Histórias sobre Ética

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1 Histórias sobre Ética

2 Este livro apresenta os mesmos textos ficcionais das edições anteriores.

3 PARA GOSTAR DE LER 27 Histórias sobre Ética LA FONTAINE, MACHADO DE ASSIS, MOACYR SCLIAR LYGIA FAGUNDES TELLES, VOLTAIRE, GUIDO FIDELIS KATHERINE MANSFIELD, LIMA BARRETO LOURENÇO DIAFÉRIA, ARTUR AZEVEDO ÁLVARO CARDOSO GOMES Coordenação geral e seleção de textos Marisa Lajolo Quinta edição 1a impressão cclílo

4 Diretor editorial adjunto: Fernando Paixão Editora adjunta: Cartnen Lúcia Campos Revisão: Ivany Picasso Batista (coord) Lucy Caetano de Oliveira Editora de arte Suzana Laub Editor de arte assistente Antônio Paulos Ilustrações Júlio Mmervmo Colaboração na redação de textos Maht Rangel Criação do projeto original da coleção Jiro Takahashi Suplemento de leitura Veio Libn Editoração eletrônica: Studio Desenvolvimento Editorial: Eduardo Rodrigues Edição eletrônica de imagens Cesai Wolf IMPRESSÃO E ACABAMENTO Corrrmt Gráfica e Editora Ltda ISBN Todos os direitos reservados pela Editora Ática Rua Barão de Iguape, CEP Caixa Postal CEP São Paulo - SP Tel O Fax Internet http // editonalfe atica@com.br Digitalização: Vítor Chaves Correção: Marcilene Aparecida Alberton Ghisi Chaves

5 Sumário Entre o bem e o mal 7 La Fontaine O lobo e o cordeiro 13 Machado de Assis 19 Conto de escola 21 Moacyr Scliar 33 O dia em que matamos James Cagney 35 Lygia Fagundes Telles 41 Antes do baile verde 43 Voltaire 55 A dança 57 Guido Fidelis 65 Conversa de comadres à espera da morte 67 Katherine Mansfield 75 A casa de bonecas 77 Lima Barreto 89 A nova Califórnia 91 Lourenço Diaféria 103 Os gatos pardos da noite 107 Artur Azevedo 113 O custodinho 115 Álvaro Cardoso Gomes 123 Paloma 125

6 Referências bibliográficas 135

7 Entre o bem e o mal Marisa Lajolo Todos nós, mulheres e homens, adultos e jovens, passamos boa parte da vida tendo de optar entre o certo e o errado, entre o bem e o mal. Na realidade entre o que consideramos Bem e o que consideramos Mal. Mas, apesar da longa permanência e universalidade da questão, o que se considera certo e o que se considera errado muda ao longo da história e ao redor do globo terrestre. Ainda hoje, em certos lugares, a pena de morte autoriza o Estado a matar em nome da justiça. Em outras sociedades, o direito à vida é inviolável e nem o Estado nem ninguém tem direito de tirar a vida alheia. Tempos atrás era tido como legítimo espancarem-se crianças, escravizarem-se povos, mutilarem-se mulheres. Nesta virada de século, embora ainda se saiba de casos de espancamento de crianças, de trabalho escravo e de violência contra mulheres, todos estes comportamentos são publicamente condenados na maior parte do mundo. Mas a opção entre o certo e o errado não se coloca apenas na esfera de temas polêmicos que atraem os holofotes da mídia. Muitas e muitas vezes é na solidão da consciência de cada um de 7

8 nós, homens e mulheres, pequenos e grandes, que certo e errado se enfrentam. E a ética é o domínio deste enfrentamento. Nem sempre, no entanto, as decisões entre certo e errado, bem e mal dizem respeito a fazer ou não fazer determinada coisa, praticar ou não praticar determinado ato. Nossas decisões éticas ficam, muitas vezes, afetas apenas a juízos e opiniões. Ou seja, agimos e pensamos segundo nosso senso ético. Mas ninguém nasce com senso ético. Ética se aprende: aprende-se em casa, na escola e na rua. Ao longo de toda a vida, a partir das diferentes experiências que vivemos, vamos reforçando ou alterando nosso senso ético, ou seja, os valores que norteiam nosso comportamento e nosso modo de pensar. Entre as experiências que influenciam nosso senso ético destacam-se as culturais e artísticas. Dentre as artes, sobretudo a literatura: em seu compromisso com a vida humana em suas diferentes manifestações históricas, ela tematiza conflitos éticos, representando o ser humano em situações-limite. Ao flagrar personagens vivendo momentos nos quais bem e mal se entrelaçam intimamente, a literatura tanto registra a vocação ética do ser humano quanto testemunha as dificuldades e os embaraços da 8

9 realização desta vocação. De forma implícita ou explícita. O dilema ético é escancarado, por exemplo, em Hamlet, de Shakespeare, onde o protagonista se debate entre o respeito devido ao tio que se casara com sua mãe viúva, e a suspeita de que este tio era responsável pelo assassinato de seu pai. Já no romance São Bernardo, de Graciliano Ramos, o dilema ético fica implícito na escrita em que Paulo Honório resgata as origens de seu ciúme doentio e homicida pela mulher Madalena. Os contos aqui reunidos ilustram como escritoras e escritores, em diferentes tempos e lugares, fixaram, por meio da escrita, homens e mulheres às voltas com valores e condutas. Assim, na história do lobo e do cordeiro, de La Fontaine, em Os gatos pardos na noite, de Lourenço Diaféria, e O dia em que matamos James Cagney, de Moacyr Scliar, o direito da força entra em choque com a força do direito. As histórias criadas por Voltaire, Artur Azevedo e Álvaro Cardoso Gomes fazem o leitor testemunhar conflitos entre condutas pessoais e o bem público, entre opiniões e vantagens pessoais. E é o difícil equilíbrio entre interesses individuais e valores socialmente aceitos, entre essência e aparência, que encontramos nos contos de Guido Fidelis, Lima Barreto e Machado de Assis. 9

10 Em A casa de bonecas e Antes do baile verde, Katherine Mansfield e Lygia Fagundes Telles trazem para o mundo doméstico feminino e infantil o peso das decisões radicais entre preconceito, egoísmo e generosidade. Em resumo, todas as histórias constróem um universo que, embora de papel e tinta, é como o nosso, onde as pessoas têm constantemente de optar entre diferentes valores e condutas diferentes. E nós leitores, testemunhas desta opção, quem sabe, podemos sair da leitura mais sensíveis e mais preparados para nossas próprias opções éticas? 10

