DETECÇÃO DE PLUMAS DE CONTAMINAÇÃO POR HIDROCARBONETOS NO SUBSOLO ATRAVÉS DO MÉTODO RADAR DE PENETRAÇÃO DO SOLO (GPR)

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1 Universidade Federal do Rio Grande Laboratório de Oceanografia Geológica Programa de Recursos Humanos da Agência Nacional do Petróleo PRH 27 Estudos Ambientais nas Áreas de Atuação da Indústria do Petróleo DETECÇÃO DE PLUMAS DE CONTAMINAÇÃO POR HIDROCARBONETOS NO SUBSOLO ATRAVÉS DO MÉTODO RADAR DE PENETRAÇÃO DO SOLO (GPR) Aline Rêgo Santos Gilberto H. Griep Monografia apresentada à Universidade Federal do Rio Grande como parte dos requisitos para a obtenção de grau do curso de oceanologia. Rio Grande, RS Novembro de 2008

2 ... andei por andar, andei e todo caminho deu no mar andei pelo mar, andei nas águas de dona Janaína a onda do mar leva a onda do mar traz quem vem pra beira da praia, meu bem não volta nunca mais (Quem Vem Pra Beira Do Mar - Dorival Caymmi) ii

3 Agradecimentos Agradeço ao meu orientador Gilberto Griep pela sugestão do tema e por fazer a realização desse trabalho possível, agradeço também pelas orientações e desorientações. A professora Isabel, pelo apoio, empolgação e por estar sempre disponível para dar uma sugestão, correção e umas risadas. Ao professor Adelir José Strieder do Laboratório de Modelagem Geológica e Ambiental/UFRGS e ao Paulo Mendes da Hidroservice pela ajuda que foi fundamental na aquisição e interpretação dos dados e por me fazerem entender melhor a geofísica. Agradeço à ANP pelo apoio financeiro na execução desse trabalho. À galera do PRH-27, Débora, Thayná, Vivian, Nicolas e Francine, que conviveram comigo por esse período de realização da monografia, tornando o dia a dia no laboratório mais divertido. Aos meus novos amigos que se tornaram minha família no Cassino, Aline, Melina, Janice, Kátia, Sandra, Doug e Leandro, que fizeram esses anos mais fáceis, ajudando a diminuir a saudade de casa, sempre presentes em todas as horas. Obrigada pelas noites de baladas, jantas, brincadeiras e estudo! Aos meus amigos de longe que apesar da distância sempre estiveram comigo, para esta perto não precisa estar junto e sim do lado de dentro. Agradeço a minha família, em especial minha mãe e as tias Ninha e Mundinha pelo apoio incondicional, tanto emocional quanto financeiro, pelas conversas e conselhos (muitos dos quais eu não segui). Agradeço também a todas as tias, primas, irmãos e irmã pelo carinho recebido ao longo desse período que estive fora de casa. A Rayana, minha irmã maranhense, que me mostrou que nunca se deve desistir. A Mimiu agradeço pelas correções, dicas, sugestões, empurrões e rezas. Por estar sempre me esperando com um abraço. A Dayana e Maurilia por todas as nossas aventuras... A Léa Carol por ter me suportado nesses últimos meses em que eu só falava em monografia e formatura. Por ter me feito ver a vida por outros lados e ter me ensinado muitas coisas. Estando sempre ao meu lado nas horas mais complicadas, e também compartilhando horas divertidas. iii

4 Agradeço aos amigos da turma de 2004 por terem me adotado como parte do grupo apesar de só conhecer vocês dois anos depois. Agradeço a Deus por ter me dado força e proteção para alcançar meus objetivos. iv

5 Resumo A contaminação da água subterrânea e do solo por derivados do Petróleo, em caso de vazamento nos tanques de armazenamento subterrâneo, pode trazer danos à população e ao meio ambiente, uma vez que os constituintes dos combustíveis podem ser tóxicos. Dessa forma faz-se importante o uso de medidas preventivas, pois podem evitar acidentes e possuem um custo menor que a remediação do local atingido. Como o monitoramento dos postos de é feito através de poços junto aos tanques de armazenamento, pode não trazer uma estimativa adequada na contaminação em subsupérficie, como alternativa e complemento podem ser usados os métodos geofísicos. Dessa maneira o presente trabalho tem por objetivo detectar possíveis plumas de contaminação, causadas por vazamentos de tanques de armazenamento de combustíveis, utilizando Radar de Penetração do Solo (GPR). A metodologia usada constitui-se da seleção de postos de abastecimento da Cidade de Rio Grande, RS, com base na idade de funcionamento do posto e nas facilidades operacionais para a aquisição dos dados e posteriormente o levantamento geofísico. Os resultados obtidos revelem que os postos de combustíveis analisados são suspeitos de causar contaminação, o que pode ser evidenciado pelas zonas de atenuação do sinal existentes nos perfis e por uma linha de alta reflexão. O método mostrou-se eficiente na detecção de plumas de contaminantes. v

6 Abstract The contamination of groundwater and soil by oil derivatives, in case of leakage in underground storage tanks, may cause damage to the population and the environment, since the constituents of fuel can be toxic. Thus it is important to use preventive measures, since they can avoid accidents and have a lower cost to the remediation of the site reached. Wells monitoring near the storage tanks may not bring an appropriate estimate contamination in the subsurface and as an alternative and supplement geophysical methods can be used. Thus this study aims to detect possible plume of contamination, caused by leaks from storage tanks of fuel, using Ground Penetration Radar (GPR). The methodology used in this study the selection of service stations of the City of Rio Grande, RS, based on the age of operating the facilities in place and operational for data acquisition followed by geophysical surveys of selected sites. The results show that the gas stations are analyzed suspected to cause contamination, which can be evidenced by areas of attenuation of the signal in existing profiles and a line of high-reflection. The method has proved to be efficient in detecting plumes of contaminants. vi

7 Sumário Agradecimentos Resumo Abstract Sumário 2. Justificativa 3. Objetivos 3.1. Objetivo Geral 3.2. Objetivos Específicos 4. Revisão Bibliográfica 5.GPR 6. Área de Estudo 6.1 Contexto Geológico 7. Material e Métodos 7.1. Seleção do local de estudo 7.2. Perfis Posto Machado Posto Tigre Posto do Pórtico 7.3. Obtenção e processamento dos dados 8. Resultados 8.1. Comparação entre o desempenho da antena de 250 e 500 MHZ 8.2. Interpretação dos resultados obtidos no Posto Machado 8.3. Interpretação dos resultados obtidos no Posto do Pórtico 8.4. Interpretação dos resultados obtidos no Posto Marinha 8.5. Interpretação dos resultados obtidos no Posto do Tigre 9. Discussão 10. Conclusão 11. Recomendações 12. Referencias Bibliográficas 13. Anexos 13.1.Perfis GPR realizados no Posto Machado Perfis Realizados no Posto Marinha Perfis realizados no Posto do Pórtico Perfis Realizados no Posto Tigre iii v vi vii vii

