ACÇÕES DE FORMAÇÃO Novembro 2012 ALTERAÇÕES AO CÓDIGO DO IVA, RITI E LEGISLAÇÃO COMPLEMENTAR DRA. MARIA EMÍLIA PIMENTA

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1 ACÇÕES DE FORMAÇÃO Novembro 2012 ALTERAÇÕES AO CÓDIGO DO IVA, RITI E LEGISLAÇÃO COMPLEMENTAR DRA. MARIA EMÍLIA PIMENTA APECA Novembro

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3 ÍNDICe Vídeo-Projecções ALTERAÇÕES AO CÓDIGO DO IVA, REGIME DO IVA NAS TRANSAÇÕES INTRACOMUNITÁRIAS E LEGISLAÇÃO COMPLEMENTAR DL N.º 197/2012 e DL N.º 198/2012, de 24 de agosto... 3 Directiva 2008/8/CE do Conselho de 12 de Fevreiro de Directiva 2010/45/UE do Conselho de 13 de Julho de Decreto-Lei n.º 197/2012 de 24 de agosto Decreto-Lei N.º 198/2012 de 24 de agosto Portaria N.º 363/2010 de 23 de Junho Portaria N.º 22-A//2012 de 24 de Janeiro Ofício N.º Ofício N.º Proposta do Orçamento do estado para 2013 iva Imposto sobre o Valor Acrescentado

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5 ALTERAÇÕES AO CÓDIGO DO IVA, REGIME DO IVA NAS TRANSAÇÕES INTRACOMUNITÁRIAS E LEGISLAÇÃO COMPLEMENTAR DL N.º 197/2012 e DL N.º 198/2012, de 24 de agosto Dra. Maria Emília Pimenta 3

6 ALTERAÇÕES AO CÓDIGO DO IVA, REGIME DO IVA NAS TRANSAÇÕES INTRACOMUNITÁRIAS E LEGISLAÇÃO COMPLEMENTAR DL Nº 197/2012 e DL Nº198/2012, de 24 de agosto 1 DL Nº 197/ Transposição de Diretivas Comunitárias Diretiva 2008/8/CE, do Conselho, de 12 de fevereiro - Regras de localização das prestações de serviços Diretiva nº 2010/45/UE, do Conselho, de 13 de julho e Matéria de exigibilidade do imposto Simplificação dos requisitos da faturação eletrónica, Uniformização das menções a constar nas faturas referentes aos regimes de tributação Fixação de um prazo máximo para a emissão da fatura no caso dos serviços intracomunitários cujo imposto seja devido no EM do adquirente Introdução da fatura simplificada 2 4

7 DL Nº 198/2012, de 24 de agosto Comunicação à AT dos elementos da fatura Criação de um beneficio fiscal Alteração ç ao Regime dos Bens em Circulação DL nº 147/2003, de 11de julho 3 Regras de localização de meios de transporte, que não sejam de curta duração*quando o destinatário é um não sujeito passivo Conceito de locação de curta duração é a locação de um meio de transporte por um período não superior a 30 dias, ou tratando-se de uma embarcação, por um período não superior a 90 dias - art. 1º nº 2 al. j) Conceito de locação de longa duração é a locação de um meio de transporte por um período superior a 30 dias, ou tratando-se de uma embarcação, por um período superior a 90 dias. *Ver oficio circulado nº 3 115, de

8 Regras de localização de meios de transporte, que não sejam de curta duração quando o destinatário é um não sujeito passivo Regra em vigor até Regra a partir de tributação no local da sede, tributação t no lugar onde o estabelecimento estável ou destinatário tem o domicilio domicilio do prestador al.b) ou a residência habitual do nº 6 do art. 6º. al.g) dos nºs 9 e 10 do art. 6º. 5 Regras de localização de meios de transporte, que não sejam de curta duração quando o destinatário é um não sujeito passivo Exceção no caso de locação de uma embarcação de recreio, considera-se localizada no lugar onde a embarcação é colocada à disposição do destinatário, quando a prestação de serviços for efetuada por um prestador a partir da sua sede ou estabelecimento estável situados no mesmo lugar al.c) do nº 12 do art. 6º. 6 6

9 Facto gerador e exigibilidade do imposto Artigos 7º e 8º Transmissões intracomunitárias de bens efetuadas de forma continuada por um período superior a 1 mês, o imposto é devido e exigível no final de cada mês, pelo respetivo montante nº 12 do art. 7º. Prestações intracomunitárias de serviços quando o imposto é devido noutro EM, por aplicação da regra da al. a) do nº 6 do art. 6º, a exigibilidade ocorre nos termos do art. 7º - nº 3 do art. 8º. Transmissões intracomunitárias isentas ao abrigo do art. 14º do RITI o imposto torna-se exigível no momento da emissão da fatura*; se emitida fora do prazo legal, no momento em que este prazo termina nº 4 do art. 8º. *Prazo de emissão da fatura até ao dia 15 do mês seguinte àquele em que os bens foram colocados à disposição do adquirente nº 2 do art. 27º do RITI. 7 NOVAS REGRAS DE FATURAÇÃO Estas regras entram em vigor a 1 de janeiro de 2013 e, para o efeito, são alterados ao artigos 29º, 36º e 40º todos do CIVA. A expressão fatura ou documento equivalente, é substituída pelo termo fatura. São, assim, derrogadas todas as referências a fatura ou documento equivalente, constantes no CIVA e na demais legislação em vigor, as quais devem entender-se como sendo feitas, apenas, à fatura. 8 7

10 NOVAS REGRAS DE FATURAÇÃO Obrigação de emissão da fatura - artº 29º nº 1 al. b) do CIVA Passa a ser obrigatória a emissão de fatura para todas as transmissões de bens ou prestações de serviços, incluindo os pagamentos antecipados, independentemente da qualidade do adquirente ou do destinatário dos mesmos, ainda que estes não a solicitem. Os sujeitos passivos passam, assim, a ser obrigados a emitir uma fatura por cada transmissão de bens ou prestação de serviços, incluindo as efetuadas a adquirentes não sujeitos passivos. 9 NOVAS REGRAS DE FATURAÇÃO Documentos de natureza diferente da fatura Passa a constar, de forma expressa - nº 19 aditado ao art. 29º - a interdição da emissão e entrega de documentos de natureza diferente da fatura, para titular as operações tributáveis. Entende-se por documentos de natureza diferente da fatura, aqueles que não se destinam a titular as transmissões de bens ou prestações de serviços, de acordo com o uso comercial, nem reúnem os requisitos it do nº 5 do art. 36º, ou do nº 2 do art. 40º, ambos do CIVA. 10 8

11 NOVAS REGRAS DE FATURAÇÃO Prazo para emissão da fatura art. 36 nº 1 do CIVA A fatura deve ser emitida: Até ao 5º dia útil seguinte ao do momento em que o imposto é devido, nos termos do artigo 7º; Na data do recebimento, no caso de pagamentos relativos a transmissões de bens ou prestações de serviços ainda não efetuadas; Na data do recebimento, quando este coincide com o momento em que o imposto é devido nos termos do artigo 7º; No caso de prestações intracomunitárias de serviços que sejam tributáveis noutro EM, em resultado da aplicação da regra de localização prevista na al. a) do n.º 6 do art. 6º, até ao 15º dia útil do mês seguinte àquele em que o imposto é devido nos termos do artigo 7º. 11 NOVAS REGRAS DE FATURAÇÃO Elementos exigíveis na fatura - art. 36º, nºs 5, 13, 15 e 16 do CIVA Não há alterações ao nº 5 do artigo 36º. As faturas devem ser datadas, numeradas sequencialmente e conter todos os elementos referidos nas respetivas alíneas a) a f). No entanto, por via do disposto no nº 15, agora aditado, é dispensada a menção, na fatura, do nome e do domicílio do adquirente ou destinatário, prevista na al. a), quando este não seja sujeito passivo do imposto e o valor da fatura seja inferior a 1000 euros. A obrigação mantém-se, no entanto, sempre que tal menção seja solicitada. 12 9

12 NOVAS REGRAS DE FATURAÇÃO O n.º 16 do mesmo artigo, também aditado, determina a obrigação de menção, na fatura, do número de identificação fiscal do adquirente ou destinatário, não sujeito passivo, sempre que este o solicite. Efetivamente, quando não solicitada, tal menção não se mostra obrigatória. 13 NOVAS REGRAS DE FATURAÇÃO Menções exigíveis na fatura Motivo Norma aplicável Menção Elaboração da fatura pelo adquirente dos bens ou serviços Al. c) do nº. 11 do art. 36º do CIVA Autofaturação Situações em que o destinatário ou adquirente é o devedor do imposto Regime especial aplicável ao ouro para investimento Al. i), j) e l) do nº 1 do art. 2º do CIVA Al. a) do nº 6 do art. 6º, à contrário. N.º 4 do art. 5º e n.º 2 do art. 10ºdo anexo ao DL n.º 362/99, de 16 de setembro IVA autoliquidação Regime especial das agências N.º 2 do art. 4º do DL n.º 221/85, de 3 Regime da margem de lucro de viagens e circuitos turísticos de julho Agências de viagens Regime especial de tributação dos bens em segunda mão, objectos de arte, de coleção e antiguidades N.º 1 do art. 6º do anexo ao DL n.º 199/96, de 18 de outubro Regime da margem de lucro Bens em segunda mão, Regime da margem de lucro Objetos de arte, Regime da margem de lucro Objetos de coleção e antiguidades (NOTA: conforme os casos) 14 10

13 NOVAS REGRAS DE FATURAÇÃO Menções exigíveis na fatura Motivo Norma aplicável Menção Regime especial de exigibilidade do IVA nas empreitadas e Nº 1 do art. 7º do anexo ao DL n. º subempreitadas de obras 204/97, de 9 de agosto públicas Regime especial de exigibilidade Exigibilidade de caixa do IVA nas entregas de bens às Nº 1 do art. 5º do anexo ao DL n. º (NOTA: situações em que o imposto cooperativas agrícolas 418/99, de 21 de outubro é exigível no momento do Regime especial de exigibilidade pagamento) do IVA nos serviços de Anexo à Lei n.º 15/2009, de 1 de abril transporte rodoviário nacional de mercadorias Regime especial de isenção IVA regime de isenção Artigo 53º do CIVA Artigo 57º do CIVA Regime especial dos pequenos retalhistas Artigo 60º do CIVA Artigo 62º do CIVA IVA não confere direito à dedução Regime de tributação dos combustíveis líquidos aplicável aos revendedores Nº 4 do art. 72º do CIVA IVA não confere direito à dedução (ou expressão similar) 15 NOVAS REGRAS DE FATURAÇÃO Modo de processamento Art. 5º do DL nº 198/90, de 19 de junho e art. 36º nº 14 do CIVA As faturas devem ser processadas por sistemas informáticos, ou ser préimpressas em tipografias autorizadas pelo Ministro das Finanças, de acordo com as regras previstas no artigo 5º do DL nº 198/90, de 19 de junho. * Quando sejam processadas por sistemas informáticos, todas as menções obrigatórias devem ser inseridas pelo respetivo programa informático de faturação, de harmonia com o disposto no nº 14 (aditado ao art. 36º). * Há, no entanto, que atender à Portaria nº 163/2010 (redação Portaria nº 22-A/2012) 16 11

14 NOVAS REGRAS DE FATURAÇÃO Faturas eletrónicas - n.º 10 do art. 36º do CIVA e art. 3º do DL nº 196/2007, de 15 de maio.* As faturas podem, sob reserva de aceitação pelo destinatário, ser emitidas por via eletrónica desde que seja garantida a autenticidade da sua origem, a integridade do seu conteúdo e a sua legibilidade para efeitos de auditoria. De harmonia com o disposto no artigo 3.º do DL n.º 196/2007, de 15 de maio, entende-se por: a) Fatura eletrónica, uma fatura que contenha os elementos referidos nos artigos 36º ou 40º, n.º 2, do Código do IVA e que tenha sido emitida e recebida em formato eletrónico; b) Autenticidade ti id d da origem, a comprovação da identidade d do fornecedor dos bens ou serviços, ou do emitente da fatura; c) Integridade do conteúdo, o facto de o conteúdo da fatura não ter sido alterado. *Estas alterações entraram em vigor em 1 de outubro de 2012 art. 18.º do DL nº 197/2012, de 24 de agosto. 17 NOVAS REGRAS DE FATURAÇÃO De acordo com a redação dos números 3 e 4 do mencionado artigo 3.º, a garantia da autenticidade da origem e a integridade do conteúdo passam a poder ser asseguradas, para além da aposição de assinatura eletrónica nos termos do DL n.º 290-D/99, de 2 de agosto e da utilização do sistema de intercâmbio eletrónico de dados nas condições do Acordo tipo EDI europeu, através de qualquer sistema de controlo de gestão, que crie uma pista de auditoria fiável entre as faturas e as operações que as mesmas titulam

15 NOVAS REGRAS DE FATURAÇÃO FATURA SIMPLIFICADA - artigo 40º do CIVA É revogada a dispensa de faturação. Consequentemente, deixa de ser possível a emissão de talão de venda. O art. 40º passa a estabelecer a possibilidade de emissão de uma fatura simplificada em certas operações tributáveis, quando o imposto seja devido no território nacional: Transmissões de bens efetuadas por retalhistas ou vendedores ambulantes a adquirentes não sujeitos passivos, quando o valor da fatura não seja superior a 1000; Outras transmissões de bens e prestações de serviços, independentemente da qualidade do adquirente ou destinatário, quando o valor da fatura não seja superior a NOVAS REGRAS DE FATURAÇÃO Elementos exigíveis na fatura simplificada - art. 40º, nºs 2 e 3 do CIVA. A fatura simplificada deve ser devidamente identificada como tal e deve conter os seguintes elementos: O nome ou denominação social e número de identificação fiscal do fornecedor dos bens ou prestador dos serviços; A quantidade e a denominação usual dos bens transmitidos ou dos serviços prestados; O preço, líquido de imposto, a taxa ou as taxas aplicáveis e o montante do imposto devido ou, o preço com a inclusão do imposto e a taxa ou as taxas aplicáveis; O número de identificação fiscal do adquirente ou destinatário, quando este seja sujeito passivo do imposto. A fatura simplificada deve conter, ainda, o número de identificação fiscal do adquirente ou destinatário que não seja sujeito passivo do imposto, quando este o solicite. it 20 13

16 NOVAS REGRAS DE FATURAÇÃO Modo de processamento da fatura simplificada -art. 40º n. º 4 do CIVA A fatura simplificada deve ser processada: Por sistemas informáticos ou pré-impressas em tipografias autorizadas pelo Ministro das Finanças, de acordo com as regras previstas no artigo 5º do DL nº 198/90, de 19 de junho. Quando sejam processadas por sistemas informáticos, todas as menções obrigatórias devem ser inseridas pelo respetivo programa informático de faturação. Por outros meios eletrónicos, dos quais se destacam as máquinas registadoras e os terminais eletrónicos ou balanças eletrónicas, com registo obrigatório das operações no rolo interno da fita da máquina ou em registo interno, por cada transmissão de bens ou prestação de serviços, sendo-lhes, ainda, aplicáveis as restantes disposições que regem a emissão de faturas. 21 NOVAS REGRAS DE FATURAÇÃO Meios diversos para cumprimento da obrigação de faturação Art. 40º nºs 5, 6 e 7 do CIVA Mediante a emissão de documentos Nas prestações de serviços de transporte, de estacionamento, de portagens e de entradas em espetáculos, a obrigação de emissão de fatura a que se refere a al. b) do nº 1 do art. 29º pode ser cumprida com a emissão do respetivo bilhete de transporte, ingresso ou outro documento ao portador, comprovativo do pagamento. Mediante o registo das operações Nas transmissões de bens efetuadas através de aparelhos de distribuição automática que não permitam a emissão de fatura, a obrigação a que se refere a al. b) do nº 1 do art. 29º pode ser cumprida com o registo das operações. Outras situações De harmonia com o disposto no nº 6 do art. 40º, o Ministro das Finanças pode declarar aplicáveis os meios referidos nos pontos anteriores a outras categorias de sujeitos passivos que forneçam a consumidores finais serviços caraterizados pela sua uniformidade, frequência e valor limitado

17 NOVAS REGRAS DE FATURAÇÃO Documentos retificativos da fatura art. 29º n.º 7 e art. 36º nº 6 do CIVA Quando o valor tributável de uma operação ou o correspondente imposto sejam alterados, por qualquer motivo, incluindo inexatidão, deve ser emitido documento retificativo da fatura (nota de crédito, de débito, guia ou nota de devolução), o qual deve conter os elementos referidos na alínea a) do n.º 5 do art. 36º, bem como a referência à fatura a que respeita e a menção dos elementos alterados nº 7 do art. 29º. Deixa, assim, de poder ser emitida nova fatura, como forma de retificação do valor tributável ou do correspondente imposto, sem prejuízo da possibilidade de anulação da fatura inicial e sua substituição por outra, quando a retificação se deva a outros motivos. 23 NOVAS REGRAS DE FATURAÇÃO Direito à dedução art. 19º do CIVA Para efeitos do exercício do direito à dedução, as faturas apenas estão obrigadas a conter os elementos referidos nos artigos 36º ou 40º do CIVA, conforme se trate, respetivamente, de fatura ou fatura simplificada. A omissão nas faturas, por exemplo, da expressão processado por computador, ou da referência à tipografia autorizada que as imprimiu, ou, ainda, da certificação do programa de faturação, não exclui do direito à dedução o imposto nelas contido. Os documentos referidos no nº 5 do artigo 40.º não conferem o direito à dedução do imposto, designadamente e porque não contêm a identificação do sujeito passivo adquirente nº 2 do art.19º

18 NOVAS REGRAS DE FATURAÇÃO Disposições finais O art.17º do DL n.º 197/2012, de 24 de agosto, revoga os n.s 13 do art. 29º e 4 do art. 46º e o art. 47º, todos do Código do IVA, bem como o nº 6 do art. 27º do Regime do IVA nas Transações Intracomunitárias (RITI). As autorizações concedidas ao abrigo do nº 5 do art. 40º do CIVA (redação anterior à entrada em vigor do DL n.º 197/2012, de 24 de agosto), caducam em 31 de março de 2013, por força do disposto no artigo 15º do mesmo diploma. Os sujeitos passivos que pretendam ver equiparados certos documentos de uso comercial a faturas, devem solicitar autorização ao Ministro das Finanças, nos termos do nº 7 do art. 40 º do CIVA. 25 DL nº 198/2012, de 24 de Agosto Comunicação dos elementos da fatura à Autoridade Tributária Criação de um beneficio fiscal Alteração ao Regime dos Bens em Circulação DL nº 147/2003, de 11de julho 26 16

19 DL nº 198/2012, de 24 de agosto Comunicação dos elementos da fatura à Autoridade Tributária e Aduaneira Quem está obrigado à comunicação Todos os sujeitos passivos estabelecidos em território nacional e que aqui pratiquem operações sujeitas a IVA 27 DL nº 198/2012, de 24 de agosto Procedimentos e prazo de comunicação dos elementos da fatura É efetuada através de transmissão eletrónica de dados, até ao dia 8 do mês seguinte ao da sua emissão, pelas seguintes vias: Por transmissão on-line (tempo real), integrada em programa de faturação eletrónica; Através de aplicação informática (a disponibilizar pela AT) que extrairá os elementos da fatura do ficheiro SAFT-PT; Por inserção direta no Portal das Finanças, através de aplicação criada para o efeito; Por outra via eletrónica a definir em Portaria. Uma vez definido, pelo sujeito passivo, o sistema de comunicação dos elementos da fatura, este deve ser mantido para o mesmo ano civil

20 DL nº 198/2012, de 24 de agosto Criação de beneficio fiscal No final do mês seguinte à emissão da fatura, a AT disponibiliza para cada adquirente, por parte da AT, dos elementos das faturas emitidas por certos setores de atividade. Os setores de atividades abrangidos são: Manutenção e reparação de veículos automóveis; Manutenção t ã e reparação de motociclos, de suas peças e acessórios; Alojamento, restauração e similares; Atividades de salões de cabeleireiro e institutos de beleza; 29 DL nº 198/2012, de 24 de agosto Criação de beneficio fiscal Este procedimento permite que cada adquirente efetue o controlo das faturas emitidas e da possibilidade de utilização do beneficio fiscal. Se os prestadores dos serviços (dos setores de atividades referidas) não comunicarem os elementos das faturas, mas os adquirentes tiverem na sua posse faturas emitidas na aquisição desses serviços, estes podem efetuar a comunicação à AT para que o benefício fiscal possa ser concedido. Para tal devem manter as faturas em sua posse por um período de 4 anos, contados após o final do ano em que tenha ocorrido a aquisição

21 ALTERAÇÕES AO REGIME DOS BENS EM CIRCULAÇÃO DL nº 147/2003, de 11 de julho (entra em vigor a 1 de maio de 2013 OE 2013) 31 Alterações ao Regime - DL nº 147/2003, de 11 de julho Processamento dos documentos de transporte art. 5º. Os documentos podem ser processados por uma das seguintes vias: Por via eletrónica, desde que garantida a autenticidade da sua origem e a integridade do seu conteúdo, de acordo com o CIVA; Por programa informático certificado pela AT (Portaria nº 363/2010, de 23/06 alterada pela Portaria nº22-a/2012, de 24/01); Através de software produzido internamente pela empresa ou por empresa integrada no mesmo grupo, cujos respetivos direitos de autor seja detentora; Através do Portal das Finanças (é criada nova funcionalidade); Em papel, utilizando-se impressos de tipografia autorizada. Os documentos devem ser processados em três exemplares, com exceção dos emitidos por via eletrónica. A numeração dos documentos deve ser progressiva, contínua e aposta no ato da emissão

22 Alterações ao Regime - DL nº 147/2003, de 11 de julho Documentos de transporte globais art. 4º Quando os destinatários não são conhecidos, na altura da saída dos bens, os documentos de transporte são processados globalmente por qualquer das vias previstas no Regime. Devem ser impressos em papel e proceder-se do seguinte modo à medida que os fornecimentos forem feitos: no caso da entrega efetiva de bens processados em duplicado, utilizando-se o duplicado para justificar a saída; no caso da saída de bens incorporados em serviços, deve a mesma ser registada em documento próprio, nomeadamente folha de obra ou qualquer outro documento. Em ambas as situações deve ser feita sempre a referência ao documento global l 33 Alterações ao Regime - DL nº 147/2003, de 11 de julho Alterações dos elementos dos documentos Que ocorram durante o transporte; ao local de destino dos bens ou não aceitação dos bens transportados obrigação de emissão de documento de transporte adicional em papel, identificando a alteração e o documento alterado*. * Eram anotadas no próprio documento de transporte 34 20

23 Alterações ao Regime - DL nº 147/2003, de 11 de julho Comunicação à AT dos elementos dos documentos de transporte art. 5º A comunicação é obrigatória e deve ser efetuada antes do início do transporte, pelos sujeitos passivos com um VN, no período de tributação anterior, para efeitos de IR, superior a Estão dispensados os sujeitos passivos com VN, no período de tributação anterior, para efeitos de IR, igual ou inferior a Alterações ao Regime - DL nº 147/2003, de 11 de julho Comunicação à AT dos elementos dos documentos de transporte art. 5º A comunicação é efetuada : A) Por transmissão elecrónica para os sujeitos passivos que emitam os documentos de transporte, por via eletrónica; através de programa informático certificado; através de software produzido internamente ou diretamente no Portal das Finanças; Nestas situações a AT atribui um código de identificação ao documento, ficando o transportador dispensado de se fazer acompanhar do documento de transporte. Para efeitos de controlo, consideram-se exibidos os documentos comunicados, desde que apresentado o código atribuído pela AT

24 Alterações ao Regime - DL nº 147/2003, de 11 de julho Comunicação à AT dos elementos dos documentos de transporte art. 5º B) Através de serviço telefónico e (a disponibilizar para a o efeito), e para a os sujeitos passivos que emitam os documentos de transporte em papel, através de impressos tipográficos, ou nos casos de inoperacionalidade do sistema informático*, devendo fornecer os elementos essenciais do documento emitido, tendo que proceder à sua inserção no Portal das Finanças até ao 5º dia útil seguinte. * Alteração Lei do OE Alterações ao Regime - DL nº 147/2003, de 11 de julho Dispensa da comunicação Quando a fatura servir de documento e transporte e seja emitida por via eletrónica; através de programa informático certificado ou através de software produzido internamente. Neste caso, a circulação de bens deve ser acompanhada da respetiva fatura* * Alteração Lei do OE

25 Alterações ao Regime - DL nº 147/2003, de 11 de julho Tipografias autorizadas Pedido do O pedido de autorização para a impressão de documentos passa a ser efetuado no Portal das Finanças (sistema a disponibilizar). Registo O registo do fornecimento dos impressos tipográficos dos documentos de transporte/e ou faturas passa a ser efetuado através de suporte informático, devendod conter os elementos necessários à comunicação à AT. 39 Alterações ao Regime - DL nº 147/2003, de 11 de julho Tipografias autorizadas Comunicação das tipografias à AT Por cada requisição devem comunicar previamente, à AT por via eletrónica, no Portal das Finanças: os elementos identificativos dos adquirentes, e as gamas de numeração dos impressos dos documentos de transporte

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27 Directiva 2008/8/CE do CONSElho de 12 de Fevereiro de

28 PT Jornal Oficial da União Europeia L 44/11 DIRECTIVAS DIRECTIVA 2008/8/CE DO CONSELHO de 12 de Fevereiro de 2008 que altera a Directiva 2006/112/CE no que diz respeito ao lugar das prestações de serviços O CONSELHO DA UNIÃO EUROPEIA, Tendo em conta o Tratado que institui a Comunidade Europeia, nomeadamente o artigo 93. o, Tendo em conta a proposta da Comissão, Tendo em conta o parecer do Parlamento Europeu ( 1 ), Tendo em conta o parecer do Comité Económico e Social Europeu ( 2 ), Considerando o seguinte: (1) A realização do mercado interno, a globalização, a desregulamentação e a inovação tecnológica contribuíram, conjuntamente, para uma alteração profunda do volume e da estrutura do comércio de serviços. É cada vez maior o número de serviços que pode ser prestado à distância. Para atender a estas novas circunstâncias, têm vindo a ser adoptadas ao longo dos anos medidas pontuais e muitos serviços específicos são actualmente tributados com base no princípio do destino. (2) O correcto funcionamento do mercado interno requer a alteração da Directiva 2006/112/CE do Conselho, de 28 de Novembro de 2006, relativa ao sistema comum do imposto sobre o valor acrescentado ( 3 ), no que respeita ao lugar das prestações de serviços, em conformidade com a estratégia da Comissão em matéria de modernização e de simplificação do funcionamento do regime comum do IVA. (3) Relativamente a todas as prestações de serviços, o lugar de tributação deverá, em princípio, ser o lugar onde ocorre o seu consumo efectivo. Se a regra geral aplicável ao lugar das prestações de serviços for alterada neste sentido, será necessário manter determinadas excepções a esta regra, tanto por motivos administrativos como por motivos políticos. ( 1 ) JO C 104 E de , p. 143, e parecer emitido em 16 de Maio de 2006 (ainda não publicado no Jornal Oficial). ( 2 ) JO C 117 de , p. 15 e JO C 195 de , p. 54. ( 3 ) JO L 347 de , p. 1. Directiva com a última redacção que lhe foi dada pela Directiva 2007/75/CE (JO L 346 de , p. 13). (4) No que respeita às prestações de serviços a sujeitos passivos, a regra geral aplicável ao lugar das prestações de serviços deverá basear-se no lugar onde está estabelecido o destinatário, e não naquele onde está estabelecido o prestador de serviços. Para efeitos das regras de determinação do lugar das prestações de serviços e a fim de reduzir os encargos para as empresas, os sujeitos passivos que também exerçam actividades não tributáveis deverão ser tratados como sujeitos passivos relativamente a todos os serviços que lhes sejam prestados. Do mesmo modo, as pessoas colectivas que não sejam sujeitos passivos e estejam registadas para efeitos do imposto sobre o valor acrescentado deverão ser consideradas sujeitos passivos. Estas disposições, de acordo com as regras habituais, não deverão ser extensivas às prestações de serviços recebidas pelos sujeitos passivos para seu uso próprio ou do seu pessoal. (5) No que respeita aos serviços prestados a pessoas que não sejam sujeitos passivos, a regra geral deverá continuar a determinar que o lugar das prestações de serviços é aquele onde o respectivo prestador tem a sede da sua actividade económica. (6) Em determinadas circunstâncias, não se aplicam as regras gerais relativas ao lugar das prestações de serviços tanto a sujeitos passivos como a pessoas que não sejam sujeitos passivos e estes casos deverão ser objecto de disposições específicas. Tais disposições deverão basear-se, essencialmente, em critérios já definidos e reflectir o princípio da tributação no lugar do consumo, não impondo encargos administrativos desproporcionados a determinados operadores comerciais. (7) Se um sujeito passivo beneficiar de um serviço prestado por uma pessoa não estabelecida no mesmo Estado- -Membro, será obrigatoriamente aplicável, em determinados casos, o mecanismo de autoliquidação, o que significa que o sujeito passivo deve auto-avaliar o montante do IVA devido relativamente ao serviço em causa. (8) A fim de simplificar as obrigações impostas às empresas que exerçam actividades económicas em Estados-Membros nos quais não estejam estabelecidas, deverá ser instituído um regime que lhes permita registar-se para efeitos do IVA e entregar as suas declarações através de um único ponto de contacto electrónico. Enquanto esse regime não estiver instituído, deverá ser utilizado o regime introduzido para facilitar o cumprimento das obrigações fiscais dos sujeitos passivos não estabelecidos na Comunidade. 26

