O QUE TEM SE ESTUDADO SOBRE A OCORRÊNCIA DE ACIDENTES DE TRABALHO COM MATERIAIS PERFUROCORTANTES EM PROFISSIONAIS DE ENFERMAGEM
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- Teresa Molinari Palmeira
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1 1 O QUE TEM SE ESTUDADO SOBRE A OCORRÊNCIA DE ACIDENTES DE TRABALHO COM MATERIAIS PERFUROCORTANTES EM PROFISSIONAIS DE ENFERMAGEM Aline Silva Reis* Daniela Neves Mendes** RESUMO: A enfermagem é considerada a categoria profissional, no ambiente de saúde, de maior exposição a acidentes de trabalho com materiais perfurocortantes. O presente estudo tem como objetivo identificar e analisar o que tem se estudado sobre acidente de trabalho com materiais perfurocortantes em profissionais de enfermagem. Esta pesquisa é de natureza exploratória, do tipo bibliográfica, cuja busca foi realizada por meio de base de dados e da biblioteca da Atualiza Cursos. A ocorrência dos acidentes com artigos perfurocortantes pode acarretar em conseqüências à saúde física e mental dos trabalhadores, desde a infecção pelo vírus da Hepatite B (HBV), Hepatite C (HCV), e AIDS (HIV), como a repercussões psicossociais com mudanças nas relações sociais, familiares e do trabalho. As agulhas foram apontadas como objetos causadores do maior número de acidentes. Diante disso, nota-se a importância da utilização dos equipamentos de proteção individual e coletiva, da implementação de programas de prevenção e conscientização de práticas seguras e o incentivo a educação continuada. Palavras-chave: Acidente. Trabalho. Enfermagem. Material perfucortante. * Bacharel em Enfermagem, Pós-graduanda em Enfermagem do Trabalho Atualiza Pós-Graduação alynereis@hotmail.com ** Bacharel em Enfermagem, Pós-graduanda em Enfermagem do Trabalho Atualiza Pós-Graduação daninmendes@gmail.com
2 2 1. INTRODUÇÃO Os profissionais de enfermagem desempenham um trabalho de assistência direta e contínua ao paciente, expondo-se assim a inúmeros riscos ocupacionais causados por fatores químicos, físicos, mecânicos, biológicos, ergonômicos, dentre outros, o que podem acarretar em doenças ocupacionais e acidentes de trabalho. Dentre as categorias profissionais que atuam em ambientes de saúde, a enfermagem é considerada a de maior exposição a acidentes com materiais biológicos. Três fatores contribuem para essa vulnerabilidade: é o maior grupo nos serviços de saúde, é a categoria profissional que permanece mais tempo de trabalho em contato direto assistindo o paciente e é também a que desenvolve com mais freqüência procedimentos invasivos, atividade que expõe a riscos ocupacionais recorrentes. (SENAC, 2009). O termo risco é empregado no sentido de probabilidade de ocorrência de um dano à saúde. Existem diversos tipos de riscos presentes no ambiente de trabalho, que podem variar de acordo com o serviço produzido, podendo ser minimizados por medidas de proteção coletiva ou equipamentos de proteção individual. O Ministério da Saúde agrupa os riscos em cinco: físicos, químicos, biológicos, mecânicos e de acidentes, e o grupo de ergonômicos e psicossociais. (RIBEIRO, 2008) O reconhecimento do risco profissional define-se em prever situações ou eventos que poderão acarretar em perdas e danos, baseado em conhecimento prévio ou estimado com objetivo de adotar condutas para minimizar os riscos. Desta forma, o acidente corresponde a interferência do ambiente, instrumentos e máquinas no bem estar e na saúde do profissional. (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2001). De acordo com a Lei 6.367/76, Acidente do trabalho será aquele que ocorrer pelo exercício do trabalho, a serviço da empresa, provocando lesão corporal, perturbação funcional ou doença que causa a morte ou a redução permanente ou temporária, da capacidade para o trabalho. (CARVALHO, 2001)
