Características tecnológicas e mostruário de madeiras

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1 Faculdade de Ciências Universidade do Porto Características tecnológicas e mostruário de madeiras Unidade curricular: Silvicultura Geral 14 de outubro de 2013 Realizado por: Ana Rita Meira Ricardo Jorge Simões 1

2 Características tecnológicas e mostruário de madeiras Introdução Conhecendo as características de cada madeira é possível selecionar as tecnologias de transformação mais adequadas, rentabilizar os processos de trabalho e fazer uma escolha fundamentada da madeira que melhor se ajusta ao objetivo pretendido. As diferenças de propriedades traduzem-se em distintas utilizações preferenciais para cada madeira, seja pelo aspeto estético, durabilidade, resistência ou comportamento em serviço. O conhecimento e avaliação das características físicas, químicas, mecânicas e tecnológicas da madeira de determinada espécie poderá ter um impacto importante junto da indústria deste sector, potenciando o seu melhor uso e qualidade. Caracterização das madeiras e suas propriedades A caracterização da madeira faz-se através da descrição dos aspetos estruturais e da anatomia ao nível macro e microscópico (Santos, 2005). No entanto, a caracterização apenas fica completa fazendo referência às características químicas, físicas, mecânicas e tecnológicas da madeira (Carvalho, 2006). As características tecnológicas, objeto deste trabalho, serão abordadas, com maior detalhe, em secção própria. De forma sucinta, os aspetos estruturais são descritos a partir de uma secção transversal, observando a disposição e coloração do cerne e do borne, as camadas de crescimento e a textura (Santos, 2005). Na análise anatómica descrevem-se, entre outras estruturas, os vasos, os traqueídos, as fibras e os raios (Santos, 2005). As características químicas estão relacionadas com a forma como os principais elementos químicos presentes na madeira carbono, hidrogénio, oxigénio e azoto se combinam para formar os principais constituintes orgânicos celulose, hemicelulose e lenhina. Para além destes compostos encontramos, também, as substâncias designadas por extrativos terpenos, resinas, polifenóis, taninos, óleos, gomas e compostos aromáticos. A presença de extrativos é mais significativa no cerne e na casca. Estas substâncias, quando tóxicas, conferem proteção contra a degradação biológica (Santos, 2005). As características físicas e mecânicas são o reflexo dos aspetos anatomo-estruturais e das características químicas (Santos, 2005). 2

3 Características físicas: densidade, d=, de uma forma geral as madeiras mais densas são mais resistentes; retração, consiste na redução das dimensões de um provete após a perda de água, estando na origem das deformações e empenos que ocorrem durante a secagem; teor em água,, em que m1 é a massa inicial do provete e m2 a massa do provete completamente seco. Características mecânicas: tração paralela e transversal e compressão paralela e transversal. São obtidas através da razão ; dureza, é uma medida da resistência à entrada de corpos estranhos. Uma forma empírica de avaliar a dureza é a apreciação da facilidade de riscagem com a unha. As madeiras duras são mais difíceis de trabalhar, exigem máquinas com maior potência; flexão estática e dinâmica. Na flexão estática a carga é aplicada progressivamente e na dinâmica a carga é aplicada repentinamente. Características tecnológicas Conhecendo as características tecnológicas é possível prever o comportamento de uma determinada madeira durante os processos de transformação, preparação e laboração. Nesta secção essas características são referidas pela ordem cronológica em que as operações se sucedem. Conversão/transformação Consiste no corte do fuste e separação da casca, através de ferramentas manuais ou mecânicas, definindo elementos ou criando clivagens ou fissurações orientadas. Estas operações transformam um sólido, o tronco da árvore, que à partida tem uma forma semelhante a um cone, num sólido paralelepipédico, isto é, transformam-se os troncos em pranchas através da toragem, separação da casca e serragem. 3

4 Sendo a madeira um material anisotrópico, possui planos de corte mecânico distintos que correspondem a cortes ortogonais ou periféricos (Carvalho, 1996). No corte ortogonal, o fio da superfície de corte é perpendicular à direção de deslocamento da máquina ou ferramenta e a superfície obtida é um plano paralelo à superfície original. O corte periférico envolve a remoção de porções de lenho sob a forma de aparas individuais por ação de sucessivas passagens de órgãos cortantes (facas ou dentes) instaladas na periferia de um cabeçote (Néri, 1999). No corte ortogonal é possível distinguir três direções principais de corte: Direção principal 90-0 paralela ao fio o gume da ferramenta forma com o fio da madeira um ângulo de 90⁰, e o vetor de deslocamento da ferramenta forma um ângulo de 0⁰ com o fio; Direção principal 0-90 perpendicular ao fio o gume da ferramenta forma com o fio da madeira um ângulo de 0⁰ mas o vetor do movimento é perpendicular ao fio; Direção principal perpendicular ao fio quer o gume quer o vetor de deslocamento da ferramenta formam um ângulo de 90⁰ com o fio. Preparação Os produtos resultantes da conversão/transformação sofrem intervenções de forma a cumprirem com as exigências necessárias às etapas de processamento subsequentes, ou utilizações a que se destinam. Na preparação da madeira destacam-se a secagem, processo de redução do teor de água da madeira, as técnicas de proteção da madeira contra a biodegradação - a conservação, e impregnação e as técnicas que visam impedir a dessecação. No momento de abate da árvore a madeira apresenta um teor extremamente elevado de água e, habitualmente, diz-se que a madeira está verde. Quando se expõe uma peça de madeira ao ar ela vai gradualmente perdendo peso, ocorrendo, numa primeira fase, a evaporação da água livre. Com a continuação do processo de secagem ocorre a perda de água que satura as paredes celulares, atingindo-se o ponto de saturação das fibras. Esta fase é crucial pois, a partir deste ponto, existem condições para que ocorram fenómenos de retração e possíveis deformações e empenos (Carvalho, 1996). Com a continuação da secagem espera-se atingir a humidade de equilíbrio, em que a humidade da madeira e do ambiente são próximas. Fig 1 Principais tipos de corte ortogonal (Neri,1990) 4

