CONTRARRAZÕES DE RECURSO ADMINISTRATIVO

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1 Ao Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul A/C : COMISSÃO DE LICITAÇÃO Rua Uruguai nº 155 5º andar Porto Alegre/RS REF: Concorrência BRDE nº 2015/184 PRICEWATERHOUSECOOPERS CORPORATE FINANCE & RECOVERY LTDA., sociedade de profissionais, com sede na Capital do Estado de São Paulo e filial na Alameda Mamoré nº 989, conjunto 2201, 22º andar, Edifício Crystal Tower, Alphaville Industrial, Barueri-SP, CEP , inscrita no CNPJ/MF sob nº / ( PwC ou Recorrida ), licitante na Concorrência BRDE 2015/184 supracitada, por sua Procuradora, vem, respeitosamente, perante esta r. Comissão de Licitação ( Comissão ), com fulcro no art. 109, inciso III, parágrafo 3º, da Lei Federal n.º 8.666/93 ( Lei de Licitações ), bem como no item 13.4 do Edital em epígrafe ( Edital ), apresentar tempestivamente CONTRARRAZÕES DE RECURSO ADMINISTRATIVO em face do Recurso interposto pela empresa PKF Assessoria Empresarial Ltda., a qual contestou a decisão da r. Comissão de Licitação do BRDE quanto à habilitação da PwC e inabilitação da PKF, requerendo digne-se V.Sa. determinar o regular processamento das inclusas contrarrazões de fato e de direito em anexo. Termos em que, Requer Deferimento. São Paulo (SP), 02 de agosto de 2016.

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3 CONCORRÊNCIA BRDE Nº 2015/184 RECORRENTE: PKF ASSESSORIA EMPRESARIAL LTDA. RECORRIDA: PRICEWATERHOUSECOOPERS CORPORATE FINANCE & RECOVERY LTDA. DAS RAZÕES QUE ENSEJAM AS PRESENTES CONTRARRAZÕES DE RECURSO ADMINISTRATIVO I - TEMPESTIVIDADE A Recorrida foi intimada da interposição de recurso da empresa licitante PKF Assessoria Empresarial Ltda., por essa r. Comissão, por meio de publicação no site do BRDE no dia 27 de julho de Desta feita e aplicando-se a regra de contagem do prazo para a apresentação de contrarrazões de recurso prevista no artigo 110, parágrafo único, da Lei Federal 8.666/93, excluindo-se o primeiro dia (em que foi divulgado o resultado) e incluindo-se o do vencimento, o prazo para a interposição de Contrarrazões de Recurso Administrativo teve início no dia útil seguinte ao da ciência, qual seja, 28 de julho de 2016, e seu termo final é o dia 03 de agosto de 2016 Nestes termos, tempestiva a presente interposição de contrarrazões de recurso administrativo. II - FATOS O Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul ( BRDE ), por intermédio da r. Comissão, abriu o certame licitatório da Concorrência BRDE nº 2015/184, objetivando a contratação de serviços de avaliação da carteira de créditos não performada do BRDE, e planejamento, execução e/ou assessoria para eventual cessão onerosa desses créditos, de acordo com as especificações técnicas do referido edital. 3 of 14

4 A Recorrida, na qualidade de empresa especializada na prestação dos serviços objeto do presente processo licitatório, apresentou seus documentos de habilitação, proposta técnica e proposta de preços. Na primeira análise dos documentos de habilitação apresentados para o presente certame, a r. Comissão divulgou o resultado de julgamento habilitando a empresa PricewaterhouseCoopers Corporate Finance & Recovery Ltda. (ora Recorrida), e inabilitando a PKF Assessoria Empresarial Ltda. (ora Recorrente). A r. Comissão de Licitação corroborou de forma inequívoca na Ata da Sessão de Análise e Julgamento, datada de 20/07/2016, que consubstanciou sua decisão nos princípios legais estabelecidos no artigo 3º da Lei nº 8.666/93, demonstrando o entendimento equivocado e o não atendimento ao ditames do Ato Convocatório pela empresa Recorrente. De certo, não há que se falar em reforma da r. decisão da Comissão Julgadora, que acertadamente habilitou a PwC, e inabilitou a empresa PKF. III CONTRARRAZÕES DO RECURSO: A) Da Manutenção da decisão recorrida que HABILITOU corretamente a PwC Pretende a Recorrente, em suas razões recursais, e sem qualquer razão ou fundamento plausível, macular a habilitação da empresa PricewaterhouseCoopers Corporate Finance & Recovery Ltda., lhe atribuindo que apresentou proposta com sua empresa filial domiciliada no município de Barueri, Estado de São Paulo, tendo apresentado documentos e atestados de capacidade técnica em nome da PricewaterhouseCoopers Corporate Finance & Recovery Ltda., matriz com domicílio na Capital do Estado de São Paulo. Ocorre que, a Recorrida, PricewaterhouseCoopers Corporate Finance & Recovery Ltda., está participando do presente certame por meio de sua filial, localizada no município de Barueri e inscrita no CNPJ n.º / , sendo que todos documentos pertinentes à filial foram devidamente apresentados, com exceção daqueles que, por sua natureza, somente podem ser emitidos em nome da matriz, como é o caso da Certidão Regularidade Federal emitida pela Receita Federal do Brasil, que em sua própria redação estabelece: Esta certidão é válida para o estabelecimento matriz e suas filiais, bem como é possível verificar dizeres semelhantes na Certidão Negativa de Débitos Trabalhistas. 4 of 14

