorizados sobre os indivíduos e os agregados familiares recolhidos de forma harmonizada em todos os Estados- Membros, o que permite estabelecer comparações entre países. Uma limitação muito importante do inquérito é o prazo de dois anos 5 que decorre até que os dados fiquem disponíveis para análise e comunicação. 4 Ver a ficha temática do Semestre Europeu - Combate às desigualdades. 5 Em 2017, por exemplo, o Eurostat publicou os dados relativos a 2016, com base nos rendimentos de Panorâmica do desempenho A taxa de pobreza ou exclusão social diminuiu para o nível que registava antes da crise financeira de Em , havia cerca de 118 milhões de pessoas, ou seja, 23,5 % da população europeia 7, em risco de pobreza ou exclusão social (ver anexo, quadro 1), ao passo que em 2012 a percentagem de pessoas em risco de pobreza ou exclusão social na UE era de quase 25 %. A pobreza monetária continuava a ser a forma mais comum de pobreza em 2016, afetando quase 87 milhões de pessoas (ou seja, 17,3 %). O número de pessoas que sofrem de privação material grave diminuiu pelo quarto ano consecutivo. Os dados preliminares disponíveis para 2016 indicam que esse número, correspondente a uma percentagem de 7,5 % (ou 37,8 milhões de pessoas), atingiu o nível mais baixo registado na UE desde Com uma percentagem de 10,4 % (ou 38,8 milhões de pessoas), o nível de baixa intensidade do trabalho permanece superior ao valor registado em 2008 (9,2 %). Ainda assim, a melhoria das condições do mercado de trabalho e o aumento da atividade económica levaram a que a percentagem de pessoas que vivem em agregados familiares sem emprego diminuísse pela primeira vez em 2015, desde Não obstante a recente melhoria da situação da pobreza, a desigualdade de rendimentos mantém-se elevada, o que indicia que persistem as preocupações com a justa distribuição dos rendimentos na população. Nos últimos anos, o rácio dos quintis de 6 Dados estimados em função dos rendimentos de À data da presente publicação, os dados relativos à Irlanda ainda não estavam disponíveis. 7 O número total de pessoas em risco de pobreza ou exclusão social é inferior à soma do número de pessoas incluídas em cada uma das três formas de pobreza ou exclusão social. Tal deve-se ao facto de algumas pessoas serem afetadas, em simultâneo, por mais do que uma dessas situações. Página 3