8 Índice de Figuras Figura 2: Exemplo de atenuação natural de uma pluma de hidrocarbonetos de petróleo(fonte:corseuil e Marins 1997) 14 Figura 3: Esquema de funcionamento do GPR (Fonte: /char/technologies/gprblock.htm) 18 Figura 4: imagem de satélite da área de estudo Figura 5: Perfis realizados no Posto Machado Figura 6:Perfis realizados no Posto do Tigre Figura 7: Perfis realizados no Posto do Pórtico Figura 8: Imagem obtida com antena de 500MHz(perfil 3) Figura 9: Imagem obtida com a antena de 250MHz( perfil 3) Figura 10: Perfil 1 executado com a antena de 500MHz no Posto Machado( perfil 1) Figura 11: Perfil executado com antena de 500MHZ mostrando as hipérboles que representam os tanques de armazenamento( perfil 3) 29 Figura 12: Imagem obtida com antena de 500MHz( perfil 3) viii

9 1. Introdução A água subterrânea é intensamente explorada no Brasil e de acordo com IBGE, 2002 aproximadamente 53% dos municípios faz uso desse recurso. A água de poços e fontes tem um grande alcance social, sendo utilizada para diversos fins, tais como o abastecimento humano, irrigação, indústria e lazer (ANA, 2005; MMA 2001). No entanto, a potabilidade desse recurso hídrico, pode ser ameaçada por ações antrópicas que causam contaminações no solo e subsolo. O vazamento de tanques de armazenamento subterrâneos (TAS) em postos de abastecimentos pode ocasionar a contaminação do solo e das águas subterrâneas, além de contribuírem para o risco de explosões e incêndios, trazendo danos ao meio ambiente e a saúde pública (Ferreira et al, 2004). Esses vazamentos podem ser causados por falhas estruturais do tanque ou da tubulação conectada ao mesmo, instalação inadequada ou corrosão. Esses fatores podem ser agravados pelo tempo de uso, uma vez que a vida útil de um tanque é em torno de 15 a 20 anos, dependendo do tipo de solo que ele está inserido (ANA, 2005; Almeida, 2007). Dentre os elementos que constituem a gasolina os hidrocarbonetos monoaromáticos ou compostos BTEX (benzeno, tolueno, etilbenzeno e os três xilenos orto, meta e para), são os constituintes que mais trazem danos. Eles são os compostos de maior solubilidade em água (Tiburtios et al, 2005). A gravidade da contaminação depende do risco de se atingir uma fonte receptora, como um poço de abastecimento de água (Corseuil e Marins, 1998). Em um vazamento, o combustível se movimentará descendentemente pela gravidade de acordo com as características hidráulicas e de capilaridade do solo (Marques, 2007). O combustível estará na subsuperfície como líquido de fase 9

10 não-aquosa (LNAPL), nas fases livre, residual, dissolvida, vapor e adsorvida, como pode ser visto na fig. 1 (Oliveira, 1998 apud Ferreira et al, 2004) Ao encontrar água os hidrocarbonetos mono aromáticos ou compostos BTEX, irão se dissolver parcialmente, sendo os primeiros a causar contaminação (Corseuil 1992 apud Corseuil e Marins, A movimentação e a distribuição dos contaminantes estão relacionada com a pluviosidade, variações sazonais e o gradiente hidrológico da área (Daniels et al, 1995). Um agravante para esse problema é que a gasolina brasileira é misturada com 22% v/v de etanol. A presença do etanol pode acelerar o deslocamento dos BTEX, podendo ser biodegradado em preferência aos BTEX e consumir o oxigênio que seria usado para a degradação dos hidrocarbonetos monoaromáticos. Além disso, o etanol pode ser tóxico para os microorganismos que degradam os compostos BTEX (Corseuil, e Marins, 1998). Figura 1: Fases do LNAPL em um vazamento. Fonte: Ferreira et al

11 A detecção de contaminação do solo e da água subterrânea causadas por vazamentos de tanques de armazenamento se torna complexa devido a sua localização subsuperficial (Marques, 2007). De acordo com Pedrosa (2006) e Marques (2007), a detecção desses vazamentos faz-se difícil, pois não é possível fazer observações diretas, plumas de contaminantes podem se formar no subsolo sem apresentar vestígios contundentes em superfície. Dessa forma, os métodos geofísicos mostram-se mais eficientes para a detecção de pluma de contaminantes, pois são métodos não invasivos, pois não é necessário a realização de furos ou sondagens, e de fácil aplicação. Dentre as técnicas geofísicas disponíveis, o GPR (Ground Penetration Radar) produz informações de alta resolução da subsuperfície, complementando as técnicas tradicionais, trazendo a possibilidade de se obter perfis contínuos, imagens de alta resolução, podendo ser utilizado em áreas urbanas, onde o ruído dificultaria a aplicação de outros métodos geofísicos (Moreira e Dourado, 2007; Souza, 2005; Knight, 2001). O contraste entre as propriedades elétricas (condutividade e permissividade) dos hidrocarbonetos, do solo e da água é o que permite que os mesmos sejam identificados através de métodos geofísicos (Daniels et al., 1995). 11

12 2. Justificativa O problema da contaminação da água subterrânea é grave, pois coloca em risco a saúde da população. Dessa forma faz-se importante o uso de medidas preventivas, pois podem evitar acidentes e possuem um custo menor que a remediação do local atingido. A realização de diversas atividades antrópicas, tais como construção inadequada de poços, disposição e tratamento incorretos dos resíduos sólidos, mineração, postos de combustíveis, agricultura, indústrias e a falta de saneamento básico, podem causar impactos na água subterrânea e no solo, trazendo danos à saúde pública e ao meio ambiente (ANA, 2005; Castro e Branco 2003). Dentre as formas de contaminação, os postos de combustíveis são bem representativos. Segundo Tiburtius et al, 2005, essa é umas das principais fontes de contaminação do subsolo e da água subterrânea, o que é favorecido pelo envelhecimento dos tanques. Muito desse posto de combustíveis podem estar operando em situação de risco. Em um vazamento de um tanque de armazenamento de combustível, a gravidade do problema irá depender da probabilidade da contaminação atingir alguma fonte receptora que seja usada para o consumo humano, com o passar do tempo a pluma de contaminação aumenta de tamanho e o seu potencial poluidor diminui (fig. 2). Caso ocorra algum vazamento é necessário a realização de medidas mitigadoras para que os constituintes da gasolina sejam removidos do meio. Para tanto, alguns processos de remediação podem ser utilizados como, por exemplo, a remediação natural monitorada. Esse processo pode ser aplicado desde que acompanhado de um estudo prévio da área atingida, que mostre a extensão da contaminação e que seja demonstrado que a pluma não irá atingir 12

