UNIVERSIDADE DO ESTADO DE SANTA CATARINA UDESC CENTRO DE CIÊNCIAS TECNOLÓGICAS CCT DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO E SISTEMAS

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "UNIVERSIDADE DO ESTADO DE SANTA CATARINA UDESC CENTRO DE CIÊNCIAS TECNOLÓGICAS CCT DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO E SISTEMAS"

Transcrição

1 UNIVERSIDADE DO ESTADO DE SANTA CATARINA UDESC CENTRO DE CIÊNCIAS TECNOLÓGICAS CCT DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO E SISTEMAS IRENE OÑA ESCATLLAR ANÁLISE DA CONTRIBUIÇÃO DA ESPANHA E DO BRASIL AO EFEITO ESTUFA E AO AQUECIMENTO GLOBAL NA GERAÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA Joinville-SC- Brasil 2010

2 UNIVERSIDADE DO ESTADO DE SANTA CATARINA UDESC CENTRO DE CIÊNCIAS TECNOLÓGICAS CCT DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO E SISTEMAS IRENE OÑA ESCATLLAR ANÁLISE DA CONTRIBUIÇÃO DA ESPANHA E DO BRASIL AO EFEITO ESTUFA E AO AQUECIMENTO GLOBAL NA GERAÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA Trabalho de Graduação apresentado à Universidade do Estado de Santa Catarina, como requisito parcial para a obtenção do título de Engenheiro em Produção e Sistemas. Orientador: Fernando Natal de Pretto Joinville-SC-Brasil 2010

3

4 1. INTRODUÇÃO A pesquisa visa oferecer ao leitor um resultado fundamental: saber que país, a Espanha ou o Brasil, é considerado mais poluente quando geram energia elétrica para fornecer-la à população. Para isso é preciso desenhar um método de cálculo onde seja possível visualizar o total de emissões que cada um está produzindo. A magnitude por meio da qual será possível estabelecer que país polui mais serão os kg de CO 2 emitidos segundo a energia produzida. Deste modo, pode-se determinar que país contribui mais ao aquecimento global e ao efeito estufa, pois sendo o CO 2 o gás mais prejudicial, aquele país que tenha mais kg de CO 2 será aquele que contamine mais. Porém, tem que se assinalar que somente está sendo considerada a geração de energia elétrica, ignorando outros setores da produção de energia. Para entender bem estes resultados mostrados quase finalizando o trabalho, será esclarecedor conhecer antes pontos básicos da energia: como é gerada, que problemas ambientais acarreta e quais as leis vigentes para combater-los. Também, informar com dados o dano que o aquecimento global poderia causar ao planeta se os governos não desempenhassem as medidas necessárias. Neste ponto, começa-se a apresentar as matrizes energéticas dos dois países, onde aparecem as matérias primas mais consumidas e os combustíveis ou tipos de energia mais empregados para a geração de energia elétrica, ponto alvo do trabalho. Este trabalho de conclusão de curso pretende abordar uma análise sobre o panorama energético existente atualmente na Espanha e no Brasil. O termo energia possui um grande número de definições. Está vinculado a vários setores científicos tendo assim distintos significados. Referido à física é a capacidade de fazer um trabalho através de uma determinada força (RAE, 2002). No entanto, nesta área de estudo torna-se mais interessante uma definição que esteja centrada na tecnologia e na engenharia, pois o significado procurado é requerido para explicar o processo de extração dos recursos 4

5 naturais para depois proceder à transformação e possam ter um uso tanto industrial quanto econômico. O termo panorama energético citado com anterioridade refere-se a uma avaliação das energias empregadas por cada país para estudar o impacto ambiental que causam. Para isso terá que se fazer uma classificação entre as energias que sejam renováveis e aquelas que procedam de combustíveis fósseis. Assim, será possível relacionar o efeito que produzem sobre a atmosfera. As emissões dos gases nas indústrias como resultado da combustão terão distintas repercussões no planeta dependendo da porcentagem orgânica que possuam (UNFCCC, 2007). É aqui onde aparecem a teoria do aquecimento global (também conhecida como mudança climática) e o efeito estufa. O aquecimento global reflete sobre o recente aumento das temperaturas tanto no ar quanto na água dos oceanos dos últimos cinqüenta anos, devido às nocivas e contaminantes emissões gasosas (IPCC, 2007). O efeito estufa é o responsável para que a mudança climática aconteça. Por meio da retenção de parte da radiação solar pelos gases que se encontram na atmosfera, os raios não podem escapar ao exterior traduzindo-se em um indesejado aumento das temperaturas (REPSOL, 2007). Com posterioridade se tratará esse assunto fazendo uma análise de como contribui cada país aos fenômenos citados. Portanto, se mostra como cada país cumpre as leis ambientais vigentes as quais são: O Tratado de Montreal e o Protocolo de Kyoto. O primeiro foi feito para frear o dano que compostos tais como refrigeradores e CFC s fazem às diversas camadas da atmosfera (UNEP, 2006). O segundo para evitar a emissão de gases que contribuam ao efeito estufa (NACIONES UNIDAS,1998). As temperaturas mundiais continuam subindo e a alteração do clima em geral é iminente devido às más tarefas desempenhadas pelo homem (IPCC, 2007). É um problema corrente que se refere a todas as pessoas preocupadas pela saúde do planeta. Neste trabalho se apresenta como estes dois países contribuem ao aquecimento global e ao efeito estufa. Além disso, é preciso dar 5

6 resultados consistentes de como cada população espanhola ou brasileira encara o fato. O trabalho possui cinco partes fundamentais. Começará com uma parte teórica onde estarão incluídos os conceitos necessários para entender as conclusões finais. O leitor será informado sobre a energia em linhas gerais: como extrair o recurso natural, seu posterior tratamento e transformação para que se torne possível gerar eletricidade e abastecer à população. Para atingir este fim, na maioria das vezes se empregam combustíveis nocivos ao ambiente (BP, 2008). Será feita uma classificação onde estejam representados os mais populares na indústria e sua equivalência contaminante. Em contra partida, se detalharão todas as formas de energia limpa existentes e suas aplicações, compreendendo as energias renováveis e o campo da biomassa. Isto não resultaria em interesse senão se expusessem os resultados que se obtêm de cada uma delas (em conceito de kw ou MW). No que diz respeito a esta parte teórica é interessante adicionar comentários acerca do efeito estufa e aquecimento global. Será obrigatório fazer uma completa explicação destes dois assuntos que tanta polêmica trazem consigo. A terceira parte do trabalho mostra como foi feita toda a pesquisa, a reunião de informação e dados de coleta. Esta parte se conhece como procedimentos metodológicos. Deve-se então apresentar o método pelo qual se obtiveram os resultados finais (as emissões produzidas pelos dois países). Na quarta parte se fará uma síntese dos combustíveis mais utilizados por cada país e uma breve comparação com outras grandes potências mundiais mostrando todos os resultados obtidos. No entanto, é interessante comparar a energia produzida quando se dispõe de combustíveis fósseis, que acarretará emissões contaminantes, como a energia produzida de forma limpa e renovável, respeitosa com o meio ambiente. É preciso fazer uma pesquisa para conhecer o uso delas por cada país e poder adquirir assim uma idéia global. A quinta parte mencionará as medidas necessárias que cada país visa tomar para frear o problema do aquecimento global e o efeito estufa. Tudo o que fosse comentado e estudado previamente se entrelaça neste ponto, estabelecendo uma última visão geral que ajude ao leitor a entender todos os conceitos explicados com detalhe em pontos anteriores. 6

7 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 2.1 Definição de energia e magnitudes De acordo com Pérez Cruz (2005), se parte da teoria do primeiro princípio da termodinâmica que estabelece o seguinte: A energia não se cria e também não se destrói, tão somente se transforma. Ainda citando a Pérez Cruz (2005), o primeiro principio da termodinâmica é também mundialmente conhecido como o Princípio da Conservação da Energia, enunciado primeiramente por Carnot em Relaciona três variáveis a ter em conta. Estas são: a energia interna, o calor gerado no processo considerado e o trabalho. U Q W Escolhe-se a definição de cada um dos termos segundo está estabelecido na RAE (2001): Q: Energia que passa de um corpo para outro e é a causa de que se suas temperaturas se equilibrem. W: Produto da força pelo deslocamento que corre seu ponto de aplicação pelo cosseno do ângulo que forma um com outro. U: A energia interna é a que existe devida á própia constituição da matéria (Contato de moléculas, interações entre elas, choques térmicos...). Segundo a RAE (2001), estes termos são medidas físicas que devem se expressar em Joules (J): Fís. Unidade de trabalho do Sistema Internacional, que equivale ao trabalho produzido por uma força de um newton cujo ponto de aplicação se desloca um metro na direção da força (Símb. J). 7

8 2.2 Tipos de energia no mundo Para EIA (2008), a energia pode se apresentar em diversas vertentes. As formas conhecidas são: energia nuclear, energia cinética, energia potencial, energia térmica, energia elétrica e energias renováveis. Dentro deste último grupo existem subgrupos, os quais são: energia solar, hidráulica, eólica, geotérmica, energia das ondas, oceano térmica e correntes marinhas. Uma nova maneira de obter energia a partir de recursos naturais e que esta sendo bem desenvolvida no Brasil é a biomassa. Neste trabalho o esforço centra-se em as energias a partir das quais se pode obter eletricidade para abastecer a população. Para Hill (2000), a eletricidade é um bom indicador do desenvolvimento de uma área qualquer. É de vital importância porque a energia elétrica é uma das energias mais utilizadas no mundo atual. Um lar dispõe de aparatos elétricos que não poderiam funcionar sem ela, o mesmo aconteceria com hospitais, comércios e uma imensa cadeia de elementos que ficariam inutilizados sem seu abastecimento. Porém, sua geração traz consigo inumeráveis problemas que afetam ao meio ambiente. Para manter o nível de vida a qual o homem está acostumado precisa-se da energia. Sem energia é impossível se obter e extrair os recursos que o planeta oferece. Mesmo assim, há dois problemas que destacar segundo BP (2008): 90% da energia mundial vem de combustíveis fósseis (carvão, petróleo e gás natural), os quais são finitos. Estima-se que o petróleo e o gás natural esgotarão em poucos anos. Carvão pode durar ainda mais tempo, talvez centenas de anos, mas então com ele chegaria um segundo problema. O fato de queimar carvão implica emissões nocivas o que acarreta no aquecimento global. Desse modo, as alternativas que aparecem frente a eles são a energia nuclear e as energias renováveis. A energia nuclear fornece 15% da eletricidade mundial, mas ultimamente observa-se uma contínua queda da mesma devido ao incremento da preocupação popular (WORLD NUCLEAR ASSOCIATION, 2009). O principal problema dela é, como já se sabe, seu grande custo e o impacto ambiental que pode provocar se algum erro 8