5 Como é sabido matriz nada mais é que o estabelecimento principal, a sede, aquela que dirige as demais empresas que são as filiais. Inclusive, esse é o entendimento dos ilustres doutrinadores Silvério das Neves e Paulo Eduardo Viceconti 1 ao afirmar que: Matriz representa o estabelecimento sede ou principal, ou seja aquele que tem primazia na direção e a que estão subordinados todos os demais, chamados de filiais, sucursais ou agências. Filial é qualquer estabelecimento mercantil, industrial ou civil, dependente ou ligado a outro que tem ou detém o poder de comando sobre ele. As filiais representam, portanto, os estabelecimentos filhos. Deste modo, matriz e filial não são pessoas jurídicas distintas. A matriz e suas filiais representam estabelecimentos diferentes pertencentes à mesma pessoa jurídica, fato corroborado, inclusive, pelo art. 10, 1º, da Instrução Normativa RFB nº 748, de 28 de junho de Assim, apesar haver diferenciação para fins tributários, no âmbito da qualificação técnica, matriz e filial podem compartilhar suas experiências, por se tratarem da mesma pessoa jurídica. Ou seja, a filial pode apresentar atestados de capacidade técnica em nome da matriz e viceversa. Os documentos técnicos apresentados para a licitação comprovam a qualificação técnica da empresa com um todo e não a qualificação da matriz ou filial de forma individualizada, haja vista que não se pode declarar que apenas uma ou outra realizou o serviço. Destarte, o parágrafo IV do item 6.2 do Anexo III pacifica quaisquer questionamentos nesta particularidade, vez que deixou cristalino o entendimento do órgão licitante. Vejamos:...IV) Em quaisquer hipóteses listadas nos incisos acima, os atestados de capacidade técnica poderão ser apresentados 1 NEVES, Silvério das. VICECONTI, Paulo Eduardo V. Contabilidade avançada e análise das demonstrações financeiras, São Paulo: editora Frase, 10ª edição. Pg of 14

6 indistintamente em nome e com CNPJ da matriz e/ou da(s) filial (ais) da Licitante. A Recorrida tenta, ainda, desqualificar atestado de capacidade técnica emitido pelo Itaú Unibanco, alegando que este não seria da PwC. Entretanto, tal atestado foi emitido para atestar serviços prestados pela PricewaterhouseCoopers Serviços Profissionais Ltda., empresa pertencente à rede PwC, e localizada no Estado de São Paulo. Tal hipótese foi admitida pelo BRDE, através do esclarecimento abaixo: Questionamento: 1 As empresas pertencentes a uma rede (network) são caracterizadas por atuarem por meio de sociedades juridicamente independentes, mas que se complementam tecnicamente e que são identificadas por uma mesma marca. Por atuarem com a mesma metodologia, as empresas integrantes da rede (network) PwC, sendo as relevantes à discussão estabelecidas no estado de São Paulo, praticam as mesmas políticas comerciais e internas e, ainda, compartilham tecnologia, recursos e conhecimento, o que faculta a prerrogativa de compartilharem credenciais e atestados técnicos. Diante de todo o exposto e de forma a ampliar a competitividade do certame, entendemos que serão aceitos os atestados de capacidade técnica e profissionais que pertençam a um conjunto de firmas (network). Está correto o nosso entendimento? RESPOSTA: conforme área técnica, está correto o entendimento e salientamos que o conjunto de rede deverão estar estabelecidas no mesmo estado, no caso, São Paulo. Do mesmo modo que consignado pelo esclarecimento acima delineado e pelo próprio Edital, conforme o já destacado item 6.2 do Anexo III, é a posição da Revista de Orientações e Contratos do Tribunal de Contas da União 2 : 2 Licitações e contratos: orientações e jurisprudência do TCU /Tribunal de Contas da União. 4. ed. rev., atual. e ampl. Brasília: TCU, Secretaria Geral da Presidência: Senado Federal, Secretaria Especial de Editoração e Publicações, 2010 Pg of 14