29 PT L 44/12 Jornal Oficial da União Europeia (9) Para fomentar a correcta aplicação da presente directiva, todos os sujeitos passivos registados para efeitos do IVA deverão apresentar um mapa recapitulativo dos sujeitos passivos e das pessoas colectivas que não sejam sujeitos passivos registadas para efeitos do IVA, a quem tenham prestado serviços tributáveis abrangidos pelo mecanismo de autoliquidação. serviços fora da Comunidade ou que, na falta de sede ou estabelecimento estável, tenham domicílio ou residência habitual fora da Comunidade.». 4. O artigo 357. o passa a ter a seguinte redacção: (10) Certas alterações ao lugar das prestações de serviços poderão ter um impacto significativo no orçamento dos Estados-Membros. Para assegurar uma transição suave, tais alterações deverão ser introduzidas progressivamente ao longo do tempo. (11) Nos termos do ponto 34 do Acordo Interinstitucional «Legislar Melhor» ( 1 ), os Estados-Membros são encorajados a elaborar, para si próprios e no interesse da Comunidade, os seus próprios quadros que ilustrem, na medida do possível, a concordância entre a presente directiva e as medidas de transposição, e a publicá-los. «Artigo 357. o O presente capítulo é aplicável até 31 de Dezembro de 2014.». Artigo 2. o A partir de 1 de Janeiro de 2010, a Directiva 2006/112/CE é alterada do seguinte modo: 1. O capítulo 3 do título V passa a ter a seguinte redacção: (12) A Directiva 2006/112/CE deverá, por conseguinte, ser alterada em conformidade, APROVOU A PRESENTE DIRECTIVA: Artigo 1. o A partir de 1 de Janeiro de 2009, a Directiva 2006/112/CE é alterada do seguinte modo: 1. O n. o 3 do artigo 56. o passa a ter a seguinte redacção: «3. O disposto nas alíneas j) e k) do n. o 1 e no n. o 2 é aplicável até 31 de Dezembro de 2009.». «CAPÍTULO 3 Lugar das prestações de serviços S e c ç ã o 1 D e f i n i ç õ e s Artigo 43. o Para efeitos da aplicação das regras relativas ao lugar das prestações de serviços: 1. O sujeito passivo que também exerça actividades ou realize operações que não sejam consideradas entregas de bens nem prestações de serviços tributáveis, nos termos do n. o 1 do artigo 2. o, é considerado sujeito passivo relativamente a todos os serviços que lhe sejam prestados. 2. O n. o 2 do artigo 57. o passa a ter a seguinte redacção: «2. O disposto no n. o 1 é aplicável até 31 de Dezembro de 2009.». 3. O n. o 2 do artigo 59. o passa a ter a seguinte redacção: «2. Até 31 de Dezembro de 2009, os Estados-Membros aplicam o disposto na alínea b) do artigo 58. o aos serviços de radiodifusão e de televisão referidos na alínea j) do n. o 1 do artigo 56. o, prestados a pessoas que não sejam sujeitos passivos, estabelecidas ou com domicílio ou residência habitual num Estado-Membro, por sujeitos passivos que tenham a sede da sua actividade económica ou disponham de um estabelecimento estável a partir do qual são prestados os ( 1 ) JO C 321 de , p Uma pessoa colectiva que não seja sujeito passivo e esteja registada para efeitos do IVA é considerada sujeito passivo. S e c ç ã o 2 D i s p o s i ç õ e s g e r a i s Artigo 44. o O lugar das prestações de serviços efectuadas a um sujeito passivo agindo nessa qualidade é o lugar onde esse sujeito passivo tem a sede da sua actividade económica. Todavia, se esses serviços forem prestados a um estabelecimento estável do sujeito passivo situado num lugar diferente daquele onde este tem a sede da sua actividade económica, o lugar das prestações desses serviços é o lugar onde está situado o estabelecimento estável. Na falta de sede ou de estabelecimento estável, o lugar das prestações dos serviços é o lugar onde o sujeito passivo destinatário tem domicílio ou residência habitual. 27

30 PT Jornal Oficial da União Europeia L 44/13 Artigo 45. o O lugar das prestações de serviços efectuadas a uma pessoa que não seja sujeito passivo é o lugar onde o prestador tem a sede da sua actividade económica. Todavia, se esses serviços forem prestados a partir de um estabelecimento estável do prestador situado num lugar diferente daquele onde o prestador tem a sede da sua actividade económica, o lugar das prestações desses serviços é o lugar onde está situado o estabelecimento estável. Na falta de sede ou de estabelecimento estável, o lugar das prestações dos serviços é o lugar onde o prestador tem domicílio ou residência habitual. S e c ç ã o 3 D i s p o s i ç õ e s e s p e c í f i c a s S u b s e c ç ã o 1 P r e s t a ç õ e s d e s e r v i ç o s e f e c t u a d a s p o r i n t e r - m e d i á r i o s a p e s s o a s q u e n ã o s e j a m s u j e i t o s p a s s i v o s Artigo 46. o O lugar das prestações de serviços efectuadas por intermediários agindo em nome e por conta de outrem a pessoas que não sejam sujeitos passivos é o lugar onde, nos termos da presente directiva, se efectua a prestação da operação principal. S u b s e c ç ã o 2 P r e s t a ç õ e s d e s e r v i ç o s r e l a c i o n a d a s c o m b e n s i m ó v e i s Artigo 47. o O lugar das prestações de serviços relacionadas com bens imóveis, incluindo os serviços prestados por peritos e agentes imobiliários, a prestação de serviços de alojamento no sector hoteleiro ou em sectores com funções análogas, tais como campos de férias ou terrenos destinados a campismo, a concessão de direitos de utilização de bens imóveis e os serviços de preparação e de coordenação de obras em imóveis, tais como os serviços prestados por arquitectos e por empresas de fiscalização de obras, é o lugar onde está situado o bem imóvel. O lugar das prestações de serviços de transporte de bens, com excepção do transporte intracomunitário de bens, efectuadas a pessoas que não sejam sujeitos passivos é o lugar onde se efectua o transporte em função das distâncias percorridas. Artigo 50. o O lugar das prestações de serviços de transporte intracomunitário de bens efectuadas a pessoas que não sejam sujeitos passivos é o lugar de partida do transporte. Artigo 51. o Entende-se por transporte intracomunitário de bens o transporte de bens cujos lugares de partida e chegada se situem no território de dois Estados-Membros diferentes. Entende-se por lugar de partida o lugar onde tem efectivamente início o transporte dos bens, não considerando os trajectos efectuados para chegar ao lugar onde se encontram os bens, e por lugar de chegada o lugar onde termina efectivamente o transporte dos bens. Artigo 52. o Os Estados-Membros podem não submeter ao IVA a parte do transporte intracomunitário de bens destinados a pessoas que não sejam sujeitos passivos, correspondente aos trajectos efectuados em águas que não façam parte do território da Comunidade. S u b s e c ç ã o 4 P r e s t a ç õ e s d e s e r v i ç o s c u l t u r a i s, a r t í s t i c o s, d e s p o r t i v o s, c i e n t í f i c o s, e d u c a t i v o s, r e - c r e a t i v o s e s i m i l a r e s, p r e s t a ç õ e s d e s e r v i - ç o s a c e s s ó r i o s d o s t r a n s p o r t e s, p e r i t a g e n s e t r a b a l h o s r e l a t i v o s a b e n s m ó v e i s Artigo 53. o O lugar das prestações de serviços e das prestações de serviços acessórios, relativos a actividades culturais, artísticas, desportivas, científicas, educativas, recreativas ou similares, tais como feiras e exposições, incluindo as prestações de serviços dos organizadores dessas actividades, é o lugar onde essas actividades são materialmente executadas. S u b s e c ç ã o 3 P r e s t a ç õ e s d e s e r v i ç o s d e t r a n s p o r t e Artigo 48. o O lugar das prestações de serviços de transporte de passageiros é o lugar onde se efectua o transporte em função das distâncias percorridas. Artigo 49. o Artigo 54. o O lugar das prestações dos serviços a seguir enumerados efectuadas a pessoas que não sejam sujeitos passivos é o lugar onde essas prestações são materialmente executadas: a) Actividades acessórias dos transportes, tais como carga, descarga, manutenção e actividades similares; b) Peritagens e trabalhos relativos a bens móveis corpóreos. 28

31 PT L 44/14 Jornal Oficial da União Europeia S u b s e c ç ã o 5 P r e s t a ç õ e s d e s e r v i ç o s d e r e s t a u r a ç ã o e d e c a t e r i n g Artigo 55. o O lugar das prestações de serviços de restauração e de catering que não sejam materialmente executadas a bordo de embarcações, aeronaves ou comboios durante uma parte de um transporte de passageiros efectuada no interior da Comunidade é o lugar onde essas prestações são materialmente executadas. S u b s e c ç ã o 6 L o c a ç ã o d e m e i o s d e t r a n s p o r t e Artigo 56. o 1. O lugar das prestações de serviços de locação de curta duração de um meio de transporte é o lugar onde tal meio de transporte é efectivamente colocado à disposição do destinatário. 2. Para efeitos do n. o 1, entende-se por curta duração a posse ou utilização contínua do meio de transporte durante um período não superior a trinta dias e, tratando-se de embarcações, durante um período não superior a noventa dias. território da Comunidade, eventualmente antes de uma escala fora da Comunidade. No caso de um transporte de ida e volta, o trajecto de volta é considerado um transporte distinto. S u b s e c ç ã o 8 P r e s t a ç ã o d e s e r v i ç o s e l e c t r ó n i c o s a p e s s o a s q u e n ã o s e j a m s u j e i t o s p a s s i v o s Artigo 58. o O lugar das prestações dos serviços prestados por via electrónica, nomeadamente os referidos no anexo II, quando efectuadas a pessoas que não sejam sujeitos passivos, estabelecidas ou com domicílio ou residência habitual num Estado-Membro, por um sujeito passivo que tenha a sede da sua actividade económica ou disponha de um estabelecimento estável a partir do qual é efectuada a prestação de serviços fora da Comunidade ou, na falta de sede ou de estabelecimento estável, tenha domicílio ou residência habitual fora da Comunidade, é o lugar onde as pessoas que não são sujeitos passivos estão estabelecidas ou têm domicílio ou residência habitual. O facto de o prestador de serviços e o destinatário comunicarem por correio electrónico não significa por si só que o serviço seja prestado por via electrónica. S u b s e c ç ã o 7 P r e s t a ç õ e s d e s e r v i ç o s d e r e s t a u r a ç ã o e d e c a t e r i n g p a r a c o n s u m o a b o r d o d e e m b a r c a - ç õ e s, a e r o n a v e s o u c o m b o i o s Artigo 57. o 1. O lugar das prestações de serviços de restauração e de catering que sejam materialmente executadas a bordo de embarcações, aeronaves ou comboios durante a parte do transporte de passageiros efectuada no território da Comunidade é o ponto de partida do transporte de passageiros. S u b s e c ç ã o 9 P r e s t a ç õ e s d e s e r v i ç o s e f e c t u a d a s a p e s s o a s q u e n ã o s e j a m s u j e i t o s p a s s i v o s e q u e e s t e - j a m e s t a b e l e c i d a s f o r a d a C o m u n i d a d e Artigo 59. o O lugar das prestações dos serviços a seguir enumerados, efectuadas a pessoas que não sejam sujeitos passivos e estejam estabelecidas ou tenham domicílio ou residência habitual fora da Comunidade, é o lugar onde essas pessoas estão estabelecidas ou têm domicílio ou residência habitual: 2. Para efeitos do n. o 1, entende-se por parte de um transporte de passageiros efectuada no território da Comunidade a parte de um transporte efectuada sem escala fora da Comunidade, entre o lugar de partida e o lugar de chegada do transporte de passageiros. a) Cessões e concessões de direitos de autor, de patentes, de licenças, de marcas industriais e comerciais e de outros direitos similares; b) Prestações de serviços de publicidade; Entende-se por lugar de partida de um transporte de passageiros o primeiro ponto previsto para o embarque de passageiros na Comunidade, eventualmente após uma escala fora da Comunidade. c) Prestações de serviços de consultores, engenheiros, gabinetes de estudo, advogados, peritos contabilistas e outras prestações similares e, bem assim, tratamento de dados e fornecimento de informações; Entende-se por lugar de chegada de um transporte de passageiros o último ponto previsto para o desembarque na Comunidade de passageiros que tenham embarcado no d) Obrigações de não exercer, total ou parcialmente, uma actividade profissional ou um dos direitos referidos no presente artigo; 29

32 PT Jornal Oficial da União Europeia L 44/15 e) Operações bancárias, financeiras e de seguros, incluindo as de resseguro, com excepção do aluguer de cofres- -fortes; f) Colocação de pessoal à disposição; g) Locação de bens móveis corpóreos, com excepção de todos os meios de transporte; Os Estados-Membros aplicam a alínea b) do artigo 59. o -A aos serviços de telecomunicações e aos serviços de radiodifusão e televisão a que se refere a alínea j) do primeiro parágrafo do artigo 59. o, prestados a pessoas que não sejam sujeitos passivos, estabelecidas ou com domicílio ou residência habitual num Estado-Membro, por sujeitos passivos cuja sede de actividade económica ou estabelecimento estável a partir do qual são prestados os serviços se situe fora da Comunidade ou que, na falta de sede ou de estabelecimento estável, tenham domicílio ou residência habitual fora da Comunidade.». h) Acesso aos sistemas de distribuição de gás natural e de electricidade, bem como prestações de serviços de transporte ou transmissão através desses sistemas, e prestação de outros serviços directamente relacionados; i) Serviços de telecomunicações; 2. O segundo parágrafo do n. o 2 do artigo 98. o passa a ter a seguinte redacção: «As taxas reduzidas não se aplicam aos serviços prestados por via electrónica.». j) Serviços de radiodifusão e televisão; k) Serviços prestados por via electrónica, nomeadamente os referidos no anexo II. O facto de o prestador de serviços e o destinatário comunicarem por correio electrónico não significa por si só que o serviço seja prestado por via electrónica. S u b s e c ç ã o 1 0 P r e v e n ç ã o d a d u p l a t r i b u t a ç ã o o u d a n ã o t r i b u t a ç ã o Artigo 59. o -A A fim de evitar casos de dupla tributação, de não tributação ou de distorções de concorrência, os Estados-Membros podem, no que diz respeito aos serviços cujo lugar de prestação se rege pelos artigos 44. o, 45. o, 56. o e 59. o, considerar: a) O lugar das prestações desses serviços ou de alguns desses serviços situado no seu território como se estivesse situado fora da Comunidade, quando a utilização e a exploração efectivas dos serviços tenham lugar fora da Comunidade; b) O lugar das prestações desses serviços ou de alguns desses serviços situado fora da Comunidade como se estivesse situado no seu território, quando a utilização e a exploração efectivas dos serviços tenham lugar no seu território. Todavia, a presente disposição não é aplicável aos serviços prestados por via electrónica a pessoas que não sejam sujeitos passivos e que estejam estabelecidas fora da Comunidade. Artigo 59. o -B 3. A parte introdutória do artigo 170. o passa a ter a seguinte redacção: «Os sujeitos passivos que, na acepção do artigo 1. o da Directiva 86/560/CEE (*), do ponto 1 do artigo 2. o e do artigo 3. o da Directiva 2008/9/CE (**) e do artigo 171. o da presente directiva, não estejam estabelecidos no Estado- -Membro em que efectuam as aquisições de bens e de serviços ou as importações de bens sobre os quais incide o IVA têm direito a obter o seu reembolso, desde que os bens ou serviços sejam utilizados para as operações seguintes: (*) Décima Terceira Directiva 86/560/CEE do Conselho, de 17 de Novembro de 1986, relativa à harmonização das legislações dos Estados-Membros respeitantes aos impostos sobre o volume de negócios modalidades de reembolso do imposto sobre o valor acrescentado aos sujeitos passivos não estabelecidos no território da Comunidade (JO L 326 de , p. 40). (**) Directiva 2008/9/CE do Conselho, de 12 de Fevereiro de 2008, que define as modalidades de reembolso do imposto sobre o valor acrescentado previsto na Directiva 2006/112/CE a sujeitos passivos não estabelecidos no Estado-Membro de reembolso, mas estabelecidos noutro Estado-Membro (JO L 44 de , p. 23).». 4. O artigo 171. o é alterado do seguinte modo: a) O n. o 1 passa a ter a seguinte redacção: «1. O reembolso do IVA em benefício dos sujeitos passivos não estabelecidos no Estado-Membro em que efectuam as aquisições de bens e de serviços ou as importações de bens sujeitas ao IVA, mas estabelecidos noutro Estado-Membro, é efectuado nos termos da Directiva 2008/9/CE.»; 30

33 PT L 44/16 Jornal Oficial da União Europeia b) O n. o 3 passa a ter a seguinte redacção: 7. O artigo 196. o passa a ter a seguinte redacção: «3. A Directiva 86/560/CEE não é aplicável: a) Aos montantes do IVA que tenham sido incorrectamente facturados de acordo com a legislação do Estado-Membro de reembolso; «Artigo 196. o O IVA é devido pelos sujeitos passivos, ou pelas pessoas colectivas que não sejam sujeitos passivos registadas para efeitos do IVA, a quem são prestados os serviços a que se refere o artigo 44. o, se os serviços forem prestados por sujeitos passivos não estabelecidos no território do Estado-Membro.». b) Aos montantes do IVA facturados relativamente às entregas de bens que estejam ou possam estar isentas ao abrigo do artigo 138. o ou da alínea b) do n. o 1 do artigo 146. o». 5. É inserido o seguinte artigo 171. o -A: «Artigo 171. o -A Em vez de concederem um reembolso do IVA ao abrigo das Directivas 86/560/CEE ou 2008/9/CE relativamente às entregas de bens e prestações de serviços a um sujeito passivo em relação às quais o sujeito passivo seja devedor do imposto de acordo com os artigos 194. o a 197. o ou com o artigo 199. o, os Estados-Membros podem permitir a dedução do imposto nos termos do artigo 168. o. Podem ser mantidas as restrições existentes ao abrigo do n. o 2 do artigo 2. o e do n. o 2 do artigo 4. o da Directiva 86/560/CEE. Para o efeito, os Estados-Membros podem excluir o sujeito passivo que seja devedor do imposto do procedimento de reembolso previsto nas Directivas 86/560/CEE ou 2008/9/CE.». 6. Na secção 1 do capítulo 1 do título XI, é inserido o seguinte artigo 192. o -A: «Artigo 192. o -A Para efeitos da aplicação da presente secção, o sujeito passivo que disponha de um estabelecimento estável no território de um Estado-Membro em que o imposto é devido é considerado sujeito passivo não estabelecido nesse Estado- -Membro quando estejam reunidas as seguintes condições: 8. No artigo 214. o, são aditadas as seguintes alíneas: «d) Os sujeitos passivos que recebam, no respectivo território, serviços pelos quais o IVA é devido por força do artigo 196. o ; e) Os sujeitos passivos estabelecidos no respectivo território que prestem serviços no território de outro Estado- -Membro pelos quais o IVA é devido unicamente pelo destinatário por força do artigo 196. o». 9. O artigo 262. o passa a ter a seguinte redacção: «Artigo 262. o Os sujeitos passivos registados para efeitos do IVA devem apresentar um mapa recapitulativo de que constem os seguintes elementos: a) Adquirentes registados para efeitos do IVA a quem tenham feito entregas de bens nas condições previstas no n. o 1 e na alínea c) do n. o 2 do artigo 138. o ; b) Pessoas registadas para efeitos do IVA a quem tenham feito entregas de bens que lhes tinham sido entregues através das aquisições intracomunitárias a que se refere o artigo 42. o ; c) Sujeitos passivos e pessoas colectivas que não sejam sujeitos passivos registadas para efeitos do IVA, a quem tenham prestado serviços que não estejam isentos no Estado-Membro em que as operações são tributáveis, e relativamente aos quais o imposto seja devido pelo destinatário por força do artigo 196. o». 10. O n. o 1 do artigo 264. o é alterado do seguinte modo: a) A entrega de bens ou a prestação de serviços tributável é efectuada no território desse Estado-Membro; b) Essa entrega de bens ou prestação de serviços é efectuada sem a intervenção de um estabelecimento de que o fornecedor ou prestador disponha no território desse Estado-Membro.». a) As alíneas a) e b) passam a ter a seguinte redacção: «a) O número de identificação IVA do sujeito passivo no Estado-Membro em que o mapa recapitulativo deve ser entregue e ao abrigo do qual efectuou entregas de bens nas condições previstas no n. o 1 do artigo 138. o ou prestações de serviços tributáveis nas condições previstas no artigo 44. o ; 31

34 PT Jornal Oficial da União Europeia L 44/17 b) O número de identificação IVA do adquirente dos bens ou do destinatário dos serviços num Estado- -Membro diferente daquele em que o mapa recapitulativo deve ser entregue e ao abrigo do qual lhe foram entregues os bens ou prestados os serviços;»; b) A alínea d) passa a ter a seguinte redacção: «d) Relativamente a cada adquirente de bens ou destinatário de serviços, o montante total das entregas de bens e o montante total das prestações de serviços efectuadas pelo sujeito passivo.». 11. O artigo 358. o é alterado do seguinte modo: a) O ponto 2 passa a ter a seguinte redacção: «2. Serviços electrónicos e serviços prestados por via electrónica, os serviços a que se refere a alínea k) do primeiro parágrafo do artigo 59. o ;»; b) O ponto 4 passa a ter a seguinte redacção: «4. Estado-Membro de consumo, o Estado-Membro em que se considera efectuada a prestação de serviços electrónicos, em conformidade com o artigo 58. o ;». 2. O lugar das prestações dos serviços a seguir enumerados a pessoas que não sejam sujeitos passivos é o lugar onde essas prestações são materialmente executadas: a) Actividades acessórias dos transportes, tais como carga, descarga, manutenção e actividades similares; b) Peritagens e trabalhos relativos a bens móveis corpóreos.». Artigo 4. o A partir de 1 de Janeiro de 2013, o n. o 2 do artigo 56. o da Directiva 2006/112/CE passa a ter a seguinte redacção: «2. O lugar da locação de um meio de transporte a pessoas que não sejam sujeitos passivos, com excepção da locação de curta duração, é o lugar onde o destinatário está estabelecido ou tem domicílio ou residência habitual. No entanto, o lugar das prestações de serviços de locação de uma embarcação de recreio a pessoas que não sejam sujeitos passivos, com excepção da locação de curta duração, é o lugar onde a embarcação de recreio é efectivamente colocada à disposição do destinatário, quando a prestação de serviços seja efectivamente realizada por um prestador a partir da sua sede ou estabelecimento estável situados nesse lugar. 12. O título do anexo II passa a ter a seguinte redacção: «LISTA INDICATIVA DOS SERVIÇOS PRESTADOS POR VIA ELECTRÓNICA A QUE SE REFERE O AR- TIGO 58. o E A ALÍNEA K) DO PRIMEIRO PARÁ- GRAFO DO ARTIGO 59. o». Artigo 3. o A partir de 1 de Janeiro de 2011, os artigos 53. o e 54. o da Directiva 2006/112/CE passam a ter a seguinte redacção: «Artigo 53. o O lugar das prestações de serviços relativos ao acesso a manifestações culturais, artísticas, desportivas, científicas, educativas, recreativas ou eventos similares, tais como feiras e exposições, e de serviços acessórios relacionados com o acesso, efectuadas a sujeitos passivos, é o lugar onde essas manifestações se realizam efectivamente. Artigo 54. o 1. O lugar das prestações de serviços e das prestações de serviços acessórios, relativos a actividades culturais, artísticas, desportivas, científicas, educativas, recreativas ou similares, tais como feiras e exposições, incluindo as prestações de serviços dos organizadores dessas actividades, efectuadas a pessoas que não sejam sujeitos passivos, é o lugar onde essas actividades se realizam efectivamente. 3. Para efeitos do disposto nos n. os 1 e 2, entende-se por curta duração a posse ou utilização contínua do meio de transporte durante um período não superior a trinta dias e, tratando-se de embarcações, durante um período não superior a noventa dias.». Artigo 5. o A partir de 1 de Janeiro de 2015, a Directiva 2006/112/CE é alterada do seguinte modo: 1. A subsecção 8 da secção 3 do capítulo 3 do título V passa a ter a seguinte redacção: «S u b s e c ç ã o 8 P r e s t a ç õ e s d e s e r v i ç o s d e t e l e c o m u n i c a ç õ e s, d e r a d i o d i f u s ã o e t e l e v i s ã o e s e r v i ç o s e l e c - t r ó n i c o s a p e s s o a s q u e n ã o s e j a m s u j e i t o s p a s s i v o s Artigo 58. o O lugar das prestações dos serviços a seguir enumerados, efectuadas a pessoas que não sejam sujeitos passivos, é o lugar onde essas pessoas estão estabelecidas ou têm domicílio ou residência habitual: a) Serviços de telecomunicações; 32

35 PT L 44/18 Jornal Oficial da União Europeia b) Serviços de radiodifusão e televisão; 6. No título XII, a epígrafe do capítulo 6 passa a ter a seguinte redacção: c) Serviços prestados por via electrónica, nomeadamente os referidos no anexo II. O facto de o prestador de serviços e o destinatário comunicarem por correio electrónico não significa por si só que o serviço seja prestado por via electrónica.». «Regimes especiais para sujeitos passivos não estabelecidos que prestam serviços de telecomunicações, de radiodifusão e televisão ou serviços electrónicos a pessoas que não sejam sujeitos passivos». 7. É suprimido o artigo 357. o. 2. No artigo 59. o, são suprimidos as alíneas i), j) e k) do primeiro parágrafo e o segundo parágrafo. 3. O artigo 59. o -A passa a ter a seguinte redacção: 8. O artigo 358. o passa a ter a seguinte redacção: «Artigo 358. o Para efeitos do presente capítulo, e sem prejuízo de outras disposições comunitárias, entende-se por: «Artigo 59. o -A A fim de evitar casos de dupla tributação, de não tributação ou de distorções de concorrência, os Estados-Membros podem, no que diz respeito aos serviços cujo lugar de prestação se rege pelos artigos 44. o, 45. o, 56. o, 58. o e 59. o, considerar: 1. Serviços de telecomunicações e serviços de radiodifusão e televisão, os serviços a que se referem as alíneas a) e b) do primeiro parágrafo do artigo 58. o. 2. Serviços electrónicos e serviços prestados por via electrónica, os serviços a que se refere a alínea c) do primeiro parágrafo do artigo 58. o. a) O lugar das prestações desses serviços ou de alguns desses situado no seu território como se estivesse situado fora da Comunidade, quando a utilização e a exploração efectivas do serviço tenham lugar fora da Comunidade; 3. Estado-Membro de consumo, o Estado-Membro no qual se considera efectuada a prestação de serviços de telecomunicações, de radiodifusão e televisão ou de serviços electrónicos por força do artigo 58. o. b) O lugar das prestações desses serviços ou de alguns desses serviços situado fora da Comunidade como se estivesse situado no seu território, quando a utilização e a exploração efectivas do serviço tenham lugar no seu território.». 4. É suprimido o artigo 59. o -B. 5. O terceiro parágrafo do n. o 1 do artigo 204. o passa a ter a seguinte redacção: «Todavia, os Estados-Membros não podem aplicar a opção prevista no segundo parágrafo aos sujeitos passivos não estabelecidos na Comunidade, na acepção do ponto 1 do artigo 358. o -A, que tenham optado pelo regime especial dos serviços de telecomunicações, de radiodifusão e televisão ou dos serviços electrónicos.». 4. Declaração de IVA, a declaração que contém as informações necessárias para determinar o montante do IVA devido em cada Estado-Membro.». 9. No título XII, a epígrafe da secção 2 do capítulo 6 passa a ter a seguinte redacção: «Regime especial para a prestação de serviços de telecomunicações, de radiodifusão e televisão ou de serviços electrónicos efectuada por sujeitos passivos não estabelecidos na Comunidade». 10. Na secção 2 do capítulo 6 do título XII, é inserido o seguinte artigo: «Artigo 358. o -A Para efeitos da presente secção, e sem prejuízo de outras disposições comunitárias, entende-se por: 33

