PROJETO AGET01/03. Referente a. Definição de Áreas Prioritárias para Conservação do Estado de Goiás, Brasil. Consórcio Imagem - WWF Brasil

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1 PROJETO AGET01/03 Referente a Definição de Áreas Prioritárias para Conservação do Estado de Goiás, Brasil Consórcio Imagem - WWF Brasil DEZEMBRO 2004

2 REVISÃO DATA EMISSÃO PROCEDIMENTOS PARA DESCRIÇÃO ELABORADO POR APROVADO POR 0 06/12/2004 EMISSÃO INICIAL IMAGEM CONSÓRCIO IMAGEM-WWF 1 07/12/2004 REVISÃO GERAL DO DOCUMENTO IMAGEM CONSÓRCIO IMAGEM-WWF PROCEDIMENTOS PARA CONSERVAÇÃO NO ESTADO DE LISTA DE DISTRIBUIÇÃO ORGANIZAÇÃO RESPONSÁVEL ORGANIZAÇÃO RESPONSÁVEL ORGANIZAÇÃO RESPONSÁVEL IMAGEM GABRIELA IPPOLITI AGMA SANDRA REZENDE AGETOP MÁRCIO RESENDE

3 SUMÁRIO 1- Introdução Avanços na priorização de áreas para a conservação da biodiversidade o caso de Goiás Critérios para identificação das áreas prioritárias para conservação Algoritmo de identificação de áreas potenciais Calculo da insubstituibilidade Unidades de planejamento Alvos de conservação Unidades biogeográficas e ambientais Metas de conservação para UFGs e áreas alagáveis Priorização dos alvos de conservação UFGs e áreas alagáveis Espécies Metas de conservação para as espécies-alvo Priorização dos alvos de conservação espécies Preparação da base de dados C-Plan Análise de ameaças e oportunidades Custos Calculo da superfície de custo consolidada Seleção, categorização e priorização das áreas potenciais Critérios de pós-seleção Referências Anexo...31

4 1- Introdução O estado de Goiás possui aproximadamente 0,9% de sua área em Unidades de Conservação (UC) de Proteção Integral, e 3,5% em UCs de Uso Sustentável, incluindo Áreas de Proteção Ambiental (APAs). Não existem dados sobre a taxa de conversão de vegetação nativa em áreas agrossilvipastoris na escala de trabalho (1: ) adotada por projeto de modo a caracterizar a velocidade com que a perda de habitat tem ocorrido no Estado. O plano de recuperação de rodovias de Goiás sob a responsabilidade da Agência Goiana de Transportes e Obras (AGETOP), financiado através de um empréstimo do Banco Mundial, tem forte preocupação com o componente ambiental, devido à necessidade de satisfazer critérios do desenvolvimento sustentável na manutenção do sistema de rodovias. Este componente, de acordo com o Termo de Acordo 278/2001, firmado entre a AGETOP e a Agência Goiana de Meio Ambiente (AGMA), abrange as seguintes considerações: a) Um projeto para a identificação de áreas prioritárias para a conservação ambiental, com o propósito de identificar e definir limites para áreas susceptíveis e ecologicamente importantes, que devem ser alvo de políticas de conservação, a fim de assegurar a manutenção da biodiversidade no longo prazo, a proteção de espécies ameaçadas e a conservação dos recursos naturais; b) Um projeto para a delimitação e implementação de serviços ambientais relevantes dentro da nova área protegida, de acordo com as prioridades de conservação mencionadas acima; c) Um projeto de fortalecimento institucional para a Agência Ambiental de Goiás (AGMA). A coordenação e supervisão deste projeto, como estabelecido no acordo de empréstimo firmado entre a AGMA e o Banco Mundial, são de responsabilidade da AGMA. O componente a. identificação de áreas prioritárias para a conservação ambiental no Estado de Goiás é o objeto da Letter of Invitation N.º 357 / 2002 Consultant Services for Identification of Priority Environmental Conservation Areas in the State of Goiás Brazil. A partir da integração de uma série de planos de informações em um banco de dados geocodificados, as áreas prioritárias para conservação ambiental serão identificadas através da 1

5 aplicação de análises espaciais e métodos de modelagem, subsidiando a criação e implementação de novas unidades de conservação no estado de Goiás. Este documento descreve os métodos utilizados na definição de áreas prioritárias para a conservação no Estado de Goiás. Ele tem como base o item 3.6 da carta convite acima mencionada onde uma série de parâmetros básicos são definidos. A partir desse conjunto de princípios, o WWF-Brasil em colaboração com o CI-Brasil procurou atualizar o paradigma do projeto para acompanhar os mais recentes desdobramentos do planejamento sistemático da conservação. A idéia basilar é adotar métodos de modelagem multiobjetivo para prover os gestores ambientais do estado de Goiás de um sistema dinâmico de informações capaz de criar diferentes cenários de conservação ao invés de um mapa estático de prioridades de conservação. Para dar conta da dinâmica espaço-temporal do uso das terras bem como dos conflitos entre diferentes visões sobre o ordenamento da ocupação de um território é necessário mapear as opções de conservação bem como analisar as conseqüências de cada eventual tomada de decisão. Nesse contexto, a seleção e o desenho de redes de unidades de conservação, bem como a implementação das respectivas ações de conservação, tem se beneficiado muito da adoção de métodos quantitativos para integrar dados de diferentes naturezas e o conhecimento de especialistas em sistemas de suporte à decisão. A estrutura de planejamento da conservação da biodiversidade tem evoluído no sentido de integrar perspectivas políticas, econômicas, biológicas e territoriais nesses modelos multi-objetivos. Ao invés de planos de conservação, diagnósticos ou visões de biodiversidades ecorregionais distintos para ecossistemas terrestres, fluviais ou marinhos, a promoção da conservação da biodiversidade tem de ser abrangente abarcando diferentes tipos de recursos naturais e serviços ecológicos em abordagens integradas para gerar informações e apoiar o processo de tomada de decisão. Lidar com esses alvos de conservação múltiplos é uma tarefa complexa e requer o uso de diferentes tipos de modelagem para indicar a melhor solução em termos de alocação de recursos para conservação. Em última instancia, esses modelos de decisão multi-critérios tem de integrar módulos sobre ecologia de paisagens e ecossistemas, distribuição de comunidades e espécies, crescimento urbano, macro-economia e mudanças climáticas. 2