13 locais de risco. Se essa medida não evitar a migração da pluma de contaminação outros métodos de remediação podem ser adotados, tais como extração de vapores, extração com solventes, recuperação do produto livre e a bioventilação. No entanto a adoção dessas medidas pode ser dificultada por custos elevados e pelas dificuldades operacionais (Corseul e Marins 2007, Malamud et al,2005). A pluma de contaminantes formada é constituída por compostos BTEX, que trazem prejuízos à saúde humana, sendo carcinogênicos e causam danos ao sistema nervoso central, apresentando toxicidade crônica mesmo em baixas concentrações (Corseul e Marins, 1997; Silva, 2002). Os padrões considerados para que a água seja considerada potável são descritos pela portaria Nº 518, de 25 de março de 2004, apresentando as concentrações máximas permitidas para benzeno, tolueno e xilenos e podem ser vistos na tabela 1. Tabela 1. Padrão de aceitação para consumo humano de acordo com o ministério da saúde. Substância Concentração em μg/l Benzeno 5 Tolueno 170 Xileno 300 A detecção da contaminação e a determinação da pluma fazem-se importante para a determinação de medidas corretivas e de remediação. No Brasil o dos postos de abastecimento é feito através de coletas periódicas de água em poços próximos aos tanques de armazenamento, para analise de hidrocarbonetos totais. Esse processo é realizado por empresas terceirizadas e os resultados são encaminhados ao órgão ambiental. Esse tipo de monitoramento pode não oferecer uma estimativa correta da quantidade de contaminantes existentes em 13

14 subsuperfície, pois a pluma de contaminantes pode migrar além dos locais onde encontram-se os poços de monitoramento (Pedrosa 2005; ANA 2005). Figura 1: Exemplo de atenuação natural de uma pluma de hidrocarbonetos de petróleo (Fonte:Corseuil e Marins 1997) Dessa maneira o GPR vem como uma forma não invasiva, não destrutiva sem necessidade de escavação ou sondagem e de menor custo que as demais técnicas, produzindo imagens da subsuperficie com alta resolução, e maior facilidade na aquisição dos dados, podendo ser usado em áreas urbanas onde a aplicação de outros métodos geofísicos seria limitada pelo ruído. No Rio Grande do Sul ainda existem poucos trabalhos que utilizam o GPR para a detecção de plumas de contaminação ocasionada pelo vazamento de combustível. A maior parte dos estudos existentes faz uso de métodos diretos para detectar as possíveis plumas de contaminação. 14

15 3. Objetivos 3.1. Objetivo Geral O presente trabalho tem por objetivo detectar possíveis plumas de contaminação, causadas por vazamentos de tanques de armazenamento de combustíveis, utilizando Radar de Penetração do Solo (GPR) Objetivos Específicos 1. Avaliar a viabilidade do método geofísico GPR para detectar plumas de contaminação. 2. Verificar o grau de contaminação causada por alguns postos de combustível da cidade de Rio Grande 4. Revisão Bibliográfica A contaminação por hidrocarbonetos é um tema bastante discutido, já que repercute na qualidade de vida da população em geral. Os trabalhos escritos para água subterrânea, até o momento, focam os danos causados pela pluma de contaminação de hidrocarbonetos no solo, na água, detectando-os através de métodos diretos e indiretos, bem como o monitoramento dessa contaminação e o comportamento dos hidrocarbonetos no solo, de forma a estabelecer o potencial de risco que ela pode provocar ao ambiente e as formas de remediar (Marques 2007). Corseuil e Marins (1997 e 1998) por sua vez avaliaram os possíveis efeitos que a mistura do etanol à gasolina pode causar em caso de vazamento nos tanques de armazenamento de combustíveis na água subterrânea, ressaltando a importância do monitoramento da pluma de contaminação como forma de evitar que a mesma atinja fontes receptoras, tais como um poço de abastecimento de água. Os estudos também tiveram foco nas ações corretivas, abordando 15

16 principalmente a remediação natural, que deve ser usada para a recuperação de áreas degradadas em detrimento a outros métodos como a extração de vapores do solo. Forte et al, 2007 em sua pesquisa verificou a presença de hidrocarbonetos derivados de petróleo nas amostras de água analisadas e coletadas de poços de monitoramento e de poços utilizados como fontes de abastecimento na Vila Tupi, Rondônia. Almeida et al 2007, demonstrou que o GPR pode ser usado em solos de composição argilosa. O trabalho mostra que a zona de baixa reflexão no perfil GPR indica contaminação por hidrocarbonetos e que essa hipótese poderia ser comprovada através de análises hidrogeoquímicas. Atekwana 2000 avaliou a aplicação e a resolução dos métodos elétricos quando aplicados na detecção de contaminantes em subsuperficie, investigando as propriedades elétricas do LNAPL. Castro e Branco 2003 falaram sobre o monitoramento da pluma de contaminação de hidrocarbonetos fazendo uso do GPR, durante um processo de remediação realizado por 15 meses no município de Fortaleza,CE, mostrando a relação entre a freqüência do equipamento a resolução e penetração do sinal emitido pelo GPR no solo. Daniels et al, 1995, afirmou que o georadar pode ser usado para detectar contaminação por hidrocarbonetos, pois quando da presença dos mesmos há um decréscimo na amplitude do sinal recebido. Isso se deve ao contraste entre o coeficiente de reflexão dos hidrocarbonetos e o do meio. Também ressalta o comportamento dinâmico da pluma de contaminação. 16