11 La Fontaine

12 O lobo e o cordeiro La Fontaine A razão do mais forte vai sempre vencer é o que adiante vocês hão de ver. Num límpido regato um dia um cordeiro, sereno, bebia. Eis que surge um lobo faminto: Como ousas sujar minha água? Diz o lobo com fingida mágoa: Logo vais receber o castigo por assim desafiar o perigo. Senhor o cordeiro responde, Não te zangues: não vês que me encontro vinte passos abaixo de ti, e, portanto, seria impossível macular tua água daqui? Tu a sujas diz o bicho feroz. Além disso estou informado que falaste de mim ano passado. Como poderia te ter ofendido se não era nascido então, e o leite materno inda bebo? Ora, ora, se não foste tu, com certeza foi teu irmão. Não o tenho. Então foi algum dos teus: pois que nunca me deixam em paz. Tu, teus pastores e cães; necessária a vingança se faz. 13

13 E no fundo da floresta com toda tranqüilidade O lobo devora o cordeiro Sem outra formalidade. Tradução de Luciano Vieira Machado 14

14 La Fontaine O mestre da fábula O escritor francês Jean de La Fontaine nasceu em 1621, na província de Chatêau-Thierry, Champagne, na França central, e morreu em 1695, na cidade de Paris. No tempo em que viveu, ele era considerado uma pessoa que não queria saber de nada além de festas, amores e diversão. Hoje, é considerado um dos maiores escritores da literatura universal. Entre 1668 e 1694, Fontaine publicou os livros de fábulas que até hoje correm o mundo em diferentes versões. Muito embora La Fontaine seja a pessoa quem escreveu e publicou as fábulas, ele não as inventou: foi buscar na obra de Esopo, um professor grego, os enredos que, reescritos em verso, garantiram sua imortalidade literária. Membro da Academia Francesa de Letras, La Fontaine escreveu, além de fábulas, textos para o teatro, contos e poemas. Gênero por definição didático e moralista, a fábula apresenta uma história exemplar, tendo geralmente animais e objetos como personagens. Em sua leitura se aprendem valores e atitudes certos ou errados, bons e maus a serem seguidos ou repudiados. La Fontaine foi um dos responsáveis pela perpetuação das fábulas de Esopo 16

15 A atualidade de O lobo e o cordeiro se deve ao fato do conteúdo do texto ser uma apresentação bem verossímil das relações humanas, principalmente no mundo contemporâneo. Mundo esse tantas vezes definido como um lugar onde o homem é lobo do homem, como já dizia o filósofo Hobbes. 17

16 Machado de Assis

17 Conto de escola Machado de Assis A escola era na Rua do Costa, um sobradinho de grade de pau. O ano era de Naquele dia uma segunda-feira, do mês de maio deixei-me estar alguns instantes na Rua da Princesa a ver onde iria brincar a manhã. Hesitava entre o morro de S. Diogo e o campo de Santana, que não era então esse parque atual, construção de gentleman, mas um espaço rústico, mais ou menos infinito, alastrado de lavadeiras, capim e burros soltos. Morro ou campo? Tal era o problema. De repente disse comigo que o melhor era a escola. E guiei para a escola. Aqui vai a razão. Na semana anterior tinha feito dois suetos, e, descoberto o caso, recebi o pagamento das mãos de meu pai, que me deu uma sova de vara de marmeleiro. As sovas de meu pai doíam por muito tempo. Era um velho empregado do Arsenal de Guerra, ríspido e intolerante. Sonhava para mim uma grande posição comercial, e tinha ânsia de me ver com os elementos mercantis, ler, escrever e contar, para me meter de caixeiro. Citava-me nomes de capitalistas que tinham começado ao balcão. Ora, foi a lembrança do último castigo que me levou naquela manhã para o colégio. Não era um menino de virtudes. Subi a escada com cautela, para não ser ouvido do mestre, e cheguei a tempo; ele entrou na sala três ou quatro minutos depois. Entrou com o andar manso do costume, em chinelas de cordovão, com a jaqueta de brim lavada e desbotada, calça branca e tesa e grande colarinho caído. Chamava-se 21

18 Policarpo e tinha perto de cinqüenta anos ou mais. Uma vez sentado, extraiu da jaqueta a boceta de rape e o lenço vermelho, pô-los na gaveta; depois relanceou os olhos pela sala. Os meninos, que se conservaram de pé durante a entrada dele, tornaram a sentar-se. Tudo estava em ordem; começaram os trabalhos. Seu Pilar, eu preciso falar com você, disse-me baixinho o filho do mestre. Chamava-se Raimundo este pequeno, e era mole, aplicado, inteligência tarda. Raimundo gastava duas horas em reter aquilo que a outros levava apenas trinta ou cinqüenta minutos; vencia com o tempo o que não podia fazer logo com o cérebro. Reunia a isso um grande medo ao pai. Era uma criança fina, pálida, cara doente; raramente estava alegre. Entrava na escola depois do pai e retirava-se antes. O mestre era mais severo com ele do que conosco. O que é que você quer? Logo, respondeu ele com voz trêmula. Começou a lição de escrita. Custa-me dizer que eu era dos mais adiantados da escola; mas era. Não digo também que era dos mais inteligentes, por um escrúpulo fácil de entender e de excelente efeito no estilo, mas não tenho outra convicção. Note-se que não era pálido nem mofino: tinha boas cores e músculos de ferro. Na lição de escrita, por exemplo, acabava sempre antes de todos, mas deixava-me estar a recortar narizes no papel ou na tábua, ocupação sem nobreza nem espiritualidade, mas em todo caso ingênua. Naquele dia foi a mesma coisa; tão depressa acabei, como entrei a reproduzir o nariz do mestre, dando-lhe cinco ou seis atitudes diferentes, das quais recordo a interrogativa, a admirativa, a dubitativa e a cogitativa. Não lhes punha esses nomes, pobre estudante de primeiras letras que era; mas, instintivamente, dava-lhes essas

19 expressões. Os outros foram acabando; não tive remédio senão acabar também, entregar a escrita, e voltar para o meu lugar. 22

20 com franqueza, estava arrependido de ter vindo. Agora que ficava preso, ardia por andar lá fora, e recapitulava o campo e o morro, pensava nos outros meninos vadios, o Chico Telha, o Américo, o Carlos das Escadinhas, a fina flor do bairro e do gênero humano. Para cúmulo de desespero, vi através das vidraças da escola, no claro azul do céu, por cima do Morro do Livramento, um papagaio de papel, alto e largo, preso de uma corda imensa, que bojava no ar, uma coisa soberba. E eu na escola, sentado, pernas unidas, com o livro de leitura e a gramática nos joelhos. Fui um bobo em vir, disse eu ao Raimundo. Não diga isso, murmurou ele. Olhei para ele; estava mais pálido. Então lembrou-me outra vez que queria pedir-me alguma coisa, e perguntei-lhe o que era. Raimundo estremeceu de novo, e, rápido, disse-me que esperasse um pouco; era uma coisa particular. Seu Pilar... murmurou ele daí a alguns minutos. Que é? Você... Você quê? Ele deitou os olhos ao pai, e depois a alguns outros meninos. Um destes, o Curvelo, olhava para ele, desconfiado, e o Raimundo, notando-me essa circunstância, pediu alguns minutos mais de espera. Confesso que começava a arder de curiosidade. Olhei para o Curvelo, e vi que parecia atento; podia ser uma simples curiosidade vaga, natural indiscrição; mas podia ser também alguma coisa entre eles. Esse Curvelo era um pouco levado do diabo. Tinha onze anos, era mais velho que nós. Que me quereria o Raimundo? Continuei inquieto, remexendo-me

