RECOMENDAÇÕES PARA O PROGRAMA DE MANEJO DE PRAGAS DA SOJA, SAFRA 1987/88, NA REGIÃO CENTRAL DO BRASIL 1/ (PR, MS, MT, RO, GO, DF, BA, MG, ES e RJ)-
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1 ".r (õ) EMPRESA BRASILEIRA DE PESQUISA AGROPECuARIA -EMBRAPA ~ Vinculada ao M;n;sté,;o da Agdeultu,a ~., CENTRO NACIONAL OE PESOUISA DE SOJA Rodovia Celso Gareia Cid - Km 75 Fones ( e 6-59 (PABXI Telex: (0 08 Cx. Postal Londrina -PR. NQ 9 - set/87-7p. RECOMENDAÇÕES PARA O PROGRAMA DE MANEJO DE PRAGAS DA SOJA, SAFRA 987/88, NA REGIÃO CENTRAL DO BRASIL / (PR, MS, MT, RO, GO, DF, BA, MG, ES e RJ)- Dentro da filosofia de manejo de pragas, os inseticidas representam um fator de segurança para a produção e devem ser utilizados apenas nas ações de e- mergência, quando a população de insetos-pragas se aproxima do nivel de dano econõmico. Deve-se ter sempre em mente que a aplicação de inseticida representa uma forte agressão ao ambiente e s~ e justificada quando a relação beneficio/risco ê altamente favor~vel ao uso de inseticida. A utilização do Programa de Manejo de Pragas com sucesso depende de v~rios fatores, dentre os quais a correta identificação das pragas e um rigoroso esquema de vigilância e amostragem da lavoura. Para tanto, recomenda-se consulta à Circular Têcnica n Q 5, do CNPSo. Estudos realizados durante v~rias safras, na regiao Central, mostramque os picos de ataque da lagarta da soja (Anticapsia gemmatalis) concentram-se entre 5 de dezembro a 5 de janeiro, enquanto que as maiores populações de percevejos são encontradas a partir de 5 de fevereiro. Os percevejos só causam danos econõmicos quando atingem uma determinada população, entre o desenvolvimento das vagens e a maturação fisiol~gica. Portanto, a sua presença na lavoura, antes da floraçã~ não deve preocupar os produtores. Os ataques da broca das axilas normalmente o- correm no periodo vegetativo da cultura, sendo sua incidência reduzida e restrita a determinadas regiões, como por exemplo, a região Sul do Estado do Paran~. O fungo Nomupaea pileyi, causador da doença branca, ataca v~rias espêcies de lagartas e tem ajudado muitos produtores a evitarem aplicações de inseticidas para controlar a lagarta da soja. Cabe lembrar, porêm, que este fungo ê extremamente dependente das condições do ambiente, sendo que, em periodos de seca a- centuada, sua eficiência ê bastante diminuida. Neste caso, sugere-se, como alternativa mais econômica do que os inseticidas, a utilização do' virus BacuLovipus anticapsia, causador da doença preta da lagarta da soja. A metodologia de uso de / ~ ~ ~ - Recomendaçoes aprovadas na X Reuniao de Pesquisa de Soja da Regiao Central (Dourados, 8 a 0 de julho de 987). 8ª edição tiragem: exemplares
2 COMUNICADO TÉCNICO ---, CT/9 - CNPSo - set.87 - p. B. anticarsia é muito simples e é muito importante que os extensionistas estimulem os produtores a dominarem o manuseio desta técnica como meio de controle de A. gemmatalis. Para maiores esclarecimentos, recomenda-se consulta ao Comunicado Técnico nº e ao folheto "Controle da lagarta da soja por Baculovirus", do CNPSo. Os inseticidas recomendados para a safra 987/88 foram selecionados de acordo com os critérios expostos na Tabela, através de testes realizados pelas instituições de pesquisa dos estados participantes. A recomendação foi feita para cada espécie de inseto considerada como praga de importância econõmica, evidencian