6 Desse modo, a conservação da biodiversidade requer uma abordagem muito mais ampla e profunda, superando o paradigma da seleção de áreas prioritárias com um planejamento de toda a conservação na escala da paisagem. Tomadores de decisão e diferentes partes interessadas precisam de muito mais informações confiáveis sobre os impactos e vantagens de diferentes ações de manejo em diferentes cenários de ocupação territorial. 2. Avanços na priorização de áreas para a conservação da biodiversidade o caso de Goiás A identificação de áreas prioritárias para a conservação é um exercício voltado para o reconhecimento daqueles locais ou regiões que possuem atributos naturais bastante expressivos e por vezes únicos. A mensuração desses atributos normalmente se faz pelo registro de espécies ou ecossistemas ameaçados pela ocupação humana. Dentro dessa perspectiva, as áreas prioritárias são aqueles locais que combinam pelo menos duas características: 1. alta concentração de espécies ou ecossistemas únicos e 2. alta pressão antrópica. No Brasil, o reconhecimento de áreas prioritárias para a conservação já ocorreu em diversas ocasiões e regiões. Podem ser citados os exemplos das áreas prioritárias para a conservação da Amazônia, realizado em 1990; áreas prioritárias para a conservação da Mata Atlântica do Nordeste, realizado em 1993; e o conjunto de seminários que definiram as áreas prioritárias para os biomas no Brasil (Brasil 2002). Alguns estados, como Minas Gerias e Pernambuco, chegaram a definir as suas áreas prioritárias, em uma espécie de detalhamento e refinamento das áreas definidas nacionalmente. Todos os casos citados acima utilizaram basicamente a mesma metodologia (detalhada em Olivieri et al. 1993), que consiste na seleção dos alvos de conservação (na maioria dos casos espécies endêmicas e ameaçadas de extinção), compilação de dados sobre a distribuição dessas espécies, realização de um seminário de consulta a especialistas e a publicação dos resultados, onde cada área prioritária identificada é acompanhada de algumas ações de conservação sugeridas pelos participantes do exercício. A metodologia tradicional de organização do exercício de priorização prevê que cada grupo temático (grupos taxonômicos como mamíferos, aves, répteis, anfíbios, peixes, invertebrados; outros grupos como socioeconomia,unidades de conservação, meio físico, etc) realize um exercício intermediário que será posteriormente integrado com os resultados dos demais grupos. Ao final do exercício, cada área prioritária é categorizada em níveis diferenciados de importância ( extremamente alta, muito alta, alta, e assim por diante). 3

7 Tais exercícios, embora sejam amplamente difundidos e utilizados em várias partes do mundo, apresentam algumas deficiências que podem comprometer a utilização dos resultados. Como normalmente as áreas prioritárias balizam as políticas públicas de conservação, como criação de unidades de conservação, realização de pesquisas e inventários, limitação dos usos da terra, é importante que as limitações da metodologia sejam corrigidas e aprimoradas. Pelo menos três principais deficiências da metodologia de priorização tradicional podem ser destacadas: (a) a classificação das áreas prioritárias é freqüentemente muito subjetiva, (b) a integração dos resultados dos grupos temáticos no resultado final é igualmente subjetiva e (c) a classificação das áreas é estática ao longo do tempo. No caso do estado de Goiás, o exercício de priorização procurou contornar ou solucionar essas três deficiências acima apontadas de modo a chegar ao mesmo tipo de resultado das diversas priorizações já realizadas a partir da adoção de procedimentos mais transparentes e mais atualizados. Considerando a primeira deficiência (item a, acima), normalmente não são empregados métodos quantitativos na classificação da importância das áreas prioritárias. No caso de Goiás, adotou-se o conceito e a abordagem das áreas insubstituíveis (Pressey et al. 1994), que são estimativas estatísticas do grau de importância de uma área para o cumprimento de metas de conservação previamente definidas, id est a conservação das espécies e ecossistemas ameaçados em Goiás (vide item Calculo da insubstituibilidade). Essa abordagem reduz a subjetividade da classificação das áreas. A segunda deficiência citada (item b, acima) surge quando as áreas prioritárias são definidas separadamente para cada grupo temático e depois é feita uma integração das diferentes propostas produzidas. Obviamente a delimitação e a localização das áreas prioritárias para, por exemplo, aves e mamíferos podem diferir muito e qualquer tentativa de integração dessas propostas normalmente agrega uma boa dose de subjetividade, pois há que ser buscado um consenso entre as propostas. No caso de Goiás esse problema foi resolvido por meio da padronização das unidades de análise do exercício. Tanto as espécies quanto os ecossistemas foram representados em uma grade regular formada por hexágonos regulares (vide item 0 Nessa forma de medida de insubstituibilidade a 4

8 inclusão de um sítio x em uma combinação representativa afeta o calculo da insubstituibilidade mesmo que o sítio não contribua criticamente para atingir as metas. Para superar esse efeito de redundância, que aumenta com a ampliação do tamanho da combinação, a forma de medir a insubstituibilidade de um sitio x foi aperfeiçoada. O conjunto B (combinações representativas que incluem x) foi subdividido nas combinações que deixariam de ser representativas se o sítio x for removido da combinação (subconjunto C na Figura 2) e nas combinações que continuariam representativas após a remoção de x, id est combinações nas quais x é redundante. Desse modo, o calculo da insubstituibilidade para o sítio x é obtido pela divisão do número de combinações representativas que incluem x, mas não seriam mais representativas após sua remoção pelo número total de combinações representativas: O calculo real da insubstituibilidade para bases de dados regionais (especificamente os conjuntos C e E na Figura 2) é feito por métodos estatísticos para contornar o problema da explosão combinatória (Ferrier et al., 2000) O índice de insubstituibilidade auxilia o planejamento da conservação ao indicar áreas indispensáveis para atingir as metas a partir das quais podem ser agrupados sítios com menor insubstituibilidade. É um fator importante a ser considerado conjuntamente com outros como parâmetros espaciais associados ao design de uma paisagem favorável a conservação (conectividade, tamanho, forma, etc) ou parâmetros culturais, socioeconômicos e políticos. Todos os cálculos no C-Plan são baseados em uma matriz de sítios por atributos e determinados pelas metas de conservação associadas a cada um dos atributos selecionados para serem objeto de algum tipo de manejo de conservação (por exemplo, número de ocorrências das espécies, área de cada tipo de ecossistema, etc). Desse modo os padrões de insubstituibilidade de uma região são susceptíveis as metas fixadas para cada atributo, ou seja, valores elevados irão aumentar a insubstituibilidade dos sítios, reduzindo as opções espaciais para alcançar as metas. O sistema possibilita um tratamento dinâmico do planejamento da conservação na medida em que permite que a representatividade do sistema de manejo para a conservação seja recalculada cada vez que um ou mais sítios são alocados a alguma forma de manejo. Desse modo o 5

