Vigília de Natal. Acolher a vida de Deus, irradiar a Luz em abundância. Objectivos

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1 V I G Í L I A D E N A T A L 419 A MENSAGEM 3 Vigília de Natal Acolher a vida de Deus, irradiar a Luz em abundância Objectivos - Proporcionar às comunidades onde não é possível realizar a Missa do Galo uma Vigília que reúna a comunidade para celebrar o cumprimento das promessas feitas por Deus ao seu povo. - Em tempo de euforia e festa, como é a celebração do Natal, oferecer um momento de recolhimento e interioridade que faça descobrir o verdadeiro sentido da alegria cristã. - Reler a história da humanidade à luz da história de um povo no qual Deus se fez sempre presente. - Ajudar a perceber que a descoberta da luz para o futuro é feita na memória de um passado rico de sinais da presença de Deus no mundo. - Desafiar à Missão, a irradiar a Luz em abundância, a contagiar os ambientes com a alegria própria de quem se sente amado por Deus. Intervenientes e destinatários - Catequistas, catequizandos, pais dos catequizandos, todos os que se sentem comunidade - Os vários grupos de catequese podem construir convites para entregar em especial àqueles que não têm por hábito envolver-se na vida da comunidade. - Convidar um dos adolescentes da comunidade a representar a personagem de explorador. - Convidar os pais dos catequizandos a assumirem as personagens bíblicas que intervêm na vigília. - Convidar uma família da comunidade a representar a Sagrada Família Ambiente - Deve-se procurar criar um ambiente verdadeiramente acolhedor capaz de convidar ao recolhimento e à interioridade. Reduzir um pouco a luz pode ajudar a criar esse ambiente acolhedor. A música ambiente pode também ajudar. - Procurar dar um lugar de destaque ao símbolo da Dinâmica de Advento, acendendo todas as velas da coroa de Advento. O que preparar - Música ambiente - Roupas e adereços para as personagens bíblicas - Arca e rolo com o Prólogo Joanino - Cânticos - os cânticos propostos podem ser encontrados em:

2 V I G Í L I A D E N A T A L 4 A MENSAGEM 419 Introdução Catequista 1 Catequista 2 Catequista 3 Silêncio (música ambiente) (abrindo o baú) Cântico (Sugerimos que esta introdução seja lida de forma lenta e pausada por três catequistas. Pode ser acompanhada por música ambiente.) Há uma história muito bonita, escrita por um Judeu, sobrevivente do holocausto e que recebeu o prémio Nobel da paz em Esta história, que queremos hoje aqui contar, está escrita no livro As portas da floresta : Quando o grande Rabbi Israel Baal Shem-Tov via a desgraça a ameaçar os judeus, costumava dirigir-se a um determinado lugar na floresta para meditar. Quando lá chegava, acendia uma luz e dizia uma oração apropriada; o milagre realizava-se e a desgraça afastava-se. Mais tarde, quando a desgraça voltava a ameaçar, o seu célebre discípulo, Magid de Mezeritch, dirigia-se para o mesmo lugar, na floresta, e dizia: «Senhor do universo, escuta! Não sei acender a luz, mas ainda sou capaz de dizer a oração». E o milagre realizava-se outra vez. Mais tarde ainda, Rabbi Moshe-Leib de Sassov, para salvar uma vez mais o seu povo, dirigia-se para a floresta e dizia: «Não sei acender a luz, não sei a oração, mas sei o lugar e isto será suficiente». Era suficiente, e o milagre voltava a realizar-se. Aconteceu depois vir a desgraça sobre Rabbi Israel de Rizhin. Este sentou-se na sua cadeira de braços, pôs a cabeça entre as mãos, e falou a Deus: «Já nem sequer sei encontrar o lugar na floresta. Tudo o que posso fazer é contar a história, e isto deve ser suficiente». E era suficiente. Esta história de Elie Wiesel falava da realização fácil de um milagre que tinha a ver apenas com saber um lugar, acender uma luz, dizer uma oração. Mas falava também de como, pouco a pouco, de geração em geração, se foi perdendo sucessivamente a ciência de acender a luz, de dizer a oração, de saber o lugar, tendo ficado apenas a história que se contava. E o certo é que bastava contar a história para que o milagre se repetisse. Esta história pode aplicar-se ao Natal que já bate à nossa porta. Todos fazemos uma festa em nossa casa, montamos um presépio ou colocamos uma árvore iluminada à janela ou no jardim, fazemos muitas compras, gastamos muito dinheiro, oferecemos e recebemos muitas prendas, e por toda a parte há mais música e luz. Mas, se já não sabemos o lugar, nem acender a luz, nem dizer a oração, parece-me agora que uma parte significativa da nossa geração também já nem sequer sabe a história ou rapidamente a começa a esquecer. (Em silêncio e ao som de música ambiente entra agora uma personagem que designamos de explorador. Será esta personagem que nos fará mergulhar na história que nesta noite queremos contar.) Cada vez que abrimos um baú espalham-se como brisa suave e agradável uma imensidão de recordações e memórias que nos enchem o coração. Palavras, imagens, anseios e sonhos guardam em si o maior tesouro que alguma vez a humanidade recebeu. Vivemos como carvões apagados suspirando pela fonte da luz, a fonte da nossa origem. Movemo-nos colubrejantes pela vida como cegos que tocam tudo em seu redor. E tropeçamos nos obstáculos do caminho, agarrando-os com avidez na esperança de que sejam a luz porque na verdade, já não a conhecemos, já não nos recordamos dela. Hoje, trazemos à memória a história dessa luz, para que de novo ilumine a nossa vida e encha de raios de luminosidade cada recanto obscuro da nossa vida. Na nossa escuridão acende, Senhor a tua luz de amor, a tua luz de amor! Na nossa escuridão acende, Senhor a tua luz de amor, a tua luz de amor!

