UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ - UNIVALI CENTRO DE CIÊNCIAS TECNOLÓGICAS DA TERRA E DO MAR CTTMar CURSO DE OCEANOGRAFIA RENAN TROMM

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1 UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ - UNIVALI CENTRO DE CIÊNCIAS TECNOLÓGICAS DA TERRA E DO MAR CTTMar CURSO DE OCEANOGRAFIA RENAN TROMM Distribuição e estrutura populacional de Squalus sp. na região do talude continental do sul do Brasil, entre Itajaí a Cabo de Santa Marta (27ºS-29ºS) Itajaí 212

2 RENAN TROMM Distribuição e estrutura populacional de Squalus sp. na região do talude continental do sul do Brasil, entre Itajaí a Cabo de Santa Marta (27ºS-29ºS) Trabalho de conclusão de curso apresentado à banca examinadora do Curso de Oceanografia para a obtenção do grau de Oceanógrafo. Orientador: Dr. Paulo Ricardo Schwingel Itajaí 212

3 Dedico este trabalho a minha amada esposa Luciane Strutz Tromm, e aos meus pais. Amo muito vocês... i

4 AGRADECIMENTOS Agradeço em primeiro lugar Deus, pois nada com Deus é tudo, e tudo sem Deus é nada. Obrigado Senhor, você trilhou o meu caminho, hoje eu tenho certeza disso. Agradeço minha amada ESPOSA, que neste tempo sempre foi minha companheira, ajudante, parceira, dona de casa. Obrigado por me amar, por entender meu estresse, por não reclamar das noites de estudo, viajem, jogos (Né bagulhos) e sempre estar ao meu lado. TE AMO MUITO!!! Aos meus pais, que hoje não tenho nem palavras para descrever tudo o que vocês fizeram por mim. Eu sei que vocês fizeram MUITO mais do que estava ao seu alcance. PAI, MÃE, vocês são os melhores. Amo demais cada um. As minhas irmãs, que sempre mentiam para mim dizendo: Vai dar tudo certo, e não é que deu! Obrigado MANAS, apesar de achar vocês chatas (hehehe), amo muito cada uma. Ao Joel (cunhado), por me dar dois sobrinhos lindos que alegraram muitos dias de tristeza que se passaram. Joca e Mika, amo vocês. Você também Joel (kkkkk). Um agradecimento especial ao meu coordenador Dr. Paulo Ricardo Schwingel. Obrigado pelos puxões de orelha, as idéias, os ensinos, o direcionamento, e por que não as diversas conversas sobre futebol, JEC, Marcílio Dias, Brasil, etc. Obrigado!!! Aos meus educadores, que ensinaram muitas coisas, ou pelo menos tentaram. Cada oceanógrafo que sai da Univali foi lapidado por vocês. Parabéns!!! e muito OBRIGADO!!! Agradeço o pessoal do LOB, que apesar dos projetos, pesquisas, estudos, artigos, experimentos, sempre abria um tempo para me auxiliar. Em especial, Rodrigo Mazzoleni (você foi um irmão), Ana, Tonelli e Rafa, obrigado pela força, e que força. Aos diversos amigos de faculdade que participaram dessa jornada comigo. Galera da turma 25-1, e os demais que vieram depois. Isa, Claudi, Derrame...ops, Leka, Jéssica, Carol, se algum dia eu tinha conhecido alguém loco, vocês com certeza são muito mais. Melhor não falar nada aqui senão vai ter ii

5 censura... Uma grande parcela de estar me formando passa na mão de vocês. Trabalhos, provas, relatórios,... Obrigado. Não tem como se esquecer da Baiana e do João, valeu pela companhia nos almoços, cafezinhos e trabalhos. A galera de JOINVILLE que tanto amo e sempre me perguntavam: tem área de trabalho em Joinville para Oceananologiaaaaa? é assim que se fala?. Obrigado pelas manhas, tarde, noites de diversão, com certeza aliviaram muito o meu estresse. Para encerrar, agradeço todos que fizeram parte desta história, valeu GALERA!!! Amo todos vocês... iii

6 Quão insondáveis são os seus juízos e inescrutáveis os seus caminhos! Quem conheceu a mente do Senhor? Ou quem foi seu conselheiro? Quem primeiro lhe deu, para que ele o recompense? Pois dele, por Ele e para ele são TODAS as coisas. A Ele seja a glória para sempre! Amém. Romanos 11. iv

7 RESUMO O gênero Squalus está presente por todo litoral sul do Brasil, com variações na sua distribuição e estrutura populacional, ocupando diversos ecossistemas. Em vista disso, o presente trabalho teve como objetivo determinar a dinâmica populacional e distribuição das espécies de tubarão do gênero Squalus através das coletas realizadas pelo projeto Calamar. As capturas ocorreram na região do talude continental do Estado de Santa Catarina Brasil, entre os municípios de Itajaí SC (27 o S) e Cabo de Santa Marta (29 o S). As coletas foram feitas pelo Navio de Pesquisa Soloncy Moura entre as isóbatas de 19 (m) e 7 (m). Neste projeto, realizaram-se quatro (4) cruzeiros, os dois primeiros em agosto e setembro de 24 e os dois últimos em maio e outubro de 25, tendo um total de 68 lances de pesca. As análises realizadas, verificaram a distribuição de Squalus sp. preferencialmente entre as isóbatas de 35 a 399m, com machos de amplitude de comprimento total entre 2,5 e 64,4cm e fêmeas entre 24, e 56,cm. Encontrou-se diferença estatisticamente significativa na proporção macho/fêmea nos cruzeiros Lula I, II e III, registrando 62,6% de machos, apenas no cruzeiro Lula IV o número de fêmeas foi superior. Constatou-se que o tamanho de primeira maturação sexual nos machos é próximo de 48,cm. A presença de juvenis em todas as épocas do ano foi observada, sugerindo que a espécie Squalus sp. usa a área estudada como local de crescimento. Por fim, foi constatado a ausência da espécie na região central da área de estudo, bem como a concentração dos mesmos em áreas de irregularidades no solo (canyons). Este fato indicou a necessidade de analisar separadamente as áreas Norte e Sul, quando foi observado diferenças nas estruturas populacionais das duas regiões. PALAVRAS-CHAVE: Dinâmica populacional, Squalus, Brasil. v

