Este artigo constitui parte de um estudo *** E SUBNOTIFICAÇÃO ACIDENTES ENTRE TRABALHADORES DE ENFERMAGEM INTRODUÇÃO

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1 ACIDENTES DE TRABALHO E SUBNOTIFICAÇÃO ENTRE TRABALHADORES DE ENFERMAGEM OCCUP CCUPATIONAL ACCIDENTS AND UNDERREPOR NDERREPORTING AMONG NURSING WORKERS Anamaria Alves Napoleão* Maria Lúcia do Carmo Cruz Robazzi ** RESUMO: Trata-se de estudo realizado em um hospital de uma cidade do interior paulista, com o objetivo de identificar a ocorrência e a subnotificação de acidentes do trabalho por trabalhadores de enfermagem, no período de julho de 1996 a julho de A coleta de dados foi realizada através de um formulário aplicado em entrevista e a amostra foi composta de 46 sujeitos. Os resultados evidenciaram que 37 (80,4%) trabalhadores de enfermagem referiram a ocorrência de acidentes do trabalho e entre estes trabalhadores 34 (91,9%) relataram ter subnotificado o acidente. Entre os acidentes subnotificados, predominaram (34,4%) os ferimentos com material cortante e/ou perfurante. Os resultados evidenciam a necessidade de se implementar ações de promoção da saúde do trabalhador e de prevenção de acidentes e que favoreçam sua notificação. Palavras-chave: Acidente de trabalho; risco ocupacional em enfermagem; saúde do trabalhador; subnotificação de acidentes de trabalho. ABSTRACT: This study was accomplished in a hospital of a city of São Paulo State Brazil, and its goal was to identify the occurrence and underreporting of occupational accidents among nursing workers, during the period from July 1996 to July For data collection, 46 subjects were interviewed with the use of a questionnaire. The results evidenced the occurrence of occupational accidents in 37 (80,4%) workers and the underreporting of these accidents in 34 (91,9%) of them. Most of the underreported accidents (34,4%) were hurts by perforating/cutting material. The results show the need of health promotion and accident prevention actions among health workers as well as the need of actions to stimulate accident reporting. Keywords: Occupational accidents; occupational risks in nursing; occupational health; occupational accidents underreporting. INTRODUÇÃO Este artigo constitui parte de um estudo *** realizado em um hospital de uma pequena cidade do interior do estado de São Paulo. É conhecido que o trabalho de enfermagem em hospitais, por suas características, expõe o trabalhador a inúmeros riscos. Entre os riscos existentes, os biológicos representam importante problema tanto para o paciente (infecções hospitalares) como para trabalhadores dessas instituições (acidentes do trabalho). A infecção por vírus HIV e as Hepatites tipos BeCconstituem ameaças para esses trabalhadores por estarem relacionadas principalmente com possíveis acidentes do trabalho envolvendo materiais perfurantes e cortantes contaminados e exposição de mucosas a fluidos orgânicos 1,2,3. Sendo assim, é importante que ações preventivas desses acidentes sejam implementadas junto a esses trabalhadores, quer ao nível individual como coletivo, a fim de que se possa quebrar a cadeia de transmissão de doenças 1,4. Uma das formas mais importantes de se elaborar e implementar medidas de prevenção de acidentes do trabalho é através do registro dos acidentes ocorridos. Por isso, para efeito de prevenção, não só os acidentes fatais ou os que conduzem à redução ou perda da capacidade para o trabalho devem ser informados através de Comunicação de Acidentes do Trabalho (CAT) impresso para comunicação oficial de acidentes do trabalho no Brasil - mas também as ocorrências que não determinam afastamento, e mesmo as que não produzem lesão 5,6,7. R Enferm UERJ 2003;11: p.59