9 efeito das decisões em termos de redução de áreas ou localidades necessárias para atingir as metas de conservação pode ser facilmente determinado. 6. Unidades de planejamento). Assim, o processo de integração ficou extremamente facilitado e automático, pois a importância de cada hexágono para a conservação é resultante de uma combinação das importâncias de cada alvo de conservação, o equivalente aos grupos temáticos. Por fim, a questão da falta de dinamismo dos exercícios anteriores de priorização, onde o sucesso de conservação obtido em uma área não é incorporado no sistema (a não ser que se realize um novo seminário e os especialistas sejam novamente convidados) e não chega a influenciar o status das demais áreas (falta de complementaridade), foi resolvida no caso de Goiás pela adoção de programas de suporte ao processo de tomada de decisão. Foram utilizados dois programas básicos: C-Plan (Conservation Planning Software - New South Wales, 2001) e Marxan (Ball & Possingham, 2000) que permitem a criação de cenários de conservação a partir da incorporação (ou simulação) dos sucessos de conservação conseguidos nas áreas prioritárias. 3. Critérios para identificação das áreas prioritárias para conservação As abordagens tradicionalmente usadas para seleção de áreas prioritárias caracterizam-se muitas vezes por critérios como terras com baixo potencial agrossilvipastoril, propósitos turísticos, paisagens de grande beleza cênica, proteção de recursos hídricos, pressão de grupos de interesse e proteção de espécies raras ou ameaçadas. A conseqüência desse tipo de processo é normalmente um sistema de unidades de conservação de baixa eficiência que contribui pouco para a representar os padrões de biodiversidade regional, tornando alguns aspectos da biodiversidade super-representados e desconsiderando alvos de conservação na seleção das áreas. Ao invés disso, este método procura promover a identificação e seleção eficiente de um conjunto de áreas prioritárias com potencial para a proteção de diferentes aspectos da biodiversidade (espécies, habitats, paisagens, processos ecológicos). Ao invés de acumulação do máximo possível de área em unidades de conservação, a idéia é dispor dos recursos financeiros escassos de forma eficiente para estabelecer um sistema de unidades de conservação que contribua para atingir metas de conservação com o mínimo impacto sobre outros tipos de ocupação 6

10 do território, minimizando os conflitos com diferentes grupos de interesse, e construindo mosaicos de unidades de conservação ao invés de unidades isoladas. A seleção e desenho das áreas nesses moldes devem seguir critérios abrangentes de conservação da biodiversidade: Representatividade regional representação abrangente da biodiversidade; Funcionalidade promoção da persistência no longo prazo dos alvos de conservação mantendo sua viabilidade e integridade ecológica; Eficiência máxima proteção da biodiversidade com um sistema de unidades de conservação com o menor número de unidades possível e com uma boa relação área/proteção; Complementaridade incorporação de novas áreas ao sistema já existente, seguindo o princípio de maximizar o número de alvos de conservação atingidos; Flexibilidade alvos de conservação podem ser atingidos por diversas combinações de áreas prioritárias; Insubstituibilidade identificação de áreas indispensáveis para atingir os alvos de conservação, considerando suas contribuições potenciais para a meta de representação e o efeito de sua indisponibilidade sobre as outras opções para atingir os alvos conservação. Os critérios especificamente mencionados no termo de referencia desse projeto são: a) diversidade de paisagens e formações vegetais (fisionomias); b) dimensão dos fragmentos de vegetação natural, assumindo que a diversidade de espécies e tamanhos das populações correspondem à dimensão desses habitats; c) proximidade entre os fragmentos de vegetação, assumindo que habitats contínuos ou conectados são preferíveis; d) preferência por blocos de vegetação que incluam bacias hidrográficas, mananciais, córregos primários, etc; e) distância dos fragmentos de vegetação natural em relação aos centros urbanos, regiões agroindustriais, agricultura e pecuária intensivas, assumindo que os habitats que não sejam cortados por estradas ou que tenham acesso difícil são preferíveis e mais adequados para a conservação; 7

11 f) sobreposição ou proximidade dos fragmentos de vegetação natural com corredores ecológicos e áreas prioritárias para a conservação (PROBIO Cerrado-Pantanal), previamente indicadas pelo Ministério do Meio Ambiente, de acordo com os seguintes critérios: endemismo, riqueza específica, espécies raras ou ameaçadas e a ocorrência de fenômenos geológicos ou geoquímicos relevantes. Esse processo de seleção de áreas prioritárias também deve incorporar alguns aspectos fundamentais tais como: Avaliação de ameaças; Grau de vulnerabilidade a perda da biodiversidade; Análise de custo/benefício entre proteção da biodiversidade e disponibilidade de recursos físicos e humanos; Clareza e objetividade; 4. Algoritmo de identificação de áreas potenciais A identificação das áreas prioritárias será feita através de análises dos dados temáticos em um processo composto pelas seguintes etapas (vide Figura 1): 1. identificação de alvos de conservação; 2. processamento e análise das informações disponíveis; 3. análise de representatividade das unidades de conservação existentes; 4. definição de metas de conservação; 5. avaliação da viabilidade dos alvos de conservação; 6. seleção e delineamento de uma rede de unidades de conservação 7. análise de ameaças e definição de prioridades. Todo esse processo é mediado por uma constante revisão por pares, especialmente nas etapas 1, 3, 6 e 7. O WWF-Brasil e CI-Brasil têm incorporado nas suas ações de planejamento da conservação métodos para integrar abordagens baseadas em sistemas de suporte a decisão com o conhecimento de especialistas. O foco de ferramentas como Sites, C-Plan, Marxan e BioRap está em uma estrutura de conservação da biodiversidade orientada para áreas protegidas. Os resultados esperados desse processo são uma melhoria da identificação e delineamento de redes de unidades de conservação, bem como da implementação de ações de conservação. O uso de sistemas de suporte a decisão como base para o planejamento da conservação da biodiversidade tem se difundido rapidamente (Cowling et al. 2003, Margules & Pressey 2000, Possingham et al. 2000, Pressey 1998). O uso desse tipo de ferramenta associado ao conhecimento 8

