PLANO DE PORMENOR DA QUINTA DA PRAIA (ALVOR) RELATÓRIO

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1 PLANO DE PORMENOR DA QUINTA DA PRAIA (ALVOR) PORTIMÃO, JANEIRO DE 2011

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3 EQUIPA TÉCNICA: Coordenação Prof. Eng.º Paulo V. D. Correia Apoio à coordenação e planeamento urbanístico Eng.º João Belard Correia Planeamento urbanístico e caracterização socio-económica Eng.º David Amaral de Brito Infra-estruturas viárias e abastecimento de gás Eng.º José Manuel Sousa (SE, Serviços) Infra-estruturas de saneamento Eng.º Nuno Barata (SE, Serviços) Infra-estruturas de energia eléctrica e telecomunicações Eng.º José Luís Couto da Rocha Mendes (RGA) Paisagismo Arqt.ª Pais. Lydia Las Casas (Broadway Malyan) Arqueologia Profª. Dr.ª Ana Margarida Arruda/Carlos Oliveira Ruído Schiu, Lda. Aspectos Jurídicos Dr.ª Isabel Abalada Matos (LCA Advogados) Computação Gráfica Arqt.º Luís Figueiredo Edição de texto Isabel B. Duarte

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5 ÍNDICE 1. INTRODUÇÃO ENQUADRAMENTO E CARACTERIZAÇÃO LOCALIZAÇÃO NA REGIÃO DO ALGARVE E NO CONCELHO DE PORTIMÃO CARACTERIZAÇÃO SOCIO-DEMOGRÁFICA ACTIVIDADES ECONÓMICAS E DINÂMICA CONCELHIA Turismo Qualidade de vida CARACTERIZAÇÃO BIOFÍSICA E PAISAGÍSTICA CARACTERIZAÇÃO ARQUEOLÓGICA SITUAÇÃO EXISTENTE INFRA-ESTRUTURAS URBANAS EXISTENTES Rede Viária Rede de Abastecimento de Água Rede de Drenagem de Águas Residuais Domésticas Rede de Drenagem de Águas Residuais Pluviais Resíduos Sólidos Urbanos COMPROMISSOS URBANÍSTICOS EXISTENTES ENQUADRAMENTO LEGAL E CONDICIONANTES ENQUADRAMENTO LEGAL Programa Nacional da Política de Ordenamento do Território Plano Estratégico Nacional do Turismo Plano de Bacia Hidrográfica das Ribeiras do Algarve Plano de Ordenamento da Orla Costeira Burgau Vilamoura Plano Regional de Ordenamento do Território do Algarve Plano Director Municipal de Portimão Plano de Urbanização da UP 2 - Alto do Poço e Alvor SERVIDÕES ADMINISTRATIVAS E RESTRIÇÕES DE UTILIDADE PÚBLICA PROPOSTA DA ESTRUTURA URBANA DO PLANO OBJECTIVOS DO PLANO ELEMENTOS ESTRUTURANTES E ESTRUTURA ECOLÓGICA i

6 4.3 USOS DO SOLO REDE VIÁRIA E ESTACIONAMENTO INFRA-ESTRUTURAS URBANAS Rede de Abastecimento de Água Rede de Drenagem de Águas Residuais Domésticas Rede de Drenagem de Águas Residuais Pluviais Rede de Abastecimento de Gás Rede de Eléctrica e de iluminação exterior Infra-estruturas de telecomunicações Resíduos sólidos urbanos EQUIPAMENTOS ESPAÇOS EXTERIORES ESTRUTURA VERDE ÁREAS DE CEDÊNCIA PARA O DOMÍNIO MUNICIPAL RUÍDO PARÂMETROS URBANÍSTICOS MEDIDAS E DISPOSIÇÕES NORMATIVAS REGULAMENTARES PROGRAMA DE EXECUÇÃO PLANO DE FINANCIAMENTO ANEXO I FICHA ESTATÍSTICA ANEXO II ARQUEOLÓGICO ANEXO III ESTUDO DO RUÍDO ii

7 ÍNDICE DAS FIGURAS Figura 1 - Enquadramento da freguesia de Alvor na região do Algarve... 3 Figura 2 - Enquadramento da área de intervenção (Alvor e Portimão)... 4 Figura 3 - Freguesias do concelho de Portimão... 5 Figura 4 - Lugar Estatístico Praia do Alvor Figura 5 - Foto aérea da área de intervenção do PPQP Figura 6 - Exemplos do coberto vegetal que ocorre na área de intervenção do PPQP Figura 7 - Exemplos de espécies vegetais que ocorrem na área de intervenção do PPQP Figura 8 - Modelo Territorial do PNPOT Fonte: PNPOT Figura 9 - Sistema do Litoral Fonte: PROT Algarve, Vol. I, pág Figura 10 - Estrutura Regional de Protecção e Valorização Ambiental. Fonte: PROT Algarve ÍNDICE DOS GRÁFICOS Gráfico 1 - Evolução População nas freguesias de Portimão de 1864 a 2001 Fonte: INE... 9 Gráfico 2 - Taxa de Natalidade e de Mortalidade Fonte: INE Gráfico 3 - Índice de Envelhecimento Fonte: INE Gráfico 4 - Pirâmide Etária na região do Algarve em Gráfico 5 - Pirâmide Etária na região do Algarve em Gráfico 6 - Pirâmide Etária em Portimão em Gráfico 7 - Pirâmide etária em Portimão em Gráfico 8 - Pirâmide Etária em Alvor em Gráfico 9 - Pirâmide Etária em Alvor em Gráfico 10 - População por Faixa Etária em Portugal Fonte: INE Gráfico 11 - População por Faixa Etária no Algarve Fonte: INE Gráfico 12 - População por Faixa Etária em Portimão Fonte: INE Gráfico 13 - População por Faixa Etária na Freguesia de Alvor Fonte: INE Gráfico 14 - Alojamentos familiares de residência habitual segundo a existência de água canalizada Fonte: INE iii

8 Gráfico 15 - Alojamentos familiares de residência habitual segundo a existência de electricidade Fonte: INE Gráfico 16 - Alojamentos familiares de residência habitual segundo a existência de sistemas de esgotos Fonte: INE Gráfico 17 - População activa por sectores Fonte: INE Gráfico 18 - População activa por sectores Fonte: INE Gráfico 19 - Nível de Instrução em 2001 Fonte: INE Gráfico 20 - Número de dormidas em Portugal Fonte: INE Gráfico 21 - Número de dormidas no Algarve Fonte: INE Gráfico 22 - Número de dormidas em Portimão Fonte: INE Gráfico 23 - Taxa de ocupação por cama Fonte: INE Gráfico 24 - Indicador per capita - Poder de Compra Fonte: INE ÍNDICE DAS TABELAS Tabela 1 - Áreas do concelho de Portimão e suas freguesias Fonte: INE... 4 Tabela 2 - População nos concelhos do Algarve nos Censos 1970 a 2001 Fonte: INE... 5 Tabela 3 - Evolução População em Portugal, Algarve e Portimão de 1864 a 2001 Fonte: INE... 7 Tabela 4 - População por concelho, em 2001 e 2007 Fonte: INE... 8 Tabela 5 - Evolução População nas freguesias de Portimão de 1864 a Tabela 6 - Lugares censitários por município, segundo os escalões de dimensão populacional em 2001 Fonte: INE... 9 Tabela 7 - População Residente e Presente nos principais lugares censitários da freguesia de Alvor Fonte: INE iv

9 Tabela 8 - Saldo Natural em Portugal, Algarve e Portimão Fonte: INE Tabela 9 - Fecundidade, Nados vivos fora do casamento e casamentos católicos Fonte: INE Tabela 10 - Índices de Envelhecimento e Dependência nos principais lugares censitários da freguesia de Alvor Fonte: INE Tabela 11 - Esperança média de vida e idade média do nascimento do primeiro filho e do primeiro casamento Fonte: INE Tabela 12 - População Residente, segundo Migrações (relativamente a 1999), por concelho de residência habitual em 2001 Fonte: INE Tabela 13 - População estrangeira que solicitou estatuto de residente por habitante Fonte: INE Tabela 14 - Alojamentos Familiares Clássicos Fonte: INE Tabela 15 - Alojamentos Familiares nos principais lugares censitários da freguesia de Alvor Fonte: INE Tabela 16 - Indicadores do ambiente por município em 2006 Fonte: INE Tabela 17 - Taxas de Actividade, em percentagem, em 1991 e em 2001 Fonte: INE Tabela 18 - Taxas de Desemprego em 1991 e em 2001 Fonte: INE Tabela 19 - Nível de Instrução no Algarve 1991 Fonte: INE Tabela 20 - Nível de Instrução no Algarve 2001 Fonte: INE Tabela 21 - Taxa de Analfabetismo, em percentagem, no Algarve e 2001 Fonte: INE Tabela 22 - Número de estabelecimentos turísticos Fonte: INE Tabela 23 - Capacidade de Alojamento (nº de Camas) Fonte: INE Tabela 24 - Proveito de aposentos Fonte: INE Tabela 25 - Indicadores Turismo Fonte: INE v

10 Tabela 26 - Estabelecimentos de Turismo em Espaço Rural no Algarve Fonte: INE Tabela 27 - Indicadores Turismo para o Algarve e seus concelhos 2007 Fonte: INE Tabela 28 - Dormidas por nacionalidade Fonte: INE Tabela 29 - Distribuição das dormidas por zonas e nacionalidades, no Algarve, 2007 Fonte: AHETA Tabela 30 - Distribuição das dormidas por categoria e nacionalidades, no Algarve, 2007 Fonte: AHETA Tabela 31 - Oferta Hoteleira em Alvor 2007 Fonte: ILM-THR Tabela 32 - Percentagem do Poder de Compra Fonte: INE Tabela 33 - Empresas por município da sede, segundo a CAE, 2006 Fonte: INE Tabela 34 - Indicadores da construção e habitação por município 2007 Fonte: INE Tabela 35 - Indicadores de transportes por município 2007 Fonte: INE Tabela 36 - Caudal médio diário de consumo de água no PPQP Tabela 37 - Áreas de cedência para o Domínio Municipal Tabela 38 - Índices urbanísticos máximos do PPQP Tabela 39 - Índices de Impermeabilização de pavimentos semi-permeáveis vi

11 1. INTRODUÇÃO A área de intervenção do Plano de Pormenor da Quinta da Praia (PPQP) localiza-se no Algarve, concelho de Portimão, freguesia de Alvor, num vazio no tecido urbano entre o núcleo principal de Alvor e a Prainha. Sendo uma das poucas bolsas de terreno não urbanizadas nesta zona e apresentando excelentes condições de localização e acessibilidade, ganha particular relevância a escolha de uma boa solução urbanística, que tire partido destas características, respeitando ao mesmo tempo o Ambiente e dando qualidade a toda a envolvente. A área objecto do presente Plano de Pormenor - toda a área da subunidade operativa de planeamento e gestão 1 (UOPG 1) definida no Plano de Urbanização da UP2 do Alto do Poço e Alvor (PUUP2) - corresponde a cerca de 23,2 hectares, ou seja a 12% da área total de intervenção do mesmo Plano de Urbanização, que abrange um total de 186 hectares. Acresce que a área em causa se encontra, desde a entrada em vigor do referido Plano de Urbanização, classificada como solo urbano, não se prevendo que as propostas do PPQP determinem a produção de efeitos sobre o ambiente distintos dos que decorreriam da aplicação do PUUP2 para a área em causa. Desta forma, a Câmara Municipal de Portimão deliberou que a área de intervenção do PPQP apresenta-se como uma pequena área a nível local, não se afigurando assim que o Plano venha a produzir efeitos significativos sobre o Ambiente, pelo que o mesmo não está sujeito a avaliação ambiental. O Aviso n.º /2008, de 15 de Outubro deliberou a elaboração do Plano de Pormenor da Quinta da Praia. A sociedade Colinas do Alvor Investimentos Turísticos e Imobiliários, S.A., proprietária de toda a área de intervenção do PPQP, à excepção das vias municipais existentes que limitam a parcela principal da UOPG1, pretende assegurar a urbanização dessa parcela desenvolvendo a solução urbanística constante do PUUP2, reformulando-a, contudo, ao nível do desenho urbano e da composição urbana, recorrendo a padrões de ocupação e a soluções urbanísticas de elevada qualidade, atentos ao carácter único do lugar e à importância de uma correcta inserção na sua envolvente. A concretização do PPQP procura também contribuir para a melhoria de qualidade da oferta turística da zona de Alvor, contribuindo para a afirmação da mesma como área de turismo de qualidade. 1

12 A presente proposta de Plano de Pormenor introduz alterações ao PUUP2 devidamente identificadas no presente relatório. Estas alterações revestem uma dupla natureza: em primeiro lugar é alterada uma via para a qual o PUUP2 propõe um traçado que, a ser respeitado, comprometeria a estruturação e aproveitamento urbanísticos adequados no interior da área do Plano de Pormenor, bem como quanto a uma área de equipamento e estacionamento prevista no PUUP2. Por acordo entre a CMP e o promotor, o parque de estacionamento poente, previsto no PU UP2, é eliminado sendo os lugares correspondentes assegurados quer no estacionamento previsto dentro do PPQP, quer nos novos parques de estacionamento fora da área de intervenção do PPQP. Foi também acordada a eliminação do equipamento não especificado previsto no PU UP2, e ajustada a largura da faixa de recuo das edificações à via 3B em função do relevo do terreno e não adoptando uma largura constante, sendo que na fase de execução das propostas do Plano, a CMP contratualizará com o promotor a realização de infra-estruturas de carácter geral; em segundo lugar, os parâmetros urbanísticos estabelecidos no PUUP2 são ajustados, seja com vista a garantir a sua coerência recíproca, seja com vista à sua adaptação ao novo quadro legal do Regime Jurídico dos Instrumentos de Gestão do Território, aprovado em momento posterior à entrada em vigor do PUUP2. É, também, importante referir que foi elaborado, em 2009, um masterplan (CCDR Algarve, ARH Algarve, IPTM e CMP) para a zona costeira entre Alvor e a Prainha que visa implantar parques de estacionamento de apoio às praias, bem como diversas estruturas de apoio aos seus frequentadores. As zonas a Sul da área de intervenção do PPQP, bem como o extremo nascente do PPQP, são abrangidas por este masterplan, especialmente no que concerne à afectação de áreas para implantação de um parque de estacionamento público, considerado fulcral, na retaguarda da Praia dos Três Irmãos. 2