36 PT Jornal Oficial da União Europeia L 44/19 1. Sujeito passivo não estabelecido na Comunidade, um sujeito passivo que não tenha a sede da sua actividade económica no território da Comunidade nem disponha aí de um estabelecimento estável e que, além disso, não tenha de estar registado para efeitos do IVA. 2. Estado-Membro de identificação, o Estado-Membro escolhido pelo sujeito passivo não estabelecido na Comunidade para declarar o início da sua actividade na qualidade de sujeito passivo no território da Comunidade, nos termos do disposto na presente secção.». 11. Os artigos 359. o a 365. o passam a ter a seguinte redacção: Artigo 362. o O Estado-Membro de identificação deve atribuir ao sujeito passivo não estabelecido na Comunidade um número de identificação individual para efeitos do IVA e comunica-lhe por via electrónica esse número de identificação. Com base nas informações utilizadas para a referida identificação, os Estados-Membros de consumo podem utilizar os seus próprios sistemas de identificação. Artigo 363. o O Estado-Membro de identificação deve cancelar do registo de identificação o sujeito passivo não estabelecido na Comunidade, nos seguintes casos: «Artigo 359. o Os Estados-Membros autorizam os sujeitos passivos não estabelecidos no território da Comunidade que prestem serviços de telecomunicações, de radiodifusão ou televisão ou serviços electrónicos a pessoas que não sejam sujeitos passivos estabelecidas num Estado-Membro ou que aí tenham o seu domicílio ou residência habitual a utilizar o presente regime especial. O presente regime é aplicável a todos os serviços assim prestados na Comunidade. a) Se o sujeito passivo comunicar que deixou de prestar serviços de telecomunicações, de radiodifusão e televisão ou serviços electrónicos; b) Se for possível presumir, por outros meios, que cessaram as suas actividades tributáveis; Artigo 360. o O sujeito passivo não estabelecido na Comunidade deve comunicar ao Estado-Membro de identificação o momento em que inicia e cessa a sua actividade na qualidade de sujeito passivo, ou a altera de modo a deixar de satisfazer as condições necessárias para utilizar o presente regime especial. Essa comunicação deve ser efectuada por via electrónica. c) Se o sujeito passivo tiver deixado de satisfazer as condições necessárias para utilizar o presente regime especial; d) Se o sujeito passivo persistir no incumprimento das regras relativas ao presente regime especial. Artigo 361. o 1. O sujeito passivo não estabelecido na Comunidade deve fornecer ao Estado-Membro de identificação, no momento em que inicia as suas actividades tributáveis, os seguintes elementos de identificação: a) Nome; b) Endereço postal; Artigo 364. o O sujeito passivo não estabelecido na Comunidade deve apresentar ao Estado-Membro de identificação, por via electrónica, uma declaração de IVA relativa a cada trimestre civil, independentemente de terem sido prestados ou não serviços de telecomunicações, de radiodifusão e televisão ou serviços electrónicos. A declaração de IVA deve ser apresentada no prazo de 20 dias a contar do termo do período de tributação abrangido pela declaração. c) Endereços electrónicos, incluindo os sítios web; d) Número de contribuinte nacional, se o tiver; e) Declaração em como a pessoa não está registada para efeitos do IVA no território da Comunidade. 2. O sujeito passivo não estabelecido na Comunidade deve comunicar ao Estado-Membro de identificação quaisquer alterações das informações apresentadas. Artigo 365. o A declaração de IVA deve mencionar o número de identificação e, para cada Estado-Membro de consumo em que o IVA é devido, o valor total, líquido de IVA, das prestações de serviços de telecomunicações, de radiodifusão e televisão ou de serviços electrónicos efectuadas durante o período de tributação, bem como o montante total do IVA correspondente, discriminado por taxa. Devem ser igualmente indicadas na declaração as taxas de IVA aplicáveis e o montante total do IVA devido.». 34

37 PT L 44/20 Jornal Oficial da União Europeia O n. o 1 do artigo 366. o passa a ter a seguinte redacção: 15. No capítulo 6 do título XII, é inserida a seguinte secção: «1. A declaração de IVA deve ser expressa em euros. Os Estados-Membros que não tenham adoptado o euro podem exigir que a declaração de IVA seja expressa nas respectivas moedas nacionais. Se as prestações de serviços tiverem sido efectuadas noutras divisas, o sujeito passivo não estabelecido na Comunidade aplica, para preencher a declaração de IVA, a taxa de câmbio em vigor no último dia do período de tributação.». «S e c ç ã o 3 R e g i m e e s p e c i a l p a r a a p r e s t a ç ã o d e s e r v i ç o s d e t e l e c o m u n i c a ç õ e s, d e r a - d i o d i f u s ã o e t e l e v i s ã o o u d e s e r v i ç o s e l e c t r ó n i c o s e f e c t u a d a p o r s u j e i t o s p a s s i v o s e s t a b e l e c i d o s n a C o m u n i d a d e, m a s n ã o n o E s t a d o - M e m b r o d e c o n s u m o Artigo 369. o -A Para efeitos da presente secção, e sem prejuízo de outras disposições comunitárias, entende-se por: 13. Os artigos 367. o e 368. o passam a ter a seguinte redacção: «Artigo 367. o O sujeito passivo não estabelecido na Comunidade deve pagar o IVA, mencionando a declaração de IVA relevante, no momento da apresentação da declaração de IVA, e o mais tardar no termo do prazo fixado para a apresentação da declaração. O pagamento deve ser efectuado mediante depósito numa conta bancária expressa em euros, indicada pelo Estado- -Membro de identificação. Os Estados-Membros que não tenham adoptado o euro podem exigir que o pagamento seja efectuado numa conta bancária expressa nas respectivas moedas nacionais. Artigo 368. o O sujeito passivo não estabelecido na Comunidade que utilize o presente regime especial não efectua qualquer dedução do montante do IVA a título do artigo 168. o da presente directiva. Não obstante o n. o 1 do artigo 1. o da Directiva 86/560/CEE, o sujeito passivo em causa é reembolsado nos termos da referida directiva. Os n. os 2 e 3 do artigo 2. o e o n. o 2 do artigo 4. o da Directiva 86/560/CEE não são aplicáveis aos reembolsos relacionados com os serviços de telecomunicações, de radiodifusão e televisão ou os serviços electrónicos abrangidos pelo presente regime especial.». 14. O n. o 1 do artigo 369. o passa a ter a seguinte redacção: «1. O sujeito passivo não estabelecido na Comunidade deve conservar um registo das operações abrangidas pelo presente regime especial. Esse registo deve ser suficientemente pormenorizado para permitir à administração fiscal do Estado-Membro de consumo verificar a exactidão da declaração de IVA.». 1. Sujeito passivo não estabelecido no Estado-Membro de consumo, um sujeito passivo que tenha a sede da sua actividade económica ou disponha de um estabelecimento estável no território da Comunidade, mas não tenha a sede da sua actividade económica nem disponha de um estabelecimento estável no território do Estado- -Membro de consumo. 2. Estado-Membro de identificação, o Estado-Membro no qual o sujeito passivo tem a sede da sua actividade económica ou, caso não tenha a sede da sua actividade económica na Comunidade, o Estado-Membro no qual dispõe de um estabelecimento estável. Se o sujeito passivo não tiver a sede da sua actividade económica na Comunidade mas tiver mais do que um estabelecimento estável na Comunidade, o Estado-Membro de identificação é aquele no qual disponha de um estabelecimento estável e indique que utilizará o presente regime especial. O sujeito passivo fica vinculado por esta decisão durante o ano civil em causa e os dois anos civis subsequentes. Artigo 369. o -B Os Estados-Membros autorizam os sujeitos passivos não estabelecidos no Estado-Membro de consumo que prestem serviços de telecomunicações, de radiodifusão e televisão ou serviços electrónicos a pessoas que não sejam sujeitos passivos estabelecidas no Estado-Membro ou que aí tenham o seu domicílio ou residência habitual a utilizar o presente regime especial. O presente regime é aplicável a todos os serviços assim prestados na Comunidade. Artigo 369. o -C O sujeito passivo não estabelecido no Estado-Membro de consumo deve comunicar ao Estado-Membro de identificação o momento em que inicia e cessa a sua actividade tributável abrangida pelo presente regime especial, ou a altera de modo a deixar de satisfazer as condições necessárias para utilizar o presente regime especial. Essa comunicação deve ser efectuada por via electrónica. 35

38 PT Jornal Oficial da União Europeia L 44/21 Artigo 369. o -D Os sujeitos passivos que utilizem o presente regime especial são identificados para efeitos do IVA, relativamente às operações tributáveis efectuadas ao abrigo do presente regime, apenas no Estado-Membro de identificação. Para tal, o Estado-Membro deve utilizar o número individual de identificação IVA já atribuído ao sujeito passivo para efeitos das obrigações que lhe incumbem ao abrigo do regime interno. Com base nas informações utilizadas para a referida identificação, os Estados-Membros de consumo podem utilizar os seus próprios sistemas de identificação. Artigo 369. o -E O Estado-Membro de identificação deve excluir o sujeito passivo não estabelecido no Estado-Membro de consumo do presente regime especial nos seguintes casos: a) Se o sujeito passivo comunicar que deixou de prestar serviços de telecomunicações, de radiodifusão e televisão ou serviços electrónicos; b) Se for possível presumir, por outros meios, que cessaram as suas actividades tributáveis abrangidas pelo presente regime especial; c) Se o sujeito passivo tiver deixado de satisfazer as condições necessárias para utilizar o presente regime especial; d) Se o sujeito passivo persistir no incumprimento das regras relativas ao presente regime especial. Artigo 369. o -F O sujeito passivo não estabelecido no Estado-Membro de consumo deve apresentar ao Estado-Membro de identificação, por via electrónica, uma declaração de IVA relativa a cada trimestre civil, independentemente de terem sido prestados ou não serviços de telecomunicações, de radiodifusão e televisão ou serviços electrónicos. A declaração de IVA deve ser apresentada no prazo de 20 dias a contar do termo do período de tributação abrangido pela declaração. Quando o sujeito passivo tenha um ou mais estabelecimentos estáveis, além do situado no Estado-Membro de identificação, a partir do qual os serviços são prestados, a declaração de IVA, além da informação referida no primeiro parágrafo, deve incluir o valor total das prestações dos serviços de telecomunicações, de radiodifusão e televisão ou dos serviços electrónicos abrangidas pelo presente regime especial, relativamente a cada Estado-Membro no qual disponha de um estabelecimento, bem como o número individual de identificação IVA ou o número de identificação fiscal desse estabelecimento, discriminado por Estado- -Membro de consumo. Artigo 369. o -H 1. A declaração de IVA deve ser expressa em euros. Os Estados-Membros que não tenham adoptado o euro podem exigir que a declaração de IVA seja expressa nas respectivas moedas nacionais. Se as prestações de serviços tiverem sido efectuadas noutras divisas, o sujeito passivo não estabelecido no Estado-Membro de consumo aplica, para preencher a declaração de IVA, a taxa de câmbio em vigor no último dia do período de tributação. 2. O câmbio deve ser efectuado de acordo com as taxas de câmbio desse dia publicadas pelo Banco Central Europeu ou, caso não haja publicação nesse dia, do dia de publicação seguinte. Artigo 369. o -I O sujeito passivo não estabelecido no Estado-Membro de consumo deve pagar o IVA, mencionando a declaração de IVA relevante, no momento da apresentação da declaração de IVA, e o mais tardar no termo do prazo fixado para a apresentação da declaração. O pagamento deve ser efectuado mediante depósito numa conta bancária expressa em euros, indicada pelo Estado- -Membro de identificação. Os Estados-Membros que não tenham adoptado o euro podem exigir que o pagamento seja efectuado numa conta bancária expressa nas respectivas moedas nacionais. Artigo 369. o -G A declaração de IVA deve mencionar o número de identificação a que se refere o artigo 369. o -D e, para cada Estado- -Membro de consumo em que o IVA é devido, o valor total, líquido de IVA, das prestações de serviços de telecomunicações, de radiodifusão e televisão ou de serviços electrónicos efectuadas durante o período de tributação, bem como o montante total do IVA correspondente, discriminado por taxa. Devem ser igualmente indicadas na declaração as taxas de IVA aplicáveis e o montante total do IVA devido. Artigo 369. o -J O sujeito passivo não estabelecido no Estado-Membro de consumo que utilize o presente regime especial não efectua, no que respeita às actividades tributáveis abrangidas pelo presente regime, qualquer dedução do montante do IVA a título do artigo 168. o da presente directiva. Não obstante o ponto 1 do artigo 2. o e o artigo 3. o da Directiva 2008/9/CE, o sujeito passivo em causa é reembolsado nos termos da referida directiva. 36

39 PT L 44/22 Jornal Oficial da União Europeia O sujeito passivo não estabelecido no Estado-Membro de consumo que utilize o presente regime especial e também exerça no Estado-Membro de consumo actividades não abrangidas pelo presente regime relativamente às quais seja obrigado a registar-se para efeitos de IVA deve deduzir o IVA no que respeita às actividades tributáveis abrangidas pelo presente regime na declaração de IVA a apresentar a título do artigo 250. o Artigo 369. o -K 1. O sujeito passivo não estabelecido no Estado-Membro de consumo deve conservar um registo das operações abrangidas pelo presente regime especial. Esse registo deve ser suficientemente pormenorizado para permitir à administração fiscal do Estado-Membro de consumo verificar a exactidão da declaração de IVA. 2. Se solicitado, o registo referido no n. o 1 deve ser disponibilizado electronicamente ao Estado-Membro de consumo e ao Estado-Membro de identificação. Os registos devem ser conservados por um período de 10 anos a contar de 31 de Dezembro do ano em que a operação tiver sido efectuada.». 16. A epígrafe do anexo II passa a ter a seguinte redacção: «LISTA INDICATIVA DOS SERVIÇOS PRESTADOS POR VIA ELECTRÓNICA A QUE SE REFERE A ALÍNEA C) DO PRIMEIRO PARÁGRAFO DO ARTI- GO 58. o». electrónica a pessoas que não sejam sujeitos passivos bem como sobre a questão de saber se essa regra continua a corresponder à política geral seguida nesse momento no que diz respeito ao lugar das prestações de serviços. Artigo 7. o 1. Os Estados-Membros devem pôr em vigor as disposições legislativas, regulamentares e administrativas necessárias para dar cumprimento aos artigos 1. o a 5. o da presente directiva a partir das datas indicadas respectivamente em cada um desses artigos. Os Estados-Membros devem informar imediatamente a Comissão desse facto. Quando os Estados-Membros aprovarem essas disposições, estas devem incluir uma referência à presente directiva ou ser acompanhadas dessa referência aquando da sua publicação oficial. As modalidades dessa referência são aprovadas pelos Estados-Membros. 2. Os Estados-Membros devem comunicar à Comissão o texto das principais disposições de direito interno que aprovarem nas matérias reguladas pela presente directiva. Artigo 8. o A presente directiva entra em vigor na data da sua publicação no Jornal Oficial da União Europeia. Artigo 9. o Os Estados-Membros são os destinatários da presente directiva. Artigo 6. o A Comissão apresenta, até 31 de Dezembro de 2014, um relatório sobre a viabilidade da aplicação eficaz da regra estabelecida no artigo 5. o às prestações dos serviços de telecomunicações, radiodifusão e televisão e dos serviços prestados por via Feito em Bruxelas, em 12 de Fevereiro de Pelo Conselho O Presidente A. BAJUK 37

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41 Directiva 2010/45/UE do CONSElho de 13 de Julho de

42 PT Jornal Oficial da União Europeia L 189/1 I (Actos legislativos) DIRECTIVAS DIRECTIVA 2010/45/UE DO CONSELHO de 13 de Julho de 2010 que altera a Directiva 2006/112/CE relativa ao sistema comum do imposto sobre o valor acrescentado no que respeita às regras em matéria de facturação O CONSELHO DA UNIÃO EUROPEIA, Tendo em conta o Tratado sobre o Funcionamento da União Europeia, nomeadamente o artigo 113. o, Tendo em conta a proposta da Comissão Europeia, Tendo em conta o parecer do Parlamento Europeu, (3) As regras referentes à exigibilidade do IVA nas entregas intracomunitárias de bens e nas aquisições intracomunitárias de bens deverão ser clarificadas a fim de assegurar a uniformidade das informações apresentadas nos mapas recapitulativos e a prontidão do intercâmbio de informações por meio desses mapas. É igualmente conveniente que a entrega de bens de um Estado-Membro para outro, efectuada de forma continuada ao longo de um período superior a um mês civil, seja considerada concluída no final de cada mês civil. Tendo em conta o parecer do Comité Económico e Social Europeu, Deliberando de acordo com um processo legislativo especial, Considerando o seguinte: (1) A Directiva 2006/112/CE do Conselho, de 28 de Novembro de 2006, relativa ao sistema comum do imposto sobre o valor acrescentado ( 1 ) estabelece as condições e regras referentes à facturação para efeitos do imposto sobre o valor acrescentado (adiante designado por «IVA»), a fim de assegurar o bom funcionamento do mercado interno. Nos termos do artigo 237. o dessa directiva, a Comissão apresentou um relatório que identifica, à luz da evolução tecnológica, determinadas dificuldades no que se refere à facturação electrónica, bem como outras áreas nas quais as regras do IVA deverão ser simplificadas a fim de melhorar o funcionamento do mercado interno. (2) Uma vez que a conservação de registos tem de ser suficientemente pormenorizada para permitir que os Estados-Membros controlem os produtos que circulam temporariamente de um Estado-Membro para outro, é necessário clarificar que os registos deverão incluir detalhes das peritagens relativas aos produtos que circulam temporariamente entre Estados-Membros. Além disso, as transferências de bens para outro Estado-Membro para fins de peritagens não deverão ser consideradas, para efeitos de IVA, como uma entrega de bens. ( 1 ) JO L 347 de , p. 1. (4) A fim de ajudar as pequenas e médias empresas com dificuldades em pagar o IVA à autoridade competente antes de receberem o pagamento dos seus adquirentes ou destinatários, os Estados-Membros deverão ter a possibilidade de permitir a contabilização do IVA segundo um regime de contabilidade de caixa que autorize o fornecedor ou prestador a pagar o IVA à autoridade competente quando receber o pagamento de uma entrega ou prestação e que estabeleça o seu direito à dedução quando efectuar o pagamento relativo à entrega ou prestação. Assim, os Estados-Membros poderão introduzir um regime facultativo de contabilidade de caixa que não produza efeitos negativos nos fluxos de tesouraria referentes às suas receitas do IVA. (5) A fim de conferir segurança jurídica às empresas no que respeita às suas obrigações em matéria de facturação, deverá ser claramente indicado o Estado-Membro cujas regras de facturação se aplicam. (6) A fim de melhorar o funcionamento do mercado interno, é necessário impor um prazo harmonizado para a emissão de facturas no que diz respeito a determinadas entregas ou prestações transfronteiras. (7) Determinados requisitos referentes às informações que deverão figurar nas facturas deverão ser alterados para permitir um melhor controlo do imposto, estabelecer a igualdade de tratamento entre as entregas ou prestações transfronteiriças e nacionais e ajudar a promover a facturação electrónica. 40

43 PT L 189/2 Jornal Oficial da União Europeia (8) Uma vez que a utilização da facturação electrónica pode ajudar as empresas a reduzirem custos e a serem mais competitivas, deverão ser revistos os actuais requisitos em matéria de facturação electrónica no domínio do IVA a fim de eliminar os encargos e entraves existentes à difusão da mesma. As facturas em suporte papel e as facturas electrónicas deverão ser tratadas de modo idêntico, não devendo aumentar os encargos administrativos no tocante à facturação em papel. (9) O tratamento idêntico deverá ser também aplicável no tocante às competências da administração fiscal. As suas competências em matéria de controlo e os direitos e obrigações dos sujeitos passivos deverão ser aplicáveis de modo idêntico quer o sujeito passivo opte pela emissão de facturas em suporte papel, quer em formato electrónico. (10) As facturas terão de corresponder a entregas ou prestações efectivas e as suas autenticidade, integridade e legibilidade deverão por conseguinte ser garantidas. Podem ser utilizados os controlos de gestão para estabelecer pistas de auditoria fiáveis que liguem as facturas e as entregas ou prestações, garantindo assim que qualquer factura (seja em suporte papel, seja em formato electrónico) cumpre esses requisitos. (11) A autenticidade e a integridade das facturas electrónicas podem também ser garantidas mediante a utilização de determinadas tecnologias existentes, tais como o Intercâmbio Electrónico de Dados (EDI) e as assinaturas electrónicas avançadas. Todavia, uma vez que existem ainda outras tecnologias, não deverá ser exigida aos sujeitos passivos a utilização de uma tecnologia de facturação electrónica em particular. (12) Deverá ser esclarecido que, quando um sujeito passivo armazenar em linha facturas que emitiu ou recebeu, para além do Estado-Membro em que o sujeito passivo está estabelecido, também o Estado-Membro em que o imposto é devido tem acesso a essas facturas para efeitos de controlo. (13) Atendendo a que os objectivos da presente directiva em matéria de simplificação, modernização e harmonização das regras de facturação do IVA não podem ser suficientemente realizados pelos Estados-Membros e podem, pois, ser mais bem alcançados ao nível da União, a União pode tomar medidas em conformidade com o princípio da subsidiariedade consagrado no artigo 5. o do Tratado. Em conformidade com o princípio da proporcionalidade consagrado no mesmo artigo, a presente directiva não excede o necessário para atingir aqueles objectivos. (14) Nos termos do ponto 34 do Acordo Interinstitucional «Legislar Melhor» ( 1 ), os Estados-Membros são encorajados a elaborar, para si próprios e no interesse da União, os seus próprios quadros, que ilustrem, na medida do possível, a concordância entre a presente directiva e as medidas de transposição, e a publicá-los. ( 1 ) JO C 321 de , p. 1. (15) A Directiva 2006/112/CE deverá, por conseguinte, ser alterada em conformidade, ADOPTOU A PRESENTE DIRECTIVA: Artigo 1. o Alterações à Directiva 2006/112/CE A Directiva 2006/112/CE é alterada do seguinte modo: 1. No artigo 17. o, n. o 2, a alínea f) passa a ter a seguinte redacção: «f) A prestação de serviços efectuada para o sujeito passivo que tenha por objecto peritagens ou trabalhos relativos aos bens em questão, executados materialmente no território do Estado-Membro de chegada da expedição ou do transporte dos bens, desde que, após a peritagem ou os trabalhos, os bens sejam reexpedidos com destino a esse sujeito passivo para o Estado-Membro a partir do qual haviam sido inicialmente expedidos ou transportados;»; 2. No artigo 64. o, o n. o 2 passa a ter a seguinte redacção: «2. As entregas de bens expedidos ou transportados para um Estado-Membro que não seja o da partida da expedição ou do transporte e entregues com isenção de IVA, ou transferidos com isenção de IVA para outro Estado-Membro por um sujeito passivo para os fins da sua empresa, nas condições previstas no artigo 138. o, efectuadas de forma continuada ao longo de um período superior a um mês civil, consideram-se concluídas no final de cada mês civil, enquanto não for posto termo à entrega. As prestações de serviços cujo destinatário seja devedor do imposto por força do artigo 196. o, efectuadas de forma continuada ao longo de um período superior a um ano e que não impliquem pagamentos por conta ou pagamentos durante esse período, consideram-se concluídas no final de cada ano civil, enquanto não for posto termo à prestação de serviços. Os Estados-Membros podem prever que, em determinados casos, que não sejam os previstos no primeiro e no segundo parágrafos, as entregas de bens e as prestações de serviços efectuadas de forma continuada ao longo de determinado período sejam consideradas concluídas pelo menos com intervalos de um ano.»; 41

44 PT Jornal Oficial da União Europeia L 189/3 3. No artigo 66. o, a alínea c) do primeiro parágrafo e o segundo parágrafo passam a ter a seguinte redacção: «c) Nos casos em que a factura não seja emitida ou seja emitida tardiamente, dentro de um prazo fixado nunca posterior ao termo do prazo para a emissão de facturas fixado pelos Estados-Membros por força do segundo parágrafo do artigo 222. o ou, se esse prazo não tiver sido fixado pelo Estado-Membro, dentro de um prazo fixado a contar da data do facto gerador. Contudo, a derrogação prevista no primeiro parágrafo não é aplicável às prestações de serviços em relação às quais o imposto seja devido pelo destinatário de serviços por força do artigo 196. o nem às transferências de bens a que se refere o artigo 67. o.»; 4. O artigo 67. o passa a ter a seguinte redacção: «Artigo 67. o Quando, nas condições previstas no artigo 138. o, forem entregues com isenção de IVA bens expedidos ou transportados para um Estado-Membro que não seja o da partida da expedição ou do transporte, ou quando forem transferidos bens com isenção de IVA para outro Estado-Membro por um sujeito passivo para os fins da sua empresa, o imposto torna-se exigível no momento da emissão da factura, ou, se não tiver sido emitida nenhuma factura até essa data, no termo do prazo a que se refere o primeiro parágrafo do artigo 222. o. O n. o 1 do artigo 64. o, o terceiro parágrafo do n. o 2 do artigo 64. o e o artigo 65. o não se aplicam no que diz respeito às entregas e transferências de bens a que se refere o primeiro parágrafo.»; 5. O artigo 69. o passa a ter a seguinte redacção: «Artigo 69. o No caso da aquisição intracomunitária de bens, o imposto torna-se exigível no momento da emissão da factura, ou, se não tiver sido emitida nenhuma factura até essa data, no termo do prazo a que se refere o primeiro parágrafo do artigo 222. o.»; 6. No n. o 2 do artigo 91. o, o segundo parágrafo passa a ter a seguinte redacção: «Os Estados-Membros aceitam que seja antes utilizada a última taxa de câmbio publicada pelo Banco Central Europeu no momento em que o imposto se torna exigível. A conversão entre moedas diferentes do euro é efectuada utilizando a taxa de câmbio para o euro de cada uma das moedas nacionais. Os Estados-Membros podem exigir que lhes seja notificado o exercício desta opção por parte do sujeito passivo. Todavia, no que diz respeito a algumas das operações referidas no primeiro parágrafo ou a certas categorias de sujeitos passivos, os Estados-Membros têm a faculdade de utilizar a taxa de câmbio determinada de acordo com as disposições comunitárias em vigor para o cálculo do valor aduaneiro.»; 7. É inserido o seguinte artigo: «Artigo 167. o -A Os Estados-Membros podem estabelecer, no âmbito de um regime facultativo, que o direito à dedução dos sujeitos passivos cujo IVA se torne unicamente exigível nos termos do disposto na alínea b) do artigo 66. o seja adiado até que o IVA que incide sobre os bens entregues ou sobre os serviços prestados a esses sujeitos passivos tenha sido pago ao seu fornecedor ou prestador. Os Estados-Membros que apliquem o regime facultativo a que se refere o primeiro parágrafo estabelecem um limiar para os sujeitos passivos que utilizem o regime no seu território, baseado no volume de negócios anual do sujeito passivo calculado nos termos do artigo 288. o. Esse limiar não pode ser superior a EUR ou ao seu contravalor em moeda nacional. Os Estados-Membros podem aumentar esse limiar até EUR ou ao seu contravalor em moeda nacional, após consulta do Comité do IVA. Essa consulta do Comité do IVA não é todavia exigida relativamente aos Estados-Membros que apliquem um limiar superior a EUR ou ao seu contravalor em moeda nacional à data de 31 de Dezembro de Os Estados-Membros informam o Comité do IVA das medidas legislativas nacionais adoptadas por força do disposto no primeiro parágrafo.»; 8. O artigo 178. o é alterado do seguinte modo: a) A alínea a) passa a ter a seguinte redacção: «a) Relativamente à dedução referida na alínea a) do artigo 168. o, no que respeita às entregas de bens e às prestações de serviços, possuir uma factura emitida nos termos das secções 3 a 6 do capítulo 3 do título XI;»; b) A alínea c) passa a ter a seguinte redacção: «c) Relativamente à dedução referida na alínea c) do artigo 168. o, no que respeita às aquisições intracomunitárias de bens, ter incluído na declaração de IVA prevista no artigo 250. o todos os dados necessários para determinar o montante do IVA devido relativamente a essas aquisições de bens e possuir uma factura emitida nos termos das secções 3 a 5 do capítulo 3 do título XI;»; 9. O artigo 181. o passa a ter a seguinte redacção: «Artigo 181. o Os Estados-Membros podem autorizar o sujeito passivo que não possua uma factura emitida nos termos das secções 3 a 5 do capítulo 3 do título XI a proceder à dedução referida na alínea c) do artigo 168. o, no que respeita às suas aquisições intracomunitárias de bens.»; 42