9 acontecer durante o funcionamento da central. Assim mesmo, surge a dúvida de onde podem se armazenar os resíduos resultantes após a reação nuclear. Conforme a Sommer (2004), como possível solução aparecem as energias renováveis que tornam-se atrativas para combater o mau que pode causar o emprego da energia nuclear. Atualmente a energia eólica cresce a uma taxa anual de um 30%, sendo este o crescimento mais rápido de todos, Contudo, ainda tem um longe caminho na frente até poder atingir por completo o papel que desempenham os combustíveis fósseis. A EIA (2010) estabelece como se distribui o consumo mundial de energia segundo os distintos setores. A tabela 1 recolhe dados de energia primária e energia total. Tabela 1: Consumo por sector no mundo Residencial Comercial Industrial Transporte Primaria Total Primaria Total Primaria Total Primaria Total Fonte: EIA (2010 Potência elétrica gerada A energia primária refere-se ao consumo daqueles recursos que ainda não foram manuseados no sentido de conversão e transformação (NEB, 2010). Deste jeito se obtém o consumo total do ano 2010 levantado mensalmente pela EIA. A energia total compreende o consumo de primária, as perdas de eletricidade e consumo de eletricidade em geral. Esta energia primária é sem mais o petróleo, gás natural, carvão, hidrelétrica e nuclear. Vai seguir a Figura 1 para conhecer as porcentagens mundiais de energia primária 9

10 Figura 1: Consumo mundial de energia primaria por tipo de combustível no ano Fonte: NEB (2010) Atendendo à Figura 1 mostrada é possível de ter uma idéia de como é que as matérias primas para a geração de energia são distribuídas e empregadas no mundo. 2.3 Combustíveis e combustão A combustão é o processo através do qual se produz a queima de qualquer substância que pode ser sólida, líquida ou gasosa para obter calor através de uma reação de oxidação. Este tipo de reação refere-se à mistura de oxigênio com outros compostos (WILLEY et al., 1991). Para que possa-se desenvolver é preciso que três elementos estejam presentes. Isto se conhece como o triângulo da combustão e é mostrado na Figura 2: Figura 2: Triángulo da combustão Fonte: BOZZANI (2009) Significa que a combustão só pode ser feita se coexistem os três vértices do triangulo. Caso um deles não apareça, a combustão não poderia 10

11 ocorrer. O comburente e o combustível são os reativos da reação. Universalmente é o oxigênio o elemento mais utilizado como comburente (BOZZANI, 2009). Combustível é uma sustância sólida, liquida ou gasosa que emprega-se para produzir calor útil através da combustão. Mas na prática é o ar quem deve ser misturado ao combustível. A composição do ar natural é: -Ar seco Oxigênio: 21% Nitrogênio: 78% Outros: 1% -Vapor d água (devido à evaporação): Partículas sólidas em suspensão tais como sais de origem orgânica e inorgânica, explosões vulcânicas, combustão de gases, carvão e petróleo e queima de meteoros na atmosfera (NEGRI, 2010). Na mistura do oxigênio, o calor será utilizado de diversas maneiras para a produção de eletricidade, que como já foi comentado, é o principal objetivo a ser atingindo. Neste trabalho a importância está fundamentada na análise dos combustíveis que são empregados pela Espanha e pelo Brasil. Para conhecer os tipos que há na natureza é preciso fazer uma classificação. Para que a combustão possa ocorrer o combustível costuma ter uma composição de carbono, hidrogênio e em algumas vezes enxofre. Em menores quantidades podem aparecer oxigênio, nitrogênio, água e outras impurezas. A classificação é feita segundo sua origem, seu modo de preparação ou seu estado de agregação. Os combustíveis fósseis são aqueles cuja procedência vem da fermentação dos seres vivos da era secundária. Os que não sejam assim são referidos de não fósseis. Em segundo lugar, os combustíveis podem ser tratados e utilizados como eles são extraídos da natureza. Se fossem tratados quimicamente ou submetidos a tratamentos complexos eles são conhecidos como combustíveis manuseados ou elaborados. Ao invés disso, se eles são sacados e posteriormente utilizados são conhecidos como naturais. A última 11

12 possibilidade é de classificar-los segundo seu estado de agregação. Isto é se aparecessem de acordo com as seguintes formas: sólidos, líquidos e gasosos (DE MARTINI, 2004). Aparece na Tabela 2: Tabela 2: Combustíveis segundo o seu estado de agregação maderas e resíduos vegetais turbas SÓLIDOS NATURAIS Carvão lighnitos hulhas antracito coque (carvão e petróleo) ARTIFICIAIS Aglomerados carvão vegetal LÍQUIDOS GASOSOS ALCOOLEIS RESIDUAIS DERIVADOS DO PETRÓLEO RESIDUAIS GÁS NATURAL GASES LIQUEFEITOS DO PETRÓLEO ARTIFICIAIS OU ELABORADOS naturais (fermentados e hidratados) Artificiais Alvejante preta Gasóleos Fuelóleos fuel-gas diferentes familias Propano Butano gas de alto forno gas de coque gas pobre gas d àgua 12

13 gas de cidade BIOGAS Fonte: GARCÍA SAN JOSÉ (2001) 2.4 Combustíveis no mundo Observa-se na Figura 3 como o mundo depende em grande medida dos combustíveis fósseis, sendo o principal deles o petróleo. Durante os passados cinqüenta anos o consumo de energia aumentava consideravelmente, mas houve uma importante mudança, pois se começou a utilizar mais combustíveis líquidos dos que os sólidos. Isto é, a transição do carvão ao gás natural e ao petróleo. Figura 3: Consumo de combustíveis ao longo dos anos Fonte: BP (2008) O carvão ocupou o 39% do consumo da energia em 1965, esta porcentagem diminuiu até o 28% em Enquanto isso, o petróleo manteve quase a mesma taxa: variou desde 40% em 1965 até 34% em 2008 (RODRIGUE et al., 2009). Atendendo ao estabelecido pela EIA, as reservas mundiais não renováveis em J são apresentadas na Tabela 3: 13

14 Tabela 3: Reservas mundiais não renováveis COMBUSTÍVEIS FÓSSEIS Região Combustíveis Sólidos Petróleo cru Gás Natural Xistos betuminosos Urânio Total África Ásia Europa URSS Desconhecido >4619 America do Norte America do Sul Oceania Total > 825 >32882 Fonte: EIA (2009) É interessante calcular o tempo aproximado de reservas em anos uma vez conhecidas as reservas totais de combustíveis fósseis: 18 1TJ 1Mtep J Mtep TJ Mtep Mtep ano anos de reserva A Tabela 4 contém as unidades energéticas necessárias para fazer as conversões e chegar ao resultado de 78 anos de reserva de combustíveis fósseis. 14

15 Tabela 4: Tabela de conversão de unidades energéticas TJ Gcal Mtep Mbtu GWh TJ x Mtep x x Mbtu 1.055x x x10-4 GWh x Fonte: VELÁZQUEZ (2001) 2.5 Produção de energia elétrica Agora, para a produção da energia elétrica em grandes quantidades dispõe-se das usinas termelétricas que são alimentadas com os combustíveis mencionados na Tabela 3 e na Tabela 2. Em ordem crescente, o mundo obtém a energia necessária utilizando as seguintes tecnologias: a tecnologia térmica inclui a produção de energia através do uso de carvão, óleo combustível, gás natural e ciclos combinados. Abrange 40% da produção mundial. A primeira usina termelétrica foi construída em 1882 na Rua Pearl de Nova York. A segunda posição é ocupada pela tecnologia nuclear, onde o principal combustível é o urânio. Compreende o 30% da produção mundial. A primeira usina nuclear registrada provém do Reino Unido em Finalmente a tecnologia hidráulica ocupa o 20% dela geração mundial e sua primeira usina foi construída também no Reino Unido (CRUZ, 2000). Para gerar eletricidade o processo de funcionamento é o que segue na Figura 4: 15

16 Figura 4: Geração de energia elétrica Fonte: CRUZ (2000) Ainda segundo Cruz (2000), é sabido que o rendimento no processo esta longe de atingir um alto índice, pois para passar de um bloco ao outro existem perdas que intervirão no resultado final, conforme mostrado na Tabela 5: Tabela 5: Processos de perdas na geração de energia elétrica Processo 1-2 Perdas no intercambiador Combustão incompleta Processo 2-3 Limite do Carnot Perdas e Fricção Perdas na turbina Processo 3-4 Processo 4-5 Perdas no gerador Perdas no transformador Consumo Fonte: CRUZ (2000) 16

17 Conforme Cruz (2000), o rendimento líquido é o quociente entre a energia elétrica da rede e a energia química ou nuclear inserida no processo. Normalmente dará um resultado perto á 30 ou 58%. O procedimento de geração de energia elétrica segue na Figura 5: Figura 5: Geração de energia através de uma usina termelétrica Fonte: ELECTROMEC (2006) A explicação da Figura 5 é: 1. O calor que se gera durante a queima do combustível é utilizado para aquecer água numa caldeira e obter vapor. 2. O vapor dirige-se até as turbinas e estas girarão produzindo energia mecânica. 3. O gerador está unido às turbinas e produzirá eletricidade ao converter energia mecânica em energia elétrica. 4. A eletricidade obtida somente terá validade quando for transformada pelo transformador e possa ser distribuída às fiações elétricas. 17

18 5. Além disso, obtém-se um sistema de refrigeração onde o vapor d àgua que passou pelas turbinas em água liquida, voltará à forma de vapor após uma nova combustão. Uma usina termelétrica convencional utiliza carvão, óleo combustível, gasolina ou gás natural e têm um rendimento 30-46%.Uma usina de gás utiliza gás natural, óleo combustível, gasóleo e gás de carvão. O rendimento líquido do processo será menor que 35%. Uma usina de ciclo combinado tem um rendimento máximo de 58% e os combustíveis que utiliza são menos contaminantes que os tradicionais, mas também utilizam combustíveis fósseis (CRUZ, 2000). 2.6 Emissões Os combustíveis queimados produzem grandes problemas ambientais. Por exemplo, a acumulação de gases de efeito estufa, acidificação, contaminação do ar e d água e dano das camadas superficiais de ozônio na troposfera. O mais perigoso para o meio ambiente é quando os combustíveis têm na sua composição enxofre e nitrogênio. Na atualidade, a queima do petróleo é responsável por 30% das emissões de dióxido de carbono no ar. É sabido que o gás natural não libera dióxido de carbono devido a sua estrutura de metano. Ainda com Estrucplan (2004), as emissões mais longas devem-se á combustão do carvão. Os principais problemas que as usinas termoelétricas enfrentam são as emissões que trazem consigo. Na Tabela 6 aparecem os dados que refletem como em cada processo existem emissões inerentes à combustão de cada usina. É bem sabido que graças às novas tecnologias, ainda em estudo, como o seqüestro do dióxido de carbono, todo o processo que engloba a partida da usina pode ser aperfeiçoado, mas nunca será possível que torne-se um processo limpo, livre e indiferente com o meio ambiente. Após observar de modo geral como é que funciona o ciclo de 18

19 geração da eletricidade através das usinas termelétricas pode-se entender quais são as formas clássicas de contaminação neste âmbito (ESTRUCPLAN 2004). Tabela 6: Emissões das usinas termelétricas em cada processo Tipos emissões de Armazenamento e preparação de combustível Combustão e geração de vapor Depuração do gás de combustão Geração de corrente elétrica Instalação de resfriamento Tratamento de material residual Pó * * * * Gases contaminantes Águas residuais Matéria residual sólida * * * * * * * * * * Calor residual * * * Ruído * * * * * * Contaminação de água subterrânea * Fonte: ESTRUCPLAN (2004) De um modo geral, a contaminação e os efeitos nocivos do processo crescem segundo o tipo de combustível. Causarão maior impacto ambiental os combustíveis fósseis procedentes do carvão e derivados, seguindo os óleos combustíveis pesado e leve e por ultimo o gás natural. As emissões mais importantes na hora de calcular o impacto produzido são os compostos que 19