8 LISTA DE ILUSTRAÇÕES Figura 1 - Área de estudo entre Itajaí (27 o S) e Cabo de Santa Marta (29 o S), com localização dos lances de pesca efetuados, com e sem captura da espécie Squalus sp...6 Figura 2 - Distribuição de frequência do comprimento total de machos e fêmeas de Squalus sp., capturados durante o cruzeiro Lula I (inverno/24) na costa sul do Brasil (27 o S-29 o S)...11 Figura 3 - Distribuição de frequência do comprimento total de machos e fêmeas de Squalus sp., capturados durante o cruzeiro Lula II (inverno-primavera/24) na costa sul do Brasil (27 o S-29 o S)...12 Figura 4 - Distribuição de frequência do comprimento total de machos e fêmeas de Squalus sp., capturados durante o cruzeiro Lula III (outono/25) na costa sul do Brasil (27 o S- 29 o S)...13 Figura 5 - Distribuição de frequência do comprimento total de machos e fêmeas de Squalus sp., capturados durante o cruzeiro Lula IV (primavera/25) na costa sul do Brasil (27 o S- 29 o S)...14 Figura 6 - Distribuição de frequência do comprimento total de machos e fêmeas separadamente de Squalus sp., capturados na costa sul do Brasil (27 o S-29 o S) entre 24 e Figura 7 - Distribuição espacial de Squalus sp. na profundidade de captura e número de lances realizados em cada classe de profundidade...15 Figura 8 - Distribuição espacial de Squalus sp. na profundidade de captura para ambos os sexos e número de lances realizados em cada classe de profundidade...16 Figura 9 - Distribuição espacial de Squalus sp. em diferentes profundidades para ambos os sexos e número de lances realizados em cada classe de profundidade do Cruzeiro Lula I (inverno/24)...17 Figura 1 - Distribuição espacial de Squalus sp. na profundidade de captura para ambos os sexos e número de lances realizados em cada classe de profundidade do Cruzeiro Lula II (inverno-primavera/24) Figura 11 - Distribuição espacial de Squalus sp. na profundidade de captura em ambos os sexos e número de lances realizados em cada classe de profundidade do Cruzeiro Lula III (outono/25) Figura 12 - Distribuição espacial de Squalus sp. na profundidade de captura em ambos os sexos e número de lances realizados em cada classe de profundidade do Cruzeiro Lula IV (primavera/25) Figura 13 - Porcentagem de machos e fêmeas nas amostras, entre 24 e vi

9 Figura 14 - Porcentagem de machos e fêmeas nas amostras por estação do ano, entre 24 e Figura 15 - Porcentagem de machos e fêmeas nas amostras por classe de tamanho, entre 24 e Figura 16 - Porcentagem de machos e fêmeas nas amostras por classe de profundidade...22 Figura 17 - Relação do comprimento total e porcentagem de indivíduos maturos...23 Figura 18 - Relação entre comprimento do clásper (cm), estágio de calcificação do mesmo e comprimento total (cm) de Squalus sp. entre 24 e Figura 19 - Representação de frequência de indivíduos adultos e juvenis machos de Squalus sp., considerando por estação do ano...25 Figura 1 - Porcentagem de machos e fêmeas nas amostras por região, entre 24 e Figura 21 - Área de estudo localizada no talude continental do sul do Brasil (27 o S-29 o S) e lances realizados, divididos em 3 regiões ("A", "B" e "C")...27 Figura 22 - Relação de organismos capturados da espécie Squalus sp. em ambos os sexos, esforço de pesca, separados por região (Norte, Sul e Centro) entre os Cruzeiros Lula I, II, III e IV...28 Figura 23 - Relação de organismos capturados da espécie Squalus sp. em ambos os sexos, esforço de pesca, separados por região ( Norte, Sul ) para o Cruzeiro Lula I (inverno/24)...28 Figura 26 - Relação de organismos capturados da espécie Squalus sp. em ambos os sexos, esforço de pesca, separados por região (Norte, Sul) para o Cruzeiro Lula II (invernoprimavera/24)...29 Figura 27 - Relação de organismos capturados da espécie Squalus sp. em ambos os sexos, esforço de pesca, separados por região (Norte, Sul) para o Cruzeiro Lula III (outono/25)...29 Figura 28 - Relação de organismos capturados da espécie Squalus sp. em ambos os sexos, esforço de pesca, separados por região (Norte, Sul) para o Cruzeiro Lula IV (primavera/25)...29 vii

10 LISTA DE TABELAS Tabela 1 - Cruzeiros, lances e respectivos números de indivíduos analisados por sexo do gênero Squalus capturados no talude do sul Brasil entre 24 e Tabela 2 - Porcentagem de lances com captura de Squalus sp. por cruzeiro, realizado entre agosto/24 à outubro/ Tabela 3 - Comprimento total (cm) mínimo, máximo, médio e desvio padrão (DP) de Squalus sp. capturados em 4 cruzeiros no talude continental do sul do Brasil entre 24 e Tabela 4 - Proporção sexual da espécie Squalus sp. por estação do ano entre 24 e 25 no talude continental do sul do Brasil (27 o S 29 o S)...2 Tabela 5 - Comprimento total (CT) de primeira maturação de Squalus sp. e demais espécies do gênero em trabalhos pretéritos...24 viii

11 SUMÁRIO RESUMO...v LISTA DE ILUSTRAÇÕES...vi LISTA DE TABELAS...viii 1. INTRODUÇÃO GÊNERO SQUALUS OBJETIVOS OBJETIVO GERAL OBJETIVO ESPECÍFICO METODOLOGIA ÁREA DE ESTUDO COLETA DO MATERIAL AMOSTRAGEM EM LABORATÓRIO ESTRUTURA POPULACIONAL ANÁLISE DA DISTRIBUIÇÃO ESPAÇO-TEMPORAL ANÁLISE DE MATURAÇÃO SEXUAL RESULTADOS E DISCUSSÃO DISTRIBUIÇÃO E ESTRUTURA POPULACIONAL DISTRIBUIÇÃO DE COMPRIMENTOS DISTRIBUIÇÃO POR PROFUNDIDADE PROPORÇÃO SEXUAL PRIMEIRA MATURAÇÃO ESTÁGIO DE MATURAÇÃO DISTRIBUIÇÃO POR REGIÃO CONCLUSÕES...3 ix

