EUROPA MEDIEVAL E CIVILIZAÇÃO ISLÂMICA

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1 CAPÍTULO 8 EUROPA MEDIEVAL E CIVILIZAÇÃO ISLÂMICA

2 Idade Média ( ) Alta Idade Média (séculos V-X) Baixa Idade Média (séculos XI-XV) Fonte: HILGEMANN, Werner; KINDER, Hermann. Atlas historique: de l apparition de l homme sur la terre à l ère atomique. Paris: Perrin, p º N O avanço dos povos germânicos na Europa (séculos IV a VI) OCEANO ATLÂNTICO HISPÂNIA Córdoba Sevilha Toledo 360 km Toulouse BRITÂNIA Londres 0º Lutécia Reims (Paris) GÁLIA Cartagena ÁFRICA MAR DO NORTE anglos saxões Rio Reno vândalos Milão Narbona Marselha francos Cartago GERMÂNIA Aquileia Ravena ITÁLIA Roma Léptis Magna MAR BÁLTICO Siracusa Rio Dan úbio visigodos lombardos Rio Diniester DÁCIA MACEDÔNIA visigodos MAR MEDITERRÂNEO ostrogodos MAR NEGRO Constantinopla Niceia Éfeso Alexandria Rio Don Antioquia Rio Nilo MAR CÁSPIO Rio Eufrates Rio Tigre FERNANDO JOSÉ FERREIRA Império Romano do Ocidente Império Romano do Oriente Povos germânicos Fragmentação do poder na Europa Os povos germânicos integraram-se ao Império Romano como federados e foram convertidos ao cristianismo. Iniciou-se o processo de formação dos reinos germânicos.

3 Alta Idade Média: reino dos francos Dinastia Merovíngia (a partir do século V) Dinastia Carolíngia (a partir do século VIII) Clóvis converteu-se ao cristianismo e expandiu o Reino Franco pela Gália; distribuiu terras ao clero e à aristocracia de guerreiros. Carlos Martel Pepino, o Breve Carlos Magno Foi coroado rei do Sacro Império Romano-Germânico, em 800, pelo papa Leão III. Luís, o Piedoso Consolidou-se a aliança entre a Igreja Católica e o Reino Franco.

4 Feudalismo Desagregação do Império Romano Ruralização Reinos germânicos Colonato Vassalagem Feudalismo Enfraquecimento do poder central Servidão Economia de subsistência Cristianismo Feudalismo Sociedade estamental Vassalagem Comércio reduzido

5 Sociedade feudal Poder econômico e religioso Poder econômico, político e militar Relação de vassalagem Clero Suserano Cedia um benefício (feudo) em troca de fidelidade. Vassalo Prestava homenagem e fazia um juramento de fidelidade. Em troca, recebia o benefício (feudo). Nobreza Campesinato Trabalho servil nas diferentes áreas do senhorio Manso senhorial Toda a produção pertencia ao senhor (corveia). Manso servil Parte da produção era entregue ao senhor (talha). Manso comum Os recursos podiam ser retirados por todos os moradores do senhorio. Vilões: trabalhadores livres que vagavam pelos senhorios em busca de trabalho.

6 Origem do islã n No século VII, a Península Arábica era: ocupada por integrantes de tribos nômades e seminômades (beduínos); marcada por fluxo comercial intenso; habitada por praticantes de religião politeísta. 570 Nasceu Maomé, em Meca. Maomé entrou em contato com o cristianismo e o judaísmo. 610 Segundo a tradição muçulmana, Maomé recebeu as revelações do arcanjo Gabriel e deu início às pregações. 622 Perseguidos, Maomé e seus seguidores retiraram-se de Meca e foram para Yatrib (episódio conhecido como Hégira). Esse episódio marcou o início do calendário muçulmano Maomé unificou as tribos árabes em torno da crença em Allah e do esforço em expandir a fé islâmica.

7 Islã: doutrina religiosa Livros n Alcorão: para os muçulmanos, contém a palavra de Deus revelada a Maomé pelo arcanjo Gabriel. Suas normas foram utilizadas para a organização de um Estado teocrático muçulmano. n Suna: reúne textos sobre a vida de Maomé e seus ensinamentos. Serve como manual de conduta para os muçulmanos. n Os cinco pilares (deveres do fiel): Crença em um único Deus (Allah) e em Maomé, seu último profeta. Caridade a todos que estiverem necessitados. Oração cinco vezes ao dia com o corpo voltado para Meca. Jejum durante o mês do Ramadã. Peregrinação a Meca pelo menos uma vez na vida se tiver condições físicas e financeiras.

8 Sucessão do profeta e expansão do islã Fundação do islamismo por Maomé (século VII) Divisão entre muçulmanos xiitas e sunitas logo após a morte de Maomé. Domínio omíada (séculos VII-VIII) Continuidade da expansão muçulmana iniciada pelos primeiros califas; bloqueio na Europa Ocidental pelos francos. Domínio abássida (séculos VIII-XIII) Prosperidade e paz interna; enfraquecimento após os ataques do Império Mongol. Domínio otomano (séculos XIII-XIX) Tolerância religiosa, prosperidade comercial e forte poder bélico.