4 rendimento S80/S20 tem vindo a seguir uma tendência ascendente, tendo atingido o valor de 5,1 em Também se observa uma tendência ascendente do coeficiente de Gini, que era de 31 em Os resultados relativos à pobreza e à exclusão social a nível da UE, calculados como a média ponderada dos resultados nacionais, ocultam consideráveis diferenças entre os Estados-Membros (ver a figura 2). Em 2016, quase um terço da população de quatro Estados-Membros estava em risco de pobreza ou exclusão social: Bulgária (40,4 %), Roménia (38,3 %), Grécia (35,6 %) e Lituânia (30,1 %). Os níveis mais baixos, em contrapartida, foram registados na República Checa (13,3 %), na Finlândia (16,6 %) e nos Países Baixos (16,7 %) (ver o quadro 1 do anexo). A dinâmica da pobreza também varia em função da faixa etária e do contexto demográfico. Alguns grupos da sociedade parecem ser particularmente vulneráveis: os jovens, as crianças, as pessoas com deficiência, os desempregados e os nacionais de países terceiros. Quase um terço dos jovens da Europa estão expostos a um risco acrescido de pobreza ou exclusão social. O desemprego juvenil diminuiu pelo terceiro ano consecutivo e em 2016 era de 18,7 %, taxa que ainda assim é superior aos níveis registados em 2008 (15,6 %). Ao mesmo tempo, quase um terço (30,5 %) dos jovens (18-24 anos) corriam risco de pobreza ou exclusão social em As crianças são outro grupo exposto a maior risco de pobreza ou exclusão social. Em 2016, o risco para as crianças (0-17 anos) era de 26,4 % superior ao das pessoas em idade ativa (18-64 anos, 24,2 %) e dos idosos (65 anos ou mais, 18,3 %). A vulnerabilidade das crianças decorre, em grande medida, da situação profissional dos pais, em especial quando esta se conjuga com um acesso limitado aos serviços sociais e aos apoios ao rendimento. As pessoas com deficiência também estão muito mais expostas ao risco de pobreza ou exclusão social. Em 2015, 30,2 % (31 milhões) das pessoas com deficiência na UE estavam em risco de pobreza ou exclusão social, uma percentagem significativamente superior à das pessoas sem deficiência (20,8 %). Este risco aumenta em função da gravidade da deficiência, atingindo 36,7 % das pessoas com deficiência grave na UE, em No caso dos desempregados, o risco de pobreza ou exclusão social ascendia a 67,1 % em Além disso, o número de desempregados de longa duração equivalia a quase 48 % do número total de desempregados. Esta evolução é particularmente preocupante, na medida em que os longos períodos de desemprego podem levar a uma grave erosão das competências e expor as pessoas em causa a um risco acrescido de pobreza ou exclusão social. O desemprego de longa duração também leva a que muitos dos afetados deixem de estar cobertos por qualquer forma de apoio ao rendimento ou proteção social. Ter emprego nem sempre protege contra a pobreza, uma vez que o aumento da pobreza no trabalho é outra evolução preocupante. Em 2015, 9,5 % das pessoas empregadas tinham rendimentos insuficientes o que representa um aumento relativamente aos níveis de (8,5 %). Esta evolução foi influenciada pela proliferação dos contratos de trabalho temporários e a tempo parcial. Estes tipos de empregos estão muitas vezes associados a remunerações mais baixas e a uma menor intensidade de trabalho fatores determinantes para o aumento do risco de pobreza 9. Por outro lado, estes tipos de contratos estão muito associados às tendências em matéria de digitalização do trabalho, à importância dada a uma melhor conciliação da vida profissional e familiar e à reintegração das mulheres com filhos no mercado de trabalho. 8 UE-27, não há dados disponíveis em relação a 2008 para a Croácia. 9 Employment and Social Developments in Europe (ESDE) 2016, p. 87. Página 4

5 A situação que a população nascida fora da UE vive na União é especialmente relevante à luz da crescente necessidade de responder ao afluxo de requerentes de asilo. Em 2015, o risco de pobreza ou exclusão social para as pessoas não nascidas na UE era estimado em 39,1 % quase o dobro do risco da população nativa (21,6 %). Outros grupos 10 afetados pela pobreza ou pela exclusão social são as famílias monoparentais, as famílias com muitos filhos e as minorias, tais como as populações ciganas. Figura 1 Número de pessoas em risco de pobreza ou exclusão social analisado por tipo de indicadores, UE-28, 2015* (milhões) Fonte: Eurostat (t2020_51, t2020_52, t2020_53 e ilc_pees01) * À data da presente publicação, não estavam disponíveis cruzamentos dos indicadores de pobreza para Não estão disponíveis dados comparáveis a nível da UE para todos estes grupos. Página 5

6 3. INSTRUMENTOS PARA FAZER FACE AOS DESAFIOS ESTRATÉGICOS A prevenção e a redução da pobreza, da exclusão social e das desigualdades dependem em grande medida das medidas e reformas adotadas nos Estados-Membros. A missão da UE consiste em apoiar e complementar as políticas de inclusão e proteção social dos Estados-Membros, através de orientações políticas e de apoio financeiro aos esforços de reforma. A abordagem de inclusão ativa da UE 11 tem por objetivo: i) ajudar as pessoas que podem trabalhar a encontrar um emprego sustentável e de qualidade; ii) fornecer às pessoas que não podem trabalhar recursos suficientes para viverem com dignidade; iii) apoiar a participação social. A abordagem baseiase em três componentes: apoios adequados ao rendimento, mercados de trabalho inclusivos e acesso a serviços de qualidade. Assegurar apoios adequados ao rendimento para todos, evitando simultaneamente os ciclos viciosos de desemprego ou inatividade no caso das pessoas que possam trabalhar; Criar mercados de trabalho inclusivos, proporcionando oportunidades para que todos possam obter um trabalho remunerado e um salário que lhes permita prover à sua subsistência. Os mercados de trabalho inclusivos baseiam-se, entre outras coisas, em políticas ativas do mercado de trabalho que melhorem a empregabilidade dos trabalhadores e ajudem a manter os desempregados em contacto com o mercado de trabalho 12 ; O acesso a serviços de saúde e sociais e a outros serviços de assistência de elevada qualidade 13 pode eliminar obstáculos à participação no mercado de trabalho, combatendo dessa forma a pobreza e a exclusão social. Figura 2 Pessoas em risco de pobreza ou exclusão social (2016), valores normalizados UE28=0 Fonte: Eurostat, EU-SILC, código dos dados em linha: tsdsc100 * À data da presente publicação, não estavam disponíveis dados relativos à Irlanda para este ano, tendo sido utilizados em seu lugar os valores de Ver a Recomendação da Comissão sobre a inclusão ativa das pessoas excluídas do mercado de trabalho (2008/867/CE) e documento de trabalho dos serviços da Comissão sobre a sua aplicação [SWD(2017) 257 final]. 12 Ver a ficha temática do Semestre Europeu - Políticas Ativas do Mercado de Trabalho. 13 Ver a ficha temática do Semestre Europeu - Saúde e Sistemas de Saúde. Página 6