17 Olhoeft 1998 determinou as propriedades elétricas, magnéticas e geométricas que podem interferir no desempenho do GPR, pois a variação dessas propriedades influenciam no modo com que a onda eletromagnética se propagará no solo, alterando a resposta final obtida. Pedrosa ET AL. 2005, usou o GPR realizando perfis em 20 postos de abastecimentos na região metropolitana de Fortaleza e observou que 65% dos postos de abastecimento da região pesquisada possuem uma probabilidade de ser uma real fonte de contaminação para o lençol freático. O trabalho constatou que as dados obtidos com as análises hidrogeoquimicas condizem com os resultados obtidos com o georadar. Sauk 2000 definiu as zonas de contaminação causadas por hidrocarbonetos, tratando a pluma como um sistema dinâmico que se comporta de maneira diferenciada a depender das características do vazamento e das características hidrogeologicas do local onde o mesmo ocorreu. 5.GPR O método (Graund Penetrating Radar GPR) é um método geofísico que utiliza ondas eletromagnéticas com freqüência entre 10 MHz e 2500 MHz. Esse equipamento foi desenvolvido para investigar a subsuperfície com imagens de alta resolução. O GPR é constituído por unidades receptora e transmissora, uma unidade de controle e de um computador portátil (fig 4) A antena transmissora, que fica próxima à superfície do solo, transmite uma onda eletromagnética que se propaga pelo subsolo até que encontre algum objeto enterrado ou um horizonte que apresente um contraste nas propriedades elétricas em relação ao meio como, por 17

18 exemplo, o nível d água. Dessa forma, a onda irá sofrer espalhamento, sendo que uma parte da onda é refletida ou dispersa para a superfície enquanto outra parte é transmitida, continuando a se propagar em subsuperfície, como é mostrado na fig. 3. Figura 2: Esquema de funcionamento do GPR (Fonte: /char/technologies/gprblock.htm) As ondas eletromagnéticas irão se propagar com velocidades diferentes a depender das características elétricas do meio sendo recebidas pela antena em intervalos de tempo diferentes. Essas ondas são amplificadas e armazenadas na memória física de um computador para ser analisado posteriormente. O resultado obtido é um radagrama, uma imagem das variações de subsuperfície das propriedades elétricas, em função do tempo de percurso da onda. ( Marques 2007, Daniels 2000, EPA 1995). 18

19 Esta técnica é relativamente recente, tendo sido, a partir da metade dos anos 90, utilizada de forma mais intensiva no contexto geológico. Comercialmente já encontra-se disponível desde a década de 80 (Paulo Mendez, informação verbal). Uma das grandes aplicações do GPR ocorre em estudos de áreas subterrâneas contaminadas, onde o GPR detecta de forma sutil as alterações das características geoelétricas do meio geológico decorrentes de vazamentos ou derramentes de materiais poluentes. 6. Área de Estudo O presente trabalho será realizado em quatro postos de abastecimento localizados no município de Rio Grande, RS sendo que um deles havia sido abandonado a aproximadamente 5 anos e os outros estão operando regularmente. Na figura 4 são visualizados os 3 postos na área central da cidade de Rio Grande. O quarto posto encontra-se nas margens da rodovia Rio Grande/Pelotas. Esse município está localizado na porção sul da planície costeira do Rio Grande do Sul (fig. 4) na latitude 32º 02' 06" S e na longitude 52º 05' 55" W, tendo por municípios limítrofes Capão do Leão e Arroio Grande a oeste, Pelotas ao norte e Santa Vitória do Palmar ao sul. O município de Rio Grande possui cerca de 45 postos que estão regulamentados pela portaria ANP nº116/2000, sendo que no ano de 2006 foram comercializados cerca de litros de combustível (ANP, 2006). 19

20 Figura 3: imagem de satélite da área de estudo 6.1 Contexto Geológico A Planície Costeira do Rio Grande do Sul (PCRS) estende-se por cerca de 620 km, desde a desembocadura do Rio Mampituba, ao Norte, até a foz do Arroio Chuí, ao Sul, mantendo uma orientação média de N 32º E. A largura da planície é variável, sendo mais estreita ao Norte. Na porção sul a planície torna-se bem mais ampla, alcançando uma largura máxima em torno de 100 km. Compreendendo uma área total de Km² a PCRS se desenvolveu sob o controle das variações climáticas e das flutuações do nível relativo do mar durante o período quaternário, possuindo dois tipos principais de sistemas deposicionais, um sistema de leques aluviais e quatro sistemas transgressivos regressivos tipo 20

21 laguna barreira (Villwock et al, 1986 apud, Villwock et al, 2007;). O solo encontrado na região é do tipo arenoso com granulometria fina.(martins LR., 2007). 7. Material e Métodos 7.1. Seleção do local de estudo Foi realizado um levantamento prévio de todos os postos de abastecimentos existentes no município de Rio Grande, RS a partir de uma listagem do total de postos localizados na área de estudo, através do site da ANP e de catálogos telefônicos. Em seguida, realizou-se uma visita aos postos listados anteriormente com o objetivo de obter-se informações sobre a os locais a serem estudados. Para a seleção dos locais a serem investigados foram levados em consideração o tempo de funcionamento no posto, as facilidades operacionais como espaço para a obtenção dos perfis GPR, a localização e a disponibilidade do local pelo proprietário. E esses dados foram obtidos em entrevistas aos gerentes e/ou funcionários do posto. Dentre os locais visitados foram escolhidos quatro para a realização do estudo, são eles: Posto Marinha que atualmente encontra-se abandonado e localiza-se na Rodovia BR 392 KM 18,5. Não foi possível obter a imagem aérea desse posto; Posto Machado com tancagem média de 60m³ de combustível e está localizado na Av. Argentina no Bairro Matadouro; Posto do Pórtico com tancagem de 45m³ e esta localizado na AV Presidente Vargas N.946 e, Posto do Tigre que possui uma tancagem de 60m³ e se localiza na Avenida Itália

22 Outro aspecto considerando a localização dos postos é que um dos postos (Posto Machado) localiza-se nas margens do Saco Rio Grande. Outro posto localiza-se sobre o Terraço (Posto Marinha). Dois outros postos (Tigre e Pórtico) localizam-se nas imediações do Saco da Mangueira. Desta forma tem-se uma cobertura sobre o istmo onde se localiza a cidade de Rio Grande. Por problemas técnicos não foi possível realizá-los na porção mais a leste do istmo Perfis Posto Machado Figura 4: Perfis realizados no Posto Machado 22

23 7.2.2 Posto Tigre Figura 5:Perfis realizados no Posto do Tigre Posto do Pórtico Figura 6: Perfis realizados no Posto do Pórtico 23