5 A secagem pode ser feita ao ar ou em câmaras de secagem, com humidade e temperatura controladas. Comercialmente as madeiras consideram-se secas quando o seu teor de água ronda os 18-22%. No que concerne à conservação e preservação, importa referir que a conservação se foca no risco de degradação da madeira no seu estado natural, isto é, desde a exploração da matéria lenhosa passando pelas operações de conversão e transformação até à secagem. Por impregnação entende-se a aplicação de substâncias com o objetivo de alongar o tempo de serviço da madeira. O comportamento da madeira face aos agentes biodegradativos está intimamente dependente da sua constituição química, sobretudo do seu teor de extrativos (Carvalho, 1996). Defeitos Por defeito entende-se toda e qualquer irregularidade, descontinuidade ou anomalia estrutural sempre que qualquer um desses aspetos comprometa o valor intrínseco da madeira. (Carvalho, 1996). Os defeitos e anomalias presentes na madeira condicionam o seu desempenho e comportamento. Assim, é de extrema importância identificar e quantificar estes aspetos de forma a não comprometer a utilização e aproveitamento da madeira, e a não prejudicar o resultado final. Podemos falar em defeitos na madeira redonda e em defeitos na madeira serrada. Os defeitos em madeira redonda (toros) podem ser (Santos, 2005): 1. irregularidades de estrutura e forma, que se dividem em: singularidades de estrutura (nós que representam uma modificação na continuidade das fibras e influenciam a qualidade, o valor estético e induzem deformações durante a secagem- rebento epicórmico, calosidade, excrescência, fio torcido ou espiralado); singularidades de forma do tronco (curvatura, fendas) 2. degradações e alterações da composição química, que resultam do ataque de insetos e fungos, da cicatrização de feridas ou da ação do fogo. Os defeitos em madeira serrada são, de uma forma geral, introduzidos pelo processo de secagem. Os que surgem mais frequentemente são: 5

6 colapso, caracterizado pelo esmagamento das células, podendo ser recuperado através de recondicionamento por vapor; fendas internas, inutilizam completamente a madeira, muitas vezes associadas ao colapso; fendas superficiais, surgem quando as primeiras fases do processo de secagem são demasiado rápidas. Geralmente são reversíveis ou, caso não sejam profundas, podem ser eliminadas no processo de laboração; tensões internas, que, durante o processo de transformação mecânica, deformam completamente a madeira, levando a perda total do material; descolorações causadas pela elevação da temperatura. A migração de extrativos pode resultar no aparecimento de manchas; empenos resultam de um mau empilhamento da madeira durante a secagem, quando as fiadas verticais não estão bem alinhadas e sem o devido espaçamento. Segundo Carvalho (1996), também devemos ter em consideração os defeitos de conversão e laboração, que resultam da falta de preparação da madeira, da incorreta utilização das máquinas e ferramentas ou da tentativa de maximizar o rendimentos dos toros, usando técnicas de conversão que são prejudiciais para a qualidade da madeira. Os mais comuns são: falha, descaio, desvio de dimensões, desvio de corte, fio diagonal, fio lascado, fio levantado, ressaltos, risco de serra, rugosidades, entre outros. Durabilidade A madeira é um material biodegradável, sujeita à ação de fungos, bactérias e insetos, que condicionam o seu tempo de vida útil. Para além dos fatores bióticos, também a degradação abiótica, como a degradação térmica, a fotodegradação, a degradação química por hidrólise e oxidação e a meteorização (erosão mecânica provocada por fenómenos de retração/entumescimento e por ação do vento) afetam a durabilidade do material lenhoso. A suscetibilidade à ação dos agentes está intimamente relacionada com o teor de extrativos específicos e com a estrutura e anatomia. Conhecendo a durabilidade natural é possível intervir através da conservação e impregnação. 6