12 6. RECOMENDAÇÕES...3 REFERÊNCIAS...31 x

13 1. INTRODUÇÃO Os tubarões possuem mais de 4 milhões de anos de história evolutiva, porém a forma atual se solidificou há cerca de 15 milhões de anos. Esse tempo de evolução e adaptação possibilitou esses animais habitar diferentes profundidades em todos os oceanos do mundo (CAVANAGH e GIBSON, 27), bem como originar diversas formas de tamanho, peso, modo de reprodução e alimentação, tornando-os assim, topo da cadeia alimentar (CAMHI et al., 1998). Estes organismos, considerados os maiores peixes conhecidos, pertencem ao filo Chordata, subfilo Vertebrata, classe Chondrichthyes, subclasse Elasmobranchii e subordem Selachimorpha (NELSON, 26). A Classe Chondrichthyes corresponde aos peixes cartilaginosos (esqueleto de cartilagem). Esta classe divide-se em duas Sub-Classes, a Sub-Classe Holocephali, que corresponde as quimeras, e a Sub-Classe Elasmobranchii, correspondendo aos tubarões e raias. Conforme Compagno (21) existem mais de 1 espécies no mundo, sendo que no Brasil foram identificadas 139 espécies marinhas e 19 espécies de água doce (MENEZES et al., 23). A Sub-Classe Holocephali se diferencia pela ausência de dentículos dérmicos, característica presente nos tubarões e algumas raias, e também pelo fato das quimeras possuírem apenas uma abertura branquial, enquanto os elasmobrânquios têm de 5 a 7 pares de fendas branquiais (FIGUEIREDO, 1977). Na Sub-Classe Elasmobranchii as raias diferem-se dos tubarões pelo corpo achatado dorso-ventralmente, nadadeiras peitorais fundidas a cabeça e fendas branquiais dispostas na região ventral da cabeça (FIGUEIREDO, 1977). A maioria das espécies de tubarão é K-estrategista, isto é, têm um ciclo de vida longo, longa gestação, maturação sexual tardia, baixa fecundidade e crescimento lento (HOENIG e GRUBER, 199), características que os tornam vulneráveis a pressão exercida pela pesca. A captura de tubarões, tanto como espécie-alvo ou acidental (by-catch), aumentou na segunda metade do século 2 (CAMHI, et al., 1998), influenciada pela demanda de subprodutos como óleo e barbatanas, estimulando o crescimento na explotação destes recursos pesqueiros (BONFIL, 1994). Esse crescimento no volume de capturas de tubarões esteve ligado ao esgotamento de recursos tradicionais, aumentando assim a aceitação de seus produtos (carne, nadadeiras, entre outros), tornando necessário o manejo dos estoques de elasmobrânquios. 1

14 No Brasil a atividade pesqueira ocorre em toda a extensão do litoral, sendo dividida em industrial e artesanal. A captura por unidade de esforço (CPUE) dos elasmobrânquios na pesca industrial vem decrescendo desde a década de 198, sendo que várias espécies sofreram redução de abundância na costa sul do Brasil (VOOREN, 1998; KLIPPEL et al., 25). O Estado Santa Catarina é um dos maiores centros de pesca do país, concentrado especialmente nos municípios de Itajaí e Navegantes (27 S). Os desembarques de peixes cartilaginosos no estado têm apresentado quedas contínuas desde 22, saído de 5.278t para 2.51t em 29 (GEP/CTTMar, 21). Em estudo realizado sobre a frota pesqueira que desembarca no porto de Itajaí, Estado de Santa Catarina, Mazzoleni e Schwingel (1999) mostraram a existência de oito artes de pesca capturando elasmobrânquios, sendo elas: cerco, arrasto de tangones e parelha, espinhel de superfície e de fundo, emalhe de superfície e de fundo, e covos. Em 29, os peixes cartilaginosos representaram 1,51% (2.51 t.) do total da produção pesqueira desembarcada pelas frotas industriais nos municípios do Estado de Santa Catarina, no qual os meses de maiores capturas ocorreram entre maio e setembro. Esse número dobra (3,1%) se analisado a produção pesqueira entre os anos 2 e 29 (GEP/CTTMAR, 21), apresentando números significativos. Conforme Mazzoleni e Schwingel (1999), nos desembarques no porto de Itajaí (27 o S) foram identificadas 85 espécies de tubarões (54) e raias (31), incluindo o gênero Squalus. Na investigação realizada por Oliveira et al. (27), utilizando espinhel de fundo, constatou para costa do Estado de Pernambuco (8 S) que o tubarão-bagre (Squalus spp.) foi a espécie mais abundante (64,2% do total capturado, CPUE = 2,7 ind./1 anzóis), identificando assim, uma ampla distribuição do gênero na costa brasileira. Explorados desde 199 na Escócia, Mar do Norte e Noruega, a captura dos tubarões do gênero Squalus alcançou seu ápice em 1963, quando 41.8 toneladas foram capturadas (HOLDEN, 1977). Louro (27) em seu estudo de elasmobrânquios capturados com espinhel-de-fundo na região entre Itajaí (SC) e Cabo Frio (RJ) registrou que 8% da captura total de tubarões eram do gênero Squalus. Os tubarões têm grande importância no ecossistema, pois são predadores de topo e mantêm o equilíbrio do meio, controlando as populações de invertebrados e outros peixes que estão em níveis tróficos mais baixos (ELLIS et al., 1996). No Brasil, poucas medidas de ordenamento relativa especificamente aos elasmobrânquios foram implementadas. Uma delas é a proibição da retirada das barbatanas com a devolução da carcaça ao mar (finning), 2

15 instituída através da portaria do IBAMA Nº 121 de Apesar desta prática ser proibida, ela é altamente lucrativa, chegando o quilo da barbatana (no mercado oriental) variar na década de 199 entre U$ 5, até mais de U$ 5, (ROSE, 1996). Outra medida foi a indicação de diferentes espécies de elasmobrânquios na Instrução Normativa Nº5 de 24, que lista as espécies ameaçadas de extinção e espécies sobre-explotadas ou ameaçadas de sobre-explotação de invertebrados aquáticos e peixes no Brasil. Mais recentemente, a Instrução Normativa Interministerial Nº5 de 211 (BRASIL, 211), determinou a proibição da captura, retenção a bordo, desembarque, armazenamento e a comercialização do tubarão-raposa (Alopias supeciliosus) em águas jurisdicionais brasileiras Gênero Squalus As espécies do gênero Squalus possuem distribuição global incluindo espécies de pequeno porte, não passando 1,6 metros de comprimento total, tendo como características marcantes a presença de espinhos nas nadadeiras dorsais, inexistência da nadadeira anal, olhos bem desenvolvidos e os dois ovários funcionais, sendo que a maioria dos tubarões só apresenta um ovário funcional (FIGUEIREDO, 1977). Conforme Oddone et al. (21), estudando a espécie Squalus mitsukurii na Zona Comum de Pesca entre Argentina e Uruguai (36 S), o comprimento total de primeira maturação é 43,1cm para machos e 55,9cm para fêmeas. Vooren (1998) constatou que Squalus mitsukurii migram do Rio Grande do Sul (Brasil) para costa do Uruguai e Argentina no inverno para se reproduzirem e no verão retornam para costa sul do Brasil. Essa observação é confirmada por Oddone et al. (21), que observou 49,8% das fêmeas grávidas no final do outono na costa do Uruguai-Argentina, caindo para 21,4% na primavera. Fischer (23) identificou duas espécies do gênero na costa do Estado de Pernambuco, Squalus asper e S. mitsukurii, sendo que S. asper variou seu comprimento total entre 51,cm e 123,5cm e a espécie S. mitsukuri teve seu comprimento total variando entre 56,cm e 73,cm. Este gênero de tubarão se distribui globalmente ocupando mares temperados e/ou tropicais, estando presentes perto da costa ou afastada dela, ocupando diferentes extratos da coluna d água (CARPENTER, 23; COMPAGNO et al., 25; CAVANAGH et al., 27). Esta ampla faixa de distribuição remete o problema que existe na sistemática deste gênero ao longo dos anos. O gênero Squalus sofreu recentemente várias revisões taxonômicas, tendo como resultado a descrição de espécies novas. A exemplo disso, Last 3