45 PT L 189/4 Jornal Oficial da União Europeia No n. o 1 do artigo 197. o, a alínea c) passa a ter a seguinte redacção: «c) A factura emitida pelo sujeito passivo não estabelecido no Estado-Membro do destinatário é elaborada nos termos das secções 3 a 5 do capítulo 3.»; 11. O artigo 217. o passa a ter a seguinte redacção: «Artigo 217. o Para efeitos da presente directiva, entende-se por factura electrónica uma factura que contenha as informações exigidas na presente directiva e que tenha sido emitida e recebida em formato electrónico.»; 12. No título XI, capítulo 3, secção 3, é inserido o seguinte artigo: «Artigo 219. o -A Sem prejuízo do disposto nos artigos 244. o a 248. o, são aplicáveis as seguintes disposições: 1. A facturação fica sujeita às regras aplicáveis no Estado- -Membro em que se considera efectuada a entrega de bens ou a prestação de serviços, nos termos do disposto no título V. 2. Em derrogação do n. o 1, a facturação fica sujeita às regras aplicáveis no Estado-Membro em que o fornecedor ou prestador tem a sede da sua actividade económica ou dispõe de um estabelecimento estável a partir do qual a entrega ou prestação é efectuada ou, na falta de sede ou de estabelecimento estável, o Estado-Membro no qual o fornecedor ou prestador tem domicílio ou residência habitual, quando: a) O fornecedor ou prestador não estiver estabelecido no Estado-Membro em que se considera efectuada a entrega de bens ou a prestação de serviços, nos termos do disposto no título V, ou não houver a intervenção de um estabelecimento de que o fornecedor ou prestador disponha no território desse Estado- -Membro, na acepção do artigo 192. o -A, e o devedor do IVA for a pessoa a quem os bens são entregues ou os serviços prestados. Todavia, quando a factura é emitida pelo adquirente ou destinatário (autofacturação), aplica-se o disposto no n. o 1. b) A entrega de bens ou prestação de serviços for considerada não efectuada na Comunidade, nos termos do disposto no título V.»; 13. O artigo 220. o passa a ter a seguinte redacção: «Artigo 220. o 1. Os sujeitos passivos devem assegurar que seja emitida uma factura, por eles próprios, pelos adquirentes ou destinatários ou, em seu nome e por sua conta, por terceiros, nos seguintes casos: 1. Relativamente às entregas de bens ou às prestações de serviços que efectuem a outros sujeitos passivos ou a pessoas colectivas que não sejam sujeitos passivos; 2. Relativamente às entregas de bens referidas no artigo 33. o ; 3. Relativamente às entregas de bens efectuadas nas condições previstas no artigo 138. o ; 4. Relativamente aos pagamentos por conta que lhes sejam efectuados antes de se realizar uma das entregas de bens a que se referem os pontos 1. e 2.; 5. Relativamente aos pagamentos por conta que lhes sejam efectuados por outros sujeitos passivos, ou por pessoas colectivas que não sejam sujeitos passivos, antes de se concluir a prestação de serviços. 2. Em derrogação do disposto no n. o 1, e sem prejuízo do disposto no n. o 2 do artigo 221. o, não é exigida a emissão de factura relativamente a prestações de serviços isentas ao abrigo das alíneas a) a g) do n. o 1 do artigo 135. o.» 14. É inserido o seguinte artigo: «Artigo 220. o -A 1. Os Estados-Membros autorizam sujeitos passivos a emitir uma factura simplificada em qualquer dos seguintes casos: a) Quando o montante da factura não for superior a 100 EUR ou ao seu contravalor em moeda nacional; b) Quando a factura emitida for um documento ou mensagem equiparado a factura por força do disposto no artigo 219. o. 2. Os Estados-Membros não podem autorizar os sujeitos passivos a emitir facturas simplificadas quando as facturas devam ser emitidas por força do disposto nos pontos 2. e 3. do n. o 1 do artigo 220. o ou quando as entregas de bens ou prestações de serviços tributáveis forem efectuadas por sujeitos passivos não estabelecidos no Estado-Membro em que o IVA é devido ou sem a intervenção de um estabelecimento de que o fornecedor ou prestador disponha no território desse Estado-Membro, na acepção do artigo 192. o -A, e o devedor do IVA for a pessoa a quem os bens são entregues ou os serviços prestados.»; 15. Os artigos 221. o, 222. o, 223. o, 224. o e 225. o passam a ter a seguinte redacção: «Artigo 221. o 1. Os Estados-Membros podem impor aos sujeitos passivos a obrigação de emitirem uma factura nos termos dos artigos 226. o ou 226. o -B no que respeita a entregas de bens ou prestações de serviços diferentes das referidas no n. o 1 do artigo 220. o. 43

46 PT Jornal Oficial da União Europeia L 189/5 2. Os Estados-Membros podem impor aos sujeitos passivos estabelecidos no seu território ou que aí disponham de um estabelecimento estável a partir do qual a entrega ou prestação é efectuada a obrigação de emitirem uma factura nos termos dos artigos 226. o ou 226. o -B relativamente às prestações de serviços isentas ao abrigo das alíneas a) a g) do n. o 1 do artigo 135. o efectuadas por esses sujeitos passivos no seu território ou fora da Comunidade. 3. Os Estados-Membros podem dispensar os sujeitos passivos da obrigação, prevista no n. o 1 do artigo 220. o ou no artigo 220. o -A, de emitirem uma factura relativamente às entregas de bens ou prestações de serviços efectuadas no seu território e que estejam isentas, com ou sem direito à dedução do IVA pago no estádio anterior, por força do disposto nos artigos 110. o e 111. o, no n. o 1 do artigo 125. o, no artigo 127. o, no n. o 1 do artigo 128. o, no artigo 132. o, nas alíneas h) a l) do n. o 1 do artigo 135. o, nos artigos 136. o, 371. o, 375. o, 376. o e 377. o, no n. o 2 do artigo 378. o, no n. o 2 do artigo 379. o e nos artigos 380. o a 390. o -B. Artigo 222. o Relativamente às entregas de bens efectuadas nas condições previstas no artigo 138. o ou às prestações de serviços relativamente às quais o imposto seja devido pelo destinatário por força do disposto no artigo 196. o, é emitida uma factura o mais tardar no décimo quinto dia do mês seguinte àquele em que ocorreu o facto gerador do imposto. Relativamente a outras entregas de bens ou prestações de serviços, os Estados-Membros podem impor aos sujeitos passivos prazos para a emissão de facturas. Artigo 223. o Os Estados-Membros autorizam sujeitos passivos a emitir facturas periódicas que pormenorizem diversas entregas de bens ou prestações de serviços separadas, desde que o IVA relativo às entregas ou prestações mencionadas na factura periódica se torne exigível durante o mesmo mês civil. Sem prejuízo do disposto no artigo 222. o, os Estados-Membros podem autorizar que sejam incluídas nas facturas periódicas entregas de bens ou prestações de serviços em relação às quais o IVA se tenha tornado exigível durante um período superior a um mês civil. Artigo 224. o É autorizada a elaboração de facturas pelos adquirentes ou destinatários relativamente às entregas de bens ou prestações de serviços que lhes sejam efectuadas por sujeitos passivos, na condição de existir um acordo prévio entre as duas partes e sob reserva de cada factura ser sujeita a um procedimento de aceitação pelos sujeitos passivos que efectuem a entrega de bens ou a prestação de serviços. Os Estados-Membros podem exigir que tais facturas sejam emitidas em nome e por conta dos sujeitos passivos. Artigo 225. o Os Estados-Membros podem impor condições específicas aos sujeitos passivos no caso de o terceiro, o adquirente ou o destinatário que emite as facturas estar estabelecido num país com o qual não exista qualquer instrumento jurídico relativo à assistência mútua de alcance análogo ao previsto na Directiva 2010/24/UE (*) e no Regulamento (CE) n. o 1798/2003 (**) (*) Directiva 2010/24/UE do Conselho de 16 de Março de 2010 relativa à assistência mútua em matéria de cobrança de créditos respeitantes a impostos, direitos e outras medidas (JO L 84 de , p. 1). (**) Regulamento (CE) n. o 1798/2003 do Conselho, de 7 de Outubro de 2003, relativo à cooperação administrativa no domínio do imposto sobre o valor acrescentado (JO L 264 de , p. 1).»; 16. O artigo 226. o é alterado do seguinte modo: a) É inserido o ponto seguinte: «7-A Quando o IVA se torna exigível no momento em que o pagamento é recebido em conformidade com a alínea b) do artigo 66. o e o direito à dedução surge no momento em que o imposto dedutível se torna exigível, a menção Contabilidade de caixa ;»; b) É inserido o ponto seguinte: «10-A Quando a factura for emitida pelo adquirente ou destinatário da entrega de bens ou da prestação de serviços, e não pelo fornecedor ou prestador, a menção Autofacturação ;»; c) O ponto 11. passa a ter a seguinte redacção: «11. Em caso de isenção, a referência à disposição aplicável da presente directiva, ou à disposição nacional correspondente, ou qualquer outra menção indicando que a entrega de bens ou a prestação de serviços beneficia de isenção;»; d) É inserido o ponto seguinte: «11-A Quando o adquirente ou destinatário for devedor do imposto, a menção Autoliquidação ;»; e) O ponto 13. e o ponto 14. passam a ter a seguinte redacção: «13. Em caso de aplicação do regime especial das agências de viagens, a menção Regime da margem de lucro Agências de viagens ; 14. Em caso de aplicação de um dos regimes especiais aplicáveis no domínio dos bens em segunda mão, dos objectos de arte e de colecção e das antiguidades, a menção Regime da margem de lucro Bens em segunda mão, Regime da margem de lucro Objectos de arte ou Regime da margem de lucro Objectos de colecção e antiguidades, respectivamente;»; 44

47 PT L 189/6 Jornal Oficial da União Europeia São inseridos os seguintes artigos : «Artigo 226. o -A Quando a factura for emitida por um sujeito passivo não estabelecido no Estado-Membro em que o imposto é devido ou a entrega de bens ou prestação de serviços tiver sido efectuada sem a intervenção de um estabelecimento de que o fornecedor ou prestador disponha no território desse Estado-Membro, na acepção do artigo 192. o -A, e que efectue uma entrega de bens ou prestação de serviços a um adquirente ou destinatário que seja devedor do IVA, o sujeito passivo pode omitir as menções referidas nos pontos 8., 9. e 10. do artigo 226. o e, em vez disso, indicar, por referência à quantidade ou extensão dos bens entregues ou dos serviços prestados e à sua natureza, o valor tributável desses bens ou serviços. Artigo 226. o -B Relativamente às facturas simplificadas emitidas por força do disposto no artigo 220. o -A e nos n. o s 1 e 2 do artigo 221. o, os Estados-Membros devem exigir pelo menos as seguintes menções: a) Data de emissão da factura; b) Identificação do sujeito passivo que efectua a entrega de bens ou a prestação de serviços; c) Identificação do tipo de bens entregues ou dos serviços prestados; d) Montante do IVA a pagar ou dados que permitam calculá-lo; e) Quando a factura emitida for um documento ou mensagem equiparado a factura por força do disposto no artigo 219. o, uma referência específica e inequívoca a essa factura inicial e às menções específicas que são objecto de alteração. Os Estados-Membros não podem exigir outras menções nas facturas para além das referidas nos artigos 226. o, 227. o e 230. o.»; 18. É suprimido o artigo 228. o ; 19. O artigo 230. o passa a ter a seguinte redacção: «Artigo 230. o Os montantes que figuram na factura podem ser expressos noutra moeda, desde que o montante do IVA a pagar ou a regularizar seja expresso na moeda nacional do Estado- -Membro, utilizando o mecanismo de taxa de conversão previsto no artigo 91. o.»; 20. É suprimido o artigo 231. o ; 21. No título XI, capítulo 3, a epígrafe da secção 5 passa a ter a seguinte redacção: 22. Os artigos 232. o e 233. o passam a ter a seguinte redacção: «Artigo 232. o A utilização de uma factura electrónica fica sujeita à aceitação do destinatário. Artigo 233. o 1. A autenticidade da origem, a integridade do conteúdo e a legibilidade de uma factura, em suporte papel ou em formato electrónico, devem ser garantidas desde o momento da emissão até ao final do período de armazenagem da factura. Cada sujeito passivo determina a forma de garantir a autenticidade da origem, a integridade do conteúdo e a legibilidade da factura. Tal objectivo pode ser atingido mediante quaisquer controlos de gestão que criem uma pista de auditoria fiável entre as facturas e as entregas ou prestações de bens ou serviços. Entende-se por autenticidade da origem a comprovação da identidade do fornecedor ou prestador ou do emitente da factura. Entende-se por integridade do conteúdo o facto de o conteúdo exigido nos termos da presente directiva não ter sido alterado. 2. Para além do tipo de controlos de gestão descritos no n. o 1, constituem exemplos das tecnologias que garantem a autenticidade da origem e a integridade do conteúdo de uma factura electrónica: a) A assinatura electrónica avançada, na acepção do ponto 2. do artigo 2. o da Directiva 1999/93/CE do Parlamento Europeu e do Conselho, de 13 de Dezembro de 1999, relativa a um quadro legal comunitário para as assinaturas electrónicas (*), baseada num certificado qualificado e criada por um dispositivo seguro de criação de assinaturas, na acepção dos pontos 6. e 10. do artigo 2. o da Directiva 1999/93/CE; b) O intercâmbio electrónico de dados (EDI), tal como definido no artigo 2. o do anexo 1 da Recomendação 94/820/CE da Comissão, de 19 de Outubro de 1994, relativa aos aspectos jurídicos da transferência electrónica de dados (**), quando o acordo relativo a esse intercâmbio preveja a utilização de procedimentos que garantam a autenticidade da origem e a integridade dos dados. (*) JO L 13 de , p. 12. (**) JO L 338 de , p. 98.»; «F a c t u r a s e m s u p o r t e p a p e l e f a c t u r a s e l e c t r ó n i c a s»; 23. É suprimido o artigo 234. o ; 45

48 PT Jornal Oficial da União Europeia L 189/7 24. Os artigos 235. o, 236. o e 237. o passam a ter a seguinte redacção: «Artigo 235. o Os Estados-Membros podem impor condições específicas para a emissão de facturas electrónicas relativas a entregas de bens ou a prestações de serviços efectuadas no seu território a partir de um país com o qual não exista qualquer instrumento jurídico relativo à assistência mútua de alcance análogo ao previsto na Directiva 2010/24/CE e no Regulamento (CE) n. o 1798/2003. Artigo 236. o No caso de lotes que compreendam várias facturas electrónicas transmitidas ou disponibilizadas ao mesmo destinatário, as menções comuns às várias facturas podem ser feitas apenas uma vez, na medida em que, para cada factura, esteja acessível a totalidade da informação. Artigo 237. o Até 31 de Dezembro de 2016 e com base num estudo económico independente, a Comissão deve apresentar ao Parlamento Europeu e ao Conselho um relatório de avaliação global do impacto das regras em matéria de facturação aplicáveis a partir de 1 de Janeiro de 2013 e designadamente da medida em que estas conduziram efectivamente a uma diminuição dos encargos administrativos para as empresas, acompanhado, se necessário, de uma proposta adequada de alteração das regras pertinentes.»; 25. O artigo 238. o é alterado do seguinte modo: a) O n. o 1 passa a ter a seguinte redacção: «1. Após consulta do Comité do IVA, e nas condições que fixarem, os Estados-Membros podem estabelecer que apenas os elementos previstos no artigo 226. o -B são incluídos nas facturas relativas a entregas de bens ou a prestações de serviços, nos seguintes casos: a) Quando o montante da factura for superior a 100 EUR, mas não superior a 400 EUR, ou ao seu contravalor em moeda nacional; b) Quando as práticas comerciais ou administrativas do sector de actividade em questão ou as condições técnicas de emissão dessas facturas tornarem particularmente difícil satisfazer todas as obrigações previstas nos artigos 226. o ou 230. o.»; b) É suprimido o n. o 2; c) O n. o 3 passa a ter a seguinte redacção: «3. A simplificação prevista no n. o 1 não pode ser aplicada quando as facturas tiverem obrigatoriamente de ser emitidas por força do disposto nos pontos 2. e 3. do n. o 1 do artigo 220. o ou quando as entregas de bens ou prestações de serviços tributáveis forem efectuadas por sujeitos passivos não estabelecidos no Estado-Membro em que o IVA é devido ou sem a intervenção de um estabelecimento de que o fornecedor ou prestador disponha no território desse Estado-Membro, na acepção do artigo 192. o -A, e o devedor do IVA for a pessoa a quem os bens são entregues ou os serviços prestados.»; 26. O artigo 243. o passa a ter a seguinte redacção: «Artigo 243. o 1. Os sujeitos passivos devem manter um registo dos bens por eles expedidos ou transportados, ou expedidos ou transportados por sua conta, para fora do território do Estado-Membro de partida, mas no território da Comunidade, para fins de operações que consistam em peritagens desses bens ou em trabalhos a efectuar nesses bens ou na sua utilização temporária, referidas nas alíneas f), g) e h) do n. o 2 do artigo 17. o. 2. Os sujeitos passivos devem manter uma contabilidade suficientemente pormenorizada que permita identificar os bens que lhes tenham sido enviados a partir de outro Estado-Membro por quaisquer sujeitos passivos registados para efeitos do IVA nesse outro Estado-Membro, ou por conta desses sujeitos passivos, e que tenham sido objecto de uma prestação de serviços que consista em peritagens ou em trabalhos a efectuar nesses bens.»; 27. É suprimido o artigo 246. o ; 28. No artigo 247. o, os n. o s 2 e 3 passam a ter a seguinte redacção: «2. A fim de garantir o respeito dos requisitos previstos no artigo 233. o, o Estado-Membro a que se refere o n. o 1 pode exigir que as facturas sejam armazenadas na forma original, em suporte papel ou electrónico, em que foram transmitidas ou disponibilizadas. Pode igualmente exigir que, quando as facturas forem armazenadas em suporte electrónico, sejam igualmente armazenados em suporte electrónico os dados que garantem a autenticidade da origem e a integridade do conteúdo de cada factura, tal como previsto no artigo 233. o. 3. O Estado-Membro a que se refere o n. o 1 pode impor condições específicas que proíbam ou limitem a armazenagem das facturas num país com o qual não exista qualquer instrumento jurídico relativo à assistência mútua de alcance análogo ao previsto na Directiva 2010/24/UE e no Regulamento (CE) n. o 1798/2003 e ao direito de acesso por via electrónica, carregamento e utilização referido no artigo 249. o.»; 29. No título XI, capítulo 3, secção 4, é inserido o artigo seguinte: «Artigo 248. o -A Para fins de controlo, e no que respeita às facturas relativas a entregas de bens ou prestações de serviços efectuadas no seu território, bem como às facturas recebidas pelos sujeitos passivos estabelecidos no seu território, os Estados-Membros podem, relativamente a determinados sujeitos passivos ou determinados casos, exigir a tradução para as suas línguas oficiais. Os Estados-Membros podem, todavia, não impor um requisito geral de que as facturas sejam traduzidas.»; 46

49 PT L 189/8 Jornal Oficial da União Europeia O artigo 249. o passa a ter a seguinte redacção: «Artigo 249. o Para efeitos de controlo, quando um sujeito passivo armazenar, por uma via electrónica que garanta o acesso em linha aos dados em questão, facturas emitidas ou recebidas, as autoridades competentes do Estado-Membro em que o sujeito passivo está estabelecido e, caso o IVA seja devido noutro Estado-Membro, as autoridades competentes desse Estado-Membro têm o direito de aceder a essas facturas, de as carregar e de as utilizar.»; 31. No n. o 1 do artigo 272. o, o segundo parágrafo passa a ter a seguinte redacção: «Os Estados-Membros não podem dispensar os sujeitos passivos referidos na alínea b) do primeiro parágrafo das obrigações de facturação previstas nas secções 3 a 6 do capítulo 3 e na secção 3 do capítulo 4.». Artigo 2. o Transposição 1. Os Estados-Membros devem adoptar e publicar, o mais tardar até 31 de Dezembro de 2012, as disposições legislativas, regulamentares e administrativas necessárias para dar cumprimento à presente directiva. Os Estados-Membros devem comunicar imediatamente à Comissão o texto dessas disposições. Devem aplicar essas disposições a partir de 1 de Janeiro de Quando os Estados-Membros adoptarem essas disposições, estas devem incluir uma referência à presente directiva ou ser acompanhadas dessa referência aquando da sua publicação oficial. As modalidades dessa referência serão aprovadas pelos Estados- -Membros. 2. Os Estados-Membros devem comunicar à Comissão o texto das principais disposições de direito interno que adoptarem nas matérias reguladas pela presente directiva. Artigo 3. o Entrada em vigor A presente directiva entra em vigor no vigésimo dia seguinte ao da sua publicação no Jornal Oficial da União Europeia. Artigo 4. o Destinatários Os Estados-Membros são os destinatários da presente directiva. Feito em Bruxelas, em 13 de Julho de Pelo Conselho O Presidente D. REYNDERS 47

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51 Decreto-Lei n.º 197/2012 de 24 de agosto 49

52 4656 Diário da República, 1.ª série N.º de agosto de MINISTÉRIO DAS FINANÇAS Decreto-Lei n.º 197/2012 de 24 de agosto O presente diploma transpõe para a ordem jurídica interna o artigo 4.º da Diretiva n.º 2008/8/CE, do Conselho, de 12 de fevereiro, e a Diretiva n.º 2010/45/UE, do Conselho, de 13 de julho, que alteraram a Diretiva n.º 2006/112/CE, do Conselho, de 28 de novembro, relativa ao sistema comum do imposto sobre o valor acrescentado (IVA), respetivamente, no que respeita ao lugar das prestações de serviços e às regras em matéria de faturação. A transposição do disposto no artigo 4.º da Diretiva n.º 2008/8/CE, do Conselho, de 12 de fevereiro, implica a alteração da redação do artigo 6.º do Código do IVA no sentido de alterar a regra de localização aplicável à locação de meios de transporte, que não seja de curta duração, efetuada a não sujeitos passivos. Esta prestação de serviços passa, por via de regra, a ser tributada no lugar onde o destinatário está estabelecido, tem domicílio ou residência habitual. Esta regra é, contudo, afastada no caso da locação de embarcações de recreio, que se considera localizada no lugar onde a embarcação é colocada à disposição do não sujeito passivo, quando a prestação de serviços for realizada por um prestador a partir da sua sede ou estabelecimento estável situados no mesmo lugar. Por sua vez, a transposição da Diretiva n.º 2010/45/UE, do Conselho, de 13 de julho, implica diversas alterações ao Código do IVA e, bem assim, alguns ajustamentos de noutros diplomas do sistema fiscal português. De entre as diversas alterações, destaca -se, nomeadamente, a introdução de alterações em matéria de exigibilidade do imposto, a simplificação dos requisitos para a utilização de faturação eletrónica por parte dos operadores económicos, a uniformização no plano da União Europeia das menções referentes aos regimes de tributação aplicáveis a constar das faturas, a fixação uniforme de um prazo máximo para emissão da fatura no caso de serviços intracomunitários cujo imposto seja devido no Estado membro do adquirente e a introdução de faturas simplificadas. Adicionalmente, ao clarificar -se que a emissão de fatura é obrigatória para todas as transmissões de bens e prestações de serviços, independentemente da qualidade do adquirente dos bens ou destinatário dos serviços e ainda que estes não a solicitem, qualquer que seja o sector de atividade em causa, e se explicitar que nas faturas emitidas por meios eletrónicos todo o seu conteúdo deve ser processado eletronicamente, são ainda adotadas medidas que visam combater a economia informal, a fraude e a evasão fiscais. Evidencia -se ainda que os sujeitos passivos não podem emitir e entregar documentos de natureza diferente da fatura para titular a transmissão de bens ou prestação de serviços aos respetivos adquirentes ou destinatários, sob pena de aplicação das penalidades legalmente previstas. No entanto, de modo a assegurar que não são aumentados os encargos administrativos para os sujeitos passivos, permite -se que sejam emitidas faturas simplificadas nas transmissões de bens efetuadas por retalhistas a particulares quando o valor da fatura seja inferior a 1000, bem como em quaisquer outras transmissões de bens e prestações de serviços de montante não superior a 100, neste caso quer os adquirentes sejam sujeitos passivos ou particulares. Assim: No uso da autorização legislativa concedida pelo artigo 128.º da Lei n.º 64 -B/2011, de 30 de dezembro, e nos termos das alíneas a) e b) do n.º 1 do artigo 198.º da Constituição, o Governo decreta o seguinte: Artigo 1.º Objeto 1 O presente diploma procede à transposição para a ordem jurídica interna do artigo 4.º da Diretiva n.º 2008/8/CE, do Conselho, de 12 de fevereiro, que altera a Diretiva n.º 2006/112/CE, do Conselho, de 28 de novembro, no que respeita ao lugar das prestações de serviços, e da Diretiva n.º 2010/45/UE, do Conselho, de 13 de julho, que altera a Diretiva n.º 2006/112/CE, do Conselho, de 28 de novembro, relativa ao sistema comum do imposto sobre o valor acrescentado no que respeita às regras em matéria de faturação, introduzindo alterações na legislação do imposto sobre o valor acrescentado (IVA). 2 O presente diploma procede à alteração dos seguintes diplomas: a) Código do Imposto sobre o Valor Acrescentado, aprovado pelo Decreto -Lei n.º 394 -B/84, de 26 de dezembro; b) Regime do IVA nas Transações Intracomunitárias, aprovado pelo Decreto -Lei n.º 290/92, de 28 de dezembro;

53 Diário da República, 1.ª série N.º de agosto de c) Decreto -Lei n.º 221/85, de 3 de julho, alterado pelo Decreto -Lei n.º 206/2006, de 26 de outubro, e pela Lei n.º 32 -B/2002, de 30 de dezembro; d) Código do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares, aprovado pelo Decreto -Lei n.º 442 -A/88, de 30 de novembro; e) Código do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Coletivas, aprovado pelo Decreto -Lei n.º 442 -B/88, de 30 de novembro; f) Decreto -Lei n.º 198/90, de 19 de junho, com as alterações introduzidas pelo Decreto -Lei n.º 256/2003, de 21 de outubro, e pela Lei n.º 60 -A/2005, de 30 de dezembro; g) Regime especial de tributação dos bens em segunda mão, objetos de arte, de coleção e antiguidades, aprovado em anexo ao Decreto -Lei n.º 199/96, de 18 de outubro, e alterado pela Lei n.º 4/98, de 12 de janeiro; h) Regime especial de exigibilidade do imposto sobre o valor acrescentado nas empreitadas e subempreitadas de obras públicas, aprovado em anexo ao Decreto- -Lei n.º 204/97, de 9 de agosto, e alterado pelas Leis n. os 3 -B/2000, de 4 de abril, e 109 -B/2001, de 27 de dezembro, e pelo Decreto -Lei n.º 21/2007, de 29 de janeiro; i) Regime especial aplicável ao ouro para investimento, aprovado em anexo ao Decreto -Lei n.º 362/99, de 16 de setembro, e alterado pela Lei n.º 3 -B/2000, de 4 de abril; j) Regime especial de exigibilidade do imposto sobre o valor acrescentado nas entregas de bens às cooperativas agrícolas, aprovado em anexo ao Decreto -Lei n.º 418/99, de 21 de outubro; k) Decreto -Lei n.º 196/2007, de 15 de maio; l) Regime especial de exigibilidade do IVA dos serviços de transporte rodoviário nacional de mercadorias, aprovado em anexo à Lei n.º 15/2009, de 1 de abril. Artigo 2.º Alteração ao Código do Imposto sobre o Valor Acrescentado Os artigos 2.º, 6.º, 7.º, 8.º, 16.º, 19.º, 22.º, 27.º, 29.º, 36.º, 37.º, 38.º, 40.º, 45.º, 46.º, 47.º, 48.º, 51.º, 52.º, 62.º, 65.º, 72.º, 78.º, 79.º e 97.º do Código do Imposto sobre o Valor Acrescentado, aprovado pelo Decreto -Lei n.º 394 -B/84, de 26 de dezembro, passam a ter a seguinte redação: «Artigo 2.º [...] a) b) c) As pessoas singulares ou coletivas que mencionem indevidamente IVA em fatura; d) e) f) g) h) i) j) l) Artigo 6.º [...] a) b) c) d) e) f) g) Locação de um meio de transporte, que não seja de curta duração, quando o destinatário for uma pessoa estabelecida ou domiciliada fora do território nacional a) b) c) d) e) f) g) Locação de um meio de transporte, que não seja de curta duração, quando o destinatário for uma pessoa estabelecida ou domiciliada no território nacional a) b) c) Locação de um meio de transporte, que não seja de curta duração, efetuada a pessoa que não seja um sujeito passivo, quando este esteja estabelecido ou domiciliado fora da Comunidade e a utilização ou exploração efetivas do meio de transporte ocorram no território nacional; d) e) Locação de uma embarcação de recreio, que não seja de curta duração, efetuada a pessoa que não seja um sujeito passivo, quando o locador tenha no território nacional sede, estabelecimento estável ou, na sua falta, domicílio, a partir do qual os serviços são prestados, e a efetiva colocação da embarcação à disposição do destinatário ocorra no território nacional. 13 O disposto na alínea g) do n.º 10 não tem aplicação relativamente à locação de uma embarcação de recreio, que não seja de curta duração, quando o locador tenha sede, estabelecimento estável ou, na sua falta, domicílio fora do território nacional, a partir do qual os serviços são prestados, e a efetiva colocação da embarcação à disposição do destinatário ocorra no mesmo território. Artigo 7.º [...]

