MATHEMATICAL MODEL FOR ESTIMATING THE MANURE PRODUCTION, NITROGEN TOTAL AND PHOSPHORUS, IN SWINE PRODUCTION
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1 XLII Congresso Brasileiro de Engenharia Agrícola - CONBEA 2013 Fábrica de Negócios - Fortaleza - CE - Brasil 04 a 08 de agosto de 2013 MODELO MATEMÁTICO PARA ESTIMAR A PRODUÇÃO DE DEJETOS, NITROGÊNIO TOTAL E FÓSFORO, NA PRODUÇÃO DE SUÍNOS PAULO ARMANDO V. DE OLIVEIRA 1, JORGE MANUEL R. TAVARES 2, ARLEI COLDEBELLA 3 1 Eng. Agrícola, Dr. Pesq. Embrapa Suínos e Aves, Concórdia, (49) , Paulo.Armando@embrapa.br 2 Eng. Zootéc., PPGEA-ENS, UFSC Centro Tecnológico, Campus Universitário, Florianópolis, jorgemrtavares@gmail.com 3 Méd. Vet., Dr. Pesq. Embrapa Suínos e Aves, Concórdia, (49) , Arlei.Coldebella@embrapa.br Apresentado no XLII Congresso Brasileiro de Engenharia Agrícola - CONBEA a 08 de Agosto de Fortaleza - CE, Brasil RESUMO: Na agricultura de precisão é de grande importância a geração de modelos. O objetivo do trabalho foi o desenvolvimento e validação de modelo matemático, adaptados dos modelos descritos por OLIVEIRA (2003) e DOURMAD et al. (2003), para estimar o volume de dejetos e dos nutrientes nitrogénio e fósforo, na produção de suínos. O trabalho foi executado em 15 granjas de produção de suínos, no Oeste de Santa Catarina, na fase de crescimento/terminação (110 dias), de abril a dezembro de 2011, envolvendo animais. Foram avaliadas diariamente as temperaturas interna e externa, das unidades de produção, o consumo de água, ração e a produção de dejetos e semanalmente a composição físico-química dos dejetos e das rações (Nitrogênio Total (N T ) e Fósforo Total (P T )). As médias observadas para o consumo de água foi de 7,62 ±1,15 L suíno -1 d -1, produção de dejetos de 4,58 ±0,82 L suíno -1 d -1, N T (5,69 g L -1 ) e P T (1,19 g L -1 ). O uso do modelo gerou erro médio de 0,47 L suíno -1 d -1 (13,10%), para a estimativa da produção de dejetos (R 2 =0,81), quando comparado com o valor médio observado. O modelo proposto permite estimar o volume de dejetos, N T e P T, na produção de suínos. PALAVRAS CHAVE: suínos, modelagem, dejetos MATHEMATICAL MODEL FOR ESTIMATING THE MANURE PRODUCTION, NITROGEN TOTAL AND PHOSPHORUS, IN SWINE PRODUCTION ABSTRACT: In precision agriculture is of great importance to generation of models. The objective of the study was the development and validation of mathematical model, adapted from models described by OLIVEIRA (2003) and DOURMAD et al. (2003) to estimate the volume of manure and the nitrogen et phosphorus, in swine production. The experiment was conducted in 15 pig farms in western Santa Catarina, in the phase of growing / finishing (110 days), april to december 2011, involving 6,500 animals. The temperatures were measured daily internal and external, of swine farms, water consumption, manure production and feed and weekly physical-chemical composition of slurry and the feed (Total Nitrogen (TN) and Total Phosphorus (TP)). The averages for water consumption was 7.62 ± 1.15 L.pig -1.d -1, production of manure from 4.58 ± 0.82 L.pig -1.d -1, TN (5.69 g.l -1 ) and TP (1.19 g.l -1 ). The model generated using average error of 0.47 L.pig -1.d -1 (13.10%), for the estimation of the production of waste (R ) compared with the mean value observed. The proposed model allows us to estimate the volume of manure, TN and TP, in swine production. KEYWORDS: swine, mathematical model, manure
2 INTRODUÇÃO O conhecimento dos volumes produzidos e das características dos dejetos suínos é fundamental para a definição do tipo de sistema de manejo e gestão (OLIVEIRA, 1993; BABOT et al., 2011). Na agricultura de precisão é de grande importância a geração e validação de modelos matemáticos para estimar o volume de dejetos e dos nutrientes nitrogénio e fósforo, na produção de suínos (OLIVEIRA, 2003 e DOURMAD et al., 2003). Alguns modelos matemáticos foram desenvolvidos para estimar o volume de dejetos produzidos na produção de suínos, nas fases de crescimento e terminação. Dentre os modelos existe podemos citar os desenvolvidos