9 A expansão do Império Islâmico FERNANDO JOSÉ FERREIRA OCEANO ATLÂNTICO 40º N Sevilha 0º MERIDIANO DE GREENWICH PENÍNSULA IBÉRICA Tânger Córdoba MAGREB 340 km Poitiers Barcelona CARTAGO Roma MAR MEDITERRÂNEO Trípoli TRIPOLITÂNIA Constantinopla Atenas Creta LÍBIA MAR NEGRO Chipre Alexandria EGITO Rio Nilo Antioquia Damasco Jerusalém MAR VERMELHO MAR CÁSPIO ARMÊNIA Rio Tigre Rio Eufrates Bagdá PENÍNSULA ARÁBICA Medina (Yatrib) Meca MAR DE ARAL Golfo Pérsico PÉRSIA Rio Indo OCEANO ÍNDICO Arábia na época de Maomé ( ) Expansão sob os quatro primeiros califas ( ) Expansão sob os califas omíadas ( ) Domínio abássida ( ) Império Bizantino Fonte: DUBY, Georges. Atlas historique. Paris: Larousse, p , 209.

10 Baixa Idade Média: transformações do feudalismo Crescimento demográfico Aumento da produção agrícola. Fim das guerras contra os bárbaros. Ausência de epidemias. Novas formas de trabalho Campo Abolição de obrigações servis. Desenvolvimento do trabalho assalariado. Abandono dos campos. Cidades Desenvolvimento das corporações de ofício. Desenvolvimento do comércio e dos bancos.

11 Retomada do comércio de longa distância. Realização de atividades comerciais e manufatureiras. Formação das feiras e das caravanas de comerciantes. Feiras medievais: locais de grandes negócios (séculos XI a XIII) OCEANO ATLÂNTICO 45º N Porto Lisboa Cádiz Londres Leipzig Bruges Frankfurt Flandres Praga Paris Lagny Bar-Sur-Aube Augsburgo Cracóvia Troyes Viena Budapeste Milão Lyon Veneza Bordeaux Gênova Florença Toulouse Marselha Belgrado Pisa Ceuta York Barcelona Medina do Campo MERIDIANO DE GREENWICH 0º MAR DO NORTE 320 km Túnis Estocolmo Roma Nápoles Riga MAR MEDITERRÂNEO Kiev Novgorod Alexandria Moscou MAR NEGRO Constantinopla Cairo Damasco Bagdá FERNANDO JOSÉ FERREIRA Área comercial Hanseática Genovesa Veneziana Catalã Champagne Rota comercial Terrestre Marítima Caravanas Feiras comerciais Fonte: DUBY, Georges. Atlas historique mondial. Paris: Larousse, p

12 HISTÓRIA: DAS CAVERNAS Cruzadas Buscava reunificar a cristandade. Igreja Procurava suprir a falta de terras. Sob domínio muçulmano Expedição militar Aristocracia feudal Total: oito Cruzadas. Clermont Toulouse Aigues-Mortes 3ª Cruzada MERIDIA 2ª Cruzada Vézelay Lyon Gênova MAR NEGRO Veneza Milão Marselha Zara Ragusa Niceia Durazo Túnis Edessa Antioquia Candia MAR MED ITERRÂNEO 0 4ª Cruzada Fonte: DUBY, Georges. Atlas historique mondial. Paris: Larousse, p. 66. R4-VDHC-SP-Aula-P01-U01-C08-M17.indd 12 Resultado: retomada da cidade de Jerusalém pelos muçulmanos. Constantinopla Famagouste ÁFRICA Duração: dois séculos. Andrinopla Pisa Bari Amalfi NO DE GR EENWICH Lisboa ÁSIA Ratisbona Paris 350 km 1ª Cruzada EUROPA Bruges FERNANDO JOSÉ FERREIRA As Cruzadas (séculos XI a XIII) Londres Canterbury Jerusalém Trípoli Damasco São João de Acre Jerusalém Damieta Consequências: formação de rotas comerciais e de cidades; contato do Ocidente com a ciência islâmica e a filosofia greco-romana; introdução das especiarias na Europa. 23/05/17 8:06 pm

13 Crise do sistema feudal (século XIV) Aumento populacional: necessidade de maior produção de alimentos. Transformação de florestas em áreas cultiváveis. Comprometimento da produção agrícola causado por alterações climáticas (chuvas torrenciais e frio intenso). Entrada na Europa, pelos portos italianos, da bactéria da peste bubônica. Crescimento populacional nas cidades com péssimas condições sanitárias. França e Inglaterra: rivalidades políticas e econômicas. Fome Peste Guerra Diminuição da população. Crise social e econômica. Revoltas camponesas e urbanas. Desestabilização do sistema feudal.