CONFEA 21 a 25 de fevereiro de 2011
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- Luana da Rocha Pinheiro
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1 CONFEA 21 a 25 de fevereiro de 2011 Prevenção de Catástrofes...da previsão ao controle Margareth Alheiros UFPE 22/02/2011
2 O que a sociedade sabe sobre Desastres? O que circula na imprensa: imagens com a recorrência dos desastres por chuvas intensas o perigo de morar em encostas e vales o sofrimento da população vitimada a ação insuficiente da defesa civil (Estado) a ação desorganizada do voluntariado as doações da sociedade civil e sua distribuição ineficaz a demora para recuperação das áreas afetadas a falta de profissionais qualificados a falta de planos de ação a lentidão na liberação de recursos
3 Relatório da ONU Desastres naturais atingem 7,5 milhões no Brasil; o País foi atingido por 60 catástrofes naturais entre 2000 a 2010, que deixaram 1,2 mil mortos. Debarati Guha-Sapir (ONU) criticou: "É surpreendente que o Brasil não esteja mais preparado para algo que ocorre com tanta frequência.
4 Opinião de autoridade política O ministro Mercadante disse em 2/fev/2011, que faltam profissionais especializados para a prevenção de desastres naturais no país. O Brasil forma poucos geólogos especializados. Hoje, temos apenas 100. Assim só poderíamos mapear 20 cidades por ano. Em sua palestra hoje, reforçou a necessidade de ampliar o contingente de engenheiros e especialistas para atender aos desafios do crescimento brasileiro. O Brasil tem 11 mil geólogos e forma 30 mil engenheiros por ano
5 Opinião de Especialistas Há competência instalada para reduzir desastres no Brasil; o que falta é fazer o conhecimento chegar aos gestores municipais. É nas cidades onde as pessoas moram e é lá que ocorrem os desastres; quase sempre não há competência técnica, suficiente para prevenir o desastre e para prestar o socorro adequado nas emergências. Um amplo programa de capacitação para técnicos e agentes de defesa civil municipal deve ser retomado nas cidades mais críticas
6 Como prever o desastre? PERGUNTAS BÁSICAS: I. PORQUE E COMO OCORREM : IDENTIFICAÇÃO (processos geológicos + uso e ocupação do solo) II. ONDE E QUANDO OCORREM: PREVISÃO (análise e mapeamento) III. COMO EVITAR OU REDUZIR : PREVENÇÃO (obras, remoções e ações de defesa civil)
7 Quais os conhecimentos indispensáveis? Na escala do município: O MAPA DE SUSCETIBILIDADE (ou perigo, ou risco potencial), contendo a área de influência dos processos do meio físico e hierarquização da sua probabilidade de ocorrência. Na escala urbana: A CARTA GEOTÉCNICA, contendo a delimitação espacial das áreas de influência dos processos do meio físico e uma análise das restrições e aptidões das diversas unidades para a ocupação urbana e sua expansão. Na escala da ocupação: O MAPA DE RISCO, contendo a delimitação espacial das áreas de risco, a análise da vulnerabilidades das ocupações, a hierarquização das situações de risco (baixo, medio, alto e muito alto)
8 Nova Friburgo (jan/2011) Nova Friburgo (maio/2010)
9
10 Suscetibilidade x Vulnerabilidade
11 SUSCETIBILIDADE
12 VULNERABILIDADE
13 Prevenção Sistemas de Alerta Sistema Semi-Automático de Análise de Dados Hidrometeorológicose Ambientais em Apoio ao Gerenciamento de Desastres Naturais Módulo de Mapeamento de Áreas de Risco SISMADEN INPE Mapeamento Municipal de Riscos e Vulnerabilidades a Desastres Naturais Módulo Climático Monitoramento in situ de Áreas de Risco Defesa Civil Informações Meteorológicas Climáticas e Hidrológicas Previsão e Observação de Extremos Sistema Semi-Automático de Monitoramento e Previsão de Desastres Naturais ANÁLISES ALERTAS U S U Á R I O S AÇÕES Cruzamento de informações de valores extremos meteorológicos e hidrológicos (previsões e observações) com potencial de deflagrar desastres naturais (deslizamentos em encostas, inundações e secas prolongadas, etc.) sobre áreas previamente identificadas como de risco.