7 Laboração O material resultante da conversão/transformação é trabalhado de forma a obter-se o produto final pretendido, seja uma peça de mobiliário, um objeto decorativo ou a utilização da madeira na construção civil. As ações de laboração constituem uma segunda transformação e executam-se após uma definição muito concreta da utilização efetiva do produto. Trata-se, portanto, de avaliar o comportamento da madeira quando nela se pretendem definir formas, relevos e detalhes, através do recurso a máquinas e ferramentas. Devemos ter presente que, para além da ação das máquinas e ferramentas, também a natureza, anisotropia, defeitos e anomalias do material estão relacionados com os problemas da laboração mecânica. As operações fundamentais de laboração são: aplainamento (destina-se a igualizar as superfícies de uma peça de madeira) e desengrosso (operação que tem por finalidade dimensionar a espessura e a largura de uma peça de madeira.), molduragem e tupiagem (laboração nos cantos e topos das peças por forma a criar perfis, ranhuras e rebaixos); torneamento (transformação de uma secção quadrada numa secção circular), furação (processo de abertura de furos), respigagem (abertura de rasgos que permitem a ligação entre duas peças de madeira), lixagem (acabamento superficial por agentes abrasivos) serragem (rodear e topejar). Ligações No trabalho com madeira frequentemente recorre-se ao auxílio de ligadores metálicos (parafusos, pregos, cavilhas), resinas sintéticas ou ligadores fibrosos (cordas), de forma a unir os diversos componentes que constituem o resultado final dos artigos produzidos. À semelhança do que acontece com a laboração, o comportamento da madeira relativamente às ligações está relacionado com a sua natureza (constituição química e anatomia), com as propriedades químicas e físicas e, em menor grau, com os defeitos e anomalias. Devemos distinguir três aspetos relativos às ligações: 7

8 1. o comportamento do material quando se executam as superfícies de ligação, o que constitui uma etapa da laboração; 2. o comportamento do material à receção e fixação dos órgãos de ligação. A coesão transversal da madeira, que se manifesta no fendimento, a direção de cravação, que pode resultar em fissuras, a humidade e a distância de cravação ao topo do elemento, têm influência no êxito da ligação; 3. o comportamento à receção, reação e durabilidade de produtos ligantes, tais como a cola. A resposta à colagem é diferente para resinosas e folhosas, difere para o borne e cerne numa mesma espécie, é distinta para peças tangenciais e radiais, é afetada por defeitos, pelo teor em água e pelo tipo de preparação das superfícies de colagem. Acabamento superficial O acabamento superficial constitui a última fase do processo de trabalho da madeira e resume-se à aplicação de produtos com o objetivo de isolar, vedar, proteger e/ou melhorar o aspeto estético do produto, permitindo aumentar a conservação e longevidade da madeira, reduzindo a higroscopicidade e aumentando a resistência aos processos de biodegradação. A análise do acabamento superficial foca-se na facilidade de preparação da superfície e na conveniente aceitação dos produtos. O acabamento superficial compreende três etapas (Carvalho, 1996): 1. a preparação das superfícies para a aplicação dos produtos de revestimento, em que se faz a remoção de irregularidades através de lixas. A lixagem pode ser complementada com a aplicação de um tapa-poros; 2. o revestimento - aplicação dos produtos de proteção e embelezamento. ; 3. a finição polimento e/ou lustragem. Fichas técnicas As fichas técnicas, que se podem encontrar nos anexos tabela 1 a 18, estão divididas em dois grandes grupos de classes de árvores: resinosas e folhosas. As resinosas possuem um lenho com uma estrutura anatómica mais simples, em que 90% das células são traqueídos. Já as folhosas apresentam uma muito maior complexidade anatomo-estrutural, com elevado grau de especialização funcional a nível celular. A tabela nº19, a última dos anexos, reúne algumas propriedades físicas, mecânicas e tecnológicas de madeiras provenientes do continente Africano e da América do Sul. 8

9 Um aspeto final, que importa destacar, é que as características químicas, físicas, mecânicas e tecnológicas, para além de variarem entre espécies, também poderão apresentar variação intraespecífica, dependendo da estação em que a árvore se desenvolveu. A madeira reflete as condições em que a árvore cresce, seja a disponibilidade de água e nutrientes, o clima, a ação mecânica do vento, ou eventuais ataques de pragas e doenças. Nas palavras do Eng Albino Carvalho, a madeira condensa as alegrias e tristezas dessa existência. Exemplo que caracteriza bem esta situação são as diferenças observadas no Pinus pinaster que cresce na região de Leiria ou na região de Viana do Castelo. Na região do litoral centro a disponibilidade de água é menor que no noroeste, o que condiciona a taxa de crescimento do pinheiro. Essas diferenças são visíveis nos anéis anuais de crescimento e têm tradução nas características da madeira (ver tabela 12 e 13 dos anexos). A B Fig 2 Anéis anuais de crescimento de Pinus pinaster. A) Leiria B) Viana. Fonte: Carvalho, Conclusão Só conhecendo as propriedades das madeiras é possível definir qual a madeira adequada para determinada função. Através da avaliação das características da madeira é possível auxiliar e incentivar os produtores na decisão da instalação de determinado povoamento florestal. É importante ter presente que as características variam entre espécies, mas também ocorre uma variação das características a nível intraespecífico, tal como observado com o Pinus pinaster da região de Leiria e de Viana. 9