2 Acidentes do trabalho e subnotificação em enfermagem Proporcionar dados relativos ao número de acidentes do trabalho, analisar a sua distribuição segundo as características da ocorrência e das vítimas e apresentar os resultados através de estatísticas constituem base indispensável para a indicação, aplicação e controle de medidas prevencionistas 7. Para que esses dados sejam utilizados, principalmente na adoção de medidas preventivas, é imperioso que exista um sistema organizado de notificação de acidentes do trabalho dentro das empresas. Porém, essa recomendação nem sempre é observada, o que resulta em registros pouco confiáveis, isto é, a subnotificação ou o subregistro de acidentes do trabalho. Considerando a natureza dos acidentes do trabalho que mais comumente ocorrem entre o pessoal de enfermagem, é preciso destacar a importância desse sistema de comunicação, visto que, embora possam acarretar conseqüências graves aos trabalhadores, geralmente produzem lesão pequena (ex.: cortes e perfurações) ou ainda não produzem lesão (ex.: respingos de fluidos orgânicos em mucosas), favorecendo sua subnotificação. Ademais, existe ainda o fato de que, por mais que sejam identificados determinados acidentes de acordo com a natureza do trabalho, a forma como ocorrem e o que os ocasiona podem revelar particularidades importantes que exijam intervenções em diferentes níveis, o que reforça a necessidade de um sistema de notificação para esses acidentes nas instituições, bem como constantes pesquisas abordando esse aspecto, visando a divulgação de novas experiências e novas possibilidades de abordagem nessa área. Considerando a estrutura de um hospital situado em uma pequena cidade do interior paulista, torna-se pertinente o questionamento de como seria a realidade referente à questão da abordagem dos acidentes do trabalho em instituições hospitalares dos centros menores, onde, supostamente, diferente dos hospitais-escola de centros maiores, estudos não são realizados rotineiramente e, conseqüentemente, a informação pode não ocorrer com a mesma velocidade; a formação do pessoal de enfermagem em termos de qualificação profissional pode também estar em prejuízo devido às dificuldades de deslocamento para outros centros que oferecem cursos profissionalizantes, entre outros. Diante do exposto, considera-se importante a realização deste estudo, que objetivou identificar a ocorrência de acidentes do trabalho (típicos) e de sua subnotificação, analisando o tipo de acidente do trabalho subnotificado. Os fatores que contribuem para a subnotificação desses acidentes junto aos trabalhadores serão abordados em estudo posterior. METODOLOGIA Trata-se de estudo, tipo survey descritivo, sobre ocorrência e subnotificação de acidentes do trabalho entre a equipe de enfermagem. Optou-se por este tipo de estudo pela possibilidade de descrever com clareza e exatidão aspectos de determinada situação 8,9. O estudo foi realizado em um hospital de uma cidade do interior paulista, cuja economia é voltada para a agroindústria canavieira e que conta com um número de aproximadamente habitantes. O hospital contava com 69 leitos ativos para internação, um centro cirúrgico e um centro obstétrico, uma central de materiais e esterilização e um pronto socorro. Seu quadro funcional era de 114 (100%) empregados, sendo 51 (44,7%) componentes da equipe de enfermagem. A população-alvo corresponde a 51 sujeitos, trabalhadores de enfermagem que atuavam no hospital no período da coleta de dados 8. Estabeleceu-se que fariam parte do estudo trabalhadores de ambos os sexos, lotados no serviço de enfermagem, que estivessem exercendo suas atividades laborais no período determinado para a realização da coleta de dados e que aceitassem participar do estudo. Observados tais critérios, a população de acesso foi definida com 49 indivíduos e a amostra foi reduzida para 46 indivíduos. Primeiramente foi realizado levantamento junto ao Departamento de Pessoal da instituição, que constatou a inexistência de comunicações de acidentes através de CAT para o pessoal de enfermagem. Os registros existentes tiveram seu início em 06 de agosto de 1993, data da implantação da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA) na empresa. Esses registros constavam das atas das reuniões dessa comissão. Diante da situação, optou-se, então, por realizar o levantamento retrospectivo junto ao pessoal de enfermagem, através de relatos das informações sobre acidentes ocorridos nos últimos 24 meses, utilizando-se um formulário, constituído de perguntas fechadas e aber- p.60 R Enferm UERJ 2003;11:59-63