16 et al. (27) descreveu 11 novas espécies para o gênero e várias outras espécies foram revisadas (LAST et al., 27; EBERT et al., 21). Estes estudos revelam a complexa taxonomia do gênero e a identidade nominal bastante duvidosa de várias espécies, fato associado à sobreposição de caracteres morfológicos entre diversas regiões do globo (FIGUEIREDO, 211). Vários trabalhos regionais sobre o gênero foram desenvolvidos, entretanto, a maioria das espécies é considerada sinônima. Portanto, o presente trabalho utilizou o recente estudo do Naylor et al. (212), que identificou geneticamente para a região sul do Brasil a espécie Squalus sp.. A falta de conhecimento, a importância da atividade pesqueira na região Sudeste e Sul do país (VOOREN et al., 1998) e a possibilidade de aumento da explotação deste recurso na região de talude, reforçam a importância do estudo da distribuição e estrutura populacional dos tubarões do gênero Squalus na costa do Estado de Santa Catarina. 4

17 2. OBJETIVOS 2.1 Objetivo Geral Analisar a distribuição e estrutura populacional dos tubarões da espécie Squalus sp. no talude continental entre Itajaí a Cabo de Santa Marta, SC (27ºS-29ºS) Objetivo Específico a) Estudar a distribuição espacial da espécie Squalus sp. no talude continental do sul do Brasil; b) Determinar a estrutura de comprimentos de Squalus sp.; c) Analisar mudanças espaço-temporais na estrutura de comprimento de Squalus sp.; d) Determinar variações espaço-temporais na relação macho e fêmea para Squalus sp.. 5

18 3. METODOLOGIA 3.1. Área de Estudo Os indivíduos obtidos para o presente estudo são provenientes de capturas realizadas na região do talude do sul Brasil, entre as latitudes 27 o S (Itajaí-SC) e 29 o S (Cabo de Santa Marta-SC), e isóbatas de 19 e 7 metros de profundidade (Fig. 1). 49 '"W 48 '"W 47 '"W 26 '"S 26 '"S 27 '"S 27 '"S 28 '"S 28 '"S 29 '"S 29 '"S Legenda: Litoral de Santa Catarina Lances Realizados Lances com Captura 49 '"W 48 '"W Km 47 '"W ± Figura 1: Área de estudo entre Itajaí (27 o S) e Cabo de Santa Marta (29 o S), com localização dos lances de pesca efetuados, com e sem captura da espécie Squalus sp.. 6

19 3.2. Coleta do Material Para o presente trabalho foram utilizados indivíduos da espécie Squalus sp., coletados em quatro cruzeiros do Projeto Calamar realizado pelo CEPSUL (Centro de Estudo e Gestão Pesqueira do Sudeste e Sul do Brasil) - IBAMA (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente) em parceria com o Grupo de Estudos Pesqueiros (GEP) do CTTMar- UNIVALI (Centro de Ciências Tecnológicas da Terra e do Mar - Universidade do Vale do Itajaí), realizados nos meses de agosto e setembro de 24, e maio e outubro de 25, utilizando o navio de pesquisa Soloncy Moura, pertencente ao CEPSUL/IBAMA. Nas capturas foi utilizada uma rede de arrasto de fundo com portas, e cada arrasto teve duração aproximada de 3 minutos. No primeiro cruzeiro aconteceram 23 lances de pesca, no segundo foram 29 lances de pesca, no terceiro 11 lances e no último cruzeiro ocorreram 5 lances, totalizando 68 lances (Tab. 1). Os organismos coletados foram etiquetados e armazenados sob refrigeração no navio de pesquisa Soloncy Moura e posteriormente mantidos congelados (-18 o C) na UNIVALI até o momento das amostragens. Tabela 1: Cruzeiros, lances e respectivos números de indivíduos analisados por sexo do gênero Squalus capturados no talude do sul Brasil entre 24 e 25. Cruzeiro Número de indivíduos analisados Lance Data Total Machos Fêmeas Lula I 3 9/8/ /8/ /8/ /8/4 1 1 Lula II 5 2/9/ /9/ /9/ /9/ /9/ /9/ /9/ /9/ /9/ /9/ Lula III 5 1/5/ /5/ /5/ Lula IV 4 4/1/ Total

20 3.3. Amostragem em Laboratório As amostras foram analisadas no Laboratório de Oceanografia Biológica (LOB) da Universidade do Vale do Itajaí. Na análise de dados biométricos foram registrados dados de comprimento total (cm) e peso total (g). Para medidas de comprimento total foi utilizado um ictiômetro, no caso do peso foi usada uma balança digital com precisão de,1g. Para os indivíduos machos, dados de comprimento do clásper direito e esquerdo foram registrados, como também a rigidez do mesmo. Os dados foram organizados em planilhas eletrônicas Estrutura Populacional A estrutura populacional da espécie Squalus sp. foi definida a partir da composição de tamanhos, baseada no comprimento total (cm) e analisada separadamente para cada cruzeiro de pesca e lance de captura. As análises foram feitas considerando os comprimentos totais por sexo em separado e sexos combinados para cada cruzeiro. Na composição dos sexos, foi verificada a proporção de machos para fêmeas, utilizando Vazzoler (1986), para os diferentes cruzeiros Análise da Distribuição Espacial-Temporal Na análise de distribuição espacial a localização de cada lance foi plotada. A relação da variação de latitude e profundidade das capturas com as composições de comprimento e proporção sexual foram analisadas. Para construção desses mapas foi utilizado o software ArcGIS. Os cruzeiros ocorreram em distintas épocas do ano, o que possibilitou uma superficial análise temporal da espécie Análise de Maturação Sexual Para o estudo de maturação sexual foi utilizado para machos a relação entre o tamanho do indivíduos e o tamanho do clásper, bem como o estado de calcificação do mesmo. A relação comprimento total/comprimento do clásper é representada por uma curva do tipo sigmóide, onde o L5 (comprimento de primeira maturação) foi determinado 8

21 traçando uma reta paralela a abscissa até que esta intercepte a curva, deste ponto baixa-se uma paralela à ordenada. O ponto de encontro da linha com a abscissa corresponde ao valor estimado do L5 (VAZZOLER, 1996). Também foram considerados exemplares maturos aqueles que apresentavam o clásper calcificado/rígido e imaturo os organismos com clásper não calcificado (VAZZOLER, 1986). Para as fêmeas não foi feito análise de maturação sexual, pois os dados coletados não possibilitavam a verificação. Entretanto, para análises posteriores foi considerado como comprimento de primeira maturação, para as fêmeas, estudos pretéritos de Bass et al. (1976), Calderón (1994), Fischer (23), Oddone et al. (21) e Figueirêdo (211). 9