3 3 Segundo o Ministério da Saúde (2006) acidente de trabalho inclui-se ainda o acidente ocorrido em qualquer situação em que o trabalhador esteja representando os interesses da empresa, bem como aquele ocorrido no trajeto entre a residência e o local de trabalho. Os acidentes com materiais perfurocortantes, no ambiente hospitalar, são freqüentes entre os profissionais da equipe de enfermagem, devido aos inúmeros materiais utilizados na execução de procedimentos, tais como: agulhas, cateteres, lâminas, frasco-ampolas, entre outros. O acidente de trabalho com instrumentos cortantes ocasiona alterações na estrutura física do profissional em virtude das perfurações e/ou cortes decorrentes de materiais desta natureza. Com efeito, pode ocasionar uma possível infecção pelo vírus da hepatite B, C e da AIDS, e também mudanças psicossociais em virtude da necessidade de acompanhamento sorológico. (LIMA; PINHEIRO; VIEIRA, 2007). A escolha da temática deu-se em razão da alta freqüência de acidentes de trabalho com materiais perfurocortantes entre os profissionais de enfermagem, mesmo havendo equipamentos de proteção individual e coletiva. Desta forma, o presente estudo tem como objetivo identificar e analisar o que tem se estudado sobre acidentes de trabalho com materiais perfurocortantes em profissionais de enfermagem. 2. METODOLOGIA Este estudo é de natureza exploratória que visa proporcionar um maior conhecimento para o pesquisador acerca do assunto. Segundo Gil (2002), a pesquisa exploratória é uma leitura do material bibliográfico que tem por objetivo verificar em que medida a obra consultada interessa à pesquisa. O tipo de delineamento adotado neste estudo foi a pesquisa bibliográfica, que é desenvolvida com base em material já elaborado, constituído principalmente de livros e artigos científicos.
4 4 Para a seleção dos artigos foram estabelecidos critérios de inclusão como: artigos completos, publicados no idioma português, nos últimos dez anos em periódicos e referências disponíveis em base de dados eletrônicas Scientific Eletrnic Library Online (SCIELO) e Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde e na biblioteca da Atualiza Cursos. A coleta de dados, que ocorreu entre os meses de outubro de 2011 a dezembro de 2011, foi feita a partir dos seguintes descritores: acidente, trabalho, enfermagem, material perfucortante. Após a consulta na base de dados e leitura do resumo dos artigos, selecionou-se inicialmente 26, que estavam associados ao tema proposto. Posteriormente os textos foram analisados na íntegra e escolhidos apenas 10 artigos que nos auxiliaram na construção desta pesquisa. 3. DESENVOLVIMENTO O ambiente de trabalho hospitalar tem sido considerado insalubre, por conter pacientes portadores de diversas patologias infectocontagiosas e viabilizar muitos procedimentos que geram riscos de acidentes e doenças para os trabalhadores da saúde. Além de prover o cuidado básico, muitos são centros de ensino e pesquisa. Como resultado, existem riscos potenciais aos quais os trabalhadores hospitalares se expõem, dependendo da atividade que desenvolvem. (NISHIDE; BENATTI; ALEXANDRE, 2004). O Ministério da Saúde classifica os riscos em 5 tipos: Físicos (ruídos, vibração, pressões anormais, temperaturas extremas, radiação ionizante e não ionizante, infra e ultrassom, luminosidade e umidade); Químico (poeira, fumo, névoa, neblina, gases ou vapores); Mecânico (arranjo físico inadequado, máquinas e equipamentos sem proteção, ferramentas inadequadas, eletricidade, probabilidade de incêndios ou explosões); Ergonômicos (esforço físico intenso, levantamento e transporte manual de peso, posturas inadequadas, repetitividade, controle rígido de produtividade, trabalho em turno e noturno, jornada de trabalho prolongada); Psicossociais (pressão da chefia, acúmulo de tarefas, tarefas monótonas, tarefas perigosas, grau de atenção exigido) e Biológicos (parasitas, bactérias, vírus e outros microorganismos). (RIBEIRO, 2008).