10 Bibliografia: Carvalho, A (1996). Madeiras portuguesas, vol I e vol II. Lisboa: Instituto Florestal. Gominho, J; Knapic; S; Pereira, H (2005). Cerne e borne - factores de variação da qualidade tecnológica das árvores. 5º Congresso Florestal Nacional: A floresta e as gentes - Actas das Comunicações. IPT. Informações sobre Madeiras. São Paulo: Instituto de Pesquisas Tecnológicas (in: acedidas a 08/10/2013) Néri, A.C.; Gonçalves, R.; Hernandez, R.E.( 1999). Forças de corte ortogonal 90-0 em três espécies de madeira de eucalipto. Revista Brasileira de Engenharia Agrícola e Ambiental, Campina Grande, v.3, n.2, p Santos, J. et al (2005). Madeira. In O carvalho negral (Ed João Carvalho), pp Vila Real: UTAD. USDA (1980). Tropical Timbers of the World. Wisconsin: Laboratory Forest Service U.S. Department of Agriculture. 10

11 Fichas técnicas - Anexos Folhosas Tabela 1 Propriedades tecnológicas da Cerejeira (Prunus avium L.) Propriedades físicas e mecânicas: d= 540 kg/m 3 ; leve dureza=497kgf; média flexão estática (tensão de rotu9ra)=1430kg/cm 2 ; média 0,56kg/cm 2 ;resistente ao choque A serragem da cerejeira é uma serragem fácil e que conduz a superfícies lisas em toragem pouco nodosa e bem conformada. A qualidade de desenrolamento é alta. Secagem fácil e lenta. Sem problemas de deformação e fendilhamento após a secagem. Impregnação profunda e complicada Na perspectiva madeireira o maior defeito que a Cerejeira apresenta é a morfologia do fuste (associados a curvaturas e nós). Esta madeira é vulnerável aos xilófagos. A estes o cerne é resistente. No entanto, o cerne é vulnerável a fungos lenhívoros. Ensamblamento firme e com boa aptidão nas colagens. Os órgãos metálicos apresentam boa aderência. A laboração é muito boa nos diversos processos, tanto de maquinaria como de ferramentas. Alguns destes processos são: aplainamento, molduragem, furação, torneamento e escultura. As operações preparatórias destas árvores são fáceis, levando a superfícies perfeitas. Os produtos de revestimento têm boa aderência tais como vernizes e ceras.o polimento também é bom. Esta madeira é muito utilizada em mobiliário, nomeadamente: maciço, contraplacados e folheados; marchetaria; indústrias conexas; instrumentos musicais; bengalas; cabos de cutelarias e artigos de desenho. 11

12 Tabela 2 Propriedades tecnológicas do Eucalipto comum (Eucaliptus globulus Labill.) Propriedades físicas e mecânicas: d= 850kg/m 3 ; pesada dureza= 605kgf; alta flexão estática (tensão de rotura)= 1715kg/cm 2 ; média 0,70kg/cm 2 ;resistente ao choque O Eucalipto comum apresenta uma serragem difícil devida a tensões de crescimento, fio revesso e fio espiralado. O seu desenrolamento também é complexo pelo facto das folhas saírem muitas vezes deformadas. A secagem é difícil, morosa. Há o risco de ocorrerem fendilhamentos. Impregnação inviável no cerne. Fio espiralado e reverso; fendas e rachas; deformações; o cerne é avermelhado em árvores muito maduras. Fraca duração em exteriores devido aos fungos. Borne estreito vulnerável a pequenos carunchos. Corte plano delicado mas figurativo. Samblagem rígida e boa aptidão à colagem. Na pregagem e aparafusamento apresenta um comportamento insatisfatório. Aplainamento delicado. Molduragem fácil mas com torneamento difícil. A preparação desta madeira é delicada. No entanto os acabamentos são satisfatórios já que apresenta boa recepção a ceras, tintas, vernizes e velaturas O Eucalipto comum é muito utilizado em estruturas maciças; carpintaria; mobiliário; celulose; formas para calçado; carroçaria; folheados e contraplacados. 12

13 Tabela 3 Propriedades tecnológicas do Eucalipto vermelho (Eucalyptus camaldulensis) Propriedades físicas e mecânicas: d= 885kg/m 3 ; pesada dureza= 740kgf; muito alta flexão estática (tensão de rotura)= 1285kg/cm 2 ; média 0,35kg/cm 2 ;pouco resistente ao choque Relativamente fácil tendo em conta a dureza elevada desta madeira (situação que agravar-se-ia se apresentasse fio espiralado). Secagem delicada nomeadamente com secador. Tendência para empenos e forte colapso. Fio revesso e ondulado; bolsas de goma frequentes; criação feita fora de floresta desqualifica a toragem. Cerne com alta durabilidade natural. Madeira apta a colagem; samblagem firme; deficiente comportamen to com órgãos metálicos uma vez que provocam o seu rachamento. Delicada. A utilização de ferramentas afiadas e máquinas reguladas correctamente permitem bom acabamento. Boa recepção de produtos de revestimento. Carpintarias interiores; parquetaria; mobiliário; torneados e ornatos. 13