22 4. RESULTADOS E DISCUSSÃO 4.1. Distribuição e Estrutura Populacional Os organismos analisados da espécie Squalus sp. referentes aos quatro cruzeiros, Lula I (inverno), Lula II (inverno-primavera), Lula III (outono), Lula IV (primavera) foram capturados em 18 lances de pesca dos 68 realizados no total. O cruzeiro Lula I abrangeu 23 lances dos quais 4 (17,4%) deles efetuaram a captura de organismos, já o cruzeiro Lula II resultou em 29 lances realizados, sendo que 1 (34,5%) desses com captura do organismo em questão. No cruzeiro III o total de lances com captura foram 3 (27,3%) entre 11 efetuados no outono, e no último cruzeiro realizado, em apenas um lance (2%) de 5 efetuados houve captura (Tab. 2). Tabela 2: Porcentagem de lances com captura de Squalus sp. por cruzeiro, realizado entre agosto/24 à outubro/25. Cruzeiro Mês/Ano Número de Lances Efetuados Com captura Com captura (%) Lula I Agosto/ ,4 Lula II Setembro/ ,5 Lula III Maio/ ,3 Lula IV Outubro/ , Total , Distribuição de comprimentos No cruzeiro Lula I, o número de organismos capturados foi de 17 indivíduos, com 11 machos e 6 fêmeas, sendo que em dois lances apenas pescou-se exemplares machos e um lance apenas exemplar fêmea (Tab. 1). Os machos deste cruzeiro apresentaram tamanho mínimo de 23,cm e máximo de 47,8cm sendo que a classe de tamanho do comprimento total (CT) predominante foi de 36,-39,9cm, com 36,3% do total da amostra (Fig. 2; Tab. 3). No mesmo cruzeiro, as fêmeas apresentaram tamanho entre 27,5 e 43,3cm, sendo que a classe de tamanho predominante foi de 4,-43,9cm com 5% do total da amostra (Fig. 2; Tab. 3). 1

23 Número de Indivíduos (%) Fêmeas (n=6) Machos (n=11) Comprimento Total (cm) Figura 2: Distribuição de frequência do comprimento total de machos e fêmeas de Squalus sp., capturados durante o cruzeiro Lula I (inverno/24) na costa sul do Brasil (27 o S-29 o S). O cruzeiro Lula II somou um total de 161 exemplares capturados, divididos em 13 machos e 58 fêmeas. Os machos foram encontrados em todos os 1 lances de pesca enquanto as fêmeas estiveram ausentes em dois lances (Tab. 1). O número máximo de organismos machos capturados em um evento de pesca foi 3 e ocorreu no lance #9, e de fêmeas 19 no lance #16 (Tab. 1). O tamanho mínino para machos neste cruzeiro foi de 2,5cm e máximo de 64,cm, sendo a classe mais representativa a de 56,-59,9cm (22,3%) (Fig. 3; Tab. 3). No caso das fêmeas a classe de 24,-27,9cm apresentou o maior número de exemplares (34,5%), sendo que o menor indivíduo mediu 24,cm e o maior 56,cm CT (Fig. 3; Tab. 3). Tabela 3: Comprimento total (cm) mínimo, máximo, médio e desvio padrão (DP) de Squalus sp. capturados em 4 cruzeiros no talude continental do sul do Brasil entre 24 e 25. Comprimento total dos indivíduos (cm) Estação do Ano Machos Fêmeas Mínimo Máximo Média DP Mínimo Máximo Média DP Inverno 23, 47,8 36,5 7,26 27,5 43,3 37,2 5,73 Inverno-Primavera 2,5 64, 43,1 13,88 24, 56, 34,5 9,43 Outono 26,5 63,5 57,1 1,5 42,5 53,5 48,4 5,4 Primavera 25,1 35,4 3, 3,32 22,7 41,5 3,2 5,36 11

24 Número de Indivíduos (%) Fêmeas (n=58) Machos (n=13) Comprimento Total (cm) Figura 3: Distribuição de frequência do comprimento total de machos e fêmeas de Squalus sp., capturados durante o cruzeiro Lula II (inverno-primavera/24) na costa sul do Brasil (27 o S- 29 o S). No cruzeiro de outono foram capturados 17 exemplares (13 machos e 4 fêmeas), sendo que as fêmeas ocorreram apenas em um dos lances (#1) enquanto os machos em 3 lances (#5, #9, #1) (Tab. 1). O tamanho mínimo e máximo encontrado entre os machos foi 26,5cm e 63,5cm (Tab. 3). A classe de comprimento para machos que predomina é 6,-63,9cm com 61,5% do total de exemplares pescados (Fig. 4). A fêmea da espécie Squalus sp. de menor tamanho alcançou 42,5cm CT, já a maior 53,5cm (Tab. 3). Os resultados mostram também que as fêmeas não tiveram uma classe de tamanho predominante (Fig. 4). Diferentemente do cruzeiro Lula II que teve ampla distribuição das fêmeas nas classes de comprimento total, no cruzeiro Lula III foi observado uma amplitude menor, de 4, a 52,cm (Fig. 3; Fig. 4). 12

25 Numero de Indivíduos (%) Comprimento Total (cm) Fêmeas (n=4) Machos (n=13) Figura 4: Distribuição de frequência do comprimento total de machos e fêmeas de Squalus sp., capturados durante o cruzeiro Lula III (outono/25) na costa sul do Brasil (27 o S-29 o S). Com relação ao cruzeiro Lula IV, o número de indivíduos pescados foi 31, sendo 1 machos e 13 fêmeas (Tab. 1). Os exemplares capturados ocorreram somente em um lance (#4) deste cruzeiro (Tab. 1), sendo que isto equivale a 2% do total de lances efetuados, equiparando a porcentagem de lances com captura observada nos demais cruzeiros (Tab. 2). O exemplar macho de menor comprimento total encontrado neste cruzeiro foi de 25,1cm e maior de 35,4cm (Tab. 3). A classe de tamanho predominante na primavera para machos é de 28,-31,9cm, com 4,% do total de indivíduos capturados (Fig. 5). No caso das fêmeas o exemplar com menor comprimento total tinha 22,7cm e o maior 41,5cm (Tab. 3). Igual aos machos, as fêmeas predominaram dentro da classe de comprimento 28,-31,9cm, somando 38,4% do total capturado (Fig. 5). Portanto, comparativamente com os demais cruzeiros, na primavera prevaleceram apenas organismos de pequeno porte. Conforme Oddone et al. (21), a espécie Squalus mitsukurii nasce com comprimento entre 22 e 24cm, o que estaria indicando a presença de juvenis nesta época neste estudo. 13