por AARNINK (1992); OLIVEIRA (199); DOURMAD et al. (1992); DOURMAD et al., (2003); OLIVEIRA (2003) que estimam os volume de dejetos produzidos e alguns parâmetros físicosquímicos, como nitrogénio e fósforo. No Brasil são poucos os trabalhos desenvolvidos para a validação ou geração de modelos para estimar o consumo de água e geração de dejetos suínos em sistemas de produção. NARDI (2009) estudou a produção de dejetos suínos em granjas comerciais no oeste do estado do Paraná, bem como o uso do modelo de OLIVEIRA (2003) para a estimar a produção de dejetos, com resultados satisfatórios. Em estudo desenvolvido por TAVARES (2011) com objetivo de medir o consumo de água e a produção de dejetos em 15 unidades de produção de suínos no oeste catarinense, nas fases de crescimento e terminação, envolvendo 33 ciclos produtivos e aproximadamente animais, determinou com precisão estes parâmetros. O objetivos deste trabalho foi de validar e adaptar os modelos matemáticos desenvolvidos por OLIVEIRA (2003) e DOURMAD et al. (1999; 2002) para estimar o volume de dejetos, o nitrogénio e o fósforo em unidades comerciais de produção de suínos nas fases de crescimento e terminação. MATERIAL E MÉTODOS O estudo foi desenvolvido em 15 unidades comerciais de produção de suínos, localizadas na microrregião de Concórdia, no meio oeste catarinense. As granjas de produção de suínos estudadas eram unidades de crescimento e terminação com capacidades de alojamentos entre 450 a animais, caracterizadas unidades de agricultura familiar. O consumo de água e a produção de dejetos foram avaliadas diariamente, sendo que suas características físico-químicas foram medidas semanalmente utilizando-se a metodologia proposta por TAVARES (2012) e analisadas no laboratório físico-químico da Embrapa Suínos e Aves segundo metodologia recomendada pelo Standard Methods (APHA, AWWA, WPCF, 2005). Foram envolvidos no experimento suínos distribuídos entre Abril e Dezembro de 2011 (17 ciclos de produção). Todos os animais possuíam genética Large White Landrace (materno) e Duroc Pietrain (paterno). No final da creche, machos e fêmeas foram transportados para as unidades de crescimento e terminação, entrando com aproximadamente 9 semanas de idade e média de 24,5 kg de peso vivo, permanecendo separados em grupos de 10 animais por baia até ao final do ciclo de produção de aproximadamente 25 semanas de idade e 119 kg de peso vivo. Os animais foram pesados na entrada das granjas, duas medições intermediarias e na saída da granja. Nas granjas estudadas eram utilizados bebedouros tipo chupeta, bite ball e taça/concha ecológica, na analise de variância o teste F com P 0,05 não mostrou diferença significativa entre os tipos de bebedouros para as variáveis consumo de água e volume de dejetos. A temperatura e a umidade relativa do ar foram obtidas com o uso de data-logger, da marca Testo 174H, instalados no interior e exterior das edificação de suínos, sendo quatro equipamentos, dois no interior instalados na altura de 1,60 m do piso e dois no exterior a 2,50 m do solo. Esses equipamentos foram configurados para registrarem medidas de temperatura e umidade a cada 60 minutos diariamente. O consumo de água foi medido com a instalação de hidrómetros nas redes de abastecimento de água dos bebedouros e nas redes de água de limpeza e nebulização, nas granjas, sendo usadas as
3 marcas ACTARIS, modelo UNIMAG TU III HV e ITRÓN, modelo UNIMAG CYBLE PN 10, ambos do tipo turbina com diâmetro médio de uma polegada (3/4 ). A medição de dejetos produzidos diariamente pelos suínos, nas unidades de produção, foi realizada pela observação dos volumes de dejetos produzidos pelos animais depositados no interior de caixas de fibra de vidro de 5 m 3, marca FIBRATEC e FORTLEV. As caixas foram instaladas entre o edifício de alojamento dos animais e o sistema de armazenamento de dejetos. A amostragem dos dejetos produzidos nas unidades de produção de suínos foram semanais e realizadas diretamente nas canaletas de manejo, procedendo-se uma homogeneização dos dejetos nas canaletas e retirada