14 Tabela 4: Propriedades tecnológicas do Freixo (Fraxinus angustifolia Vahl.) Propriedades físicas e mecânicas: d= 700kg/m 3 moderadamente pesada dureza= 700kgf; alta flexão estática (tensão de rotura)= 1520kg/cm 2 ; média 0,44kg/cm 2 ;resistente ao choque Fácil tanto por serragem como por desenrolamento. A secagem não é feita com dificuldades mas esta é lenta. Impregnação possível. Risco de fendas e deformações. O fuste desta árvore é escasso e tem tendência a formar pernadas. Fio com ondulação. Esta madeira é vulnerável a insectos xilófagos. Em condições de risco o Freixo tem pouca resistência a podridões. Ligações: Laboração: Acabament o Colagem simples. Apresenta boa retenção de órgãos metálicos e a sua samblagem é perfeita. A laboração no geral é boa, excepto quando estão nós presentes. O seu comportam ento é óptimo quando submetido a lixagem e raspagem. Boa recepção de ceras, vernizes e tintas. O Freixo é utilizado em mobiliário, construção, indústrias conexas, folheados, formas de calçado, persiana e estores. 14

15 Tabela 5: Propriedades tecnológicas da Faia (Fagus sylvatica L.) Propriedades físicas e mecânicas: d= 675kg/m 3 moderadamente pesada dureza= 580kgf; alta flexão estática (tensão de rotura)= 1290kg/cm 2 ; média 0,70kg/cm 2 ;resistent e ao choque A serragem é fácil mostrando esta madeira aptidão ao desenrolamento e corte plano. A secagem mostra-se lenta e delicada devido aos fendilhamentos e empenos. Impregnação profunda é realizável. Fuste escasso. Ocorrem por vezes eventuais tortuosidades. No entanto, a sua morfologia seccional é relativamente boa. Sensível ao ataque de fungos mas apresenta resistência razoável a insectos. Samblagem fácil e sólida. Apresenta um bom comportamento aquando da recepção de ligações metálicas. Madeira apta à colagem. Na laboração a Faia apresenta aptidão em encurvamento quando submetida a vapor. Em geral é de fácil laboração quando submetida a máquinas e ferramentas. Apresenta boa aceitação de tintas e vernizes. As operações de preparação são acessíveis de realizar. A Faia é muito utilizada em mobiliário, nomeadamente em cadeiras, escritório e mobiliário hoteleiro. Carpintaria, contraplacados, folheados, carroçaria, objectos de adorno e cutelarias, etc. 15

16 Tabela 6: Propriedades tecnológicas do Choupo branco (Populus alba L.) Propriedades físicas e mecânicas: d= 510kg/m 3 muito leve dureza= 244kgf; baixa flexão estática (tensão de rotura)= 1035kg/cm 2 ; fraca 0,54kg/cm 2 ;resistente ao choque Serragem sem grandes dificuldades excepto em madeira nodosa. Desenrolamento regular. Secagem rápida mas delicada devido a eventuais anisotropias. Impregnação profunda fácil. Quando as árvores são criadas fora da floresta o seu fuste apresenta uma elevada tendência de envergadura associada a nodos. Sensível ao ataque de pequenos carunchos quando as madeiras se encontram já muito velhas e secas. Em situações de alto risco a madeira de Choupo branco não apresenta grande resistência a podridões. Apta à colagem; samblagem simples mas delicada. A impregnação de órgãos metálicos faz-se de forma relativamente simples mas a sua aderência é fraca. Aplainamento delicado: fio lascado, felpado e levantado; mossas. Molduragem e furação de fácil execução. Torneamento normal. Operações preparatórias delicadas: felpado e arrepelado. Boa recepção de acabamentos tais como ceras, vernizes, tintas e velaturas. A madeira de Choupo branco é frequentemente utilizada em construção, mobiliário, compósitos, contraplacados, carpintaria, brinquedos, estores, persianas, fósforos e palitos. 16

17 Tabela 7 Propriedades tecnológicas do Carvalho português (Quercus faginea Lam.) Propriedades físicas e mecânicas: d= 890kg/m 3 ; pesada dureza= 799kgf; muito alta flexão estática (tensão de rotura)= 1525kg/cm 2 ; média 0,90kg/cm 2 ;resistent e ao choque A serragem é difícil quer pela dureza desta madeira quer pela tortuosa morfologia que apresenta nos fustes. Secagem difícil com tendência a formar fendilhamentos entre outras deformações. A impregnação no cerne é impraticável. A vocação madeireira desta espécie é razoável uma vez que o fuste é torto e escasso. Outros defeitos presentes são os nós e as vergadas. O lenho central é resistente contra fungos lenhívoros. Esta madeira é bastante vulnerável ao ataque de insectos xilófagos. O cerne também demonstra ser sensível a estes ataques em madeiras muito antigas. A samblagem é notavelmente firme e a colagem razoável. As ligações metálicas são difíceis de fazer devido a contrariedades de cravação. A laboração mostra-se delicada devido aos defeitos referidos anteriormente no outro ponto. O acabamento mostra-se satisfatório mas delicado quando usada a lixa. Esta madeira possui boa recepção de vernizes. A madeira do Carvalho português é frequentemente utilizada em construções, nomeadamente: estruturas e carpintarias; marcenaria e travessas. 17