20 contenham carbono, enxofre e nitrogênio. Na Tabela 7 aparecem mostrados possíveis níveis de emissões para distintos combustíveis, os mais nocivos foram considerados, que passam a formar parte do ar e da atmosfera seguido de um processo de combustão numa caldeira duma usina termelétrica. As unidades são mg/m3 em condições normais (ESTRUCPLAN, 2004). Tabela 7: Tipos de emissões segundo o combustível Tipos de emissões Gás natural Óleo combustível leve Óleo combustível pesado Hulha Lignito Óxido de enxofre (So x ) Óxido de Nitrogênio (NO x ) Pó Fonte: ESTRUCPLAN (2004) Energias renováveis Antes de começar a expor de maneira teórica as bases das energias renováveis é interessante se perguntar por que nos últimos anos cresceram tanto e por que agora tem dentro das matrizes energéticas dos países uma grande importância. Alguns combustíveis só existirão mais 50 anos e todos os combustíveis em conjunto têm uma existência de 78 anos. Além disso, devido às mudanças que o planeta está vivendo existe agora uma preocupação mundial pelo aquecimento global. A população mundial cresceu o dobro desde o anho 1950 (US CENSUS BUREAU, 2010). 20

21 Na Figura 6 mostra como entre os anos 1980 e 2000 a população mundial total aumentou desde milhões até milhões. Figura 6: População mundial Fonte: US CENSUS BUREAU (2010) Atendendo as estimativas, no ano 2015 a população aumentará pelo menos mais outros milhões. Isto quer dizer mais milhões de habitantes no planeta. A maior parte desse crescimento acontecerá nos países de renda baixa e mediana. O consumo energético, portanto, terá que se voltar maior também. Por isso as emissões totais, maiores do que as dos últimos anos, contribuirão a piorar a saúde da Terra (BANCO MUNDIAL, 2002). Portanto surgem várias perguntas: Será que as reservas de petróleo, gás natural e carvão darão para fornecer a tantas pessoas? E se fosse possível, até quantos anos? A única possibilidade para tentar acabar com este problema é procurar uma alternativa energética. Esta não pode depender dos combustíveis fósseis, pois está demonstrado que a disponibilidade deles é cada vez mais crítica e o momento da sua extinção é cada vez mais próximo. Forma de energia limpa e renovável, de acordo com a definição dada pelo ACORE (2006) é: O termo renovável usa-se para descrever a energia derivada dos recursos que são continuamente disponíveis ao redor do mondo. Eles não 21

22 poderão se acabar. O uso é a captura dos recursos não causará dano ao meio ambiente nem a possíveis materiais pertos. Ainda segundo ACORE (2006), as energias renováveis são formas de energias não consumíveis: são a energia hidrelétrica, eólica, solar, biomassa e geotérmica. Os resíduos urbanos e outros resíduos orgânicos também se consideram renováveis. As características principais deste tipo de energia são que resulta ser inesgotável e não contaminante. Observa-se na Figura 7 extraída do site da EIA (2008) como as renováveis são o sector menos usado mundialmente seguido pela nuclear. Figura 7: Energias consumidas no mundo, ano 2008 Fonte: EIA (2009) Na Figura 7 observa-se como a biomassa é a tecnologia mais empregada, seguida da hidrelétrica, eólica, geotérmica e a solar. Porém, ainda precisa de aprimoramento para atingir rendimentos melhores que as energias geradas com combustíveis fósseis. Os tipos das energias renováveis são: energias renováveis e residuais, energia hidrelétrica, energia solar, energia eólica e energia geotérmica (CRUZ, 2001). 22

23 2.7.1 Energias renováveis e residuais são: Ainda segundo Cruz (2001), as energias residuais referidas à biomassa Biomassa: É o aproveitamento térmico ou elétrico de matéria vegetal ou animal (lenha, resíduos animáis...) Biocombustível (agrocombustível): Procede das transformações dos cultivos vegetais (álcool combustível) Resíduos sólidos urbanos: Procedem dos dejetos urbanos empregados para a geração térmica ou elétrica. Resíduos industriais: Produtos sólidos e líquidos que procedem da indústria e foram usados para geração (pneumáticos) Energia hidrelétrica Ainda conforme Cruz (2001), a energia hidráulica é obtida através da queda da àgua desde uma definida altura até um nível inferior. Isto provocará o movimento das turbinas da usina hidrelétrica. É considerado como um recurso natural sempre disponível naquelas zonas onde a quantidade da água seja considerável. Para que esta técnica possa ser desenvolvida é preciso construir pântanos e represas de contenção. Tem que se adicionar a instalação de grandes turbinas e equipamentos sofisticados tal que seja possível a geração de eletricidade. A vazão da água é controlável e pode se manter quase constante. A água é transportada por meio de condutos e tubulações e será periodicamente revisada para trabalhar com a vazão necessária dependendo da demanda elétrica. O desenho, conforme Cruz (2001), das turbinas dependerá da vazão da àgua. Há três tipos que são as mais usadas: Turbina Pelton: trabalha com vazões pequenas e a potência que proporciona é de MW. Turbina Francis: é a mais empregada e apresenta uma grande variedade de saltos. Tem uma potência de MW. 23

24 Turbina Kaplan: utiliza-se para vazões médias e grandes com uma potência de 67.7 MW. A principal vantagem desta energia é a qualidade de ser renovável, pois não esgota o recurso primário quando trabalha. Além disso, tem a qualidade de ser renovável como fonte de energia primária, pois não está esgotada pela sua exploração e, é limpa, uma vez que, na transformação de energia não produz poluentes derivados na fase operacional. Contudo, o impacto ambiental das grandes represas é inevitável, pois pode alterar a paisagem e criar um novo micro-clima distinto na área onde esteja emprazada (CRUZ, 2001). Ao mesmo tempo, é um problema para os países mais desenvolvidos, já que precisa-se de grandes extensões adequadas para dispor corretamente destas usinas. Desta maneira não é uma tecnologia que possa ter um desenvolvimento excessivo neste tipo de países. Mesmo assim, recentemente estão sendo construídas um novo tipo de usinas: mini-hidrelétricas, com uma potência menor de 10 MW. São consideradas mais respeitosas com o ambiente e beneficiam-se dos progressos tecnológicos. Atingem mais rendimento e são mais viáveis economicamente (CRUZ, 2001). Os países que mais utilizam esta energia são a Noruega,99%, a República Democrática do Congo,97%, e Brasil, 96%, (BIOTECHENERGIA, 2007). A usina de Itaipu entre Brasil e Paraguai, foi inaugurada no ano 1982 e tem a maior capacidade de geração de eletricidade do mundo, pois só é superada pela China (Barragem das Três Gargantas) em poucos meses do ano onde o rio Paraná é menos caudaloso (Informação verbal durante a visita à Itaipu, 2010) Energia solar Segundo Cruz (2001), a energia solar tem duas vertentes na engenharia: Térmica: É o aproveitamento da energia térmica do Sol para esquentar água através de coletores solares. Classifica-se em baixa, média e alta temperatura 24

25 segundo seja o índice da concentração. Consiste no aproveitamento do calor a través do uso dos painéis solares térmicos. O sistema global de funcionamento é o seguinte: Conforme a Cruz (2001), o coletor solar, ou painel solar, captará os raios do Sol e consegue absorver a energia na forma de calor. Para que o processo surta efeito é preciso colocar um fluido no painel, de maneira que o calor seja transferido ao fluido e possa-se aumentar a temperatura para que chegue bem quente ao ponto de consumo. As aplicações mais estendidas dentro desta tecnologia são o aquecimento de água sanitária (ACS), a calefação através de chão radiante e o pré-aquecimento de água para processos industriais. Também é usado para aquecer água nas piscinas cobertas ou simplesmente para a climatização. Fotovoltáica: Aproveitamento da energia térmica do Sol para produzir energia elétrica através do efeito fotovoltaico. A energia fotovoltáica divide-se em outros dois subgrupos (FLORES, 2007). O primeiro são as instalações isoladas da rede elétrica e o segundo usinas de geração ligadas à rede. Sistemas isolados: São úteis para lugares que fiquem longe da rede de distribuição elétrica. Tais lugares são por exemplo casas no campo, refúgios nos morros, sistemas de comunicações...principalmente captam energia solar com painéis fotovoltaicos e armazenam a energia elétrica gerada com baterias. Sistemas ligados à rede: A eletricidade é gerada também com painéis fotovoltaicos. Estes são ligados à rede de distribuição elétrica. Estas usinas fotovoltaicas podem ser pequenas instalações de 1 até 5 KWp no telhado de uma casa até instalações que de 100 KWp. Também podem ter plantas de vários MW Energia eólica É a transformação da velocidade do vento em energia. É possível graças ao moinho, o aerogerador, que dispõe de pás fixas a um eixo comum que gira 25

26 quando o vento sopra. O eixo une-se a um gerador elétrico que converte a energia mecânica da rotação das pás em energia elétrica. A eletricidade pode ser armazenada com baterias ou entregada à rede. O funcionamento é bastante simples mesmo o objetivo é que o mecanismo torne-se mais eficiente. Tem dois tipos de aerogeradores, de eixo horizontal e de eixo vertical(cruz, 2001). Devido ao grande tamanho que apresentam, além do ruído e vibrações, colocam-se em áreas distanciadas para não molestar à população. O maior problema encontrado é a variabilidade do vento. Os aerogeradores têm um limite máximo de movimento mais também precisam de uma velocidade mínima para que as pás girem. As velocidades comentadas estão no intervalo de 3 e 24 m/s. A mínima velocidade chama-se velocidade de conexão e a máxima é a velocidade de corte. Os aerogeradores podem ser encontrados isolados ou em parques eólicos sobre o solo formando fazendas eólicas. É possível ter também grandes grupos de moinhos no mar, longe da costa, instalados sobre a água. Isto chama-se offshore (WORLD WIND ENERGY ASSOCIATION, 2009) Energia geotérmica É o uso da energia térmica do vapor da água que encontra-se no subsolo com objetivos térmicos ou elétricos. É necessário para poder extrair a energia geotérmica que existam jazidas de água quente perto das zonas onde a extração vá a acontecer. O solo será perfurado extraindo o líquido, o qual pode ser vapor se sua temperatura for muito alta. O vapor movimenta turbinas que outorgarão a energia elétrica desejada. Porém, porque é renovável? A água é devolvida ao poço do qual se extraio no primeiro lugar. É um processo de injeção e depois a água voltará a se reaquecer para que a reserva possa ser sustentada. A energia geotérmica tem na sua maioria aplicações domésticas. Através de uma bomba de calor e um sistema de captação podese obter água quente e dotar de calefação uma casa. Mas também pode-se usar para refrigeração, pois a energia geotérmica absorve o calor do ambiente a 40ºC e desloca-lo ao subsolo com o sistema de captação. A energia 26