14 Há diferença entre risco e desastre?
15 Há diferença entre risco e desastre?
16 Se há especificidades, devem ser tratados de forma distinta... mas A cultura da prevenção deve ser aplicada aos riscos e aos desastres Gestão para o Risco Gestão para os Desastres
17 Desafios do Estado Pobreza e desigualdade social Política habitacional não atende à demanda Descontinuidade nas ações de redução do risco Prazos longos para implementação de soluções Pouco investimento em organização social Falta intersetorialidade na gestão pública Falta educação contextualizada
18 Desafios da Sociedade Organização e Consciência Poder para influenciar a decisão Responsabilidade para a cidadania Boas escolhas políticas Exercício da cobrança e da fiscalização
19 Desafios do Desenvolvimento Concentração urbana Desenvolvimento industrial Melhoria da qualidade de vida Adequação à capacidade de mudança do ambiente Respeito à fragilidade dos espaços Rever conceitos e comportamentos frente às mudanças climáticas
20 Esta foi a década da Gestão... Diagnóstico Preliminar da Situação de Risco (2003) I Seminário de Redução de Riscos (Recife, 2003) Programa de Capacitação para a Redução de Riscos (presencial e à distancia 3 mil participantes) Elaboração dos Planos Municipais de Redução de Riscos (80 cidades mais críticas) Apoio a Projetos Básicos para obras de redução de risco II Seminário de Redução de Riscos (BH, 2006) Publicações Técnicas para a Redução de Riscos
21 A nova década exige investimentos... Urbanização de áreas de risco (saneamento ambiental: drenagem, esgotamento sanitário) Construção de moradias em escala, para atender ao déficit da população de baixa renda Relocação de moradias em áreas adequadas Controle de inundações (construção e operação de reservatórios e outras obras estruturadoras diques, comportas, desassoreamento, etc.) Fortalecimento da Defesa Civil e Controle Urbano (qualificação dos técnicos e gestores)
22 ...com destinação efetiva de recursos... Recursos historicamente reduzidos do OGU para a Defesa Civil Nacional Nova MP Nº 494, de 2 de julho de 2010 Dispõe sobre o SINDEC, sobre as transferências de recursos para ações de socorro, assistência às vítimas, restabelecimento de serviços essenciais e reconstrução nas áreas atingidas por desastre, sobre o Fundo Especial para Calamidades Públicas, e dá outras providências. Recursos de emendas parlamentares (contingenciáveis) Recursos do PAC 2 (R$10 bilhões para inundações e R$ 1 bilhão para deslizamentos) Recursos do PAC minha casa minha vida, para urbanização de assentamentos precários (R$ 30 bilhões)
23 ... sem descuidar da gestão... Há inúmeros exemplos de experiências virtuosas em gestão de risco municipal que se perdem por descontinuidades administrativas ou políticas; Experiências em vários países afetados por desastres mostram que o esforço para a sua redução, depende em grande parte das políticas públicas consistentes, da percepção do risco pelas comunidades vulneráveis, da sua confiança nas soluções compartilhadas e na sua capacidade de reagir às adversidades.
24 ...e do fortalecimento institucional. MCidades: Há apenas uma ação orçamentária no OGU, cuja aplicação depende de regras casuísticas; falta uma política clara e um Plano Nacional de Ação, com % de recursos estabelecido; MI: A Defesa Civil Nacional precisa ser fortalecida para apoiar as ações nos municípios; Falta orçamento, qualificação técnica e equipamentos adequados; Outros Ministérios (Saúde, Educação, Ação Social) precisam assumir seus papeis indispensáveis ao desempenho das ações de Defesa Civil
25 Está começando um novo governo sintonizado com as políticas vigentes. Vamos consolidar uma política pública de redução de riscos e desastres, sintonizada com o conhecimento técnico e a organização social disponíveis?
26 Muito Obrigada,
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