18 Tabela 8: Propriedades tecnológicas da Azinheira (Quercus rotundifolia Lam.) Propriedades físicas e mecânicas: d= 900kg/m 3 pesada dureza= 1050kgf; muito alta flexão estática (tensão de rotura)= 1500kg/cm 2 ; média 0,80kg/cm 2 ;resistente ao choque Esta madeira apresenta dureza excessiva, formações necrosadas e podridões. Não possui aptidão para converter por corte. A secagem do Azinho é morosa e difícil com ocorrência de fendilhamentos e deformações. Também pode ocorrer colapso ao nível dos raios aquando da secagem. Impregnação não praticável. Fuste escasso, podridões, nós. Como já referido anteriormente, também apresenta deformações, fendas e colapso nos raios durante a secagem artificial. Boa mas sujeita a carunchos pequenos. A protecção é feita com produtos em solvente orgânico. Colagem simples excepto em zonas que foram polidas. Samblagem complicada. A recepção de órgãos metálicos não é boa. Aplainamento difícil, delicada molduragem e furação. Apta a torneamento. Permite bom polimento apesar das operações preparatórias se revelarem delicadas. A recepção de produtos de revestimento tais como ceras e vernizes mostra-se boa. A madeira de Azinho é muito utilizada em mobiliário rústico e mobiliário moderno (nestes casos a madeira é cuidadosamente selecionada). Também é utilizada em parquetes, carroçaria rural e cabos de ferramentas e de cutelarias. 18

19 Tabela 9: Propriedades tecnológicas do Amieiro (Alnus glutinosa (L.) Gaertn.) Propriedades físicas e mecânicas d= 460kg/m 3 leve dureza= 440kgf; média flexão estática (tensão de rotura)= 1000kg/cm 2 ; fraca Serragem fácil. O desenrolamento e corte plano são satisfatórios quando realizados em toragem de qualidade. Secagem fácil e rápida. Fraca anisotropia. Nó revessos; fustes deficientes. Boa em interiores e mobílias. Resistente a insectos. 0,23kg/cm 2 ;pouco resistente ao choque Colagem boa. Ensamblagem sólida. Aderência de órgãos metálicos satisfatória. Laboração lenta mas fácil de executar em todas as máquinas e ferramentas. Operações preparatórias delicadas. Boa recepção de revestimentos tais como ceras e vernizes por exemplo. O Amieiro é utilizado na indústria madeireira especialmente vocacionada para marcenaria e carpintaria fina. Usada também em artefactos domésticos, embalagens, brinquedos, lamelos decorativos, torneados e formas. 19

20 Tabela 10 propriedades tecnológicas do Castanheiro bravo (Castanea sativa) Propriedades físicas e mecânicas: d= 6ookg/m 3 ; leve dureza= 406kgf; média flexão estática (tensão de rotura)= 1210kg/cm 2 ; média 0,32kg/cm 2 ;pouco resistente ao choque Serragem fácil. Desenrolamento e corte plano fáceis em bons toros. Secagem lenta mas sem grandes defeitos. Impregnação complexa no cerne e moderada no borne. Madeira mais ou menos homogénea. Podem surgir eventuais defeitos em árvores fora da floresta. Manchas taninosas. Boa. Madeiras velhas sensíveis a Anobium spp. Colagem fácil. Boa recepção e retenção de órgãos metálicos. Samblagem fácil de realizar e sólida. Aplainamento e molduragem fáceis. Furação e torneamento de qualidade. Entalhamento firme. Boa aceitação de tintas e velaturas. Envernizamento complicado devido aos taninos. Estruturas e carpintarias exteriores; contraplacados e folheados; mobiliário; tanoaria; construção naval etc. 20

21 Tabela 11 Propriedades tecnológicas do Castanheiro manso (Castanea sativa) Propriedades físicas e mecânicas: d= 515kg/m 3 ; leve dureza= 240kgf; baixa flexão estática (tensão de rotura)= 1050kg/cm 2 ; fraca 0,14kg/cm 2 ;pouco resistente ao choque Serragem fácil com corte plano e folhas delicados. Secagem morosa sem grandes problemas; impregnação difícil. Fuste escasso; fio frequentemente ondulado; textura grosseira e desigual. Madeira do cerne durável; borne sensível a pequenos carunchos. Colagem fácil e samblagem delicada em madeiras heterogéneas. Recepção boa de órgãos metálicos. Aplainamento fácil; torneamento e entalhamento delicado. Boa recepção de tintas e velaturas e aplicação delicada de vernizes. Mobiliário maciço; caixilharias; carpintarias interiores; folheado decorativo; carroçaria de luxo; tanoaria de envelhecimento; decoração e ornato. 21

22 Tabela 12 Propriedades tecnológicas da Nogueira brava (Juglans regia) Propriedades físicas e mecânicas d= 630kg/m 3 ; leve dureza= 600kgf; alta flexão estática (tensão de rotura)= 1160kg/cm 2 ; média Serragem, desenrolamento e corte plano fácil pelo facto da madeira ser homogénea. Cerne indistinto o que também permite impregnação acessível a toda a massa. Secagem fácil sem problemas acessórios. Fuste escasso e nós geralmente firmes e pequenos. Medianamente vulnerável: sensível a carunchos pequenos. Moderadamente resistente a fungos. 0,77kg/cm 2 ; resistente ao choque Óptima aptidão à colagem, boa fixação e recepção de órgãos metálicos. Bom comportamento com quaisquer máquinas e ferramentas. Boa recepção de quaisquer produtos de acabamento. Madeira sobretudo para maciços; torneados; esculturas; mobiliário; ornato; coronhas de espingarda; cabos de instrumentos etc. 22