3 tas aplicado por uma entrevistadora, acadêmica do 4º ano de enfermagem, que recebeu treinamento para a coleta de dados. As entrevistas foram realizadas no mês de julho de Foi solicitada, oficialmente, autorização para a coleta de dados, através de encaminhamento de ofício à Comissão de Ética e à Administração do hospital. A entrevista foi também autorizada pelo trabalhador e foi garantida a privacidade de seus dados de identificação. RESUL ESULTADOS E DISCUSSÃO Em relação à identificação profissional dos sujeitos da amostra, verificou-se que 22 (47,8%) trabalhadores eram atendentes de enfermagem e estavam buscando qualificação profissional através de curso de auxiliar de enfermagem, seguidos de 18 (39,1%) auxiliares de enfermagem, 05 (10,9%) técnicos de enfermagem, 01 (2,17%) enfermeiro. Constata-se aqui a existência de atendentes de enfermagem atuando nos serviços (embora, neste caso, buscando qualificação profissional). De acordo com dados oficiais, embora seja uma categoria não mais prevista na Lei do Exercício Profissional - Lei nº7.498, de ainda é encontrada nos serviços de saúde em toda extensão do território nacional, particularmente nas regiões mais carentes 10,11. Ressalta-se o pequeno número de enfermeiros participantes do estudo, o que pode ser justificado pelo fato de que, do total de 51(100%) trabalhadores da enfermagem da instituição, apenas 02 (3,9%) são enfermeiros. Esse fato chama a atenção para a inexistência de enfermeiros durante todo o período de funcionamento da instituição de saúde, conforme normatizado pela Resolução 146, do Conselho Federal de Enfermagem 12. Considerando a amostra de 46 (100%) trabalhadores de enfermagem, quando questionados quanto à ocorrência de acidentes do trabalho nos últimos 24 meses, 37 (80,4%) responderam afirmativamente e apenas 9 (19,6%) negaram tal fato. Quanto à referência da subnotificação de acidentes do trabalho, do total de 37(100,0%) trabalhadores acidentados, 34 (91,9%) referiram já ter deixado de notificar os acidentes do trabalho. Esse quantitativo é ainda mais elevado do que o encontrado por Medrado-Faria et al. 13, em estudo sobre acidentes do trabalho ocorridos entre a população de Cubatão, cujos dados coletados através de entrevistas domiciliares indicaram que apenas 25,9% dos casos tiveram registro dos acidentes no Instituto Nacional de Previdência Social, contra 74,1% não registrados. Benatti 14, em estudo realizado em um hospital na cidade de Campinas - SP, investigou os acidentes do trabalho quanto à sua notificação por meio da CAT e detectou que, no total, 49,5% dos acidentes não haviam sido notificados. A autora comenta que em vários casos os trabalhadores não sabiam onde notificar o acidente, percorrendo caminhos sempre diversos, e muitas vezes interrompiam a notificação face às dificuldades deparadas em seu percurso. No estudo de Jansen 15, realizado em um hospital universitário da cidade de Uberlândia, 57% dos acidentes do trabalho ocorridos não haviam sido notificados. Silva 16, em estudo em um hospital da cidade de São Paulo, considerou que os acidentes que aparentemente sugeriam pouca gravidade, como picadas com agulhas e pequenos cortes que eram tratados na própria unidade do trabalho, eram subnotificados pelos trabalhadores de enfermagem, que referiram falta de tempo e não percepção da gravidade de alguns acidentes. Essa autora detectou também que o ato da comunicação dos acidentes do trabalho através de CAT causava nos trabalhadores certa intimidação, pois era interpretado pelos próprios trabalhadores como uma oportunidade para se conseguir afastamento. Suazo 17, em estudo sobre acidentes do trabalho na cidade chilena de Concepción, observou que esses eventos eram reduzidos, o que denotava sua subnotificação. Quanto ao tipo de acidente do trabalho subnotificado, os dados encontram-se na tabela 1. Observa-se neste estudo significativa subnotificação de acidentes envolvendo materiais cortantes e/ou perfurantes, bem como exposição a fluidos orgânicos. A ocorrência desse tipo de acidente isoladamente, bem como sua subnotificação e suas conseqüências em relação à saúde dos trabalhadores também são abordadas em outros estudos realizados entre profissionais de enfermagem 3,14,16,17,18,19,20,21. Figueiredo 20 demonstrou, em seu estudo sobre a opinião dos servidores de um hospital-escola relativo a acidentes com materiais perfurantes e cortantes, que 38,4% do pessoal de enfermagem consideraram que menos de 40% desses aci- R Enferm UERJ 2003;11: p.61