varias amostras, ao logo das canaletas, até completar um volume de 20 litros. Após nova homogeneização, coletou-se uma amostra de um litro que era encaminhada para análise imediatamente após a coleta, depois de acondicionada em caixas térmicas de isopor com gelo. A modelagem dos dados de consumo de água e produção de dejetos em função do tempo de alojamento dos animais foi realizada utilizando o procedimento NLIN do SAS (2008). O modelo estatístico foi ajustado aos dados médios semanais de todas as granjas avaliadas. Foram comparados os dados de produção de dejetos observados com os valores gerados pelo modelo desenvolvido e os dados foram submetidos à analise de variância (procedimento GLM do SAS, 2008) e a comparação das médias pelo teste de Tukey. Modelo de balanço de água nos suínos utilizado no trabalho, sendo os dejetos convertidos em água em função de sua densidade especifica: As equações utilizadas na modelagem para a estimativa da produção dos dejetos são descritas, com base, nos trabalhos e pesquisas desenvolvidas por OLIVEIRA (1999; 2003); DOURMAD et al. (2002; 2003). Para se estimar a quantidade de água presente nos dejetos determinou-se o balanço de água nos suínos e nas edificações, bem como a quantidade de água gasta na limpeza das unidades. A Equação Error! Reference source not found. apresenta a expressão para o cálculo das quantidades de água presente nos dejetos. H 2 O Dej = H 2 O Bal d d + H 2 O Lim H 2 O Dej Quantidade de água nos dejetos (kg suíno -1 ); H 2 O Bal Quantidade de água do balanço dos suínos (kg suíno -1 ); d d duração do ciclo de produção (dias); H 2 O Lim Quantidade de água de limpeza (kg suíno -1 d -1 ). O balanço geral de água no sistema de produção de suínos foi calculado pela diferença do somatório das entradas de água (ingerida nos equipamentos, na ração, e produção de água metabólica) e o somatório das saídas (água retida no corpo e a água evaporada) nos suínos. A Equação Error! Reference source not found. mostra a expressão usada na determinação do balanço geral de água nos suínos. H 2 O Bal = H 2 O Ing + H 2 O Raç + H 2 O Met - H 2 O Cor - H 2 O Evap (2) H 2 O Bal Quantidade de água do balanço dos suínos (kg suíno -1 ); H 2 O Ing Quantidade de água ingerida no bebedouro pelo suíno (kg suíno -1 ); H 2 O Raç Quantidade de água ingerida via ração (kg suíno -1 ); H 2 O Met Produção de água metabólica pelo suíno (kg suíno -1 ); (1)
4 H 2 O Cor Quantidade de água retida no corpo dos suínos (kg suíno -1 ); H 2 O Evap Quantidade de água evaporada do corpo dos suínos (kg suíno -1 ). A água ingerida pelo suíno no bebedouro (consumo do próprio animal + desperdício) pode ser determinado diretamente pela leitura dos hidrômetros ou por cálculo direto. Nesta pesquisa, ajustou-se o volume de ingestão, como representado na Equação (3). H 2 O Ing = Ração T d (3) H 2 O Ing Água ingerida no bebedouro (kg suíno -1 ); Ração Alimento ingerido pelo suíno (kg d -1 ); T d Taxa de diluição. A Equação Error! Reference source not found. mostra a expressão utilizada para se estimar a quantidade de água ingerida pelos animais na ração, em função do teor de matéria seca presente. H 2 O Raç = Ração. 1 MS Raç. 100!! (4) H 2 O Raç Quantidade de água ingerida na ração (kg suíno -1 ); Ração Alimento ingerido pelo suíno (kg d -1 ); e, MS Raç Teor de matéria seca na ração (%). O cálculo da quantidade de água produzida no animal pelo metabolismo oxidativo animal baseou-se no pressuposto de que para se produzir uma molécula de CO 2 é necessário a existência de uma molécula de água (para um volume molar de 22,41 L de CO 2 temos um peso molecular de 18 g de água) (OLIVEIRA, 1999, 2003). Assim, a Equação Error! Reference source not found. exibe a expressão usada para o cálculo da produção de água por via metabólica no animal. H 2 O Met = Prod CO2. (24,4.0,018)!!. 