54 4658 Diário da República, 1.ª série N.º de agosto de Nas transmissões de bens isentas nos termos do artigo 14.º do Regime do IVA nas Transações Intracomunitárias, efetuadas de forma continuada por um período superior a um mês, o imposto é devido e torna -se exigível no final de cada mês, pelo montante correspondente. Artigo 8.º [...] 1 Não obstante o disposto no artigo anterior, sempre que a transmissão de bens ou prestação de serviços dê lugar à obrigação de emitir uma fatura nos termos do artigo 29.º, o imposto torna -se exigível: a) Se o prazo previsto para a emissão da fatura for respeitado, no momento da sua emissão; b) c) Se a transmissão de bens ou a prestação de serviços derem lugar ao pagamento, ainda que parcial, anteriormente à emissão da fatura, no momento do recebimento desse pagamento, pelo montante recebido, sem prejuízo do disposto na alínea anterior. 2 O disposto no número anterior é ainda aplicável aos casos em que se verifique emissão de fatura ou pagamento, precedendo o momento da realização das operações tributáveis, tal como este é definido no artigo anterior. 3 Nas prestações intracomunitárias de serviços, cujo imposto seja devido no território de outro Estado membro em resultado da aplicação do disposto na alínea a) do n.º 6 do artigo 6.º, a exigibilidade ocorre nos termos do artigo 7.º 4 Nas transmissões de bens isentas nos termos do artigo 14.º do Regime do IVA nas Transações Intracomunitárias o imposto torna -se exigível no momento da emissão da fatura ou, quando esta não tenha sido emitida dentro do prazo previsto no n.º 2 do artigo 27.º daquele Regime, no momento em que aquele prazo termina. Artigo 16.º [...] a) b) c) d) As quantias respeitantes a embalagens, desde que as mesmas não tenham sido efetivamente transacionadas e da fatura constem os elementos referidos na parte final da alínea b) do n.º 5 do artigo 36.º Quando os elementos necessários à determinação do valor tributável sejam expressos em moeda diferente da moeda nacional, a taxa de câmbio a utilizar é a última divulgada pelo Banco Central Europeu ou a de venda praticada por qualquer banco estabelecido no território nacional Artigo 19.º [...] a) Em faturas passadas na forma legal; b) No recibo de pagamento do IVA que faz parte das declarações de importação, bem como em documentos emitidos por via eletrónica pela Autoridade Tributária e Aduaneira, nos quais constem o número e a data do movimento de caixa. 3 Não pode deduzir -se imposto que resulte de operação simulada ou em que seja simulado o preço constante da fatura No caso de faturas emitidas pelos próprios adquirentes dos bens ou serviços, o exercício do direito à dedução fica condicionado à verificação das condições previstas no n.º 11 do artigo 36.º 6 Para efeitos do exercício do direito à dedução, consideram -se passadas na forma legal as faturas que contenham os elementos previstos nos artigos 36.º ou 40.º, consoante os casos Artigo 22.º [...] Sem prejuízo do disposto no artigo 78.º, a dedução deve ser efetuada na declaração do período ou de período posterior àquele em que se tiver verificado a receção das faturas ou de recibo de pagamento do IVA que fizer parte das declarações de importação Em qualquer caso, a Autoridade Tributária e Aduaneira pode exigir, quando a quantia a reembolsar exceder , caução, fiança bancária ou outra garantia adequada, que determina a suspensão do prazo de contagem dos juros indemnizatórios referidos no número seguinte, até à prestação da mesma, a qual deve ser mantida pelo prazo de seis meses. 8 Os reembolsos de imposto, quando devidos, devem ser efetuados pela Autoridade Tributária e Aduaneira até ao fim do 2.º mês seguinte ao da apresentação do pedido ou, no caso de sujeitos passivos que estejam

55 Diário da República, 1.ª série N.º de agosto de inscritos no regime de reembolso mensal, até aos 30 dias posteriores ao da apresentação do referido pedido, findo os quais podem os sujeitos passivos solicitar a liquidação de juros indemnizatórios nos termos do artigo 43.º da lei geral tributária. 9 O Ministro das Finanças pode autorizar a Autoridade Tributária e Aduaneira a efetuar reembolsos em condições diferentes das estabelecidas nos números anteriores relativamente a sectores de atividade cujo volume de negócios seja constituído essencialmente por operações previstas na alínea b) do n.º 1 do artigo 20.º ou relativamente às quais a obrigação de liquidação do imposto seja de responsabilidade do adquirente A inscrição no regime de reembolso mensal a que se refere o n.º 8 é efetuada a pedido do sujeito passivo, por transmissão eletrónica de dados através do sítio eletrónico da Autoridade Tributária e Aduaneira, até ao final do mês de novembro do ano anterior àquele em que se destina a produzir efeitos, devendo os termos e as condições de acesso ser definidos por despacho normativo do Ministro das Finanças Artigo 27.º [...] As pessoas referidas na alínea c) do n.º 1 do artigo 2.º, bem como as que pratiquem uma só operação tributável nas condições referidas na alínea a) da mesma disposição, devem entregar nos locais de cobrança legalmente autorizados o correspondente imposto nos prazos de, respetivamente, 15 dias a contar da emissão da fatura e até ao final do mês seguinte ao da conclusão da operação Quando o valor do imposto apurado pelo sujeito passivo na declaração periódica apresentada nos termos do n.º 1 do artigo 41.º for superior ao montante do respetivo meio de pagamento, é extraída, pela Autoridade Tributária e Aduaneira, certidão de dívida, pela diferença entre o valor apurado e o valor do respetivo meio de pagamento, ou pela totalidade do valor declarado no caso da falta do meio de pagamento, nos termos e para os efeitos do disposto no artigo 88.º do Código de Procedimento e de Processo Tributário Artigo 29.º [...] 1 Para além da obrigação do pagamento do imposto, os sujeitos passivos referidos na alínea a) do n.º 1 do artigo 2.º devem, sem prejuízo do previsto em disposições especiais: a) b) Emitir obrigatoriamente uma fatura por cada transmissão de bens ou prestação de serviços, tal como vêm definidas nos artigos 3.º e 4.º, independentemente da qualidade do adquirente dos bens ou destinatário dos serviços, ainda que estes não a solicitem, bem como pelos pagamentos que lhes sejam efetuados antes da data da transmissão de bens ou da prestação de serviços; c) d) e) f) g) h) i) Quando o valor tributável de uma operação ou o imposto correspondente sejam alterados por qualquer motivo, incluindo inexatidão, deve ser emitido documento retificativo de fatura (Revogado.) 14 Para cumprimento do disposto na alínea b) do n.º 1, as faturas podem ser elaboradas pelo próprio adquirente dos bens ou serviços ou por um terceiro, em nome e por conta do sujeito passivo Não é permitida aos sujeitos passivos a emissão e entrega de documentos de natureza diferente da fatura para titular a transmissão de bens ou prestação de serviços aos respetivos adquirentes ou destinatários, sob pena de aplicação das penalidades legalmente previstas. Artigo 36.º Prazo de emissão e formalidades das faturas 1 A fatura referida na alínea b) do n.º 1 do artigo 29.º deve ser emitida: a) O mais tardar no 5.º dia útil seguinte ao do momento em que o imposto é devido nos termos do artigo 7.º; b) O mais tardar no 15.º dia do mês seguinte àquele em que o imposto é devido nos termos do artigo 7.º, no caso das prestações intracomunitárias de serviços que sejam tributáveis no território de outro Estado membro em resultado da aplicação do disposto na alínea a) do n.º 6 do artigo 6.º; c) Na data do recebimento, no caso de pagamentos relativos a uma transmissão de bens ou prestação de serviços ainda não efetuada, bem como no caso em que o pagamento coincide com o momento em que o imposto é devido nos termos do artigo 7.º

56 4660 Diário da República, 1.ª série N.º de agosto de As faturas são substituídas por guias ou notas de devolução, quando se trate de devoluções de mercadorias anteriormente transacionadas entre as mesmas pessoas, devendo a sua emissão processar -se o mais tardar no 5.º dia útil seguinte à data da devolução As faturas devem ser datadas, numeradas sequencialmente e conter os seguintes elementos: a) b) c) d) e) f) As guias ou notas de devolução e outros documentos retificativos de faturas devem conter, além da data e numeração sequencial, os elementos a que se refere a alínea a) do número anterior, bem como a referência à fatura a que respeitam e as menções desta que são objeto de alterações No caso de sujeitos passivos que não disponham de sede, estabelecimento estável ou domicílio em território nacional, que tenham nomeado representante nos termos do artigo 30.º, as faturas emitidas, além dos elementos previstos no n.º 5, devem conter ainda o nome ou denominação social e a sede, estabelecimento estável ou domicílio do representante, bem como o respetivo número de identificação fiscal. 10 As faturas podem, sob reserva de aceitação pelo destinatário, ser emitidas por via eletrónica desde que seja garantida a autenticidade da sua origem, a integridade do seu conteúdo e a sua legibilidade através de quaisquer controlos de gestão que criem uma pista de auditoria fiável, considerando -se cumpridas essas exigências se adotada, nomeadamente, uma assinatura eletrónica avançada ou um sistema de intercâmbio eletrónico de dados. 11 A elaboração de faturas por parte do adquirente dos bens ou dos serviços fica sujeita às seguintes condições: a) b) c) Conter a menção autofaturação. 12 Sem prejuízo do disposto no número anterior, a elaboração de faturas pelos próprios adquirentes dos bens ou dos serviços ou por terceiros que não disponham de sede, estabelecimento estável ou domicílio em qualquer Estado membro está sujeita a autorização prévia da Autoridade Tributária e Aduaneira, que pode fixar condições específicas para a sua efetivação. 13 Nas situações previstas nas alíneas i), j) e l) do n.º 1 do artigo 2.º, bem como nas demais situações em que o destinatário ou adquirente for o devedor do imposto, as faturas emitidas pelo transmitente dos bens ou prestador dos serviços devem conter a expressão IVA autoliquidação. 14 Nas faturas processadas através de sistemas informáticos, todas as menções obrigatórias, incluindo o nome, a firma ou a denominação social e o número de identificação fiscal do sujeito passivo adquirente, devem ser inseridas pelo respetivo programa ou equipamento informático de faturação. 15 A indicação na fatura da identificação e do domicílio do adquirente ou destinatário que não seja sujeito passivo não é obrigatória nas faturas de valor inferior a 1000, salvo quando o adquirente ou destinatário solicite que a fatura contenha esses elementos. 16 A indicação na fatura do número de identificação fiscal do adquirente ou destinatário não sujeito passivo é sempre obrigatória quando este o solicite. Artigo 37.º [...] 1 A importância do imposto liquidado deve ser adicionada ao valor da fatura, para efeitos da sua exigência aos adquirentes dos bens ou destinatários dos serviços. 2 Nas operações pelas quais seja emitida uma fatura nos termos do artigo 40.º, o imposto pode ser incluído no preço, para efeitos do disposto no número anterior Artigo 38.º [...] 1 No caso de entrega de mercadorias à consignação, procede -se à emissão de faturas no prazo de cinco dias úteis a contar: a) b) A fatura, processada de acordo com a alínea b) do número anterior, deve fazer sempre apelo à documentação emitida aquando da situação referida na alínea a) do referido número. Artigo 40.º Faturas simplificadas 1 A obrigatoriedade de emissão de fatura prevista na alínea b) do n.º 1 do artigo 29.º pode ser cumprida através da emissão de uma fatura simplificada em transmissões de bens e prestações de serviços cujo imposto seja devido em território nacional, nas seguintes situações: a) Transmissões de bens efetuadas por retalhistas ou vendedores ambulantes a não sujeitos passivos, quando o valor da fatura não for superior a 1000; b) Outras transmissões de bens e prestações de serviços em que o montante da fatura não seja superior a As faturas referidas no número anterior devem ser datadas, numeradas sequencialmente e conter os seguintes elementos: a) Nome ou denominação social e número de identificação fiscal do fornecedor dos bens ou prestador dos serviços; b) Quantidade e denominação usual dos bens transmitidos ou dos serviços prestados;

57 Diário da República, 1.ª série N.º de agosto de c) O preço líquido de imposto, as taxas aplicáveis e o montante de imposto devido, ou o preço com a inclusão do imposto e a taxa ou taxas aplicáveis; d) Número de identificação fiscal do adquirente ou destinatário, quando for sujeito passivo. 3 As faturas referidas nos números anteriores devem ainda conter o número de identificação fiscal do adquirente ou destinatário que não seja sujeito passivo quando este o solicite. 4 As faturas referidas nos números anteriores podem ser processadas nos termos previstos no artigo 5.º do Decreto -Lei n.º 198/90, de 19 de junho, ou ainda por outros meios eletrónicos, nomeadamente máquinas registadoras, terminais eletrónicos ou balanças eletrónicas, com registo obrigatório das operações no rolo interno da fita da máquina ou em registo interno por cada transmissão de bens ou prestação de serviços, sendo -lhes aplicável, em qualquer caso, quanto às matérias não especificamente reguladas neste artigo, as restantes disposições que regem a emissão de faturas. 5 Sem prejuízo da obrigação de registo das transmissões de bens e das prestações de serviços efetuadas, a obrigação referida na alínea b) do n.º 1 do artigo 29.º pode ser cumprida mediante a emissão de documentos ou do registo das operações, respetivamente, nas seguintes operações: a) Prestações de serviços de transporte, de estacionamento, portagens e entradas em espetáculos, quando seja emitido um bilhete de transporte, ingresso ou outro documento ao portador comprovativo do pagamento; b) Transmissões de bens efetuadas através de aparelhos de distribuição automática que não permitam a emissão de fatura. 6 A faculdade referida no número anterior pode ser declarada aplicável pelo Ministro das Finanças a outras categorias de sujeitos passivos que forneçam a consumidores finais serviços caracterizados pela sua uniformidade, frequência e valor limitado. 7 O Ministro das Finanças pode, nos casos em que julgue conveniente, e para os fins previstos neste Código, equiparar certos documentos de uso comercial a faturas. Artigo 45.º [...] Para tal efeito, as faturas, guias ou notas de devolução e outros documentos retificativos de faturas, incluindo os emitidos, em nome e por conta do sujeito passivo, pelo próprio adquirente dos bens ou por um terceiro, são identificados através das referidas designações e numerados sequencialmente, em uma ou mais séries convenientemente referenciadas, devendo conservar -se na respetiva ordem os seus duplicados e, bem assim, todos os exemplares dos que tiverem sido anulados ou inutilizados, com os averbamentos indispensáveis à identificação daqueles que os substituíram, se for caso disso. Artigo 46.º Registo das operações em caso de emissão de faturas simplificadas 1 Os sujeitos passivos que emitam faturas nos termos do artigo 40.º e não utilizem sistemas informáticos integrados de faturação e contabilidade podem efetuar o registo das operações, realizadas diariamente com não sujeitos passivos, pelo montante global das contraprestações recebidas pelas transmissões de bens e prestações de serviços tributáveis, imposto incluído, assim como pelo montante das contraprestações relativas às operações não tributáveis ou isentas. 2 O registo referido no número anterior deve ser efetuado, o mais tardar, no 1.º dia útil seguinte ao da realização das operações, com base em duplicados das faturas emitidas, em extratos diários produzidos pelos equipamentos eletrónicos relativos a todas as operações realizadas ou em folhas de caixa, que podem substituir o mesmo registo desde que contenham a indicação inequívoca de um único total diário (Revogado.) 5 A opção pela elaboração de folhas de caixa a que se refere o n.º 2 não dispensa a obrigatoriedade de conservação dos duplicados das faturas e dos demais documentos ali referidos nas condições e prazo previstos no artigo 52.º (Revogado.) Artigo 47.º Artigo 48.º [...] 1 O registo das operações mencionadas nas alíneas b) e c) do n.º 2 do artigo 44.º deve ser efetuado após a receção das correspondentes faturas e guias ou notas de devolução, até à apresentação das declarações a que se referem os artigos 41.º ou 43.º, se enviadas dentro do prazo legal, ou até ao fim desse prazo, se essa obrigação não tiver sido cumprida. 2 Para tal efeito, as faturas, guias ou notas de devolução e outros documentos retificativos de faturas, incluindo os que sejam emitidos na qualidade de adquirente ao abrigo dos n. os 14 e 15 do artigo 29.º, são numerados seguidamente, em uma ou mais séries convenientemente referenciadas, devendo conservar -se na respetiva ordem os seus originais e, bem assim, todos os exemplares dos que tiverem sido anulados, com os averbamentos indispensáveis à identificação daqueles que os substituíram, se for caso disso. Artigo 51.º [...] a) Da data da receção da fatura que certifique a aquisição; b) c)

58 4662 Diário da República, 1.ª série N.º de agosto de Artigo 52.º [...] É permitido o arquivamento em suporte eletrónico das faturas emitidas por via eletrónica desde que se encontre garantido o acesso completo e em linha aos dados e assegurada a integridade da origem e do conteúdo e a sua legibilidade. 5 Os sujeitos passivos com sede, estabelecimento estável ou domicílio em território nacional que pretendam proceder ao arquivamento em suporte eletrónico dos documentos referidos no número anterior fora do território da Comunidade devem solicitar autorização prévia à Autoridade Tributária e Aduaneira, a qual pode fixar condições específicas para a sua efetivação. 6 Os sujeitos passivos que não disponham de sede, estabelecimento estável ou domicílio em território nacional que pretendam manter o arquivo dos livros, registos e demais documentos, incluindo os referidos no n.º 4, fora do território da Comunidade, devem solicitar autorização prévia à Autoridade Tributária e Aduaneira, a qual pode fixar condições específicas para a sua efetivação. 7 É ainda permitido o arquivamento em suporte eletrónico das faturas ou de quaisquer outros documentos com relevância fiscal desde que processados por computador, nos termos definidos por portaria do Ministro das Finanças. Artigo 62.º [...] Salvo no caso das vendas referidas no n.º 9 do artigo 60.º, as faturas emitidas por retalhistas sujeitos ao regime especial de tributação previsto no artigo 60.º não conferem direito à dedução, devendo delas constar a menção IVA não confere direito à dedução. Artigo 65.º [...] 1 Os retalhistas sujeitos ao regime especial de tributação previsto no artigo 60.º são obrigados a registar no prazo de 30 dias a contar da respetiva receção as faturas e guias ou notas de devolução relativas aos bens ou serviços adquiridos e a conservá -las com observância do disposto no n.º 2 do artigo 48.º Artigo 72.º [...] O direito à dedução referido no número anterior só pode ser exercido com base em faturas passadas na forma legal, podendo, porém, os elementos relativos à identificação do adquirente, com exceção do número de identificação fiscal, ser substituídos pela simples indicação da matrícula do veículo abastecido. 3 As faturas emitidas pelos revendedores devem conter a indicação do preço líquido, da taxa aplicável e do montante de imposto correspondente ou, em alternativa, a indicação do preço com inclusão do imposto e da taxa aplicável. 4 No caso de entregas efetuadas por revendedores por conta dos distribuidores, as faturas emitidas pelos revendedores devem conter a menção IVA não confere direito à dedução ou expressão similar. Artigo 78.º [...] 1 As disposições dos artigos 36.º e seguintes devem ser observadas sempre que, emitida a fatura, o valor tributável de uma operação ou o respetivo imposto venham a sofrer retificação por qualquer motivo Artigo 79.º [...] 1 O adquirente dos bens ou serviços tributáveis que seja um sujeito passivo dos referidos na alínea a) do n.º 1 do artigo 2.º, agindo como tal, e não isento, é solidariamente responsável com o fornecedor pelo pagamento do imposto quando a fatura obrigatória não tenha sido passada, contenha uma indicação inexata quanto ao nome ou endereço das partes intervenientes, à natureza ou à quantidade dos bens transmitidos ou serviços fornecidos, ao preço ou ao montante de imposto devido Sem prejuízo da responsabilidade solidária pelo pagamento prevista nos números anteriores, a responsabilidade pela emissão das faturas, pela veracidade do seu conteúdo e pelo pagamento do respetivo imposto, nos casos previstos no n.º 14 do artigo 29.º, cabe ao sujeito passivo transmitente dos bens ou prestador dos serviços. 4 Não obstante o disposto nos números anteriores, nos casos em que o imposto resulte de operação simulada ou em que seja simulado o preço constante da fatura, o adquirente dos bens ou serviços que seja um sujeito passivo dos referidos na alínea a) do n.º 1 do artigo 2.º, agindo como tal, e ainda que isento de imposto, é solidariamente responsável, pelo pagamento do imposto, com o sujeito passivo que na fatura figura como fornecedor dos bens ou prestador dos serviços. 5 A responsabilidade solidária prevista no número anterior é aplicável ainda que o adquirente dos bens ou

59 Diário da República, 1.ª série N.º de agosto de serviços prove ter pago a totalidade ou parte do imposto ao sujeito passivo que na fatura figura como fornecedor dos bens ou prestador dos serviços. Artigo 97.º [...] As liquidações só podem ser anuladas quando esteja provado que o imposto não foi incluído na fatura passada ao adquirente nos termos do artigo 37.º » Artigo 3.º Alteração ao Regime do IVA nas Transações Intracomunitárias Os artigos 6.º, 13.º, 23.º, 27.º e 28.º do Regime do IVA nas Transações Intracomunitárias, aprovado pelo Decreto- -Lei n.º 290/92, de 28 de dezembro, passam a ter a seguinte redação: «Artigo 6.º [...] Para efeitos do disposto na alínea a) do número anterior, a data da primeira utilização é a constante do título de registo de propriedade ou documento equivalente quando se trate de bens sujeitos a registo, licença ou matrícula, ou, na sua falta, a da fatura emitida aquando da aquisição pelo primeiro proprietário. Artigo 13.º [...] a) b) Na data da emissão da fatura, se tiver sido emitida antes do prazo previsto na alínea a). 2 O disposto na alínea b) do número anterior não é aplicável quando a fatura respeitar a pagamentos parciais que precedam o momento em que os bens são colocados à disposição do adquirente. Artigo 23.º [...] 1 Sem prejuízo do disposto no n.º 1 do artigo 29.º do Código do IVA, os sujeitos passivos referidos no artigo 2.º devem: a) b) Emitir obrigatoriamente uma fatura por cada transmissão de bens efetuada nas condições previstas no artigo 7.º, bem como pela transmissão ocasional de um meio de transporte novo isenta nos termos do artigo 14.º; c) Artigo 27.º [...] 1 O imposto devido pelas aquisições intracomunitárias de bens deve ser liquidado pelo sujeito passivo na fatura emitida pelo vendedor ou em documento interno emitido pelo próprio sujeito passivo. 2 As faturas relativas às transmissões de bens isentas nos termos do artigo 14.º devem ser emitidas o mais tardar até ao 15.º dia do mês seguinte àquele em que os bens foram colocados à disposição do adquirente. 3 As faturas a que se refere o número anterior devem ser emitidas pelo valor total das transmissões de bens, ainda que tenham sido efetuados pagamentos ao sujeito passivo anteriormente à data da transmissão dos bens. 4 A obrigação de emitir fatura, a que se refere a alínea b) do n.º 1 do artigo 29.º do Código do IVA, não é aplicável aos pagamentos efetuados ao sujeito passivo anteriormente à data das transmissões de bens isentas nos termos do artigo 14.º 5 Sem prejuízo do disposto no n.º 5 do artigo 36.º do Código do IVA, as faturas referidas nos números anteriores devem ainda conter o número de identificação fiscal do sujeito passivo do imposto, precedido do prefixo PT e o número de identificação para efeitos do imposto sobre o valor acrescentado do destinatário ou adquirente, que deve incluir o prefixo do Estado membro que o atribuiu, conforme a norma internacional código ISO alfa 2, bem como o local de destino dos bens. 6 (Revogado.) Artigo 28.º [...] 1 As pessoas singulares ou coletivas que efetuem aquisições intracomunitárias de meios de transporte novos devem exigir que a fatura emitida pelo vendedor contenha os seguintes elementos: a) b) c) d) e) As pessoas singulares ou coletivas que efetuem transmissões de meios de transporte novos para outros Estados membros são obrigadas a emitir uma fatura, que deve conter todos os elementos referidos no número anterior.» Artigo 4.º Alteração ao Decreto -Lei n.º 221/85, de 3 de julho O artigo 4.º do Decreto -Lei n.º 221/85, de 3 de julho, alterado pelo Decreto -Lei n.º 206/2006, de 26 de outubro, e pela Lei n.º 32 -B/2002, de 30 de dezembro, passa a ter a seguinte redação: «Artigo 4.º As faturas respeitantes a prestações de serviços abrangidas pelo presente diploma não podem dis- 57

60 4664 Diário da República, 1.ª série N.º de agosto de criminar o imposto devido e devem conter a menção Regime da margem de lucro Agências de viagens, não conferindo, em qualquer caso, direito à dedução do imposto.» Artigo 5.º Alteração ao Código do IRS O artigo 115.º do Código do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares, aprovado pelo Decreto -Lei n.º 442 -A/88, de 30 de novembro, passa a ter a seguinte redação: «Artigo 115.º [...] a) b) A emitir fatura nos termos da alínea b) do n.º 1 do artigo 29.º do Código do IVA por cada transmissão de bens, prestação de serviços ou outras operações efetuadas e a emitir documento de quitação de todas as importâncias recebidas. 2 (Revogado.) As pessoas que paguem rendimentos previstos no artigo 3.º são obrigadas a exigir os respetivos recibos ou faturas.» Artigo 6.º Alteração ao Código do IRC O artigo 132.º do Código do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Coletivas, aprovado pelo Decreto -Lei n.º 442 -B/88, de 30 de novembro, passa a ter a seguinte redação: «Artigo 132.º Pagamento de rendimentos 1 (Anterior corpo do artigo.) 2 O disposto no n.º 4 do artigo 115.º do Código do IRS é aplicável com as necessárias adaptações aos rendimentos sujeitos a IRC.» Artigo 7.º Alteração ao Decreto -Lei n.º 198/90, de 19 de junho O artigo 5.º do Decreto -Lei n.º 198/90, de 19 de junho, com as alterações introduzidas pelo Decreto -Lei n.º 256/2003, de 21 de outubro, e pela Lei n.º 60 -A/2005, de 30 de dezembro, passa a ter a seguinte redação: «Artigo 5.º 1 As faturas referidas na alínea b) do n.º 1 do artigo 29.º do Código do IVA devem ser processadas através de sistemas informáticos ou ser pré -impressas em tipografias autorizadas, de acordo com as regras previstas no n.º 1 do artigo 8.º e nos artigos 9.º a 11.º do regime de bens em circulação objeto de transações entre sujeitos passivos do IVA, aprovado em anexo ao Decreto -Lei n.º 147/2003, de 11 de julho, alterado pelo Decreto -Lei n.º 238/2006, de 20 de dezembro, pela Lei n.º 3 -B/2010, de 28 de abril, e pelo Decreto -Lei n.º 198/ » Artigo 8.º Alteração ao regime especial de tributação dos bens em segunda mão, objetos de arte, de coleção e antiguidades O artigo 6.º do regime especial de tributação dos bens em segunda mão, objetos de arte, de coleção e antiguidades, aprovado em anexo ao Decreto -Lei n.º 199/96, de 18 de outubro, e alterado pela Lei n.º 4/98, de 12 de janeiro, passa a ter a seguinte redação: «Artigo 6.º 1 As faturas relativas às transmissões efetuadas ao abrigo do regime especial de tributação da margem, emitidas pelos sujeitos passivos revendedores, não podem discriminar o imposto devido e devem conter a menção Regime da margem de lucro Bens em segunda mão, Regime da margem de lucro Objetos de arte ou Regime da margem de lucro Objetos de coleção e antiguidades, conforme os casos » Artigo 9.º Alteração ao regime especial de exigibilidade do imposto sobre o valor acrescentado nas empreitadas e subempreitadas de obras públicas O artigo 7.º do regime especial de exigibilidade do imposto sobre o valor acrescentado nas empreitadas e subempreitadas de obras públicas, aprovado em anexo ao Decreto -Lei n.º 204/97, de 9 de agosto, e alterado pelas Leis n. os 3 -B/2000, de 4 de abril, e 109 -B/2001, de 27 de dezembro, e pelo Decreto -Lei n.º 21/2007, de 29 de janeiro, passa a ter a seguinte redação: «Artigo 7.º 1 As faturas relativas a operações abrangidas pelo artigo 1.º devem ser numeradas seguidamente numa série especial, convenientemente referenciada, e conter a menção Exigibilidade de caixa » Artigo 10.º Alteração ao regime especial aplicável ao ouro para investimento Os artigos 5.º e 10.º do regime especial aplicável ao ouro para investimento, aprovado em anexo ao Decreto- -Lei n.º 362/99, de 16 de setembro, e alterado pela Lei n.º 3 -B/2000, de 4 de abril, passam a ter a seguinte redação: «Artigo 5.º

61 Diário da República, 1.ª série N.º de agosto de A renúncia à isenção deve ser exercida caso a caso e a respetiva fatura, quando o adquirente seja um sujeito passivo dos mencionados na alínea a) do n.º 1 do artigo 2.º do Código do IVA, deve conter a menção IVA autoliquidação. Artigo 10.º As faturas referentes às transmissões de ouro sob a forma de matéria -prima ou de produtos semitransformados de toque igual ou superior a 325 milésimos devem conter expressamente a menção IVA autoliquidação, quando o adquirente seja um sujeito passivo dos mencionados na alínea a) do n.º 1 do artigo 2.º do Código do IVA, que tenha direito à dedução total ou parcial do imposto.» Artigo 11.º Alteração ao regime especial de exigibilidade do imposto sobre o valor acrescentado nas entregas de bens às cooperativas agrícolas O artigo 5.º do regime especial de exigibilidade do imposto sobre o valor acrescentado nas entregas de bens às cooperativas agrícolas, aprovado em anexo ao Decreto- -Lei n.º 418/99, de 21 de outubro, passa a ter a seguinte redação: «Artigo 5.º 1 As faturas relativas a operações abrangidas pelo artigo 1.º devem ter uma série especial e conter a menção Exigibilidade de caixa » Artigo 12.º Alteração ao Decreto -Lei n.º 196/2007, de 15 de maio O artigo 3.º do Decreto -Lei n.º 196/2007, de 15 de maio, passa a ter a seguinte redação: «Artigo 3.º [...] 1 As faturas podem, sob reserva de aceitação pelo destinatário, ser emitidas por via eletrónica desde que seja garantida a autenticidade da sua origem, a integridade do seu conteúdo e a sua legibilidade. 2 Para efeitos do número anterior, entende -se por: a) Fatura eletrónica uma fatura que contenha os elementos referidos nos artigos 36.º ou 40.º, n.º 2, do Código do IVA e que tenha sido emitida e recebida em formato eletrónico; b) Autenticidade da origem a comprovação da identidade do fornecedor ou prestador ou do emitente da fatura; c) Integridade do conteúdo o facto de o conteúdo da fatura não ter sido alterado. 3 A garantia da autenticidade da origem e a integridade do conteúdo podem ser asseguradas mediante quaisquer controlos de gestão que criem uma pista de auditoria fiável entre as faturas e as transmissões de bens ou prestações de serviços. 4 Considera -se garantida a autenticidade da origem e a integridade do conteúdo das faturas eletrónicas se adotado, nomeadamente, um dos seguintes procedimentos: a) Aposição de uma assinatura eletrónica avançada nos termos do Decreto -Lei n.º 290 -D/99, de 2 de agosto, alterado pelos Decretos -Leis n. os 62/2003, de 3 de abril, 165/2004, de 6 de julho, 116 -A/2006, de 16 de junho, e 88/2009, de 9 de abril; b) Utilização de um sistema de intercâmbio eletrónico de dados, desde que os respetivos emitentes e destinatários outorguem um acordo que siga as condições jurídicas do Acordo tipo EDI europeu, aprovado pela Recomendação n.º 1994/820/CE, da Comissão, de 19 de outubro. 5 No caso de lotes que compreendam várias faturas eletrónicas transmitidas ou disponibilizadas ao mesmo destinatário, as menções comuns às várias faturas podem ser feitas apenas uma vez, na medida em que, para cada fatura, esteja acessível a totalidade da informação.» Artigo 13.º Aditamento ao Decreto -Lei n.º 196/2007, de 15 de maio É aditado o artigo 6.º -A ao Decreto -Lei n.º 196/2007, de 15 de maio, com a seguinte redação: «Artigo 6.º -A Direito de acesso das autoridades competentes dos Estados membros 1 A Autoridade Tributária e Aduaneira tem direito ao acesso em linha, ao carregamento e à utilização dos dados constantes das faturas emitidas e recebidas por via eletrónica por: a) Sujeitos passivos que disponham de sede, estabelecimento estável ou domicílio em território nacional; b) Sujeitos passivos que disponham de sede, estabelecimento estável ou domicílio em outro Estado membro, relativamente às faturas em que o IVA seja devido em território nacional. 2 A autoridade competente de outro Estado membro tem direito ao acesso em linha, ao carregamento e à utilização dos dados constantes das faturas emitidas e recebidas por via eletrónica por sujeitos passivos que disponham de sede, estabelecimento estável ou domicílio em território nacional, relativamente às faturas em que o IVA seja devido nesse Estado membro.» Artigo 14.º Alteração ao regime especial de exigibilidade do IVA dos serviços de transporte rodoviário nacional de mercadorias O artigo 4.º do regime especial de exigibilidade do IVA dos serviços de transporte rodoviário nacional de mercadorias, aprovado em anexo à Lei n.º 15/2009, de 1 de abril, passa a ter a seguinte redação: «Artigo 4.º 1 As faturas relativas a operações abrangidas pelo n.º 1 do artigo 1.º devem ter uma série especial e conter a menção Exigibilidade de caixa

