30 anos de Seveso em Portugal. Sara Vieira 7 de novembro de 2017

Transcrição

1 30 anos de Seveso em Portugal Sara Vieira 7 de novembro de 2017

2 30 anos de Seveso em Portugal Origem e evolução Contexto atual Que futuro?

3 30 anos de Seveso em Portugal Definição da necessidade Avaliação Formulação das medidas Implementação Ciclo de vida das políticas públicas

4 A origem

5 Evolução legislativa (UE/PT) Flixborough (1974) Seveso (1976) Bhopal (1984) Schweizerhalle (1986) Enschede (2000) Toulouse (2001) CLP Diretivas 82/501/CE e 87/216/CEE (Seveso I) Diretiva 88/610/CEE (altera Seveso I) Diretiva 96/82/CE (Seveso II) Diretiva 2003/105/CE (altera Seveso II) Diretiva 2012/18/UE (Diretiva Seveso III) Decreto-Lei nº 224/87 Decreto-Lei nº 204/93 Decreto-Lei nº 164/2001 Decreto-Lei nº 254/2007 Decreto-Lei n.º 150/2015

6 Contexto europeu e internacional Os efeitos de acidentes graves não param nas fronteiras Comité das Autoridades Competentes para a Diretiva Seveso (UE) Grupo de Peritos para a Diretiva Seveso (UE+) Grupos de trabalho sobre temas específicos (Ordenamento do Território, Inspeções) (UE+) Convenção de Helsínquia sobre os Efeitos Transfronteiriços de Acidentes Graves (UNECE) Promove a cooperação internacional antes, durante e após a ocorrência de acidentes com efeitos transfronteiriços Flexible Framework on Accident Prevention and Preparedness guidance (UNEP) Apoia países no desenvolvimento de programas de prevenção e preparação para acidentes químicos Programa Acidentes Químicos (OCDE) Apoio na prevenção e resposta a acidentes químicos Declaração de Sendai e o Quadro para a Redução do Risco de Desastre (UNISDR) (UE) União Europeia (UNECE) Comissão Económica das Nações Unidas para a Europa (UNEP) Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (UNISDR) Estratégia Internacional das Nações Unidas para a Redução de Desastres (OCDE) Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico

7 Seveso em Portugal Prevenção de acidentes graves envolvendo substâncias perigosas Limitação das suas consequências para o homem e para o ambiente Desafio complexo, multidisciplinar, com diferentes níveis de atuação

8 Linha do tempo 1987 Notificação (atual RS) Plano de Emergência Interno Comunicação de acidentes Informação das populações Plano de Emergência Externo ATRIG

9 Linha do tempo Notificação (atual RS) Plano de Emergência Interno Comunicação de acidentes Informação das populações Plano de Emergência Externo ATRIG

10 Linha do tempo Autoridade Técnica de Riscos Industriais Graves (ATRIG) Notificação (atual RS) Plano de Emergência Interno Comunicação de acidentes Informação das populações Plano de Emergência Externo ATRIG Direção-Geral da Qualidade do Ambiente - Presidência Serviço Nacional de Proteção Civil Direção-Geral da Indústria Direção-Geral de Energia Direção-Geral dos Cuidados de Saúde Primários Direção-Geral de Higiene e Segurança do Trabalho Governo Regional dos Açores Governo Regional da Madeira

11 Linha do tempo Ordenamento do território Efeito dominó PPAG + Sistema de Gestão de Segurança Exercícios de simulação do PEI Acesso à informação Notificação (atual RS) Plano de Emergência Interno Comunicação de acidentes Informação das populações Plano de Emergência Externo ATRIG

12 Linha do tempo Ordenamento do território Efeito dominó PPAG + Sistema de Gestão de Segurança Exercícios de simulação do PEI Acesso à informação Notificação (atual RS) Plano de Emergência Interno Comunicação de acidentes Informação das populações Plano de Emergência Externo ATRIG PMOT e operações urbanísticas Avaliação de compatibilidade de localização Medidas técnicas adicionais Auditorias SGSPAG

13 Linha do tempo Ordenamento do território Efeito dominó PPAG + Sistema de Gestão de Segurança Exercícios de simulação do PEI Acesso à informação Cadastro de zonas de perigosidade Participação do público Divulgação de informação ao público PEI Simplificado Notificação (atual RS) Plano de Emergência Interno Comunicação de acidentes Informação das populações Plano de Emergência Externo ATRIG PMOT e operações urbanísticas Avaliação de compatibilidade de localização Medidas técnicas adicionais Auditorias SGSPAG

14 Evolução Documentos de orientação

15 Contexto atual - Abordagem global Avaliação e gestão do risco do estabelecimento Auditorias Inspeções Planeamento de emergência interno Ordenamento do território Planeamento de emergência externo e informação ao público

16 Contexto atual - Intervenientes Operadores APA ANPC Câmaras Municipais IGAMAOT Implementação das medidas definidas (+ demonstração) Apreciação de Comunicação, Relatório de Segurança, Avaliação de Compatibilidade de Localização Qualificação de verificadores SGSPAG Criação do cadastro das zonas de perigosidade Apreciação dos elementos para elaboração de Plano de Emergência Externo (PEE) Elaboração de PEE Elaboração de PMOT e licenciamento de operações urbanísticas Inspeção Verificadores Auditorias SGSPAG

17 Estabelecimentos abrangidos Nº de estabelecimentos do grupo inferior Nº de estabelecimentos do grupo superior

18 Contexto atual - Estabelecimentos abrangidos 101 municípios 4 munícipios (Sines, Matosinhos, Ílhavo, Setúbal) ~50% dos estabelecimentos nível superior

19 Contexto atual - Ocorrências reportadas Ocorrências reportadas nos últimos 10 anos: 32 Tipo de ocorrência Taxa de ocorrências reportadas, por nível de enquadramento 0,4 0,35 Incêndio 41% Derrame/ libertação 44% 0,3 0,25 0,2 0,15 0,1 Explosão 15% 0,05 0 Inferior Superior

20 Contexto atual - Ocorrências reportadas Em Portugal Acidentes graves nos últimos 10 anos, reportáveis à Comissão Europeia (critério quantidade ou efeito) 2009 (NS) Derrame pelo fundo do tanque (anilina) > consequências para o ambiente 2011 (NI) Explosão (artigos pirotécnicos) > 2 mortos 2014 (NI) Explosão (artigos pirotécnicos) > 1 morto Na União Europeia Cerca de 30 acidentes graves por ano, em cerca de estabelecimentos existentes

21 Uma evolução positiva Regime consolidado e maduro Controlo mais eficiente e maior proporcionalidade entre obrigações e risco Melhoria contínua dos procedimentos Desenvolvimento de guias de orientação e divulgação de informação

22 Que futuro? Um trabalho (sempre) em curso Como podemos? Trabalhar a nível local para garantir a separação entre os estabelecimentos e os elementos sensíveis do território? Melhorar a aprendizagem a partir da experiência dos acidentes e respetivas investigações? Otimizar os instrumentos existentes para simplificar procedimentos, mantendo o nível de exigência/resultados?

23 30 anos de Seveso em Portugal (Re) Definição da necessidade Avaliação Implementação Formulação das medidas «Someone is sitting in the shade today because someone planted a tree a long time ago» Warren Buffett

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