A organização do Sistema Único de Saúde para atuação em desastres
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- Matheus Henrique Olivares Chaplin
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1 VIII REUNIÃO DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA DE ALIMENTAÇÃO A organização do Sistema Único de Saúde para atuação em desastres Goiânia - GO Agosto de 2012
2 Marco legal A Constituição Federal (CF) de 1988 estabelece a Saúde como direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doenças e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação. Na CF, compete à União: Planejar e promover a defesa permanente contra as calamidades públicas, especialmente as secas e as inundações.
3 Marco legal Em março de 2005 a Instrução Normativa nº 1, regulamenta a Portaria 1.172/2004 no que se refere às competências da União, Estados e Municípios na área de Vigilância em Saúde Ambiental. A Portaria nº 372, de março de 2005, constitui Comissão referente ao atendimento emergencial aos estados e municípios acometidos por desastres naturais e/ou antropogênicos.
4 Marco legal Portaria Nº 2.952, de 14 de dezembro de 2011, Regulamenta, no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS), o Decreto nº 7.616, de 17 de novembro de 2011, que dispõe sobre a declaração de Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional (ESPIN) e institui a Força Nacional do Sistema Único de Saúde (FN-SUS).
5 Marco legal Protocolo Nacional para a Proteção Integral de Crianças e Adolescentes Portaria Interministerial de 12 de julho de 2012, estabelece diretrizes e responsabilidades de agentes do poder público estaduais, municipais e federal; da sociedade civil; do setor privado e de agências de cooperação internacional, para que atuem em situação de riscos e desastres no desenvolvimento de ações de preparação, prevenção, resposta e recuperação.
6 Marco legal Decreto 7508 de 28 de junho de 2011, que regulamenta a Lei 8080/90 - Organização da atenção à saúde nos desastres por Região de Saúde e pela Rede de Saúde - Incluir os riscos e as necessidades no Mapa de saúde e no Contrato Organizativo da Ação Pública de Saúde (COAP)
7 Programa Nacional de Vigilância em Saúde Ambiental dos Riscos Associados aos Desastres
8 Justificativa Aumento da vulnerabilidade humana relacionada ao modelo de desenvolvimento, com profundas repercussões nas condições de vida e saúde do homem; Processos não sustentáveis de uso e ocupação do território; Adoção de matrizes tecnológicas (química e nuclear) sem incorporação de política eficiente para gestão de riscos de acidentes.
9 Campo de Atuação Exposição: crônica Exposição: aguda Desastres de origem natural Seca/estiagem Chuvas, ventos e granizo (inundações, tornados, geadas,etc) Segurança Química VIGIPEQ: vigilância de exposição a contaminantes químicos VIGIAPP: Acidentes com Produtos Perigosos VIGIFIS: Fatores Físicos Radiação Natural elevada Fontes radiativas comerciais Emergência rádio-nuclear
10 Desastres no Brasil Densidade populacional dos municípios afetados por desastres, Brasil, N. de habitantes por município Total de municípios afetados Até ,7 De a ,0 De a ,4 Acima de ,9 Fonte: SEDEC/MI - Organização: Cerutti, 2007 %
11 Desastres de grande magnitude no Brasil Alagoas e Pernambuco municípios afetados (27 ECP) 47 óbitos desabrigados ou desalojados 97 estabelecimentos assistenciais de saúde afetados
12 Desastres de grande magnitude no Brasil Região Serrana Rio de Janeiro municípios afetados (ECP) 889 óbitos desabrigados ou desalojados 43 estabelecimentos assistenciais de saúde afetados
13 Desastres de grande magnitude no Brasil Vale do Itajaí SC municípios atingidos 14 ECP casas danificadas/destruídas desalojados e desalojados (29/11/2008) afetados ( população total) 195 postos de saúde danificados/destruídos (6 dias parados) 2 hospitais danificados Perda de vacinas, medicamentos, equipamentos 4 Estações de Tratamento de Água danificadas 1 Ponto de captação de água destruído 19 ambulâncias danificadas (praticamente todas elas ficaram isoladas, por algum período (Brasil, 2008)
14 Eventos por Estado, Brasil, Fonte: SEDEC-MI. Elaboração: Vigidesastres
15 Como os desastres afetam a saúde pública - Mortes, ferimentos e doenças - Recursos humanos de saúde - Danificam ou destroem infraestrutura local de saúde e equipamentos - Danificam ou destroem o sistema de saneamento - Danificam ou destroem moradias, estabelecimentos comerciais, prédios públicos etc. - Interrompem os serviços básicos (luz, telefonia, transporte )
16 A VISA pode atuar de duas formas Educando e orientando: é o poder pedagógico educacional. Intervindo: quando necessário, e combatendo irregularidades por meio de inspeções sanitárias: é o poder de polícia, exclusivo do poder público, nas fiscalizações, na aplicação de intimações e infrações, interdição de estabelecimentos, apreensão de produtos e equipamentos etc.