4 Acidentes do trabalho e subnotificação em enfermagem TABELA 1: Número e porcentagem de respostas dos sujeitos da pesquisa segundo o tipo de acidente do trabalho subnotificado, no período de julho de 1996 a julho de dentes são notificados. Benatti 14 refere que os acidentes por esse tipo de material foram subnotificados em seu estudo no índice de 46,3%. Brandi et al. 3 referem que a maioria dos acidentes com material perfurocortante ocorridos entre o pessoal de enfermagem de um hospital público de Campinas não foi notificada. Esses dados merecem destaque pela gravidade que podem representar, principalmente se for considerado o risco de contaminação pelos vírus da imunodeficiência humana (HIV) e das Hepatites BeC. Tendo em vista os achados, no hospital que serviu de campo para esta pesquisa, foram adotadas medidas de promoção da saúde do trabalhador como: vacinação contra hepatite B, organização do processo de encaminhamento do trabalhador acidentado com risco de contaminação por vírus como o HIV e das hepatites dos tiposbecpara acompanhamento em centro de referência, sendo o transporte responsabilidade da instituição e organização junto a CIPA e Departamento de Pessoal de ações facilitadoras da comunicação dos acidentes do trabalho, como a informação aos trabalhadores através de aulas e palestras proferidas por especialistas, bem como elaboração de instrumento para comunicação e coleta de dados sobre os acidentes, distribuição e orientação sobre os mesmos nos postos de trabalho. CONCLUSÃO De acordo com os objetivos propostos, concluiuse que: - 37 (80,4%) trabalhadores de enfermagem referiram a ocorrência de acidentes do trabalho, no período de 1996 a (91,9%) dos trabalhadores acidentados mencionaram ter subnotificado acidentes do trabalho, no período de 1996 a A maioria dos acidentes não comunicados foi causada por materiais cortantes ou perfurantes. - A subnotificação desses eventos corrobora a assertiva de que são dificultadas as ações que visam a prevenção e o registro desses acidentes, o que resulta na desproteção legal do trabalhador. Há que se buscar suas causas junto aos trabalhadores. A conclusão desta pesquisa possibilitou intervenções no hospital em estudo, visando a promoção da saúde do trabalhador, tais como vacinação contra hepatite B, organização do processo de encaminhamento do trabalhador acidentado com risco de contaminação por vírus como o HIV e das hepatites dos tipos BeCpara acompanhamento em centro de referência. REFERÊNCIAS 1.Takayanagui AMM. et al. Biossegurança, enfermagem e os resíduos de serviços de saúde. Rev Bras Saúde Ocup 1993; 21: Barbosa A. Hospitais: fontes de saúde ou de riscos? Rev Saúde (Brasília DF) 1995; 6: Brandi S, Benatti MC, Alexandre NMC. Ocorrência de acidente do trabalho por material perfurocortante entre trabalhadores de enfermagem de um hospital universitário da cidade de Campinas, estado de São Paulo. Rev Esc Enferm USP (São Paulo) 1998; 32: Bulhões I. Riscos do trabalho de enfermagem. Rio de Janeiro: Folha Carioca; Thame ACM. Acidente do trabalho: um péssimo negócio. p.62 R Enferm UERJ 2003;11:59-63

5 Piracicaba: CEDIMAT; Carmo JC et al. Acidentes do trabalho. In: Mendes R. Patologia do trabalho. Rio de Janeiro: Atheneu; Aquino JD. Considerações críticas sobre a metodologia de coleta e obtenção de dados de acidentes do trabalho no Brasil [dissertação de mestrado]. São Paulo (SP): Universidade de São Paulo; Polit DF, Hungler BP. Fundamentos de pesquisa em enfermagem. 