24 7.3. Obtenção e processamento dos dados Foram realizados 30 perfis contínuos próximos aos tanques de armazenamento subterrâneos e ao redor dos postos de abastecimento selecionados. Na aquisição dos dados o computador e a unidade de controle são junto ao corpo de quem opera o equipamento e as antenas são arrastadas pelo solo na área onde se deseja obter o perfil. Foram realizados quatro perfis no Posto do Pórtico e do Tigre, três no Posto Machado e cinco no Posto Marinha. Os perfis de georradar foram realizados de forma cruzada em número total de 30 perfis de diferentes orientações e freqüências centrais de antenas. O levantamento foi realizado com o equipamento RAMAC UC-III, produzido pela MALA Geoscience Inc. (Suécia) e analisados previamente no software que acompanha o equipamento (Ground Vision 2). Abaixo podemos observar um exemplo de perfil que pode ser obtida pelo euipamento: As antenas utilizadas para investigação foram de 500 MHz e de 250 MHz, blindadas e acopladas ao terreno (ground coupled). De acordo com o objetivo definido para a investigação geofísica (investigação de zonas contaminadas por hidrocarbonetos), o espaçamento de amostragem (emissão de pulsos de georradar) foi de 0,10 m com subseqüente interpolação para 0,05 m de modo a melhorar a visualização de detalhe das estruturas na fase de interpretação e impressão dos resultados. A estimativa da velocidade de propagação das ondas EM nos principais horizontes elétricos foi tomada a partir de medidas de hipérboles de difração ao longo dos vários perfis de levantamento geofísico. Assim, a velocidade média estimada para as áreas de levantamento foi de 10,0 cm/ns. 24

25 Os dados do levantamento de pista foram posteriormente corrigidos com relação a problemas de drift, ruídos, filtrados e invertidos no software Gradix. Esses dados foram pós-processados e interpretados em aplicativo tipo Corel Draw. Os perfis de georradar executados mostraram baixa interferência de ondas superficiais, como resultado do uso de antenas blindadas. Em gráfico freqüência vs. amplitude (espectro de freqüência), pode-se observar perfeitamente o pico central das freqüências de 250 MHz e de 500 MHz. Dessa forma, o processamento dos dados foi facilitado e conduzido conforme as etapas enumeradas na tabela 2. Tabela 2 Etapas e condições do processamento dos dados de georradar. Antena de freqüência central 250 MHz 1) ajuste drift (variação no tempo de chegada da primeira onda EM) Antena de freqüência central 500 MHz 1) ajuste drift (variação no tempo de chegada da primeira onda EM) 2) ajuste de tempo zero (início da onda EM no solo) 3) dewow (filtro passa alta) para remoção de baixas freqüências (< 80 MHz) 4) filtragem butterwoth para ressaltar a freqüência de interesse (F1 = 130 MHz e F2 = 300 MHz) 5) migração com perfil variável de velocidades para eliminação das difrações (p.ex: hipérboles devidas à difração nos tanques enterrados de combustível) 6) conversão tempo x profundidade a uma velocidade constante de 10,0 cm/ns 2) ajuste de tempo zero (início da onda EM no solo) 3) dewow (filtro passa alta) para remoção de baixas freqüências (< 160 MHz) 4) filtragem butterwoth para ressaltar a freqüência de interesse (F1 = 350 MHz e F2 = 600 MHz) 5) migração com perfil variável de velocidades para eliminação das difrações (p.ex: hipérboles devidas à difração nos tanques enterrados de combustível) 6) conversão tempo x profundidade a uma velocidade constante de 10,0 cm/ns 25

26 Após o processamento dos dados a interpretação foi feita de modo visual, Com o auxilio do programa Corel Draw traçou-se uma linha tracejada em vermelho para delimitaras zonas de baixa reflexão encotradas nos perfis, de modo a facilitar a interpretação dos dados. 8. Resultados Os radargramas em cores representam a justaposição lateral dos diversos pulsos amostrados (intervalo de amostragem de 0,10 m nesse caso). Os pulsos EM individuais recebidos durante a propagação das ondas em subsolo apresentam características de amplitude (cor) e comprimento de onda de acordo com a impedância eletromagnética de cada material atravessado. Nesse sentido, pode-se aproximar as propriedades físicas dos materiais de acordo com tais elementos. Os materiais resistivos mostram grande amplitude (baixa atenuação) e pequeno comprimento de onda; os materiais condutivos, por outro lado, mostram pequena amplitude e grande comprimento de onda. As zonas de condutividade muito alta podem absorver totalmente a energia da onda EM, restando somente ruído de fundo. A partir dessas características, é possível avaliar as condições gerais dos materiais constitutivos do subsolo. A profundidade de investigação do georradar para o levantamento objeto desse estudo variou entre 4,00 e 7,00 m, conforme a antena empregada. Isso permitiu definir as várias interfaces entre camadas geofisicamente distintas e as zonas de forte atenuação, conforme será mostrado nos perfis seguintes. 26

27 8.1. Comparação entre o desempenho da antena de 250 e 500 MHZ Nos radagramas abaixos são mostradas as freqüências de 250 e 500 MHz. Podese observar que a antena de 500 MHz produz uma melhor resolução da imagem (fig. 8), que a antena de 250 MHz (fig. 9), possibilitando uma melhor interpretação dos dados, para o objeto de estudo. Figura 7: Imagem obtida com antena de 500 MHz (perfil 3) 27

28 Figura 8: Imagem obtida com a antena de 250 MHz ( perfil 3) 8.2. Interpretação dos resultados obtidos no Posto Machado Nesse posto, foram realizados seis perfis GPR. Os resultados do levantamento GPR para esse posto mostram uma forte diminuição do sinal a partir dos 3 metros de profundidade. Acima da linha vermelha, pode-se observar zonas com boa reflexão, sem atenuação, onde a estratigrafia de subsolo é bem visível. Entre essa linha e a profundidade de 3 metros ocorre uma forte atenuação do sinal, denotando uma região de baixa resistividade que pode estar associada à presença de hidrocarbonetos em processo de decomposição. No perfil é possível identificar, os tanques de armazenamento que estão representados pelas hipérboles presentes no radargrama (fig 10). 28

29 Figura 9: Perfil 1 executado com a antena de 500MHz no Posto Machado ( perfil 1) Figura 10: Perfil executado com antena de 500MHZ mostrando as hipérboles que representam os tanques de armazenamento ( perfil 3) 29

30 8.3. Interpretação dos resultados obtidos no Posto do Pórtico Nesse posto foram realizados oito perfis. No radargrama abaixo (fig. 12) se pode observar que acima da linha tracejada ocorrem zonas com boa reflexão,sem atenuação do sinal onde é possível identificar a estratigrafia do subsolo e os tanques de armazenamento (hipérboles).abaixo dessa linha vemos uma atenuação do sinal. Na profundidade de 3 metros pode-se identificar um forte refletor que pode estar associado a água e em seguida à perda do sinal. Figura 11: Imagem obtida com antena de 500 MHz ( perfil 3) 8.4. Interpretação dos resultados obtidos no Posto Marinha Esse posto encontra-se fora de funcionamento a cerca de seis anos. Nele foram realizados dez perfis. Como observado nos outros perfis, abaixo da linha vermelha tracejada encontra-se uma região com atenuação do pulso, devido a 30