62 4666 Diário da República, 1.ª série N.º de agosto de » Artigo 15.º Caducidade de autorizações As autorizações concedidas ao abrigo do n.º 5 do artigo 40.º do Código do IVA, na redação anterior à entrada em vigor do presente diploma, caducam em 31 de março de Artigo 16.º Disposição final Com a entrada em vigor do presente diploma, consideram- -se derrogadas todas as referências a «fatura ou documento equivalente» constantes da legislação em vigor, devendo entender -se como sendo feitas apenas à «fatura» a que se refere a alínea b) do n.º 1 do artigo 29.º do Código do IVA, na sua atual redação. Artigo 17.º Norma revogatória São revogados: a) Os n. os 13 do artigo 29.º e 4 do artigo 46.º e o artigo 47.º do Código do IVA, aprovado pelo Decreto -Lei n.º 394 -B/84, de 26 de dezembro; b) O n.º 6 do artigo 27.º do Regime do IVA nas Transações Intracomunitárias, aprovado pelo Decreto -Lei n.º 290/92, de 28 de dezembro; c) O n.º 2 do artigo 115.º do Código do IRS, aprovado pelo Decreto -Lei n.º 442 -A/88, de 30 de novembro. Artigo 18.º Entrada em vigor 1 Sem prejuízo do disposto no número seguinte, o presente diploma entra em vigor em 1 de janeiro de As alterações introduzidas pelos artigos 12.º e 13.º e, bem assim, a alteração introduzida pelo presente diploma ao n.º 10 do artigo 36.º do Código do IVA entram em vigor em 1 de outubro de Visto e aprovado em Conselho de Ministros de 12 de julho de Pedro Passos Coelho Luís Filipe Bruno da Costa de Morais Sarmento. Promulgado em 14 de agosto de Publique -se. O Presidente da República, ANÍBAL CAVACO SILVA. Referendado em 21 de agosto de O Primeiro -Ministro, Pedro Passos Coelho. 60

63 Decreto-Lei n.º 198/2012 de 24 de agosto 61

64 4666 Diário da República, 1.ª série N.º de agosto de Decreto-Lei n.º 198/2012 de 24 de agosto Um dos vetores essenciais da Lei n.º 64 -B/2011, de 30 de dezembro, que aprova o orçamento do Estado para o ano de 2012 (LOE 2012), consiste no reforço significativo do combate à fraude e à evasão fiscais de forma a garantir uma justa repartição do esforço fiscal. Neste contexto, o presente diploma visa concretizar a autorização legislativa concedida ao Governo pelo artigo 172.º da LOE 2012, instituindo um regime que regule, nomeadamente, a transmissão eletrónica dos elementos das faturas e outros documentos com relevância fiscal, para reforçar o combate à informalidade e à evasão fiscal e para auxiliar os contribuintes a evitar o incumprimento das suas obrigações fiscais. Pretende -se, assim, criar um instrumento eficaz para combater a economia paralela, alargar a base tributável e reduzir a concorrência desleal, promovendo -se a exigência de fatura por cada transação e reduzindo -se as situações de evasão fiscal associadas à omissão do dever de emitir documento comprovativo da transação. Adicionalmente, não obstante a existência de um quadro sancionatório para a violação do dever de emitir e exigir faturas ou recibos, previsto no artigo 123.º do Regime Geral das Infrações Tributárias, pretende -se que essa exigência seja também sustentada num dever de cidadania. Neste sentido, é criada uma dedução em sede de Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares (IRS), correspondente a uma parte do Imposto sobre o Valor Acrescentado (IVA) suportado por qualquer membro do agregado familiar, incluído em faturas que titulam prestações de serviços em determinados setores de atividade e comunicadas à Autoridade Tributária e Aduaneira (AT). Atendendo ao carácter inovador deste incentivo fiscal, optou- -se por introduzir esta medida de forma gradual, aplicando -a, numa primeira fase, a apenas determinados setores de atividade qualificados, a nível internacional, como setores de risco acrescido em termos de informalidade. Pretende -se que, no futuro, este incentivo fiscal seja gradualmente alargado a outros setores de atividade em que esta medida possa eficazmente combater a fraude e evasão fiscais. Em face da importância de concretização da presente medida e como forma de apoiar os contribuintes, será disponibilizada, gratuitamente, uma aplicação informática destinada a extrair dos ficheiros SAF -T (PT) das empresas os elementos relevantes das faturas a serem enviadas à AT, bem como os meios necessários para permitir a submissão direta dos dados das faturas através do Portal das Finanças. Com efeito, a disponibilização desta aplicação destina -se a garantir um princípio estruturante de todo o sistema, que é o da gratuidade, evitando assim que os sujeitos passivos e os consumidores finais sejam onerados com custos adicionais decorrentes da aplicação desta medida. Finalmente, pretende -se ainda com o presente diploma proceder à alteração do regime de bens em circulação objeto de transações entre sujeitos passivos de IVA, aprovado em anexo ao Decreto -Lei n.º 147/2003, de 11 de julho, alterado pelo Decreto -Lei n.º 238/2006, de 20 de dezembro, e pela Lei n.º 3 -B/2010, de 28 de abril, no sentido de se estabelecerem regras que assegurem a integridade dos documentos de transporte e que garantem à AT um controlo mais eficaz destes documentos, obstando à sua posterior viciação ou ocultação. Foi ouvida a Comissão Nacional de Proteção de Dados. Assim: No uso da autorização legislativa concedida pelo artigo 172.º da Lei n.º 64 -B/2011, de 30 de dezembro, e nos termos das alíneas a) e b) do n.º 1 do artigo 198.º da Constituição, o Governo decreta o seguinte: Artigo 1.º Objeto O presente diploma procede à criação de medidas de controlo da emissão de faturas e outros documentos com relevância fiscal e respetivos aspetos procedimentais, bem como a criação de um incentivo de natureza fiscal à exigência daqueles documentos por adquirentes que sejam

65 Diário da República, 1.ª série N.º de agosto de pessoas singulares, alterando -se o Estatuto dos Benefícios Fiscais, aprovado pelo Decreto -Lei n.º 215/89, de 1 de julho, e efetuando -se um conjunto de alterações ao regime de bens em circulação objeto de transações entre sujeitos passivos de IVA, aprovado em anexo ao Decreto -Lei n.º 147/2003, de 11 de julho, alterado pelo Decreto -Lei n.º 238/2006, de 20 de dezembro, e pela Lei n.º 3 -B/2010, de 28 de abril. Artigo 2.º Finalidade do incentivo e âmbito 1 O incentivo de natureza fiscal tem por finalidade valorizar a participação dos adquirentes que sejam pessoas singulares na prevenção da evasão fiscal e na prossecução de um sistema fiscal mais equitativo. 2 As pessoas singulares que sejam sujeitos passivos de Imposto sobre o Valor Acrescentado (IVA) apenas podem beneficiar do incentivo referido no número anterior quanto às faturas que titulem operações efetuadas fora do âmbito da sua atividade empresarial ou profissional. Artigo 3.º Comunicação dos elementos das faturas 1 As pessoas, singulares ou coletivas, que tenham sede, estabelecimento estável ou domicílio fiscal em território português e aqui pratiquem operações sujeitas a IVA, são obrigadas a comunicar à Autoridade Tributária a Aduaneira (AT), por transmissão eletrónica de dados, os elementos das faturas emitidas nos termos do Código do IVA, por uma das seguintes vias: a) Por transmissão eletrónica de dados em tempo real, integrada em programa de faturação eletrónica; b) Por transmissão eletrónica de dados, mediante remessa de ficheiro normalizado estruturado com base no ficheiro SAF -T (PT), criado pela Portaria n.º 321 -A/2007, de 26 de março, alterada pela Portaria n.º 1192/2009, de 8 de outubro, contendo os elementos das faturas; c) Por inserção direta no Portal das Finanças; d) Por outra via eletrónica, nos termos a definir por portaria do Ministro das Finanças. 2 A comunicação referida no número anterior deve ser efetuada até ao dia 8 do mês seguinte ao da emissão da fatura, não sendo possível alterar a via de comunicação no decurso do ano civil. 3 Os sujeitos passivos que sejam obrigados a produzir o ficheiro SAF -T (PT), criado pela Portaria n.º 321 -A/2007, de 26 de março, alterada pela Portaria n.º 1192/2009, de 8 de outubro, devem optar por uma das modalidades constantes das alíneas a) e b) do n.º 1. 4 A AT disponibiliza no Portal das Finanças o modelo de dados para os efeitos previstos nos n. os 1 e 2, devendo dele constar os seguintes elementos relativamente a cada fatura: a) Número de identificação fiscal do emitente; b) Número da fatura; c) Data de emissão; d) Tipo de documento, nos termos referidos na Portaria n.º 321 -A/2007, de 26 de março, alterada pela Portaria n.º 1192/2009, de 8 de outubro, que regula o ficheiro normalizado, designado SAF -T (PT); e) Número de identificação fiscal do adquirente que seja sujeito passivo de IVA, quando tenha sido inserido no ato de emissão; f) Número de identificação fiscal do adquirente que não seja sujeito passivo de IVA, quando este solicite a sua inserção no ato de emissão; g) Valor tributável da prestação de serviços ou da transmissão de bens; h) Taxas aplicáveis; i) O motivo justificativo da não aplicação do imposto, se aplicável; j) Montante de IVA liquidado. 5 Até ao final do mês seguinte ao da sua emissão, a AT disponibiliza às pessoas singulares, no Portal das Finanças, os elementos indicados no número anterior relativamente às faturas que titulem prestações de serviços em que constem como adquirentes e que sejam emitidas por sujeitos passivos enquadrados para efeitos fiscais, de acordo com a Classificação Portuguesa das Atividades Económicas, Revisão 3, CAE Rev. 3, aprovada pelo Decreto -Lei n.º 381/2007, de 14 de novembro, nos seguintes setores de atividade: a) Secção G, Classe 4520 Manutenção e reparação de veículos automóveis; b) Secção G, Classe Manutenção e reparação de motociclos, de suas peças e acessórios; c) Secção I Alojamento, restauração e similares; d) Secção S, Classe 9602 Atividades de salões de cabeleireiro e institutos de beleza. 6 As pessoas singulares podem comunicar à AT os elementos das faturas em que constem como adquirentes, que tenham na sua posse, e que não tenham sido disponibilizados nos termos do número anterior, após a data aí prevista, devendo manter na sua posse as faturas registadas para exibi -las à AT sempre que solicitadas por um período de quatro anos, contado a partir do final do ano em que ocorreu a aquisição. 7 As pessoas singulares devem indicar no Portal das Finanças, a partir da data referida no n.º 5, quais as faturas em que constem como adquirentes que titulam prestações de serviços enquadradas nos setores de atividade mencionados naquele número, sempre que o sujeito passivo emitente esteja também enquadrado, para efeitos fiscais, noutros setores de atividade, sob pena de aquelas faturas não serem elegíveis para o incentivo fiscal. 8 As pessoas singulares que sejam sujeitos passivos de IVA devem também indicar no Portal das Finanças, a partir da data referida no n.º 5, quais as faturas que titulam aquisições efetuadas fora do âmbito da sua atividade empresarial ou profissional, sob pena de todas as faturas em que constam como adquirentes não serem elegíveis para o incentivo fiscal. Artigo 4.º Aditamento ao Estatuto dos Benefícios Fiscais 1 É aditado o artigo 66.º -B ao Estatuto dos Benefícios Fiscais, aprovado pelo Decreto -Lei n.º 215/89, de 1 de julho, com a seguinte redação: «Artigo 66.º -B Dedução em sede de IRS de IVA suportado em fatura 1 À coleta do IRS devido pelos sujeitos passivos é dedutível um montante correspondente a 5 % do IVA suportado por qualquer membro do agregado familiar, 63

66 4668 Diário da República, 1.ª série N.º de agosto de com o limite global de 250, que conste de faturas que titulem prestações de serviços comunicadas à Autoridade Tributária e Aduaneira (AT) nos termos do Decreto -Lei n.º 197/2012, enquadradas, de acordo com a Classificação Portuguesa das Atividades Económicas, Revisão 3, CAE Rev. 3, aprovada pelo Decreto -Lei n.º 381/2007, de 14 de novembro, nos seguintes setores de atividade: a) Secção G, Classe 4520 Manutenção e reparação de veículos automóveis; b) Secção G, Classe Manutenção e reparação de motociclos, de suas peças e acessórios; c) Secção I Alojamento, restauração e similares; d) Secção S, Classe 9602 Atividades de salões de cabeleireiro e institutos de beleza. 2 O incentivo previsto no número anterior opera por dedução à coleta do IRS do ano em que as faturas foram emitidas, desde que a declaração de rendimentos do agregado familiar seja entregue nos prazos previstos no artigo 60.º do Código do IRS. 3 Os adquirentes que pretendam beneficiar do incentivo devem exigir ao emitente a inclusão do seu número de identificação fiscal nas faturas. 4 As pessoas singulares que sejam sujeitos passivos de IVA apenas podem beneficiar do incentivo relativamente às faturas que titulam aquisições efetuadas fora do âmbito da sua atividade empresarial ou profissional. 5 O valor do incentivo é apurado pela AT com base nas faturas que lhe forem comunicadas, por via eletrónica, até ao dia 31 de janeiro do ano seguinte ao da sua emissão, relativamente a cada adquirente nelas identificado. 6 A AT disponibiliza no Portal das Finanças o montante do incentivo até ao dia 10 do mês de fevereiro do ano seguinte ao da emissão das faturas. 7 Do cálculo do montante do incentivo referido no número anterior, pode o adquirente reclamar, até ao final do mês de março do ano seguinte ao da emissão, de acordo com as normas aplicáveis ao procedimento de reclamação graciosa com as devidas adaptações. 8 Os adquirentes que pretendam beneficiar deste incentivo devem manter na sua posse as faturas que não tenham sido regularmente comunicadas pelo sujeito passivo emitente à AT e disponibilizadas no Portal das Finanças, por um período de quatro anos, contado a partir do final do ano em que ocorreu a aquisição. 9 Havendo divergências entre os elementos comunicados pelos adquirentes e pelos sujeitos passivos emitentes, ou havendo indícios de que as faturas não correspondem a prestações de serviços reais enquadradas no n.º 1, o direito ao incentivo depende de confirmação pela AT da veracidade da operação. 10 Este incentivo não se encontra abrangido pelos limites constantes da tabela do n.º 2 do artigo 88.º do Código do IRS.» 2 É aditado à parte II do EBF, aprovado pelo Decreto- -Lei n.º 215/89, de 1 de julho, o capítulo XII com a epígrafe «Benefícios pela exigência de fatura», constituído pelo artigo 66.º -B. Artigo 5.º Conservação dos dados pessoais comunicados Os dados pessoais comunicados relativos a faturas em que os adquirentes sejam pessoas singulares devem ser mantidos até ao final do quarto ano seguinte àquele a que respeitem, sendo obrigatoriamente destruídos no prazo de seis meses após o decurso deste prazo. Artigo 6.º Confidencialidade e segurança da informação 1 Os dados pessoais comunicados à AT nos termos do artigo 3.º estão abrangidos pelo dever de confidencialidade previsto no artigo 64.º da Lei Geral Tributária, aprovada pelo Decreto -Lei n.º 398/98, de 17 de dezembro, e apenas podem ser utilizados para as finalidades previstas no presente diploma. 2 A AT deve adotar as medidas de segurança necessárias relativamente aos dados pessoais comunicados para impedir a respetiva consulta ou utilização indevida por qualquer pessoa ou forma não autorizada e para garantir que o acesso aos dados pessoais está limitado às pessoas autorizadas no âmbito das suas atribuições legais. Artigo 7.º Alteração ao anexo ao Decreto -Lei n.º 147/2003, de 11 de julho Os artigos 2.º, 4.º, 5.º, 6.º, 7.º, 8.º, 10.º, 11.º, 12.º, 13.º, 14.º, 16.º, 17.º e 18.º do regime de bens em circulação objeto de transações entre sujeitos passivos de IVA, aprovado em anexo ao Decreto -Lei n.º 147/2003, de 11 de julho, alterado pelo Decreto -Lei n.º 238/2006, de 20 de dezembro, e pela Lei n.º 3 -B/2010, de 28 de abril, passam a ter a seguinte redação: «Artigo 2.º [...] a) b) Documento de transporte a fatura, guia de remessa, nota de devolução, guia de transporte ou documentos equivalentes; c) d) e) f) g) h) i) j) Artigo 4.º [...] 1 As faturas devem conter obrigatoriamente os elementos referidos no n.º 5 do artigo 36.º do Código do Imposto sobre o Valor Acrescentado

67 Diário da República, 1.ª série N.º de agosto de Os documentos de transporte, quando o destinatário não seja conhecido na altura da saída dos bens dos locais referidos no n.º 2 do artigo 2.º, são processados globalmente, nos termos referidos nos artigos 5.º e 8.º, e impressos em papel, devendo proceder -se do seguinte modo à medida que forem feitos os fornecimentos: a) b) As alterações ao local de destino, ocorridas durante o transporte, ou a não aceitação imediata e total dos bens transportados, obrigam à emissão de documento de transporte adicional em papel, identificando a alteração e o documento alterado Em relação aos bens transportados por vendedores ambulantes e vendedores em feiras e mercados, destinados a venda a retalho, abrangidos pelo regime especial de isenção ou regime especial dos pequenos retalhistas a que se referem os artigos 53.º e 60.º do Código do IVA, respetivamente, o documento de transporte pode ser substituído pelas faturas de aquisição processadas nos termos e de harmonia com o artigo 36.º do mesmo Código. 11 Os documentos referidos nas alíneas a) e b) do n.º 6 e as alterações referidas no n.º 8 são comunicados na forma prevista na alínea b) do n.º 6 do artigo seguinte. Artigo 5.º [...] 1 Os documentos referidos na alínea b) do n.º 1 do artigo 2.º devem ser emitidos por uma das seguintes vias: a) Por via eletrónica, devendo estar garantida a autenticidade da sua origem e a integridade do seu conteúdo, de acordo com o disposto no Código do IVA; b) Através de programa informático que tenha sido objeto de prévia certificação pela Autoridade Tributária e Aduaneira (AT), nos termos da Portaria n.º 363/2010, de 23 de junho, alterada pela Portaria n.º 22 -A/2012, de 24 de janeiro; c) Através de software produzido internamente pela empresa ou por empresa integrada no mesmo grupo económico, de cujos respetivos direitos de autor seja detentor; d) Diretamente no Portal das Finanças; e) Em papel, utilizando -se impressos numerados seguida e tipograficamente. 2 Os documentos emitidos nos termos das alíneas b) a e) do número anterior devem ser processados em três exemplares. 3 A numeração dos documentos emitidos nos termos do n.º 1 deve ser progressiva, contínua e aposta no ato de emissão. 4 (Anterior n.º 3.) 5 Os sujeitos passivos são obrigados a comunicar à AT os elementos dos documentos processados nos termos referidos no n.º 1, antes do início do transporte. 6 A comunicação prevista no número anterior é efetuada da seguinte forma: a) Por transmissão eletrónica de dados para a AT, nos casos previstos nas alíneas a) a d) do n.º 1; b) Através de serviço telefónico disponibilizado para o efeito, com indicação dos elementos essenciais do documento emitido, com inserção no Portal das Finanças até ao 5.º dia útil seguinte. 7 Nas situações previstas na alínea a) do número anterior, a AT atribui um código de identificação ao documento. 8 Nos casos previstos na alínea a) do n.º 1, sempre que o transportador disponha de código fornecido pela AT fica dispensado da impressão do documento de transporte. 9 A AT disponibiliza no Portal das Finanças o sistema de emissão referido na alínea d) do n.º 1 e o modelo de dados para os efeitos previstos na alínea a) do n.º A comunicação prevista nos n. os 5 e 6 não é obrigatória para os sujeitos passivos que, no período de tributação anterior, para efeitos dos impostos sobre o rendimento, tenham um volume de negócios inferior ou igual a Artigo 6.º [...] a) b) Que tenha cessado atividade nos termos dos artigos 33.º ou 34.º do Código do IVA; c) Que esteja em falta relativamente ao cumprimento das obrigações constantes do artigo 41.º do Código do IVA, durante três períodos consecutivos Os exemplares dos documentos de transporte referidos no n.º 2 do artigo anterior são destinados: a) b) Outro, que igualmente acompanha os bens, à inspeção tributária, sendo recolhido nos atos de fiscalização durante a circulação dos bens pelas entidades referidas no artigo 13.º, e junto do destinatário pelos serviços da AT; c) No caso referido na alínea a) do n.º 1 do artigo 5.º, consideram -se exibidos os documentos comunicados à AT, desde que apresentado o código atribuído de acordo com o n.º 7 do mesmo artigo Artigo 7.º [...] 1 Os transportadores de bens, seja qual for o seu destino e os meios utilizados para o seu transporte, devem exigir sempre aos remetentes dos mesmos o original e o duplicado do documento referido no artigo 1.º ou, sendo caso disso, o código referido no n.º 7 do artigo 5.º 65

68 4670 Diário da República, 1.ª série N.º de agosto de Quando o transporte dos bens em circulação for efetuado por transportador público regular coletivo de passageiros ou mercadorias ou por empresas concessionárias a prestarem o mesmo serviço, o documento de transporte ou código referido no n.º 7 do artigo 5.º pode acompanhar os respetivos bens em envelope fechado, sendo permitida a abertura às autoridades referidas no artigo 13.º Artigo 8.º [...] 1 A impressão tipográfica dos documentos de transporte referidos na alínea e) do n.º 1 do artigo 5.º só pode ser efetuada em tipografias devidamente autorizadas pelo Ministro das Finanças, devendo obedecer a um sistema de numeração unívoca. 2 (Revogado.) 3 (Revogado.) O pedido de autorização referido no número anterior deve ser entregue por via eletrónica, no Portal das Finanças, contendo a identificação, as atividades exercidas e o local do estabelecimento da tipografia, devendo ser acompanhado dos seguintes elementos: a) b) Artigo 10.º [...] O fornecimento dos impressos é registado previamente pela tipografia autorizada, em suporte informático, devendo conter os elementos necessários à comunicação referida no n.º 5. 3 (Revogado.) 4 As requisições e os registos informáticos referidos nos números anteriores devem ser mantidos em arquivo, por ordem cronológica, pelo prazo de quatro anos. 5 Por cada requisição dos sujeitos passivos, as tipografias comunicam à AT por via eletrónica, no Portal das Finanças, previamente à impressão nos respetivos documentos, os elementos identificativos dos adquirentes e as gamas de numeração dos impressos referidos no n.º 1 do artigo 8.º (Revogado.) Artigo 11.º [...] O Ministro das Finanças, por proposta do diretor- -geral da AT, pode determinar a revogação da autorização concedida nos termos do artigo 8.º em todos os casos em que se deixe de verificar qualquer das condições referidas no seu n.º 4, sejam detetadas irregularidades relativamente às disposições do presente diploma ou se verifiquem outros factos que ponham em causa a idoneidade da empresa autorizada. (Revogado.) Artigo 12.º Artigo 13.º [...] 1 Sem prejuízo das competências atribuídas por lei a outras entidades, a fiscalização do cumprimento das normas previstas no presente diploma compete à AT e à unidade com as atribuições tributárias, fiscais e aduaneiras da Guarda Nacional Republicana, cabendo também a esta última, conjuntamente com as restantes autoridades, designadamente a Polícia de Segurança Pública, prestar toda a colaboração que lhes for solicitada para o efeito Os funcionários a quem incumbe a fiscalização prevista no n.º 1 consultam os elementos constantes da base de dados dos bens em circulação disponibilizada pela AT, mediante acesso individual e certificado, e sempre que se verifiquem quaisquer infrações às normas do presente diploma, devem levantar o respetivo auto de notícia, com a ressalva do disposto no número seguinte. 5 Sempre que as outras autoridades atuem em conjunto com a AT, cabe aos funcionários desta autoridade levantar os autos de notícia a que haja lugar Sempre que aplicável, as entidades referidas neste artigo devem averbar no original do documento de transporte o facto de ter sido recolhido o respetivo duplicado. Artigo 14.º [...] Consideram -se não emitidos os documentos de transporte sempre que não tenham sido observadas as normas de emissão ou de comunicação constantes dos artigos 5.º e 8.º Sempre que aplicável, considera -se falta de exibição do documento de transporte a não apresentação imediata do código previsto no n.º 7 do artigo 5.º Artigo 16.º [...] No caso de os bens apreendidos nos termos do número anterior estarem sujeitos a fácil deterioração, observa -se o preceituado no artigo 886.º -C do Código de Processo Civil, bem como as disposições do Código de Procedimento e de Processo Tributário aplicáveis

69 Diário da República, 1.ª série N.º de agosto de Artigo 17.º [...] 1 Nos 15 dias seguintes à apreensão ou à notificação referida no n.º 7 do artigo anterior, podem os infratores regularizar a situação encontrada em falta, mediante exibição ou emissão dos documentos em falta nos termos do presente diploma, bem como dos documentos referidos no n.º 2 do artigo 7.º, ou dos documentos comprovativos da regularização das situações previstas nos n. os 2 e 4 do artigo 6.º e do pagamento das coimas aplicáveis, com redução a metade, no serviço de finanças a que se refere o n.º 4 do mesmo artigo Artigo 18.º [...] a) Forem pagas as coimas aplicadas e as despesas originadas pela apreensão e, bem assim, exibidos o comprovativo de emissão ou, sendo caso disso, o original e o duplicado ou, no caso de extravio, segunda via ou fotocópia do documento de transporte ou dos documentos mencionados no n.º 2 do artigo 7.º, ou se encontrem regularizadas as situações previstas nos n. os 2 e 4 do artigo 6.º; b) c) » Artigo 8.º Disposição regulamentar O modo de cumprimento das obrigações de comunicação previstas nas alterações introduzidas pelo presente diploma ao regime de bens em circulação objeto de transações entre sujeitos passivos de IVA, aprovado em anexo ao Decreto -Lei n.º 147/2003, de 11 de julho, alterado pelo Decreto -Lei n.º 238/2006, de 20 de dezembro, e pela Lei n.º 3 -B/2010, de 28 de abril, é regulamentado por portaria do Ministro das Finanças. Artigo 9.º Norma revogatória São revogados os n. os 2 e 3 do artigo 8.º, os n. os 3 e 7 do artigo 10.º e o artigo 12.º do regime de bens em circulação objeto de transações entre sujeitos passivos de IVA, aprovado em anexo ao Decreto -Lei n.º 147/2003, de 11 de julho, alterado pelo Decreto -Lei n.º 238/2006, de 20 de dezembro, e pela Lei n.º 3 -B/2010, de 28 de abril. Artigo 10.º Republicação É republicado em anexo, que faz parte integrante do presente diploma, o regime de bens em circulação objeto de transações entre sujeitos passivos de IVA, aprovado em anexo ao Decreto -Lei n.º 147/2003, de 11 de julho, com a redação atual. Artigo 11.º Entrada em vigor O presente diploma entra em vigor em 1 de janeiro de Visto e aprovado em Conselho de Ministros de 18 de julho de Pedro Passos Coelho Luís Filipe Bruno da Costa de Morais Sarmento. Promulgado em 16 de agosto de Publique -se. O Presidente da República, ANÍBAL CAVACO SILVA. Referendado em 21 de agosto de O Primeiro -Ministro, Pedro Passos Coelho. ANEXO (a que se refere o artigo 10.º) Republicação do regime de bens em circulação objeto de transações entre sujeitos passivos de IVA, aprovado em anexo ao Decreto -Lei n.º 147/2003, de 11 de julho Artigo 1.º Âmbito de aplicação Todos os bens em circulação, em território nacional, seja qual for a sua natureza ou espécie, que sejam objeto de operações realizadas por sujeitos passivos de imposto sobre o valor acrescentado deverão ser acompanhados de documentos de transporte processados nos termos do presente diploma. Artigo 2.º Definições 1 Para efeitos do disposto no presente diploma considera -se: a) «Bens» os que puderem ser objeto de transmissão nos termos do artigo 3.º do Código do Imposto sobre o Valor Acrescentado; b) «Documento de transporte» a fatura, guia de remessa, nota de devolução, guia de transporte ou documentos equivalentes; c) «Valor normal» o preço de aquisição ou de custo devidamente comprovado pelo sujeito passivo ou, na falta deste o valor normal determinado nos termos do n.º 4 do artigo 16.º do Código do Imposto sobre o Valor Acrescentado; d) «Remetente» a pessoa singular ou coletiva ou entidade fiscalmente equiparada que colocou os bens em circulação à disposição do transportador para efetivação do respetivo transporte ou operações de carga, bem como o transportador quando os bens em circulação lhe pertençam; 67