13 2. ENQUADRAMENTO E CARACTERIZAÇÃO 2.1 LOCALIZAÇÃO NA REGIÃO DO ALGARVE E NO CONCELHO DE PORTIMÃO A Vila de Alvor, sede de freguesia, localiza-se no concelho de Portimão na região do Algarve. Este concelho faz fronteira com Lagos a Oeste, com Monchique a Norte e com Silves e Lagoa a Este. O concelho de Portimão é o principal concelho do Barlavento algarvio, dividindo-se em três freguesias: Portimão, Mexilhoeira Grande e Alvor, ocupando, esta última, cerca de metade da linha costeira do concelho, para além de não ter áreas de Serra, como acontece com as outras duas freguesias. O ponto mais a Sul da área de intervenção do PPQP está a 180 metros do Oceano Atlântico. Figura 1 - Enquadramento da freguesia de Alvor na região do Algarve Alvor dista cerca de 4,5 km de Portimão, 38 km de Sagres e 61 km de Faro. A área de intervenção do PPQP apresenta boas acessibilidades, estando a 6 km da EN 125 e a 8 km da A22 - Via do Infante de Sagres. Localizando-se em plena área urbana, a área de intervenção é servida por diversas vias urbanas, sendo as mais relevantes aquelas que formam um anel em redor da parte maior do terreno. Tal como já se encontra determinado no PUUP2, e agora também no PPQP, estas vias serão reperfiladas para perfis ajustados à função que irão desempenhar. A área de intervenção faz fronteira com esta via a Norte, Oeste e Sul. A fronteira Este da área é com a área privada detida por Salvor Sociedade de Investimentos Hoteleiros S.A. 3

14 Figura 2 - Enquadramento da área de intervenção (Alvor e Portimão) 2.2 CARACTERIZAÇÃO SOCIO-DEMOGRÁFICA O concelho de Portimão, com uma área de cerca de hectares, divide-se, como foi já referido, em três freguesias: Portimão, Mexilhoeira Grande e Alvor. Tal como é possível observar na tabela 1, a freguesia de Alvor é a mais pequena, ocupando pouco mais de 8% da área do concelho, com cerca de hectares. Unidade Territorial Área (ha) Freguesia Alvor 1.518,35 Freguesia Mexilhoeira Grande 9.124,68 Freguesia Portimão 7.565,37 Concelho Portimão ,41 Tabela 1 - Áreas do concelho de Portimão e suas freguesias Fonte: INE 4

15 Figura 3 - Freguesias do concelho de Portimão Portimão era, nos Censos de 2001, o concelho com a quarta maior densidade populacional do Algarve. Este facto explica-se porque, para além de não ser um concelho com uma grande área, é o terceiro concelho mais populoso do Algarve, com habitantes, atrás de Faro e Loulé. A tabela 2 apresenta a população de todos os concelhos de Algarve nos Censos, desde 1970 a 2001, verificando-se que Portimão foi o terceiro concelho que mais cresceu desde 1970, só sendo ultrapassado pelo crescimento de Faro e Albufeira Algarve Albufeira Alcoutim Aljezur Castro Marim Faro Lagoa Lagos Loulé Monchique Olhão Portimão São Brás de Alportel Silves Tavira Vila do Bispo Vila Real de Santo António Tabela 2 - População nos concelhos do Algarve nos Censos 1970 a 2001 Fonte: INE 5

16 A tabela 3 ilustra a evolução da população em Portugal, Algarve e Portimão. Até ao fim do século XIX, o Algarve teve crescimentos populacionais superiores aos do País, algo que já no século XX só aconteceu a partir da década de 70, devido à grande aposta da Região no turismo. Esta tendência manteve-se nos últimos Censos, especialmente em 1991 e 2001, onde as taxas de variação de população são superiores no Algarve. Importa notar que, entre 1950 e 1970, houve um relevante decréscimo da população no Algarve e o concelho de Portimão seguiu a tendência da região até ao final do século XIX. Já no século XX, o concelho cresceu sempre mais que a região, à excepção das décadas de 10 e 30. Desde 1920, a população do concelho tendo vindo a crescer mais acentuadamente, sendo que na década de 20 e de 70, o crescimento foi particularmente expressivo. Já entre 1970 e 2001, a população cresceu 75%, para os referidos habitantes. A população de Portimão e dos quatro concelhos limítrofes (Lagoa, Lagos, Silves e Monchique) representa cerca de 33% da população do Algarve. 6

17 Portugal Algarve Portimão (concelho) Tabela 3 - Evolução População em Portugal, Algarve e Portimão de 1864 a 2001 Fonte: INE 7

18 As estimativas da população para 2007 (tabela 4) revelam que o concelho de Portimão está nos cinco concelhos que mais cresceram desde Com crescimentos superiores apenas surgem os concelhos de Lagoa, Lagos, São Brás de Alportel e Albufeira. De notar também o decréscimo ou o crescimento muito reduzido de população em alguns concelhos das zonas menos desenvolvidas do Algarve. Observa-se ainda que o concelho de Faro apresenta um crescimento praticamente nulo Algarve Albufeira Alcoutim Aljezur Castro Marim Faro Lagoa Lagos Loulé Monchique Olhão Portimão São Brás de Alportel Silves Tavira Vila do Bispo Vila Real de Santo António Nota: População Censos e População Estimativa INE Tabela 4 - População por concelho, em 2001 e 2007 Fonte: INE Analisando a evolução da população de 1864 a 2001, mas para as freguesias de Portimão, é perceptível que o crescimento da população do concelho se deve ao grande crescimento da população na freguesia de Portimão, como é possível observar na tabela 5 e no gráfico 1. O crescimento nesta freguesia é particularmente acentuado nas décadas de 20 e de 70. Nas restantes freguesias regista-se um crescimento da população, no período analisado, ainda que não constante ao longo do tempo. Freguesias Alvor Mexilhoeira Grande Portimão (freguesia) Tabela 5 - Evolução População nas freguesias de Portimão de 1864 a

19 Portimão (freguesia) Mexilhoeira Grande Alvor Gráfico 1 - Evolução População nas freguesias de Portimão de 1864 a 2001 Fonte: INE A tabela 6 permite constatar que aproximadamente 40 % da população do concelho reside na cidade de Portimão, sendo que quase metade da população do concelho reside em lugares com mais de habitantes. Apenas 2% da população do concelho reside em lugares isolados, sendo esta uma das percentagens mais baixas em concelhos algarvios, superada apenas por Albufeira, Vila Real de Santo António e São Brás de Alportel. Estes dados permitem concluir que a população não se encontra dispersa pelo território mas tem forte tendência para a concentração nos aglomerados. Lugares isolados Lugares até habitantes Lugares com mais de habitantes Algarve 5,62 46,18 48,20 Albufeira 0,23 65,22 34,55 Alcoutim 8,36 91,64 0,00 Aljezur 21,44 78,56 0,00 Castro Marim 7,74 92,26 0,00 Faro 7,01 23,55 69,44 Lagoa 5,80 70,77 23,43 Lagos 8,56 33,58 57,87 Loulé 2,94 50,82 46,24 Monchique 39,06 23,76 37,18 Olhão 4,57 26,08 69,35 Portimão 1,81 49,89 48,30 São Brás de Alportel 0,38 61,07 38,55 Silves 10,86 54,23 34,91 Tavira 5,22 53,04 41,74 Vila do Bispo 6,56 93,44 0,00 Vila Real de Santo António 1,26 22,14 76,60 Tabela 6 - Lugares censitários por município, segundo os escalões de dimensão populacional em 2001 Fonte: INE 9

20 A tabela 7 apresenta a população residente e presente nos maiores lugares censitários na freguesia de Alvor, bem como nos lugares censitários em redor da área de intervenção do PPQP. O lugar censitário que compreende a área de intervenção é Praia do Alvor, que abrange o território que vai desde de sul do aglomerado de Alvor até à Prainha. Ao analisar esta tabela, é fundamental distinguir a população presente da população residente, de modo a perceber onde existe maior diferença entre a população presente num dado momento, nomeadamente em períodos de veraneio, e a população que reside, de facto, todo o ano nesses locais. Como é possível notar, metade da população da freguesia de Alvor reside na vila de Alvor, sendo em seguida Montes do Alvor, Sesmarias e Vale das Hortas os lugares mais populosos. Os lugares com maior densidade populacional são Alvor e Montes do Alvor. Ao nível da população presente, a freguesia de Alvor tem significantes diferenças entre a população residente e presente, motivadas principalmente pelo que ocorre nos lugares da Penina e Praia do Alvor. Nestes dois lugares é onde existe maior actividade turística, sendo por isso grande a diferença entre população presente e residente. O lugar onde esta diferença é maior é no lugar da Praia do Alvor, ou seja, precisamente na área de intervenção do PPQP. População Residente População Presente Freguesia de Alvor Alto do Poço Alvor Amoreira Castelhanas Má Partilha Montes do Alvor Penina Praia do Alvor Prainha Quinta dos Arcos Sesmarias Vale das Hortas Nota: Lugar da Bemposta divide o seu território nas freguesias do Alvor e de Portimão Tabela 7 - População Residente e Presente nos principais lugares censitários da freguesia de Alvor Fonte: INE 10

21 Figura 4 - Lugar Estatístico Praia do Alvor A tabela 8 ilustra a evolução do saldo natural, em Portugal, no Algarve e em Portimão. A nível nacional, depois de um pico em 2000, este indicador tem tido uma tendência decrescente, sendo negativo em No caso do Algarve, para o período analisado, é clara a tendência crescente, sendo que a partir de 2004 o saldo natural passou a ser positivo. Ao nível concelhio, a tendência é semelhante à do Algarve, no entanto, desde 1997, que se regista um saldo natural positivo. Portugal Algarve Portimão Tabela 8 - Saldo Natural em Portugal, Algarve e Portimão Fonte: INE 11

22 A evolução das taxas de natalidade e mortalidade (gráfico 2) revela que estas têm decrescido a nível nacional e regional. A evolução positiva do saldo natural na região deve-se principalmente ao decréscimo da taxa de mortalidade. No concelho de Portimão, a taxa de mortalidade não variou muito no período em análise mas é notória uma tendência crescente da taxa de natalidade, que justifica o crescimento positivo do saldo natural. 15,0 14,0 13,0 12,0 11,0 10,0 9, Portugal - Taxa bruta de natalidade Algarve - Taxa bruta de natalidade Portimão - Taxa bruta de natalidade Portugal - Taxa bruta de mortalidade Algarve - Taxa bruta de mortalidade Portimão - Taxa bruta de mortalidade Gráfico 2 - Taxa de Natalidade e de Mortalidade Fonte: INE A tabela 9 permite compreender melhor as mudanças de alguns comportamentos sociais associados à demografia. A fecundidade tem diminuído a nível nacional, ao contrário do que acontece na região do Algarve, na qual tem crescido suavemente, principalmente desde Já em Portimão, a taxa de fecundidade tem crescido, também desde A evolução da percentagem de nados vivos fora do casamento permite concluir que a população do Algarve e Portimão apresenta um comportamento menos conservador que o resto do País. Portugal - Taxa de fecundidade geral ( ) Algarve - Taxa de fecundidade geral ( ) Portimão - Taxa de fecundidade geral ( ) Portugal - Nados vivos fora do casamento (%) Algarve - Nados vivos fora do casamento (%) Portimão - Nados vivos fora do casamento (%) Portugal - Proporção de casamentos católicos (%) Tabela 9 - Fecundidade, Nados vivos fora do casamento e casamentos católicos Fonte: INE Algarve - Proporção de casamentos católicos (%) Portimão - Proporção de casamentos católicos (%) ,7 36,4 34,1 66,5 44,8 37, ,5 38,7 34,3 67,6 46,8 54, ,0 46,3 44,4 20,1 38,0 35,5 67,0 49,4 52, ,1 48,9 53,2 20,8 37,6 36,2 66,5 45,7 46, ,0 46,8 49,7 22,2 38,6 36,0 64,8 47,3 45, ,2 44,0 48,4 23,8 41,6 40,3 62,5 42,9 43, ,7 47,3 54,2 25,5 42,4 40,2 62,5 46,1 43, ,9 48,6 58,4 26,9 42,2 38,9 59,6 43,6 42, ,7 49,3 57,3 29,1 45,8 41,2 57,1 37,6 35, ,8 50,9 55,9 30,7 46,0 45,7 55,1 38,8 39, ,4 49,4 60,7 31,6 48,7 49,9 52,1 33,8 33, ,5 50,0 62,4 33,6 49,0 48,0 47,3 28,5 20,0 12

23 Em 2006, quase metade dos nascimentos em Portimão e também no Algarve, ocorreram fora do casamento. A percentagem de casamentos católicos confirma a tendência de cada vez haver menos casamentos católicos e de, neste campo, a população de Portugal ser mais conservadora do que a população do Algarve e de Portimão. Para ambos os indicadores, o concelho de Portimão apresenta valores muito semelhantes aos verificados no Algarve. Em 2007, apenas um quinto dos casamentos no concelho de Portimão foram católicos. A evolução do índice de envelhecimento (gráfico 3) tem tido tendências diferentes em Portugal, onde tem crescido, no Algarve, onde ocorre o maior índice de envelhecimento, e em Portimão, onde tem decrescido. De qualquer modo, importa salientar que sempre que este índice é superior a 100, equivale a afirmar que a população com mais de 65 anos é superior à população com menos de 14 anos, o mesmo é dizer que, em qualquer das unidades territoriais em análise, a população é tendencialmente envelhecida. 140,0 130,0 120,0 110,0 100,0 90,0 80, Gráfico 3 - Índice de Envelhecimento Fonte: INE A freguesia de Alvor tem um índice de envelhecimento mais baixo que o concelho de Portimão, ainda que de 1991 para 2001, este índice tenha visto o seu valor aumentar. A tabela 10 permite também notar que a maioria dos lugares censitários analisados apresenta um aumento do índice de envelhecimento. Importa referir que, o facto da população residente ser diminuta em alguns dos lugares censitários comparados, torna a amostra demasiado pequena para retirar conclusões para este indicador. Ainda assim, verifica-se que a Praia do Alvor é dos lugares da freguesia com população mais jovem e menos envelhecida. Índice de Envelhecimento Índice de Índice de Dependência Envelhecimento de Jovens Índice de Dependência Total Portugal Algarve Portimão Índice de Dependência Total Índice de Dependência de Jovens Freguesia Alvor 63,18 72,27 44,29 87,45 61,59 32,86 Alto do Poço 73,33 56,52 32,61 90,91 42,00 22,00 Alvor 60,58 71,12 44,29 131,21 63,80 27,59 Amoreira 26,67 57,58 45,45 41,18 33,33 23,61 Castelhanas 23,68 61,84 50,00 16,67 45,90 39,34 Má Partilha 50,00 75,00 50,00 25,00 60,84 48,67 Montes do Alvor 84,71 81,01 43,85 122,22 68,97 31,03 Penina 54,55 73,91 47,83 220,00 84,21 26,32 Praia do Alvor 36,36 65,22 47,83 0,00 44,44 44,44 Prainha 0,00 0,00 0,00 50,00 33,33 22,22 Quinta dos Arcos 66,67 93,75 56,25 500,00 41,38 6,90 Sesmarias 54,95 73,82 47,64 67,71 59,63 35,56 Vale das Hortas 60,38 73,28 45,69 116,67 79,13 36,52 Tabela 10 - Índices de Envelhecimento e Dependência nos principais lugares censitários da freguesia de Alvor Fonte: INE 13