24 (5) H 2 O Met Produção de água metabólica (kg suíno -1 ); Prod CO2 Produção de CO 2 por suíno (L h -1 ). A produção de CO 2 no suíno foi estimada através da produção de calor total por suíno, com base em um coeficiente de proporcionalidade (0,163 L h -1 de CO 2 por Watt de calor total produzido) (COMISSION INTERNATIONALE GÉNIE RURAL, 1984), como demonstrado na Equação Error! Reference source not found.. Prod Co2 = 0,163. Qtot sui (6) Prod CO2 Produção de CO 2 por suíno (L h -1 ); e, Qtot sui Produção de calor total por suíno (W suíno -1 ). A produção de calor total por suíno em zona de neutralidade térmica pode ser estimada através de equação específica para animais em fase de crescimento/terminação. Para tal, considerase a soma da energia necessária para manter o animal e a fração da energia metabolizável presente na ração e que não é retida no corpo do animal (OLIVEIRA, 1999; DOURMAD et al. (2003). Outra possibilidade de cálculo da produção de calor total na ausência dos dados da ração foi o uso da expressão apresentada em função da massa do animal (peso vivo) e das características do ambiente no edifício (COMISSION INTERNATIONALE GÉNIE RURAL, 1984; OLIVEIRA, 2003). A Equação seguinte mostra o cálculo da produção total de calor: Qtot!"# = 29. (m + 2).!,! 40 (7) Qtot sui Produção de calor total por suíno (W suíno -1 ); m massa corporal do suíno (kg); E Net Energia net (líquida) da ração (%); E Met Energia metabolizável da ração (%); e, Ração Alimento ingerido pelo animal (kg d -1 ). A quantidade de água retida no corpo pode ser estimada em função da quantidade de proteínas retidas pelos suínos, segundo DE GREEF (1995) e LANGE (1995) citados por
5 OLIVEIRA (2003). A Equação Error! Reference source not found. apresenta a expressão para o cálculo da água retida no suínos. H 2 O Corpo = 1,10 4,889 R Prot. 0,885!! (8) H 2 O Cor Quantidade de água retida no corpo (kg suíno -1 ); R Prot Retenção de proteína diária (kg suíno -1 ). A retenção de proteína diária no corpo do suíno pode ser determinada a partir de uma relação, considerando-se o peso vivo vazio do animal (DOURMAD et al., 2003). A estimativa do teor proteico pode também ser ajustada para o peso vivo vazio do suíno através da percentagem de tecido muscular (OLIVEIRA, 2003). Na presente pesquisa, a percentagem de tecido muscular assumida para aplicação da modelagem matemática foi de 58%. As Equações (9) e (10) mostram, respectivamente, a expressão para a estimativa da retenção de proteína diária e para a determinação do peso vivo vazio em função da massa corporal do suíno. R Prot. = e a Pvv b (9) Pvv = 0,915 m 1,009 (10) R Prot Retenção de proteína diária (kg suíno -1 ); e base do logaritmo neperiano (2,7182); a - 0,982 0,0145 (MUS); b 0, ,0044 (MUS); Pvv Peso vivo vazio do suíno (kg); m massa corporal do suíno (kg). A água perdida por evaporação foi determinada em função da quantidade de calor necessária para a passagem da água do estado líquido ao gasoso, ou seja, a produção de calor latente de vaporização (SOULOUMIAC, 1995 apud OLIVEIRA, 2003), como pode ser observada na Equação (11). Em média, são necessários 680,6 Watts para evaporar um quilograma de água por hora (COMISSION INTERNATIONALE GÉNIE RURAL, 1984). P!"# = (Qlat!"#. L v!! ).24 (11) P vap Vapor de água produzido pelo suíno (kg d -1 ); Qlat sui Produção de calor latente (W suíno -1 ); e, L v Calor latente de vaporização [680,6 Watts (kg H 2 O h -1 )]. A produção de calor latente foi deduzida como complemento da produção de calor sensível, segundo a temperatura no bulbo seco do ambiente interno da unidade de produção (COMISSION INTERNATIONALE DU GÉNIE RURAL, 1984), como observado nas Equações Error! Reference source not found. e Error! Reference source not found.). Qlat sui = Qtot sui - Qsen sui (12) Qsen sui = Qtot sui 0,8-1, Ta+10 4 (13) Qlat sui Produção de calor latente por suíno (W suíno -1 ); Qtot sui Produção de calor total por suíno (W suíno -1 ); Qs an Produção de calor sensível por suíno (W animal -1 ); Ta - Temperatura do bulbo seco no interior da edificação ( C). A quantidade de dejetos produzidos em uma unidade pode ser determinada através da soma da quantidade de água presente no dejeto e a concentração de matéria seca do efluente (DOURMAD et al., 2003). A Equação (14) mostra a expressão utilizada para o cálculo da quantidade de dejetos produzidos pelos suínos. Q Dej = H 2 O Dej MS Dej (14)