3 a ed. Porto Alegre: Artes Médicas; Triviños ANS. Introdução à pesquisa em ciências sociais: a pesquisa qualitativa em educação. São Paulo: Atlas; Conselho Federal de Enfermagem (Br). Lei nº 7.498, de 25 de junho de 1986, que dispõe sobre a regulamentação do exercício da Enfermagem e dá outras providências. In: COFEN. Documentos Básicos de Enfermagem enfermeiros, técnicos, auxiliares: principais leis e resoluções que regulamentam o exercício profissional de Enfermeiros, Técnicos e Auxiliares de Enfermagem. São Paulo: COREN - SP; p Secretaria de gestão de investimento em saúde (Br). Projeto de profissionalização de trabalhadores da área de enfermagem. PROFAE. Formação (Brasília-DF) 2001; 1: Conselho Federal de Enfermagem (Br). Resolução COFEn-146, de 01 de junho de 1992, que normatiza em âmbito Nacional a obrigatoriedade de haver Enfermeiro em todas as unidades de serviço onde são desenvolvidas ações de Enfermagem durante todo o período de funcionamento da instituição de saúde. In: COFEN. Documentos Básicos de Enfermagem enfermeiros, técnicos, auxiliares: principais leis e resoluções que regulamentam o exercício profissional de Enfermeiros, Técnicos e Auxiliares de Enfermagem. São Paulo: COREN SP; p Medrado-Faria MA. et al. Saúde e Trabalho: acidentes do trabalho em Cubatão. Rev Bras Saúde Ocup 1983; 11: Benatti, MCC. Acidente do trabalho em um hospital universitário: um estudo sobre a ocorrência e os fatores de risco entre trabalhadores de enfermagem. [tese de doutorado]. São Paulo (SP): Universidade de São Paulo; Jansen AC. Um novo olhar para os acidentes de trabalho na enfermagem: a questão do ensino [dissertação de mestrado]. Ribeirão Preto (SP): Universidade de São Paulo; Silva VEF. O desgaste do trabalhador de enfermagem: relação trabalho de enfermagem e saúde do trabalhador [tese de doutorado]. São Paulo: Universidade de São Paulo; Suazo SVV. Contribuição ao estudo sobre acidentes de trabalho que acometem as trabalhadoras de enfermagem em hospitais chilenos [tese de doutorado]. Ribeirão Preto (SP): Universidade de São Paulo; Monteiro MS et al. Acidentes do trabalho entre o pessoal de enfermagem de um hospital universitário. Rev Bras Enferm 1987; 40: Santos WDF et al. Acidentes típicos de trabalho em pessoal de enfermagem. Fatores associados. Rev Bras de Saúde Ocup 1989; 17: Figueiredo RM. Opinião dos servidores de um hospital escola a respeito de acidentes com material perfurocortante na cidade de Campinas SP. Rev Bras Saúde Ocup 1992; 20: Souza M, Vianna LAC. Incidência de acidentes de trabalho relacionada com a não utilização das precauções universais. Rev Bras Enferm 1983; 46: ACCIDENTES DE TRABAJO Y SUBNOTIFICACIÓN ENTRE TRABAJADORES DE ENFERMERÍA RESUMEN: Se trata de un estudio realizado en un hospital filantrópico de una ciudad del interior del estado de São Paulo Brasil, con el objetivo de identificar la ocurrencia y la subnotificación de accidentes del trabajo por trabajadores de enfermería, en el período de julio de 1996 a julio de La colecta de datos fue realizada llenándose un formulario aplicado en entrevista y la muestra se compuso de 46 trabajadores. Los resultados dejaron en evidencia que 37 (80,4%) trabajadores de enfermería relataron la ocurrencia de accidentes del trabajo y entre estos trabajadores 34 (91,9%) relataron que habían subnotificado el accidente. Entre los accidentes subnotificados, predominaron (34,4%) las heridas con material cortante y/o punzante. Concluimos que es considerable el número de accidentes de trabajo y de su subnotificación entre los trabajadores de esta institución, y se hace necesario proveer acciones de promoción de la salud de los trabajadores y de prevención de accidentes que favorescan la notificación de los mismos. Palabras clave: Accidente de trabajo; riesgo del trabajo; salud del trabajador; subnotificación de accidentes de trabajo. Recebido em: Aprovado em: NOTAS AS * Enfermeira. Doutoranda do Programa Interunidades de Doutoramento da EERP-USP. Endereço para correspondência: Av. Cap. Francisco B.G. Macota, 361. B. Nova Aparecida. Jaboticabal SP. CEP: Fone: (16) alvesnapoleao@aol.com ** Enfermeira. Professora Titular da EERP-USP. Endereço: Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto - Av. dos Bandeirantes, 3900 Campus USP CEP.: Ribeirão Preto-SP. Fone: (16) avrmlccr@eerp.usp.br *** Dados parciais de Dissertação de Mestrado apresentada à Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto da USP, Centro Colaborador da OMS para o desenvolvimento da pesquisa em enfermagem, em março de R Enferm UERJ 2003;11: p.63