5 5 As instituições hospitalares brasileiras começaram a se preocupar com a saúde dos trabalhadores no início da década de 70, quando os pesquisadores da Universidade de São Paulo enfocaram a saúde ocupacional de trabalhadores hospitalares. Historicamente, os profissionais de saúde não eram considerados como categoria profissional de alto risco para acidente de trabalho. A preocupação com os riscos biológicos surgiu somente a partir da epidemia do HIV/AIDS nos anos 80, onde foram estabelecidas normas para questões de seguranças no ambiente do trabalho. (NISHIDE; BENATTI; ALEXANDRE, 2004). No estudo de Marziale; Nishimura; Ferreira (2004), as agulhas foram objetos causadores do maior número de acidentes, entretanto merece destaque que não apenas a manipulação das agulhas, ou cateteres venosos, constituem risco, mas também a forma e o local de descarte do material perfurocortante. O que se confirma também na pesquisa de Nishide; Banatti; Alexandre (2004), que afirma que as agulhas aparecem como principal causa de acidente perfurante entre os trabalhadores de enfermagem (40%). Já em relação aos procedimentos que mais causam acidente com material perfurocortante, a análise de Ribeiro et al (2009) relata que a realização de glicemia capilar foi apontada como principal causa de acidentes no momento do reencape de agulhas. Também ocorreram acidentes associados a retirada de punção venosa por motivo de descuido ou distração, e na aspiração de medicação, que ocorreram situações de acidentes relacionadas à pressa e à emergência. De acordo a pesquisa de Nishide; Banatti; Alexandre (2004), entre as categorias de enfermagem acometidas por acidente de trabalho foi o auxiliar de enfermagem quem mais sofreu acidentes (48%), seguido pelo enfermeiro (43%) e técnico de enfermagem (39%). Contudo, segundo Vieira; Padilha (2008), é importante ressaltar que a ocorrência de acidentes de trabalho não está relacionada apenas ao nível de formação, mas também ao treinamento, capacitação e recursos materiais disponíveis.
6 6 Em relação aos motivos contribuintes para a ocorrência de acidentes de trabalho por perfurocortante, Oliveira; Gonçalves (2010) cita como principal a falta de atenção, seguido de má condições de trabalho, descuido, pressa e acaso/azar. A falta de atenção no planejamento e na execução das atividades, a não observância das normas de biossegurança, quer seja pela ausência ou pelo uso inadequado dos equipamentos de proteção, além da sobrecarga de atividades pelo número reduzido de profissionais para prestação do cuidado de enfermagem são fatores que estão associados ao potencial de risco para acidentes biológicos por material perfurocortante. (ALVES; PASSOS; TOCANTINS, 2005) Dentre os fluidos corporais, o sangue é reconhecido como o mais importante veículo de transmissão ocupacional dos vírus da Hepatite B (HBV), Hepatite C (HCV), e AIDS (HIV). Conforme os Centers for disease Control and Prevention CDC, o risco de contaminação ocupacional pelo HIV é de 0,3%, pelo vírus da Hepetite B é de 6% a 30%, e o risco de contaminação pela Hepatite C é de 0,5% a 2%. (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2004). Simão et al (2010), acrescenta em seu estudo que quanto aos fluidos orgânicos envolvidos, foi possível verificar que o sangue esteve presente em 82,6% dos acidentes, seguido da urina em 8,7% e de outros fluidos em 8,7%. Quando ocorre um acidente com material biológico, o paciente-fonte deverá ser avaliado quanto à infecção pelo HIV, hepatite B e hepatite C, no momento da ocorrência do acidente. Caso a fonte seja conhecida, mas sem informação de seu status sorológico, é necessário orientar o profissional acidentado sobre a importância da realização dos exames HBsAg, Anti-HBc, Anti-HCV e Anti-HIV. Deve ser utilizado o teste rápido para HIV, sempre que disponível, junto com os exames acima especificados. Caso haja recusa ou impossibilidade de realizar os testes, considerar o diagnóstico médico, sintomas e história de situação de risco para aquisição de HIV, HBC e HCV. (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2006)