17 Vigilância Sanitária numa situação Setor Regulado: de desastre Comércio de Alimentos e Bebidas. Comércio de Medicamentos. Coleta de Resíduos de Serviço de Saúde. Armazenamento, transbordo e destinação de lixos e entulhos. Unidades de Saúde da Rede Pública. Prestadores de Serviço de Saúde. Escolas. Fonte: VISA Rio do Sul
18 Resultado das ações de visa frente a situação de desastre Na área de Alimentos: Foram vistoriados mais de 100 estabelecimentos entre padarias, supermercados, açougues, lanchonetes, restaurantes e cozinhas de escolas. Foram inutilizados mais de 100 toneladas de alimentos impróprios para o consumo humano. Três distribuidoras de bebidas tiveram seus estoques interditados. Fonte: VISA Rio do Sul
19 Doações
20 Doações Ginásio do Colégio Nossa Senhora das Dores Nova Friburgo
21 Saques
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24 Objetivos do Vigidesastres Geral: Desenvolver um conjunto de ações a serem adotadas continuamente pelas autoridades de saúde pública para reduzir a exposição da população e do pessoal de saúde aos riscos de desastres e a redução das doenças e agravos decorrentes dos mesmos.
25 Objetivos do Vigidesastres Específicos a) Estruturar e habilitar, em especial a vigilância em saúde ambiental, para a gestão dos desastres de origem natural no setor saúde; b) Garantir que os sistemas, procedimentos e recursos físicos, humanos, financeiros e tecnológicos estejam preparados para proporcionar uma assistência rápida e efetiva às vítimas de desastres de origem natural, facilitando assim, as medidas de socorro e o restabelecimento da infraestrutura dos serviços relacionados com a saúde e o bem-estar da população. c) Reduzir os danos à infraestrutura sanitária e de saúde.
26 Premissas Desenvolvimento da Vigilância em Saúde Ambiental dos riscos associados aos Desastres 1. Em consonância com os princípios, diretrizes e pactuação do SUS; 2. Alinhado com as políticas nacionais de Defesa Civil, Meio Ambiente e Proteção Nuclear; 3. Observando-se as diretrizes da OPAS/OMS e da Estratégia Internacional para Redução de Desastres EIRD/ONU; 4. Ênfase na atuação sobre os aspectos de saúde relacionados aos desastres; 5. Enfocando-se a atuação na gestão do risco de desastres.
27 Normalização; Ações estratégicas - MS A estruturação do Vigidesastres nas SES Capacitação de recursos humanos; Identificação dos fatores de risco e das populações vulneráveis; Coordenação do Programa pela Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS/MS) em consonância com a Defesa Civil.
28 Ações estratégicas SES e SMS Instituir um Comitê Operativo de Desastres ou naquelas que já existe Comitê inserir o tema desastres Elaborar plano de Contingência e protocolos
29 Comitê de Saúde em Desastres Objetivo Geral Estabelecer diretrizes para organização, preparação e resposta do setor saúde da SMS, Regional ou SES. Finalidade Otimizar os recursos necessários ao monitoramento e resposta à população atingida pelo evento.
30 Principais áreas do SUS envolvidas I N T E G R A Ç Ã O Vigilância em Saúde Saúde Mental Assistência Pré-hospitalar e Hospitalar Assistência Farmacêutica Laboratório Comunicação Saneamento Administrativo Compras Logística
31 Ações GESTÃO DO RISCO Redução do Risco Manejo do Desastre Recuperação Prevenção Mitigação Preparação Alerta Resposta Reabilitação Reconstrução Estruturar Programa de Vigilância em Saúde Ambiental Relacionado a Desastres na sua esfera de atuação Promover articulação intra e intersetorial Identificar ameaças e vulnerabilidades Identificar população exposta e recursos (rede de saúde) que possam ser impactados Elaborar e implementar planos de preparação e resposta (protocolos de contingência) para o setor saúde promover capacitações e treinamentos Apoiar a busca, o resgate e o socorro das pessoas atingidas Convocar o Comitê de Saúde em Desastres e ativar a sala de situação Notificar o desastre Intensificar as ações de Vigilância em Saúde Ambiental e Sanitária Avaliar os danos (preliminar) Intensificar as ações de vigilância Organizar leitos disponíveis Organizar fluxo de atendimento para agravos prioritários Restabelecer serviço de abastecimento de água Restaurar a rede de serviços e os programas de saúde Avaliar danos (final)
32 Objetivos Específicos Identificar, direcionar e fortalecer ações de atenção integral à saúde da população atingida por desastres, incluindo ações de atenção psicossocial; Intensificar a articulação e integração intrassetorial; Fortalecer a intersetorialidade do setor saúde com outras instituições; Restabelecer o atendimento na rede dos serviços de saúde. Estabelecer fluxo de comunicação dialógica; Fortalecer a participação social e a educação em saúde.