23 Tabela 13 Propriedades tecnológicas da Nogueira mansa (Juglans regia) Propriedades físicas e mecânicas: d= 590kg/m 3 ; leve dureza= 400kgf; média flexão estática (tensão de rotura)= 1450kg/cm 2 ; média 0,45kg/cm 2 ; resistente ao choque Serragem, desenrolamento e corte plano fácil devido à homogeneidade da madeira; apreciada pelo venado, inclusive dos cepos. Secagem fácil e impregnação acessível no borne. Fuste escasso; vergadas; cáries frequentes em árvores grandes. Média devido ao borne ser vulnerável a carunchos pequenos. No entanto é moderadamente resistente ao ataque de fungos. Colagem fácil. Boa recepção de órgãos metálicos mas moderada retenção dos mesmos. Fácil para quaisquer maquinas e ferramentas. Magnífica recepção de quaisquer acabamentos. Madeira especialmente apreciada para folheados decorativos; utilizada em mobiliário maciço; decoração; instrumentos musicais; carroçaria de luxo. 23

24 Resinosas Tabela 14: Propriedades tecnológicas do Cedro (Cedrus atlantica (Endl.) Carr.) Propriedades físicas e mecânicas: d= 510kg/m 3 moderadamente pesada dureza= 260kgf; média flexão estática (tensão de rotura)= 1030kg/cm 2 ; fraca 0,20kg/cm 2 ;pouco resistente ao choque Desenrolamento possível. Serragem fácil apesar dos nós. Secagem rápida e fácil. Geralmente não apresenta problemas acrescidos. Não se realiza impregnação profunda. Presença de nós com distribuição regular. Vulnerabilidade a insetos e fungos alta. Samblagem, fixação de órgãos metálicos e colagem satisfatória. Laboração fácil em qualquer uma das fases. As superfícies resultantes apresentamse uniformes e lisas. As operações de preparação do Cedro são delicadas mas permitem obter acabamentos satisfatórios. Aceita bem ceras e vernizes. Construção, mobiliário, carpintaria fina, reconstituídos maciços e também permite produzir folha. 24

25 Tabela 15: Propriedades tecnológicas do Abeto Branco (Abies alba Miller) Propriedades físicas e mecânicas: d= 487kg/m 3 ; leve dureza= 257kgf; média flexão estática (tensão de rotura)= 1015kg/cm 2 ; fraca 0,30kg/cm 2 ;pouco resistente ao choque O Abeto Branco possui nós em abundância que permanecem aderentes aquando da serragem, mas não se torna complicada. Madeira pouco sensível a alterações cromáticas. Secagem fácil e rápida. Impregnação pode ser realizada. Nós e fendas internas que podem fazer com que a madeira seja desvalorizada. A sensibilidade do Abeto Branco ao azulado é baixa. Em situações de risco é muito sensível a fungos. Em contrapartida, é pouco vulnerável a carunchos. Esta madeira é bastante apta à colagem. Nas ligações metálicas o seu comportamen to é razoável. Delicada. No entanto, é relativamente fácil. Furação fácil. As operações de preparação desta madeira são delicadas. O recobrimento com velaturas e tintas é regular. O Abeto Branco é usado em construções de interiores e exteriores em estrutura e carpintaria, mobiliário, embalagens, fibras e partículas. 25

26 Tabela 16: Propriedades tecnológicas do Pinheiro Manso (Pinus pinea L.) Propriedades físicas e mecânicas: d= 550kg/m 3 ; moderadamente pesada dureza= 330kgf; alta flexão estática (tensão de rotura)= 970kg/cm 2 ; fraca 0,22kg/cm 2 ;pouco resistente ao choque Esta madeira caracteriza-se por ter serragem fácil. No entanto, quando estão presentes grandes nós torna-se mais complexa que a serragem do Pinheiro Bravo. O desenrolamento pode ser feito em toragem limpa. Caracteriza-se por ter uma secagem simples e rápida. Sensível ao azulado. A impregnação do borne é possível mas impraticável no cerne. Nós, fuste escasso e torto, bolsas resinosas, ardimento e cardimento ocorrem frequentemente em Pinheiros Mansos de grande porte. A madeira desta árvore não tem muita durabilidade. No entanto, dura mais que a madeira de Pinheiro Bravo. Apresenta podridões frequentes em algumas situações. Quando colada em peças pouco resinosas a madeira tem boa aderência. A fixação de órgãos metálicos faz-se com boa recepção. Em madeiras pouco nodosas geralmente não existem dificuldades acrescidas na laboração. O Pinheiro Manso apresenta uma boa recepção de produtos usados nos revestimentos tais como: vernizes, ceras e tintas. O Pinheiro manso é utilizado em carroçaria, paletes, travessas, fibras e partículas, parquetes, mobiliário, construção: estruturas e carpintarias e também na construção naval. 26