21 muito, falando-lhe baixo, com instância, que me dissesse o que era, que ninguém cuidava dele nem de mim. Ou então, de tarde... De tarde, não, interrompeu-me ele; não pode ser de tarde. Então agora... 23

22 Papai está olhando. Na verdade, o mestre fitava-nos. Como era mais severo para o filho, buscava-o muitas vezes com os olhos, para trazelo mais aperreado. Mas nós também éramos finos; metemos o nariz no livro, e continuamos a ler. Afinal cansou e tomou as folhas do dia, três ou quatro, que ele lia devagar, mastigando as idéias e as paixões. Não esqueçam que estávamos então no fim da Regência1, e que era grande a agitação pública. Policarpo tinha decerto algum partido, mas nunca pude averiguar esse ponto. O pior que ele podia ter, para nós, era a palmatória. E essa lá estava, pendurada do portal da janela, à direita, com os seus cinco olhos do diabo. Era só levantar a mão, despéndurá-la e brandi-la, com a força do costume, que não era pouca. E daí, pode ser que alguma vez as paixões políticas dominassem nele a ponto de poupar-nos uma ou outra correção. Naquele dia, ao menos, pareceu-me que lia as folhas com muito interesse; levantava os olhos de quando em quando, ou tomava uma pitada, mas tomava logo aos jornais, e lia a valer. No fim de algum tempo dez ou doze minutos Raimundo meteu a mão no bolso das calças e olhou para mim. Sabe o que tenho aqui? Não. Uma pratinha que mamãe me deu Hoje? Não, no outro dia, quando fiz anos... Pratinha de verdade? De verdade.

23 Tirou-a vagarosamente, e mostrou-me de longe. Era uma moeda do tempo do rei, cuido que doze vinténs ou dois tostões, não me lembra; mas era uma moeda, e tal moeda que me 1 Regência O período da Regência situa-se entre a renúncia de D Pedro I em 1831 e o golpe conservador que proclamou a maiondade de D Pedro II em 1845, alguns anos antes do tempo Foi dos períodos mais agitados e complexos na História do Brasil. Houve inúmeras revoltas localistas por todo o país, o poder central estava consideravelmente enfraquecido e os ventos sopravam na direção de um maior liberalismo político. Daí a ironia de tudo isso aparecer em função de um velho e rabugento professor. (N E.) 24

24 fez pular o sangue no coração. Raimundo revolveu em mim o olhar pálido; depois perguntou-me se a queria para mim. Respondi-lhe que estava caçoando, mas ele jurou que não. Mas então você fica sem ela? Mamãe depois me arranja outra. Ela tem muitas que vovô lhe deixou, numa caixinha; algumas são de ouro. Você quer esta? Minha resposta foi estender-lhe a mão disfarçadamente, depois de olhar para a mesa do mestre. Raimundo recuou a mão dele e deu à boca um gesto amarelo, que queria sorrir. Em seguida propôs-me um negócio, uma troca de serviços; ele me daria a moeda, eu lhe explicaria um ponto da lição de sintaxe. Não conseguira reter nada do livro, e estava com medo do pai. E concluía a proposta esfregando a pratinha nos joelhos... Tive uma sensação esquisita. Não é que eu possuísse da virtude uma idéia antes própria de homem; não é também que não fosse fácil em empregar uma ou outra mentira de criança. Sabíamos ambos enganar ao mestre. A novidade estava nos termos da proposta, na troca de lição e dinheiro, compra franca, positiva, toma lá, dá cá; tal foi a causa da sensação. Fiquei a olhar para ele, à toa, sem poder dizer nada. Compreende-se que o ponto da lição era difícil, e que o Raimundo, não o tendo aprendido, recorria a um meio que lhe pareceu útil para escapar ao castigo do pai. Se me tem pedido a coisa por favor, alcançá-la-ia do mesmo modo, como de outras vezes; mas parece que a lembrança das outras vezes, o medo de achar a minha vontade frouxa ou cansada, e não aprender como queria, e pode ser mesmo que em alguma ocasião lhe tivesse ensinado mal, parece que tal foi a causa da proposta. O pobre-diabo contava com o favor, mas queria assegurar-lhe a eficácia, e daí recorreu à moeda que a mãe lhe dera e que ele guardava como relíquia ou brinquedo; pegou dela e veio esfregá-la nos joelhos, à minha vista, como uma tentação...

25 Realmente, era bonita, fina, branca, muito branca; e para mim, que só trazia cobre no bolso, quando trazia alguma coisa, um cobre feio, grosso, azinhavrado... 26

26 Não queria recebê-la, e custava-me recusá-la. Olhei para o mestre, que continuava a ler, com tal interesse, que lhe pingava o rape do nariz. Ande, tome, dizia-me baixinho o filho. E a pratinha fuzilava-lhe entre os dedos, como se fora diamante... Em verdade, se o mestre não visse nada, que mal havia? E ele não podia ver nada, estava agarrado aos jornais, lendo com fogo, com indignação... Tome, tome... Relanceei os olhos pela sala, e dei com os do Curvelo em nós; disse ao Raimundo que esperasse. Pareceu-me que o outro nos observava, então dissimulei; mas daí a pouco, deitei-lhe outra vez o olho, e tanto se ilude a vontade! não lhe vi mais nada. Então cobrei ânimo. Dê cá... Raimundo deu-me a pratinha, sorrateiramente; eu meti-a na algibeira das calças, com um alvoroço que não posso definir. Cá estava ela comigo, pegadinha à perna. Restava prestar o serviço, ensinar a lição, e não me demorei em fazê-lo, nem o fiz mal, ao menos conscientemente; passava-lhe a explicação em um retalho de papel que ele recebeu com cautela e cheio de atenção. Sentia-se que despendia um esforço cinco ou seis vezes maior para aprender um nada; mas contanto que ele escapasse ao castigo, tudo iria bem. De repente, olhei para o Curvelo e estremeci; tinha os olhos em nós, com um riso que me pareceu mau. Disfarcei; mas daí a pouco, voltando-me outra vez para ele, achei-o do mesmo modo, com o mesmo ar, acrescendo que entrava a remexer-se no banco, impaciente. Sorri para ele e ele não sorriu; ao contrário, franziu a testa, o que lhe deu um aspecto ameaçador. O coração bateu-me muito. Precisamos muito cuidado, disse eu ao Raimundo.