7 Os serviços de acolhimento de crianças, por exemplo, permitem que os pais regressem ao trabalho. Outros programas e serviços específicos são utilizados para chegar aos mais excluídos da sociedade (sem-abrigo, ex-reclusos, doentes mentais, toxicodependentes) e prestar-lhes apoio, ajudando-os a reintegrar-se socialmente. Há vários outros instrumentos políticos que estão ao dispor dos Estados- Membros para melhorarem os resultados nacionais no domínio social. Por exemplo: Disponibilização de sistemas de ensino e aprendizagem ao longo da vida eficientes e equitativos 14 para facultar às pessoas as competências de que necessitam para entrarem e progredirem no mercado de trabalho. Garantir a igualdade de oportunidades para as crianças oriundas de meios desfavorecidos e um acesso adequado à aprendizagem ao longo da vida para as pessoas com poucas qualificações; Adoção de políticas fiscais 15 que proporcionem os incentivos adequados para que todos os intervenientes (trabalhadores, empregadores e empresários) se empenhem plenamente nas atividades económicas; Políticas de fixação dos salários 16 que garantam rendimentos adequados, tendo simultaneamente em conta os efeitos sobre a competitividade e a criação de emprego; Garantia de pensões adequadas e sustentáveis 17, nomeadamente através da adoção de políticas de «envelhecimento ativo» em matéria de emprego, participação e autonomia de vida. Na UE, os pensionistas estão, em média, mais protegidos contra o risco de pobreza ou exclusão social do que a população em geral; Adoção de legislação contra a discriminação que elimine os obstáculos enfrentados por grupos específicos para encontrarem um emprego ou um lugar para viver, ou para acederem aos seus direitos sociais. 4. ANÁLISE COMPARATIVA DAS ESTRATÉGIAS ATUAIS 4.1. Melhoria da eficácia e da eficiência dos apoios ao rendimento As transferências sociais e os impostos redistribuem o rendimento entre os indivíduos e as famílias, podendo ter um impacto significativo sobre a pobreza e a desigualdade de rendimentos. Em 2015, a despesa com prestações sociais 18 (excluindo pensões) reduziu a taxa de pobreza na UE de 25,9 % para 17,3 %. No entanto, o impacto da proteção social varia muito na UE, desde menos de 7 % na Bulgária, Chipre, Estónia, Grécia, Itália, Letónia, Polónia e Roménia, até mais de 25 % na Bélgica, Dinamarca, Finlândia e Irlanda (ver a figura 3). Adicionalmente ao nível das transferências sociais, a eficácia e a eficiência dessa despesa também tem influência, ou seja, é importante que a despesa produza os melhores resultados (eficácia), ao mais baixo custo e maximizando as repercussões em termos de emprego e crescimento (eficiência). 14 Ver a ficha temática do Semestre Europeu - Competências para o Mercado de Trabalho. 15 Ver a ficha temática do Semestre Europeus - Sistemas Fiscais e Administração Fiscal. 16 Ver a ficha temática do Semestre Europeu - Sistemas de Fixação dos Salários. 17 Ver a ficha temática do Semestre Europeu - Adequação e Sustentabilidade das Pensões. 18 Prestações sociais, por função, incluindo: velhice e prestações de sobrevivência (pensões); prestações por doença, prestações de cuidados de saúde e pensões de invalidez; prestações familiares e abonos de família; subsídios de desemprego; subsídios à habitação e prestações de combate à exclusão social. Página 7