do, novamente, a necessidade de proceder-se a uma correta identificação das espé= cies existentes na lavoura. Ocorrendo a incidéncia simultânea de duas ou mais espécies, deve-se optar pelo controle da espécie prodominante, se esta representar mais de 75% do total. Em caso contrário, recomenda-se utilizar inseticidas e doses qu~ tenham eficiéncia para ambas as espécies. Outros inseticidas, que não constam da recomendação, podem ser eficientes para uma ou mais espécies de pragas que atacam a soja. Entretanto, por não atenderem determinados pré-requisitos da filosofia do Programa de Manejo de Pragas, não são recomendados. É importante u- tilizar produtos de baixa toxicidade para inimigos naturais desde o inlcio do ciclo da soja, a fim de possibilitar o estabelecimento de uma população de agentes de controle natural adequada. O efeito sobre inimigos naturais é função do inseticida e especialmente da dose em que for utilizado, pois os resultados indicam que,aumentando a dose do inseticida, aumenta o impacto sobre suas populações. A toxicidade dos produtos, expressa como DL50 (dose letal média), foi obtida com base em diferentes fontes bibliográficas, conforme relação a seguir. Na Tabela, procurou-se colocar as principais formulações de cada inseticida recomendado para o controle das pragas da soja, podendo, no entanto, haver casos de o- missão involuntária. Armadilha luminosa Resultados das safras 98/8 e 98/8, obtidos em diferentes locais dos Estados do paraná e Rio Grande do Sul, mostram que o emprego da armadilha luminosa como método de controle da lagarta da soja não é eficiente. Assim sendo, não se recomenda o seu uso para esta finalidade. Aplicação aérea de Bacutovirue antiaareia Já existe tecnologia adequada para aplicações aereas de B. ant icars ia, empregando-se, como velculo, óleo de soja bruto ou refinado, ao invés de água. A quantidade de óleo de soja é 5L/ha, duplicando-se a dose do vlrus (00 lagartas e- quivalentes ou 0 gramas da formulação em pó molhável/hectare). O preparo do material deve ser feito batendo-se em liquidificador a quantidade de lagartas morta~ ou o pó, juntamente com o óleo de soja, e coando-se a calda obtida com tecido tipo gaze, no momento de transferl-la para o tanque do avião {caso a aplicação tenha i-
3 COMUNICADO TÉCNICO CT/9 - CNPSo - set.87 - p. nicio pela manhã, o preparo do material pode ser realizado durante a noite). Ajustar o ângulo da pá do "micronair" para 5 0, estabelecer a largura da faixa de deposição em 8m e voar a uma altura de -5m, a 05 milhas/hora, com velocidade do vento não superior a 0km/h. REFERÊNCIAS CAVERO, E.S. Manual de inseticidas e acaricidas; aspectos toxicológicos. Pelotas, Aimará, p. GALVÃO, D.M. Catálogo dos defensivos agr~coas. ed. Bras~lia, Minist~rio da A- gricultura, p. GALVÃO, D.M. Prevenção de acidentes no uso de defensivos. Bras~lia, Minist~rio da Agricultura, p. MEISTER, R.T. ed. Farm Chemicals handbook. Willoughby, Meister Pubishing, 980. n.p. THONSON, W.T. Agricultural chemicals; insecticides. Indianapois, Thomson Publications, 975. v.l. WISWESSEER, W.J. Pesticide index. Maryand, Entomological Society of America, p.