27 Diga-me isto só, murmurou ele. Fiz-lhe sinal que se calasse; mas ele instava, e a moeda, cá no bolso, lembrava-me o contrato feito. Ensinei-lhe o que era, disfarçando muito; depois, tornei a olhar para o Curvelo, que me pareceu ainda mais inquieto, e o riso, dantes mau, 27

28 estava agora pior. Não é preciso dizer que também eu ficara em brasas, ansioso que a aula acabasse; mas nem o relógio andava como das outras vezes, nem o mestre fazia caso da escola; este lia os jornais, artigo por artigo, pontuando-os com exclamações, com gestos de ombros, com uma ou duas pancadinhas na mesa. E lá fora, no céu azul, por cima do morro, o mesmo eterno papagaio, guinando a um lado e outro, como se me chamasse a ir ter com ele. Imaginei-me ali, com os livros e a pedra embaixo da mangueira, e a pratinha no bolso das calças, que eu não daria a ninguém, nem que me serrassem; guardá-la-ia em casa, dizendo à mamãe que a tinha achado na rua. Para que me não fugisse, ia-a apalpando, roçando-lhe os dedos pelo cunho, quase lendo pelo tato a inscrição, com uma grande vontade de espiá-la. Oh! seu Pilar!, bradou o mestre com voz de trovão. Estremeci como se acordasse de um sonho, e levantei-me às pressas. Dei com o mestre, olhando para mim, cara fechada, jornais dispersos, e ao pé da mesa, em pé, o Curvelo. Pareceu-me adivinhar tudo. Venha cá!, bradou o mestre. Fui e parei diante dele. Ele enterrou-me pela consciência dentro um par de olhos pontudos; depois chamou o filho. Toda a escola tinha parado; ninguém mais lia, ninguém fazia um só movimento. Eu, conquanto não tirasse os olhos do mestre, sentia no ar a curiosidade e o pavor de todos. Então o senhor recebe dinheiro para ensinar as lições aos outros?, disse-me o Policarpo. Eu... Dê cá a moeda que este seu colega lhe deu!, clamou. Não obedeci logo, mas não pude negar nada. Continuei a tremer muito. Policarpo bradou de novo que lhe desse a moeda, e eu não resisti mais, meti a mão no bolso, vagarosamente, saquei-a e entreguei-lha. Ele examinou-a de um e outro lado, bufando de

29 raiva; depois estendeu o braço e atirou-a à rua. E então disse-nos uma porção de coisas duras, que tanto o filho como eu acabávamos de praticar uma ação feia, indigna, 28

30 baixa, uma vilania, e para emenda e exemplo íamos ser castigados. Aqui pegou da palmatória. Perdão, seu mestre... solucei eu. Não há perdão! Dê cá a mão! dê cá! vamos! sem-vergonha! dê cá a mão! Mas, seu mestre... Olhe que é pior! Estendi-lhe a mão direita, depois a esquerda, e fui recebendo os bolos uns por cima dos outros, até completar doze, que me deixaram as palmas vermelhas e inchadas. Chegou a vez do filho, e foi a mesma coisa; não lhe poupou nada, dois, quatro, oito, doze bolos. Acabou, pregou-nos outro sermão. Chamou-nos sem-vergonhas, desaforados, e jurou que, se repetíssemos o negócio, apanharíamos tal castigo que nos havia de lembrar para todo o sempre. E exclamava: Porcalhões! tratantes! faltos de brio! Eu, por mim, tinha a cara no chão. Não ousava fitar ninguém, sentia todos os olhos em nós. Recolhi-me ao banco, soluçando, fustigado pelos impropérios do mestre. Na sala arquejava o terror; posso dizer que naquele dia ninguém faria igual negócio. Creio que o próprio Curvelo enfiara de medo. Não olhei logo para ele, cá dentro de mim jurava quebrar-lhe a cara, na rua, logo que saíssemos, tão certo como três e dois serem cinco. Daí a algum tempo olhei para ele; ele também olhava para mim, mas desviou a cara, e penso que empalideceu. compôs-se e entrou a ler em voz alta; estava com medo. Começou a variar de atitude, agitando-se à toa, tocando os joelhos, o nariz. Pode ser até que se arrependesse de nos ter denunciado; e na verdade, por que denunciar-nos? Em que é que lhe tirávamos alguma coisa?

31 Tu me pagas! tão duro como osso!, dizia eu comigo. Veio a hora de sair, e saímos; ele foi adiante, apressado, e eu não queria brigar ali mesmo, na Rua do Costa, perto do colégio; havia de ser na rua larga de S. Joaquim. Quando, porém, cheguei à esquina, já o não vi; provavelmente escondera-se em algum corredor ou loja; entrei numa botica, espiei em outras 29

32 casas, perguntei por ele a algumas pessoas, ninguém me deu notícia. De tarde faltou à escola. Em casa não contei nada, é claro; mas para explicar as mãos inchadas, menti a minha mãe, disse-lhe que não tinha sabido a lição. Dormi nessa noite mandando ao diabo os dois meninos, tanto o da denúncia como o da moeda. E sonhei com a moeda; sonhei que, ao tornar à escola, no dia seguinte, dera com ela na rua, e a apanhara, sem medo nem escrúpulos... De manhã, acordei cedo. A idéia de ir procurar a moeda fez-me vestir depressa. O dia estava esplêndido, um dia de maio, sol magnífico, ar brando, sem contar as calças novas que minha mãe me deu, por sinal que eram amarelas. Tudo isso, e a pratinha... Saí de casa, como se fosse trepar ao trono de Jerusalém. Piquei o passo para que ninguém chegasse antes de mim à escola; ainda assim não andei tão depressa que amarrotasse as calças. Não, que elas eram bonitas! Mirava-as, fugia aos encontros, ao lixo da rua... Na rua encontrei uma companhia do batalhão de fuzileiros, tambor à frente, rufando. Não podia ouvir isto quieto. Os soldados vinham batendo o pé rápido, igual, direita, esquerda, ao som do rufo; vinham, passaram por mim, e foram andando. Eu senti uma comichão nos pés, e tive ímpeto de ir atrás deles. Já lhes disse: o dia estava lindo, e depois o tambor... Olhei para um e outro lado; afinal, não sei como foi, entrei a marchar também ao som do rufo, creio que cantarolando alguma coisa: Rato na casaca... Não fui à escola, acompanhei os fuzileiros, e depois enfiei pela Saúde, e acabei a manhã na Praia da Gamboa. Voltei para casa com as calças enxovalhadas, sem pratinha no bolso nem ressentimento na alma. E contudo a pratinha era bonita e foram eles, Raimundo e Curvelo, que me deram o primeiro conhecimento, um da corrupção, outro da delação; mas o diabo do tambor... 30