27 geotérmica está dividida em três subgrupos dependendo da temperatura da água de saída. A energia geotérmica de temperaturas médias compreende os fluidos com temperaturas em um intervalo de 70 e 150ºC (IDAE, 2009). A energia geotérmica que tem baixas temperaturas terá mais vantagens em zonas mais extensas. O segundo lugar é ocupado pela energia geotérmica de alta temperatura que apresenta temperaturas desde 150 até 400ºC chega a originar inclusive vapor na superfície. O último tipo é a energia geotérmica de baixa temperatura, onde o fluido é esquentado até 20 ou 60ºC. Os países que utilizam mais esta técnica são Canadá, Nova Zelândia e Itália (IDAE, 2009). A principal vantagem que apresenta é que cede um fluxo constante de produção independente das condições climáticas. É outra boa alternativa aos combustíveis fósseis e útil para as plantas hidrelétricas. Não fazem dano ao ambiente. Os lugares mais típicos de extração de energia geotérmica estão debaixo de plantações de cereais ou no médio da floresta (IDAE, 2009). 2.8 Aquecimento global e efeito estufa Os últimos anos o meio ambiente experimentou mudanças referente ao clima e aos fenômenos meteorológicos. É por isso que os governos decidiram tomar medidas para tentar combater ou simplesmente frear vários comportamentos errados com o meio ambiente. Dois tratados são os mais relevantes e visam melhorar a qualidade do clima mundial e a ecologia. Primeiro foi escrito o Tratado de Montreal e depois o Protocolo de Kyoto Tratado de Montreal Segundo a definição que o Banco Mundial (2004) estabeleceu, o Tratado de Montreal é referido às sustâncias que destroem a camada de ozônio. Foi acordado em setembro de 1987 como um tratado internacional para eliminar a produção e consumo de sustâncias químicas incluindo países desenvolvidos e para um período de dez anos. A entrada em vigor foi em janeiro de

28 Entre os objetivos fundamentais o que o Protocolo de Montreal procura é conseguir acabar com o emprego destas sustâncias que resultam nocivas para a camada de ozônio. Os 189 países que assinaram o pacto quiseram acordar prazos para a sucessiva eliminação delas. Estas são as principais medidas que foram adotadas, conforme UNEP (2006): Estabelecimento das datas de controle das sustâncias alvo. Os países que não figurem dentro do Protocolo não podem importar ou as exportar. Inclusive com produtos que lhas contenham. Os países são divididos em dois grupos: - País desenvolvidos, aqueles que consumam mais de 0.3 kg/por capita/ano. - País que encontrem-se em processo de desenvolvimento, aqueles que consumam menos de 0.3 kg/por capita/ano. Estabelecimento de um mecanismo de financiamento. Isto é, um Fundo Multilateral e a formação de um Comitê Executivo que esteja encarregado das labores administrativas e políticas Objetivos do Protocolo de Kyoto O Artigo 3 do Protocolo de Kyoto estabelece: O objetivo é reduzir as emissões de gases que provoquem efeito estufa pelo menos num 5% durante os anos respeito aos niveles atingidos no ano (NACIONES UNIDAS 1998, p.15, tradução nossa) A Tabela 8 mostra quais são os países que satisfazem o Protocolo de Kyoto e quanto têm que diminuir as suas emissões: 28

29 Tabela 8: Limites de emissões estabelecidos no Protocolo para os países Países Reduções pactuadas (%) União Européia 8 Estados Unidos 7 Canadá 6 Japão 6 Hungria 6 Polônia 6 Croácia 5 Rússia Mesmos níveis do que em 1990 Nova Zelándia Mesmos níveis do que em 1990 Ucránia Mesmos níveis do que em 1990 Fonte: VELÁZQUEZ (2000) Bases do Protocolo As condições que devem cumprir-se para que as medidas do protocolo surjam efeito segundo Velázquez (2000) são: 55% dos países devem de ratificar-lo. A porcentagem das emissões dos países que ratifiquem deve ser pelo menos 55% do total das emissões dos países desenvolvidos. A contribuição dos gases de efeito estufa está mostrada na Figura 8: 29

30 Contribuições dos gases ao efeito estufa. Fonte: Eurogas CO2 CH4 CFC S Nox Figura 8: Contribuição dos gases ao efeito estufa Fonte: EUROGAS (2007) A evolução das emissões do dióxido de carbono entre os anos 1973 e 2000 é a que aparece na Figura 10 e na Figura 9: Emissões de CO2 pela combustao de combustiveis fosseis no ano 2000 Fonte: Eurogas Petroleo: 42,2% Carvao: 37,8% Gas Natural: 20,1% Figura 9: emissões de CO 2 pela combustão de combustíveis fósseis nos anos 2000 Fonte: EUROGAS (2007) 30

31 Emissões de CO2 pela combustao de combustiveis fosseis no ano 1973 Fonte: Eurogas Petroleo: 50,6 % Carvao: 35% Gas Natural: 14,4% Figura 10: emissões de CO 2 pela combustão de combustíveis fósseis nos anos 1973 Fonte: EUROGAS(2007) O estado de ratificação de Kyoto durante o ano 2003 foi atendendo às Figuras 11 e 12: Estados Unidos: 25% China: 13% Rusia: 6% Japón: 5% Paises mais emissores Alemania: 5% Figuras 11: Estado de ratificação de Kyoto durante o ano 2003 Fonte : VELÁZQUEZ (2000) Figuras 12: Estado de ratificação de Kyoto durante o ano 2003 Fonte: Velázquez (2000) 31

32 Existem vários mecanismos para que seja possível o cumprimento dos objetivos no pacto anteriormente nomeado (VELÁZQUEZ, 2000, p.10, tradução nossa): Implantação conjunta Consiste em obter reduções através da realização de projetos de redução de emissões ou de absorção do carbono da atmosfera nos países industrializados. Mecanismos de desenvolvimento limpo Consiste em obter reduções através da realização de projetos de redução de emissões nos países em vias de desenvolvimento. Comercio internacional de emissões É o intercambio internacional de direitos de emissão entre os países. Para finalizar este ponto se apresentam as predições que a EIA (2005) fez ao respeito ao Efeito Estufa. Manifesta que é importante adotar medidas alternativas para que os pontos citados no Protocolo sejam cumpridos e estabelece um possível cenário para o futuro: 90% da energia primária gerada em 2020 procederá dos combustíveis fósseis. As emissões de CO2 em 2010 serão ainda mais elevadas das estabelecidas por Kyoto Composição da atmosfera Os gases mais importantes que compõem a atmosfera são: Nitrogênio, Oxigênio, vapor de água, Dióxido de Carbono, Metano, Óxido nitroso e Ozônio. 32

33 Na Tabela 9, (PIDWIRNY 2009, p. 44, tradução nossa) observam-se as quantidades de cada um deles: Tabela 9: Composição da atmosfera Nome Fórmula % volume Nitrogênio N Oxigênio O Vapor de água* H 2 O 0-4 Argônio Ar 0.93 Dióxido de Carbono* CO Neon Ne Helio He Metano* CH Hidrogênio H Óxido nitroso* NO Ozônio* O Fonte: PIDWIRNY (2009) Os gases que têm do lado (*) significa que sua composição pode ser variável. A variação vem principalmente das atividades econômicas humanas Efeito estufa O efeito estufa e bem simples de explicar. Quando a radiação solar incide sobre o planeta não vai permanecer retida dentro completamente, pois o solo e nuvens absorvem grande parte para que depois seja devolvido o 30% de volta para o exterior (REPSOL, 2007). A retenção é causada pelos gases que existem na atmosfera, os gases denominados do efeito estufa GEE. Estes são: vapor de água, dióxido de 33

34 carbono, monóxido de carbono, metano, ozônio e CFC s. Os cinco primeiros são gases naturais cuja composição variará segundo vários fatores. Porém, os CFC s (clorofluorocarbonetos) são derivados voláteis do metano e do etano. Empregam-se em refrigeradores, dissolvente na indústria eletrônica, processos para fundir e formação de espumas, aerossóis, extintor de incêndios, para aplicações nos lares e como vários tipos de isolantes. Estes gases são, em parte, os responsáveis de que a radiação solar seja retida na atmosfera e no planeta e causam que a temperatura da Terra tenha uma média de ºC. Formam uma camada de retenção, como se fosse uma estufa, que dota ao planeta das condições necessárias para a sua existência. Sem efeito estufa a temperatura poderia atingir os -20ºC permanentemente eliminando a chance de vida. Se às emissões que provêm dos combustíveis fósseis continuarem aumentando e o desmatamento segue sendo descontrolado, a camada dos gases de efeito estufa começará a se voltar com uma grossura maior, e portanto o calor do Sol será ainda mais retido, provocando possíveis problemas para a natureza tais como a elevação do nível dos oceanos. Poderia acabar com ilhas ou simplesmente conseguir um aumento da temperatura global em poucos graus (IPCC, 2007) Aquecimento global O termo aquecimento global é uma questão de muita polêmica e controvérsia na atualidade, pois no mundo cientifico está dividido em duas vertentes. Uma delas sustenta que a mudança do clima (troca continuada durante um extenso período de tempo das condições climáticas gerais) é provocada pelo aquecimento global. No entanto, o outro grupo mantém que esse aquecimento, criado pelo homem, não é mais que uma de tantas fases que o planeta tem que passar ao longo da sua história (MONBIOT, 2006). Em contrapartida, este trabalho se centra na teoria que apóia o IPCC. O IPCC faz alguns relatórios habitualmente onde expõe as teorias sobre a 34

35 evolução do clima e as mudanças que está tendo, tratando de explicar os motivos pelos quais isso acontece. Atendendo as definições mais empregadas o aquecimento global responde ao aumento de temperaturas da atmosfera e dos oceanos nas últimas décadas. A explicação deste aumento é devido às necessidades do ser humano para se abastecer de energia, tornando-se cada vez maiores pelo continuo aumento de população. Tem que se incluir também o feito do desmatamento. O aumento de população e o desmatamento provocam que o dióxido de carbono aumente na camada da atmosfera (IPCC, 2007). Os cientistas do IPCC apresentaram no ano 2007 os seguintes pontos chaves a ter em conta: O aquecimento nos sistemas climáticos é unívoco. O incremento da temperatura média global é com muita probabilidade devida à subida das concentrações de GEE. No ano 2090 as temperaturas poderiam ter subido até 2.8ºC. As temperaturas aumentam desde a metade do século passado com 95% de probabilidade a causa da ação humana. Segue a Figura 13 onde mostra-se como desde o ano 1880 até o ano 2000 as temperaturas cresceram com continuidade: Figura 13: evolução das temperaturas nos últimos anos Fonte: IPCC (2007) 35

36 Na apresentação do AR5 do IPCC (2007), foi comentado que os seguintes assuntos devem ser tratados: Rápido crescimento de concentrações de CO 2. Estreitamento dos limites da Antarctica Aumento da altitude do nível do mar Perda rápida do gelo ártico Segundo os informes da PNUMA (2005) e do UNFCC (2004), desde a revolução industrial a concentração de CO 2 na atmosfera aumentou 36% e o metano 148%. O aquecimento global está causando aumento da altura do mar, mudanças no perfil das precipitações, redução do volume dos glaciares e expansão dos desertos. No futuro mais próximo outras variações podem ser o aumento da intensidade das tormentas, trocas na agricultura, extinção de espécies e extensão geográfica das doenças. Quando as superfícies geladas o dano que pode causar torna-se perigoso também. A cor branca da neve consegue refletir os raios solares ao exterior das camadas da atmosfera. Se os glaciares começam a se derreter o que fica é mais superfície escura e água, logo este calor que deveria de ser retirado vai ficar dentro do planeta contribuindo a seu aquecimento. Provocará o aumento das temperaturas e o aumento da altura do mar. 36