4 c COMUNICADO TÉCNICO CT/9 - CNPSo - set.87 - p. TABELA. Efeito sobre inimigos naturais, toxicidade para animais de sangue quente, classe toxicológica e índice de segurança dos inseticidas recomendados para o Programa de Manejo de Pragas, safra 987/88. Comissão de Entomologia, )Ç Reunião de Pesquisa de Soja da Região Central. Dourados, MS, 8 a 007/87. Inseticida ( g i.a I h a) Efeito sobre predª dores Toxicidade DL 50 O~I D~I Classe t~xicº logca- Índice de segurança~ 0~ D~I ) An t i.c a r e i a gemmatalis BacuLovirus anticarsia BaciLus thuringiensis Carbari Clorpirifós Di flubenzurom Fenitrotiom Fenvarelato Fosalone Monocrotofós Paratiom metílico Permetrina Profenofós Triazofós Triclorfom Tiodicarbe* ) Epinotia aporema Clorpirifós Fentoato ~etami d of o s Triazofós 5 O~I ~/ O > > > > ) Nezara viridula Dimetoato Fenitrotiom Triclorfom ) Piezodorus guildinii Carbari Triclorfom ) Euschistus heros Tr t c l o r f oru !/l= O - 0% de mortalidade; = - 0%; = - 60%; = 6-80%; 5 ~/o = oral; O = dermal. Af I = altamente toxico (DL50 oral = O-50); = medianamente toxico (DL 50 oral = 50 - ); = pouco tóxico (DL50 oral = - 0); = praticamente não tóxico (DL50 = > 0mg/kg) lnd i ce de segurança (.5. = 00 xdl50/dose dei.a.); considera o rlsco de t nt o x í a ç ao em funçao da formulação e quantidade de produto a ser manipulado; quanto menor o índice, menor a segurança. 5/ L. ( - - agarta~ eq~lva entes = 50 lagartas grandes mortas pelo proprio BacuLovirusl. aplicaçao aerea, seguir as orientações contidas no texto deste documento. 6/ 0 d'. - ose o proauto comercla. *0 período de carencia deste produto é 60 dias! 8-00%. Para
5 COMUNICADO TÉCNICO CT/9 - CNPSo - set.87 - p.5 TABELA. Nome t~cnico, dose do ingrediente ativo, principais nomes comerclals e suas ses, formulação e concentração dos inseticidas recomendados para o Programa Pragas, safra 987/88. Comissão de Entomologia, X Reunião de Pesquisa de Soja tral. Dourados, MS, 8 a 0/07/87. respectivas dode Manejo de da Região Cen Nome t~cnico Formulação e (g i.a/ha) Nome comercial (kg ou concentração do produto (g i. a/ k q ou ) comercial/ha) Registro SDSV (n9) ) Anticarsia gemmatalis Baculovirus Bacillus Carbari C orpi ri f o s Diflubenzurom Feni trotiom Fenvarelato Fosalone Monocrotofos Paratiom Permetrina Profenofos Tiocicarbp Triazofos Triclorfom anticarsia thuringiensis metilico Di pe Thuricide Hp Carvin 7,5 Sev in 8 F\j Sevimol 6 Carbaril 85 PM Agroceres Carbaril 80 Flow Defensa Carbion 85 Carbion 50 FW Lepi di n Lorsban 80 BR Lorsban 0 UBV Corpirifos 8CE Defensa O imi in Thiodan Thiodan UBV Endosulfan 5CE Defensa Folithion Fol ithi on UBV 00 Sumithion CE Sumithion UBV Sumicidin 0 CE Belmark 75 CE Belmark 0UBV Zolone Dimecron 50 Dimecron 000 Azodrin 0 Azodri n 7,5 UBV Nuvacron Núvacron 50 UBV BR Alacran BR Folido Fol i do l Pó,5% Parathion 60 E Nortox Pounce 8 CE Ambush CE Talcord 5 CE Curacron Larvin 50 RA Hostathion CE Dipterex 800 Dipterex Dipterex Pó 5 Triclorfon 50 Defensa Tri fona 50 S LE PM pr, 6xl09U.I. 6xl09U.I. Po 75 SC 80 SC 60 PM 850 SC 80 PM 850 SC SC 80 CE 80 übv 0 CE 80 PM 50 CE 50 UBV 50 CE 50 CE UBV 00 CE UBV 950 CE 00 C E 75 UBV 0 CE 50 CE CE 000 SOL UBV 75 SOL UBV 50 SOL CE P o 5 C E C E 8 CE CE 50 CE se 5C CE PS 800 SNAQC Po 5 SOL SOL 0, 0,, 0,0 0, 0,50 0, 0,50 0, 0,0 0,75 0,750 0,75 0,080 0, 0,700 0,,000,666,000 0,50 0,50 0,,000, 0, 0,50 0,75,000 0,75 0, 0,75 0,,000 O, J 0,00 0,00 0,060 0,50 0,00 0, 0, 6, d E ) Epinotia aporema C orpi ri f ó s Fentoato Metamidofos Lorsban 80 BR Lorsban 0 UBV Clorpirifos 8CE Defensa Cidial CE Cidial 0 LVC Tamaron BR Ortho Hamidop CE UBV CE CE UBV SNAqC SOL ,,000,00 0, 0, Triazofós Hostathion CE CE, 08 Continua...