8 Figura 3 Impacto das transferências sociais* na redução da pobreza, 2016 e variação em relação ao ano anterior As diferenças na eficácia e eficiência das despesas sociais dependem de múltiplos fatores. Em primeiro lugar, o nível de pobreza e de desigualdade antes das transferências sociais é muito heterogéneo, dependendo da distribuição do rendimento inicial (ou seja, os rendimentos do trabalho, incluindo de trabalho por conta própria, os rendimentos de capital e as pensões 19 ). Os mercados de trabalho segmentados e polarizados 20 produzem habitualmente elevados níveis de desigualdade antes das transferências, que poderão exigir um maior grau de redistribuição. 19 As pensões são consideradas como rendimento inicial, porque redistribuem o rendimento ao longo da vida. 20 Entende-se por segmentação uma situação em que um grupo de trabalhadores bem protegidos coexiste com um grupo de trabalhadores em postos de trabalho mais mal remunerados e precários, sem que aqueles que ocupam empregos precários tenham grande oportunidade de progredir para empregos melhores. Em segundo lugar, a existência de diferenças significativas na dimensão e na conceção das despesas com prestações sociais pode ajudar a explicar as diferenças observadas nos efeitos redistributivos entre grupos de rendimentos e da população. Entre os principais elementos figuram a composição das despesas por função e por tipo, a progressividade dos impostos, a combinação de prestações universais e sujeitas a condições de recursos e a «compatibilidade da despesa com o mercado de trabalho» (ou seja, em que medida apoia a integração no mercado de trabalho e incentiva o exercício de uma atividade) Áreas de proteção social específicas Para além dos subsídios de desemprego 21, são utilizados regimes de rendimento mínimo (por exemplo, redes de segurança de último recurso) para apoiar as pessoas mais vulneráveis. 21 Ver a ficha temática do Semestre Europeu - Subsídios de desemprego. Página 8

9 Figura 4 Efeito de redução da pobreza resultante das prestações familiares e abonos de família para as crianças dos 0 aos 17 anos Fonte: Eurostat, EU-SILC UDB 2013 Para otimizar o seu impacto, é importante articular estes regimes com outros instrumentos políticos. Essa articulação envolve: a interligação dos regimes de rendimento mínimo com as políticas ativas do mercado de trabalho, por forma a evitar eventuais desincentivos ao trabalho e os ciclos viciosos de inatividade; a simplificação da articulação dos regimes de rendimento mínimo com outros serviços de proteção social (por exemplo, subsídios à habitação, cuidados de saúde e acolhimento de crianças), de modo a facilitar o acesso, maximizar a aceitação e assegurar a coerência (por exemplo, evitar a duplicação de prestações). As prestações familiares e os abonos de família podem contribuir significativamente para reduzir a pobreza entre os seus beneficiários. O seu efeito de mitigação da pobreza varia consoante os Estados-Membros da UE, produzindo uma forte redução da pobreza infantil na Finlândia, Irlanda, Reino Unido e Alemanha, bem como alguma redução em Espanha, Portugal, Grécia, Polónia, Bulgária e Itália. Os requisitos em matéria de salário mínimo são amplamente utilizados em todos os Estados-Membros da UE para combater a pobreza no trabalho. Todavia, em vários Estados- Membros, os salários mínimos são inferiores ao limiar de pobreza. Em 2016, 22 Estados-Membros da UE tinham um salário mínimo nacional estabelecido pelo governo. Nos restantes seis países da UE, os limites salariais mínimos foram fixados por convenções coletivas, muitas vezes a nível setorial, que abrangem uma elevada percentagem dos trabalhadores. Foi o caso da Áustria, Chipre, Dinamarca, Finlândia, Itália e Suécia Pobreza no trabalho Em , a taxa de risco de pobreza no trabalho (AROP) manteve-se estável, nos 9,5%, mas continuou a ser superior ao nível de Esta taxa variou 22 À data da presente publicação, não estavam disponíveis dados de 2016 relativos à UE-28 e à Irlanda. 23 UE-27, não estavam disponíveis dados de 2008 relativos à Croácia. Página 9