24 A esperança média de vida (tabela 11) tem crescido nos últimos anos, sendo maior a nível nacional (78,2 anos) que no Algarve (77,3 anos). O primeiro filho nasce cada vez mais tarde, ainda assim ligeiramente mais cedo no Algarve (27,7 anos) que no resto do País. O mesmo acontece com a idade do primeiro casamento que tem vindo a crescer, ocorrendo mais tarde no Algarve. Quer no Algarve, quer em Portugal, a idade média dos homens, no primeiro casamento, é ligeiramente inferior à das mulheres. Esperança de vida à nascença da população residente Idade média da mãe ao nascimento do primeiro filho Portugal Idade média da mulher ao primeiro casamento Idade média do homem ao primeiro casamento Esperança de vida à nascença da população residente Idade média da mãe ao nascimento do primeiro filho Algarve Idade média da mulher ao primeiro casamento Idade média do homem ao primeiro casamento ,3 27,4 26,8 28,4 76,8 27,0 28,0 29, ,8 27,5 27,0 28,6 77,3 27,2 28,3 30, ,2 27,8 27,3 28,9 77,4 27,6 28,1 30, ,5 28,1 27,5 29,1 77,8 27,8 28,8 30, ,2 28,2 27,8 29,4 77,3 27,7 29,0 31,1 Tabela 11 - Esperança média de vida e idade média do nascimento do primeiro filho e do primeiro casamento Fonte: INE A população no Algarve tem crescido devido, sobretudo, a um saldo migratório positivo. A tabela 12 permite compreender melhor o que tem acontecido na região neste âmbito. O concelho de Portimão foi o 2º a receber mais imigrantes vindos de outros concelhos, apenas sendo superado por Faro, e o 3º a receber mais estrangeiros, sendo apenas ultrapassado por Albufeira e Loulé. Ao nível dos emigrantes, o concelho que mais população viu partir foi Faro, sendo Portimão o 3º concelho no Algarve onde isso mais aconteceu. No entanto Portimão tem um saldo migratório interno positivo ao contrário do concelho da capital algarvia. Em todos os concelhos do Algarve, pelo menos, 90% da população de cada concelho não mudou de concelho no período em análise. Zona geográfica Concelhos de residência Habitual em 2001/03/12 População Residente em 2001 População que não mudou de concelho Imigrantes no Concelho Provenientes Provenientes de outro do concelho Estrangeiro A Emigrantes do Concelho para outro concelho Saldo das Migrações Internas A-B B Algarve Albufeira Alcoutim Aljezur Castro Marim Faro Lagoa Lagos Loulé Monchique Olhão Portimão São Brás de Alportel Silves Tavira Vila do Bispo Vila Real de Santo António Tabela 12 - População Residente, segundo Migrações (relativamente a 1999), por concelho de residência habitual em 2001 Fonte: INE 14

25 A população estrangeira que solicitou estatuto de residente por habitante (tabela 13) tem vindo a crescer, principalmente em 2006, no Algarve e em Portimão. Portugal Algarve Portimão ,13 0,49 0, ,16 0,79 0, ,13 0,61 0, ,56 3,13 3, ,59 3,72 4,15 Tabela 13 - População estrangeira que solicitou estatuto de residente por habitante Fonte: INE As pirâmides etárias do Algarve, Portimão e da freguesia de Alvor, têm comportamentos semelhantes de 1991 para 2001, já que as faixas etárias da idade activa foram as que mais cresceram. Ao nível do Algarve, é possível notar que houve um envelhecimento da população, estando a parte mais larga da pirâmide localizada em faixas etárias menos jovens. Ao nível concelhio, a pirâmide está menos jovem mas o crescimento da população é explicado pelo aumento da população na faixa etária dos 20 aos 54 anos. Comportamento semelhante tem a freguesia de Alvor, ainda que não de um modo tão marcado como no resto do concelho. 15

26 Algarve 1991 Algarve anos ou mais De 95 a 99 anos De 90 a 94 anos De 85 a 89 anos De 80 a 84 anos De 75 a 79 anos De 70 a 74 anos De 65 a 69 anos De 60 a 64 anos De 55 a 59 anos De 50 a 54 anos De 45 a 49 anos De 40 a 44 anos De 35 a 39 anos De 30 a 34 anos De 25 a 29 anos De 20 a 24 anos De 15 a 19 anos De 10 a 14 anos De 5 a 9 anos De 0 a 4 anos Homens Mulheres 100 anos ou mais De 95 a 99 anos De 90 a 94 anos De 85 a 89 anos De 80 a 84 anos De 75 a 79 anos De 70 a 74 anos De 65 a 69 anos De 60 a 64 anos De 55 a 59 anos De 50 a 54 anos De 45 a 49 anos De 40 a 44 anos De 35 a 39 anos De 30 a 34 anos De 25 a 29 anos De 20 a 24 anos De 15 a 19 anos De 10 a 14 anos De 5 a 9 anos De 0 a 4 anos Homens Mulheres Gráfico 4 - Pirâmide Etária na região do Algarve em 1991 Gráfico 5 - Pirâmide Etária na região do Algarve em

27 Portimão 1991 Portimão anos ou mais De 95 a 99 anos De 90 a 94 anos De 85 a 89 anos De 80 a 84 anos De 75 a 79 anos De 70 a 74 anos De 65 a 69 anos De 60 a 64 anos De 55 a 59 anos De 50 a 54 anos De 45 a 49 anos De 40 a 44 anos De 35 a 39 anos De 30 a 34 anos De 25 a 29 anos De 20 a 24 anos De 15 a 19 anos De 10 a 14 anos De 5 a 9 anos De 0 a 4 anos Homens Mulheres 100 anos ou mais De 95 a 99 anos De 90 a 94 anos De 85 a 89 anos De 80 a 84 anos De 75 a 79 anos De 70 a 74 anos De 65 a 69 anos De 60 a 64 anos De 55 a 59 anos De 50 a 54 anos De 45 a 49 anos De 40 a 44 anos De 35 a 39 anos De 30 a 34 anos De 25 a 29 anos De 20 a 24 anos De 15 a 19 anos De 10 a 14 anos De 5 a 9 anos De 0 a 4 anos Homens Mulheres Gráfico 6 - Pirâmide Etária em Portimão em 1991 Gráfico 7 - Pirâmide etária em Portimão em

28 Alvor 1991 Alvor anos ou mais De 95 a 99 anos De 90 a 94 anos De 85 a 89 anos De 80 a 84 anos De 75 a 79 anos De 70 a 74 anos De 65 a 69 anos De 60 a 64 anos De 55 a 59 anos De 50 a 54 anos De 45 a 49 anos De 40 a 44 anos De 35 a 39 anos De 30 a 34 anos De 25 a 29 anos De 20 a 24 anos De 15 a 19 anos De 10 a 14 anos De 5 a 9 anos De 0 a 4 anos Homens Mulheres 100 anos ou mais De 95 a 99 anos De 90 a 94 anos De 85 a 89 anos De 80 a 84 anos De 75 a 79 anos De 70 a 74 anos De 65 a 69 anos De 60 a 64 anos De 55 a 59 anos De 50 a 54 anos De 45 a 49 anos De 40 a 44 anos De 35 a 39 anos De 30 a 34 anos De 25 a 29 anos De 20 a 24 anos De 15 a 19 anos De 10 a 14 anos De 5 a 9 anos De 0 a 4 anos Homens Mulheres Gráfico 8 - Pirâmide Etária em Alvor em 1991 Gráfico 9 - Pirâmide Etária em Alvor em

29 Os gráficos 10, 11 e 12, que apresentam a evolução da população por faixa etária em Portugal, Algarve e Portimão, mostram estruturas etárias semelhantes nas três unidades territoriais. O comportamento tem sido semelhante nas três unidades, uma vez que a população entre 25 e 64 anos tem aumentado e a população com menos de 25 anos tem diminuído. Já em Portimão, a população com menos de 14 anos tem aumentado também, um facto que é explicado pela maior natalidade no concelho Portugal ou mais anos anos anos 0-14 anos Gráfico 10 - População por Faixa Etária em Portugal Fonte: INE Algarve ou mais anos anos anos 0-14 anos Gráfico 11 - População por Faixa Etária no Algarve Fonte: INE 19

30 Portimão ou mais anos anos anos 0-14 anos Gráfico 12 - População por Faixa Etária em Portimão Fonte: INE A análise da evolução da população por faixa etária na freguesia de Alvor (gráfico 13), permite notar que a estrutura etária é semelhante à do concelho de Portimão. Houve um envelhecimento da população de 1991 para 2001 mas, principalmente, houve um aumento da população em idade activa Alvor ou mais anos anos 0-19 anos Gráfico 13 - População por Faixa Etária na Freguesia de Alvor Fonte: INE Apesar da pequena amostra estatística, que tem como base os dados da população por faixa etária no lugar estatístico da Praia do Alvor, nota-se uma estrutura etária semelhante à freguesia de Alvor. A dimensão das famílias tem vindo a diminuir, segundo a evolução do indicador pessoas/família entre 1991 e Em Portugal, este valor passou de 3,1 pessoas/família para 2,9 pessoas/família, enquanto no Algarve este indicador passou de 2,9 pessoas/família para 2,6 pessoas/família. Em Portimão, em 1991 existam 2,9 pessoas/família, enquanto esse valor era de 2,6 pessoas/família em Finalmente, em Alvor (freguesia), o valor desceu de 3,1 pessoas/família para 2,7 pessoas/família. Em qualquer das unidades territoriais analisadas, é notório que a dimensão das famílias tem vindo a diminuir, ao ponto de o tamanho do aglomerado familiar, em média, não chegar a 3 pessoas. De constatar é também o facto de a freguesia de Alvor registar valores mais elevados que Portimão e o Algarve, ainda que a amostra seja menor. Os concelhos nos quais se registam aglomerados familiares maiores são Vila Real de Santo António (2,84), Loulé (2,71) e Lagoa (2,7), e os concelhos com os aglomerados familiares menores são Alcoutim (2,3), Aljezur (2,37) e Vila do Bispo (2,46). 20

31 A tabela 14 permite comprovar o grande crescimento no número de alojamentos de 1991 para Em qualquer das unidades territoriais, estamos perante crescimentos na ordem dos 30%, à excepção da Mexilhoeira Grande (com um aumento de 16,4%) onde há menor pressão urbanística, e na freguesia de Alvor, na qual se regista um crescimento de 46,7%. Comparando estas variações com o crescimento populacional entre as mesmas datas, é possível notar que em todos os casos o crescimento do número de alojamentos foi superior ao crescimento da população. Mais uma vez, a unidade territorial onde é mais notória esta diferença é na de Alvor. Unidade Geográfica Variação (%) Algarve ,67 Portimão (concelho) ,99 Alvor ,68 Mexilhoeira Grande ,45 Portimão ,64 Tabela 14 - Alojamentos Familiares Clássicos Fonte: INE O número de pessoas por aglomerado tem vindo a decrescer desde 1991: no caso do Algarve de 1,6 para 1,4 em 2001, em Portimão de 1,7 para 1,4 para o mesmo ano e em Alvor foi de 1,5 para 1,2 pessoas/alojamento. Este valor é, aliás, o mais baixo das freguesias do concelho. A análise da evolução do número de alojamentos familiares nos principais lugares censitários da freguesia de Alvor (tabela 15), permite compreender melhor algumas das dinâmicas urbanas que ocorrem. No lugar da Praia do Alvor, regista-se um elevado crescimento no número de fogos de 1991 para Este grande crescimento do número de alojamentos aliado à pouca população residente, permite confirmar o uso turístico sazonal como a principal função desta área. A Praia do Alvor apresenta ainda um baixo rácio de pessoas/alojamento tal como a Prainha, a Amoreira e a Penina Variação (%) Freguesia Alvor ,22 Alto do Poço ,93 Alvor ,90 Amoreira ,64 Castelhanas ,00 Má Partilha ,96 Montes do Alvor ,60 Penina ,18 Praia do Alvor ,44 Prainha ,43 Quinta dos Arcos ,11 Sesmarias ,29 Vale das Hortas ,04 Tabela 15 - Alojamentos Familiares nos principais lugares censitários da freguesia de Alvor Fonte: INE 21

32 Segundo dados do INE (Censos 2001), na Praia do Alvor predominam edifícios anteriores a 1985, tendo grande parte sido construídos na década de 60 e na primeira metade da década de 80. Ao nível das Infra-estruturas, o concelho de Portimão consegue servir quase a totalidade da sua população ao nível das diferentes infra-estruturas de saneamento e abastecimento de água, estando na linha da frente comparativamente com a região e com o país, em relação aos indicadores do ambiente, em Sistemas de abastecimento de água População servida por Sistemas de drenagem de águas residuais Consumo de água residencial e dos serviços por habitante Estações de tratamento de águas residuais (ETAR) % m 3 Portugal 90,6 75,9 69,7 47,2 Algarve 92,0 81,4 76,7 88,9 Albufeira 100,0 93,6 93,6 329,8 Alcoutim 100,0 25,2 24,1 50,1 Aljezur 67,0 50,9 50,9 67,5 Castro Marim 90,1 81,6 81,5 95,1 Faro 77,2 71,8 71,8 49,1 Lagoa 100,0 76,4 66,7 91,3 Lagos 100,0 100,0 100,0 68,3 Loulé 99,1 95,7 95,6 70,0 Monchique 92,8 57,2 53,4 34,0 Olhão 87,7 84,0 84,0 23,1 Portimão 92,2 92,2 91,3 125,0 São Brás de Alportel 79,6 52,9 52,9 55,5 Silves 85,4 52,8 51,2 48,8 Tavira 99,5 74,7 73,6 52,3 Vila do Bispo 100,0 67,5 35,2 76,6 Vila Real de Santo António 98,6 95,6 19,0 63,4 Tabela 16 - Indicadores do ambiente por município em 2006 Fonte: INE O nível de atendimento das infra-estruturas e, por consequência, o conforto nos alojamentos melhorou substancialmente de 1991 para No caso do abastecimento de água (gráfico 14), regista-se uma notória melhoria, sendo uma pequena minoria os alojamentos que não estão ligados à rede pública de abastecimento de água. Mexilhoeira Grande Portimão (concelho) Portimão 2001 Alvor 2001 Algarve % 20% 40% 60% 80% 100% Não tem água canalizada Tem água canalizada no interior do alojamento - Ligada à rede privada Tem água canalizada no interior do alojamento - Ligada à rede pública Gráfico 14 - Alojamentos familiares de residência habitual segundo a existência de água canalizada Fonte: INE 22