26 Indivíduos Capturados (%) Número de Indivíduos (%) Fêmeas (n=13) Machos (n=1) Comprimento Total (cm) Figura 5: Distribuição de frequência do comprimento total de machos e fêmeas de Squalus sp., capturados durante o cruzeiro Lula IV (primavera/25) no talude sul do Brasil (27 o S-29 o S). Portanto, entre o período de 24 a 25 no talude do sul do Brasil, a amplitude dos comprimentos totais registrada da espécie Squalus sp. foi entre 2,5 e 64,cm (Fig. 6). A maior abundância em frequência de comprimento dos organismos analisados neste trabalho foi na classe 24,-27,9cm (11,4%) para fêmeas, sendo predominante numericamente em relação aos machos. Para a distribuição de comprimento dos machos foi identificado duas modas (24,-27,9cm e 56,-59,9cm). Fischer (23), diferentemente do presente trabalho, registrou uma maior amplitude de comprimentos dos exemplares, entre 31, e 81,2cm, com fêmeas apresentando moda na classe entre 63, e 74,cm, enquanto os machos apresentaram uma moda entre 41, e 52,cm. Porém, a amplitude encontrada corrobora com Figueirêdo (211), que indicou uma variação do comprimento total para a espécie Squalus mitsukurii entre 24, e 69,cm Fêmeas (n=82) Machos (n=137) Comprimento Total (cm) Figura 6: Distribuição de frequência do comprimento total de machos e fêmeas separadamente de Squalus sp., capturados no talude sul do Brasil (27 o S-29 o S) entre 24 e

27 Indivíduos Capturados (%) Número de Lances (n) Distribuição por profundidade Analisando a distribuição espacial dos exemplares capturados, observou-se que suas ocorrências estão concentradas principalmente na classe de profundidade m (Fig. 7). Esta classe foi responsável por 72,1% (161) dos organismos capturados, na qual foram realizados 33,8% dos lances de pesca, indicando uma distribuição concentrada do gênero na região do talude continental do sul do Brasil (27 o S-29 o S) (Fig. 7). Quando verificado a distribuição por sexo dentro desta classe, observou-se que 65,7% dos machos e 8,2% das fêmeas capturadas situavam-se nela (Fig. 8). Soldera (26) constatou que a espécie Heptranchias perlo no talude de Santa Catarina (27 o S-29 o S) se concentra com maior abundância na profundidade de 35m, o mesmo encontrado para a espécie Squalus sp. no presente trabalho. A variação de profundidade para a espécie Squalus sp. neste trabalho (2 a 5m) corrobora com o encontrado por Graham (25) em Queensland (Austrália), que observou uma distribuição do mesmo gênero entre as profundidade 135 e 435m, entretanto, apresentando distribuição mais uniforme no que foi observado no presente trabalho Exemplares Capturados (n=226) Número de Lances (n=68) Profundidade (m) Figura 7: Distribuição espacial de Squalus sp. na profundidade de captura e número de lances realizados em cada classe de profundidade. 15

28 Indivíduos Capturados (%) Número de Lances (n) (machos=137) (femeas=82) Profundidade (m) Figura 8: Distribuição espacial de Squalus sp. na profundidade de captura para ambos os sexos e número de lances realizados em cada classe de profundidade. Observou-se que no inverno/24 a distribuição dos indivíduos de ambos os sexos predominaram na classe de profundidade 4-449m, com total de 72,7% e 83,3% de machos e fêmeas, respectivamente (Fig. 9). Este predomínio não ocorreu devido ao esforço de captura exercido nesta profundidade, pois nesta classe realizou-se 8,7% do total de lances, enquanto na classe m registraram-se o dobro de lances e captura de 18,2% e 16,7% de machos e fêmeas, respectivamente (Fig. 9). Um total de 6,9% de lances em outras classes de profundidade foi realizado, porém, nenhum indivíduo foi capturado (Fig. 9). Estes dados sugerem uma área limitada no inverno para Squalus sp. No final do inverno e início da primavera/24 65% dos machos e 79,7% das fêmeas estavam distribuídas na classe de profundidade m, onde ocorreram 41,4% dos lances (Fig. 1). Na classe 3-349m foram efetuados 24,1% dos lances, porém, apesar do esforço exercido, nesta profundidade a captura realizada representou apenas 1,9% e 3,3% de machos e fêmeas, respectivamente (Fig. 1). Nos 17,2% de lances realizados na classe de 4-449m, a captura de machos representou 31,1% e de fêmeas 6,8% do total. Esse fato mostra que apesar do menor esforço de pesca em relação a classe de 3-349m, a captura foi superior (Fig. 1). Os dados do cruzeiro de inverno/primavera demonstraram 16

29 Indivíduos Capturados (%) Número de Lances uma distribuição espacial da espécie de Squalus sp. mais ampla se comparado ao cruzeiro de inverno (Fig. 9; Fig. 1). No outono/25 todas as fêmeas capturadas encontravam-se na classe de profundidade m, este predomínio também ocorreu com os machos, onde 84,6% do total foi capturado nesta profundidade (Fig. 11). Apesar das classes de profundidade e 3-349m representarem juntas 36,4% do esforço de captura, nenhum organismo foi capturado, o mesmo observado para a classe de (Fig. 11). Na primavera, 1% dos indivíduos encontravam-se na classe de profundidade m, onde o esforço de captura realizado foi 4% do total de (Fig. 12). Nas classes de 3-349m e de m não houve capturas, apesar de representarem 6% de lances realizados (Fig. 12). Vale ressaltar que classes de profundidade que apresentaram capturas em outras cruzeiros não foram amostradas neste (e.g. 4m) (Fig. 11; Fig. 12) Cruzeiro Lula I Machos (11) Fêmeas(6) Lance (23) Profundidade (m) Figura 9: Distribuição espacial de Squalus sp. em diferentes profundidades para ambos os sexos e número de lances realizados em cada classe de profundidade do Cruzeiro Lula I (inverno/24). 17

30 Indivíduos Capturados (%) Número de Lances Indivíduos Capturados (%) Número de Lances Indivíduos Capturados (%) Número de Lances Cruzeiro Lula II Machos (13) Fêmeas(59) Lances (29) Profundidade (m) Figura 1: Distribuição espacial de Squalus sp. na profundidade de captura para ambos os sexos e número de lances realizados em cada classe de profundidade do Cruzeiro Lula II (invernoprimavera/24) Cruzeiro Lula III Machos (13) Fêmeas(4) Lance (11) Profundidade (m) Figura 11: Distribuição espacial de Squalus sp. na profundidade de captura em ambos os sexos e número de lances realizados em cada classe de profundidade do Cruzeiro Lula III (outono/25) Cruzeiro Lula IV Machos (1) Fêmeas(13) Lance (5) Produndidade (m) 2 1 Figura 12: Distribuição espacial de Squalus sp. na profundidade de captura em ambos os sexos e número de lances realizados em cada classe de profundidade do Cruzeiro Lula IV (primavera/25). 18