70 4672 Diário da República, 1.ª série N.º de agosto de 2012 e) «Transportador» a pessoa singular ou coletiva ou entidade fiscalmente equiparada que, recebendo do remetente ou de anterior transportador os bens em circulação, realiza ou se propõe realizar o seu transporte até ao local de destino ou de transbordo ou, em caso de dúvida, a pessoa em nome de quem o veículo transportador se encontra registado, salvo se o mesmo for objeto de um contrato de locação financeira, considerando -se aqui o respetivo locatário; f) «Transportador público regular coletivo» a pessoa singular ou coletiva ou entidade fiscalmente equiparada que exerce a atividade de exploração de transportes coletivos e que se encontra obrigada ao cumprimento de horários e itinerários nas zonas geográficas que se lhes estão concessionadas; g) «Destinatário ou adquirente» a pessoa singular ou coletiva ou entidade fiscalmente equiparada a quem os bens em circulação são postos à disposição; h) «Local de início de transporte ou de carga» o local onde o remetente tenha entregue ou posto à disposição do transportador os bens em circulação, presumindo -se como tal o constante no documento de transporte, se outro não for indicado; i) «Local de destino ou descarga» o local onde os bens em circulação forem entregues ao destinatário, presumindo- -se como tal o constante no documento de transporte, se outro não for indicado; j) «Primeiro local de chegada» o local onde se verificar a primeira rutura de carga. 2 Para efeitos do disposto no presente diploma: a) Consideram -se «bens em circulação» todos os que se encontrem fora dos locais de produção, fabrico, transformação, exposição, dos estabelecimentos de venda por grosso e a retalho ou de armazém de retém, por motivo de transmissão onerosa, incluindo a troca, de transmissão gratuita, de devolução, de afetação a uso próprio, de entrega à experiência ou para fins de demonstração, ou de incorporação em prestações de serviços, de remessa à consignação ou de simples transferência, efetuadas pelos sujeitos passivos referidos no artigo 2.º do Código do Imposto sobre o Valor Acrescentado; b) Consideram -se ainda bens em circulação os bens encontrados em veículos nos atos de descarga ou transbordo mesmo quando tenham lugar no interior dos estabelecimentos comerciais, lojas, armazéns ou recintos fechados que não sejam casa de habitação, bem como os bens expostos para venda em feiras e mercados a que se referem os Decretos -Leis n. os 252/86, de 25 de agosto, e 259/95, de 30 de setembro. Artigo 3.º Exclusões 1 Excluem -se do âmbito do presente diploma: a) Os bens manifestamente para uso pessoal ou doméstico do próprio; b) Os bens provenientes de retalhistas, sempre que tais bens se destinem a consumidores finais que previamente os tenham adquirido, com exceção dos materiais de construção, artigos de mobiliário, máquinas elétricas, máquinas ou aparelhos recetores, gravadores ou reprodutores de imagem ou de som, quando transportados em veículos de mercadorias; c) Os bens pertencentes ao ativo imobilizado; 68 d) Os bens provenientes de produtores agrícolas, apícolas, silvícolas ou de pecuária resultantes da sua própria produção, transportados pelo próprio ou por sua conta; e) Os bens dos mostruários entregues aos pracistas e viajantes, as amostras destinadas a ofertas de pequeno valor e o material de propaganda, em conformidade com os usos comerciais e que, inequivocamente, não se destinem a venda; f) Os filmes e material publicitário destinados à exibição e exposição nas salas de espetáculos cinematográficos, quando para o efeito tenham sido enviados pelas empresas distribuidoras, devendo estas fazer constar de forma apropriada nas embalagens o respetivo conteúdo e a sua identificação fiscal; g) Os veículos automóveis, tal como se encontram definidos no Código da Estrada, com matrícula definitiva; h) As taras e embalagens retornáveis; i) Os resíduos sólidos urbanos provenientes das recolhas efetuadas pelas entidades competentes ou por empresas a prestarem o mesmo serviço. 2 Encontram -se ainda excluídos do âmbito do presente diploma: a) Os produtos sujeitos a impostos especiais de consumo, tal como são definidos no artigo 4.º do Código dos Impostos Especiais de Consumo, publicado em anexo ao Decreto- -Lei n.º 566/99, de 22 de dezembro, quando circularem em regime suspensivo nos termos desse mesmo Código; b) Os bens respeitantes a transações intracomunitárias a que se refere o Decreto -Lei n.º 290/92, de 28 de dezembro; c) Os bens respeitantes a transações com países ou territórios terceiros quando em circulação em território nacional sempre que sujeitos a um destino aduaneiro, designadamente os regimes de trânsito e de exportação, nos termos do Regulamento (CEE) n.º 2913/92, do Conselho, de 12 de outubro; d) Os bens que circulem por motivo de mudança de instalações do sujeito passivo, desde que o facto e a data da sua realização sejam comunicados às direções de finanças dos distritos do itinerário, com pelo menos oito dias úteis de antecedência, devendo neste caso o transportador fazer -se acompanhar de cópia dessas comunicações. 3 Relativamente aos bens referidos nos números anteriores, não sujeitos à obrigatoriedade de documento de transporte nos termos do presente diploma, sempre que existam dúvidas sobre a legalidade da sua circulação, pode exigir -se prova da sua proveniência e destino. 4 A prova referida no número anterior pode ser feita mediante a apresentação de qualquer documento comprovativo da natureza e quantidade dos bens, sua proveniência e destino. Artigo 4.º Documentos de transporte 1 As faturas devem conter obrigatoriamente os elementos referidos no n.º 5 do artigo 36.º do Código do Imposto sobre o Valor Acrescentado. 2 Sem prejuízo do disposto no n.º 6 do presente artigo, as guias de remessa ou documentos equivalentes devem conter, pelo menos, os seguintes elementos: a) Nome, firma ou denominação social, domicílio ou sede e número de identificação fiscal do remetente;

71 Diário da República, 1.ª série N.º de agosto de b) Nome, firma ou denominação social, domicílio ou sede do destinatário ou adquirente; c) Número de identificação fiscal do destinatário ou adquirente, quando este seja sujeito passivo, nos termos do artigo 2.º do Código do Imposto sobre o Valor Acrescentado; d) Designação comercial dos bens, com indicação das quantidades. 3 Os documentos de transporte referidos nos números anteriores cujo conteúdo não seja processado por computador devem conter, em impressão tipográfica, a referência à autorização ministerial relativa à tipografia que os imprimiu, a respetiva numeração atribuída e ainda os elementos identificativos da tipografia, nomeadamente a designação social, sede e número de identificação fiscal. 4 As faturas, guias de remessa ou documentos equivalentes devem ainda indicar os locais de carga e descarga, referidos como tais, e a data e hora em que se inicia o transporte. 5 Na falta de menção expressa dos locais de carga e descarga e da data do início do transporte, presumir -se- -ão como tais os constantes do documento de transporte. 6 Os documentos de transporte, quando o destinatário não seja conhecido na altura da saída dos bens dos locais referidos no n.º 2 do artigo 2.º, são processados globalmente, nos termos referidos nos artigos 5.º e 8.º, e impressos em papel, devendo proceder -se do seguinte modo à medida que forem feitos os fornecimentos: a) No caso de entrega efetiva dos bens, devem ser processados em duplicado, utilizando -se o duplicado para justificar a saída dos bens; b) No caso de saída de bens a incorporar em serviços prestados pelo remetente dos mesmos, deve a mesma ser registada em documento próprio, nomeadamente folha de obra ou qualquer outro documento equivalente. 7 Nas situações referidas nas alíneas a) e b) do número anterior, deve sempre fazer -se referência ao respetivo documento global. 8 As alterações ao local de destino, ocorridas durante o transporte, ou a não aceitação imediata e total dos bens transportados, obrigam à emissão de documento de transporte adicional em papel, identificando a alteração e o documento alterado. 9 No caso em que o destinatário ou adquirente não seja sujeito passivo, far -se -á menção do facto no documento de transporte. 10 Em relação aos bens transportados por vendedores ambulantes e vendedores em feiras e mercados, destinados a venda a retalho, abrangidos pelo regime especial de isenção ou regime especial dos pequenos retalhistas a que se referem os artigos 53.º e 60.º do Código do IVA, respetivamente, o documento de transporte pode ser substituído pelas faturas de aquisição processadas nos termos e de harmonia com o artigo 36.º do mesmo Código. 11 Os documentos referidos nas alíneas a) e b) do n.º 6 e as alterações referidas no n.º 8 são comunicados na forma prevista na alínea b) do n.º 6 do artigo seguinte. Artigo 5.º Processamento dos documentos de transporte 1 Os documentos referidos na alínea b) do n.º 1 do artigo 2.º devem ser emitidos por uma das seguintes vias: a) Por via eletrónica, devendo estar garantida a autenticidade da sua origem e a integridade do seu conteúdo, de acordo com o disposto no Código do IVA; b) Através de programa informático que tenha sido objeto de prévia certificação pela Autoridade Tributária e Aduaneira (AT), nos termos da Portaria n.º 363/2010, de 23 de junho, alterada pela Portaria n.º 22 -A/2012, de 24 de janeiro; c) Através de software produzido internamente pela empresa ou por empresa integrada no mesmo grupo económico, de cujos respetivos direitos de autor seja detentor; d) Diretamente no Portal das Finanças; e) Em papel, utilizando -se impressos numerados seguida e tipograficamente. 2 Os documentos emitidos nos termos das alíneas b) a e) do número anterior devem ser processados em três exemplares. 3 A numeração dos documentos emitidos nos termos do n.º 1 deve ser progressiva, contínua e aposta no ato de emissão. 4 Quando, por exigência de ordem prática, não seja bastante a utilização de um único documento dos referidos na alínea b) do n.º 1 do artigo 2.º, deve utilizar -se o documento com o número seguinte, nele se referindo que é a continuação do anterior. 5 Os sujeitos passivos são obrigados a comunicar à AT os elementos dos documentos processados nos termos referidos no n.º 1, antes do início do transporte. 6 A comunicação prevista no número anterior é efetuada da seguinte forma: a) Por transmissão eletrónica de dados para a AT, nos casos previstos nas alíneas a) a d) do n.º 1; b) Através de serviço telefónico disponibilizado para o efeito, com indicação dos elementos essenciais do documento emitido, com inserção no Portal das Finanças até ao 5.º dia útil seguinte. 7 Nas situações previstas na alínea a) do número anterior, a AT atribui um código de identificação ao documento. 8 Nos casos previstos na alínea a) do n.º 1, sempre que o transportador disponha de código fornecido pela AT fica dispensado da impressão do documento de transporte. 9 A AT disponibiliza no Portal das Finanças o sistema de emissão referido na alínea d) do n.º 1 e o modelo de dados para os efeitos previstos na alínea a) do n.º A comunicação prevista nos n. os 5 e 6 não é obrigatória para os sujeitos passivos que, no período de tributação anterior, para efeitos dos impostos sobre o rendimento, tenham um volume de negócios inferior ou igual a Artigo 6.º Circuito e validade dos documentos de transporte 1 Os documentos de transporte são processados pelos sujeitos passivos referidos na alínea a) do n.º 1 do artigo 2.º do Código do IVA e pelos detentores dos bens e antes do início da circulação nos termos do n.º 2 do artigo 2.º do presente diploma. 2 Ainda que processados nos termos do número anterior, para efeitos do presente diploma consideram -se não exibidos os documentos de transporte emitidos por 69

72 4674 Diário da República, 1.ª série N.º de agosto de sujeito passivo que se encontre em qualquer das seguintes situações: a) Que não esteja registado; b) Que tenha cessado atividade nos termos dos artigos 33.º ou 34.º do Código do IVA; c) Que esteja em falta relativamente ao cumprimento das obrigações constantes do artigo 41.º do Código do IVA, durante três períodos consecutivos. 3 O disposto no número anterior aplica -se apenas aos casos em que simultaneamente se verifiquem a qualidade de remetente e transportador. 4 Consideram -se ainda não exibidos os documentos de transporte na posse de um sujeito passivo que, sendo simultaneamente transportador e destinatário, se encontre em qualquer das situações referidas no n.º 2 do presente artigo. 5 Os exemplares dos documentos de transporte referidos no n.º 2 do artigo anterior são destinados: a) Um, que acompanha os bens, ao destinatário ou adquirente dos mesmos; b) Outro, que igualmente acompanha os bens, à inspeção tributária, sendo recolhido nos atos de fiscalização durante a circulação dos bens pelas entidades referidas no artigo 13.º, e junto do destinatário pelos serviços da AT; c) O terceiro, ao remetente dos bens. 6 Sem prejuízo do disposto no artigo 52.º do Código do IVA, devem ser mantidos em arquivo, até ao final do 2.º ano seguinte ao da emissão, os exemplares dos documentos de transporte destinados ao remetente e ao destinatário, bem como os destinados à inspeção tributária que não tenham sido recolhidos pelos serviços competentes. 7 No caso referido na alínea a) do n.º 1 do artigo 5.º, consideram -se exibidos os documentos comunicados à AT, desde que apresentado o código atribuído de acordo com o n.º 7 do mesmo artigo. 8 Sempre que exigidos os documentos de transporte ou de aquisição relativos aos bens encontrados nos locais referidos na alínea a) do n.º 2 do artigo 2.º, cujo transporte ou circulação tenha estado sujeita à disciplina do presente diploma, e o sujeito passivo ou detentor dos bens alegue que o documento exigido não está disponível no local, por este ser diferente da sua sede ou domicílio fiscal ou do local de centralização da escrita, notificar -se -á aquele para no prazo de cinco dias úteis proceder à sua apresentação, sob pena da aplicação da respetiva penalidade. 9 Relativamente aos bens sujeitos a fácil deterioração, o documento exigido no número anterior deve ser exibido de imediato. 10 Se ultrapassado o prazo estabelecido na parte final do n.º 6 do presente artigo, considera -se exibido o documento exigido nos termos do n.º 8 se os bens em causa se encontrarem devidamente registados no inventário final referente ao último exercício económico. Artigo 7.º Transportador 1 Os transportadores de bens, seja qual for o seu destino e os meios utilizados para o seu transporte, devem exigir sempre aos remetentes dos mesmos o original e o duplicado do documento referido no artigo 1.º ou, sendo caso disso, o código referido no n.º 7 do artigo 5.º 2 Tratando -se de bens importados em Portugal que circulem entre a estância aduaneira de desalfandegamento e o local do primeiro destino, o transportador deve fazer -se acompanhar, em substituição do documento referido no número anterior, de documento probatório do desalfandegamento dos mesmos. 3 Quando o transporte dos bens em circulação for efetuado por transportador público regular coletivo de passageiros ou mercadorias ou por empresas concessionárias a prestarem o mesmo serviço, o documento de transporte ou código referido no n.º 7 do artigo 5.º pode acompanhar os respetivos bens em envelope fechado, sendo permitida a abertura às autoridades referidas no artigo 13.º 4 A disciplina prevista neste artigo não se aplica ao transportador público de passageiros quando os bens em circulação pertencerem aos respetivos passageiros. Artigo 8.º Impressão dos documentos de transporte 1 A impressão tipográfica dos documentos de transporte referidos na alínea e) do n.º 1 do artigo 5.º só pode ser efetuada em tipografias devidamente autorizadas pelo Ministro das Finanças, devendo obedecer a um sistema de numeração unívoca. 2 (Revogado.) 3 (Revogado.) 4 Nos casos em que, por exigências comerciais, for necessário o processamento de mais de três exemplares dos documentos referidos, é permitido à tipografia autorizada executá -los, com a condição de imprimir nos exemplares que excedam aquele número uma barra com a seguinte indicação: «Cópia de documento não válida para os fins previstos no Regime dos Bens em Circulação». 5 A autorização referida no n.º 1 é concedida, mediante a apresentação do respetivo pedido, às pessoas singulares ou coletivas ou entidades fiscalmente equiparadas que exerçam a atividade de tipografia ou que a iniciem, na condição de que: a) Não tenham sofrido condenação nos termos dos artigos 87.º a 91.º, 103.º a 107.º, 113.º, 114.º, 116.º a 118.º, 120.º, 122.º e 123.º do Regime Geral das Infrações Tributárias, aprovado pela Lei n.º 15/2001, de 5 de junho, nem nos termos das normas correspondentes do Regime Jurídico das Infrações Fiscais não Aduaneiras, aprovado pelo Decreto -Lei n.º 20 -A/90, de 15 de janeiro; b) Não estejam em falta relativamente ao cumprimento das obrigações constantes do n.º 1 do artigo 26.º e dos n. os 1 e 2 do artigo 40.º do Código do IVA, do n.º 1 do artigo 57.º do Código do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares ou do n.º 1 do artigo 96.º do Código do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Coletivas; c) Não se encontrem em estado de falência; d) Não tenham sido condenadas por crimes previstos nos artigos 256.º, 258.º, 259.º, 262.º, 265.º, 268.º e 269.º do Código Penal. 6 O pedido de autorização referido no número anterior deve ser entregue por via eletrónica, no Portal das Finanças, contendo a identificação, as atividades exercidas e o local do estabelecimento da tipografia, devendo ser acompanhado dos seguintes elementos: a) Certificado do registo criminal do proprietário da empresa, ou, tratando -se de sociedade, de cada um dos sócios gerentes ou administradores em exercício;

73 Diário da República, 1.ª série N.º de agosto de b) Certificado, processado pela entidade judicial respetiva, para efeitos da alínea c) do número anterior. Artigo 9.º Subcontratação 1 É permitido às tipografias autorizadas encarregar outras tipografias, desde que também autorizadas, da impressão dos documentos que lhes forem requisitados, desde que façam acompanhar os seus pedidos da fotocópia das requisições recebidas. 2 Tanto a tipografia que efetuou a impressão como a que a solicitou devem efetuar os registos e a comunicação referidos no artigo 10.º Artigo 10.º Aquisição de documentos de transporte 1 A aquisição dos impressos referidos no n.º 1 do artigo 8.º é efetuada mediante requisição escrita do adquirente utilizador, a qual contém os elementos necessários ao registo a que se refere o n.º 2 do presente artigo. 2 O fornecimento dos impressos é registado previamente pela tipografia autorizada, em suporte informático, devendo conter os elementos necessários à comunicação referida no n.º 5. 3 (Revogado.) 4 As requisições e os registos informáticos referidos nos números anteriores devem ser mantidos em arquivo, por ordem cronológica, pelo prazo de quatro anos. 5 Por cada requisição dos sujeitos passivos, as tipografias comunicam à AT por via eletrónica, no Portal das Finanças, previamente à impressão nos respetivos documentos, os elementos identificativos dos adquirentes e as gamas de numeração dos impressos referidos no n.º 1 do artigo 8.º 6 A comunicação referida no número anterior deve conter o nome ou denominação social, número de identificação fiscal, concelho e distrito da sede ou domicílio da tipografia e dos adquirentes, documentos fornecidos, respetiva quantidade e numeração atribuída. 7 (Revogado.) Artigo 11.º Revogação da autorização de impressão de documentos de transporte O Ministro das Finanças, por proposta do diretor -geral da AT, pode determinar a revogação da autorização concedida nos termos do artigo 8.º em todos os casos em que se deixe de verificar qualquer das condições referidas no seu n.º 4, sejam detetadas irregularidades relativamente às disposições do presente diploma ou se verifiquem outros factos que ponham em causa a idoneidade da empresa autorizada. (Revogado.) Artigo 12.º Artigo 13.º Entidades fiscalizadoras 1 Sem prejuízo das competências atribuídas por lei a outras entidades, a fiscalização do cumprimento das normas previstas no presente diploma compete à AT e à unidade com as atribuições tributárias, fiscais e aduaneiras da Guarda Nacional Republicana, cabendo também a esta última, conjuntamente com as restantes autoridades, designadamente a Polícia de Segurança Pública, prestar toda a colaboração que lhes for solicitada para o efeito. 2 Para assegurar a eficácia das ações de fiscalização, as entidades fiscalizadoras podem proceder à abertura das embalagens, malas ou outros contentores de mercadorias. 3 Relativamente à abertura de embalagens ou contentores acondicionantes de produtos que, pelas suas características de fácil deterioração ou perigo, não devam ser manuseados ou expostos ao meio ambiente, devem ser tomadas as seguintes providências: a) As embalagens ou contentores de tais produtos devem ser sempre rotulados ou acompanhados de uma declaração sobre a natureza do produto; b) As entidades fiscalizadoras, em tais casos, não devem abrir as referidas embalagens, sem prejuízo de, em caso de dúvida quanto aos bens transportados, serem tomadas as medidas adequadas para que se verifique, em condições aconselháveis, se os bens em circulação condizem com os documentos de transporte que os acompanham. 4 Os funcionários a quem incumbe a fiscalização prevista no n.º 1 consultam os elementos constantes da base de dados dos bens em circulação disponibilizada pela AT, mediante acesso individual e certificado, e sempre que se verifiquem quaisquer infrações às normas do presente diploma devem levantar o respetivo auto de notícia, com a ressalva do disposto no número seguinte. 5 Sempre que as outras autoridades atuem em conjunto com a AT, cabe aos funcionários desta autoridade levantar os autos de notícia a que haja lugar. 6 Sempre que a infração for detetada no decurso de operações em que colaborem duas ou mais autoridades, a parte do produto das coimas que se mostrem devidas destinadas ao autuante será repartida, em partes iguais, pelos serviços envolvidos. 7 Sempre que aplicável, as entidades referidas neste artigo devem averbar no original do documento de transporte o facto de ter sido recolhido o respetivo duplicado. SECÇÃO I Infrações Artigo 14.º Infrações detetáveis no decurso da circulação de bens 1 A falta de emissão ou de imediata exibição do documento de transporte ou dos documentos referidos no artigo 1.º e no n.º 2 do artigo 7.º e ainda as situações previstas nos n. os 2 e 4 do artigo 6.º farão incorrer os infratores nas penalidades previstas no artigo 117.º do Regime Geral das Infrações Tributárias, aprovado pela Lei n.º 15/2001, de 5 de junho, aplicáveis quer ao remetente dos bens quer ao transportador que não seja transportador público regular de passageiros ou mercadorias ou empresas concessionárias a prestar o mesmo serviço. 2 As omissões ou inexatidões praticadas nos documentos de transporte referidos no artigo 1.º e no n.º 2 do artigo 7.º que não sejam a falta de indicação do número 71

74 4676 Diário da República, 1.ª série N.º de agosto de de identificação fiscal do destinatário ou adquirente dos bens ou de qualquer das menções referidas nos n. os 4 e 8 do artigo 4.º e no n.º 3 do artigo 8.º ou ainda o não cumprimento do disposto no n.º 7 do artigo 4.º farão incorrer os infratores nas penalidades referidas no artigo 117.º do Regime Geral das Infrações Tributárias, aprovado pela Lei n.º 15/2001, de 5 de junho, aplicáveis quer ao remetente dos bens quer ao transportador que não seja transportador público regular de passageiros ou mercadorias ou empresas concessionárias a prestar o mesmo serviço. 3 Será unicamente imputada ao transportador a infração resultante da alteração do destino final dos bens, ocorrida durante o transporte, sem que tal facto seja por ele anotado. 4 Quando os bens em circulação, transportados num único veículo, provierem de mais de um remetente, a cada remetente será imputada a infração resultante dos bens por ele remetidos. 5 Sempre que o transportador dos bens em circulação em situação irregular não identifique o seu remetente, ser- -lhe -á imputada a respetiva infração. 6 Consideram -se não emitidos os documentos de transporte sempre que não tenham sido observadas as normas de emissão ou de comunicação constantes dos artigos 5.º e 8.º 7 Somente são aplicáveis as sanções referidas no presente artigo quando as infrações forem verificadas durante a circulação dos bens. 8 É sempre competente para a aplicação de coimas por infrações ao presente diploma o chefe do serviço de finanças da área onde foram detetadas. 9 Sempre que aplicável, considera -se falta de exibição do documento de transporte a não apresentação imediata do código previsto no n.º 7 do artigo 5.º SECÇÃO II Da apreensão Artigo 15.º Apreensão provisória 1 Quando, em relação aos bens encontrados em circulação nos termos dos artigos 1.º e 3.º, o seu detentor ou transportador declare que os mesmos não são provenientes de um sujeito passivo de IVA ou face à sua natureza, espécie e quantidade, se possa concluir que os mesmos não integram nenhuma das situações de exclusão previstas e em todos os casos em que haja fundadas suspeitas da prática de infração tributária, pode exigir -se prova da sua proveniência ou destino, a qual deve ser imediatamente feita, sob pena de se proceder à imediata apreensão provisória dos mesmos e do veículo transportador, nos termos do artigo 16.º 2 Do auto devem obrigatoriamente constar os fundamentos que levaram à apreensão provisória, designadamente os requisitos exigidos no número anterior. 3 Se a prova exigida no n.º 1 não for feita de imediato ou não for efetuada dentro de cinco dias úteis, a apreensão provisória converter -se -á em definitiva, passando a observar -se o disposto no artigo 17.º 4 O disposto no presente artigo aplica -se, com as devidas adaptações, às situações previstas nos n. os 2 e 4 do artigo 6.º Artigo 16.º Apreensão dos bens em circulação e do veículo transportador 1 Independentemente das sanções aplicáveis, as infrações referidas nos n. os 1 e 2 do artigo 14.º relativas aos bens em circulação implicam a apreensão destes, bem como dos veículos que os transportarem, sempre que estes veículos não estejam afetos aos transportes públicos regulares de passageiros ou mercadorias ou afetos a empresas concessionárias a prestarem o mesmo serviço por conta daqueles. 2 No caso de os bens apreendidos nos termos do número anterior estarem sujeitos a fácil deterioração, observa -se o preceituado no artigo 886.º -C do Código de Processo Civil, bem como as disposições do Código de Procedimento e de Processo Tributário aplicáveis. 3 Da apreensão dos bens e dos veículos será lavrado auto em duplicado ou, no caso do n.º 6 do presente artigo, em triplicado, sendo os mesmos entregues a um fiel depositário, de abonação correspondente ao valor normal dos bens apreendidos expressamente referido nos autos, salvo se puderem ser removidos, sem inconveniente, para qualquer depósito público. 4 O original do auto de apreensão será entregue no serviço de finanças da área onde foi detetada a infração. 5 O duplicado do auto de apreensão será entregue ao fiel depositário mediante recibo. 6 Quando o fiel depositário não for o condutor do veículo ou o transportador, será entregue a este último, ou na sua ausência ao primeiro, um exemplar do auto de apreensão. 7 Nos casos de apreensão em que o remetente não seja o transportador dos bens, proceder -se -á, no prazo de três dias úteis, à notificação do remetente para efeitos do disposto no n.º 1 do artigo 17.º Artigo 17.º Regularização das apreensões 1 Nos 15 dias seguintes à apreensão ou à notificação referida no n.º 7 do artigo anterior, podem os infratores regularizar a situação encontrada em falta, mediante exibição ou emissão dos documentos em falta nos termos do presente diploma, bem como dos documentos referidos no n.º 2 do artigo 7.º, ou dos documentos comprovativos da regularização das situações previstas nos n. os 2 e 4 do artigo 6.º e do pagamento das coimas aplicáveis, com redução a metade, no serviço de finanças a que se refere o n.º 4 do mesmo artigo. 2 As despesas originadas pela apreensão são da responsabilidade do infrator, sendo cobradas conjuntamente com a coima. 3 Decorrido o prazo referido no n.º 1 sem que se encontre regularizada a situação, e sem prejuízo do disposto nos n. os 5 e 6 deste artigo, são levantados os autos de notícia relativos às infrações verificadas. 4 Para efeitos do número anterior, o serviço de finanças comunica o facto ao apreensor, que, após o levantamento do auto respetivo, lho remete. 5 Nos casos em que o chefe do serviço de finanças competente constate que a apreensão foi feita sem preencher os requisitos previstos no presente diploma ou de que foi feita a prova referida no n.º 1 do artigo 15.º, não deverá ser levantado auto de notícia, arquivando -se o auto