12 dos especialistas sobre o bioma Cerrado permite indicar cenários espaciais alternativos para atingir os alvos de conservação definidos. Figura 1. Fluxograma simplificado do processo de analise para identificação de áreas prioritárias para conservação no estado de Goiás. 9

13 5. Calculo da insubstituibilidade O sistema de suporte à decisão a ser adotado nesse projeto é Conservation Planning Software (Programa de Planejamento para Conservação) ou C-Plan (New South Wales, 2001), conjugado ao MARXAN (Ball & Possingham, 2000). Trabalhando acoplado com um sistema de informações geográficas, ele mapeia as opções para atingir metas de conservação em uma região, fornecendo aos usuários a possibilidade de simular decisões sobre áreas e formas de manejo para conservação e avaliar as conseqüências de diferentes opções. Esse aplicativo tem como finalidade primordial gerar informações em tabelas, mapas ou gráficos para subsidiar o processo de tomada de decisão sobre a conservação de atributos selecionados (por exemplo, espécies ou ecossistemas) no processo de planejamento. Essas informações podem ser: 1. as características de cada sítio da região sob análise em termos dos atributos selecionados; 2. conjuntos de sítios com diferentes combinações de características; 3. avaliação da representatividade de decisões sobre conservação tomadas previamente em função das metas de conservação selecionadas e 4. as razões associadas a essas decisões prévias. C-Plan também calcula e mapeia a insubstituibilidade de cada sítio na região como forma de avaliar a sua contribuição para atingir as metas de conservação estabelecidas para diferentes tipos de atributos. Sítios com alta insubstituibilidade têm poucas ou nenhuma alternativa em termos de conservação e são mais importantes para alcançar as metas, ao contrário daqueles com baixa insubstituibilidade que por terem muitos substitutos não são relativamente importantes para as metas. A definição de insubstituibilidade seria uma medida da contribuição de um sítio para a consecução das metas de conservação estabelecidas, considerando-se o contexto da região analisada (Pressey et al. 1994). Em outras palavras, seria a probabilidade de um determinado sítio ter de ser protegido para atingir um determinado conjunto de metas. 10

14 A insubstituibilidade de um sítio pode ser medida como a proporção de todas as combinações representativas dos sítios nas quais esse sítio ocorre. Tomando como exemplo uma situação na qual um sistema de áreas protegidas seria formado através da seleção de uma combinação de n sítios de um total de t sítios. O número, C, de possíveis combinações de tamanho n pode ser definida pelo coeficiente binomial: 11

15 t! C = n!( t n)!. Desse conjunto de todas as combinações possíveis, apenas um subconjunto de combinações contribuiria para atender o principio de representatividade abrangente da biodiversidade (conjunto A na Figura 2). Essas são as combinações que permitem atingir as metas de proteção para todos os alvos selecionados. As combinações remanescentes não-representativas falham em atender as metas para um ou mais alvos. Para um dado sítio x, o conjunto de combinações representativas pode ser subdividido em dois subconjuntos, um contendo combinações que incluem o sítio x (conjunto B na Figura 2) e o outro com as combinações que não incluem x. A insubstituibilidade de x é calculada através da divisão do número de combinações representativas que incluem x (conjunto B) pelo total de combinações representativas (conjunto A). Figura 2. Conjuntos de combinações de sítios empregados para medir a insubstituibilidade de um dado sítio x. Nessa forma de medida de insubstituibilidade a inclusão de um sítio x em uma combinação representativa afeta o calculo da insubstituibilidade mesmo que o sítio não contribua criticamente para atingir as metas. Para superar esse efeito de redundância, que aumenta com a ampliação do tamanho da combinação, a forma de medir a insubstituibilidade de um sitio x foi aperfeiçoada. O conjunto B (combinações representativas que incluem x) foi subdividido nas combinações que 12

16 deixariam de ser representativas se o sítio x for removido da combinação (subconjunto C na Figura 2) e nas combinações que continuariam representativas após a remoção de x, id est combinações nas quais x é redundante. Desse modo, o calculo da insubstituibilidade para o sítio x é obtido pela divisão do número de combinações representativas que incluem x, mas não seriam mais representativas após sua remoção pelo número total de combinações representativas: O calculo real da insubstituibilidade para bases de dados regionais (especificamente os conjuntos C e E na Figura 2) é feito por métodos estatísticos para contornar o problema da explosão combinatória (Ferrier et al., 2000) O índice de insubstituibilidade auxilia o planejamento da conservação ao indicar áreas indispensáveis para atingir as metas a partir das quais podem ser agrupados sítios com menor insubstituibilidade. É um fator importante a ser considerado conjuntamente com outros como parâmetros espaciais associados ao design de uma paisagem favorável a conservação (conectividade, tamanho, forma, etc) ou parâmetros culturais, socioeconômicos e políticos. Todos os cálculos no C-Plan são baseados em uma matriz de sítios por atributos e determinados pelas metas de conservação associadas a cada um dos atributos selecionados para serem objeto de algum tipo de manejo de conservação (por exemplo, número de ocorrências das espécies, área de cada tipo de ecossistema, etc). Desse modo os padrões de insubstituibilidade de uma região são susceptíveis as metas fixadas para cada atributo, ou seja, valores elevados irão aumentar a insubstituibilidade dos sítios, reduzindo as opções espaciais para alcançar as metas. O sistema possibilita um tratamento dinâmico do planejamento da conservação na medida em que permite que a representatividade do sistema de manejo para a conservação seja recalculada cada vez que um ou mais sítios são alocados a alguma forma de manejo. Desse modo o efeito das decisões em termos de redução de áreas ou localidades necessárias para atingir as metas de conservação pode ser facilmente determinado. 6. Unidades de planejamento As unidades de planejamento (UPs), definidas como subdivisões a priori da paisagem (Pressey & Logan, 1998), representam a unidade básica de alocação de território. O formato 13