31 Proporção sexual Nos cálculos de proporção sexual entre machos e fêmeas utilizou-se o teste do x 2 (VAZZOLER, 1986). Para o período total (24 a 25), o estudo mostrou que a espécie Squalus sp. apresenta diferença estatisticamente significativa na proporção de machos e fêmeas, com 62,6% de machos e 37,4% de fêmeas (Fig. 13), diferindo do encontrado por Calderón (1994) para S. megalops e S. mitsukurii. Macho 63% Fêmea 37% Figura 13: Porcentagem de machos e fêmeas nas amostras, entre 24 e 25. A proporção macho/fêmea para Squalus sp. no inverno/24 foi de 1,7:1 (64,7% de machos e 35,3% de fêmeas), igualmente, o cruzeiro Lula II (inverno-primavera/24) apresentou dominância de machos, com 63,6% de machos e 36,4% de fêmeas (Fig. 14). O predomínio de organismos macho também ocorreu no outono/25, onde 76,5% dos indivíduos capturados eram machos e 23,5% fêmeas. Diferente deste padrão, Fischer (23), em seu estudo na costa nordeste do Brasil, registrou baixa captura de machos (15,1%) durante todos os cruzeiros, e indicou que poderia ser devido a uma segregação sexual, com as fêmeas encontrando-se em uma diferente região ou profundidade. Esse comportamento foi observado por Bullis (1967 apud FISCHER, 23) para Galeus arae, que mostrou um padrão de segregação sexual por profundidade. Apenas na primavera/25 a ocorrência de captura para fêmeas foi superior a dos machos, porém, estatisticamente não ocorre diferença significativa entre os sexos (Tab. 4; Fig. 14). 19

32 Indivíduos Capturados (%) Tabela 4: Proporção sexual da espécie Squalus sp. por estação do ano entre 24 e 25 no talude continental do sul do Brasil (27 o S 29 o S). Número % Estação do Ano X 2 M/F Fêmeas Machos Fêmeas Machos Inverno/ ,3 64,7 8,6436* 1,8:1 Inverno-Primavera/ ,4 63,6 7,3984* 1,7:1 Outono/ ,5 76,5 28,9* 3,25:1 Primavera/ ,5 43,5 1,69,8:1 Total ,4 62,6 6,354* 1,7:1 * = significativo ao nível de 5% Fêmeas Machos Inverno/24 Inverno-Primavera/24 Outono/25 Primavera/25 Estação do Ano Figura 14: Porcentagem de machos e fêmeas nas amostras por estação do ano, entre 24 e 25. Em relação as classes de comprimento, foi observado predominância de fêmeas apenas na classe 24,-27,9cm, sendo que as demais registraram dominância de machos, com diferença significativa (Fig. 15). O domínio total de machos ocorre nas classes 6,- 63,9 e 64,-67,9cm (Fig. 15), demonstrando possível segregação sexual por tamanho. Observou-se que a classe de tamanho com 24,-27,9cm não possuía diferença significativa na proporção sexual, fato que pode estar relacionado aos organismos serem juvenis, que como indicado por Fischer (23), a proporção sexual dos embriões para Squalus sp. é próxima de 1:1. 2

33 Indivíduos Capturados (%) Fêmeas Machos Comprimento Total (cm) Figura 15: Porcentagem de machos e fêmeas nas amostras por classe de tamanho, entre 24 e 25. A proporção macho/fêmea para as classes de profundidade são significativas nas classes 2-249, 4-449, e 5-549m (Fig. 16). O predomínio de machos ocorreu nas classes 2-249, , e 5-549m, com 1%, 57,7%, 83,3% e 1% respectivamente (Fig. 16). As fêmeas foram dominantes em relação aos machos apenas na classe m, totalizando 85,7% (Fig. 16). Esse padrão pode estar associado a uma segregação sexual em relação à área de profundidade, fato já caracterizado por FISCHER (23) na costa nordeste do Brasil. Braccini et al. (26a) observou segregação por sexo e tamanho (com fêmeas e machos juvenis segregando com fêmeas adultas) para Squalus megalops, entretanto, no presente trabalho mostra machos adultos juntamente com fêmeas e machos juvenis de Squalus sp. Este evento pode estar ocorrendo devido a época ou profundidade dos cruzeiros realizados, pois conforme Louro (27) no outono/97, fêmeas do gênero Squalus em gestação foram capturadas entre 125 e 275m de profundidade, tendo captura de imaturas em profundidades superiores a 275m. Esta análise realizada por Louro (27) corrobora com o observado neste trabalho, onde a proporção sexual para profundidade tinha diferença significativa, predominando organismos machos e a presença de fêmeas juvenis. 21

34 Indivíduos Capturados (%) Fêmeas (82) Machos (137) Profundidade (m) Figura 16: Porcentagem de machos e fêmeas nas amostras por classe de profundidade Primeira maturação Para o cálculo do tamanho de primeira maturação sexual de machos de Squalus sp. utilizou-se a relação comprimento total e porcentagem de indivíduos maturos (com clásper calcificado) (Fig. 17). Pode-se observar, que o tamanho de primeira maturação sexual para os machos de Squalus sp. é entre 48,-51,9cm e o comprimento total onde todos os organismos estão aptos para reprodução 52,cm (Fig. 17). Na análise da relação entre comprimento do clásper (cm) e comprimento total (cm) para diferentes estágios de calcificação do mesmo, observa-se que acima de 5cm de comprimento do clásper 1% dos indivíduos já estavam maturos (Fig. 18). Oddone et al. (21), observou em seu estudo, indivíduos machos da espécie S. mitsukurii com tamanho de maturação sexual entre 43,1 e 55,9cm, corroborando com o presente trabalho que constatou exemplares dentro da faixa de tamanho de 48,-51,9cm. Fischer (23), estudando Squalus sp.na costa nordeste do Brasil, registrou tamanho de primeira maturação sexual para entre 4, e 45,cm, sendo similar ao encontrado no presente trabalho (48,-51,9cm). 22

35 Comprimento do Clásper (cm) Indivíduos Maturos (%) Comprimento Total (cm) Figura 17: Relação do comprimento total e porcentagem de indivíduos maturos Calcificado não calcificado Comprimento Total do Clásper (cm) Figura 18: Relação entre comprimento do clásper (cm), estágio de calcificação do mesmo e comprimento total (cm) de Squalus sp. entre 24 e