33 Machado de Assis Desvendando a alma humana O olhar impiedoso e irônico de Machado de Assis captou a alma humana em toda sua complexidade. Considerado um dos maiores escritores brasileiros de todos os tempos, o carioca Joaquim Maria Machado de Assis nasceu em 1839 e morreu em 1908 na cidade do Rio de Janeiro. Mulato franzino e doente, de origem social muito humilde, vivendo na sociedade preconceituosa ainda com pensamentos e atitudes escravocratas, Machado de Assis fez da vida literária passaporte para a posteridade, tornando-se célebre pelos contos e romances que escreveu. Para isso, teve que estudar muito, e por conta própria, na maior parte das vezes, já que, quando jovem, precisou abrir mão dos estudos para ajudar no sustento da casa. Modelo de linguagem e de estilo, Machado renovou a literatura brasileira. Sua obra traça um painel bastante realista da sociedade brasileira de seu tempo, de onde extrai elementos para retratar o ser humano, sempre pelo olhar impiedoso e irônico do escritor. Dotado de um humor fino e de uma ironia disfarçada, mas cruel, livros como Memórias póstumas de Brás Cubas (1881) e Dom Casmurro (1899) não apenas se tornaram clássicos da literatura brasileira e universal, 31

34 como também traçaram um verdadeiro estudo sobre a própria condição humana, com todas as suas imperfeições. Nada escapa ao realismo desencantado de Machado, nem a infância, como se vê em seu antológico Conto de escola, em que um garoto aprende na própria pele conceitos como corrupção e delação. 32

35 Moacyr Scliar

36 O dia em que matamos James Cagney Moacyr Scliar Uma vez fomos ao Cinema Apoio. Sendo matinê de domingo, esperávamos um bom filme de mocinho. Comíamos bala café-com-leite e batíamos na cabeça dos outros com nossos gibis. Quando as luzes se apagaram, aplaudimos e assobiamos; mas depois que o filme começou, fomos ficando apreensivos... O mocinho, que se chamava James Cagney, era baixinho e não dava em ninguém. Ao contrário: cada vez que encontrava o bandido um sujeito alto e bigodudo chamado Sam levava uma surra de quebrar os ossos. Era murro, e tabefe, e chave-inglesa, e até pontapé na barriga. James Cagney apanhava, sangrava, ficava de olho inchado e não reagia. A princípio estávamos murmurando, e logo batendo os pés. Não tínhamos nenhum respeito, nenhuma estima por aquele fracalhão repelente. James Cagney levou uma vida atribulada. Muito cedo teve de trabalhar para se sustentar. Vendia jornais na esquina. Os moleques tentavam roubar-lhe o dinheiro. Ele sempre se defendera valorosamente. E agora sua carreira promissora terminava daquele jeito! Nós vaiávamos, sim, nós não poupávamos os palavrões. James Cagney já andava com medo de nós. Deslizava encostado às paredes. Olhava-nos de soslaio. O cão covarde, o patife, o traidor. 35

37 Três meses depois do início do filme ele leva uma surra formidável de Sam e fica estirado no chão, sangrando como um porco. Nós nem nos importávamos mais. Francamente, nosso desgosto era tanto, que por nós ele podia morrer de uma vez a tal ponto chegava nossa revolta. Mas aí um de nós notou um leve crispar de dedos na mão esquerda, um discreto ricto de lábios. Num homem caído. Aquilo podia ser considerado um sinal animador. Achamos que, apesar de tudo, valia a pena trabalhar James Cagney. Iniciamos um aplauso moderado, mas firme. James Cagney levantou-se. Aumentamos um pouco as palmas não muito, o suficiente para que ele ficasse de pé. Fizemos com que andasse alguns passos. Que chegasse a um espelho, que se olhasse, era o que desejávamos no momento. James Cagney olhou-se ao espelho. Ficamos em silêncio, vendo a vergonha surgir na cara partida de socos. Te vinga! berrou alguém. Era desnecessário: para bom entendedor nosso silêncio bastaria, e James Cagney já aprendera o suficiente conosco naquele domingo à tarde no Cinema Apoio. Vagarosamente ele abriu a gaveta da cômoda e pegou o velho revólver do pai. Examinou-o: era um quarenta-e-cinco! Nós assobiávamos e batíamos palmas. James Cagney botou o chapéu e correu para o carro. Suas mãos seguravam o volante com firmeza; lia-se determinação em seu rosto. Tínhamos feito de James Cagney um novo homem. Correspondíamos aprovadoramente ao seu olhar confiante. Descobriu Sam num hotel de terceira. Subiu a escada lentamente. Nós marcávamos o ritmo de seus passos com nossas

38 próprias botinas. Quando ele abriu a porta do quarto, a gritaria foi ensurdecedora. Sam estava sentado na cama. Pôs-se de pé. Era um gigante. James Cagney olhou para o bandido, olhou para nós. Fomos forçados a reconhecer: estava com medo. Todo o nosso trabalho, todo aquele esforço de semanas fora inútil. James 37

39 Cagney continuava James Cagney. O bandido tirou-lhe o quarenta-e-cinco, baleou-o no meio da testa: ele caiu sem um gemido. Bem feito resmungou Pedro, quando as luzes se; acenderam. Ele merecia. Foi o nosso primeiro crime. Cometemos muitos outros, depois.

40 Moacyr Scliar Realidade com muita fantasia Nos textos de Moacyr Scliar, a mistura de fantasia e realidade cria desfechos surpreendentes. Nascido em 1937 na cidade de Porto Alegre, o gaúcho Moacyr Scliar é um homem versátil: médico e escritor, é igualmente atuante nas duas áreas. Há pouco tempo, mesmo escrevendo seus contos e crônicas, Scliar não abria mão de suas tardes no consultório médico. Dono de uma obra literária extensa, é ainda um biógrafo de mão cheia e colaborador assíduo de diversos jornais brasileiros. Seus livros para jovens e adultos são sucesso de público e de crítica e alguns já foram publicados no exterior. Em seus textos, misturam-se sérias críticas sociais, magia e fantasia que Scliar herdou de algumas influências literárias (tais como Jorge Luís Borges e Gabriel Garcia Márquez), além de tradições judaicas e lembranças da infância, que fizeram parte da sua história. Muito atento às situações-limite que degradam a vida humana, Scliar combina em seus textos indícios de uma realidade bastante concreta com cenas absolutamente fantásticas. A convivência entre realismo e fantasia é harmoniosa e dela nascem os desfechos surpreendentes presentes em seus textos. 39

41 Em sua obra são freqüentes questões de identidade judaica, do cotidiano da Medicina e do mundo da mídia, como por exemplo acontece no conto O dia em que matamos James Cagney, presente nesta antologia. 40

42 Lygia Fagundes Telles

43 Antes do baile verde Lygia Fagundes Telles O rancho azul e branco desfilava com seus passistas vestidos à Luís XV e sua porta-estandarte de peruca prateada em forma de pirâmide, os cachos desabados na testa, a cauda do vestido de cetim arrastando-se enxovalhada pelo asfalto. O negro do bumbo fez uma profunda reverência diante das duas mulheres debruçadas na janela e prosseguiu com seu chapéu de três bicos, fazendo rodar a capa encharcada de suor. Ele gostou de você disse a jovem, voltando-se para a mulher que ainda aplaudia. O cumprimento foi na sua direção, viu que chique? A preta deu uma risadinha. Meu homem é mil vezes mais bonito, pelo menos na minha opinião. E já deve estar chegando, ficou de me pegar às dez na esquina. Se me atraso, ele começa a encher a caveira e pronto, não sai mais nada. A jovem tomou-a pelo braço e arrastou-a até a mesa-de-cabeceira. O quarto estava revolvido como se um ladrão tivesse passado por ali e despejado caixas e gavetas. Estou atrasadíssima, Lu! Essa fantasia é fogo... Tenha paciência, mas você vai me ajudar um pouquinho. Mas você ainda não acabou? Sentando-se na cama, a jovem abriu sobre os joelhos o saiote verde. Usava biquíni e meias rendadas também verdes. Acabei o quê! falta pregar tudo isso ainda, olha aí... Fui inventar um raio de pierrete dificílima!