17 adotado foi hexagonal e o tamanho hectares, compatíveis com a escala de trabalho do projeto (1: ), gerando um total de 3732 UPs (Figura 3 Anexo). Essa dimensão foi definida em acordo com a premissa de que esse valor seria um modulo (1/10) adequado para a constituição de unidades de conservação com um tamanho mínimo de ha, compatível com a viabilidade em termos de conservação. Além disso, considerou-se como parâmetro para a definição do tamanho da UP gerar um número de unidades computacionalmente viável para as ferramentas de suporte à decisão e compatíveis com os propósitos desse processo de identificação de áreas prioritárias. O plano de informação das unidades de planejamento foi formado por essa grade de células arbitrarias combinada com as unidades de conservação existentes. No caso das unidades de proteção integral, a sua exata configuração foi utilizada como unidade de planejamento, id est a grade no interior do perímetro dessas áreas preservadas foi dissolvida para ser possível determinar a sua contribuição para as metas fixadas para os diferentes alvos de conservação. No caso de unidades de uso sustentável, a sua configuração foi intersecionada pela grade para dar conta do seu status de proteção mais frágil, permitindo que partes dessas unidades possam ser selecionadas no processo de identificação de áreas prioritárias, gerando subsídios para a elaboração ou aperfeiçoamento de seus planos de manejo, como por exemplo, áreas potenciais para serem Refúgios da Vida Silvestre ou Áreas de Relevante Interesse Ecológico. 7. Alvos de conservação Na definição dos alvos de conservação foram considerados atributos como: 1. espécies (raras, ameaçadas, focais ou endêmicas e centros de endemismo). 2. comunidades ecológicas; 3. ecossistemas; 4. unidades ambientais; 5. processos ecológicos, como, por exemplo, processos ecológicos (ciclo hidrológico, diversificação ecológica e geográfica, migrações da biota, etc), diferenças nos requisitos para a conservação entre os diferentes tipos de vegetação (raridade e alta, beta e gama diversidade) ou o efeito da hipsometria sobre a distribuição da biodiversidade. Os alvos de conservação foram discutidos e definidos em conjunto com os consultores, auditores e especialistas sobre o bioma Cerrado nas diferentes reuniões técnicas ao longo desse segundo semestre. Para cada um dos alvos selecionados foram definidas metas quantitativas descritas nos itens a seguir. 14

18 Os alvos selecionados para esse processo de seleção de áreas prioritárias para conservação foram unidades fitogeomorfológicas, áreas alagáveis e distribuição de espécies. 7.1 Unidades biogeográficas e ambientais Em relação aos alvos relacionados com comunidades ecológicas, ecossistemas e unidades ambientais, foram exploradas três alternativas em termos de alvos: unidades de macro-habitat (UMH - um tipo de unidade ambiental proposta por Cowling & Heijinis, 2001), formações fitogeomorfológicas e áreas alagáveis, optando-se pela adoção das duas ultimas. O critério básico para a definição das UMH foi articular os dados ambientais da melhor forma para traduzir ou descrever a distribuição da biodiversidade e os processos que a mantêm, criando um duble da distribuição da biodiversidade. Os dados ambientais combinados através de intersecção para a geração das unidades de macro-habitat foram hipsometria (oito faixas com amplitude de 200 m) e geomorfologia, gerando 113 unidades de macro-habitat, como por exemplo, Planície do Bananal x m. Entretanto a formulação apropriada desse tipo de duble da biodiversidade necessita um conjunto maior de bases de dados sobre o meio físico, indisponíveis na escala do projeto. Além disso, a efetividade do uso das UMH como duble da distribuição de espécies no processo de planejamento da conservação precisaria ser avaliada, como por exemplo, através do método proposto por Lombard et al. (2003). Essa revisão e validação das unidades geradas para aferir o seu desempenho em termos de representação da distribuição da biodiversidade constituiria uma etapa minuciosa e onerosa. Diante do exposto, optou-se por uma outra unidade ambiental com uma associação direta com a distribuição da biodiversidade, baseada na intersecção de uma cobertura relacionada ao meio físico (geomorfologia) com cobertura fitoecológica remanescente (Mapas de Formações Vegetais Remanescentes e Uso e Cobertura da Terra). Essas unidades fitogeomorfológicas (UFG) foram geradas a partir do cruzamento do campo agrupamento do PI Remanescentes, onde as 46 categorias originais foram reunidas em 13 classes, com o campo unidade geomorfológica do PI Geomorfologia com 21 classes, gerando um PI com 122 unidades. Os nomes das UFG definidos a partir da junção do nome da fitofisionômia com unidade geomorfológica, como por exemplo Floresta Estacional Semidecidual Aluvial / Planície do Bananal 15

19 As unidades resultantes tiveram sua consistência analisada conjuntamente pela equipe de auditores, consultores e executores do projeto, optando-se por: 1. fundir as classes com florestas estacionais deciduais submontana e montana em função das verificações de campo e 2. fundir todas as florestas estacionais semideciduais aluviais, eliminando as unidades geomorfologicas das combinações por tratar-se de uma formação vegetal de caráter azonal. Esse refinamento reduziu o numero de categorias para 109 (vide Figura 4 e Figura 5 Anexo). Áreas menores do que 100 ha (limiar adotado considerando-se que 62,5 seria a área mínima mapeável na escala 1: ) foram descartadas em cada um dos planos de informação gerados (intermediários e final) durante a análise para eliminar artefatos cartográficos gerados no cruzamento dos dados. O procedimento adotado foi uma dissolução de polígonos menores que o limiar adotado nos polígonos adjacentes, seguida de uma eliminação dos polígonos isolados. Alem disso, as unidades fitogeomorfológicas cuja área total foi inferior a 1000 ha foram desconsideradas do exercício de planejamento da conservação por tratarem-se de áreas muito reduzidas do ponto de vista da viabilidade da conservação da biodiversidade. Ao final desses ajustes, o total de unidades fitogeomorfológicas consideradas nesse exercício foram 96 (vide Anexo - Tabela 5). As áreas alagáveis, mapeadas no tema Formações Vegetais Remanescentes e Uso e Cobertura da Terra, foram incorporadas como alvos de conservação com a finalidade de proteger de forma mais efetiva essas regiões de alta sensibilidade, cujos processos ecológicos são condicionados pelos ciclos de cheias e vazantes, condicionando uma maior heterogeneidade em termos de habitat Metas de conservação para UFGs e áreas alagáveis Foram atribuídas metas quantitativas para cada uma dessas UFG e para a unidade Áreas Alagáveis, consideradas como alvos de conservação. A definição dessas metas considerou como proporção mínima a ser protegida o valor de 20 % da área total existente para cada uma das UFG, conforme prescrito na Constituição Estadual do estado de Goiás no seu artigo