33 A proporção dos alojamentos com electricidade também aumentou bastante de 1991 a 2001, como é possível observar no gráfico 15. Portimão 1991 Mexilhoeira Grande 1991 Alvor 1991 Portimão (concelho) 1991 Algarve 1991 Portimão 2001 Mexilhoeira Grande 2001 Alvor 2001 Portimão (concelho) 2001 Algarve 2001 Com electricidade Sem electricidade 90% 92% 94% 96% 98% 100% Gráfico 15 - Alojamentos familiares de residência habitual segundo a existência de electricidade Fonte: INE Ao nível do sistema de saneamento básico, nota-se também uma evolução (gráfico 16) ainda que não tão positiva como noutras infra-estruturas. É na Mexilhoeira Grande que existem menos alojamentos ligados à rede pública, enquanto Alvor tem mais de 80% dos alojamentos ligados à rede e ainda um número relevante de alojamentos com soluções de sistemas particulares. Portimão 1991 Mexilhoeira Grande 1991 Alvor 1991 Portimão (concelho) 1991 Algarve 1991 Portimão 2001 Mexilhoeira Grande 2001 Alvor 2001 Portimão (concelho) 2001 Algarve 2001 Não tem sistema de esgotos Tem sistema de esgotos - Ligado à rede pública Tem sistema de esgotos - Ligado a um sistema particular (fossa séptica, etc.) Tem sistema de esgotos - Outras situações 0% 20% 40% 60% 80% 100% Gráfico 16 - Alojamentos familiares de residência habitual segundo a existência de sistemas de esgotos Fonte: INE 23

34 2.3 ACTIVIDADES ECONÓMICAS E DINÂMICA CONCELHIA As taxas de actividade (tabela 17) evoluíram positivamente de 1991 para Em 1991, o concelho de Portimão tinha a segunda taxa de actividade mais alta no Algarve, o mesmo sucedendo quando esta taxa é analisada por género. Em 2001, e apesar da taxa de actividade ter aumentado, passou a ser a quarta taxa de actividade mais alta na região, devido a um genérico crescimento das taxas de actividade em todos os concelhos da região, principalmente pelo relevante aumento das taxas de actividade nas mulheres, por concelho. Ainda assim, a taxa de actividade dos homens é superior à das mulheres, sendo a diferença menor nos concelhos do litoral HM H M HM H M Algarve 43,3 54,2 32,7 48,7 55,1 42,4 Albufeira 48,9 57,7 40,4 55,6 60,6 50,5 Alcoutim 28,7 43,0 14,7 33,3 41,6 24,9 Aljezur 36,9 50,0 23,7 39,6 46,8 32,5 Castro Marim 38,5 52,4 24,7 39,9 49,0 30,6 Faro 46,2 55,2 37,8 51,4 56,2 46,9 Lagoa 46,3 56,1 36,4 51,9 57,7 45,9 Lagos 46,0 55,0 37,2 49,0 54,5 43,7 Loulé 40,8 52,1 29,9 48,9 56,1 41,9 Monchique 38,7 54,9 21,5 40,9 51,7 29,5 Olhão 41,5 53,9 29,6 46,3 52,8 40,0 Portimão 47,0 56,1 38,3 51,3 56,8 46,1 São Brás de Alportel 38,1 52,4 24,5 45,5 51,9 39,2 Silves 42,8 54,0 31,4 46,7 53,5 39,6 Tavira 40,1 53,4 26,9 43,7 52,3 35,1 Vila do Bispo 41,9 53,4 29,9 45,5 52,2 38,5 Vila Real de Santo António 41,7 54,0 30,0 46,9 55,2 39,1 Tabela 17 - Taxas de Actividade, em percentagem, em 1991 e em 2001 Fonte: INE Os gráficos 17 e 18 ilustram a proporção da população activa por cada sector de actividade, verificando-se o aumento da população empregada no sector terciário, ou seja, nos serviços. Este aumento ocorreu principalmente nos concelhos do interior uma vez que os restantes concelhos já tinham, em 1991, estruturas económicas baseadas nos serviços. Em 2001, regista-se uma maior uniformização entre todos os concelhos do Algarve. Na região, cerca de três quartos da população trabalha no sector dos serviços. Este é um cenário comum ao concelho de Portimão, onde apenas 2,5 % da população activa trabalha no sector primário. No lugar da Praia do Alvor, também cerca de três quartos da população trabalha no sector dos serviços. 24

35 População activa por sectores Vila Real de Santo António Vila do Bispo Tavira Silves São Brás de Alportel Portimão Olhão Monchique Loulé Lagos Lagoa Faro Castro Marim Aljezur Alcoutim Albufeira Algarve 0% 20% 40% 60% 80% 100% Primário Secundário Terciário Gráfico 17 - População activa por sectores Fonte: INE População activa por sectores Vila Real de Santo António Vila do Bispo Tavira Silves São Brás de Alportel Portimão Olhão Monchique Loulé Lagos Lagoa Faro Castro Marim Aljezur Alcoutim Albufeira Algarve 0% 20% 40% 60% 80% 100% Primário Secundário Terciário Gráfico 18 - População activa por sectores Fonte: INE 25

36 As Taxas de emprego aumentaram de 1991 para 2001 (tabela 18) na maior parte dos concelhos do Algarve, e em particular no concelho de Portimão, no qual a taxa passou dos 5,3% para os 7,4%, sendo a terceira taxa mais alta na região do Algarve. Taxa de desemprego (%) Algarve 5,1 6,2 Albufeira 2,6 6,2 Alcoutim 6,3 7,3 Aljezur 5,2 6,1 Castro Marim 8,3 5,1 Faro 4,7 5,6 Lagoa 4,8 6,5 Lagos 6,4 5,5 Loulé 4,3 5,1 Monchique 2,7 5,4 Olhão 6,7 7,6 Portimão 5,3 7,4 São Brás de Alportel 5,0 6,2 Silves 4,5 5,4 Tavira 6,2 6,4 Vila do Bispo 4,3 6,0 Vila Real de Stº António 5,7 8,4 Tabela 18 - Taxas de Desemprego em 1991 e em 2001 Fonte: INE Analisando com mais detalhe os números do desemprego e distinguindo entre os desempregados à procura do primeiro emprego e os restantes, é possível compreender que, em 1991, o primeiro emprego era um problema, principalmente nos concelhos do interior. Em 2001 e em praticamente toda a região algarvia, 4 em cada 5 desempregados estavam à procura de novo emprego. No mesmo ano, em Portimão a proporção dos desempregados à procura do primeiro emprego era de 15% dos desempregados. Em 1991, mais de metade da população do Algarve tinha atingido, pelo menos, o ensino básico primário (tabela 19). O cenário é semelhante na análise concelho a concelho. Cerca de um quarto da população possuía o ensino secundário. Nesta data, Portimão era o segundo concelho, logo atrás de Faro, com maior proporção de população com nível de instrução do ensino superior, apresentando um nível de instrução superior à média do Algarve, ainda que em ambos os casos se esteja perante um baixo nível de instrução da população. 26

37 Zona Geográfica Não Sabe Ler e Escrever Sabe Ler e Escrever sem Possuir Grau de Ensino Ensino Básico Primário Ensino Básico Preparatório Ensino Secundário Ensino Médio Ensino Superior Algarve Albufeira Alcoutim Aljezur Castro Marim Faro Lagoa Lagos Loulé Monchique Olhão Portimão S. Brás de Alportel Silves Tavira Vila do Bispo Vila Real de Santo António Tabela 19 - Nível de Instrução no Algarve 1991 Fonte: INE Os dados de 2001 (tabela 20) mostram uma franca evolução no nível de instrução, quer na região, quer nos concelhos em particular. O concelho de Portimão continua a ser o segundo concelho com melhores níveis de instrução, sendo Faro o primeiro. Cerca de 31% da sua população tem o ensino secundário ou um nível superior de formação. De notar também, nos dados de 2001, o relevante aumento da proporção da população com ensino superior. Como é sabido, os níveis de instrução em Portugal são baixos, especialmente quando comparados com outros países europeus. No entanto, a comparação das tabelas 19 e 20, revela uma tendência global de melhoria dos níveis de instrução do Algarve e dos seus concelhos. Total Nenhum 1º Ciclo Básico 2º Ciclo 3º Ciclo Secundário Médio Superior Algarve Albufeira Alcoutim Aljezur Castro Marim Faro Lagoa Lagos Loulé Monchique Olhão Portimão S. Brás de Alportel Silves Tavira Vila do Bispo Vila Real de Santo António Tabela 20 - Nível de Instrução no Algarve 2001 Fonte: INE 27

38 A comprovar esta melhoria dos níveis de instrução, está também a diminuição das taxas de analfabetismo por todo o Algarve (tabela 21). Mais uma vez, Portimão apresenta valores mais positivos que a região, sendo um dos concelhos onde esta taxa é mais baixa Algarve Albufeira Alcoutim Aljezur Castro Marim Faro Lagoa Lagos Loulé Monchique Olhão Portimão S. Brás de Alportel Silves Tavira Vila do Bispo Vila Real de Santo António Tabela 21 - Taxa de Analfabetismo, em percentagem, no Algarve e 2001 Fonte: INE O gráfico 19 permite comparar o nível de instrução, em 2001, do Algarve, do concelho de Portimão e das suas freguesias. A freguesia de Alvor tem níveis de instrução semelhantes ao concelho, ainda que a que registe melhores níveis seja a freguesia de Portimão. À parte da freguesia da Mexilhoeira Grande, todas as outras unidades territoriais analisadas têm valores semelhantes entre si. Cerca de 71% da população de Alvor ou atingiu um dos níveis do ensino básico (56%), ou não possui qualquer nível de instrução (15%), e cerca de um terço da população da freguesia tem como nível de instrução o 1º ciclo do ensino básico. Aproximadamente 9% da população tem o ensino superior. 28

39 100% 90% 80% 70% 60% 50% 40% 30% 20% 10% 0% Superior Médio Secundário Básico - 3º Ciclo Básico - 2º Ciclo Básico - 1º Ciclo Nenhum Gráfico 19 - Nível de Instrução em 2001 Fonte: INE Turismo O sector do Turismo é um dos mais relevantes na economia portuguesa e o papel deste sector na economia Algarvia é ainda maior que na média nacional. Este é um sector em constante mudança e com diversos mercados. Nos últimos anos tem sido combatida a sazonalidade do Turismo no Algarve e investiu-se na diversificação da oferta turística, explorando outras opções que não apenas a clássica sol - praia. A evolução do número de dormidas em Portugal (gráfico 20), no Algarve (gráfico 21) e em Portimão (gráfico 22) ilustra as diferentes dinâmicas nestas três unidades Outros Pensões Hotéis Gráfico 20 - Número de dormidas em Portugal Fonte: INE 29

40 PLANO DE PORMENOR DA QUINTA DA PRAIA (ALVOR) Em Portugal tem-se observado um aumento no número de dormidas (cerca de doze mil entre 1996 e 2007), principalmente devido ao aumento das dormidas em hotéis. Já o Algarve revela mais oscilação nos valores do número de dormidas, estando estas em parte associadas às dormidas nos hotéis Outros Pensões Hotéis Gráfico 21 - Número de dormidas no Algarve Fonte: INE No concelho de Portimão tem-se registado, desde 2003, um decréscimo no número de dormidas, especialmente nas unidades que não são pensões e hotéis (Outros). O peso do concelho de Portimão na região, ao nível do número de dormidas, tem vindo a diminuir, apresentando, em 1996, cerca de 20%, e, em 2007, pouco menos de 15% Outros Pensões Hotéis 0 Gráfico 22 - Número de dormidas em Portimão Fonte: INE A evolução do número de hóspedes em Portugal e Portimão, no mesmo período, revela um comportamento semelhante ao da evolução do número de dormidas. No entanto, no Algarve houve um aumento do número de hóspedes, motivado especialmente pelo aumento do número de hóspedes nos hotéis. 30

41 A tabela 22 permite observar a evolução do número total de estabelecimentos turísticos e de hotéis, entre 1996 e Verifica-se um crescimento no número de estabelecimentos neste período, de 16% e 9,5%, em Portugal e no Algarve respectivamente. Já em Portimão, houve uma estagnação no período em análise, cenário que se confirma igualmente no número de hotéis no concelho. Parte do crescimento do número de estabelecimentos em Portugal e no Algarve deve-se à relevante taxa de crescimento do número de hotéis, 48% e 30%, respectivamente. O Algarve tem pouco mais de 20% dos estabelecimentos hoteleiros do País e cerca de 14% dos hotéis existentes em Portugal. Estabelecimentos Hotéis Portugal Algarve Portimão Portugal Algarve Portimão Tabela 22 - Número de estabelecimentos turísticos Fonte: INE A evolução da capacidade de alojamento (tabela 23) apresenta um comportamento semelhante à evolução do número de estabelecimentos turísticos, ainda que com crescimentos maiores. No caso do Portimão, há que notar uma pequena diminuição na capacidade total de alojamento, contrastando com o crescimento do sector dos hotéis. O Algarve representava, em 2006, cerca de 36% da capacidade de alojamento nacional. Tal como já se tinha observado com outros indicadores, o peso do concelho de Portimão na região tem vindo a diminuir, também no indicador da capacidade de alojamento. Total - Capacidade de Alojamento Hotéis - Capacidade de Alojamento Portugal Algarve Portimão Portugal Algarve Portimão Tabela 23 - Capacidade de Alojamento (nº de Camas) Fonte: INE 31