6 COMUNICADO TÉCNICO CT/9 - CNPSo - set.87 - p.6 TABELA. Continuação Nome técnico Formulação e (kg ou Nome comercial concentração ( 9 i.ai ha) do produto (g i.a/kgou ) comercial/ha) Registro SDSV (n9 ) ) Nezara viridu~a Dimetoato 750 Dimetoato 50 CE Nortox CE, 05tll 750 Perfektion CE, Endosulfan 5 CE Defensa CE 50,5ú Thiodan CE 50, Thiodan UBV U BV 50 ; Fenitrotiom Folithion CE, Folithion UBV 00 UBV 00, Sumithion CE CE, Sumi t h t on UBV UBV 950 0, Dimecron CE, Dimecron 000 CE 000 0, 0058 Triclorfom 800 Dipterex 800 PS 800, Dipterex SNAaC, 0058ó 800 Dipterex Po 5 Pó 5, Triclorfon 50 Defensa SOL, Trifonal 50 S SOL, 0088 ) Piezadarus gui~dinii Carbari 85 Carvin 7,5 Pó 75, Sevin 8 FW SC 80, Sevimol 6 SC 60, Carbari 85 P~l Agroceres PM 850, Carbaril 80 Flow Defensa FW 80, Carbion 85 PM 850, Carbion 50 FI-! SC, Lepidin SC 80, Endosu lfan 5 CE Defensa CE 50, Thio.Jan CE 50, Thiodan UBV UBV 50, Dimecron CE, Dimecron 000 CE 000 0, 0058 Triclorfom 800 Dipterex 800 PS 800, Dipterex SNAqC, Dipterex Pó 5 Pó 5, Triclorfon 50 Defensa SOL, Trifonal 50 S SOL, ) Euschistus heras 50 Endosulfan 5 CE Defensa CE 50, Thiodan CE 50, Thiodan UBV UBV 50, 0888 Dimecron CE, Dimecron 000 CE 000 0, 0058 Triclorfom 800 Dipterex 800 PS 800, Dipterex SNAqC, Dipterex Pó 5 Pó 5, Triclorfon 50 Defensa SOL, Trifonal 50 S SOL, 00tl8
7 COMUNICADO TÉCNICO -----, CT/9 - CNPSo - set.87 - p.7 TABELA. Inseticidas recomendados para o controle de outras pragas na lavoura da soja, safra 987/88. Comissão de Entomo lo o í a, X Reunião depesquisa de Soja da Região Central. Dourados, MS, 8 a 0/07/87. Pragas Nome técnico (g i.a/ha) PseudopLusia includens (lagarta falsa-medideira) Carbaril Clorpirifós Paratiom metilico HedyLepta indicata (lagarta enroladeira) Clorpirifós Fenitrotiom Triazofós 80 SpodopteY'a ey'idania Clorpirifós 80 (lagarta das vagens) DicheLops spp. Triclorfom 800 (percevejo catarina) CaLiothY'ips phaseoli, Acefato FY'anckLinieLLa Y'odeos, Malatiom 800 F. schultzei Metamidofós 50 (tripes) SteY'nechus subsignatus Clorpirifós 80 (tamanduá da soja ou Metidatiom bicudo da soja) Pr cf e n o fb s
8 IMPRESSO (C)) EMPRESA BRASil EI RA DE PESOUISA AGROPECUAR IA - EMBRAPA Vinculada ao Ministério da Agricultura CENTRO NACIONAL DE PESQUISA DE SOJA-CNPSo ~ Rodovia Celso Garcia Cid, km 75 - Fones: 6-59 e 6-97 Telex (0)08 - Cx. Postal Londrina - PR
RECOMENDAÇÕES PARA O PROGRAMA DE MANEJO DE PRAGAS DA SOJA, SAFRA 1987/88, NA REGIÃO CENTRAL DO BRASIL 1/ (PR, MS, MT, RO, GO, DF, BA, MG, ES e RJ)-
ros EMPRESA BRASILEIRA DE PESQUISA AGROPECuARIA ~ Vinculada ao Ministério da Agricultura ~., NTRO NACIONAL DE PESQUISA DE SOJA Rodovia Celso Gareia Cid. Km 75 Fones (0) 6 97 e 6 59 (PABX) Telex: (0) 08
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(i) EMPRESA BRASILEIRA DE PESQUISA AGROPECUARIA -EMBRAPA ~ vlnculeda ao M;n;,té,;o da Ao,;cul,",a ~., NTRO NACIONAL DE PESQUISA DE SOJA Rodovia Celso Garota Cid. km Fone" (0-9 e -979 (PA8XI Tele" (0 08
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