37 3. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS Começa a terceira parte deste trabalho onde o objetivo é mostrar ao leitor como se obtiveram todos os dados, informações e quais procedimentos se seguiram na pesquisa feita para se chegar aos resultados procurados. Para poder fazer uma avaliação correta de quão contaminante é um pais, precisamse umas unidades de medição. Então, o primeiro é explicar o ponto fundamental de estudo: a energia. Partindo de aqui vai ser possível a análise das formas de produção de energia pelos dois países que intervêm neste trabalho. Mas é necessário dar uma primeira definição da parte mais elementar. Uma vez que este conceito é esclarecido se estabelecem todas as formas de energia que existem na atualidade, só para utilizar as que finalmente sejam de interesse. Antes de conhecer as matrizes energéticas dos países em questão, é benéfico alinhar como estão distribuídas as energias no mundo com o objetivo de produzir eletricidade. Também mostrar que porcentagem é empregado para uso comercial, industrial, residencial e destinado ao transporte. Por sua vez, é destacada a importância e a necessidade de gerar energia para o ser humano, pois é vital para continuar o ritmo de vida atual. Uma vez que é conhecido, o próximo a fazer é procurar informação do emprego dos recursos para poder gerar a energia requerida. Os tipos de combustíveis que existem e a combustão que produzirão mais adiante para proporcionar a energia desejada também são explicadas com detalhe. O processo pelo qual se produz energia calorífica através de combustíveis fósseis é por meio do uso de usinas termelétricas. As usinas termelétricas para a produção de eletricidade acarretam problemas de contaminação pelo de fato de como é gerada. Se adicionar-se o iminente esgotamento dos recursos que precisam utilizar para a geração desta eletricidade, se observa como é necessário procurar alternativas não contaminantes: as energias renováveis e a energia nuclear Tanto como pela degradação do meio ambiente, quanto pelo contínuo aumento da população e menor disponibilidade de recursos, se explicam todas as possibilidades de energia limpa que existem, pois a nuclear não é aceitada em geral pela opinião 37

38 pública. Porém, também terão inconvenientes, porque por enquanto, os rendimentos netos situam-se longe de atingir os resultados das usinas termelétricas. Mas sem esquecer o objetivo, o valor alvo visado neste trabalho é conseguir determinar como a Espanha e o Brasil contribuem ao aquecimento global e ao efeito estufa. Para combater contra o último, dois tratados foram postos em marcha: O Tratado de Montreal e o Protocolo de Kyoto. Explicam-se as bases dos dois para conhecer as tendências dos governos destes países na hora de proteger o meio ambiente. Os procedimentos aplicados são similares: tirar das estratégias energéticas substâncias contaminantes e prejudiciais para a atmosfera e adicionar métodos para procurar reduzir as emissões até níveis mais baixos e menos perigosos para a saúde do planeta. O Tratado de Montreal é explicado primeiramente, seguido do Protocolo de Kyoto, os dois pactos que causaram maior impacto na hora de tomar decisões climáticas e ambientais no mundo. Neste ponto já é momento para conhecer os dados energéticos dos países e assim oferecer o resultado final de quanto é que poluem. Antes de começar a apresentar o consumo e a geração de energia elétrica e as emissões produzidas, introduz-se ao leitor com os problemas que o aquecimento global causa no mundo. Explica-se com detalhe o processo das emissões poluentes retidas na atmosfera e as conseqüências inevitáveis que causam. Os dados finais se interpretarão corretamente só assim. Quando sejam conhecidas as emissões totais pode-se utilizar o método seguido neste trabalho para determinar quanto é que cada um deles polui: A análise visada é obter um resultado que mostre como os dois países, o Brasil e a Espanha, contribuem ao aquecimento global por meio do efeito estufa. Para que possa ser feito tem-se que obter as emissões de carbono totais geradas por cada um deles. Para calcular o impacto que o consumo e geração de energia provoca no meio ambiente e fazer uma estimativa de quanto é que a produção de energia elétrica contamina, tem que ser feita a equivalência em kg de carbono. Para isso a Tabela 10 estabelece quanto é que cada tipo de combustível fóssil contamina. As emissões ligadas a cada um são 38

39 convertidas a emissões de CO 2 para poder agrupar todas as emissões de distintos combustíveis somente uma. Segue a Tabela 10: Tabela 10: Equivalência das emissões dos combustíveis em kg de CO 2 Pounds CO 2 /million btu Kg de CO 2 /MJoules PRODUTOS DO PETRÓLEO Óleo combustível & oleo diesel Gases liqüefeitos do petróleo 161,386 0, ,039 0,0597 Coque do petróleo 225,130 0,09678 GÁS NATURAL E COMBUSTÍVEIS GASOSOS Metano 115,258 0,04955 Gás natural (gasoduto) 117,080 0, Propano 139,178 0,0598 CARVÃO Antracito 227,400 0,09776 Lignito 215,400 0,0926 Sub-bituminoso 212,700 0,09144 Bituminoso 205,300 0,08826 Fonte: EIA (2000) Para a Espanha, se fez uma coleta de quais os combustíveis mais empregados na geração de energia elétrica. A partir daqui, segundo o combustível utilizado, se conhece o total de energia obtida para cada combustível. As unidades iniciais são MWh, mas teve-se que fazer uma conversão a MJ para poder obter os kg de CO 2, pois a equivalência da EIA está em kg/mj: 39

Disciplina: Fontes Alternativas de Energia

Disciplina: Fontes Alternativas de Energia Disciplina: Fontes Alternativas de Parte 1 Fontes Renováveis de 1 Cronograma 1. Fontes renováveis 2. Fontes limpas 3. Fontes alternativas de energia 4. Exemplos de fontes renováveis 1. hidrelétrica 2.

Leia mais

Elaborado pelos alunos do 8º A da Escola Secundária Infante D. Henrique:

Elaborado pelos alunos do 8º A da Escola Secundária Infante D. Henrique: Elaborado pelos alunos do 8º A da Escola Secundária Infante D. Henrique: - Joana Moreira Lima nº16 - José Fernando nº17 - Sandra oliveira nº23 O carvão, o petróleo e o gás natural são combustíveis fósseis.

Leia mais

Tipos e fontes de energias alternativas e convencionais.

Tipos e fontes de energias alternativas e convencionais. Universidade Federal do Ceará Centro de Ciências Agrárias Departamento de Engenharia Agrícola Programa de Pós-Graduação em Engenharia Agrícola Tipos e fontes de energias alternativas e convencionais. Robson

Leia mais

Unidade IV Ser Humano e saúde. Aula 17.1

Unidade IV Ser Humano e saúde. Aula 17.1 Unidade IV Ser Humano e saúde. Aula 17.1 Conteúdo: O efeito estufa. Habilidade: Demonstrar uma postura crítica diante do uso do petróleo. REVISÃO Reações de aldeídos e cetonas. A redução de um composto

Leia mais

Produção de Energia Alternativa

Produção de Energia Alternativa Produção de Energia Alternativa Prof.Pedro Araújo Realizado por: - Diogo Fernandes nº27097 - Gonçalo Paiva nº26743 - José Silva nº27144 Introdução A produção de energias alternativas, tem vindo a ganhar

Leia mais

ENERGIA Fontes e formas de energia Impactos ambientais. Prof. Dra. Carmen Luisa Barbosa Guedes

ENERGIA Fontes e formas de energia Impactos ambientais. Prof. Dra. Carmen Luisa Barbosa Guedes ENERGIA Fontes e formas de energia Impactos ambientais Prof. Dra. Carmen Luisa Barbosa Guedes Disciplina: - 2014 A energia esta envolvida em todas as ações que ocorrem no UNIVERSO FONTES DE ENERGIA FONTES

Leia mais

Profa. Dra. Vivian C. C. Hyodo

Profa. Dra. Vivian C. C. Hyodo Profa. Dra. Vivian C. C. Hyodo A Energia e suas Fontes Fontes de Energia Renováveis Fontes de Energia Não-Renováveis Conclusões Energia: Capacidade de realizar trabalho Primeira Lei da Termodinâmica: No

Leia mais

CAPÍTULO 3 PROTOCOLO DE KIOTO

CAPÍTULO 3 PROTOCOLO DE KIOTO CAPÍTULO 3 PROTOCOLO DE KIOTO Medidas estão sendo tomadas... Serão suficientes? Estaremos, nós, seres pensantes, usando nossa casa, com consciência? O Protocolo de Kioto é um acordo internacional, proposto

Leia mais

USO DO GÁS NATURAL DE PETRÓLEO NA GERAÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA

USO DO GÁS NATURAL DE PETRÓLEO NA GERAÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ CENTRO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA AGRÍCOLA PÓS - GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA AGRÍCOLA ADP8088 - SEMINÁRIOS EM ENGENHARIA AGRÍCOLA II USO DO GÁS NATURAL DE

Leia mais

Apague velhos. Acenda uma grande. hábitos. idéia.

Apague velhos. Acenda uma grande. hábitos. idéia. Apague velhos hábitos. Acenda uma grande idéia. Crise Energética Por que todos falam em crise energética? Porque a crise energética sul-americana deixou de ser um cenário hipotético para se transformar

Leia mais

O Aquecimento Global se caracteriza pela modificação, intensificação do efeito estufa.

O Aquecimento Global se caracteriza pela modificação, intensificação do efeito estufa. O que é o Aquecimento Global? O Aquecimento Global se caracteriza pela modificação, intensificação do efeito estufa. O efeito estufa é um fenômeno natural e consiste na retenção de calor irradiado pela

Leia mais

Parte A - Questões Múltipla Escolha

Parte A - Questões Múltipla Escolha Matriz Energética Professor: Marcio Luiz Magri Kimpara Parte A - Questões Múltipla Escolha LISTA DE EXERCÍCIOS 1 1) Uso de fontes renováveis de energia no mundo. Fonte: Rio de Janeiro: IBGE, 21 O uso de

Leia mais

Emissões Atmosféricas e Mudanças Climáticas

Emissões Atmosféricas e Mudanças Climáticas CONCURSO PETROBRAS TÉCNICO(A) AMBIENTAL JÚNIOR Emissões Atmosféricas e Mudanças Climáticas Questões Resolvidas QUESTÕES RETIRADAS DE PROVAS DA BANCA CESGRANRIO DRAFT Produzido por Exatas Concursos www.exatas.com.br

Leia mais

Matriz de referência de Ciências da Natureza e suas Tecnologias

Matriz de referência de Ciências da Natureza e suas Tecnologias Matriz de referência de Ciências da Natureza e suas Tecnologias Competência de área 1 Compreender as ciências naturais e as tecnologias a elas associadas como construções humanas, percebendo seus papéis

Leia mais

Os combustíveis fósseis e as energias alternativas

Os combustíveis fósseis e as energias alternativas Os combustíveis fósseis e as energias alternativas O que são combustíveis fósseis: Os combustíveis fósseis são compostos por hidrocarbonetos e são usados por exemplo como combustível. São alguns exemplos

Leia mais

Gabarito. Construindo no presente um futuro melhor. Unidade 2

Gabarito. Construindo no presente um futuro melhor. Unidade 2 Gabarito Construindo no presente um futuro melhor Unidade 2 Curso: Ensino Médio Disciplina: Física Capítulo Página 81 1. a) Petróleo, quase 0% da produção mundial. b) Hidoelétrica, quase %. c) Como o Brasil

Leia mais

5. Resultados e Análises

5. Resultados e Análises 66 5. Resultados e Análises Neste capítulo é importante ressaltar que as medições foram feitas com uma velocidade constante de 1800 RPM, para uma freqüência de 60 Hz e uma voltagem de 220 V, entre as linhas

Leia mais

Entre no Clima, Faça sua parte por. um MUNDO melhor.