10 Figura 5 Pobreza no trabalho em 2008, 2012 e 2015 Nota: Pessoas empregadas com idades dos 18 aos 68 anos. Não existem dados de 2006 para a Croácia (foram utilizados em seu lugar os dados de 2009). Por «UE» entende-se a UE-27 em 2006 e a UE-28 nos restantes anos. Fonte: Eurostat, [ilc_iw01] consideravelmente na UE, entre os 4,0 % na República Checa e os 18,6 % na Roménia e 13,4 % na Grécia. Existem também diferenças entre os participantes ativos no mercado de trabalho: os trabalhadores por conta própria estão expostos a um maior risco de pobreza do que os trabalhadores assalariados, enquanto os trabalhadores a tempo parcial correm um maior risco de pobreza do que os trabalhadores a tempo inteiro 24. Os trabalhadores com contratos atípicos são penalizados a nível salarial relativamente aos trabalhadores com contratos normais. Embora alguns trabalhadores com baixos salários consigam compensar as remunerações mais baixas trabalhando durante mais tempo, o trabalho a tempo parcial involuntário intensifica o efeito das remunerações mais baixas. 24 ESDE 2016, p. 84. Outros fatores que influenciam a taxa de pobreza no trabalho são a composição do agregado familiar e o recebimento de transferências sociais. A presença de outros trabalhadores ou de pessoas idosas no agregado familiar pode proporcionar rendimentos adicionais sob a forma de salários ou prestações de velhice. As transferências sociais contribuem para aumentar o rendimento disponível das famílias e reduzir o risco de pobreza no trabalho Acesso a serviços de qualidade O acesso a serviços de qualidade em matéria de acolhimento de crianças, habitação, cuidados continuados ou de educação e formação contribui para a inclusão social. O acesso a serviços de acolhimento de crianças de boa qualidade e a preços comportáveis, por exemplo, é essencial para que as crianças possam ter melhores oportunidades na vida, independentemente da sua origem Página 10

11 social, e facilita a integração dos pais no mercado de trabalho. Os dados mostram, todavia, que as crianças mais vulneráveis (por exemplo, as crianças de famílias com baixos rendimentos ou mais afastadas do mercado de trabalho e as crianças de etnia cigana, oriundas da imigração ou com deficiência) beneficiam menos desses serviços do que as restantes crianças. Este reduzido nível de participação no acolhimento de crianças pode atribuir-se a vários fatores, tais como a disponibilidade e o acesso (sobretudo nas zonas rurais), a acessibilidade dos preços, a elegibilidade e as escolhas dos pais. A título de exemplo, o custo dos serviços de acolhimento de crianças, conjugado com os baixos salários dos pais, também pode constituir um grande obstáculo ao acesso a tais serviços, como se verifica na Bulgária, República Checa, Irlanda, Letónia, Lituânia e Eslovénia, onde as famílias monoparentais com baixas perspetivas salariais não são suficientemente incentivadas a participar no mercado de trabalhos e não utilizam os serviços de acolhimento de crianças para os seus filhos. O acesso adequado aos serviços de apoio à família é igualmente essencial para assegurar o bem-estar das crianças que vivem em situações de vulnerabilidade. O acesso a cuidados de saúde de qualidade elevada 25 desde a primeira infância é indispensável para as pessoas crescerem e viverem de forma saudável e contribuírem para a sociedade. A pobreza e a desigualdade no acesso aos cuidados de saúde podem dar lugar à doença, à incapacidade para o trabalho, à dependência e ao aumento da pobreza e da exclusão. Nas regiões mais pobres da UE, o risco de que uma criança morra antes de completar o primeiro ano de vida é mais de cinco vezes superior ao das regiões mais ricas, enquanto em alguns Estados-Membros a diferença da esperança de vida entre ricos e pobres chega a ser de 10 anos. É necessário 25 Ver a ficha temática do Semestre Europeu - Saúde e Sistemas de Saúde. prestar especial atenção às pessoas que se encontram em situações vulneráveis, como é o caso dos idosos e das pessoas com deficiência. Ao garantir o acesso dessas pessoas a serviços de saúde tão próximos quanto possível das suas comunidades (nomeadamente nas zonas rurais), pode evitar-se a sua institucionalização. A falta de habitação de qualidade e a preços acessíveis é outra preocupação das políticas públicas. Em 2015, 4,9 % da população europeia vivia em agregados familiares confrontados com uma privação habitacional grave 26, ao mesmo tempo que 11,3 % dos agregados familiares gastavam mais de 40 % do seu rendimento disponível em habitação. Além disso, está a surgir um novo perfil de sem-abrigo, constituído por mulheres, famílias com crianças, jovens e pessoas oriundas da imigração. Entre os instrumentos políticos que podem ser utilizados para resolver este problema figuram o acesso a habitação social e a ajuda à habitação de boa qualidade, a proteção contra os despejos e o fornecimento de alojamento e outros serviços aos sem-abrigo, a fim de promover a sua inclusão social. Data: Expressa em percentagem da população que vive num alojamento considerado sobrelotado e que também preenche pelo menos um dos critérios de privação habitacional: telhado que deixa entrar água, inexistência de banheira, chuveiro ou sanita com autoclismo no alojamento, ou falta de luz natural. Página 11