6 Q Dej Quantidade de dejetos produzidos (kg suíno -1 ); H 2 O Dej Quantidade de água nos dejetos (kg suíno -1 ); e, MS Dej Concentração de matéria seca nos dejetos (%). Os volumes de dejetos produzidos podem ser estimados nas unidades de produção em função da sua quantidade e densidade dos dejetos. As Equações Error! Reference source not found. e Error! Reference source not found. apresentam as expressões utilizadas para o cálculo dos volumes dos dejetos produzidos. V Dej = Q Dej. ρ Dej!! (15) V Dej = ,49 MS Dej (16) V Dej Volume dos dejetos produzidos (L suíno -1 ); Q Dej Quantidade de dejetos produzidos (kg suíno -1 ); MS Dej Concentração de matéria seca nos dejetos (g kg -1 ); e, ρ Dej Densidade do dejeto (kg m -3 ). A quantidade de Nitrogênio excretada é calculada (em kg N.suíno -1 ) tendo como base a referência DOURMAD et al., (2003): N!" = N!"# exp!!,!"#$!!,!"#$!!"# x 0,915. PV!,!!"!,!"#$!!,!!""!!"#. 6,25!! (17) em que, N ex - Nitrogênio excretado pelos suínos (kg); N ing Nitrogênio ingerido pelos suínos (kg); PV Peso vivo dos suínos (kg); TVM: Taxa de Carne Magra (indicado no final do lote) (em kg/100kg). A excreção de fósforo segundo DOURMAD et al., (2003), pode ser estimada da seguinte maneira : Pexc = Ping Pret (18) em que, P exc Fosforo excretado pelo suíno (kg); P ing Fosforo ingerido pelo suíno (kg); P ret Fosforo retido no suíno (kg). Sendo o fosforo retido no corpo estimado pela seguinte equação: Pret = 0, PVV! + 5, PVV (19) em que, PVV = Peso vivo em jejum dos suínos (kg). RESULTADOS E DISCUSSÃO A temperatura média registrada nas 15 unidades de produção de suínos durante o desenvolvimento do trabalho foi de 19.0±0.2 C. O desempenho zootécnico dos suínos nas granjas estudadas durante o experimento foram em média para o GMD (ganho médio de peso diário) 0,862±0,012 g.dia -1 ; CA (conversão alimentar) 2,347 ±0,046 kg ração, por kg de ganho de peso; CR (consumo de ração diário) 2,022±0,046 kg. A Os resultados apresentados indicam que os suínos consumiram diariamente, em média, 7,62 L de água e produziram em média 4,58 L de dejetos para um período de alojamento de 15 semanas.
7 TABELA 1 mostra os resultados médios obtidos para a produção de dejetos e o consumo de água dos animais em função do tempo de alojamento (semanas). Para o período de alojamento de 15 semanas foram avaliados 12 ciclos de produção. Os resultados apresentados indicam que os suínos consumiram diariamente, em média, 7,62 L de água e produziram em média 4,58 L de dejetos para um período de alojamento de 15 semanas. TABELA 1 Produção de dejetos e consumo médio de água em função do tempo de alojamento. Manure production and average water consumption as a function of production time. Parâmetros Alojamento Média σ Mínimo Máximo n Observados (semanas) (L suíno -1 d -1 ) Consumo H 2 O ,62 1,15 5,94 9,66 Produção Dejetos ,58 0,82 3,52 6,24 n número de ciclos de produção; σ desvio padrão. O modelo matemático utilizado neste trabalho estimou a produção de dejetos suínos produzidos para as fases de crescimento e terminação, com peso médio dos animais variando entre 24 a 119 kg, entre 3,24 e 6,10 L por suínos por dia (FIGURA 1). A analise estatística mostra que existe uma boa correlação entre os dados estimados pelo modelo e o dados observados a campo com o coeficiente de correlação de R 2 =0,808. O ajuste linear foi realizado com intervalo de confiança de 95%. Foram estimadas e introduzidas no modelo as médias semanais de um total de 12 ciclos de produção. FIGURA 1. Relações lineares entre o volume de dejetos estimado pelo modelo e os valores observados nas granjas, para um periodo de alojamento de 15 semanas de produçào de suínos. Os resultados obtidos na aplicação da modelagem demonstram que o modelo proposto permite estimar com segurança, o volume de água presente nos dejetos produzidos. Tal pode ser observado pelos erros médios de previsão determinados para as médias semanais estimadas e