Entre no Clima, Faça sua parte por. um MUNDO melhor. Entre no Clima, Faça sua parte por um MUNDO melhor. Aquecimento Global Conheça abaixo os principais gases responsáveis pelo aquecimento global: MUDANÇAS CLIMÁTICAS E O AQUECIMENTO GLOBAL Desde a revolução

Leia mais

Como o efeito estufa pode render dinheiro para o Brasil. A Amazônia e o seqüestro de carbono e o protocolo de kyoto

Como o efeito estufa pode render dinheiro para o Brasil. A Amazônia e o seqüestro de carbono e o protocolo de kyoto Como o efeito estufa pode render dinheiro para o Brasil A Amazônia e o seqüestro de carbono e o protocolo de kyoto Histórico das reuniões 1992 - assinam a Convenção Marco sobre Mudança Climática na ECO-92.

Leia mais

Exploração sustentada de recursos geológicos Recursos energéticos

Exploração sustentada de recursos geológicos Recursos energéticos Exploração sustentada de recursos geológicos Recursos energéticos Aula nº85 22 Maio 09 Prof. Ana Reis Recursos energéticos Vivemos numa época em que os recursos energéticos afectam a vida de todas as pessoas.

Leia mais

Aula 19 Conteúdo O homem e o meio ambiente. Principais problemas ambientais do mundo.

Aula 19 Conteúdo O homem e o meio ambiente. Principais problemas ambientais do mundo. CONTEÚDO E HABILIDADES FORTALECENDO SABERES DESAFIO DO DIA Unidade IV Natureza sociedade: questões ambientais. Aula 19 Conteúdo O homem e o meio ambiente. Principais problemas ambientais do mundo. 2 CONTEÚDO

Leia mais

Aula 5 A energia não é o começo de tudo, mas já é um início

Aula 5 A energia não é o começo de tudo, mas já é um início Aula 5 A energia não é o começo de tudo, mas já é um início Itens do capítulo 5 A energia não é o começo de tudo, mas já é o início 5. A energia não é o começo de tudo, mas já é o início 5.1 O consumo

Leia mais

UNIVERSIDADE CASTELO BRANCO CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS CURSO DE BIOLOGIA (EAD)

UNIVERSIDADE CASTELO BRANCO CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS CURSO DE BIOLOGIA (EAD) UNIVERSIDADE CASTELO BRANCO CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS CURSO DE BIOLOGIA (EAD) TRABALHO DE BIOLOGIA GERAL RAQUEL ALVES DA SILVA CRUZ Rio de Janeiro, 15 de abril de 2008. TRABALHO DE BIOLOGIA GERAL TERMOELÉTRICAS

Leia mais

O capitalismo e a sociedade de consumo

O capitalismo e a sociedade de consumo O capitalismo e a sociedade de consumo Sociedade de consumo As sociedades dos países capitalistas desenvolvidos que usufruem intensamente dos bens e serviços existentes no mundo moderno. O consumismo contribui

Leia mais

Empresas de diversos setores necessitam de produzir águas quentes no âmbito das suas atividades, como por exemplo:

Empresas de diversos setores necessitam de produzir águas quentes no âmbito das suas atividades, como por exemplo: Empresas de diversos setores necessitam de produzir águas quentes no âmbito das suas atividades, como por exemplo: no Alojamento, para banhos, cozinha e limpezas nos Serviços, para limpezas, lavagem de

Leia mais

Problemas Ambientais

Problemas Ambientais Problemas Ambientais Deflorestação e perda da Biodiversidade Aquecimento Global Buraco na camada de ozono Aquecimento Global - Efeito de Estufa Certos gases ficam na atmosfera (Troposfera) e aumentam

Leia mais

Capítulo 21 Meio Ambiente Global. Geografia - 1ª Série. O Tratado de Kyoto

Capítulo 21 Meio Ambiente Global. Geografia - 1ª Série. O Tratado de Kyoto Capítulo 21 Meio Ambiente Global Geografia - 1ª Série O Tratado de Kyoto Acordo na Cidade de Kyoto - Japão (Dezembro 1997): Redução global de emissões de 6 Gases do Efeito Estufa em 5,2% no período de

Leia mais

Energia, tecnologia e política climática: perspectivas mundiais para 2030 MENSAGENS-CHAVE

Energia, tecnologia e política climática: perspectivas mundiais para 2030 MENSAGENS-CHAVE Energia, tecnologia e política climática: perspectivas mundiais para 2030 MENSAGENS-CHAVE Cenário de referência O estudo WETO apresenta um cenário de referência que descreve a futura situação energética

Leia mais

Comentários sobre o. Plano Decenal de Expansão. de Energia (PDE 2008-2017)

Comentários sobre o. Plano Decenal de Expansão. de Energia (PDE 2008-2017) Comentários sobre o Plano Decenal de Expansão de Energia (PDE 2008-2017) PAULO CÉSAR RIBEIRO LIMA JANEIRO/2009 Paulo César Ribeiro Lima 2 Comentários sobre o Plano Decenal de Expansão de Energia (PDE 2008-2017)

Leia mais

4. O Ciclo das Substancias na Termoelétrica Convencional De uma maneira geral todas as substâncias envolvidas na execução do trabalho são o

4. O Ciclo das Substancias na Termoelétrica Convencional De uma maneira geral todas as substâncias envolvidas na execução do trabalho são o 1.Introdução O fenômeno da corrente elétrica é algo conhecido pelo homem desde que viu um raio no céu e não se deu conta do que era aquilo. Os efeitos de uma descarga elétrica podem ser devastadores. Há

Leia mais

14 COMBUSTÍVEIS E TEMPERATURA DE CHAMA

14 COMBUSTÍVEIS E TEMPERATURA DE CHAMA 14 COMBUSTÍVEIS E TEMPERATURA DE CHAMA O calor gerado pela reação de combustão é muito usado industrialmente. Entre inúmeros empregos podemos citar três aplicações mais importantes e frequentes: = Geração

Leia mais

CAPÍTULO 10 ENERGIAS RENOVÁVEIS FONTES ALTERNATIVAS

CAPÍTULO 10 ENERGIAS RENOVÁVEIS FONTES ALTERNATIVAS CAPÍTULO 10 ENERGIAS RENOVÁVEIS FONTES ALTERNATIVAS. O Sol, o vento, os mares...fontes naturais de energia que não agridem o meio ambiente. Será viável utilizá-las? A Energia renovável é aquela que é obtida

Leia mais

ETENE. Energias Renováveis

ETENE. Energias Renováveis Escritório Técnico de Estudos Econômicos do Nordeste ETENE Fonte: http://www.noticiasagronegocios.com.br/portal/outros/1390-america-latina-reforca-lideranca-mundial-em-energias-renovaveis- 1. Conceito

Leia mais

MÁQUINAS TÉRMICAS AT-101

MÁQUINAS TÉRMICAS AT-101 Universidade Federal do Paraná Curso de Engenharia Industrial Madeireira MÁQUINAS TÉRMICAS AT-101 M.Sc. Alan Sulato de Andrade alansulato@ufpr.br INTRODUÇÃO: Uma das formas mais empregadas para produção

Leia mais

Quanto maior o desenvolvimento econômico de um país

Quanto maior o desenvolvimento econômico de um país Capítulo 8 Quanto maior o desenvolvimento econômico de um país Maior é o consumo de energia: -Economia dinâmica; - Elevado padrão de consumo da população Aumento da capacidade produtiva Aumento do consumo

Leia mais

Consumo Nacional de Substâncias que Destroem a Camada de Ozônio CFC.

Consumo Nacional de Substâncias que Destroem a Camada de Ozônio CFC. Nome do Indicador: Consumo Nacional de Substâncias que Destroem a Camada de Ozônio CFC. Os clorofluorcarbonos (CFC's) são substâncias artificiais que foram por muito tempo utilizadas nas indústrias de

Leia mais

Lista de Exercícios de Recuperação do 3 Bimestre

Lista de Exercícios de Recuperação do 3 Bimestre Instruções gerais: Lista de Exercícios de Recuperação do 3 Bimestre Resolver os exercícios à caneta e em folha de papel almaço ou monobloco (folha de fichário). Copiar os enunciados das questões. Entregar

Leia mais

As Principais Fontes De Energia Presentes No Mundo

As Principais Fontes De Energia Presentes No Mundo As Principais Fontes De Energia Presentes No Mundo INTRODUÇÃO: Desde a pré-história o homem vem se utilizando de diversas fortes e formas de energia, para suprir suas necessidades energéticas, por isso,

Leia mais

Células de combustível

Células de combustível Células de combustível A procura de energia no Mundo está a aumentar a um ritmo alarmante. A organização WETO (World Energy Technology and Climate Policy Outlook) prevê um crescimento anual de 1,8 % do

Leia mais

DEFINIÇÃO: Matriz energética é toda a energia disponibilizada para ser transformada, distribuída e consumida nos processos produtivos.

DEFINIÇÃO: Matriz energética é toda a energia disponibilizada para ser transformada, distribuída e consumida nos processos produtivos. R O C H A DEFINIÇÃO: Matriz energética é toda a energia disponibilizada para ser transformada, distribuída e consumida nos processos produtivos. O petróleo e seus derivados têm a maior participação na

Leia mais

MÓDULO DA AULA TEMÁTICA / BIOLOGIA E FÍSICA / ENERGIA

MÓDULO DA AULA TEMÁTICA / BIOLOGIA E FÍSICA / ENERGIA MÓDULO DA AULA TEMÁTICA / BIOLOGIA E FÍSICA / ENERGIA FÍSICA 01. Três especialistas fizeram afirmações sobre a produção de biocombustíveis. Para eles, sua utilização é importante, pois estes combustíveis.

Leia mais

www.soumaisenem.com.br

www.soumaisenem.com.br 1. (Enem 2011) Uma das modalidades presentes nas olimpíadas é o salto com vara. As etapas de um dos saltos de um atleta estão representadas na figura: Desprezando-se as forças dissipativas (resistência

Leia mais

S.O.S TERRA. Associated Press

S.O.S TERRA. Associated Press S.O.S TERRA O mundo atravessa uma fase crítica com relação ao clima e aos desafios energéticos. Se a Terra falasse, com certeza pediria socorro! Mas os desastres naturais já falam por ela e dizem muito

Leia mais

Disciplina: Eletrificação Rural. Unidade 3 Geração, transmissão e distribuição da energia elétrica.

Disciplina: Eletrificação Rural. Unidade 3 Geração, transmissão e distribuição da energia elétrica. UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ SETOR DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS DEPARTAMENTO DE SOLOS E ENGENHARIA AGRÍCOLA Disciplina: Eletrificação Rural Unidade 3 Geração, transmissão e distribuição da energia elétrica.