42 A evolução dos proveitos de aposentos (tabela 24) revela taxas de crescimento superiores à evolução dos indicadores das tabelas anteriores. Os maiores crescimentos foram no Algarve e no sector dos hotéis. Total - Proveitos de aposentos Hotéis - Proveitos de aposentos Milhões de Euros Portugal Algarve Portugal Algarve Tabela 24 - Proveito de aposentos Fonte: INE Os indicadores da tabela 25 permitem, de um modo sumário, compreender a evolução de alguns indicadores relevantes no sector do turismo. A estada média dos hóspedes tem vindo a diminuir, algo que foi notado analisando a diferença da evolução do número de dormidas e de hóspedes. Ainda assim, as estadas médias são superiores no Algarve e, principalmente, em Portimão. A capacidade de alojamento por habitante tem-se mantido estável em Portugal, mas decrescido na região do Algarve e no concelho Portimão. No entanto, este indicador é revelador da importância do sector do turismo na região do Algarve, dada a diferença da ordem de grandeza dos valores apresentados por Portimão e Algarve comparados com Portugal, e reforçada pela mesma diferença de grandeza registada noutro indicador: hóspede por habitante. Portugal Algarve Portimão Estada média de hóspedes estrangeiros Capacidade de alojamento por 1000 habitantes Hóspedes por habitante Proporção de hóspedes estrangeiros Proporção de dormidas entre Julho- Setembro Dormidas em estab. hoteleiros por 100 habitantes N.º de noites N.º % N.º Proveitos de aposento por capacidade de alojamento milhares de euros ,2 23,5 1,0 52,7 36,3 323,4 4, ,0 24,1 1,0 52,7 36,0 324,2 4, ,0 25,0 1,1 51,9 36,8 336,1 4, ,9 24,9 1,2 52,6 36,8 354,4 4, ,8 24,9 1,3 52,7 36,8 374,3 4, ,6 235,6 6,1 66,8 41, ,8 3, ,4 234,5 5,9 65,4 42, ,9 3, ,1 239,9 6,3 65,9 42, ,0 3, ,9 231,4 6,6 66,3 43, ,1 3, ,7 225,6 6,9 67,0 42, ,6 4, ,4 392,6 9,1 66,8 44, ,8 x ,1 399,9 8,8 63,3 44, ,7 x ,8 389,1 8,1 63,2 45, ,8 x ,2 365,0 8,2 63,8 48, ,6 x ,1 285,0 8,2 65,9 45, ,6 x Tabela 25 - Indicadores Turismo Fonte: INE 32

43 A proporção de hóspedes estrangeiros mostra que estes predominam mais no Algarve, tendo Portimão valores semelhantes à região. A proporção de dormidas na época alta do Verão, demonstra a existência de uma maior sazonalidade no Algarve que no País, ainda que a diferença não seja elevada. O gráfico 23, permite analisar a evolução das taxas de ocupação por cama. É notório que estas taxas são maiores noutros estabelecimentos turísticos que não os hotéis. Outra nota relevante é o facto de, apesar do Algarve e Portugal apresentarem melhorias nas suas taxas desde 2004, a taxa de ocupação em Portimão é baixa e continua em queda. 60,0 55,0 50,0 45,0 40,0 35,0 30, Portugal - Total Portugal - Hotéis Portugal - Outros Estabelecimentos Algarve - Total Algarve - Hotéis Algarve - Outros Estabelecimentos Portimão - Total Portimão - Hotéis Portimão - Outros Estabelecimentos Gráfico 23 - Taxa de ocupação por cama Fonte: INE O número de estabelecimentos de turismo em espaço rural tem crescido no Algarve, como é possível observar na tabela 26, predominando o turismo rural. Algarve Total Turismo rural Estabelecimentos Turismo de habitação Agroturismo Casas de campo Total de quartos Capacidade de alojamento total Tabela 26 - Estabelecimentos de Turismo em Espaço Rural no Algarve Fonte: INE 33

44 A comparação dos principais indicadores de turismo entre os diferentes concelhos do Algarve permite realçar as diferentes dinâmicas existentes em cada um deles. É possível confirmar que Portimão apresenta os valores mais favoráveis em todos os indicadores, principalmente na capacidade de alojamento por habitante, na estada média e nos hóspedes por habitante. É ainda o quarto concelho com maior proporção de hóspedes estrangeiros, sendo os concelhos de Lagoa, Lagos e Albufeira os líderes neste indicador. Estada média de hóspedes estrangeiros Capacidade de alojamento por habitantes Hóspedes por habitante Proporção de hóspedes estrangeiros Proporção de dormidas entre Julho-Setembro Dormidas em estabelecimentos hoteleiros e similares por 100 habitantes Nº de noites Nº % Nº Portugal 3,8 24,9 1,3 52,7 36,8 374,3 Algarve 5,7 225,6 6,9 67,0 42, ,6 Albufeira 6, ,3 29,9 75,0 42, ,5 Alcoutim // 0,0 0,0 // // 0,0 Aljezur 2,0 28,3 0,5 33,2 64,3 99,6 Castro Marim 7,1 84,5 2,5 50,6 39, ,8 Faro 1,7 27,6 2,3 44,7 37,1 353,9 Lagoa 5,9 313,9 8,1 67,5 46, ,6 Lagos 5,2 210,3 5,6 78,6 49, ,7 Loulé 5,2 205,3 7,0 62,3 39, ,6 Monchique 2,0 38,6 1,4 33,6 37,8 332,0 Olhão 4,4 3,3 0,1 56,8 35,5 19,2 Portimão 6,1 285,0 8,2 65,9 45, ,6 São Brás de Alportel 1,7 5,4 0,5 59,3 45,8 89,4 Silves 6,2 52,4 1,8 55,4 40,7 832,5 Tavira 4,6 200,1 6,4 56,9 45, ,5 Vila do Bispo 2,7 114,7 5,9 60,4 49, ,1 Vila Real de Santo António 7,2 276,1 8,9 53,7 37, ,3 Tabela 27 - Indicadores Turismo para o Algarve e seus concelhos 2007 Fonte: INE Analisando a evolução das dormidas por nacionalidade em Portugal, Algarve e Portimão entre 1999 e 2007, verifica-se que Portimão regista um aumento do número de turistas oriundos de Espanha e, genericamente, uma diminuição do número de dormidas de turistas de outras nacionalidades. Total Geral União Europeia Portugal Alemanha Espanha França Itália Portugal Países Baixos Reino Unido E.U.A (continua) 34

45 (continuação) Total Geral União Europeia Portugal Alemanha Espanha França Itália Países Baixos Reino Unido E.U.A. Algarve Total Geral União Europeia Portugal Alemanha Espanha França Itália Países Baixos Reino Unido E.U.A. Portimão Tabela 28 - Dormidas por nacionalidade Fonte: INE A distribuição das dormidas por zonas do Algarve e por nacionalidade (tabela 29) permite uma análise mais fina da predominância de determinados mercados em cada zona do Algarve. Na zona que inclui Portimão, predominam turistas provenientes do Reino Unido e de Portugal. Em relação aos turistas do Reino Unido, estes predominam igualmente nas zonas de Loulé e Albufeira. Zona Faro, S.B.Alportel, Olhão, Tavira, VRSAntónio, C.Marim e Alcoutim Reino Unido Alemanha Holanda Espanha Irlanda Portugal Outros 17,9 8,8 23,0 5,4 1,4 29,2 14,3 Loulé 53,8 3,8 2,4 3,6 5,2 21,2 10,0 Albufeira 53,6 5,2 7,7 3,2 5,1 15,8 9,4 Lagoa e Silves 35,8 19,0 7,1 5,9 2,6 19,0 10,6 Portimão e Monchique 38,9 15,8 6,6 4,9 5,3 20,2 8,3 Lagos, Aljezur e V. do Bispo 39,3 23,2 3,3 4,6 5,8 14,2 9,6 Tabela 29 - Distribuição das dormidas por zonas e nacionalidades, no Algarve, 2007 Fonte: AHETA A tabela 30 permite analisar também por nacionalidade a distribuição das dormidas por categoria do alojamento. Os turistas oriundos do Reino Unido dominam em praticamente todas as categorias, os turistas portugueses alojam-se em categorias mais baixas, tal como os turistas alemães que predominam nos alojamentos de duas estrelas. 35

46 Reino Unido Alemanha Holanda Espanha Irlanda Portugal Outros Hotéis e Aparthotéis 5* 50,3 7,6 2,1 4,1 4,9 19,4 11,6 4* 45,0 10,7 6,3 5,0 4,3 17,4 11,3 3* 35,7 8,0 17,6 3,8 1,9 23,7 9,3 2* 5,2 25,3 13,6 3,1 1,4 34,6 16,8 Aldeamentos e Apartamentos Turísticos 5* e 4* 53,1 5,7 8,1 3,8 5,9 14,6 8,8 3* 47,1 6,3 9,8 3,0 6,4 19,1 8,3 Tabela 30 - Distribuição das dormidas por categoria e nacionalidades, no Algarve, 2007 Fonte: AHETA Na tabela 31, que apresenta a principal oferta hoteleira em Alvor é possível constatar que a oferta predominante é a de estabelecimentos com oferta de 3 ou 4 estrelas, como é possível observar abaixo. Estabelecimento Categoria Ano Abertura Capacidade (Nº Quartos) Hotéis Le Meridien Penina Golf & Resort 5* 1966 (remodelado em 1996 e 2004) 100 Pestana Alvor Praia 5* 1967 (2004 foi adquirido pelo Grupo Pestana) 201 Pestana Delfim 4* 1983 (remodelado em 2005) 312 Pestana D.João II Village 4* 1972 (remodelado em ) 247 quartos + 32 vilas Iberotel Alvor 4* Hotel Apartamento Pestana Alvor Atlântico 4* 1969 (remodelado em 2001) 83 Pestana Alvor Park 4* apart Victor's Plaza 3* Hotel Apartamento Alvor Jardim 3* Em remodelação em apart Apartamentos Turísticos Apartamentos Turísticos Prainha Club 4* - 61 apart Apartamentos Turísticos Alvomar 3* 1989 (foi renovado em 2004) 50 apart Aldeamento Turístico Apartamentos Turísticos Club Alvor Golf 3* apart Apartamentos Turísticos Clube Alvor Férias 3* apart Apartamentos Turísticos da Bemposta 3* apart Aldeamento Turístico Club Brisamar 3* apart Aldeamento Turístico da Praianha 3* - 88 apart + 12 villas Aldeamento Turístico Alto Club Aldeamento Turístico Alto Golf Total 1095 Quartos Apartamentos + 44 Villas Tabela 31 - Oferta Hoteleira em Alvor Fonte: ILM-THR 36

47 2.3.2 Qualidade de vida O poder de compra do Algarve e do concelho de Portimão (tabela 32) têm vindo a crescer, ainda que com algumas oscilações Algarve 3,493 3,706 3,207 4,118 4,127 4,456 Portimão 0,471 0,499 0,425 0,572 0,519 0,564 Tabela 32 - Percentagem do Poder de Compra Fonte: INE O gráfico 24 permite observar a evolução do poder de compra na região e em Portimão, sendo notória uma tendência de crescimento. Importa notar que o concelho tem um poder de compra superior à média da região, e ambas as unidades territoriais estão acima da média nacional Algarve Portimão Gráfico 24 - Indicador per capita - Poder de Compra Fonte: INE A análise do número de empresas por sectores e por município (tabela 33) permite descrever resumidamente o tecido empresarial do concelho de Portimão. A sua estrutura é semelhante à estrutura empresarial do Algarve, predominando as empresas do sector do comércio por grosso e retalho (representam pouco mais de 30% das empresas com sede no concelho), seguidas pelo sector do alojamento e restauração (19%) e o sector da construção (18%). Estes três sectores representam mais de dois terços das empresas do concelho. O quarto sector mais representado é o sector das actividades imobiliárias. Tal como já tinha sido analisado aquando das estatísticas da população activa, predomina o sector terciário, ou seja, o emprego nos serviços. Nota-se também que as actividades ligadas ao turismo e à construção dominam o tecido empresarial do concelho e da região. 37

48 Unidade: N.º Total A+B C D E F G H I J K M a O Algarve Albufeira Alcoutim Aljezur Castro Marim Faro Lagoa Lagos Loulé Monchique Olhão Portimão São Brás de Alportel Silves Tavira Vila do Bispo Vila Real de Santo António Nota: A + B Agricultura, Silvicultura, Pecuária, Caça e Pesca; C Indústrias Extractivas; D Indústria Transformadoras; E Produção e Distribuição de electricidade, gás e água; F Construção; G Comércio por grosso e a retalho; H - Alojamento e Restauração; I Transporte, Armazenagem e Comunicações; J Actividades financeiras; K - Actividades imobiliárias; L - Administração Pública, Defesa e Segurança Social; M-O - Educação, Saúde e Acção Social e Outras actividades Tabela 33 - Empresas por município da sede, segundo a CAE, 2006 Fonte: INE Dado o peso do sector da construção, importa observar alguns indicadores deste sector (tabela 34). Segundo estas estatísticas não houve reconstruções no ano em análise. A superfície média habitável das divisões licenciada no concelho de Portimão é inferior aos valores registados a nível nacional e regional. Portimão é dos concelhos com maior número de pavimentos por edifício licenciados. Licenciamento de construções novas para habitação familiar Pavimentos por edifício Fogos por pavimento Divisões por fogo Superfície média habitável das divisões Reconstruções licenciadas por 100 construções novas licenciadas Conclusão de construções novas para habitação familiar Pavimentos por edifício Fogos por pavimento Divisões por fogo Superfície média habitável das divisões Reconstruções concluídas por 100 construções novas concluídas Nº m 2 Nº Nº m 2 Nº Portugal 2,5 0,9 4,8 19,8 3,7 2,5 1,0 4,8 19,2 4,2 Algarve 2,8 1,5 4,2 17,8 1,3 2,7 1,5 4,1 17,8 1,2 Albufeira 2,9 1,5 4,1 17,9 1,1 2,9 2,2 3,8 19,8 0,7 Alcoutim 1,8 0,6 4,5 16,9 0,0 1,7 0,6 4,1 16,4 0,0 Aljezur 1,8 1,0 4,6 17,1 0,0 1,4 0,9 4,7 19,8 0,0 Castro Marim 2,4 0,8 4,5 17,7 11,7 2,3 1,0 4,4 15,9 12,0 Faro 3,8 1,2 4,7 17,9 0,0 3,4 1,5 4,6 16,7 1,4 Lagoa 2,6 1,1 4,5 19,2 0,0 2,7 1,1 4,4 17,5 0,0 Lagos 2,9 2,0 4,0 18,5 0,1 2,7 1,3 4,5 18,1 0,3 Loulé 2,9 1,3 4,7 18,7 0,0 3,1 1,9 4,4 17,6 0,0 Monchique 2,0 0,7 4,7 23,8 2,0 1,8 0,9 5,1 20,9 1,9 Olhão 3,1 1,3 4,6 18,9 0,9 2,9 1,4 4,2 17,9 0,4 (continua) 38