12 ANEXO Quadro 1 Pessoas em risco de pobreza ou exclusão social em 2008 e em 2016 % da população total em milhares UE * 23,7 23, Áustria 20,6 18, Bélgica 20,8 20, Bulgária 44,8 40, Croácia : 27,9 : Chipre 23,3 27, República Checa 15,3 13, Dinamarca 16,3 16, Estónia 21,8 24, Finlândia 17,4 16, França 18,5 18, Alemanha 20,1 19, Grécia 28,1 35, Hungria 28,2 26, Irlanda 23,7 : : Itália 25,5 29, Letónia 34,2 28, Lituânia 28,3 30, Luxemburgo 15,5 19, Malta 20,1 20, Países Baixos 14,9 16, Polónia 30,5 21, Portugal 26 25, Roménia 44,2 38, Página 12

13 Eslováquia 20,6 18, Eslovénia 18,5 18, Espanha 23,8 27, Suécia 14,9 18, Reino Unido 23,2 22, * Os dados de 2008 não incluem a Croácia; os dados de 2016 são estimativas e não incluem a Irlanda : não disponível Fonte: tsdsc100 Página 13

14 Quadro 2 Indicadores de pobreza: comparação entre países Taxa de risco de pobreza ou exclusão social, taxa de risco de pobreza, taxa de privação material grave (% da população), agregados familiares com muito baixa intensidade de trabalho (% da população dos 0 aos 59 anos), UE, área do euro e Estados-Membros a nível individual, Nota: As barras verdes indicam um decréscimo entre 2012 (onde as barras a verde-claro terminam) e 2015 (onde as barras a verde-escuro terminam) As barras vermelhas indicam um aumento entre 2012 (onde as barras vermelho-claro terminam) e 2015 (onde as barras vermelho-escuro terminam). As barras cinzentas indicam pouca ou nenhuma variação. A percentagem de pessoas em risco de pobreza ou exclusão social (AROPE) combina a taxa de risco de pobreza (AROP), a taxa de privação material grave (SMD) e os agregados familiares com uma intensidade de trabalho muito baixa (VLWI). O comprimento das barras relativas às componentes não deve ser adicionado ao da barra relativa à AROPE, porque há sobreposição das componentes tanto na AROPE como em cada uma das suas componentes. O ano refere-se ao ano do inquérito EU-SILC; as «medidas de rendimento» são do ano anterior; AROPE, AROP: rendimentos do ano anterior; SMD: ano em curso; VLWI: situação no ano anterior. As séries de 2014 têm interrupções no caso da Bulgária e da Estónia (Bulgária: AROPE, SMD; Estónia: AROPE, AROP, VLWI) Fonte: Eurostat, EU-SILC (ilc_peps01. Ilc_li02, ilc_mddd11, ilc_lvhl11) Página 14

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