44 43

45 A preta aproximou-se, alisando com as mãos o quimono de seda brilhante. Espetado na carapinha trazia um crisântemo de papel-crepom vermelho. Sentou-se ao lado da moça. O Raimundo já deve estar chegando, ele fica uma onça se me atraso. A gente vai ver os ranchos, hoje quero ver todos. Tem tempo, sossega atalhou a jovem. Afastou os cabelos que lhe caíam nos olhos. Levantou o abajur que tombou na mesinha. Não sei como fui me atrasar desse jeito. Mas não posso perder o desfile, viu, Tatisa? Tudo, menos perder o desfile! E quem está dizendo que você vai perder? A mulher enfiou o dedo no pote de cola e baixou-o de leve nas lantejoulas do pires. Em seguida, levou o dedo até o saiote e ali deixou as lantejoulas formando uma constelação desordenada. Colheu uma lantejoula que escapara e delicadamente tocou com ela na cola. Depositou-a no saiote, fixando-a com pequenos movimentos circulares. Mas se tiver que pregar as lantejoulas em todo o saiote... Já começou a queixação? Achei que dava tempo e agora não posso largar a coisa pela metade, vê se entende! Você ajudando vai num instante, já me pintei, olha aí, que tal minha cara? Você nem disse nada, sua bruxa! Hein?... Que tal? Ficou bonito, Tatisa. com o cabelo assim verde, você está parecendo uma alcachofra, tão gozado. Não gosto é desse verde na unha, fica esquisito. Num movimento brusco, a jovem levantou a cabeça para respirar melhor. Passou o dorso da mão na face afogueada.

46 Mas as unhas é que dão a nota, sua tonta. É um baile verde, as fantasias têm que ser verdes, tudo verde. Mas não precisa ficar me olhando, vamos, não pare, pode falar, mas vá trabalhando. Falta mais da metade, Lu! Estou sem óculos, não enxergo direito sem os óculos. Não faz mal disse a jovem, limpando no lençol o excesso de cola que lhe escorreu pelo dedo. Vá grudando de qualquer jeito que lá dentro ninguém vai reparar, vai ter gente à beça. O que está me endoidando é este calor, não agüento 44

47 mais, tenho a impressão de que estou me derretendo, você não sente? Calor bárbaro! A mulher tentou prender o crisântemo que resvalara para o pescoço. Franziu a testa e baixou o tom de voz. Estive lá. E daí? Ele está morrendo. Um carro passou na rua, buzinando freneticamente. Alguns meninos puseram-se a cantar aos gritos, o compasso marcado pelas batidas numa frigideira: A coroa do rei não é de ouro nem de prata... Parece que estou num forno gemeu a jovem, dilatando as narinas porejadas de suor. Se soubesse, teria inventado uma fantasia mais leve. Mais leve do que isso? Você está quase nua, Tatisa. Eu ia com a minha havaiana, mas só porque aparece um pedaço da coxa o Raimundo implica. Imagine você então... com a ponta da unha, Tatisa colheu uma lantejoula que se enredara na renda da meia. Deixou-a cair na pequena constelação que ia armando na barra do saiote e ficou raspando pensativamente um pingo ressequido de cola que lhe caíra no joelho. Vagava o olhar pelos objetos, sem fixar-se em nenhum. Falou num tom sombrio: Você acha, Lu? Acha o quê? Que ele está morrendo?

48 Ah, está sim. Conheço bem isso, já vi um monte de gente morrer, agora já sei como é. Ele não passa desta noite. Mas você já se enganou uma vez, lembra? Disse que ele ia morrer, que estava nas últimas... E no dia seguinte ele já pedia leite, radiante. Radiante? espantou-se a empregada. Fechou num muxoxo os lábios pintados de vermelho violeta. E, depois, eu não disse não senhora que ele ia morrer, eu disse que ele estava ruim, foi o que eu disse. Mas hoje é diferente, Tatisa. Espiei da porta, nem precisei entrar para ver que ele está morrendo. 45

49 Mas quando fui lá ele estava dormindo tão calmo, Lu. Aquilo não é sono. É outra coisa. Afastando bruscamente o saiote aberto nos joelhos, a jovem levantou-se. Foi até a mesa, pegou a garrafa de uísque e procurou um copo em meio da desordem dos frascos e caixas. Achou-o debaixo da esponja de arminho. Soprou o fundo cheio de pó-de-arroz e bebeu em largos goles, apertando os maxilares. Respirou de boca aberta. Dirigiu-se à preta. Quer? Tomei muita cerveja, se misturo dá ânsia. A jovem despejou mais uísque no copo. Minha pintura não está derretendo? Veja se o verde dos olhos não borrou... Nunca transpirei tanto, sinto o sangue ferver. Você está bebendo demais. E nessa correria... Também não sei por que essa invenção de saiote bordado, as lantejoulas vão se desgrudar todas no aperto. E pior é que não posso caprichar, com o pensamento no Raimundo lá na esquina... Você é chata, não, Lu? Mil vezes fica repetindo a mesma coisa, taque-taque-taque-taque! Esse cara não pode esperar um pouco? A mulher não respondeu. Ouvia com expressão deliciada a música de um bloco que passava já longínquo. Cantarolou em falsete: Acabou chorando... acabou chorando... No outro Carnaval entrei num bloco de sujos e me diverti à grande. Meu sapato até desmanchou de tanto que dancei. E eu na cama, podre de gripe, lembra? Neste quero me esbaldar.