49 (continuação) Licenciamento de construções novas para habitação familiar Pavimentos por edifício Fogos por pavimento Reconstruções licenciadas por 100 construções novas licenciadas Conclusão de construções novas para habitação familiar Reconstruções concluídas por 100 construções Divisões Superfície média Pavimentos Fogos por Divisões Superfície média por fogo habitável das divisões por edifício pavimento por fogo habitável das divisões Nº m 2 Nº Nº m 2 Nº novas concluídas Portimão 3,7 2,5 3,7 15,9 0,0 3,7 2,3 3,9 16,1 0,0 São Brás de Alportel 2,3 0,7 5,2 19,2 0,0 2,1 0,9 5,1 18,0 0,0 Silves 2,4 1,1 4,1 19,8 5,1 2,7 1,4 3,7 17,8 4,0 Tavira 2,8 1,5 4,2 17,9 2,7 2,8 1,3 4,5 17,7 1,6 Vila do Bispo 1,7 1,4 4,6 18,6 0,0 1,8 0,7 5,0 19,2 0,0 Vila Real de Santo António 3,0 1,8 4,1 15,8 1,3 2,7 1,4 3,6 18,0 0,7 Tabela 34 - Indicadores da construção e habitação por município Fonte: INE A crescente motorização da população portuguesa é uma realidade confirmada pelos indicadores de transportes da tabela 35. Portimão é o oitavo concelho com mais automóveis vendidos por 1000 habitantes. De notar também os bons indicadores do concelho em relação a segurança rodoviária, quando comparados com os restantes concelhos da região. Veículos automóveis vendidos por 1000 habitantes Índice de gravidade dos acidentes Proporção de acidentes de viação com vítimas nas auto-estradas Nº % Portugal 24,76 x x Continente 24,68 2,42 6,39 Algarve 32,56 3,19 4,96 Albufeira 60,33 0,85 5,98 Alcoutim 14,12 0,00 0,00 Aljezur 23,24 7,14 0,00 Castro Marim 26,63 10,00 4,00 Faro 37,20 2,13 3,20 Lagoa 30,75 0,98 4,90 Lagos 37,72 2,56 6,84 Loulé 38,06 4,01 5,26 Monchique 14,33 0,00 0,00 Olhão 19,64 3,03 5,56 Portimão 26,92 0,87 4,35 São Brás de Alportel 34,01 2,63 0,00 Silves 23,38 7,65 9,69 Tavira 27,12 2,94 6,62 Vila do Bispo 22,95 17,24 0,00 Vila Real de Santo António 22,61 1,30 1,30 Tabela 35 - Indicadores de transportes por município Fonte: INE 39

50 2.4 CARACTERIZAÇÃO BIOFÍSICA E PAISAGÍSTICA De acordo com a metodologia definida para o desenvolvimento do Plano de Pormenor, neste capítulo pretende-se caracterizar a componente biofísica e paisagística de base para a área de intervenção. Neste sentido, procedeu-se à recolha de informação relevante relacionada com o local e ao reconhecimento/visita do mesmo. Figura 5 - Foto aérea da área de intervenção do PPQP No referente à climatologia, Alvor apresenta um clima mediterrânico temperado inserindo-se na província climática do Algarve, onde os Verões são longos e quentes e os Invernos muito curtos e amenos. A precipitação é concentrada entre Outubro e Fevereiro e assume, com frequência, um carácter torrencial. O seu posicionamento litoral determina que a pluviosidade anual não exceda os 350 a 500mm, sendo usual a ocorrência de cinco a seis meses secos. De acordo com Ribeiro (1994), a província do Algarve apresenta uma alternância diária frequente da brisa da terra e do mar, embora a sucessão das estações climáticas seja regular. Relativamente à geologia e aos solos, a área de intervenção consiste numa zona calcária onde sobressaem os solos calcários. Apesar da proximidade da Orla costeira, o terreno não apresenta as características dos solos arenosos ou salinos. Ao nível fisiográfico, o local apresenta duas linhas de drenagem natural do terreno linhas de água de regime torrencial localizadas a Ponte e Nascente próximo do limite da área de intervenção. O terreno apresenta uma pendente média de 7-8%, no sentido Noroeste Sudeste. Junto do limite Sudoeste (ao longo do arruamento existente), desenvolve-se uma zona de declive muito acentuado, em escarpa com afloramentos rochosos, com pendente variável entre 20% a 45%. A Sul e Sudeste, no acesso à praia, desenvolvem-se duas zonas de pendente mais suave. A altimetria do terreno varia entre as cotas 5.70m (extremo Sudoeste) e 27m (extremo Norte). 40

51 No que respeita à vegetação, o terreno caracteriza-se pela presença de uma mata termófila de Olea europaea var. sylvestris (zambujeiro), Ceratonia siliqua (alfarrobeira) e Pistacia lentiscus (lentisco), formando comunidades características da aliança fitossociológia Oleo-Ceratonion, típicas das regiões quentes e temperadas a altitudes pouco elevadas. A vegetação climácica potencial do litoral xerotérmico corresponde a matas e bosques perenifólios xeróides com zambujeiro e alfarrobeira. Figura 6 - Exemplos do coberto vegetal que ocorre na área de intervenção do PPQP A alfarrobeira surge aqui dispersa e encontra-se associada às outras componentes de pomar de sequeiro algarvio Prunus amidgalus (amendoeira), Ficus carica (figueira) e Olea europaea (oliveira). No local encontram-se ainda alguns exemplares dispersos de Phoenix canariensis (palmeira-das-canárias), Cupressus sempervirens (cipreste) e Pinus pinea, espécies bem adaptadas às condições edafo-climáticas locais. Nesta zona existe ainda uma área de Acácias (Acacia retinoides e outras) e Ricinus communis, espécies invasoras que se encontram em franca expansão. O estrato arbustivo é maioritariamente dominado por manchas Pistacia lentiscus, pontuado com Rhamnus alaternus. Existem ainda algumas plantas suculentas como a Agave sp. sobretudo em zonas rochosas. (continua) 41

52 (continuação) Figura 7 - Exemplos de espécies vegetais que ocorrem na área de intervenção do PPQP 2.5 CARACTERIZAÇÃO ARQUEOLÓGICA A região envolvente à área do PPQP é rica e diversa no que ao património arqueológico diz respeito. No entanto, as prospecções sistemáticas realizadas no âmbito deste Plano revelaram escassos e pouco significantes vestígios patrimoniais, não se tendo identificado qualquer ocorrência arqueológica cuja destruição inadvertida acarretaria significativos prejuízos para o conhecimento da ocupação humana na área em questão. Os resultados dos trabalhos de campo que foram levados a cabo, encontram-se fortemente condicionados pelo fraco índice de visibilidade do solo que a grande maioria do terreno prospectado apresenta. Com efeito, existem vastas áreas aterradas com entulhos de natureza diversa, zonas alcatroadas e outras ocupadas pelos destroços provocados pela demolição das estruturas habitacionais que ali existiram, assim como outras com um coberto vegetal de grande envergadura. Estas condições impediram uma avaliação satisfatória da sensibilidade patrimonial do subsolo, embargando qualquer conclusão categórica acerca do seu potencial arqueológico. Para cada uma das ocorrências registadas durante os trabalhos de campo foi definido um valor patrimonial atribuído após a ponderação de diferentes critérios como sejam a sua singularidade no contexto local/regional, o potencial científico e cultural evidenciado, a sua antiguidade e monumentalidade. Este sistema de classificação compreende diferentes 3 graus de avaliação: Baixo, Médio e Alto. As prospecções realizadas no âmbito da preparação do PPQP resultaram na identificação de duas ocorrências (Ribeiro 1 e Ribeiro 2) que foram reportadas de arqueológicas. Em ambos os casos trata-se de estruturas usualmente denominadas de lagaretas, escavadas nos afloramentos rochosos de formação calcária. É possível que as referidas lagaretas integrassem um vasto leque de infra-estruturas relacionáveis com a exploração agro-pecuária do terreno em época relativamente recente (séc. XX), podendo assim, ser também incluídas na categoria relativa ao património de valor arquitectónico e/ou etnológico. 42

53 Ambas as lagaretas foram identificadas em zonas de visibilidade muito reduzida e onde existiam diversos afloramentos rochosos, pelo que não se descarta a possibilidade de existirem outras estruturas do mesmo tipo. Com efeito, todos os elementos registados apontam no sentido do terreno em causa ter sido explorado do ponto de vista agro-pecuário, uma situação também confirmada pelas fontes orais escutadas durante o decorrer dos trabalhos de campo. A única referência de cariz arqueológico previamente conhecida - recolha de artefactos líticos integráveis no Paleolítico Superior - não foi relocalizada, devendo no entanto referir-se que a zona onde esta se situa (de acordo com a informação disponibilizada pelo IGESPAR, IP) apresenta um coberto vegetal muito denso, prejudicando de sobremaneira a visibilidade da superfície do solo e, consequentemente, a detecção de eventuais vestígios arqueológicos. Após a ponderação de diversos factores, considerou-se que ambos os sítios identificados durante os trabalhos de campo apresentam um valor patrimonial baixo. Este grau aplica-se às ocorrências de natureza arqueológica e/ou arquitectónica, cujo interesse científico pode ser acautelado unicamente através do registo arqueológico. Apesar de todas as ocorrências registadas revelarem um baixo valor patrimonial, é recomendado, como procedimento de actuação geral, o acompanhamento arqueológico de todas obras que afectem o subsolo, incluindo todas acções preparatórias da obra que visem a desmatação, limpeza e decapagem do terreno. Neste contexto, convém relembrar que o reconhecimento do potencial arqueológico da área não foi conclusivo nem satisfatório, em parte devido ao reduzido índice de visibilidade que algumas zonas apresentavam. Cabe também mencionar que esta recomendação se baseia, não só o resultado dos trabalhos de campo, mas também na pesquisa bibliografia realizada previamente e que forneceu referências acerca da eventual existência de um sítio com ocupação datável da pré-história antiga. Foram também identificadas ocorrências de património de interesse arquitectónico e/ou etnológico, sendo todas estas ocorrências contemporâneas e de interesse baixo. Nas áreas classificadas, recomenda-se a limpeza e registo das lagaretas aí identificadas, bem como acompanhamento arqueológico de todas as obras projectadas. Por último, cumpre referir que estas propostas foram transpostas para um articulado a incluir no Regulamento do PPQP, que respeitam a lei do património, nomeadamente o acompanhamento por técnicos nas obras na área de intervenção do PPQP. As ocorrências arqueológicas são representadas na Planta de implantação Qualificação funcional do solo e na Planta de Condicionantes, bem como a demarcação do sítio arqueológico de Alvor (CNS 18629), que não foi encontrado no trabalho de campo. Como anexo ao presente relatório, é incluído o relatório arqueológico. 2.6 SITUAÇÃO EXISTENTE A zona envolvente e a área de intervenção do PPQP estão classificadas como solo urbano e estão incluídas numa malha urbana inequívoca. Para além do centro histórico de Alvor de génese ancestral, a restante malha resultou da expansão urbana que tem como principal motor o turismo. Nos últimos anos, houve uma crescente urbanização e pressão nas zonas na orla litoral, o que levou à criação de um contínuo urbano entre Alvor e a Praia da Rocha. Não existe, assim, uma clara continuidade nas funções urbanas na zona de Alvor e, muitas vezes, alguns dos empreendimentos funcionam como ilhas nesta zona urbana. Genericamente, o edificado é de construção recente, à excepção clara do centro histórico de Alvor, estando, regra geral, num bom estado de conservação e predominando os edifícios com dois a três pisos. 43

54 A Sul da área de intervenção do PP estão edificadas as torres da Torralta, que pela sua volumetria marcam o desenho urbano de Alvor. A Sudoeste/Este existem alguns terrenos livres, terrenos estes onde se irá localizar o novo parque de estacionamento previsto no masterplan para a área costeira da Prainha e Alvor. A Este e Norte existem urbanizações recentes que fazem a ligação entre a área de intervenção do PPQP e o centro histórico de Alvor. A Oeste localiza-se o hotel Delfim e, a Sueste, situam-se os terrenos que fazem a ligação à praia, entre o referido hotel e a Torralta. Como é possível extrair desta breve descrição, grande parte do edificado na orla da área de intervenção do PP pertence a estabelecimentos turísticos. A freguesia de Alvor é bem servida em termos de equipamentos, devendo apenas proceder-se ao reforço da sua rede. Segundo o PUUP2, deve ser expandido o Hospital Particular do Algarve e construído um pequeno campo de jogos e um jardim-de-infância. De acordo com a caracterização dos equipamentos realizada no âmbito do PROT-Algarve, esta freguesia possui um posto policial, três postos de abastecimento de combustível, um posto dos correios, dez estabelecimentos escolares (sendo cinco pré-escolares, quatro do 1º ciclo do ensino básico e um do 2º e 3º ciclo). Em termos de saúde e solidariedade social, a freguesia possui um hospital, um centro de saúde e uma farmácia, duas creches, dois lares de idosos e dois centros de dia. A nível desportivo, Alvor tem uma piscina e dois campos de jogos descobertos. Na cultura e lazer, existem uma biblioteca e uma sala de espectáculos. Como foi já referido na caracterização da área de intervenção e área envolvente, o PPQP visa a prossecução do disposto no PUUP2 para a UOPG 1, propondo acertos que permitam uma solução de qualidade que garanta turismo de excelência para esta área. Estas alterações reportam à reformulação ao nível do desenho urbano e da composição urbana. A área de intervenção do PPQP, apresenta uma excelente localização, encontrando-se entre o Oceano Atlântico e a Ria de Alvor. Esta bolsa de terreno livre urbanizável está classificada, pelo PUUP2, como Zona de Ocupação Turística a Consolidar, fazendo parte de um contínuo urbano entre Alvor e a Prainha e, como tal, apresenta-se já rodeada de todas as infra-estruturas urbanas necessárias ao desenvolvimento de um empreendimento turístico. O facto da sociedade Colinas do Alvor Investimentos Turísticos e Imobiliários, S.A. ser a única proprietária destes terrenos, conforme consta na Planta Áreas de Domínio Municipal e Cadastro da Propriedade, constitui uma excelente oportunidade para dar resposta à procura de hotéis no mercado do Turismo, já que se facilita e agiliza a execução do Plano. Oferece-se também um produto de excelência, que melhorará e aumentará a oferta local e do concelho, já que Portimão tem vindo a registar um decréscimo no número de dormidas, hóspedes e da capacidade dos alojamentos turísticos, com a consequente perda de preponderância e competitividade na região do Algarve. A oferta de estabelecimentos hoteleiros em Alvor revela uma forte componente de estabelecimentos com categoria de 3 e 4 estrelas, que representam 78% da oferta total. Os estabelecimentos hoteleiros de 3 estrelas predominam - 44% - e a implementação do PPQP permite o aumento do número de estabelecimentos de qualidade superior (5 estrelas), cuja presença actual em Alvor é de apenas de duas unidades (11%). Assim, a concretização de uma solução urbanística com qualidade, conjuntamente com a implementação de um produto turístico de excelência nesta bolsa de terreno livre, para além de responderem à procura existente para o mercado de hotéis, dominado principalmente por turistas oriundos do Reino Unido, tornam o PPQP numa possível alavanca para aumento das actividades económicas e da procura de serviços no Alvor e no concelho de Portimão. 44