7 7 Em caso de acidente com material perfurocortante potencialmente contaminado pelo HIV inicia-se o esquema quimioprofilático conforme recomendado pelo Ministério da Saúde. Antes do início do mesmo é necessário realizar algumas medidas: lavar a lesão com água corrente ou soro fisiológico (no caso de exposição de mucosas); notificar à chefia e à Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH); realizar coleta de sangue imediata para sorologia pela CCIH, preservando o sigilo do trabalhador acidentado; notificar ao médico do trabalho para registro da Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT). (HINRICHSEN apud VIEIRA; PADILHA, 2008). As medidas adotadas frente ao acidente dependem da análise das características dos mesmos, ou seja, pelo volume de inoculação, profundidade da penetração da agulha ou objeto cortante, tipo e formato da agulha (a agulha oca possui maior risco) e a inoculação de sangue, títulos circulantes do paciente fonte e a relativa imunidade do trabalhador. (MARZIALE; NISHIMURA; FERREIRA, 2004). A consequência da exposição ocupacional aos patógenos transmitidos pelo sangue não esta somente relacionada a infecção. O acidente pode ainda desencadear repercussões psicossociais levando a mudanças nas relações sociais, familiares e de trabalho. (MARZIALE; NISHIMURA; FERREIRA, 2004). Lima; Pinheiro; Vieira (2007), relatam em seu estudo que a manifestação dos sentimentos de angústia, ansiedade, desespero, atenção e tristeza decorre do medo de terem sido, possivelmente, infectados pelo vírus HIV no primeiro momento e, depois, pelo da hepatite B e C, em detrimento de alterações contínuas no modo de viver, oriundas da infecção por estes vírus. Assim, a alteração no estilo de vida e a reflexão acerca do fato de estar infectado ou não provoca o afloramento de sentimentos e emoções. Muitas vezes os acidentes não são notificados e os profissionais não fazem os exames necessários. Alguns dos motivos que envolvem a falta de notificação é a burocracia, o stress e a insegurança. Quando ocorre um acidente há uma situação de stress muito grande, onde os profissionais de enfermagem se vêem preocupados com sua própria saúde, e para não se exporem para colegas e chefias, muitos preferem deixar passar despercebido o acidente, a se
8 8 submeterem a fazer exames laboratoriais e ficarem esperando por seis meses os resultados de exames para confirmarem se adquiriram ou não alguma patologia durante esse contato. (LIMA, 2003). Frente a gravidade da exposição dos profissionais de enfermagem a riscos de acidentes com materiais biológicos e suas possíveis conseqüências, faz-se necessário tomar medidas preventivas como normas e procedimentos seguros, tais como a adoção de uso de equipamento de proteção individual (EPI), vacinação e treinamentos. Os equipamentos de proteção individual constituem uma barreira protetora para o trabalhador. São eles: óculos, luvas, máscaras, roupas especiais e outros. Segundo Lima (2003), existem fatores que levam os profissionais da área da saúde a não usar as precauções universais para desenvolver suas ações e procedimentos, e quando ocorre algum acidente o mesmo não é notificado. Constantemente, durante a agitação do dia a dia, os profissionais de enfermagem, por vários motivos, deixam de usar os equipamentos de proteção individual (EPIs) e acabam se acidentando com material pérfuro-cortante facilitando o contato direto com sangue e/ou fluídos corporais dos pacientes. Nishide; Banatti; Alexandre (2004), relata que em relação à utilização dos Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), no momento do acidente, 40% dos trabalhadores faziam uso e 60% não o utilizavam, observando então que os trabalhadores avaliam o procedimento e julgam a necessidade de uso do EPI, desvalorizando a eficácia do seu uso como medida preventiva dos acidentes ocupacionais. Este fato, confirma-se também no estudo de Ribeiro et al (2009), onde dentre os doze profissionais pesquisados que sofreram acidente, 75% referiram não usar EPI. Desta forma, a crescente preocupação com a transmissão de doença infectocontagiosa através de acidentes com materiais perfurocortantes fez com que, na maioria dos hospitais, sistemas de vigilância epidemiológica fossem criados. (MINISTÉRIO DE SAÚDE, 2004).
