RECOMENDAÇÕES PARA O PROGRAMA DE MANEJO DE PRAGAS DA SOJA, SAFRA 1986/87, NA REGIÃO CENTRAL DO BRASIL 1/ (PR, MS, MT, RO, GO, DF, BA, MG, ES E RJ)-
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1 (i) EMPRESA BRASILEIRA DE PESQUISA AGROPECUARIA -EMBRAPA ~ vlnculeda ao M;n;,té,;o da Ao,;cul,",a ~., NTRO NACIONAL DE PESQUISA DE SOJA Rodovia Celso Garota Cid. km Fone" (0-9 e -979 (PA8XI Tele" (0 08 Caixa Postal Londrina - PR Nº 8 - out.86 - p.-7 RECOMENDAÇÕES PARA O PROGRAMA DE MANEJO DE PRAGAS DA SOJA, SAFRA 986/87, NA REGIÃO NTRAL DO BRASIL / (PR, MS, MT, RO, GO, DF, BA, MG, ES E RJ)- Dentro da filosofia de manejo de pragas, os inseticidas representam um fator de segurança para a produção e devem ser utilizados apenas nas ações deemergência, quando a população de insetos-pragas se aproxima do nlvel de dano econômico. Deve-se ter sempre em mente que a aplicação de inseticida representa uma forte agressao ao ambiente e so e just;ficada quando a relação beneficio/risco é altamente favorável ao uso de inseticida. A utilizaç~o do Programa de Manejo de Pragas com sucesso depende de varios fatores, dentre os quais a correta identificação das pragas e um rigoroso esquema de vigilância e amostragem da lavoura. Para tanto, recomenda-se consulta a Circular Técnica nº 5, do CNPSo. Estudos realizados durante várias safras, na regiao Central, mostram que os picos de ataque da lagarta da soja (AnticaY'sia gemmatalis) concentram-se entre 5 de dezembro a 5 de janeiro, enquanto que as maiores populações de percevejos são encontradas a partir de 5 de fevereiro. Os percevejos só causam danos econômicos quando atingem uma determinada população, entre o desenvolvimento das vagens e a maturação fisiológica. Portanto, J sua presença na lavoura, antes da / _ - Recomenda~oes aprovadas na IX Reuniao de Pesquisa de Soja da Regiao Central (Goi~nia, 6 a 9 de agosto de 986). Tiragem: ~.OOO exemplares
2 -" CT/8 - CNPSo - out.86 - p. floração, não deve preocupar os produtores. Os ataques da broca das axilas normalmente ocorrem no periodo vegetativo da cultura, sendo sua incidência reduzida e restrita a determinadas regiões, como por exemplo, a região Sul do Estado do Par ana. O fungo Nomura:a rileyi, que ataca varias especies de lagartas, causando a doença branca, tem ajudado muitos produtores a evitarem aplicações de inseticidas para controlar a lagarta da soja. Cabe lembrar, porém, que este fungo é extremamente dependente das condições do ambiente, sendo que, em periodos de seca acentuada, sua eficiência é bastante diminuida. Neste caso, sugere-se, como alternativa mais econômica do que os inseticidas, a utilização do virus BacuLovirus anticarsia, causador da doença preta da lagarta da soja. A metodologia de uso de B. anticarsia é muito simples e, na fase atual, é muito importante que os extensionistas estimulem os produtores a dominarem o manuseio desta técnica como meio de controle de A. gemmatalis. Para maiores esclarecimentos, recomenda-se consulta ao Comunicado Técnico nº, do CNPSo. O~ inseti cidas recomendados para a safra 986/87 foram se eci onados de acordo com os critérios expostos na Tabela, através de testes realizados pelas instituições de pesquisa dos estados participantes. A recomendação foi feita para cada espécie de inseto considerada como praga de importância econômica, evidenciando, novamente, a necessidade de proceder-se a uma correta identificação das espécies existentes na lavoura. Ocorrendo a incidência simultânea de duas oumais espécies, deve-se optar pelo controle da espécie predominante, se esta representar mais de % do total. Em caso contrário, recomenda-se utilizar inseticidas e doses que tenham eficiência para ambas as espécies. Outros inseticidas, que nao - constam da recomendação, podem ser eficientes para uma ou mais espécies de pragas que atacam a soja. Entretanto, por não atenderem determinados pré-requisitos da fil osofi a do Programa de Manejo de Pragas, não são recomendados. É importante utilizar produtos de baixa toxicidade para inimigos naturais deste o inicio do ciclo da soja, a fim de possibilitar o estabelecimento de uma população de agentes de controle natural. O efeito sobre inimigos naturais é função do inseticida
3 CT/8 - CNPSo - out.86 - p. e especialmente da dose em que foi utilizado, pois os resultados indicam que aumentando a dose do inseticida, aumenta o impacto sobre suas populações. A toxicidade dos produtos, expressa como DL50 (dose letal média), foi obtida com base em diferentes fontes bibliográficas, conforme relação a seguir. Na Tabela, procurou-se colocar as principais formulações de cada inseticida recomendado para o controle das pragas da soja, podendo, no entanto, haver casos de omissao involuntária. Armadilha luminosa Resultados das safras 98/8 e 98/8, obtidos em diferentes locais dos Estados do paraná e Rio Grande do Sul, mostram que o emprego da armadilha luminosa como método de controle da lagarta da soja não é eficiente. Assim sendo, não se recomenda o seu uso para esta finalidade. REFERÊNCIAS CAVERO, E.S. Manual de inseticidas e acaricidas; aspectos toxicológicos. Pelotas, Aimará, p. GALVÃO, D.M. Catálogo dos defensivos agrlcolas. ed. Brasllia, Ministério da agricultura, p. GALVÃO, D.M. Prevenção de acidentes no uso de defensivos. Brasllia, Ministério da Agricultura, p. MEISTER, R.T. ed. Farm chemicals handbook. Willoughby, Meister Publishing, 980. n.p. THONSON, W.T. Agricultural chemicals; insecticides. Indianapolis, Thomson Publications, 9. v.l. WISWESSEER, W.J. Pesticide index. Maryland, Entomological Society of America, p.