20 Nos casos de UFGs com área de a ha, onde aplicar essa proporção resultaria em uma meta menor que um limiar adotado como tamanho viável de ha para a conservação, a meta foi fixada em ha. Por sua vez, toda a área disponível foi considerada como meta nos casos de UFGs com áreas de 100 a ha (vide Tabela 1) Tabela 1. Metas de conservação adotadas para as unidades fitogeomorfológicas (UFGs) e áreas alagáveis. Área (ha) Meta adotada (ha) 100 < Toda área disponível > % Priorização dos alvos de conservação UFGs e áreas alagáveis Como parte dos requerimentos dos sistemas de suporte à decisão C-Plan e Marxan, é necessário que cada alvo de conservação seja classificado de acordo com o grau de importância dos mesmos para a identificação das áreas prioritárias. Esses valores de importância relativa são utilizados tanto para o cálculo da insubstituibilidade das unidades de planejamento, quanto para a aplicação de uma penalidade caso algum alvo crítico deixe de ser incorporado no sistema de áreas protegidas. Deste modo, estimou-se um valor de vulnerabilidade para as UFGs e as áreas alagáveis considerando-se a conversão diferencial das diferentes fisionomias vegetais em áreas agrícolas. Desse modo, formações com áreas remanescentes menores e mais ameaçadas receberam um valor de vulnerabilidade maior em uma escala decrescente de 1 a 4 (vide Tabela 2 e Tabela 5 Anexo). Tabela 2. Valores de vulnerabilidade adotados para as Unidades Fitogeomorfológicas e Áreas Alagáveis. Formação vegetal Vulnerabilidade Cerrados (Savanas) 1 Floresta Estacional 2 Semidecidual Áreas alagáveis 2 Floresta Estacional Decidual 3 Formações pioneiras 4 17

21 7.2 Espécies Em relação às espécies, os dados básicos utilizados nesse exercício de planejamento sistemático foram homogeneizados e georreferenciados para a geração dos planos de informação complementares sobre a distribuição de biodiversidade (mapa do conhecimento da biodiversidade) previsto no escopo desse projeto. Os dados foram gerados por um projeto paralelo de copilação e organização de bases de dados sobre biodiversidade, conduzido pela Dra Anamaria Achtschin Ferreira da UFG, acrescido dos registros do banco de dados Conservation International Species Database (CISD) relativos ao estado de Goiás. Uma vez que entre as espécies ameaçadas de extinção estão entre as prioridades de conservação no estado de Goiás (item a do Termo de Acordo 278/2001 firmado entre a AGETOP e a AGMA), foram selecionados para este estudo os vertebrados terrestres (anfíbios, répteis, aves e mamíferos) arrolados na lista de 2003 da União Internacional para a Conservação da Natureza IUCN (disponível em e na lista oficial das espécies da fauna ameaçada de extinção (Instrução Normativa MMA 04/2003 disponível em Além disto, foram também consideradas as espécies endêmicas do Brasil e que possuem ocorrência no estado de Goiás. Ao todo, foram selecionadas 80 espécies, sendo 3 répteis, 14 anfíbios, 32 aves e 31 mamíferos (Tabela 6 anexo). Cada uma das espécies consideradas teve a sua distribuição representada em polígonos produzidos ou obtidos a partir de três fontes distintas. Após a realização de um levantamento bibliográfico e consulta a dados de coleções seriadas, foi produzido um banco de dados com registros de ocorrências para o estado de Goiás. Cada ocorrência constou das coordenadas, nome da localidade, data do registro e fonte do registro. As espécies-alvo com mais do que 20 registros para o estado de Goiás (vide Tabela 7 - Anexo) tiveram suas distribuições potenciais simuladas com o auxílio do programa Desktop GARP (Genetic Algorithm for Rule-set Prediction disponível em (Pereira 2003). Esse programa utiliza diversos planos de informação (topografia, clima, vegetação) para identificar as áreas de ocorrência potencial das espécies com uma precisão que pode ser considerada muito boa (Peterson 2001, Peterson & Vieglais 2001, Feria & Peterson 2002). 18

22 Com o uso do programa Desktop GARP foram realizadas 10 simulações com 1000 interações cada. Assim, foram gerados 10 mapas booleanos indicativos da presença esperada (valor 1) ou a ausência (valor 0). Para cada espécie foi produzido um mapa final resultante da soma dos 10 mapas intermediários (gerados pelas simulações) (Figura 7 - Anexo). Para efeito dessa análise, foram mantidas somente as regiões onde ocorreu uma concordância de 100% dos modelos intermediários. No caso das espécies que tiveram menos do que 20 pontos de ocorrência utilizaram-se os mapas de distribuição compilados pelo NatureServe (Patterson et al e Ridgley et al. 2003) e, no caso dos anfíbios, os mapas produzidos pela Avaliação Global dos Anfíbios ( No caso dos répteis, foram elaborados mapas de distribuição com base nos registros de ocorrência obtidos pelo levantamento bibliográfico. Para cada espécie foi desenhado um polígono que englobou todos os pontos de ocorrência disponíveis (Figura 6 - Anexo) Metas de conservação para as espécies-alvo Uma vez que a representação da distribuição das espécies foi feita por meio de polígonos e esses representam a área de ocorrência dos alvos, as metas de conservação foram estabelecidas em termos do número de hectares necessários para a proteção das espécies consideradas. Para o cálculo dessa área, adotou-se uma estratégia de identificação da área necessária para a proteção de pelo menos 500 indivíduos de cada espécie. Esse número refere-se ao tamanho mínimo para que uma população possa sobreviver ao longo do tempo (> 100 anos) mantendo uma variabilidade genética saudável (população mínima viável, sensu Gilpin & Soulé, 1986; Boyce, 1992). Para tanto, foram utilizadas estimativas de densidades das espécies, tendo sido definidas seis classes de metas relativas às classes de tamanho ou guildas dos alvos de conservação. O estabelecimento de diferentes grupos de densidade/tamanho de área foi necessário em virtude da carência de dados sobre as densidades das espécies ou mesmo da área de vida das mesmas. Assim, utilizaram-se alguns valores conhecidos para espécies de aves (Machado 2000), pequenos mamíferos e grandes mamíferos (Fonseca et al. 1994; Rodrigues et al. 2002; Miranda, 2004), sendo que os demais foram estimados com base nos valores obtidos e nas classes de tamanho das espécies. Assim, dividindo-se o número de indivíduos desejável em uma população (os