7 Forma de Apresentação dos Documentos. Deve o ato convocatório disciplinar a forma de apresentar a documentação. Exige-se usualmente quantos aos documentos que: (...) Atestados de capacidade técnica ou de responsabilidade técnica possam ser apresentados em nome e com o número do CNPJ (MF) da matriz ou da filial da empresa licitante. Na mesma linha de raciocínio, o Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo também partilhou do entendimento, quando do julgamento do Agravo de Instrumento nº : 1. Respeitado o entendimento, prima facie mostra-se desarrazoada a desclassificação, motivada exclusivamente na apresentação de Atestado de Capacidade Técnica em nome da filial e os demais documentos em nome da matriz (f. 46). A empresa é uma só. Dentro da pletora de obrigações que assume, cabe a ela designar o estabelecimento que irá se desincumbir do cumprimento do contrato, assim, comprovada a capacidade técnica de filial nos termos em que previsto nas disposições editalícias e para efeito exclusivo de aferição da capacidade técnica da matriz não há porque entender descumprido item 6.3 c do edital (f. 102). Nos termos do art. 30, 5º, I, da Lei nº 8.666/93, É vedada a exigência de comprovações de atividade ou de aptidão, com limitações de tempo ou de época ou ainda de locais específicos, ou quaisquer outras não previstas nessa Lei, que inibam a participação na licitação. Indigitado diploma legal não faz qualquer menção acerca da impossibilidade de aproveitamento de atestado de capacidade técnica entre matriz e filial. Sob este prisma, dessarte, mostra-se relevante o fundamento básico da impetração. E o caso autoriza emissão de medida liminar para a suspensão do certame desde que não tenha sido adjudicado o objeto da licitação Destacou-se. Assim sendo, com base no Edital, bem como no questionamento respondido e divulgado pela r. Comissão do BRDE, resta claro que a PwC atendeu, na íntegra, as exigências do edital e seus anexos, apresentando atestados que são plenamente suficientes para comprovação de sua experiência técnica, não devendo prosperar as infundadas e descabidas alegações da PKF, Recorrente inabilitada.. 7 of 14

8 Vale destacar também que, uma vez publicado o Edital, a Administração Pública se vincula às normas ali constantes, não podendo julgar de forma oposta ao previamente acordado. Nesse sentido, José Cretella Júnior 3 dita que: Pelo edital, a licitação adquire publicidade, ao mesmo tempo que vincula a Administração e concorrentes. É a peça básica da concorrência, a lei interna da licitação, porque traça as diretrizes de todo processo ulterior. Na terceira fase, que é a do julgamento das propostas, o exame é diferente. Afastando qualquer tipo de juízo discricionário, já expendido na fase anterior, agora procede-se a exame objetivo, vinculando-se a Comissão Julgadora ao que foi deliberado no edital. Nem mais, nem menos. O exame decide sobre a parte técnica e financeira das propostas, selecionando-se a melhor, mais vantajosa para a Administração Destacou-se. Assim também entende Marçal Justen Filho 4 : Na licitação, a vinculação à lei é complementada pela vinculação ao ato convocatório. A administração dispõe de margem de autonomia para configurar o certame. Mas incumbe à Administração determinas todas as condições da disputa antes do seu início e as escolhas realizadas vinculam a autoridade (e aos participantes do certame) Destacou-se. Assim, equivocou-se mais uma vez a Recorrente que fora inabilitada, na tentativa de desqualificar os Atestados de Capacidade Técnica apresentados pela PricewaterhouseCoopers Corporate Finance & Recovery Ltda., quando mencionou em suas alegações: Banco Real ABN AMRO S.A (fl. 54 do Envelope 01). Ainda com relação a esse atestado é necessário destacar que ele foi 3 CRETELLA JÚNIOR, José, Das licitações públicas: (comentários à Lei Federal nº 8.666, de 21 de junho de 1993), Rio de Janeiro: Forense, 2006, p JUSTEN FILHO, Marçal, Comentários à lei de licitações e contratos administrativos, São Paulo: Dialética, 15ª adição, p of 14