8 observadas nas granjas. O erro médio obtido foi de 0,47 L suíno -1 d -1 (13,10%), mostra-se inferiores quando comparados com os resultados obtidos em pesquisa realizada, no Brasil, por NARDI (2009), em quatro ciclos de produção, e os resultados dos erros obtidos para a relação entre os volumes estimados e medidos foram superiores (41, 33, 59 e 48%), porém neste trabalho havia somente uma repetição por tratamento e o consumo de água nos sistemas foram altos. Em trabalho de modelagem de OLIVEIRA (2003), o erro encontrado entre os valores estimados e observado para a produção de dejetos suínos em piso ripado foi de 18,5%. Embora a estimativa para produção de dejetos produzidos não se tenham mostrado próxima (declives das relações lineares entre valores estimados e medidos afastados do valor um e coeficientes de determinação R 2 =0,808) quanto aquelas apresentadas por DOURMAD et al. (2003) (n=55, y=0,99x e coeficiente de determinação R 2 =0,97) é de ressaltar que as estimativas apresentadas por estes autores foram calculadas com base em volumes acumulados dos ciclos de produção (redução de erro) em experimentos com condições controladas e não através de médias semanais tal como apresentadas no presente trabalho. A Tabela 2 mostra os resultados médios obtidos para a Concentrações médias do Nitrogênio e Fósforo Total nos dejetos para 15 semanas de alojamento dos suínos. TABELA 2 Concentrações médias do Nitrogênio e Fósforo Total nos dejetos para 15 semanas de alojamento dos suínos. Average concentrations of Total Nitrogen and Phosphorus in manure for 15 weeks of housing pigs. Variável Alojamento (semanas) n Média σ Mínimo Máximo N T (g L -1 ) 5,69 0,98 4,37 7, P T (g L -1 ) 1,18 0,29 0,80 1,83 Nas figuras 2 e 3 são apresentados valores gerados pelo modelo e corrigidos pela matéria seca, em kg/suíno, para a estimativa dos nitrogênio e do fosforo semanalmente para a produção de suínos nas 15 semanas de duração dos experimento. FIGURA 2. Valores estimados e medidos de nitrogênio total por semanas na produção de suínos.
9 FIGURA 3. Valores estimados e medidos de nitrogênio total por semanas na produção de suínos. Os valores observados na tabela 2 e nas figuras 2 e 3, demonstram haver uma correlação entre os valores estimados e medidos para o nitrogênio e o fosforo na produção de suínos. Estudos conduzidos por DOURMAD et al no desenvolvimento de modelo de predição de Ntotal e Ptotal, na produção de suínos, encontraram erros da ordem de 4,2% para o Ntotal e de 13% para o Ptotal. O coeficiente de correlação encontrado foi de R 2 =0,84 e R 2 =0,86, respectivamente para Ntotal e Ptotal. CONCLUSÕES O modelo matemático proposto para a estimativa da produção de dejetos em função do balanço de água permitiu calcular, com segurança o volume de dejetos, a partir dos dados coletados em campo. O coeficiente de determinação (R 2 ) obtidos para as equações das regressões lineares determinadas nas granjas de produção de suínos nas fases de crescimento e terminação foi de R 2 =0,808. O modelo para nitrogênio e fósforo estima os valores para produção de suínos nas fases de crescimento e terminação, porém com erros aceitáveis para situação de campo onde a variabilidade das variáveis envolvidas não é desprezível. REFERÊNCIAS AARNIK,A.J.A.; OUWERKERK, VAN E.N.J.; VERSTEGEN, M.W.A. A mathematical model for estimating the amount and composition of slurry from fattening pigs. Livestock production science, v.31: , BABOT, Daniel Gaspa et al. Farm technological innovations on swine manure in Southern Europe. Revista Brasileira de Zootecnia [suplemento especial], v. 40, p , DE GREEF, K. H. Modeling growth in the pig. Wageningen: Wageningen Pers, EAAP publication, 78. p DOURMAD, Jean-Yves; GUINGAND, Nadine; LATIMIER, P. Nitrogen and phosphorus consumption, utilisation and losses in pig production: France. Livestock Production Science, v. 58, p , DOURMAD, Jean-Yves; POMAR, Candido; MASSÉ, Daniel. Modélisation du flux de composes à risqué pour l environnement dans un élevage porcin. Journées de la recherche porcine en France, v. 34, p , 2002.
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