33 Guia de preparação e resposta aos desastres associados às inundações para a gestão municipal do Sistema Único de Saúde
34 Guia de preparação... Parte I - Aspectos Conceituais e Considerações Gerais Parte II Atuação do Setor Saúde Parte III Avaliação de danos e identificação de necessidades em saúde Parte IV Anexos
35 Rede de saúde segura
36 Hospitais seguros estabelecimentos de saúde seguros Estabelecimento de saúde cujos serviços permanecem acessíveis e funcionando em sua máxima capacidade instalada e em sua infraestrutura imediatamente depois de um fenômeno destrutivo de grande intensidade de origem natural. Campanha da OPAS-OMS 2015
37 Efeitos dos desastres na rede A Região da América Latina e Caribe é submetida aos efeitos de diversos tipos de ameaças naturais chegando a configurar verdadeiros desastres pela destruição da infraestrutura do sistema de saúde, pelo aumento drástico da demanda sobre estes serviços e pela degradação das condições de atendimento à população. A infraestrutura de saúde de menor complexidade a que, geralmente, é mais afetada. O dano está estreitamente relacionado com as características de construção (materiais empregados e qualidade técnica da obra) e sua localização.
38 O exemplo de Alagoas As enxurradas danificaram ou destruíram a rede de saúde nos municípios afetados 8 municípios avaliados 34 estabelecimentos danificados/destruídos Especialidades Administração 4 Almoxarifado 1 Análises Clínicas 1 Centro de Diagnóstico 1 CEO 1 Especialidades clínicas 1 Odontologia 2 PSF 19 SMS 1 Unidade Mista 1 VIG 1 VISA 1 Total geral 34
39 Fatores de interferência A ameaça: chuva, vendaval, granizo, escorregamento. A localização do edifício: topografia e estabilidade do terreno, geologia, capacidade de absorção e evacuação das águas. O edifício em si: materiais empregados, tecnologia construtiva aplicada, estado de conservação etc.
40 Assistência farmacêutica
41 Assistência farmacêutica É uma ação primordial na assistência integral aos atingidos, especialmente os desabrigados e os desalojados.
42 A assistência farmacêutica pode ser afetada Danos ou destruição no estabelecimento que os armazenam, causando a perda de tais produtos. Aumento na demanda por medicamentos e insumos estratégicos.
43 Recomendações Avaliar a situação dos almoxarifados, georreferenciar e incluir no mapa de riscos e recursos Prever o aumento na demanda e providenciar a aquisição Prever logística de re-distribuição durante a situação de emergência. Solicitar apoio à SES e ao MS.
44 Kit de medicamentos e insumos estratégicos do MS Instituído pela Portaria GM/MS nº 79/ itens de medicamentos 18 itens de insumos Atende 500 pessoas desabrigadas e desalojadas por três meses
45 Atenção Psicossocial e Saúde Mental
46 Atenção Psicossocial e Saúde Mental Atenção Psicossocial é um termo amplo que envolve toda e qualquer ação desenvolvida para promover o bem estar, cuidar da saúde mental e prevenir transtornos mentais.
47 Atenção Psicossocial e Saúde Mental A negação e o desconhecimento frente ao risco aumentam a vulnerabilidade individual e social. Aqui não pode acontecer Não pode acontecer comigo.
48 Atenção Psicossocial e Saúde Mental Percepção do risco Fatores psicológicos que interferem na percepção do risco. Desconhecimento Negação Onipotência Pensamento mágico
49 Atenção Psicossocial e Saúde Mental Do ponto de vista da saúde mental os desastres implicam uma perturbação psicossocial que ultrapassa a capacidade de manejo ou enfrentamento pela população afetada.
50 Comunicação e Educação em Saúde
51 Informação e Comunicação
52 Informação e Comunicação CARTILHAS BANNERS SPOTS PARA RÁDIOS
53
54 Dulce Fátima Cerutti CGVAM/SVS/MS Tel. (61)
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