9 9 O Ministério do trabalho e emprego (MTE) instituiu a norma regulamentadora NR32 Segurança e Saúde no Trabalho em Serviços de Saúde, que define a implementação de medidas de proteção à segurança e à saúde do trabalhador em serviços de saúde, principalmente voltados para os riscos a que estes profissionais estão expostos. (MINISTÉRIO DO TRABALHO E EMPREGO, 2005). Todos os casos de acidente com material biológico devem ser comunicados ao INSS por meio da Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT) e ao Ministério da Saúde por meio do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), conforme previsto na Portaria n.º 777, de 28 de abril de 2004, do Ministério da Saúde (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2006). No estudo de Nishide; Benatti; Alexandre (2004), houve alta percentagem de casos de acidentes do trabalho (83%) não notificados. Os motivos alegados foram: acidente sem risco, contato de sangue, de fluido corpóreo ou de excreta em pele íntegra, muita burocracia, acidente não grave, desinteresse, medo, plantão corrido com intercorrências. 4. CONSIDERAÇÕES FINAIS A análise dos artigos permitiu a identificação de que o principal material associado a ocorrência do acidente percutâneo são as agulhas, principalmente através do reencape das mesmas, e ainda que, em relação a categoria profissional, os auxiliares de enfermagem são os mais acometidos por exercerem na maior parte do tempo administração de medicamentos, curativos e outros procedimentos que os mantêm em constante contato com materiais perfurocortantes. A ocorrência dos acidentes com artigos perfurocortantes pode acarretar em conseqüências à saúde física e mental dos trabalhadores, tendo repercussões psicossociais com mudanças nas relações sociais, familiares e do trabalho. O cuidado na manipulação de materiais perfurocortantes é fundamental para evitar acidentes. Ressalta-se também a importância da utilização dos equipamentos de proteção
10 10 individual e coletiva, da implementação de programas de prevenção e conscientização de práticas seguras e o incentivo a educação continuada. A decisão de tomada de práticas seguras no exercício das atividades de enfermagem necessita ser bastante discutido pela equipe responsável pelas ações de educação continuada, apesar dos profissionais apresentarem certo conhecimento acerca deste tema. Trabalhar com atenção, concentração e cuidado devem ser medidas a serem tomadas a fim de minimizar ou reduzir os riscos de acidentes de trabalho. A falta de atenção, o estresse o cansaço, a fadiga, a tensão e o descuido dos profissionais são fatores oriundos da condição vivenciada no meio hospitalar o qual exige do profissional uma concentração redobrada por estarem prestando assistência hospitalar contínua. Contudo o equilíbrio emocional é imprescindível para a atuação da equipe de enfermagem de forma eficiente, com redução de riscos a saúde ocupacional.
11 11 ABSTRACT: Nursing is considered the professional category, environmental health, greater exposure to workplace accidents with sharps. The present study aims to identify and analyze what has been studied on accidents at work with sharps in nursing professionals. This research is exploratory in nature, like literature, whose search was performed using the database and updates the library of courses. The occurrence of accidents with sharp items can result in consequences to physical and mental health workers from infection with the hepatitis B virus (HBV), Hepatitis C virus (HCV) and AIDS (HIV) as the psychosocial effects with changes in social, family and work. The needles were identified as objects that cause the greatest number of accidents. Therefore, it is noted the importance of using personal protection equipment and collective implementation of prevention programs and awareness of security and encouraging continuing education Keywords: Accident. Labor. Nursing. Cutting Material.