27 Tabela 17: Propriedades tecnológicas do Pinheiro bravo de Viana (Pinus pinaster (Sol int.) Ait.) Propriedades físicas e mecânicas: d= 565kg/m 3 ; moderadamente pesada dureza= 325kgf; alta flexão estática (tensão de rotura)= 1350kg/cm 2 ; média A serragem revela-se fácil. Desenrolamento e corte plano de boa qualidade. Fio radial listado. Secagem simples e com elevada rapidez. Sensível ao azulado. Impregnação completa do borne. Textura homogénea. Fraca incidência de fustes mal conformados. Vulnerável a H. bajulus e Anobium spp. Também é sensível a fungos e térmitas quando se encontra em exterior. 0,27kg/cm 2 ;pouco resistente ao choque Aderência boa de órgãos metálicos mas a sua retenção é pouco satisfatória. Colagem duradoura e de fácil execução. Aplainamento fácil; molduragem, furação e torneamento satisfatórios; Emalhetamento fácil. As operações de preparação são delicadas e o polimento revela-se difícil de executar. Boa aceitação de ceras, tintas, vernizes e velaturas. Esta madeira é utilizada em carpintarias de interiores, caixilharias, mobiliário, indústria fosforeira, embalagens, paletes, cercas de vedação, persianas e estores, aglomerados e celulose. 27

28 Tabela 18: Propriedades tecnológicas do Pinheiro bravo de Leiria (Pinus pinaster (Sol int.) Ait.) Propriedades físicas e mecânicas: d= 640kg/m 3 ; pesada dureza= 330kgf; alta flexão estática (tensão de rotura)= 1519kg/cm 2 ; média 0,40kg/cm 2 ;pouco resistente ao choque A serragem revela-se fácil. Propensão para desvios de corte em toros que se revelem nodosos. Secagem simples e com elevada rapidez. Sensível ao azulado. Boa impregnação do borne. Risco de exsudações de resina em intensificação artificial. Ardido e cardido. A textura já é mais heterogénea que a do Pinheiro bravo de Viana. Fio inclinado. Fuste espiralado. Quando as madeiras já têm muito tempo sendo consideradas velhas estão susceptíveis a carunchos grandes e pequenos. Quando se encontram em exteriores esta madeira é mais resistente que a do Pinheiro bravo de Viana a térmitas e fungos. Aptidão à colagem satisfatória. Ligação rígida. Pregagem a aparafusamento delicados. Aplainamento fácil. Molduragem excelente excepto nos topos. Torneamento satisfatório. Emalhetamento sólido. As operações de preparação são regulares e o polimento revela-se delicado. Boa aceitação de ceras, tintas, vernizes e velaturas. Esta madeira é utilizada em elementos estruturais maciços, carpintarias exteriores, pavimentos e parquetes, construção naval, carroçaria de carga, postes e travessas, celulose (pasta para papel) e aglomerados. 28

29 Cambara Erisma uncinatum (América. do Sul) Ipê Tabebuia spp. (América. do Sul) Tatajuba Bagassa guianenses (América. do Sul) Jatoba Hymenaea courbaril (América. do Sul) Kambala Chlorophora excelsa (África) Tali Erythrophleum ivorense (África) Afzélia Afzelia spp (África) mecânicas d=590kg/m 3 dureza=390kgf Flexão estát (tensão de rotura)=815kg/cm 2 d=1056kg/m 3 dureza=1669kgf Flexão estát (tensão de rotura)=1757kg/cm 2 d=800kg/m 3 dureza=784kgf Flexão estát (tensão de rotura)=1406kg/cm 2 d=960kg/m 3 dureza=1130kgf Flexão estát (tensão de rotura)=1539kg/cm 2 d=650kg/m 3 dureza=571kgf Flexão estát (tensão de rotura)=970kg/cm 2 d=900kg/m 3 dureza=1329kgf Flexão estát (tensão de rotura)=1406kg/cm 2 d=820kg/m 3 dureza=816kgf Flexão estát (tensão de rotura)=1195kg/cm 2 Fácil de aplainar, serrar e lixar, mas apresenta má superfície de acabamento. Baixa durabilidade. A secagem ao ar é fácil e sem a ocorrência significativa de defeitos. Moderadamente difícil de trabalhar, ferramentas manuais perdem rapidamente a afiação. Na secagem surgem pequenos problemas de fendas e empenamentos. Bom acabamento. Problemas de colagem. Excelente para pregar e parafusar. Fácil de ser trabalhada, com ferramentas manuais ou mecânicas, produzindo ótimo acabamento. Recomenda-se a furação prévia à colocação de pregos. Na secagem em estufa apresenta leve tendência ao empenamento. Durabilidade natural superior a sete anos. Moderadamente fácil de trabalhar, pode ser aplainada, colada, parafusada e pregada sem problemas. Observa-se a presença de fendas e empenamentos quando a secagem é muito rápida. O acabamento é bom. Aceita pintura e verniz. Serragem fácil. Risco de deformação e fendas mínimo. Durabilidade natural boa. Bom aparafusamento e pregagem. Bom acabamento mas necessita de tapa poros. Serragem lenta, necessita de força. Risco de deformação e fendas na secagem. Má impregnação, durabilidade natural boa. Colagem delicada, pregagem e aparafusamento bom mas recomenda-se pré-furação. Serragem lenta, desenrolamento não é possível. Se a secagem for suave não surgem deformações nem fendas. Durabilidade natural excelente. Boas ligações e acabamentos. Algumas madeiras exóticas Tabela 19 Propriedades tecnológicas de algumas madeiras provenientes do continente Africano e da América do Sul Propriedades físicas e Características tecnológicas 29

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