4 CT/8 - CNPSo - out.86 p. TABELA. Efeito sobre inimigos naturais, toxicidade para animais de sangue quente, classe toxicológica e indice de segurança dos inseticidas recomendados para o Programa de Manejo de Pragas, safra 986/87. Comissão de Entomologia, IX Reunião de Pesquisa de Soja da Região Central. Goiãnia, GO, 6 a 9/08/86. Inseticida. ) Anticarsia gemmatatis Bacu lovirus ant icars ia Baci l ue thuringiensis Carbari Oiflubenzurom Fenvarelato Fosalone Monocrotofós me t i lico Permetrina Profenofós Triazofós ( g i. a / h a) 5 ~/ Efeito sobre inimigos l / n a t u r a í s- Toxicidade OL Classe t? xicq / l o q i c a- Índice de segurança/ ) Epinotia aporema * Fentoato Metamidofós metilico* Monocrotofos* Triazofos ) Nezara viridula Oimetoato metilico* ) Piezodorus guildinii Carbari ) Euschistus heras met il i c o= !/l= O - 0% de mortalidade; = - 0%; = - 60%; 6-80%; %. ~/O = oral; O = dermal. ~/l = altamente tóxico (OL50 oral = O - 50); = medianamente tóxico (OL 50 oral = 50 - ); = pouco tóxico (OL 50 oral = - 0); = praticamente não tóxico (OL50 = > 0mg/kg). ~/Índice de segurança (l.a.=00xol50/dosedei.a.); considera o risco de intoxicação em função da formulação e quantidade de produto a ser manipulado; quanto menor o indice, menor a segurança. ~/Lagartas equivalentes (= 50 lagartas grandes mortas pelo próprio BacuZovirus). ~/oose do produto comercial. *Estes inseticidas serão retirados da Tabela de Recomendação, no ano agricola 987/88.
5 CT/8 - CNPSo - out.86 - p.5 TABELA. Nome técnico, dose do ingrediente ativo, principais nomes comerciais e suas respectivas doses, formulação e concentração dos inseticidas recomendadcs para o Programa de Manejo de Pragas, safra 986/87. Comissão de En t omo loqi a, IX Reunião de Pesquisa de Soja da Região Central. Goiânia, GO, 6 a 9/08/86. Nome técnico Nome comercial (g i.a/ha) ) Anticarsia gemmatalis BacuZovirus anticarsia. Baci t tus thuringiensis Carbari C0rpirifós Difubenzurom Endossufam Fenvareato Fosa0ne Monocrotofôs Ometoa to * Permetrina Profenofôs Triazofôs Tric0rfom metiico ) Epinotia aporema C0rpirifôs * Fentoato Metamidofôs Monocrotofôs* Triazofôs metiico* Dipel Thuricide Hp Carvin 7,5 Sevi n 8 FI, Sevimol 6 Carbaril 85 PM Agroceres Carbari 80 Flow Defensa Carbion 85 Carbion 50 FW Lepidi n Lorsban 80 BR Lorsban 0 Clorpirifôs 8 Defensa O imi in Endosufan 5 Defensa Foithion Foithion 00 Sumithion Sumithion Sumicidin 0 Bemark Belmark Zolone Dimecron 50 Dimecron 000 Azodrin 0 Azodrin 7,5 Nuvacron Nuvacron 50 BR Alacran BR Fol ido Fol idol Pó,5% Parathion 60 E Nortox Folimat 000 CS Pounce 8 Ambush Tacord 5 Curacron Hostathion Dipterex Tricorfon 50 Defensa Tri fona 50 S Lorsban 80 BR Lorsban 0 C0rpirifôs 8 Defensa Foithion Foithion 00 Sumithion Sumithion Cidia Cidia 0 LVC Tamaron BR Ortho Hamidop Fo ido Folido Pó,5% Parathion 60 E Nortox Azodrin 0 Azodrin 7,5 Nuvacron Nuvacron 50 BR Aacran BR Hostathion Formulação e concentração (gi.a/kgoul) LE PM 6x09U.!. PI~ 6x09U.!. Pô FW PM FW 80 PM FW PM C E U BV 50 Pô PS S U8V Pô ( k 9 ou do produto comercial/ha) 0, O,50'j, 0,0 0, 0,50 0, 0,50 0, 0,0 0. 0, 0, 0,080 0, 0,700 0,,000,666,000 0,50 0,50 0,,000, 0, 0,50 0,,000 0, 0, 0, 0,,000 0, 0, 0,00 0,00 0,060 0,50 0, 0, 0, 0, 0, 0,, 0,,000,,000,050,000,00 0, 0, 0,,000 0,,50 6,,50,000,50, Registro SDSV (n9 ) tl ~ OH! Continua...