31 uma anomalia de baixa resistividade, que pode ser correlacionada com vazamentos antigos. Também a partir dos 3 metros ocorre uma perda do pulso. Figura13: perfil realizado no Posto Marinha com antena de 500 MHz (perfil 3) 8.5. Interpretação dos resultados obtidos no Posto do Tigre Nesse posto foram realizados seis perfis, obtendo-se uma resposta diferenciada dos demais postos de combustível. Além da estratigrafia do local e da atenuação do sinal abaixo na linha tracejada, verifica-se também uma região com alta reflexão na profundidade de dois metros (figura 14). No radargrama seguinte pode ser observado outra região de alta reflexão, podendo estar associada a algum reservatório (figura 15). 31

32 Figura 14: perfil realizado no Posto do tigre com antena de 250 MHz ( perfil 1) Figura 15: Perfil realizado no Posto Tigre com antena de 250 MHz ( perfil 2) 9. Discussão Devido aos possíveis problemas ambientais trazidos por estabelecimentos que comercializam e armazenam derivados de petróleo, o CONAMA através da 32

33 resolução nº 273, de 29 de novembro de 2000, considera esses estabelecimentos potencialmente ou parcialmente poluidores e geradores de acidentes ambientais, passando a exigir o licenciamento ambiental durante o processo de instalação e comercialização de combustíveis, sendo necessária a adoção de medidas preventivas e ou corretivas em caso de acidentes, bem como a necessidade de troca dos tanques de armazenamento metálicos por tanques novos com o intuito de diminuir o risco de contaminação. Nesse contexto o GPR mostra-se um método eficiente nas investigações ambientais, como uma ferramenta que pode auxiliar na detecção de contaminantes em subsuperfície. Mancinni 2002 afirma que dentre os métodos indiretos o GPR é o método que apresenta os melhores resultados na detecção de áreas contaminadas por hidrocarbonetos, sendo que sua acurácia depende do conhecimento das propriedades elétricas do meio. Os resultados obtidos no presente trabalho apresentam correlação significativa com a literatura estudada. Ao comparar o desempenho entre antenas de 250 e de 500MHz usadas durante a aquisição dos dados, verifica-se que antena de 250MHz produz uma imagem menos detalhada que a antena de 500MHz como é possível observar nas figuras 8 e 9. A profundidade de exploração vai depender da freqüência da antena utilizada no estudo. Quanto menor a freqüência maior será a penetração do sinal no solo e menor será a resolução (Overmeeren 1994). Castro e Branco 2003 também fizeram uso de baixas freqüências na detecção e no monitoramento de uma pluma de contaminação, relacionando a freqüência da antena com o tipo de resposta que se espera encontrar. Pedrosa 2006 usou uma antena de 400MHz. Baixas freqüências são indicadas para esse tipo de investigação uma vez que a profundidade a ser estudada não ultrapassa os cinco metros de profundidade. No 33

34 entanto a presença de um refletor encontrado nos perfis obtidos nos quatro postos estudados aos três metros de profundidade, nesse caso, dificultou a propagação da onda eletromagnética por esse meio. A estratigrafia de subsolo é comumente definida por meio de camadas geofisicamente refletoras, o que pode ser observado com clareza em todos os perfis (figuras 10, 11,12, 13, 14, 15) Por outro lado, as zonas de contaminação por hidrocarbonetos apresentam um comportamento duplo, dessa forma as resposta obtidas com o GPR na detecção de contaminantes apresentam comportamento diferenciado, mostrando zonas de alta absorção da energia da onda EM (zonas de contaminação antigas, com hidrocarbonetos decompostos), ou mostrando finas linhas de alta reflexão (Marques 2007). Schneider e Greenhouse, 1992 apud Atekwana 2000 propõem um modelo feito através de um derrame controlado onde relaciona uma alta resistividade à presença de hidrocarbonetos. Porém os dados obtidos em ambiente natural podem se diferenciar desse modelo e sua interpretação pode se tornar mais complexa. As mudanças de material constitutivo ou das condições de resistividade/condutividade do subsolo são reconhecíveis principalmente pelas mudanças de comprimento de onda e pela amplitude do sinal de retorno. Os perfis obtidos nesse estudo apresentam zonas de baixa reflexão, que podem ser evidenciadas com clareza nos perfis realizados no posto do Pórtico (figura 10), e no posto Machado (figuras 11 e 12) entre a linha vermelha tracejada e a profundidade de três metros, que podem estar associadas à presença de derivados do petróleo. Possivelmente nesses postos a fonte de contaminação pode ter cessado, pois os antigos tanques de armazenamento de combustíveis metálicos foram trocados a cerca de 6 anos por tanques mais modernos que 34

35 possuem parede dupla que são mais duráveis e menos suscetíveis a vazamentos. No entanto o solo continua contaminado e o Posto Machado ainda possui um agravante, pois ele está localizado próximo a um corpo hídrico superficial. O Posto Marinha apesar de estar abandonado ainda apresenta essa zona de alta condutividade presentes nos demais postos. Essas anomalias na forma de ausência de sinal que podem ser encontradas nos radargramas, são características de zonas que apresentam baixa resistividade (Almeida 2007, Marques 2007). Isso pode estar associado ao estado de biodegradação do local contaminado. Sauk 2000 e Cassidy 2001 relacionam esse aumento da condutividade com a produção de ácidos orgânicos e carbônicos pelas bactérias presentes no solo durante a biodegradação dos hidrocarbonetos. A produção desses ácidos ocasiona uma redução do ph, levando a lixiviação do soluto e do próprio grão, aumentando a concentração de sólidos totais, e dessa forma provocando um incremento da condutividade. A contaminação pode reduzir a resistividade do solo em até 75% provocando um contraste na resposta do sinal entre as áreas impactadas e as não impactadas. (Shevnin et al 2003, Pedrosa 2007). Atekwana et al 2000 e Moreira, Dourado 2007 e Pedrosa 2006 encontraram respostas semelhantes, associando as zonas de baixa resistividade e conseqüente atenuação do pulso com a presença de derivados do petróleo. Nas seções GPR obtidas no posto do Tigre, além de ser encontrada uma zona de atenuação do sinal que pode ser visualizada na figura 15 entre a linha tracejada e a profundidade de três metros, também é possível identificar, no perfil zonas que apresentam uma alta reflexão. Essas zonas são representadas por duas linhas finas de alta reflexão (figura14) que estão nas profundidades de 2 metros e que se repete novamente na profundidade de 2,5m, provavelmente 35