23 indivíduos) pela densidade da espécie obtém-se a meta de conservação, ou seja, a área necessária para a conservação das espécies-alvo. Na Tabela 3 constam alguns exemplos das seis classes de densidade consideradas para a definição das metas de conservação das espécies. Tabela 3. Metas de conservação para espécies ameaçadas e endêmicas de Goiás. Densidade Meta Exemplo 0,01 ind/ha ha macuquinho-do-cerrado 0,005 ind/ha papagaio-galego ha 0,003 ind/ha arara-azul ha 0,0025 ind/ha pato-mergulhão ha 0,002 ind/ha tatu-canastra, onçapintada ha Priorização dos alvos de conservação espécies Para o estabelecimento dos valores de vulnerabilidade para as espécies, foram adotadas as categorias de ameaçada das espécies consideradas (tanto pela lista do IBAMA quanto pela lista da IUCN). Assim, utilizando uma escala decrescente de 1 a 4, as espécies criticamente em perigo seriam as mais prioritárias e importantes de serem incluídas no sistema, em seguida as espécies da categoria Em perigo, depois as espécies Vulneráveis e por fim as espécies Endêmicas. A Tabela 6 (Anexo) mostra, na coluna Vulnerabilidade, os valores atribuídos a cada uma das espécies-alvo. De acordo com essa classificação, 14% dos alvos possuem uma prioridade considerada Muito Alta e Alta (Figura 8 - Anexo). 7.3 Preparação da base de dados C-Plan Depois da criação dos mapas de distribuição potencial para as espécies, gerados pelos três métodos citados acima, foi feito um cruzamento entre a distribuição das espécies, unidades fitogeomorfológicas e áreas alagáveis com as unidades de planejamento consideradas para o estado de Goiás. Com esse cruzamento foram geradas 3 matrizes contendo a área ocupada por cada alvo de conservação nas unidades de planejamento. 20

24 No caso das distribuições das espécies, a área ocupada nas unidades de planejamento foi reduzida para as áreas nativas remanescentes (Figura 9 Anexo). Assim, se o cruzamento da distribuição esperada (os polígonos utilizados) indicar que uma determinada espécie poderia ocupar 100% de uma unidade de planejamento mas nessa unidade em realidade possui somente 25% de áreas nativas remanescentes, então a distribuição da espécie era reduzida para esse percentual. Esse procedimento foi adotado para os 176 alvos de conservação, sejam eles espécies ou unidades fitogeomorfológicas, uma vez que as UFGs foram geradas a partir da intersecção das formações vegetais remanescentes com os domínios geomorfológicos. A única exceção aconteceu no caso das áreas alagáveis, onde a área total de todos os polígonos foi considerada como alvo primário de conservação, uma vez que não foi mapeado uso das terras nessas áreas. 8. Análise de ameaças e oportunidades O contexto das unidades de planejamento definidas para o estado pode ser levado em conta através de uma análise de ameaças e oportunidades, na qual se alocam custos (pesos negativos ou positivos) para as unidades de planejamento, de acordo com diferentes critérios, como por exemplo, sua proximidade a unidades de conservação existentes, áreas de vegetação natural convertidas, inclusive áreas urbanas, etc. Um ponto bastante relevante a ser incorporado na análise de custos é o conhecimento de especialistas nos temas considerados e no bioma Cerrado. A análise de ameaças e oportunidades às áreas com alta insubstituibilidade considerará o contexto e a influencia sobre as UP de variáveis negativas ou positivas como uso das terras, remanescentes, ordenamentos territoriais existentes no entorno de cada UP, etc. As superfícies de custo para cada variável foram geradas a partir na analise de buffers ao redor das UPs. O critério para definição das distâncias de B1, B2 e B3 (12, 24 e 54 km) levou em conta os tipos de efeitos causados pelas variáveis sobre a distribuição da biodiversidade. As áreas em cada um dos três buffers foram ponderadas da seguinte maneira: 1. distancia por aproximação de uma função de decaimento linear ou exponencial conforme o tipo de variável (vide Tabela 4); 2. tipo da variável na definição da equação final de custos. 21

25 Tabela 4. Pesos utilizados para ponderar o efeito da distancia para os buffers adotados. Decaimento (pesos) Exponencial linear B1 1 1 B B Custos Diferentes pesos foram atribuídos para cada uma das variáveis conforme suas características e magnitude de seu efeito sobre a conservação da biodiversidade. Esses valores forma discutidos com os auditores e especialistas envolvidos no projeto e foram utilizados para ponderar cada fator na formula de calculo do custo de cada UP (vide 7.2 Calculo do custo). As variáveis adotadas na análise de ameaças, bem como seu tipo de decaimento e seu peso, são as seguintes: Custos positivos: I. rodovias pavimentadas: Devido à natureza desse projeto estar estritamente relacionada com o planejamento e gerenciamento da malha viária de Goiás, a modelagem do efeito das estradas deve atingir uma faixa de até 12 km, de acordo com os atributos utilizados no plano de informação rede viária e considerando a importância e o impacto das vias pavimentadas como fator de perda de conectividade e aumento das taxas de mortalidade para populações animais. Estabeleceu-se um buffer de 12 km a partir das vias pavimentadas. Essas áreas foram interseccionadas com os três buffers B1, B2 e B3 para determinar a área de influencia das estradas no entorno das unidades de planejamento. 8 decaimento exponencial e peso 3 (E) II. localidades / manchas urbanas: As pequenas cidades poderiam ser neutras ou até mesmo ter custo negativo. Um dos benefícios para reservas próximas a pequenas cidades é facilitação do turismo. Pequenas cidades também podem atrair UCs de Uso Sustentável para a manutenção dos recursos naturais locais sem exploração por agentes com interesses externos. Nessa analise, entretanto, a proximidade das manchas urbanas mapeadas na escala 1: foi considerada um custo positivo, bem como recebeu o maior peso, devido ao fato da 22