6 CT/8 - CNPSo - out.86 - p.6 TABELA. Continuação. ---~ Nome tecnico Formulação e (g i.a/ha) Nome comercial concentração (kg ou I (g i. ai k g ou do produto I) comercial/ha) Registro SDSV (n9 ) ) Nezara viridula Dimetoato Monocrotofãs* Dmetoato* metllico* ) Piezadarus guildinii Carbari I Monocrotofãs* Ometoa to * 5) Eusehistus heras Endos su lfam Monocrotofãs* me t Tl ico* Dimetoato 50 Nortox Perfektion Endosulfan 5 Defensa Folithion Folithion 00 Sumithion Sumithion Dimecron Dimecron 000 Folidol Folidol Pó,5% Parathion 60 E N~rtox Azodrin 0 Azodrin 7,5 Nuvacron Nuvacron 50 BR Alacran BR Folimat 000 CS Dipterex Triclorfon 50 Defensa Trifonal 50 S Carvin 7,5 Sevin 8 FW Sevimol 6 Carbaril 85 PM Agroceres Carbaril 80 Flow Defensa Carbion 85 Carbion 50 FW Lepidin Endosulfan 5 Defensa Dimecron Dimecron 000 Azodrin 0 Azodrin 7,5 Nuvacron Nuvacron 50 Alacran BR Foi imat Dipterex Triclorfon 50 Defensa Trifonal 50 S Endosulfan 5 Defensa Dimecron Dimecron 000 Azodrin 0 Azodrin 7,5 Nuvacron Nuvacron 50 Alacran BR Foi i do l Foi i dol Pó,5% Parathion 60 E Nortox Folimat 000 CS Dipterex Triclorfon 50 Defensa Trifonal 50 S pã PS S Pó FW PM FW PM FW PS S Pó PS S , I,8,,,000,000 I,666,000 0,50 I, 0, 0,,000 0, 0,,666 0, 0, 0, 0,,000 I,,,,000 I,666, I,000 I,666,000,,666,50 I,50 I, I, 0, I,,66 O 0, 0, 0, 0, I,000 I, I, I,,000,000, I, 0, I,,660 0, 0, 0, 0,,000 0, 0,,000 I,,, 05!l B B OI O Bal *Estes inseticidas serao retirados da Tabela de Recomendação, no agrícola 987/88.
7 ----. CT/8 - CNPSo - out.86 - p.7 TABELA. Inseticidas recomendados para o controle de outras pragas na lavoura da soja, safra 986/87. Comissão de Entomologia, IX Reunião de Pesquisa de Soja da Região Central. Go i a ni a, GO, 6 a 9/08/86. Pragas Nome técnico (g i.a/ha) PseudopLusia includens (lagarta falsa-medideira) HedyLepta indicata (lagarta enroladeira) Spodoptera eridania (lagarta das vagens) Carbaril Metomil* metilico Monocrotofõs* Clorpirifõs met,lico* Triazofós Clorpirifõs Monocrotofõs* Di ch e l o p e spp. (percevejo catarina) metilico* CaLiothrips phaseoli, FranckLinieLLa rodeos, F. e ch u l t z e i: (tripes) Sternechus subsignatus (tamanduá da soja ou bicudo da soja) Acefato Malatiom Metamidofós Deltametrina* Metidatiom metilico* Monocrotofõs'é Profenofós ,5 *Estes inseticidas serão retirados da Tabela de Recomendação, no ano agrlcola 987/88.
RECOMENDAÇÕES PARA O PROGRAMA DE MANEJO DE PRAGAS DA SOJA, SAFRA 1987/88, NA REGIÃO CENTRAL DO BRASIL 1/ (PR, MS, MT, RO, GO, DF, BA, MG, ES e RJ)-
ros EMPRESA BRASILEIRA DE PESQUISA AGROPECuARIA ~ Vinculada ao Ministério da Agricultura ~., NTRO NACIONAL DE PESQUISA DE SOJA Rodovia Celso Gareia Cid. Km 75 Fones (0) 6 97 e 6 59 (PABX) Telex: (0) 08
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".r---------------------------------------. (õ) EMPRESA BRASILEIRA DE PESQUISA AGROPECuARIA -EMBRAPA ~ Vinculada ao M;n;sté,;o da Agdeultu,a ~., CENTRO NACIONAL OE PESOUISA DE SOJA Rodovia Celso Gareia
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