12 12 REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS ALVES, S.S.M.; PASSOS, J.P.; TOCANTINS, F.R. Acidentes com perfurocortantes em trabalhadores de enfermagem: uma questão de biossegurança. Rev. Enferm. UERJ, Rio de Janeiro, 2009 Jul/Set; 17(3): CARVALHO, G.M. Enfermagem do trabalho. São Paulo: EPU, GIL, A. C. Como elaborar projetos de pesquisa. São Paulo: Atlas, 2002; Lima C, Cunha ICKO. Acidente com material pérfuro-cortante. Rev Enferm UNISA 2003; 4: LIMA, Fernanda Aragão; PINHEIRO, Patrícia Neyva da Costa e VIEIRA, Neiva Francenely Cunha. Acidentes com material perfurocortante: conhecendo os sentimentos e as emoções dos profissionais de enfermagem. Esc. Anna Nery 2007 Jun; 11(2): MARZIALE, M.H.P.; RODRIGUES, C.M. A produção científica sobre os acidentes de trabalho com material perfurocortante entre trabalhadores de enfermagem. Rev. Latino-Am. Enfermagem 2002 Jul/Ago; 10(4): MARZIALE, M.H.P.; NISHIMURA, K.Y.N; FERREIRA, M.M. Riscos de contaminação ocasionados por acidentes de trabalho com material perfurocortante entre trabalhadores de enfermagem. Rev Latino-Am Enfermagem. 2004; 12(1): Ministério da Saúde (BR). Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. Doenças relacionadas ao trabalho: manual de procedimento para os serviços de saúde. Brasília (DF): Ministério da Saúde; Ministério da Saúde (BR). Recomendações para atendimento e acompanhamento de exposição ocupacional a material biológico: HIV e hepatite B e C. Brasília (DF); Ministério da Saúde (BR), Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. Saúde do trabalhador protocolos de complexidade diferenciada: exposição a materiais biológicos. Brasília (DF); (Série A: Normas e Manuais Técnicos).
13 13 Ministério do Trabalho e Emprego (BR). Gabinete do Ministro. Portaria n 485, de 11 de novembro de Aprova a Norma Regulamentadora n 32 Segurança e Saúde no Trabalhado em Estabelecimento de Saúde. Diário Oficial da União, Brasília (DF), 16 nov 2005: Seção 1. NISHIDE, V.M.; BENATTI, M.C.C.; ALEXANDRE, N.M.C. Ocorrência de acidente do trabalho em uma unidade de terapia intensiva. Rev. Latino-Am. Enfermagem 2004 Mar/Abr; 12(2): OLIVEIRA, A.C.; GONÇALVES, J.A. Acidente ocupacional por material perfurocortante entre profissionais de saúde de um centro cirúrgico. Rev Esc Enferm USP 2010; 44(2): RIBEIRO, A.S. et al. Caracterização de acidente com material perfurocortante e a percepção da equipe de enfermagem. Cogitare Enferm 2009 Out/Dez; 14(4):660-6 RIBEIRO, M.C.S. Enfermagem do trabalho: fundamentos para a atenção à saúde dos trabalhadores. São Paulo: Martinari, SENAC, DN. Saúde e Prevenção de doenças. Rio de Janeiro: Senac Nacional, p. SIMÃO, S.A.F. et al. Acidentes de trabalho com material perfurcortante envolvendo profissionais de enfermagem de unidade de emergência hospitalar. Rev. Enferm. UERJ, Rio de Janeiro, 2010 Jul/Set; 18(3): VIEIRA, M.; PADILHA, M.I.C.S. O HIV e o trabalhador de enfermagem frente ao acidente com material perfurocortante. Rev Esc Enferm USP 2008; 42(4):
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