Leia mais

Uma visão geral do sector das energias renováveis na Roménia

Uma visão geral do sector das energias renováveis na Roménia Uma visão geral do sector das energias renováveis na Roménia A Roménia localiza-se geograficamente no centro da Europa (parte sudeste da Europa Central). O país tem,5 milhões de habitantes e abrange uma

Leia mais

COMISSÃO DE MINAS E ENERGIA. PROJETO DE LEI N o 3.986, DE 2008 I - RELATÓRIO

COMISSÃO DE MINAS E ENERGIA. PROJETO DE LEI N o 3.986, DE 2008 I - RELATÓRIO COMISSÃO DE MINAS E ENERGIA PROJETO DE LEI N o 3.986, DE 2008 Altera dispositivos da Lei nº 9.427, de 26 de dezembro de 1996, e da Lei nº 10.848, de 15 de março de 2004, para promover a geração e o consumo

Leia mais

PETRÓLEO. Prof. Marcos Colégio Sta. Clara

PETRÓLEO. Prof. Marcos Colégio Sta. Clara PETRÓLEO Prof. Marcos Colégio Sta. Clara CONCEITO E ORIGEM Petróleo: do latim petrus (pedra) + oleum (óleo) = óleo de pedra É uma substância de origem orgânica, oleosa, inflamável, geralmente menos densa

Leia mais

CAPÍTULO 28 A QUESTÃO ENERGÉTICA

CAPÍTULO 28 A QUESTÃO ENERGÉTICA Disciplina - Geografia 2 a Série Ensino Médio CAPÍTULO 28 A QUESTÃO ENERGÉTICA Professor: Gelson Alves Pereira 1- INTRODUÇÃO Nos últimos 250 anos, houve um grande consumo de energia e combustíveis. Acredita-se

Leia mais

Conceito. são os diversos tipos de materiais ou processos dos quais se podem obter energia. Podem ser divididos em dois grandes grupos:

Conceito. são os diversos tipos de materiais ou processos dos quais se podem obter energia. Podem ser divididos em dois grandes grupos: Conceito são os diversos tipos de materiais ou processos dos quais se podem obter energia. Podem ser divididos em dois grandes grupos: Renováveis renovação em um curto período de tempo; Não renováveis

Leia mais

Abril Educação Água Aluno(a): Número: Ano: Professor(a): Data: Nota:

Abril Educação Água Aluno(a): Número: Ano: Professor(a): Data: Nota: Abril Educação Água Aluno(a): Número: Ano: Professor(a): Data: Nota: Questão 1 A água e o ar são indispensáveis para a sobrevivência dos seres vivos, mas o homem vem poluindo esses meios de forma muitas

Leia mais

Ciclo hidrológico. Distribuição da água na Terra. Tipo Ocorrência Volumes (km 3 ) Água doce superficial. Rios. Lagos Umidade do solo.

Ciclo hidrológico. Distribuição da água na Terra. Tipo Ocorrência Volumes (km 3 ) Água doce superficial. Rios. Lagos Umidade do solo. Ciclo hidrológico Quase toda a água do planeta está concentrada nos oceanos. Apenas uma pequena fração (menos de 3%) está em terra e a maior parte desta está sob a forma de gelo e neve ou abaixo da superfície

Leia mais

Grandes Problemas Ambientais

Grandes Problemas Ambientais Grandes Problemas Ambientais O aumento do efeito de estufa; O aquecimento global; A Antárctica; A desflorestação; A Amazónia; A destruição da camada de ozono; As chuvas ácidas; O clima urbano; Os resíduos

Leia mais

CAPÍTULO 28 A QUESTÃO ENERGÉTICA. Professor: Gelson Alves Pereira 2ª Série Ensino Médio

CAPÍTULO 28 A QUESTÃO ENERGÉTICA. Professor: Gelson Alves Pereira 2ª Série Ensino Médio CAPÍTULO 28 A QUESTÃO ENERGÉTICA Professor: Gelson Alves Pereira 2ª Série Ensino Médio 1- Introdução Nos últimos 250 anos, houve um grande consumo de energia e combustíveis. Acredita-se que, até 2030,

Leia mais

Ciclos Biogeoquímicos

Ciclos Biogeoquímicos Os organismos retiram constantemente da natureza os elementos químicos de que necessitam, mas esses elementos sempre retornam ao ambiente. O processo contínuo de retirada e de devolução de elementos químicos

Leia mais

Mudança do Clima. Luiz Gylvan Meira Filho

Mudança do Clima. Luiz Gylvan Meira Filho SABESP São Paulo, 12 de novembro de 2008 Mudança do Clima Luiz Gylvan Meira Filho Pesquisador Visitante Instituto de Estudos Avançados Universidade de São Paulo A terra recebe energia do sol na forma de

Leia mais

AQUECIMENTO GLOBAL E MUDANÇAS CLIMÁTICAS. João Paulo Nardin Tavares

AQUECIMENTO GLOBAL E MUDANÇAS CLIMÁTICAS. João Paulo Nardin Tavares AQUECIMENTO GLOBAL E MUDANÇAS CLIMÁTICAS João Paulo Nardin Tavares INTRODUÇÃO Já podemos sentir o aquecimento global No último relatório do IPCC (Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas, órgão

Leia mais

Energia e Meio Ambiente

Energia e Meio Ambiente INSTITUTO BRASIL SOLIDÁRIO Energia e Meio Ambiente Rodrigo Valle Cezar O que é Energia INSTITUTO BRASIL SOLIDÁRIO Tudo o que existe no mundo é energia. A luz O calor A matéria Os Átomos As estrelas A

Leia mais

Realização: Aquecimento Global. Parceiros: Apoiadores:

Realização: Aquecimento Global. Parceiros: Apoiadores: Realização: Parceiros: Aquecimento Global Apoiadores: O que é o efeito estufa? É um fenômeno natural, provocado por alguns gases da atmosfera, que mantêm o nosso planeta aquecido. Esse processo acontece

Leia mais

Padrões de produção e consumo

Padrões de produção e consumo INDICADORES AMBIENTAIS DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO 113 Padrões de produção e consumo Recicloteca da COMLURB - Gávea 114 INDICADORES AMBIENTAIS DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO ÁGUA ATMOSFERA SOLO BIODIVERSIDADE

Leia mais

Energia Solar Fotovoltaica

Energia Solar Fotovoltaica Energia Solar Fotovoltaica A perceção dos problemas da energia nunca foi tão grande como nos nossos dias. Atualmente, é ponto assente que o crescimento do consumo de energia, verificado durante muitos

Leia mais

Conceitos e definições do setor de gás natural

Conceitos e definições do setor de gás natural Conceitos e definições do setor de gás natural O que é o gás natural O gás natural é um combustível fóssil que se encontra na natureza, associado ou não ao petróleo, formado por hidrocarbonetos com predominância

Leia mais

Energias Renováveis Tecnologias Integradas com o Sistema Nacional

Energias Renováveis Tecnologias Integradas com o Sistema Nacional Energias Renováveis Tecnologias Integradas com o Sistema Nacional Fimai/Simai/ Câmara Ítalo - Brasileira Elaborada por: Eng. Marcio Takata Novembro/ 2010 Contexto Fonte: Apresentação Solvis Energia - Tendências

Leia mais

GNV. Combustível de baixo impacto ambiental para frotas de Táxis.

GNV. Combustível de baixo impacto ambiental para frotas de Táxis. GNV Combustível de baixo impacto ambiental para frotas de Táxis. REUNIÃO DE ESPECIALISTAS SOBRE TRANSPORTE URBANO SUSTENTÁVEL MODERNIZAR E TORNAR ECOLÓGICA A FROTA DE TÁXIS NAS CIDADES LATINO AMERICANAS

Leia mais

M ERCADO DE C A R. de captação de investimentos para os países em desenvolvimento.

M ERCADO DE C A R. de captação de investimentos para os países em desenvolvimento. MERCADO DE CARBONO M ERCADO DE C A R O mercado de carbono representa uma alternativa para os países que têm a obrigação de reduzir suas emissões de gases causadores do efeito estufa e uma oportunidade

Leia mais

Geração, Transmissão e Distribuição de Energia Elétrica

Geração, Transmissão e Distribuição de Energia Elétrica Geração, Transmissão e Distribuição de Energia Elétrica Existem diversas maneiras de se gerar energia elétrica. No mundo todo, as três formas mais comuns são por queda d água (hidroelétrica), pela queima

Leia mais

DZ-1314.R-0 - DIRETRIZ PARA LICENCIAMENTO DE PROCESSOS DE DESTRUIÇÃO TÉRMICA DE RESÍDUOS

DZ-1314.R-0 - DIRETRIZ PARA LICENCIAMENTO DE PROCESSOS DE DESTRUIÇÃO TÉRMICA DE RESÍDUOS DZ-1314.R-0 - DIRETRIZ PARA LICENCIAMENTO DE PROCESSOS DE DESTRUIÇÃO TÉRMICA DE RESÍDUOS Notas: Aprovada pela Deliberação CECA nº 2 968, de 14 de setembro de 1993 Publicada no DOERJ de 05 de outubro de

Leia mais

Aluno (a): Professor:

Aluno (a): Professor: 3º BIM P1 LISTA DE EXERCÍCIOS CIÊNCIAS 6º ANO Aluno (a): Professor: Turma: Turno: Data: / / Unidade: ( ) Asa Norte ( ) Águas Lindas ( )Ceilândia ( ) Gama ( )Guará ( ) Pistão Norte ( ) Recanto das Emas

Leia mais

CLASSIFICAÇÃO E VIABILIDADES DE FONTES ENERGÉTICAS

CLASSIFICAÇÃO E VIABILIDADES DE FONTES ENERGÉTICAS CLASSIFICAÇÃO E VIABILIDADES 1 INTRODUÇÃO NA PRÉ HISTÓRIA O HOMEM UTILIZAVA SUA PRÓPRIA ENERGIA PARA DESENVOLVER SUAS ATIVIDADES TRANSFERÊNCIA DO ESFORÇO PARA OS ANIMAIS 2 APÓS A INVENSÃO DA RODA: UTILIZAÇÃO

Leia mais

Tipos de Energia. Gravitacional; Elétrica; Magnética; Nuclear.

Tipos de Energia. Gravitacional; Elétrica; Magnética; Nuclear. Fontes de Energia Tipos de Energia Gravitacional; Elétrica; Magnética; Nuclear. Fontes de Energia Primaria fontes que quando empregadas diretamente num trabalho ou geração de calor. Lenha, para produzir

Leia mais

Estudo da emissão veicular de Gases de Efeito Estufa (GEE) em veículos movidos à DIESEL. Prof. Dr. Ariston da Silva Melo Júnior

Estudo da emissão veicular de Gases de Efeito Estufa (GEE) em veículos movidos à DIESEL. Prof. Dr. Ariston da Silva Melo Júnior Estudo da emissão veicular de Gases de Efeito Estufa (GEE) em veículos movidos à DIESEL Prof. Dr. Ariston da Silva Melo Júnior INTRODUÇÃO Durante milhões de anos a Terra passou por ciclos naturais de aquecimento

Leia mais

Um guia para principiantes acerca de Energia e Potência

Um guia para principiantes acerca de Energia e Potência Um guia para principiantes acerca de Energia e Potência Artigo entregue por N Packer, Universidade de Staffordshire, RU, Fevereiro 2011 Energia A Energia é a capacidade de realizar o trabalho. Como acontece,

Leia mais

Departamento de Engenharia Elétrica Disciplina: Geração, Transmissão e Distribuição de Energia Elétrica. Biomassa

Departamento de Engenharia Elétrica Disciplina: Geração, Transmissão e Distribuição de Energia Elétrica. Biomassa Universidade Federal do Ceará Departamento de Engenharia Elétrica Disciplina: Geração, Transmissão e Distribuição de Energia Elétrica Universidade Federal do Ceará Biomassa Professora: Ruth Pastôra Saraiva

Leia mais

Energia Eólica. Atividade de Aprendizagem 3. Eixo(s) temático(s) Ciência e tecnologia / vida e ambiente

Energia Eólica. Atividade de Aprendizagem 3. Eixo(s) temático(s) Ciência e tecnologia / vida e ambiente Energia Eólica Eixo(s) temático(s) Ciência e tecnologia / vida e ambiente Tema Eletricidade / usos da energia / uso dos recursos naturais Conteúdos Energia eólica / obtenção de energia e problemas ambientais

Leia mais

FACULDADE DE JAGUARIÚNA

FACULDADE DE JAGUARIÚNA Comparação da eficiência ambiental de caldeira operada com gás natural e caldeira operada com casca de coco babaçu Gustavo Godoi Neves (Eng. de Produção - FAJ) gustavo_g_n@hotmail.com Dra Ângela Maria

Leia mais

ENERGIAS RENOVÁVEIS BIOMASSAS

ENERGIAS RENOVÁVEIS BIOMASSAS ENERGIAS RENOVÁVEIS BIOMASSAS O que é biomassa? - É toda matéria orgânica proveniente das plantas e animais. Como se forma a biomassa? - A biomassa é obtida através da fotossíntese realizada pelas plantas.