9 emitido em 1º de Agosto de 2008, razão pela qual não se encontra dentro doi prazo de validade de 90 dias previsto no Item 3.2 do Anexo I do Edital de Licitação. Salientamos que não pode prosperar tal argumento, vez que o item 7.5 do Anexo III é cristalino em sua afirmação, e refere-se exclusivamente aos documentos de habilitação, ou seja, Regularidade Fiscal, Trabalhista e Econômica, para a Certidão Negativa de pedido de falência, concordata e/ou recuperação judicial. É sabido e de amplo conhecimento das Comissões de Licitação que Atestados de Capacidade Técnica não possuem prazo de validade, vez que a sua única função é a demonstração de experiência por parte da empresa e/ou seus profissionais em uma determinada atividade ou prestação de serviços. Neste sentindo, inclusive, é vedado pela lei 8.666/93 a exigência de comprovação de atestados com limitações de tempo ou época, conforme 5º do artigo 30. Portanto, leva-nos ao entendimento pacífico que houve uma tentativa infrutífera por parte da Recorrente, que não poderá, de forma alguma ser ratificada pela Comissão de Licitação do BRDE. Assim sendo, uma vez que a Recorrida cumpriu estritamente as normas editalícias, não há motivos para sua inabilitação. De qualquer sorte, não podemos deixar de mencionar os argumentos relativos aos atestados que supostamente não foram emitidos por instituição bancária para demonstração da expertise da Recorrida, os quais, mais uma vez, são desprovidos de qualquer fundamento. Vejamos o exemplo a seguir: Os Atestados de Capacidade Técnica emitidos pela BV Financeira. A BV Financeira é uma instituição financeira atuante sob a supervisão do BACEN operadora de financiamentos de veículos, crédito consignado, cartões de crédito, ou seja, produtos de natureza idêntica àqueles ofertados diretamente por bancos do Sistema Financeiro Nacional. Ademais, a BV Financeira atua como extensão do Banco do Brasil na realização de financiamento de veículos, o que demonstra a natureza bancária de créditos que compõem seu portfólio. Abaixo quadro 9 of 14

10 disponível no site do Banco Votorantim (informação pública), um dos controladores da instituição: Como podemos notar acima, a BV Financeira é uma subsidiária do Banco Votorantim, o qual é controlado pelo Banco do Brasil e Votorantim Finanças corroborando sua natureza bancária. Adicionalmente, quanto a alegação da Recorrente de que os atestados da BV Financeira apresentados pela PwC deverão ser invalidados por faltar UM dígito no CNPJ da emissora do atestado, é certo que este argumento não deve prosperar: uma porque o atestado foi emitido pela BV Financeira em papel timbrado e 10 of 14

11 com todos os outros dados capazes de identifica-la facilmente; duas porque isso seria excesso de rigorismo e formalismo, prática amplamente vedada pela doutrina e jurisprudência; e três porque, caso a r. Comissão tenha alguma dúvida sobre os referidos documentos, basta realizar diligência para saná-las, conforme previsão legal ( 3º, art. 43). B) Da manutenção da decisão recorrida que acertadamente INABILITOU a PKF Após análise dos documentos habilitatórios apresentados pela Recorrente, a r. Comissão decidiu inabilitá-la na presente licitação, sob os seguintes fundamentos: Motivo: a) descumpriu do item 3, d, do Anexo III do Edital, em razão da certidão apresentada não informar a regularidade para todos os tributos municipais; b) descumprimento do item 4, a, do Anexo III do Edital, em razão dos atestados apresentados estarem em nome de determinado profissional, e não a comprovação do que foi exigido para a licitante, não obstante, ainda, os atestados terem sido emitidos pela própria licitante. Em que pese os argumentos colacionados pela Recorrente, entendemos que a decisão da Comissão de Licitação do BRDE pela inabilitação da PKF foi totalmente acertada, devendo as razões para a inabilitação da Recorrente ser mantidas, vez que estão fundamentadas não só nas regras expostas pelo Edital como na legislação aplicável, conforme se verifica: O artigo 29, inciso III, da Lei 8666/93 prevê: prova de regularidade para com a Fazenda Federal, Estadual e Municipal do domicilio ou sede do licitante, ou outra equivalente, na forma da lei;... Ainda, não podemos deixar de mencionar o dispositivo legal do artigo 193 do Código Tributário Nacional, que instituiu normas gerais de direito tributário aplicáveis à União, Estados e Municípios. Art.193. Salvo quando expressamente autorizado por lei, nenhum departamento da administração pública da União, dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios, ou sua autarquia, celebrará contrato ou aceitará proposta em concorrência pública sem que o contratante ou proponente faça prova da quitação de todos os tributos devidos à Fazenda Pública interessada, relativos à atividade em cujo exercício contrata ou concorre. 11 of 14