55 2.7 INFRA-ESTRUTURAS URBANAS EXISTENTES Rede Viária A área de intervenção do PPQP é circundada por uma via municipal (denominada por V3A), definida no PUUP2 como tendo funções de distribuidora principal. Esta via carece, nos dias de hoje, de melhoramentos, nomeadamente no que respeita ao seu reperfilamento e alteração dos nós viários, tendo em vista um aumento da sua capacidade. A via V3A, de acordo com o definido no PUUP2, irá contornar o limite oeste da área de intervenção do PPQP, até à rotunda existente, convergindo com a V3 existente, tendo este troço um perfil inequívoco de via distribuidora principal. A via V3B que estabelece o limite Sul da área de intervenção do PPQP tem, actualmente, uma função de via local de atravessamento, prevendo o PUUP2 que passe a ser apenas via de acesso às edificações da Torralta e ao novo parque de estacionamento. No projecto de execução do parque de estacionamento serão detalhados os corredores de circulação automóvel, pedonal, de emergência, cicláveis, etc. Os peões não têm, de momento, as melhores condições de circulação nas vias existentes dado que a ausência de passeios obriga à circulação dos mesmos pelas bermas em terra, sem a segurança e conforto devidos. O estacionamento para os residentes e turistas não constitui um problema de maior, uma vez que os empreendimentos existentes oferecem a quantidade de estacionamento necessária para suprir a procura. Esta situação é, contudo, diferente no que concerne ao estacionamento dos utentes das praias. Na época alta, o problema do estacionamento agrava-se, não havendo parques de estacionamento formais que dêem resposta adequada à procura. Esta questão foi alvo de propostas, quer pelo PUUP2 quer pelo POOC, e a presente proposta do PPQP também contribui para a sua resolução. Em termos de transportes públicos, a zona é servida pela rede de autocarros municipais que servem principalmente os maiores empreendimentos turísticos existentes Rede de Abastecimento de Água A rede de abastecimento de água existente assegura um bom nível de serviço, não devendo contudo descurar-se a preocupação de, no futuro, fechar a malha da rede, de modo a melhorar o seu desempenho. A origem da água para abastecimento de Alvor está no reservatório do Chão das Donas, sendo este efectuado por uma conduta adutora, cujo traçado acompanha a via V3A até chegar à área de intervenção do PPQP. 45

56 2.7.3 Rede de Drenagem de Águas Residuais Domésticas A rede de drenagem águas residuais domésticas é, na área do PPQP, antiga e o seu traçado ainda não se encontra levantado digitalmente. Na área de intervenção do PPQP existe, para além da rede de colectores, uma estação elevatória (com cerca de 10 anos de actividade) que bomba a água residual doméstica para a Estação de Tratamento de Águas Residuais (ETAR) de Portimão, através de uma conduta elevatória que atravessa uma galeria subterrânea situada a nascente da área de intervenção. A rede de drenagem águas residuais domésticas não deverá sofrer grandes alterações, sendo, no entanto, necessário redimensionar alguns dos seus troços, principalmente pelo facto de o ponto de concentração de caudais, a partir do qual é bombada a água residual doméstica, integrar uma bacia de retenção de uma dimensão relevante. Salienta-se ainda o facto de estar prevista a substituição ETAR existente em Portimão por uma nova instalação a Norte da cidade, que deve entrar em funcionamento em 2010/ Rede de Drenagem de Águas Residuais Pluviais A rede de drenagem de águas residuais pluviais é, na área de intervenção do PPQP, praticamente inexistente, predominando o escoamento livre à superfície. Este segue as linhas de drenagem naturais, existindo principalmente dois locais de concentração (no limite Oeste do Plano e na actual via de acesso à praia), que acompanham a direcção das vias existentes, escoando de Norte para Sul. A rede necessita, assim, de um redimensionamento, acompanhado do traçado de novos troços. A principal linha de água, que atravessa a área de intervenção do PPQP junto ao seu limite Nascente e ao Hotel Delfim (fora do perímetro do PPQP), irá desaguar numa lagoa de retenção já prevista no PUUP2. Esta lagoa, situada fora da área de intervenção do PPQP, visa regularizar e resolver os problemas de cheias desta linha de água e de erosão das dunas, a Sul deste local Resíduos Sólidos Urbanos A recolha selectiva de Resíduos Sólidos Urbanos no Algarve e Portimão tem vindo a crescer a um ritmo relevante. No concelho de Portimão, e segundo os dados da Algar Valorização e Tratamento de Resíduos Sólidos, SA, foram recolhidas 405 toneladas de vidro, em 1999, aumentando para 851 toneladas, em A recolha do papel/cartão subiu de 212 toneladas, em 1999, para 551 toneladas, em Na recolha das embalagens verificou-se igualmente um aumento de 56 toneladas para 222 toneladas, entre 1999 e COMPROMISSOS URBANÍSTICOS EXISTENTES Não existem compromissos urbanísticos para a área abrangida pelo PPQP, conforme declaração municipal anexa a este Plano de Pormenor. 46

57 3. ENQUADRAMENTO LEGAL E CONDICIONANTES 3.1 ENQUADRAMENTO LEGAL Programa Nacional da Política de Ordenamento do Território O Programa Nacional da Política de Ordenamento do Território (PNPOT), aprovado pela Lei nº 58/2007, de 4 de Setembro, rectificada pelas declarações de rectificação nº 80-A/2007, de 7 de Setembro e nº 103-A/2007, de 2 de Novembro, é a cúpula do sistema dos instrumentos de gestão territorial em Portugal. Não se aplica directamente na área de intervenção mas é vinculativo aos planos hierarquicamente inferiores tendo, por essa via, implicações nas determinações e filosofia do PPQP. Para além de fazer um extenso e rigoroso retrato do país, o PNPOT analisa o estado do ordenamento do território em Portugal. Ao nível do retrato por região, o PNPOT apresenta o Algarve como uma região que representa 4% do PIB nacional, mas cuja importância é superior a isso, sobretudo pelo peso do seu pujante sector do turismo. O desenvolvimento da região ficou marcado por uma intensa exploração turística do sol/praia, o que levou a uma crescente pressão urbanística no litoral. O resultado foi o aparecimento de grandes áreas pouco ordenadas, e de um contínuo urbano na faixa litoral da região do Algarve, designada pelo PNPOT como arco metropolitano do Algarve. 47

58 Figura 8 - Modelo Territorial do PNPOT Fonte: PNPOT O PNPOT indica que o Algarve deve, a longo prazo, diversificar a sua oferta turística, qualificar a economia, oferecer actividade intensivas em conhecimento, promover um modelo territorial equilibrado e competitivo e consolidar um ambiente sustentável e durável. O Plano de Acção deste instrumento de gestão territorial visa a implementação dos objectivos estratégicos, dos objectivos específicos e das políticas definidas no PNPOT. Nos objectivos estratégicos para a região do Algarve, o Plano vinca o papel estratégico das aglomerações de Castro Marim Vila Real de Santo António, articulada com Tavira, e de Faro Loulé Olhão e Portimão Lagos Lagoa, incluindo a zona de charneira de Albufeira, para a inserção internacional do Algarve e de modo promover as condições de desenvolvimento de equipamentos e funções de projecção internacional. 48

59 3.1.2 Plano Estratégico Nacional do Turismo O antigo Plano Regional de Turismo do Algarve (PRTA) foi aprovado pelo Governo através da Resolução n.º 8/95 (2.ª Série), de 11 de Março e era o documento orientador do sector do turismo na região. Este documento foi revogado a 7 de Agosto de 2007, com a RCM nº 105/2007, sendo que as estratégias para o turismo passaram a ser orientadas pelo Plano Estratégico Nacional de Turismo (PENT), aprovado pela Resolução do Conselho de Ministros nº 53/2007, de 4 de Abril. Este Plano, de âmbito nacional, faz um diagnóstico do estado do sector em Portugal, propondo depois medidas, projectos e produtos estruturantes para o futuro do turismo no País. O PENT assenta em cinco eixos fundamentais: Território, Destinos e Produtos Marcas e Mercados Qualificação de Recursos Distribuição e Comercialização Inovação e Conhecimento No que toca aos produtos turísticos estratégicos, que tiram partido das condições climatéricas, recursos naturais e culturais existentes no País, o Plano refere: Sol e Mar Touring Cultural e Paisagístico City Break Turismo de Negócios Turismo de Natureza Turismo Náutico Saúde e Bem-estar Golfe Resorts Integrados Turismo Residencial e Gastronomia e Vinhos No que respeita à caracterização da situação actual, o PENT regista que o turismo no Algarve tem sido condicionado por uma estagnação do turismo internacional e apresenta uma elevada sazonalidade, que afecta grandemente as taxas de ocupação. No período de 2002 a 2005 registou-se, mesmo, uma regressão da afluência de turistas à região. No que toca à evolução das dormidas totais, a taxa de crescimento anual foi de -1,1%, justificada grandemente pela redução de dormidas de turistas estrangeiros, que representam 77% das dormidas, sendo este impacto negativo atenuado por um aumento da procura nacional. Segundo as perspectivas do PENT, esta tendência recente de estagnação/decréscimo será contrariada, sendo que o Algarve deverá atingir, em 2015, entre 13,7 e 13,9 milhões de dormidas, correspondendo a um crescimento médio de 2,7% ao ano. O número de turistas (hóspedes estrangeiros) deverá ter um comportamento similar. Já ao nível das receitas (proveitos totais em estabelecimentos hoteleiros), os objectivos de crescimento são superiores, envolvendo a duplicação do valor actual. Relativamente aos produtos referenciados acima, o PENT preconiza que o crescimento a curto prazo no Algarve deverá ter como base os produtos Sol e Mar, Golfe e Turismo de Negócios. 49

60 O PENT revela ainda ser importante que o Algarve desenvolva uma oferta multi-segmentada para o produto Sol e Mar, assim como que garanta que a sazonalidade seja reduzida, alargando a estação de visita à região. Outra ambição de extrema importância é requalificar a região para que, no que respeita ao produto Sol e Mar, o Algarve consiga fazer face à concorrência do Mediterrâneo, em especial dos novos destinos emergentes. A aposta no Turismo de Negócios e no Golfe pretende reduzir a sazonalidade. Portugal tem potencial para consolidar o Turismo de Negócios em Lisboa (de grandes dimensões) e desenvolvê-lo no Algarve. Este produto tem uma sazonalidade reduzida e complementar ao Sol e Mar, daí que seja essencial para regiões com problemas de sazonalidade. Desta forma, é importante centrar a oferta numa estação mais alargada para que a permanência na região não seja concentrada em apenas dois ou três meses. Quanto ao golfe, no contexto do País, o Algarve é a região com mais oferta de campos de golfe (31 campos num total de 70) sendo os seus campos considerados dos melhores a nível europeu e mundial. O Algarve possui ainda recursos para oferecer Turismo Náutico (é necessário um aumento do número de marinas, dado que as actuais encontram-se com taxas de ocupação muito elevadas), Resorts Integrados e Turismo Residencial, Saúde e Bem-estar. Resumindo, segundo o PENT, os objectivos principais para o Algarve no horizonte são: Requalificação com crescimento e valor (aumento das receitas por cliente). Sol e Mar multi-segmentado e estação alargada. Redução da sazonalidade, potenciando o golfe e o turismo de negócios. Desenvolver zonas image-builders para o produto Sol e Mar. Aumento da diversidade, desenvolvendo produtos. Potenciação dos Resorts Integrados, com oferta hoteleira de referência internacional. De forma a desenvolver os produtos mencionados, a articulação público-privado é de extrema importância para o bom sucesso das propostas. Essa articulação encontra-se definida nos projectos estruturantes do Plano em conjunto com outras medidas importantes para a concretização do mesmo. A concretização do PPQP responde, de certo modo, aos objectivos descritos no PENT, na medida em que pretende implantar uma unidade hoteleira ligada ao turismo upscale, contribuindo assim para dotar a região com equipamentos que potenciam a oferta de turismo de alta qualidade Plano de Bacia Hidrográfica das Ribeiras do Algarve O Plano de Bacia Hidrográfica das Ribeiras do Algarve (PBH) foi promulgado a 4 de Janeiro de 2002 e entrou em vigor pelo Decreto Regulamentar nº 12/2002, de 9 de Março, publicado em Diário da República I Série B nº 58, de 9 de Março de Este Plano Sectorial tem como objectivos fundamentais, entre outros, assegurar uma gestão racional da procura da água, em função dos recursos disponíveis e das perspectivas socioeconómicas; garantir a qualidade do meio hídrico em função dos seus usos; assegurar a protecção da natureza, com especial relevância para a salvaguarda dos meios aquáticos e ribeirinhos; promover a minimização dos efeitos das secas, cheias, sismos e incidentes de poluição; potenciar a valorização social e económica dos recursos hídricos e articular a gestão do Domínio Hídrico com o Ordenamento do Território. 50