26 conversão para o uso urbano ser quase sempre definitiva, das áreas urbanas não serem adequadas para a conservação da grande maioria das espécies e, por ultimo, por tratar-se de uma região intensamente ocupada. 9 decaimento exponencial e peso 5 (U) III. uso das terras - agricultura: As atividades agrícolas consistem em fontes de ameaças a conservação da biodiversidade de diferentes formas como, por exemplo, através da erradicação ou fragmentação de habitat, no assoreamento de corpos d água, na contaminação por agrotóxicos, em mudanças micro e meso climáticas, etc. Considerando-se essas características optou-se por um fator de ponderação, 4, o segundo maior. 10 decaimento exponencial e peso 4 (A) IV. uso das terras - pastagem: As atividades pecuárias, apesar de também serem responsáveis por efeitos deletérios à biodiversidade, receberam um peso menor, 2, em função de sua maior permeabilidade ao movimento de animais contribuindo para uma maior conectividade entre os remanescentes de vegetação. 11 decaimento exponencial e peso 2 (P) Custos negativos: I. Unidades de Conservação de Proteção Integral: A proximidade destas constituem um custo negativo, devido aos benefícios para o manejo e para a conservação da biodiversidade de mosaicos de unidades de conservação, criando sistemas de áreas protegidas ao invés de unidades isoladas. Decaimento linear e peso 3 (UPI) II. Unidades de Conservação de Uso Sustentável: As Unidades de Conservação de Uso Sustentável também tem custos negativos nessa análise, pelas mesmas razões que as UCs de Proteção Integral. Entretanto as unidades de grandes proporções podem ter custos positivos, pois é difícil que se crie outra unidade próxima a uma existente, porque geralmente o entorno destas unidades já comporta uma intensa exploração de recursos, em parte devido às restrições à exploração no interior da unidade. 23

27 As UUS foram incluídas na análise de modo a tornar as unidades de planejamento no seu interior disponíveis para seleção como áreas prioritárias. Grande parte das UUS de Goiás são Áreas de Proteção Ambiental (APA) que se caracterizam por sua baixa eficiência em termos de conservação e manejo de recursos quando não acompanhada pela rápida implementação de um zoneamento e combinada com outras categorias mais restritivas, como ARIE, Monumentos Naturais ou Refúgios de Vida Silvestre. Essa maior vulnerabilidade das APAs deve-se ao fato de que estas podem ser constituídas por terras privadas. 12 decaimento linear e peso 1 (UUS) III. Terras Indígenas: As Terras Indígenas no estado de Goiás, apesar de terem uma área reduzida, foram incluídas como um custo negativo nessa análise, pelas mesmas razões que as outras categorias de áreas protegidas. O fator de ponderação, 1, foi selecionado em função da conservação da biodiversidade ser uma conseqüência indireta de um manejo adequado e sustentável dos recursos naturais pelas populações indígenas. 13 decaimento linear e peso 1 (TI) IV. Remanescentes de vegetação: A áreas de remanescentes de vegetação no entorno das UPS é um custo negativo, pois áreas desmatadas podem ser fontes de espécies invasoras e barreiras ao movimento de espécies nativas. O desmatamento também indica acessibilidade e a presença de assentamentos humanos, que podem reduzir a defensibilidade de UCs de Proteção Integral. 14 -decaimento exponencial e peso 3 (RE) 14.1 Calculo da superfície de custo consolidada Para a integração final do efeito das diferentes superfícies e definição do custo de cada unidade de planejamento foi utilizada a seguinte equação: C UP = (3*E) + (5*U) + (4*A) + (2*P) - (3*UPI) - (1*UUS) - (1*TI) - (3*RE) onde: 24

28 C UP = custo da UP; E, U, A, P, UPI, USS, TI e RE = proporções normalizadas e ponderadas pela distancia. Para geração desses custos foi criado um script, utilizando o software Matlab, que executa automaticamente os cálculos necessários para obtenção dos valores de custo. O custo final de cada UP foi obtido através da determinação do logaritmo decimal relativo a C UP para suavizar o contraste entre células adjacentes e para compatibilizar a magnitude dos fatores necessários para o calculo da função objetiva descrita no item seguinte. 8.2 Calculo da superfície de custo consolidada Para a integração final do efeito das diferentes superfícies e definição do custo de cada unidade de planejamento foi utilizada a seguinte equação: C UP = (3*E) + (5*U) + (4*A) + (2*P) - (3*UPI) - (1*UUS) - (1*TI) - (3*RE) onde: C UP = custo da UP; E = Área de intersecção entre as estradas e os buffers ao redor da UP, normalizada e ponderada pela distancia. U = Área de intersecção entre as áreas urbanas e os buffers ao redor da UP, normalizada e ponderada pela distancia. A = Área de intersecção entre as áreas de cultivo e os buffers ao redor da UP, normalizada e ponderada pela distancia. P= Área de intersecção entre áreas de pastagem e os buffers ao redor da UP, normalizada e ponderada pela distancia. UPI= Área de intersecção entre as unidades de proteção integral e os buffers ao redor da UP, normalizada e ponderada pela distancia. USS Área de intersecção entre as unidades de uso sustentável e os buffers ao redor da UP, normalizada e ponderada pela distancia. TI= Área de intersecção entre as terras indígenas e os buffers ao redor da UP, normalizada e ponderada pela distancia. RE= Área de intersecção entre os remanescentes de vegetação natural e os buffers ao redor da UP, normalizada e ponderada pela distancia. Para geração desses custos foi criado um script, utilizando o software Matlab, que executa automaticamente os cálculos necessários para obtenção dos valores de custo. 25

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