36 essas duas zonas estão separas por uma camada de solo impermeável.em outra seção realizada no Posto do Tigre (figura 15) é possível verificar a presença de outra zona de alta reflexão nos últimos 40 metros do perfil, nesse local possivelmente encontra-se algum reservatório que pode estar ocasionando um vazamento, uma vez que os tanques de armazenamento desse revendedor já foram trocados por tanques apropriados. A presença dessas zonas de alta reflexão pode ser associada à presença de uma contaminação recente ou de composto que ainda não foi biodegradado. A presença da fase livre e dissolvida do LNAPL na água não irá causar atenuação no pulso (Castro e Branco 2003). Benson et al 1997 utilizando dois métodos geofísicos distintos detectou uma pluma de contaminação que apresentava alta resistividade. Benson, 1995 associa esse aumento da reflexão à presença de fluidos contaminados que possuam resistividade maior que a da água, indicando vazamento de hidrocarbonetos. Outra hipótese para a presença dessas zonas de alta reflexão é que a área do Posto do Tigre foi aterrada, e esse aterro pode ter sido feita com materiais com alta resistividade e que foram bem compactadas ( formando lentes) contrastam com o meio que é menos resistivo, hipótese que poderia ser confirmada através da realização de furos de sondagem. Nos perfis analisados de todos os postos de abastecimento é possível visualizar uma forte refletor aos três metros de profundidade, podendo-se associar esse refletor ao nível freático. De acordo com Overmeeren 1994, isso é causado devido ao contraste entre as propriedades elétricas da zona saturada e não saturada. Outra assinatura encontrada nos perfis realizados nos postos Tigre, Machado e Pórtico foram os tanques de armazenamento, que são representados 36

37 nos radargramas por hipérboles, independentemente do tipo de combustível que ele armazena, podendo ser observados nas figuras 11 e 12 dos postos Machado e Pórtico respectivamente. Pedrosa 2006 usou essas informações como forma de parametrizar a profundidade dos dados. Nas seções GPR que foram realizadas no posto Marinha não foi detectado a presença de tanques de armazenamento, o que pode ter sido removido depois que o posto parou de funcionar. 10. Conclusão Através das análises dos perfis obtidos conclui-se que o método GPR é eficiente ferramenta que pode ser utilizado na detecção de plumas de contaminantes em subsuperfície. Sendo uma técnica rápida, de fácil aplicação e de baixo custo. O uso da antena de 500mhz mostrou-se mais eficiente que a antena de 250mhz. Nos perfis obtidos com essa antena as imagens apresentaram-se mais detalhadas e com maior facilidade na interpretação dos dados. A diminuição da resistividade pode indicar que na área estudada pode estar ocorrendo um processo de atenuação natural. Sendo assim, a degradação dos hidrocarbonetos pela ação de bactérias juntamente com um aumento na quantidade de sólidos totais dissolvidos, irá refletir no aumento da condutividade do meio. Através da interpretação dos radargramas obtidos, é possível classificar os postos Poórtico, Machado e Marinha, como sendo suspeitos de terem causado contaminação. As anomalias de alta reflexão, encontradas no perfil realizado no Posto do Tigre, podem atribuídas principalmente a presença de material de aterro bem compactado. 37

38 Como o GPR é um método de investigação indireto, a realização de furos de sondagem e análises hidrogeoquímicas podem ser usadas como forma de complementar e quantificar os dados obtidos com o Georadar. 11. Recomendações Medidas preventivas, como o monitoramento constante através de métodos geofísicos, podem ser adotadas como forma de evitar possíveis vazamentos e os danos subseqüentes que eles podem causar ao meio ambiente e a população. Essas medidas devem ser atreladas a uma fiscalização mais eficiente por parte do órgão ambiental competente, de acordo com a legislação ambiental vigente. 12. Referencias Bibliográficas Agência Nacional de Águas ANA. Panorama da qualidade das águas no Brasil. Brasília DF p. Agencia Nacional de Petróleo Gás natural e Bicombustíveis. Vendas, pelas Distribuidoras, dos Derivados Combustíveis de Petróleo (metros cúbicos). Disponível em < _m3.xls> acessado em novembro de Agencia Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis. Volume de Combustíveis Automotivos Comercializados por Município no Ano de Disponível em mbustiveis_2006.pdf> acessado em novembro de Almeida ET. Contaminação por Hidrocarbonetos em Postos de Serviço de Abeatuba-PA: Um Estudo de Caso com Georadar.. 4o PDPETRO, Campinas- SP Atekwana, EA. et al. Investigations of Geoelectrical Signatures at a Hydrocarbon contaminated Site. Journal of Applied Geophysics 44 _

39 Benson,AK. Applications of ground penetrating radar in assessing some geological hazards: examples of groundwater contamination, faults, cavities. Journal of Applied Geophysics 33 (1995) Benson et al. Mapping groundwater contamination using dc resistivity and VLF geophysical methods A case study. GEOPHYSICS, VOL. 62, NO. 1 (JANUARY-FEBRUARY 1997); P , 8 FIGS., 3 TABLES. Cassidy et al. The Effects of LNAPL Biodegradation Products on Electrical Conductivity Measurements. Journal of Environmental and Engineering Geophysics. V 6, n 1, p47-52, 2001 Castro, LC. ; Branco, RMGC. 4-D Ground Penetrating Radar Monitoring of a Hydrocarbon Leakage Site in Fortaleza (Brazil) During its Remediation Process: A Case History. Journal of Applied Geophysics 54 (2003) Coseuil, XH; Marins MM. Contaminação de águas subterrâneas por derramamento de gasolina: O problema é grave? Revista Engenharia Sanitária e Ambiental, v.2, n.2, p.50-54, 1997 Corseuil, XH; Marins MM, Efeitos causados pela Mistura de gasolina e alcool em contaminações em água subterrânea. [ Bol. téc. PETROBRAS, Rio de Janeiro, 41 (3/4): , jul./dez. 1998] Corseuil, H.X. Enhanced Degradation of Monoaromatic Hydrocarbons in SandyAquifer Materials by Inoculation Using Biologically Active Carbon Reactors. PhD dissertation, Ann Arbor, MI, EUA, apud Coseui, XH; Marins MM Costa, A.F.U; Azambuja, E; Nanni, A.S. Métodos elétricos aplicados na detecção da contaminação do subsolo provocada por combustíveis: sete casos estudados no Rio Grande do Sul. Int. Conference on geofisics. Rio de Janeiro, 1999 (SBGf-250). CONAMA nº 273, de 29 de novembro de O Conselho nacional de Meio Ambiente no uso das competências que lhe foram conferidas pela Lei nº 6.938, de 31 de agosto de 1981, regulamentada pelo Decreto nº , de 6 de julho de 1990, e tendo em vista o disposto na Resolução CONAMA nº 273, de 29 de novembro de 2000 e em seu Regimento Interno, e considerando que toda instalação e sistemas de armazenamento de derivados de petróleo e outros combustíveis, 39