50 E seu pai? Lentamente a jovem foi limpando no lenço as pontas dos dedos esbranquiçados de cola. Tomou um gole de uísque. Voltou a afundar o dedo no pote. Você quer que eu fique aqui chorando, não é isso que você quer? Quer que eu cubra a cabeça com cinza e fique de joelhos rezando, não é isso que você está querendo? Ficou 46

51 olhando para a ponta do dedo coberto de lantejoulas. Foi deixando no saiote o dedal cintilante. Que é que eu posso fazer? Não sou Deus, sou? Então? Se ele está pior, que culpa tenho eu? Não estou dizendo que você é culpada, Tatisa. Não tenho nada com isso, ele é seu pai, não meu. Faça o que bem entender. Mas você começa a dizer que ele está morrendo! Pois está mesmo. Está nada! Também espiei, ele está dormindo, ninguém morre dormindo daquele jeito. Então não está. A jovem foi até a janela e ofereceu a face ao céu roxo. Na calçada, um bando de meninos brincava com bisnagas de plástico em formato de banana, esguichando água um na cara do outro. Interromperam a brincadeira para vaiar um homem que passou vestido de mulher, pisando para fora nos sapatos de saltos altíssimos. Minha lindura, vem comigo, minha lindura! gritou o moleque maior, correndo atrás do homem. Ela assistia à cena com indiferença. Puxou com força as meias presas aos elásticos do biquíni. Estou transpirando feito um cavalo. Juro que se não tivesse me pintado, me metia agora num chuveiro, besteira a gente se pintar antes. E eu não agüento mais de sede resmungou a empregada, arregaçando as mangas do quimono. Ai! uma cerveja bem geladinha. Gosto mesmo é de cerveja, mas o Raimundo prefere cachaça. No ano passado, ele ficou de porre os três dias, fui sozinha no desfile. Tinha um carro que foi o mais bonito de todos, representava um mar. Você precisava ver aquele monte de

52 sereias enroladas em pérolas. Tinha pescador, tinha pirata, tinha polvo, tinha tudo! Bem lá em cima, dentro de uma concha abrindo e fechando, a rainha do mar coberta de jóias... Você já se enganou uma vez atalhou a jovem. Ele não pode estar morrendo, não pode. Também estive lá antes de você, ele estava dormindo tão sossegado. E hoje cedo 48

53 até me reconheceu, ficou me olhando, me olhando e depois sorriu. Você está bem papai?, perguntei e ele não respondeu, mas vi que entendeu perfeitamente o que eu disse. Ele se fez de forte, coitado. De forte, como? Sabe que você tem o seu baile, não quer atrapalhar. Ih, como é difícil conversar com gente ignorante explodiu a jovem, atirando no chão as roupas amontoadas na cama. Revistou os bolsos de uma calça comprida. Você pegou meu cigarro. Tenho minha marca, não preciso dos seus. Escuta, Luzinha, escuta começou ela, ajeitando a flor na carapinha da mulher. Eu não estou inventando, tenho certeza de que ainda hoje cedo ele me reconheceu. Acho que nessa hora sentiu alguma dor porque uma lágrima foi escorrendo daquele lado paralisado. Nunca vi ele chorar daquele lado, nunca. Chorou só daquele lado, uma lágrima tão escura... Ele estava se despedindo. Lá vem você de novo, merda! Pare de bancar o corvo, até parece que você quer que seja hoje. Por que tem que repetir isso, por quê? Você mesmo pergunta e não quer que eu responda. Não vou mentir, Tatisa. A jovem espiou debaixo da cama. Puxou um pé de sapato. Agachou-se mais, roçando os cabelos verdes no chão. Levantou-se, olhou em redor. E foi-se ajoelhando devagarinho diante da preta. Apanhou o pote de cola.

54 E se você desse um pulo lá só para ver? Mas você quer ou não que eu acabe isto? a mulher gemeu exasperada, abrindo e fechando os dedos ressequidos de cola. O Raimundo tem ódio de esperar, hoje ainda apanho! A jovem levantou-se. Fungou, andando rápido num andar de bicho na jaula. Chutou o sapato que encontrou no caminho. Aquele médico miserável. Tudo culpa daquela bicha. Eu bem disse que não podia ficar com ele aqui em casa, eu disse 49

55 que não sei tratar de doente, não tenho jeito, não posso! Se você fosse boazinha, você me ajudava, mas você não passa de uma egoísta, uma chata que não quer saber de nada. Sua egoísta! Mas Tatisa, ele não é meu pai, não tenho nada com isso, até que ajudo muito sim senhora, como não? Todos esses meses quem é que tem agüentado o tranco? Não me queixo porque ele é muito bom, coitado. Mas tenha a santa paciência, hoje não! Já estou fazendo demais aqui plantada quando devia estar na rua. com um gesto fatigado, a jovem abriu a porta do armário. Olhou-se no espelho. Beliscou a cintura. Engordei, Lu. Você, gorda? Mas você é só osso, menina. Seu namorado não tem onde pegar. Ou tem? Ela ensaiou com os quadris um movimento lascivo. Riu. Os olhos animaram-se: Lu, Lu, pelo amor de Deus, acabe logo que à meianoite ele vem me buscar. Mandou fazer um pierrô verde. Também já me fantasiei de pierrô. Mas faz tempo. Vem num Tufão, viu que chique? Que é isso? É um carro muito bacana, vermelho. Mas não fique aí me olhando, depressa, Lu, você não vê que... Passou ansiosamente a mão no pescoço. Lu, Lu, por que ele não ficou no hospital?! Estava tão bem no hospital... Hospital de graça é assim mesmo, Tatisa. Eles não podem ficar a vida inteira com um doente que não resolve, tem doente

56 esperando até na calçada. Há meses que venho pensando nesse baile. Ele viveu sessenta e seis anos. Não podia viver mais um dia? A preta sacudiu o saiote e examinou-o a uma certa distância. Abriu-o de novo no colo e inclinou-se para o pires de lantejoulas. Falta só um pedaço. Um dia mais... só

57 Vem me ajudar, Tatisa, nós duas pregando vai num instante. Agora ambas trabalhavam num ritmo acelerado, as mãos indo e vindo do pote de cola ao pires e do pires ao saiote, curvo como uma asa verde, pesada de lantejoulas. Hoje o Raimundo me mata recomeçou a mulher, grudando as lantejoulas meio ao acaso. Passou o dorso da mão na testa molhada. Ficou com a mão parada no ar. Você não ouviu? A jovem demorou para responder. O quê? Parece que ouvi um gemido. Ela baixou o olhar. Foi na rua. Inclinaram as cabeças irmanadas sob a luz amarela do abajur. Escuta, Lu, se você pudesse ficar hoje, só hoje começou ela num tom manso. Apressou-se: Eu te daria meu vestido branco, aquele meu branco, sabe qual é? E também os sapatos, estão novos ainda, você sabe que eles estão novos. Você pode sair amanhã, você pode sair todos os dias, mas pelo amor de Deus, Lu, fica hoje! A empregada empertigou-se, triunfante. Custou, Tatisa, custou. Desde o começo eu já estava esperando. Ah, mas hoje nem que me matasse eu ficava, hoje não. O crisântemo caiu enquanto ela sacudia a cabeça. Prendeu-o com um grampo que abriu entre os dentes. Perder esse desfile? Nunca! Já fiz muito acrescentou, sacudindo o saiote. Pronto, pode vestir. Está um serviço porco, mas ninguém vai reparar.