12 Como se vê pelos documentos apresentados pela Recorrente, a mesma deixou de comprovar de forma completa e inequívoca a sua regularidade fiscal Municipal, posto que no Município de São Paulo, para tal comprovação, se faz necessário a apresentação de 03 (três) certidões: I -Certidão de Tributos da Secretaria de Finanças e Desenvolvimento Econômico emitida pela Prefeitura de São Paulo; II Certidão emitida pela Secretaria dos Negócios Jurídicos Procuradoria Geral do Município Departamento Fiscal; e III - Certidão sobre Tributos Imobiliários expedida pela Secretaria Municipal de Finanças da Prefeitura de São Paulo. De certo, ainda em apertada síntese, se o entendimento da r.comissão de Licitação não corroborasse com o entendimento supramencionado, não restaria menor sorte a Recorrente, vez que a Certidão de Negativa de Regularidade Federal também estava vencida na data da sessão de abertura do certame. Desse modo, provado esta que a Recorrente não cumpriu o disposto no edital de licitação, devendo, portanto, ser mantida sua inabilitação. Quanto aos Atestados de Capacidade Técnica Um dos motivos que ensejou a inabilitação da ora Recorrente se deu, pelo não atendimento do disposto no item 4, alínea a do Anexo III. Perfeito é o apontamento da r. Comissão de Licitação, o qual, aliás, já havia sido igualmente feito pela Recorrida quando da sessão de abertura, e consta inclusive na Ata daquela Sessão. Os atestados apresentados pela licitante PKF não atendem, de forma alguma, os requisitos mínimos para a habilitação daquela empresa no certame. A Recorrente não apresentou atestados de capacidade técnica que demonstrassem a experiência da empresa licitante, mas apenas apresentou atestados emitidos por ela mesma atestando a experiência de um profissional por ela indicado, ou seja totalmente diverso do exigido no edital. 12 of 14

13 Ademais, a Recorrente apresenta em seu recurso documento com a inclusão do Sr. Márcio Nakata no quadro societário, datado de 15/07/2016 (data posterior à sessão), alegando então, que, com a experiência deste, a Recorrente possui experiência neste tipo de serviço. Tendo em vista o disposto acima, não há qualquer lógica ou fundamento razoável que possa justificar a aceitabilidade de tais atestados para comprovar a qualificação técnica da empresa licitante. Ora, como aceitar um atestado emitido pela própria interessada, uma vez que, segundo documento apresentado pela Recorrente, o serviço foi prestado pela KPMG às empresas Banco ABN AMRO Real e Banco Sudameris Brasil S.A.? De acordo com o item 4.1 do Anexo III do Edital o atestado deve ser emitido pela sociedade contratante em favor da empresa que participa do certame, sendo que certo que nenhuma das condições acima se faz presente no documento apresentado. A função do atestado é justamente demonstrar que terceiro contratou os serviços similares aos que está sendo contratado e ficou satisfeito com eles. Ou seja, o objetivo do atestado de capacidade técnica é comprovar para o Órgão Licitante que um terceiro já usufruiu de forma satisfatória dos serviços de quem ora apresenta proposta. Um atestado emitido pelo próprio interessado é totalmente inócuo, e não pode de forma alguma, como de fato e corretamente não o foi, ser aceito para fins de qualificação técnica em uma licitação. Assim sendo, não resta a menor sorte à Recorrente, devendo a r. Comissão de Licitação manter sua acertada decisão pela inabilitação da empresa PKF Assessoria Empresarial Ltda. Ressalte-se que a r. Comissão de Licitação agiu em consonância com a legislação aplicável, não havendo qualquer razão que justifique a reforma do entendimento exarado na sessão realizada em 20 de julho de 2016, às 13h30min, nas dependências do BRDE. Portanto, certo é que todas as alegações e afirmações tecidas pelo Recorrente são desprovidas de fundamento, e não se sustentam com um mínimo de razoabilidade que seja, sendo facilmente afastadas pelos argumentos aqui declinados pela Recorrida. IV - PEDIDO Diante de todo o exposto, e, com a certeza da eficiência e imparcialidade com que essa r. Comissão vem prestando seu papel no presente certame, a Recorrida pede e espera que seja MANTIDA na íntegra a decisão proferida, que habilitou no certame a licitante PricewaterhouseCoopers Corporate Finance & Recovery 13 of 14

14 Ltda., e inabilitou a licitante PKF Assessoria Empresarial Ltda., bem como se dê a regular continuidade do presente processo licitatório. Termos em que, Requer Deferimento. São Paulo, 02 de agosto de of 14