61 O âmbito espacial do Plano é constituído por seis sub-bacias hidrográficas principais, das quais duas integram-se no concelho de Portimão: Ribeiras da Costa Ocidental Ribeiras da Ponta de Sagres Ribeiras da Ria de Alvor Rio Arade Zona Central e Alcantarilha Ribeiras drenantes para a Ria Formosa O concelho de Portimão encontra-se totalmente abrangido pela sub-bacia hidrográfica do Rio Arade (que corresponde à bacia hidrográfica do Rio Arade, abrangendo também a área de costa entre a foz do Arade e a laguna de Alvor) e pela sub-bacia hidrográfica da Ria de Alvor (que corresponde às bacias dos cursos de água que drenam para o sistema lagunar de Alvor). Desta forma, o concelho de Portimão está totalmente dentro da bacia hidrográfica das Ribeiras do Algarve, ou seja, sob jurisdição do Plano de Bacia, e os principais cursos de água no seu território são o Rio Arade, a Ribeira do Arão, a Ribeira da Torre, a Ribeira da Boina e a Ribeira do Farelo. No que respeita aos sistemas aquíferos, o PBH identifica dezoito, estando a área do Plano situada sobre o sistema aquífero de Mexilhoeira Grande Portimão. A sua água deixou de ser captada pela grande salinidade que apresenta, além de que o aquífero regista uma grande descarga natural pelo que a sua exploração se tornaria, de alguma forma, problemática. A água consumida pelo concelho de Portimão é captada na albufeira do Funcho e, depois de tratada na ETA de Alcantarilha, segue para distribuição para todo o território concelhio. A distribuição pertence à ABA (Sistema Multimunicipal de Abastecimento de Água do Barlavento Algarvio), que serve também os concelhos de Vila do Bispo, Lagos, Lagoa, Silves, Albufeira e Loulé (Oeste). No que concerne à água consumida pela agricultura, o concelho de Portimão está integrado no sistema de regadio de Silves-Lagoa- -Portimão, sendo toda a água captada no rio Arade (na albufeira do Arade). De resto, o PBH propõe uma série de medidas que visam prosseguir com os objectivos do Plano, já mencionados, que passam por assegurar o cumprimento por parte das entidades públicas e privadas da legislação em vigor sobre a água (gestão, consumo, uso, qualidade ) e por novas medidas como a articulação entre as diferentes autoridades reguladoras e/ou com intervenção no domínio dos recursos hídricos, campanhas de sensibilização de proprietários, populações e agentes económicos, monitorização de processos e avaliação dos impactes das acções propostas. 51

62 3.1.4 Plano de Ordenamento da Orla Costeira Burgau Vilamoura O Plano de Ordenamento da Orla Costeira de Burgau-Vilamoura (POOC) foi aprovado pela Resolução do Conselho de Ministros n.º 33/99, de 27 de Abril. A Resolução do Conselho de Ministros n.º 104/2007 ditou a sua alteração, visto já terem passado oito anos sobre a sua publicação, encontrando-se, desta forma, este processo em curso. A alteração tem como objectivo o ajustamento do POOC face à revisão do PROT- -Algarve, bem como ponderar a alteração de disposições regulamentares e cartográficas que se encontrem desadequadas relativamente à situação actual. O POOC estabelece as condições de ocupação, uso e transformação dos solos sobre da orla costeira compreendida entre Burgau e Vilamoura, visando a prossecução dos seguintes objectivos: Ordenar os diferentes usos e actividades específicos da orla costeira; Classificar as praias e regulamentar o uso balnear; Valorizar e qualificar as praias consideradas estratégicas por motivos ambientais ou turísticos; Defender e preservar a natureza; Defender e valorizar os recursos naturais e o património histórico e cultural. Em termos de Condicionantes para a área envolvente ao Plano, estão definidos o Domínio Publico Hídrico (verde tracejado) e a Reserva Ecológica Nacional (azul tracejado), mas tal como é possível observar na figura subsequente, nenhuma destas restrições de utilidade pública afectam o perímetro do PPQP (marcado a encarnado continuo, sendo o limite do POOC marcado a encarnado interrompido). O extracto da Planta de Condicionantes do POOC é apresentado nas peças desenhadas do PPQP. A área de intervenção do POOC divide-se, para efeitos de ocupação e uso, nas seguintes classes de espaços, identificadas na planta de síntese: Naturais; Agrícolas e agro-florestais; Praias marítimas; Estabelecimentos e iniciativas, projectos ou actividades declarados de interesse para o turismo; Infra-estruturas portuárias; Urbanos, urbanizáveis e turísticos. Tal como é possível constatar na figura abaixo, na área do PPQP e nas suas imediações, o POOC define a existência de espaços naturais associados a linhas de água e zonas húmidas e a espaços de enquadramento, da própria praia e de estabelecimentos de interesse turístico, sendo que dentro do perímetro do Plano, apenas se encontra consignada uma área de espaço natural de enquadramento. O extracto da Planta de Síntese do POOC é apresentado nas peças desenhadas do PPQP. Os espaços naturais integram diversas categorias (Arribas; Dunas; Linhas de água e Zonas húmidas; espaços naturais de enquadramento e espaços naturais marítimos). Como foi já dito, dentro da área do PPQP, apenas se classifica uma área como espaço natural de enquadramento. 52

63 Nos espaços naturais de enquadramento é interdita a realização de novas construções e de obras de remodelação, reconstrução e conservação de edifícios licenciados destinados a habitação, empreendimentos e actividades turísticas, estabelecimentos de restauração e de bebidas e a equipamentos colectivos, nos casos e nas condições que não sejam compatíveis com a manutenção do uso dominante do espaço natural. Nos casos justificados, são permitidas a construção de novos apoios de praia e equipamentos exclusivamente a eles associados e apoios recreativos nas condições previstas no POOC, assim como a abertura e consolidação de vias de acesso automóvel ou de áreas de estacionamento (directamente associadas à praia), desde que seja convenientemente acautelada a drenagem das águas superficiais em zonas de risco e na proximidade das arribas. A sudoeste da área do PPQP, o POOC define um espaço natural constituído por linhas de água, seus leitos e margens que também implica a existência de condicionamentos ao nível da realização de obras de construção, de modo a assegurar a preservação do sistema dinâmico natural e dos ecossistemas a eles associados e a não alteração do sistema natural de escoamento por obstrução à circulação das águas. O POOC classifica as praias em cinco tipos e com as seguintes características a saber: Praia do tipo I - Praia urbana com uso intensivo que corresponde à praia cuja zona envolvente consiste num núcleo urbano consolidado, sujeita a forte procura; Praia do tipo II - Praia não urbana com uso intensivo que corresponde à praia afastada de núcleos urbanos, sujeita a forte procura; Praia do tipo III - Praia equipada com uso condicionado que corresponde à praia que não se encontra sujeita à influência directa de núcleos urbanos e está associada a sistemas naturais sensíveis; Praia do tipo IV - Praia não equipada com uso condicionado que corresponde a uma praia associada a sistemas de elevada sensibilidade que apresentam limitações para o uso balnear nomeadamente por razões de segurança dos utentes; Praia do tipo V - Praia de uso restrito que corresponde a uma praia de acessibilidade reduzida e que se encontra integrada em sistemas naturais sensíveis. As duas praias que o Plano identifica para a área de Alvor e do PPQP são a Praia de Alvor (Poente) e a Praia de Alvor (Nascente), sendo que a primeira é classificada como sendo do Tipo I e a segunda como sendo do Tipo II. Em praias deste tipo, o POOC obriga a acessos viários pavimentos, acessos pedonais construídos ou consolidados e o estacionamento também pavimentado. As infra-estruturas de abastecimento de água, electricidade, recolha de resíduos sólidos urbanos e de águas residuais domésticas têm que ter obrigatoriamente, nas praias de Tipo I, ligação à rede pública e, nas praias de Tipo II, só é permitido tal não acontecer salvo algumas excepções descriminadas pelo POOC. Estas imposições aplicam-se, portanto, às zonas de praia a sul do PPQP. Ambas as praias (Alvor Nascente e Alvor Poente) são objecto de Plano de Praia, no qual é proposta (por unidade balnear) a localização dos apoios de praia, dos acessos viários e pedonais, assim como os parques de estacionamento. Uma dessas zonas de estacionamento proposta pelo POOC situa-se na área do PPQP mais a Nascente e, deste modo, deve ser tida em linha de conta esta disposição do Plano de Praia. 53

64 Ainda no contexto do POOC, é importante referir a existência do Plano de Intervenção na frente de Mar de Alvor Portimão, elaborado pela Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Algarve, Câmara Municipal de Portimão e IPTM e que, genericamente, é um reflexo do proposto nos Planos de Praia de Alvor Este, Alvor Poente e da Praia dos Três Irmãos. São assumidos dois parques de estacionamento a nascente e a poente do Plano e as unidades balneares, com os respectivos apoios de praia a servir cada uma delas, assim como os acessos pedonais ao areal, tal como os Planos de Praia dispõem Plano Regional de Ordenamento do Território do Algarve O Plano Regional de Ordenamento do Território do Algarve (PROT Algarve) foi aprovado por Resolução do Conselho de Ministros nº 102/2007, de 3 de Agosto, rectificada pela Declaração de Rectificação nº 85-C/2007, de 2 de Outubro e alterado pela RCM nº 188/2007, de 28 de Dezembro sucedendo ao PROT de 1991, aprovado pelo Decreto Regulamentar nº 11/91, de 21 de Março. O PROT Algarve tem como grandes objectivos estratégicos qualificar e diversificar o cluster turismo/lazer; robustecer e qualificar a economia, promover actividades intensivas em conhecimento; promover um modelo territorial equilibrado e competitivo e consolidar um sistema sustentável e durável. O Plano delimita quatros grandes Unidades Territoriais bem distintas em termos de organização territorial da Região: Costa Vicentina; Serra; Baixo Guadiana; Litoral Sul e Barrocal, sendo que a área de intervenção do PPQP se situa nesta última (Litoral Sul e Barrocal). É nesta Unidade Territorial que se concentra a maioria da população residente, turismo, infra-estruturas, equipamentos e actividades económicas. O extracto do PROT Algarve é representado nas peças desenhadas. As Unidades Territoriais são divididas em Sub-Unidades e, desta forma, a área de intervenção do PPQP situa-se na Sub-Unidade Territorial da Ria de Alvor para a qual o PROT Algarve definiu as seguintes orientações e acções prioritárias: Promover a elaboração e implementação de um Plano de ordenamento das margens da Ria de Alvor, visando a utilização e exploração das potencialidades naturais, ambientais, patrimoniais, dessa Rede Natura, garantindo a sua salvaguarda e contribuindo para a quailificação de espaços vizinhos.. 1 O Modelo Territorial definido para as Unidades e Sub-Unidades assenta em cinco Sistemas Estruturantes: Sistema Urbano, Sistema de Turismo; Sistema do Litoral; Sistema Ambiental; Sistema de Acessibilidade e Mobilidade. No que respeita ao Sistema Urbano, as principais centralidades estruturantes da rede urbana algarvia são Faro-Loulé-Olhão, Portimão-Lagos-Lagoa e Vila Real de Santo António-Castro Marim, como grandes aglomerações, existindo depois os eixos de articulação Albufeira/Guia, Silves/Loulé/São Brás de Alportel, Aljezur/Vila do Bispo/Lagos e o eixo transversal serrano. 1 PROT Algarve, Vol. I, págs

65 As funções urbanas reconhecidas pelo PROT a Alvor são o turismo, a pesca e aquacultura e habitação. Como funções a desenvolver, o PROT aponta ainda a Cultura e o Património. No campo do Sistema de Turismo, as orientações definidas pelo PROT Algarve são: Introduzir discriminações positivas para estimular os projectos turísticos de maior qualidade e efeito estruturante; Proceder à defesa dos valores fundamentais do capital natural, do ambiente e do património histórico-cultural, numa perspectiva dinâmica e de compromisso com o desenvolvimento económico e social, numa lógica de sustentabilidade nas suas várias dimensões; Encare os valores e qualidade ambientais como suporte de produtos turísticos específicos; Proceda à requalificação e contenção da oferta na faixa costeira, mediante, designadamente, operações de relocalização, reconversão e recuperação do existente. 2 Todos estes pontos se aplicam totalmente na filosofia do PPQP, na medida em que as disposições do mesmo vão de encontro às orientações descritas. No que concerne ao Sistema do Litoral, e estando a área do PPQP numa zona muito próxima da costa, é importante perceber as determinações do PROT para as áreas litorais. Desta forma, o PROT Algarve define duas zonas distintas da costa: a Zona Marítima de Protecção e a Faixa Costeira, sendo que ambas as zonas se dividem depois conforme a figura abaixo. *LMBMAVE Linha de máxima baixa-mar de águas vivas equinociais **LMPMAVE Linha Máxima de preia-mar de águas vivas equinociais ***Quando existir natureza de praia em extensão superior à largura máxima estabelecida de 50m, a margem estender-se-á até onde o terreno apresentar tal natureza, cabendo ao POOC esta delimitação. Figura 9 - Sistema do Litoral Fonte: PROT Algarve, Vol. I, pág PROT Algarve, Vol. I, pág

66 Não são autorizadas novas construções dentro da Margem (fora dos perímetros dos aglomerados tradicionais) a menos que se tratem de infra-estruturas e equipamentos de apoio balnear e/ou marítimo, cumprindo as disposições dos Planos Especiais de Ordenamento do Território em vigor para a área. De igual modo, na Zona Terrestre de Protecção não são permitidas novas construções (fora dos perímetros dos aglomerados tradicionais) contudo, além das infra-estruturas e equipamentos de apoio balnear e marítimo, poderão ainda ser construídas infra-estruturas e equipamentos públicos colectivos que sejam de inequívoco interesse público e ainda operações de relocalização em Espaços de Ocupação Turística (EOT). Na Retaguarda da Zona Terrestre de Protecção, aplicam-se as mesmas disposições sendo ainda permitida também a implantação de novos Núcleos de Desenvolvimento Turístico (NDT) em condições muito específicas. No que toca ao Sistema Ambiental, o PROT Algarve define três realidades distintas: a Estrutura Regional de Protecção e Valorização Ambiental (ERPVA), a Estrutura Hidrográfica Fundamental e Recursos Hídricos e as Estruturas Complementares. Na área do PPQP a nascente de uma zona pertencente à ERPVA o Sítio de Importância Comunitária da Ria de Alvor (PTCON0058 Ria de Alvor, criado pela RCM nº76/2000, de 5 de Julho), demarcado na figura abaixo com o verde contínuo. Figura 10 - Estrutura Regional de Protecção e Valorização Ambiental. Fonte: PROT Algarve Já no capítulo do Sistema de Acessibilidade e Mobilidade, o PROT Algarve caracteriza a situação actual e apresenta propostas nos campos das redes rodo e ferroviária, e dos modos marítimo, fluvial e aeronáutico. Para a área de Portimão, propõe, dentro das infra-estruturas aeroportuárias complementares, um aeroporto de apoio ao aeroporto de Faro, de modo a servir melhor a região do Barlavento Algarvio. No que toca ao transporte marítimo, o PROT reconhece Portimão, tal como Faro, como uma das principais estruturas portuárias da Região. Assim, e tendo em vista a crescente procura do segmentos de cruzeiros, o PROT estipula que o porto de Portimão deve receber a curto/médio prazo investimentos significativos de modo a poder comportar esta funcionalidade. 56

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