75 Diário da República, 1.ª série N.º de agosto de de apreensão, depois de ouvido o apreensor sempre que tal se mostre conveniente. 6 Nos casos de haver manifesta impossibilidade em fazer a prova referida no n.º 1 do artigo 15.º, pode o chefe do serviço de finanças proceder de conformidade com o disposto no número anterior após proceder às diligências que se mostrarem necessárias. 7 As decisões proferidas nos termos dos n. os 5 e 6 do presente artigo podem ser alteradas, no prazo de 30 dias, por despacho do diretor de finanças do distrito, a quem o respetivo processo será remetido. 8 O despacho proferido nos termos do número anterior pode determinar o prosseguimento do processo, unicamente para pagamento das coimas que se mostrem devidas, considerando -se sempre definitiva a libertação dos bens e meios de transporte. 9 Nos casos referidos no número anterior são os infratores notificados do despacho do diretor de finanças, podendo utilizar a faculdade prevista no n.º 1 do presente artigo, contando -se o prazo aí referido a partir da data da notificação. 10 As decisões a que se referem os n. os 5 e 7 serão sempre comunicadas ao apreensor. 11 Da decisão de apreensão cabe recurso para o tribunal tributário de 1.ª instância. Artigo 18.º Decisão quanto à apreensão 1 À decisão sobre os bens em circulação e veículos de transporte apreendidos ou ao produto da sua venda é aplicável o disposto do n.º 4 do artigo 73.º do Regime Geral das Infrações Tributárias com as necessárias adaptações. 2 O levantamento da apreensão do veículo e dos bens respetivos só se verificará quando: a) Forem pagas as coimas aplicadas e as despesas originadas pela apreensão e, bem assim, exibidos o comprovativo de emissão ou, sendo caso disso, o original e o duplicado ou, no caso de extravio, segunda via ou fotocópia do documento de transporte ou dos documentos mencionados no n.º 2 do artigo 7.º, ou se encontrem regularizadas as situações previstas nos n. os 2 e 4 do artigo 6.º; b) For prestada caução, por meio de depósito em dinheiro ou de fiança bancária, que garanta o montante das coimas e dos encargos referidos na alínea a); c) Se verificar o trânsito em julgado da decisão que qualifica a infração ou apreensão insubsistente. 3 Nos casos de apreensão em que o remetente não seja transportador dos bens, o levantamento da apreensão, quer dos bens quer do veículo, será efetuado nos termos do número anterior, relativamente a cada um deles, independentemente da regularização efetuada pelo outro infrator. Artigo 19.º Legislação subsidiária Ao presente regime complementar é aplicável subsidiariamente o Regime Geral das Infrações Tributárias, aprovado pela Lei n.º 15/2001, de 5 de junho. 73

76 74

77 Portaria N.º 363/2010 de 23 de Junho 75

78 Diário da República, 1.ª série N.º de Junho de Portaria n.º 363/2010 de 23 de Junho A utilização crescente de sistemas de processamento electrónico de dados, nomeadamente para facturação da transmissão de bens ou de prestações de serviços, acarreta inegáveis vantagens em termos de celeridade do tratamento da informação. Todavia, introduz novos riscos em termos de controlo fiscal, pela possibilidade de subsequente adulteração dos dados registados, potenciando situações de evasão fiscal. Nesta perspectiva, importa definir regras para que os programas de facturação observem requisitos que garantam a inviolabilidade da informação inicialmente registada, permitindo -se, consequentemente, que apenas os programas que respeitem tais requisitos possam ser utilizados, após certificação pela DGCI. Foram observados os procedimentos de notificação à Comissão Europeia previstos no Decreto -Lei n.º 58/2000, de 18 de Abril. Assim: Manda o Governo, ao abrigo do disposto no n.º 8 do artigo 123.º do Código do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas, aprovado pelo Decreto -Lei n.º 442 -B/88, de 30 de Novembro, pelo Ministro de Estado e das Finanças, o seguinte: Artigo 1.º Objecto A presente portaria: a) Regulamenta a certificação prévia dos programas informáticos de facturação, a que se refere o n.º 8 do 76

79 2222 Diário da República, 1.ª série N.º de Junho de 2010 artigo 123.º do Código do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas, abreviadamente designado por Código do IRC, aprovado pelo Decreto -Lei n.º 442 -B/88, de 30 de Novembro; b) Altera a estrutura de dados constante do anexo à Portaria n.º 1192/2009, de 8 de Outubro. Artigo 2.º Certificação de programas de facturação 1 Os programas informáticos, utilizados por sujeitos passivos de imposto sobre o rendimento das pessoas singulares (IRS) ou de imposto sobre o rendimento das pessoas colectivas (IRC), para emissão de facturas ou documentos equivalentes e talões de venda, nos termos dos artigos 36.º e 40.º do Código do Imposto sobre o Valor Acrescentado (IVA), devem ser objecto de prévia certificação pela Direcção -Geral dos Impostos (DGCI). 2 Excluem -se do disposto no número anterior os programas de facturação utilizados por sujeitos passivos que reúnam algum dos seguintes requisitos: a) Utilizem software produzido internamente ou por empresa integrada no mesmo grupo económico, do qual sejam detentores dos respectivos direitos de autor; b) Tenham operações exclusivamente com clientes que exerçam actividades de produção, comércio ou prestação de serviços, incluindo os de natureza profissional; c) Tenham tido, no período de tributação anterior, um volume de negócios inferior a ; d) Tenham emitido, no período de tributação anterior, um número de facturas, documentos equivalentes ou talões de venda inferior a 1000 unidades. Artigo 3.º Requisitos A certificação dos programas de facturação depende da verificação cumulativa dos seguintes requisitos: a) Ter a possibilidade de exportar o ficheiro a que se refere a Portaria n.º 321 -A/2007, de 26 de Março; b) Possuir um sistema que permita identificar a gravação do registo de facturas ou documentos equivalentes e talões de venda, através de um algoritmo de cifra assimétrica e de uma chave privada de conhecimento exclusivo do produtor do programa; c) Possuir um controlo do acesso ao sistema informático, obrigando a uma autenticação de cada utilizador; d) Não dispor de qualquer função que, no local ou remotamente, permita alterar, directa ou indirectamente, a informação de natureza fiscal, sem gerar evidência agregada à informação original. Artigo 4.º Obrigações As empresas produtoras de software, antes da comercialização dos programas, para efeitos de certificação, devem enviar à DGCI: a) Uma declaração de modelo oficial, aprovado por despacho do Ministro das Finanças; b) A chave pública que permita validar a autenticidade e integridade do conjunto de dados a que se refere o artigo 6.º, assinados com a correspondente chave privada. Artigo 5.º Emissão do certificado 1 A DGCI emite, no prazo de 30 dias a contar da recepção da declaração referida no artigo anterior, o correspondente certificado do programa. 2 A emissão do certificado pode ser precedida de testes de conformidade devendo, para o efeito, o produtor do programa ser notificado, ficando suspenso o prazo previsto no número anterior até à conclusão dos respectivos testes. 3 Para verificação do cumprimento dos requisitos previstos no artigo 3.º, a DGCI pode, ainda, em qualquer momento, efectuar testes de conformidade, devendo o produtor do software disponibilizar um exemplar do programa e a documentação necessária, incluindo o dicionário de dados. 4 A DGCI mantém no seu sítio, na Internet, uma lista actualizada dos programas e respectivas versões certificadas, bem como a identificação dos produtores. Artigo 6.º Sistema de identificação 1 O sistema de identificação a que se refere a alínea b) do artigo 3.º deve utilizar o algoritmo de cifra assimétrica RSA, recebendo como argumento os seguintes dados concatenados, pela ordem indicada, com o separador «;» (ponto e vírgula), que constituem a mensagem a assinar com a chave privada: a) A data de criação da factura, do documento equivalente ou do talão de venda [campo data do documento de venda (JnvoiceDate) do SAF -T (PT)]; b) A data e hora da última alteração da factura, do documento equivalente ou do talão de venda [campo data de gravação do documento (SystemEntryDate) do SAF -T (PT)]; c) O número da factura, do documento equivalente ou do talão de venda [campo identificação única do documento de venda (JnvoiceNo) do SAF -T (PT)]; d) O valor da factura, do documento equivalente ou do talão de venda [campo total do documento com impostos (GrossTotal) do SAF -T (PT)]; e) A assinatura gerada no documento anterior, da mesma série [campo chave do documento (Hash) do SAF -T (PT)]. 2 A assinatura resultante do disposto no número anterior e a versão da chave privada de encriptação devem ficar guardadas na base de dados do programa de facturação. 3 As facturas ou documentos equivalentes e os talões de venda devem conter impresso: a) Um conjunto de quatro caracteres da assinatura a que se refere o número anterior, correspondentes à 1.ª, 11.ª, 21.ª e 31.ª posições, e separado por hífen; b) O número do certificado atribuído ao respectivo programa, utilizando para o efeito a expressão «Processado por programa certificado n.º...», que substitui a prevista no n.º 3 do artigo 8.º do regime de bens em circulação, aprovado pelo Decreto -Lei n.º 147/2003, de 11 de Julho. 77

80 Diário da República, 1.ª série N.º de Junho de Artigo 7.º Revogação do certificado O membro do Governo responsável pela área das finanças, por proposta do director -geral dos Impostos, pode determinar a revogação do certificado emitido nos termos do artigo 5.º, quando deixarem de ser observados os requisitos previstos no artigo 3.º Artigo 8.º Alteração à Portaria n.º 1192/ A nota técnica do campo da estrutura de dados constante do anexo à Portaria n.º 1192/2009, de 8 de Outubro, passa a ter a seguinte redacção: «Assinatura nos termos da portaria que regulamenta a certificação dos programas informáticos de facturação. O campo deve ser preenchido com 0 (zero), caso não haja obrigatoriedade de certificação.». 2 O formato do campo referido no número anterior passa a ser: «Texto 200». 3 A nota técnica do campo da referida estrutura de dados passa a ter a seguinte redacção: «Versão da chave privada utilizada na criação da assinatura do campo ». Artigo 9.º Disposições transitórias As empresas produtoras de software, relativamente aos programas em utilização e susceptíveis de actualização, devem apresentar, durante o mês de Setembro de 2010, a declaração a que se refere o artigo 4.º Artigo 10.º Obrigatoriedade de certificação A utilização de programas certificados em conformidade com o disposto na presente portaria é obrigatória: a) A partir de 1 de Janeiro de 2011, para os sujeitos passivos que, no ano anterior, tenham tido um volume de negócios superior a ; b) A partir de 1 de Janeiro de 2012, para os sujeitos passivos que, no ano anterior, tenham tido um volume de negócios superior a O Ministro de Estado e das Finanças, Fernando Teixeira dos Santos, em 7 de Maio de

81 Portaria N.º 22-A/2012 de 24 de janeiro 79

82 448-(2) Diário da República, 1.ª série N.º de janeiro de MINISTÉRIO DAS FINANÇAS Portaria n.º 22-A/2012 de 24 de janeiro A Portaria n.º 363/2010, de 23 de junho, regulamentou o processo de certificação dos programas informáticos de faturação, tendo definido um conjunto de regras técnicas, a observar pelas empresas produtoras de software. Concluída a fase de certificação da maioria dos programas de faturação, importa agora, tendo em consideração a realidade empresarial e os meios técnicos geralmente utilizados no processo de emissão de faturas, reforçar este instrumento de combate à fraude e evasão fiscal, alargando progressivamente o universo de contribuintes que, obrigatoriamente, devem utilizar programas certificados como meio de emissão de faturas ou documentos equivalentes e talões de venda. Com esta medida, os contribuintes abrangidos deixam de poder utilizar equipamentos que, não sendo certificáveis, oferecem menores garantias de inviolabilidade dos registos efetuados. Com idêntica finalidade de combate à fraude e evasão fiscal, definem -se as regras que os equipamentos ou programas informáticos não certificados devem observar na emissão de documentos entregues aos clientes, quando se trate de contribuintes não abrangidos pela obrigatoriedade de utilização de programas certificados de faturação. Para o efeito, promovem -se as correspondentes alterações à Portaria n.º 363/2010, de 23 de junho. Assim: Manda o Governo, ao abrigo do disposto no n.º 9 do artigo 123.º do Código do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Coletivas, aprovado pelo Decreto -Lei n.º 442 -B/88, de 30 de novembro, pelo Ministro de Estado e das Finanças, o seguinte: Artigo 1.º Objeto A presente portaria procede à primeira alteração à Portaria n.º 363/2010, de 23 de junho, e regulamenta a utilização obrigatória de programas informáticos de faturação certificados e a emissão de documentos por equipamentos ou programas não certificados. Artigo 2.º Alteração à Portaria n.º 363/2010, de 23 de junho. Os artigos 1.º, 2.º, 3.º e 5.º da Portaria n.º 363/2010, de 23 de junho, passam a ter a seguinte redação: «Artigo 1.º [...] A presente portaria: a) Regulamenta a utilização e certificação prévia dos programas informáticos de faturação, a que se refere o n.º 9 do artigo 123.º do Código do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Coletivas, abreviadamente designado por Código do IRC, aprovado pelo Decreto- -Lei n.º 442 -B/88, de 30 de novembro; b) Regulamenta a emissão de documentos por equipamentos ou programas não certificados; c) Altera a estrutura de dados constante do anexo à Portaria n.º 1192/2009, de 8 de outubro. Artigo 2.º Utilização de programas de faturação 1 Os sujeitos passivos de imposto sobre o rendimento das pessoas singulares (IRS) ou de imposto sobre o rendimento das pessoas coletivas (IRC), para emissão de faturas ou documentos equivalentes e talões de venda, nos termos dos artigos 36.º e 40.º do Código do Imposto sobre o Valor Acrescentado (IVA), estão obrigados a utilizar, exclusivamente, programas informáticos de faturação que tenham sido objeto de prévia certificação pela Autoridade Tributária e Aduaneira (AT). 2 Excluem -se do disposto no número anterior os sujeitos passivos que reúnam algum dos seguintes requisitos: a) Utilizem software produzido internamente ou por empresa integrada no mesmo grupo económico, do qual sejam detentores dos respetivos direitos de autor; b) Tenham tido, no período de tributação anterior, um volume de negócios inferior ou igual a ; c) Tenham emitido, no período de tributação anterior, um número de faturas, documentos equivalentes ou talões de venda inferior a unidades; d) Efetuem transmissões de bens através de aparelhos de distribuição automática ou prestações de serviços em que seja habitual a emissão de talão, bilhete de ingresso ou de transporte, senha ou outro documento pré- -impresso e ao portador comprovativo do pagamento. 3 São ainda obrigados a utilizar programa certificado: a) Os sujeitos passivos referidos no n.º 1, ainda que abrangidos por qualquer das exclusões constantes das alíneas b) a d) do n.º 2, quando optem, a partir da entrada em vigor da presente portaria, pela utilização de programa informático de faturação; b) Os sujeitos passivos que utilizem programa de faturação multiempresa. Artigo 3.º [...] A certificação dos programas de faturação depende da verificação cumulativa dos seguintes requisitos: a) b) c) d) e) Observar os demais requisitos técnicos aprovados por despacho do diretor -geral da Autoridade Tributária e Aduaneira (AT). Artigo 5.º [...] A versão certificada de um programa de faturação tem de observar os correspondentes requisitos, ainda que seja utilizada por sujeito passivo não obrigado a ter programa certificado.»

83 Diário da República, 1.ª série N.º de janeiro de (3) Artigo 3.º Aditamento à Portaria n.º 363/2010, de 23 de junho. São aditados à Portaria n.º 363/2010, de 23 de junho, os artigos 6.º -A, 6.º -B e 6.º -C, com a seguinte redação: «Artigo 6.º -A Documentos de transporte e outros São ainda assinados nos termos do artigo 6.º: a) Os documentos, nomeadamente, guias de transporte ou de remessa, que sirvam de documento de transporte, de acordo com o disposto no regime de bens em circulação, aprovado pelo Decreto -Lei n.º 147/2003, de 11 de julho; b) Quaisquer outros documentos, independentemente da sua designação, suscetíveis de apresentação ao cliente para conferência de entrega de mercadorias ou da prestação de serviços, nomeadamente as designadas consultas de mesa. Artigo 6.º -B Utilização de faturas impressas em tipografias Os sujeitos passivos referidos no artigo 2.º só podem emitir faturas impressas em tipografias autorizadas em caso de inoperacionalidade do programa de faturação, devendo ser posteriormente recuperadas para o programa. Artigo 6.º -C Documentos emitidos por máquinas registadoras 1 Os equipamentos ou programas de faturação não certificados que, para além dos talões de venda, emitam quaisquer outros documentos suscetíveis de apresentação aos clientes como comprovativo da transmissão de bens ou da prestação de serviços, nomeadamente as designadas consultas de mesa, devem: a) Numerar sequencialmente esses documentos, que devem conter ainda os seguintes elementos: i) Data e hora da emissão; ii) Denominação social e número de identificação fiscal do fornecedor de bens ou prestador de serviços; iii) Denominação usual e quantidades dos bens transmitidos ou dos serviços prestados; iv) O preço líquido de imposto e o montante de imposto devido, ou o preço com a inclusão do imposto; v) A indicação de que não serve de fatura; b) Registar os documentos numa série específica, em base de dados, no rolo interno da fita da máquina ou no jornal eletrónico, evidenciando igualmente os documentos anulados. 2 Os documentos emitidos, em modo de treino, pelos equipamentos ou programas de faturação não certificados, devem conter menção expressa de tal facto.» Artigo 4.º Norma revogatória São revogados os artigos 9.º e 10.º da Portaria n.º 363/2010, de 23 de junho. Artigo 5.º Renumeração, atualização e remissões 1 Os artigos da Portaria n.º 363/2010, de 23 de junho, na sua redação atual, são renumerados de acordo com a tabela de correspondência constante do anexo I da presente portaria, da qual faz parte integrante, e é atualizada a referência feita à DGCI, para a AT. 2 Com a renumeração a que se refere o número anterior são eliminadas as disposições revogadas por força desta alteração. 3 Todas as remissões para a Portaria n.º 363/2010, de 23 de junho, com as alterações nela introduzidas, consideram -se efetuadas para as disposições correspondentes da nova redação. Artigo 6.º Republicação A Portaria n.º 363/2010, de 23 de junho, na sua redação atual é republicada no anexo II da presente portaria, da qual faz parte integrante. Artigo 7.º Produção de efeitos 1 As alterações introduzidas na Portaria n.º 363/2010, de 23 de junho, produzem efeitos a partir de 1 de abril de O montante a que se refere a alínea b) do n.º 2 do artigo 2.º da Portaria n.º 363/2010, de 23 de junho, com a redação dada pela presente portaria, produz efeitos a partir de 1 de janeiro de 2013, vigorando, entretanto, o montante de Pelo Ministro de Estado e das Finanças, Luís Filipe Bruno da Costa de Morais Sarmento, Secretário de Estado do Orçamento, em substituição, em 23 de janeiro de ANEXO I (a que se refere o n.º 1 do artigo 5.º) Artigo antigo 1.º º 2.º º 3.º º 4.º º 5.º º 6.º º 6.º -A º 6.º - B º 6.º - C º 7.º º 8.º º 9.º Revogado. 10.º Revogado. ANEXO II (a que se refere o artigo 6.º) Artigo 1.º Objeto Artigo novo A presente portaria: a) Regulamenta a utilização e certificação prévia dos programas informáticos de faturação, a que se refere o n.º 9 81

84 448-(4) Diário da República, 1.ª série N.º de janeiro de do artigo 123.º do Código do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Coletivas, abreviadamente designado por Código do IRC, aprovado pelo Decreto -Lei n.º 442 -B/88, de 30 de novembro; b) Regulamenta a emissão de documentos por equipamentos ou programas não certificados; c) Altera a estrutura de dados constante do anexo à Portaria n.º 1192/2009, de 8 de outubro. Artigo 2.º Utilização de programas de faturação 1 Os sujeitos passivos de imposto sobre o rendimento das pessoas singulares (IRS) ou de imposto sobre o rendimento das pessoas coletivas (IRC), para emissão de faturas ou documentos equivalentes e talões de venda, nos termos dos artigos 36.º e 40.º do Código do Imposto sobre o Valor Acrescentado (IVA), estão obrigados a utilizar, exclusivamente, programas informáticos de faturação que tenham sido objeto de prévia certificação pela Autoridade Tributária e Aduaneira (AT). 2 Excluem -se do disposto no número anterior os sujeitos passivos que reúnam algum dos seguintes requisitos: a) Utilizem software produzido internamente ou por empresa integrada no mesmo grupo económico, do qual sejam detentores dos respetivos direitos de autor; b) Tenham tido, no período de tributação anterior, um volume de negócios inferior ou igual a ; c) Tenham emitido, no período de tributação anterior, um número de faturas, documentos equivalentes ou talões de venda inferior a unidades; d) Efetuem transmissões de bens através de aparelhos de distribuição automática ou prestações de serviços em que seja habitual a emissão de talão, bilhete de ingresso ou de transporte, senha ou outro documento pré -impresso e ao portador comprovativo do pagamento. 3 São ainda obrigados a utilizar programa certificado: a) Os sujeitos passivos referidos no n.º 1, ainda que abrangidos por qualquer das exclusões constantes das alíneas b) a d) do n.º 2, quando optem, a partir da entrada em vigor da presente portaria, pela utilização de programa informático de faturação; b) Os sujeitos passivos que utilizem programa de faturação multiempresa. Artigo 3.º Requisitos A certificação dos programas de faturação depende da verificação cumulativa dos seguintes requisitos: a) Ter a possibilidade de exportar o ficheiro a que se refere a Portaria n.º 321 -A/2007, de 26 de março; b) Possuir um sistema que permita identificar a gravação do registo de faturas ou documentos equivalentes e talões de venda, através de um algoritmo de cifra assimétrica e de uma chave privada de conhecimento exclusivo do produtor do programa; c) Possuir um controlo do acesso ao sistema informático, obrigando a uma autenticação de cada utilizador; d) Não dispor de qualquer função que, no local ou remotamente, permita alterar, direta ou indiretamente, a informação de natureza fiscal, sem gerar evidência agregada à informação original; e) Observar os demais requisitos técnicos aprovados por despacho do diretor -geral da Autoridade Tributária e Aduaneira (AT). Artigo 4.º Obrigações As empresas produtoras de software, antes da comercialização dos programas, para efeitos de certificação, devem enviar à AT: a) Uma declaração de modelo oficial, aprovado por despacho do Ministro das Finanças; b) A chave pública que permita validar a autenticidade e integridade do conjunto de dados a que se refere o artigo 6.º, assinados com a correspondente chave privada. Artigo 5.º Emissão do certificado 1 A AT emite, no prazo de 30 dias a contar da receção da declaração referida no artigo anterior, o correspondente certificado do programa. 2 A emissão do certificado pode ser precedida de testes de conformidade devendo, para o efeito, o produtor do programa ser notificado, ficando suspenso o prazo previsto no número anterior até à conclusão dos respetivos testes. 3 Para verificação do cumprimento dos requisitos previstos no artigo 3.º, a AT pode, ainda, em qualquer momento, efetuar testes de conformidade, devendo o produtor do software disponibilizar um exemplar do programa e a documentação necessária, incluindo o dicionário de dados. 4 A AT mantém no seu sítio, na Internet, uma lista atualizada dos programas e respetivas versões certificadas, bem como a identificação dos produtores. 5 A versão certificada de um programa de faturação tem de observar os correspondentes requisitos, ainda que seja utilizada por sujeito passivo não obrigado a ter programa certificado. Artigo 6.º Sistema de identificação 1 O sistema de identificação a que se refere a alínea b) do artigo 3.º deve utilizar o algoritmo de cifra assimétrica RSA, recebendo como argumento os seguintes dados concatenados, pela ordem indicada, com o separador «;» (ponto e vírgula), que constituem a mensagem a assinar com a chave privada: a) A data de criação da fatura, do documento equivalente ou do talão de venda [campo data do documento de venda (InvoiceDate) do SAF -T (PT)]; b) A data e hora da última alteração da fatura, do documento equivalente ou do talão de venda [campo data de gravação do documento (SystemEntryDate) do SAF -T (PT)]; c) O número da fatura, do documento equivalente ou do talão de venda [campo identificação única do documento de venda (InvoiceNo) do SAF -T (PT)]; d) O valor da fatura, do documento equivalente ou do talão de venda [campo total do documento com impostos (GrossTotal) do SAF -T (PT)];

85 Diário da República, 1.ª série N.º de janeiro de (5) e) A assinatura gerada no documento anterior, da mesma série [campo chave do documento (Hash) do SAF -T (PT)]. 2 A assinatura resultante do disposto no número anterior e a versão da chave privada de encriptação devem ficar guardadas na base de dados do programa de faturação. 3 As faturas ou documentos equivalentes e os talões de venda devem conter impresso: a) Um conjunto de quatro caracteres da assinatura a que se refere o número anterior, correspondentes à 1.ª, 11.ª, 21.ª e 31.ª posições, e separado por hífen; b) O número do certificado atribuído ao respetivo programa, utilizando para o efeito a expressão «Processado por programa certificado n.º...», que substitui a prevista no n.º 3 do artigo 8.º do regime de bens em circulação, aprovado pelo Decreto -Lei n.º 147/2003, de 11 de julho. Artigo 7.º Documentos de transporte e outros São ainda assinados, nos termos do artigo 6.º: a) Os documentos, nomeadamente, guias de transporte ou de remessa, que sirvam de documento de transporte, de acordo com o disposto no regime de bens em circulação, aprovado pelo Decreto -Lei n.º 147/2003, de 11 de julho; b) Quaisquer outros documentos, independentemente da sua designação, suscetíveis de apresentação ao cliente para conferência de entrega de mercadorias ou da prestação de serviços, nomeadamente as designadas consultas de mesa. Artigo 8.º Utilização de faturas impressas em tipografias Os sujeitos passivos referidos no artigo 2.º só podem emitir faturas impressas em tipografias autorizadas em caso de inoperacionalidade do programa de faturação, devendo ser posteriormente recuperadas para o programa. Artigo 9.º Documentos emitidos por máquinas registadoras 1 Os equipamentos ou programas de faturação não certificados que, para além dos talões de venda, emitam quaisquer outros documentos suscetíveis de apresentação aos clientes como comprovativo da transmissão de bens ou da prestação de serviços, nomeadamente as designadas consultas de mesa, devem: a) Numerar sequencialmente esses documentos, que devem conter ainda os seguintes elementos: i) Data e hora da emissão; ii) Denominação social e número de identificação fiscal do fornecedor de bens ou prestador de serviços; iii) Denominação usual e quantidades dos bens transmitidos ou dos serviços prestados; iv) O preço líquido de imposto e o montante de imposto devido, ou o preço com a inclusão do imposto; v) A indicação de que não serve de fatura; b) Registar os documentos numa série específica, em base de dados, no rolo interno da fita da máquina ou no jornal eletrónico, evidenciando igualmente os documentos anulados. 2 Os documentos emitidos, em modo de treino, pelos equipamentos ou programas de faturação não certificados, devem conter menção expressa de tal facto. Artigo 10.º Revogação do certificado O membro do Governo responsável pela área das finanças, por proposta do diretor -geral da Autoridade Tributária e Aduaneira, pode determinar a revogação do certificado emitido nos termos do artigo 5.º, quando deixarem de ser observados os requisitos previstos no artigo 3.º Artigo 11.º Alteração à Portaria n.º 1192/ A nota técnica do campo da estrutura de dados constante do anexo à Portaria n.º 1192/2009, de 8 de outubro, passa a ter a seguinte redação: «Assinatura nos termos da Portaria que regulamenta a certificação dos programas informáticos de faturação. O campo deve ser preenchido com 0 (zero), caso não haja obrigatoriedade de certificação.». 2 O formato do campo referido no número anterior passa a ser: «Texto 200». 3 A nota técnica do campo da referida estrutura de dados passa a ter a seguinte redação: «Versão da chave privada utilizada na criação da assinatura do campo ». 83

86 84

87 Ofício n.º

88 classificação: DirecçÃo De ServiçoS Do iva ofício n.º: processo: F /7728 entrada Geral: n.º Identificação Fiscal (nif): sua ref.ª: técnico: cód. Assunto: F055A origem: 10 exmos. senhores subdirectores-gerais directores de serviços directores de Finanças chefes de Finanças coordenadores das lojas do cidadão coordenador do cat assunto: IVA ArtIGo 6.º do código. regras de localização das prestações de serviços A partir de 1 de JAneIro de o decreto-lei n.º 186/2009, de 12 de Agosto, transpõe para a ordem jurídica interna as alterações introduzidas na directiva 2006/112/ce do conselho, de 28 de novembro de 2006, pelo artigo 2.º da directiva 2008/8/ce do conselho, de 12 de Fevereiro de 2008, no que diz respeito ao lugar das prestações de serviços, adaptando em conformidade as disposições do código do Imposto sobre o Valor Acrescentado (civa). em cumprimento do despacho n.º 938/2009 XVII, de 29 de Junho, do secretário de estado dos Assuntos Fiscais, procede-se à divulgação das seguintes instruções administrativas. i Nova estrutura Do artigo 6.º Do civa A alteração às regras de localização das prestações de serviços, a vigorar a partir de , ditou a reformulação do artigo 6.º do civa, aproveitando o legislador para proceder à reordenação da norma, agrupando os seus números tendo em conta a natureza das operações transmissões de bens e prestações de serviços. no que se refere às transmissões de bens, as regras que, até constam dos números 22 e 23, passam, a partir de , a constar dos números 4 e 5, sem alteração da redacção. significa, assim, que os números 1 a 5 do artigo 6.º agrupam as regras de localização das transmissões de bens, que não são objecto de alteração, enquanto que os números 6 a 12 tratam das regras de localização das prestações de serviços. Nos seus contactos com a administração fiscal, por favor mencione sempre o nome, a referência do documento, o N.º de identificação fiscal (Nif) e o domicílio fiscal 86 Av. João XXI, 76-3.º, Apartado lisboa tel: (+351) Fax: (+351) dsiva@dgci.min-financas.pt

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