40 configuram-se como empreendimentos potencialmente ou parcialmente poluidores e geradores de acidentes ambientais Daniels, JJ et al. Ground penetrating radar for the detection of liquid contaminants. Journal of Applied Geophysics 33 (1995) Daniels,JJ Ground Penetrating Radar Fundamentals. Disponível em < acessado em setembro de Ferreira et al. Comportamento da Gasolina com Etanol (E-20) e da Gasolina Pura Após a Simulação de um Vazamento em Colunas de Laboratório. Revista do Instituto de Geociências USP, v. 4, n. 2, p , outubro Forte, EJ. et al. Contaminação de Aqüífero por Hidrocarbonetos: Estudo de Caso na Vila Tupi, Porto Velho- Rondônia Quim. Nova, Vol. 30, No. 7, , 2007 INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Pesquisa Nacional de Saneamento Básico. [Rio de Janeiro, RJ: IBGE, 2002] Disponível em: nsb/pnsb.pdf>. Acesso em: outubro de Knight, R. Graund Penetrating Radar for Enviromental Apllications.Annu. Rev. Earth Planet. Sci.29:229 55, Mancini, MA. Métodos de caracterização de áreas potencialmente contaminadas por hidrocarbonetos de petróleo. Rio Claro SP, p. [Trabalho de Formatura,UNESP]. Malamud, EST. et al. Avaliação da Atenuação Natural do Contaminantes BTEX e Etanol em um Derramamento Controlado de Gasolina Através do Balanço de Massa. 23º Congresso Brasileiro de Engenharia Sanitária e Ambiental Marques, SG. Metodologia geofísica para contaminação por hidrocarbonetos estudos de casos em postos de combustível. São Paulo-SP, p. [Dissertação de mestrado, instituto de geociências- USP]. Martins L.R. Relações texturais das areias da zona costeira do Rio Grande do Sul. Gravel, ISSN N 4, Ministério do Meio Ambiente. Programa de Águas Subterrâneas. [Brasília, DF: MMA 2001] Disponível em < Acesso em julho de

41 MINISTÉRIO DA SAÚDE. PORTARIA N.º 1469, DE 29 DE DEZEMBRO DE Estabelece os procedimentos e responsabilidades relativos ao controle e vigilância da qualidade da água para consumo humano e seu padrão de potabilidade, e dá outras providências Moreira, A.C. ; Dourado, J.C. Monitoramento da Atenuação Natural de Pluma de Contaminação Pelo Método Radar de Penetração do Solo (GPR). Revista Brasileira de Geofísica, Vol. 25(4), Olhoeft, G R. ELECTRICAL, MAGNETIC, AND GEOMETRIC PROPERTIESTHAT DETERMINE GROUND PENETRATING RADAR PERFORMANCE. in Proc. of GPR 98, Seventh Int l. Conf. on Ground Penetrating Radar, May 27-30, 1998, The University of Kansas, Lawrence, KS, USA, p Oliveira et al. Efeitos da variação do nível d água em fase livre de gasolina pura e de gasolina com etanol. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE ÁGUAS SUBTERRÂNEAS, 10., São Paulo, Resumos... São Paulo: ABAS, p. 10 apud Ferreira et al 2004 Overmeeren, RA. Georadar for Hydrogeology. FIRST BREAK VOL 12, N 8, AUGUST 1994/401. Pedroza, RMAM; Castro, LC; Branco, RMGC. Caracterização de plumas contaminantes de hidrocarbonetos em postos de abastecimento em Fortaleza, usando o método Radar de Penetração do Solo (GPR). Revista de Geologia, Vol. 19, nº 1, 73-86, Sauck, WA. A Model for the Resistivity Structure of LNAPL Plumes and their Environs in Sandy Sediments. Journal of Applied Geophysics 44 _ Silva, RLB. et al. Estudo da Contaminação de Poços Rasos por Combustíveis orgânicos e Possíveis Conseqüências para a Saúde Pública Município de Itaguaí, Rio de Janeiro, Brasil. Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, 18(6): , nov-dez, Souza, MM. Uso de georadar pra investigações ambientais. Rio de Janeiro, p.[ Dissertação de mestrado, PUC-Rio].Tiburtius et al. Degradação de BTXS via processos oxidativos avançados. Quim. Nova, Vol. 28, No. 1, 61-64,

42 US.EPA. Geophysical Exploration for Engineering and Environmental Investigations. Disponível em < Acessado em outubro de Villwock, JA. et al Geology of The Rio Grande do Sul Coastal Province. In: Rabassa, J. (ed.) Quaternary of South America and Antartic Peninsula, 4: apud Villwock et al, 2007 Evolução Geológica da Planície Costeira do Rio Grande do Sul: Uma Síntese do Quaternário no Rio Grande do Sul.. hevnin et al. Oil pollution detection using resistivity sounding. Geofísica Internacional (2003), Vol. 42, Num. 4, p

43 13. Anexos Perfis GPR realizados no Posto Machado Perfil 1 realizado com antena de 500MZh Perfil 1 realizado com antena de 250MZh 43

44 Perfil 2 realizado com antena de 500 MHz Perfil 2 realizado com antena de250mhz 44

45 Perfil 3 realizado com antena de 500MHz Perfil 3 realizado com antena de 250MHz 45

46 13.2. Perfis Realizados no Posto Marinha Perfil 1 realizado com antena de 250MHz Perfil 1 realizado com antena de 500MHz 46

47 Perfil 2 realizado com antena de 250MHz Perfil 2 Realizado com antena de 500MHz 47

48 Perfil 3 realizado com antena de 250MHz Perfil 3 realizado com antena de 500MHz 48

49 Perfil 4 realizado com antena de 250MHz Perfil 4 realizado com antena de 500MHz 49

50 Perfil 5 realizado com antena de 250MHz Perfil 5 realizado com antena de 500MHz 50

51 13.3. Perfis realizados no Posto do Pórtico Perfil 1 Realizado com antena de 250MHz Perfil 1 realizado com antena de 500MHz 51

52 Perfil 2 realizado com antena de 250MHz Perfil 2 realizado com antena de 500MHz 52

53 Perfil 3 realizado com antena de 250MHz Perfil 3 realizado com antena de 500Mhz 53

54 Perfil 4 realizado com antena de 250MHz Perfil 4 realizado com antena de 500MHz 54

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