Leia mais

FONTES RENOVÁVEIS E NÃO RENOVÁVEIS GERADORAS DE ENERGIA ELÉTRICA NO BRASIL

FONTES RENOVÁVEIS E NÃO RENOVÁVEIS GERADORAS DE ENERGIA ELÉTRICA NO BRASIL FONTES RENOVÁVEIS E NÃO RENOVÁVEIS GERADORAS DE ENERGIA ELÉTRICA NO BRASIL Paola Ribas Gonçalves dos SANTOS, Maria Caroliny Camargo FLORENTINO, Jhennyfer Lopes Cerqueira BASTOS, Giselle Vanessa TREVISAN.

Leia mais

Disciplina: ENERGIA E BIOENERGIA

Disciplina: ENERGIA E BIOENERGIA Disciplina: ENERGIA E BIOENERGIA Energia. Conceito. Origem e interação entre as fontes e formas de energia. Conversão de energia. Unidades de energia. Prof. Dr. Eduardo Di Mauro Departamento de Física,

Leia mais

Conceito e Evolução da utilização da Energia

Conceito e Evolução da utilização da Energia Energia Limpa Agenda O que é energia limpa? Tipos de energia limpa Energia Hídrica Energia Eólica Energia Geotérmica Biomassa Energia Solar Energia do Mar O Brasil neste cenário Protocolo de Kyoto Conceito

Leia mais

Economia de Baixo de Carbono, onde estamos? para onde vamos?

Economia de Baixo de Carbono, onde estamos? para onde vamos? Seminário sobre Sustentabilidade no Setor Elétrico Brasileiro Economia de Baixo de Carbono, onde estamos? para onde vamos? 21 de novembro de 2014 Aneel Brasília O conteúdo deste relatório foi produzido

Leia mais

Acumuladores de Calor

Acumuladores de Calor Acumuladores de Calor Em virtude da atividade de muitas pessoas se desenvolver, diariamente, no interior de edifícios, tal obriga a que as condições de conforto, principalmente as relacionadas com a qualidade

Leia mais

Nesse sistema de aquecimento,

Nesse sistema de aquecimento, Enem 2007 1- Ao beber uma solução de glicose (C 6 H 12 O 6 ), um corta-cana ingere uma substância: (A) que, ao ser degradada pelo organismo, produz energia que pode ser usada para movimentar o corpo. (B)

Leia mais

Energia. Fontes e formas de energia

Energia. Fontes e formas de energia Energia Fontes e formas de energia Energia está em tudo que nos rodeia! Nestas situações associa-se energia à saúde ou à actividade. Energia está em tudo que nos rodeia! Diariamente, ouvimos ou lemos frases

Leia mais

Anexo 4 - Projeção de Demanda de Energia e da Geração Elétrica em Unidades de Serviço Público (Resultados)

Anexo 4 - Projeção de Demanda de Energia e da Geração Elétrica em Unidades de Serviço Público (Resultados) Anexo 4: Demanda de Eletricidade 1 Anexo 4 - de Demanda de Energia e da Geração Elétrica em Unidades de Serviço Público (Resultados) O Conceito de Energia Equivalente As fontes energéticas classificadas

Leia mais

Geografia. Professor: Jonas Rocha

Geografia. Professor: Jonas Rocha Geografia Professor: Jonas Rocha Questões Ambientais Consciência Ambiental Conferências Internacionais Problemas Ambientais Consciência Ambiental Até a década de 1970 o homem acreditava que os recursos

Leia mais

Matéria e energia nos ecossistemas

Matéria e energia nos ecossistemas Aula de hoje Matéria e energia nos ecossistemas Matéria e energia nos ecossistemas A forma e funcionamento dos organismos vivos evoluiu parcialmente il em respostas às condições prevalecentes no mundo

Leia mais

QUÍMICA QUESTÃO 41 QUESTÃO 42

QUÍMICA QUESTÃO 41 QUESTÃO 42 Processo Seletivo/UNIFAL- janeiro 2008-1ª Prova Comum TIPO 1 QUÍMICA QUESTÃO 41 Diferentes modelos foram propostos ao longo da história para explicar o mundo invisível da matéria. A respeito desses modelos

Leia mais

Relatório da Visita de Estudo à. Central Termoeléctrica da CEM em Coloane. Escola Portuguesa de Macau Disciplina: Física e Química A

Relatório da Visita de Estudo à. Central Termoeléctrica da CEM em Coloane. Escola Portuguesa de Macau Disciplina: Física e Química A Relatório da Visita de Estudo à Central Termoeléctrica da CEM em Coloane Escola Portuguesa de Macau Disciplina: Física e Química A Trabalho realizado por: António Sérgio Ribeiro, 10ºA, Nº3 Data: 19/03/2010

Leia mais

Energia, Riqueza e População

Energia, Riqueza e População Energia, Riqueza e População Legenda - Colunas à Esquerda: Crescimento relativo da oferta total de energia - Colunas Centrais: Crescimento relativo do Produto Interno Bruto (PIB) - Colunas à Direita: :

Leia mais

PROBLEMAS AMBIENTAIS INVERSÃO TÉRMICA INVERSÃO TÉRMICA 14/02/2014. Distribuição aproximada dos principais poluentes do ar de uma cidade (SP)

PROBLEMAS AMBIENTAIS INVERSÃO TÉRMICA INVERSÃO TÉRMICA 14/02/2014. Distribuição aproximada dos principais poluentes do ar de uma cidade (SP) PROBLEMAS AMBIENTAIS Distribuição aproximada dos principais poluentes do ar de uma cidade (SP) Liga-se com a hemoglobina impedindo o O2 de ser conduzido INVERSÃO TÉRMICA *Inversão térmica é um fenômeno

Leia mais

in Revista Visão Júnior, nº78, novembro de 2010 (adaptação gráfica)

in Revista Visão Júnior, nº78, novembro de 2010 (adaptação gráfica) AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DE SANTO ANTÓNIO Língua Portuguesa Esta Visão Júnior é dedicada ao ambiente. ( ) vais descobrir muitas formas diferentes de contribuir para preservar a Terra. O estado do planeta

Leia mais

JUSTIFICATIVAS PROPOSTA de LIMITES DE EMISSÕES FONTES EXISTENTES REFINARIAS

JUSTIFICATIVAS PROPOSTA de LIMITES DE EMISSÕES FONTES EXISTENTES REFINARIAS JUSTIFICATIVAS PROPOSTA de LIMITES DE EMISSÕES FONTES EXISTENTES REFINARIAS 1. Objetivo: Considerando os limites estabelecidos pela CONAMA 382 como referências para as fontes existentes, este documento

Leia mais

Os fenômenos climáticos e a interferência humana

Os fenômenos climáticos e a interferência humana Os fenômenos climáticos e a interferência humana Desde sua origem a Terra sempre sofreu mudanças climáticas. Basta lembrar que o planeta era uma esfera incandescente que foi se resfriando lentamente, e

Leia mais

PRESERVAR O MEIO AMBIENTE UMA MISSÃO DE TODOS NÓS

PRESERVAR O MEIO AMBIENTE UMA MISSÃO DE TODOS NÓS PRESERVAR O MEIO AMBIENTE UMA MISSÃO DE TODOS NÓS Meio Ambiente Tudo que está a nossa volta: todas as formas de vida e todos os elementos da natureza. Ecologia Ciência que estuda a relação dos seres vivos

Leia mais

PROJETO DE LEI Nº, DE 2008

PROJETO DE LEI Nº, DE 2008 PROJETO DE LEI Nº, DE 2008 (Do Sr. Lelo Coimbra) Institui o Programa Nacional de Geração de Energia Elétrica a partir do Lixo (Progel) e dá outras providências. O Congresso Nacional decreta: Art. 1º Fica

Leia mais

ECOLOGIA GERAL FLUXO DE ENERGIA E MATÉRIA ATRAVÉS DE ECOSSISTEMAS

ECOLOGIA GERAL FLUXO DE ENERGIA E MATÉRIA ATRAVÉS DE ECOSSISTEMAS ECOLOGIA GERAL Aula 05 Aula de hoje: FLUXO DE ENERGIA E MATÉRIA ATRAVÉS DE ECOSSISTEMAS Sabemos que todos os organismos necessitam de energia para se manterem vivos, crescerem, se reproduzirem e, no caso

Leia mais

rotulagem de energia eléctrica

rotulagem de energia eléctrica rotulagem de energia eléctrica ROTULAGEM DE ENERGIA ELÉCTRICA A produção e a distribuição de energia eléctrica são fundamentais para o desenvolvimento das sociedades. A rotulagem de energia eléctrica pretende

Leia mais

Evitando o Desforestamento na Amazônia: REDD e os Mercados PSA Cuiabá, 1º de abril de 2009

Evitando o Desforestamento na Amazônia: REDD e os Mercados PSA Cuiabá, 1º de abril de 2009 Evitando o Desforestamento na Amazônia: REDD e os Mercados PSA Cuiabá, 1º de abril de 2009 Desflorestamento e Mudança do Clima Luiz Gylvan Meira Filho Pesquisador Visitante Instituto de Estudos Avançados

Leia mais

Buderus Diretiva ErP. Na zona verde

Buderus Diretiva ErP. Na zona verde Buderus Diretiva ErP Na zona verde A União Europeia, no âmbito da Diretiva de ErP para os lotes 1 e 2, exige que a partir de 26 de setembro de 2015 todos os equipamentos produtores de calor e depósitos,

Leia mais

INTRODUÇÃO ÀS CIÊNCIAS DO AMBIENTE PARA ENGENHARIA

INTRODUÇÃO ÀS CIÊNCIAS DO AMBIENTE PARA ENGENHARIA UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA CENTRO DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL ÁREA DE ENGENHARIA SANITÁRIA E AMBIENTAL INTRODUÇÃO ÀS CIÊNCIAS DO AMBIENTE PARA ENGENHARIA Selma Maria

Leia mais

Utilização Racional de Biomassa Florestal Mitos e Realidades

Utilização Racional de Biomassa Florestal Mitos e Realidades Utilização Racional de Biomassa Florestal Mitos e Realidades Paulo Canaveira Seminário Tecnicelpa Bioenergias. Novas Tendências 30 Março 2007 CELPA, Associação da Indústria Papeleira Pomos o Futuro no

Leia mais