36 Para as fêmeas de Squalus sp. não foram analisados estado de primeira maturação, entretanto, diferentes trabalhos identificaram a maturação sexual das mesmas (Bass et al., 1976; Calderón, 1994; Fischer, 23; Oddone et al., 21; Figuerêdo, 211) (Tab. 5). Os diferentes autores apresentaram tamanhos de primeira maturação variando entre 51cm e 65cm (Tab. 5). Assim, para o presente trabalho, verificou-se que no inverno/24 não foram capturadas fêmeas maturas, enquanto no inverno-primavera/24 observou-se 11 fêmeas classificadas como adultas. No outono/25, apenas uma fêmea possuía tamanho superior a 51,cm, demonstrando ausência de indivíduos maturos. Na primavera/25 a maior fêmea alcançou comprimento total de 41,5 cm, mostrando ausência de organismos maturos. Tabela 5: Comprimento total (CT) de primeira maturação de Squalus sp. e demais espécies do gênero em trabalhos pretéritos. Espécies Autores Comprimento de primeira maturação (cm) Squalus sp. Fischer (23) 55,-6, Figuerêdo (211) 53, S. megalops Bass et al. (1976) 51,-53, S. mitsukurii Calderón (1994) 65, Oddone et al. (21) 55, Estágios de Maturação Foi calculada variação temporal da frequência de estágios de maturação para machos (VAZZOLER, 1986) e observou-se uma predominância de indivíduos imaturos em três períodos estudados (Fig. 19). Por outro lado, na primavera/25 o registro de organismos imaturos foi menor, mesmo período que foi capturado grande quantidade de maturos (Fig. 19). Conforme o trabalho de Oddone et al. (21), a espécie Squalus mitsukurii se distribui na costa da Argentina e Uruguai predominantemente com machos adultos em todas as estações do ano, diferentemente do presente trabalho que verificou no inverno e primavera a ausência significativa destes indivíduos. A segregação entre indivíduos de diferentes sexos e estágios de maturidade é um padrão frequente e observado por Louro (1995), que 24

37 Número de Indivíduos (%) constatou machos e fêmeas se agrupando para acasalamento e se separando em épocas de parto. Esta é uma estratégica utilizada para evitar competição por alimento, agressão entre indivíduos de diferentes tamanhos e diferenças na capacidade natatória (Springer, 1967 apud Fischer, 23). 1 8 Imaturo Maturo Inverno/24 Inverno-Primavera/24 Outono/25 Primavera-25 Estação do Ano Figura 19: Representação de frequência de indivíduos adultos e juvenis machos de Squalus sp., considerando por estação do ano. No cruzeiro Lula III, a amplitude de comprimentos totais indica a ausência de indivíduos neonatos no outono, diferente do afirmado por Soldera (26) para a espécie Heptranchias perlo para mesma época e região. Este fato pode estar ligado a estratégia de vida, isto é, sincronismo na ocupação das espécies na época de recrutamento, evitando competição entre as mesmas (e.g. alimento, espaço). O evento de sincronismo é observado em outras espécies e regiões, como mostrado por Mazzoleni (26), que registrou no litoral centro-norte do Estado de Santa Catarina (Brasil), três espécies (Rhizoprionodon lalandii, Sphyrna lewini e Carcharhinus obscurus) com parto na mesma região em períodos diferentes. A relação tamanho de primeira maturação com amplitude de comprimentos totais dos indivíduos capturados, sugere que a área estudada seja de recrutamento da espécie de Squalus sp. 25

38 Distribuição por região Observou-se analisando a área de estudo que os lances realizados se concentravam em 3 localizações assim definidas pelo autor: A) Norte; B) Centro e; C) Sul (Fig. 21). Verificou-se que independentemente da profundidade, a região do centro não registrou captura de Squalus sp., mesmo somando 22,1% do esforço de pesca realizado na área (Fig. 21; Fig. 22). A região norte registrou 68 (31,%) exemplares amostrados (Fig. 2), sendo 72,1% machos e 27,9% fêmeas (Fig. 22). No Sul foram capturados 69,% Squalus sp. (Fig. 22), sendo 88 machos e 63 fêmeas (Fig. 22). As regiões Norte e Sul estão localizadas em áreas de irregularidade do talude (canyons) (Fig. 21). Este fato pode estar influenciando a concentração de indivíduos nessas regiões, pois na quebra da plataforma pode ocorrer ressurgência de águas ricas em nutrientes e, consequentemente, altas taxas de produtividade primária e secundária na região (Odebrecht e Castello; Gaeta e Brandini apud Gasalla, 27). Como observado por Madureira et al. (25) as áreas do presente estudo são locais de concentração de cefalópodes (Illex argentinus), alimento que compõe a dieta de espécies de tubarões (Soldera, 26). "Norte" (68) 31% "Sul" (151) 69% Figura 2: Porcentagem de machos e fêmeas nas amostras por região, entre 24 e

39 Figura 21: Área de estudo localizada no talude continental do sul do Brasil (27 o S-29 o S) e lances realizados, divididos em 3 regiões ("A", "B" e "C"). 27

40 (%) (%) Norte Sul Centro Machos (137) Fêmeas (82) Número de Lances (68) Figura 22: Relação de organismos capturados da espécie Squalus sp. em ambos os sexos, esforço de pesca, separados por região (Norte, Sul e Centro) entre os Cruzeiros Lula I, II, III e IV. No inverno/24 na região norte não foram capturados fêmeas, apenas a região sul (Fig. 23). Os machos nesta época foram registrados em ambas as áreas ( A e C ), porém mais abundante no sul (Fig. 23). Nos cruzeiros Lula II (inverno-primavera/24), Lula III (outubro/25) e Lula IV (primavera), o esforço de pesca foi superior no norte, porém, nenhum deles registrou captura superior ao da região sul (Fig. 23, Fig. 24, Fig. 25, Fig. 26) Inverno/24 Norte Sul Machos (11) Fêmeas (6) Número de Lances (23) Figura 23: Relação de organismos capturados da espécie Squalus sp. em ambos os sexos, esforço de pesca, separados por região ( Norte, Sul ) para o Cruzeiro Lula I (inverno/24). 28

41 (%) (%) (%) Inverno-Primavera/24 Norte Sul Machos (13) Fêmeas (59) Número de Lances (29) Figura 24: Relação de organismos capturados da espécie Squalus sp. em ambos os sexos, esforço de pesca, separados por região (Norte, Sul) para o Cruzeiro Lula II (inverno-primavera/24) Outono/25 Norte Sul Machos (13) Fêmeas (4) Número de Lances (11) Figura 25: Relação de organismos capturados da espécie Squalus sp. em ambos os sexos, esforço de pesca, separados por região (Norte, Sul) para o Cruzeiro Lula III (outono/25) Primavera/25 Sul Machos (1) Fêmeas (13) Número de Lances (5) Norte Figura 26: Relação de organismos capturados da espécie Squalus sp. em ambos os sexos, esforço de pesca, separados por região (Norte, Sul) para o Cruzeiro Lula IV (primavera/25). 29

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