58 Eu podia te dar o casaco azul murmurou a jovem, limpando os dedos no lençol. Nem que fosse para ficar com meu pai eu ficava, ouviu isso, Tatisa? Nem com meu pai, hoje não. Levantando-se de um salto, a moça foi até a garrafa e bebeu de olhos fechados mais alguns goles. Vestiu o saiote. 51

59 Brrrr! Esse uísque é uma bomba resmungou, aproximando-se do espelho. Anda, venha aqui me abotoar, não precisa ficar aí com essa cara. Sua chata. A mulher tateou os dedos por entre o tule. Não acho os colchetes. A jovem ficou diante do espelho, as pernas abertas, a cabeça levantada. Olhou para a mulher, através do espelho: Morrendo coisa nenhuma, Lu. Você estava sem os óculos quando entrou no quarto, não estava? Então não viu direito, ele estava dormindo. Pode ser que me enganasse mesmo. Claro que se enganou. Ele estava dormindo. A mulher franziu a testa, enxugando na manga do quimono o suor do queixo. Repetiu como um eco: Estava dormindo, sim. Depressa, Lu, faz uma hora que está com esses colchetes! Pronto disse a outra, baixinho, enquanto recuava até a porta. Não precisa mais de mim, não é? Espera! ordenou a moça, perfumando-se rapidamente. Retocou os lábios, atirou o pincel ao lado do vidro destapado. Já estou pronta, vamos descer juntas. Tenho que ir, Tatisa! Espera, já disse que estou pronta repetiu, baixando a voz. Só vou pegar a bolsa...

60 Você vai deixar a luz acesa? Melhor, não? A casa fica mais alegre assim. No topo da escada ficaram mais juntas. Olharam na mesma direção: a porta estava fechada. Imóveis como se tivessem sido petrificadas na fuga, as duas mulheres ficaram ouvindo o relógio da sala. Foi a preta quem primeiro se moveu. A voz era um sopro: Quer ir dar uma espiada, Tatisa? Vá você, Lu... Trocaram um rápido olhar. Bagas de suor escorriam pelas têmporas verdes da jovem, um suor turvo como o sumo de uma casca de limão. O som prolongado de uma buzina foi-se 52

61 fragmentando lá fora. Subiu poderoso o som do relógio. Brandamente a empregada desprendeu-se da mão da jovem. Foi descendo a escada na ponta dos pés. Abriu a porta da rua. Lu! Lu! a jovem chamou num sobressalto. Continha-se para não gritar. Espera aí, já vou indo! E apoiando-se ao corrimão, colada a ele, desceu precipitadamente. Quando bateu a porta atrás de si, rolaram pela escada algumas lantejoulas verdes na mesma direção, como se quisessem alcançá-la. 53

62 O comum e o avesso da vida Sensível e profunda, a obra de Lygia Fagundes Telles mostra várias facetas do ser humano A escritora Lygia Fagundes Telles nasceu na cidade de São Paulo, onde mora até hoje. Porém, quando era criança, Lygia passou por várias cidades do interior paulista, acompanhando o pai, promotor público. E a menina não se importava tanto, desde que sempre tivesse quem lhe contasse histórias novas e compartilhasse as que ela mesma inventava. Lygia começou a escrever seus primeiros textos ainda adolescente, mas desde menina já tinha uma imaginação privilegiada. Foi premiada ao publicar seu segundo livro pela Academia Brasileira de Letras, sendo uma das primeiras mulheres a fazer parte de tal instituição. Sua obra extensa de prosadora é profundamente sensível ao registro da vida cotidiana e suas personagens femininas são muito marcantes. Tanto que, dentre seus romances, Ciranda de Pedra (1954) e As Meninas (1973) trazem protagonistas fortes e inesquecíveis. Retalhos de vida, frustrações e desejos são a matériaprima com a qual Lygia registra e questiona, em romances e contos, não apenas o mundo feminino, mas também a condição humana. 54

63 Voltaire

64 A dança Voltaire Sétoc precisava fazer uma viagem de negócios à ilha de Serendib; mas, estando no primeiro mês de seu casamento, que, como se sabe, é a lua-de-mel, não podia deixar sua mulher, nem sequer pensar que pudesse fazê-lo um dia: ele pediu a seu amigo Zadig que fizesse a viagem em seu lugar. Pobre de mim! lamentava-se Zadig. Será preciso que eu aumente ainda mais a distância que há entre mim e minha bela Astartéia? Mas eu tenho de servir aos meus benfeitores. Disse, chorou e partiu. Não precisou passar muito tempo em Serendib para ser visto como um homem extraordinário. Tornou-se o árbitro de todas as disputas entre os negociantes, o amigo dos sábios, o conselheiro daquele pequeno número de pessoas que querem conselhos. O rei quis vê-lo e ouvi-lo. Percebeu logo todo o valor de Zadig; confiou em sua sabedoria e fê-lo seu amigo. A familiaridade e a estima do rei assustaram Zadig. Dia e noite ele pensava nos infortúnios que lhe tinham causado as atenções que recebera de Moabdar. O rei gosta de mim, pensava ele. Não estarei perdido? Contudo, não se podia furtar às amabilidades de Sua Majestade: porque, verdade seja dita, Nabussan, rei de Serendib, filho de Nussanab, filho de Nabassun, filho de Sanbusná, era um dos melhores príncipes da Ásia e, quando se falava com ele, era difícil não amá-lo. Esse bom príncipe era sempre louvado, enganado e roubado; era como se houvesse uma disputa para ver quem mais 57

65 lhe pilhava os tesouros. O recebedor-geral da ilha de Serendib era o primeiro a fazer isso, sendo fielmente seguido pelos outros. O rei sabia disso: várias vezes já mudara o recebedor; mas não pudera mudar o modo já estabelecido de dividir as rendas do rei em duas partes desiguais, ficando sempre a menor para Sua Majestade e a maior para seus administradores. O rei Nabussan confiou seu problema ao sábio Zadig. Vós, que conheceis tantas e tão belas coisas, por acaso não saberíeis me dizer como encontrar um tesoureiro que não me roube? perguntou ele. Certamente. Conheço uma forma infalível de encontrar um homem que tenha as mãos limpas respondeu Zadig. O rei, encantado, abraçando-o, perguntou-lhe o que devia fazer para conseguir isso. Basta disse Zadig mandar que dancem todos aqueles que se candidatarem ao cargo de tesoureiro. Aquele que dançar com mais leveza será com toda certeza o homem mais honesto. Estais a zombar de mim disse o rei. Eis uma maneira muito estranha de escolher alguém para cuidar de minha fortuna. Ora! Quereis dizer que quem fizer o melhor entrechat será o tesoureiro mais íntegro e mais capaz? perguntou o rei. Eu não vos disse que será o mais capaz retorquiu Zadig. Mas vos asseguro que, sem sombra de dúvida, será o homem mais honesto. Zadig falava com tanta segurança que o rei supôs que ele tivesse algum dom sobrenatural para conhecer administradores de finanças. Não gosto de coisas sobrenaturais disse Zadig. Sempre

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