3 V I G Í L I A D E N A T A L 419 A MENSAGEM 5 Silêncio (música ambiente) Profeta Isaías Profeta Isaías Profeta Isaías Profeta Isaías Profeta Isaías (Entra o profeta Isaías) O povo que andava nas trevas viu uma grande luz; habitavam numa terra de sombras, mas uma luz brilhou sobre eles. Multiplicaste a alegria, aumentaste o júbilo; alegram-se diante de ti como os que se alegram no tempo da colheita, como se regozijam os que repartem os despojos. Pois Tu quebraste o seu jugo pesado, a vara que lhe feria o ombro e o bastão do seu capataz, como na jornada de Madian. Porque a bota que pisa o solo com arrogância e a capa empapada em sangue serão queimadas e serão pasto das chamas. Porquanto um menino nasceu para nós, um filho nos foi dado; tem a soberania sobre os seus ombros, e o seu nome é: Conselheiro-Admirável, Deus herói, Pai-Eterno, Príncipe da paz. Dilatará o seu domínio com uma paz sem limites, sobre o trono de David e sobre o seu reino. Ele o estabelecerá e o consolidará com o direito e com a justiça, desde agora e para sempre. Assim fará o amor ardente do Senhor do universo. Homem de palavras sábias quem és tu? Eu sou o profeta Isaías. Sou o grande profeta de Jerusalém. O Meu nome significa Deus salva! De onde vens tu, ó Profeta Isaías? Os meus escritos na Bíblia atravessam três épocas diferentes: antes, durante e depois do exílio do Povo de Deus. Que fizeste tu, ó grande profeta? Eu anunciei a vinda da luz, a vinda do Messias e apresentei-o como um servo. No tempo do exílio eu anunciei e a libertação do Povo e o seu regresso à terra dos seus antepassados. Depois do exílio trouxe a confiança ao povo para este se reinstalar na Terra que lhe tinha sido prometida. Profeta Isaías que nos dizes hoje? Rompei em brados de alegria, porque aproximam-se os pés do mensageiro da Paz. Alegrem-se o deserto e o descampado, rejubile e floresça a terra árida, cubra-se de flores como o narciso, exulte com brados de alegria, porque do tronco de Jessé saiu um ramo e um rebento brotou das suas raízes. As espadas convertem-se em relhas de arado e as lanças em foices. Jamais alguma nação lançará a espada contra a outra. Vinde, caminhemos à luz do Senhor. (Retira-se o profeta Isaías) Cântico Senhor Jesus Tu és luz do mundo, dissipa as trevas que me querem falar. Senhor Jesus Tu és luz da minha alama: saiba eu acolher o teu amor.

4 V I G Í L I A D E N A T A L 6 A MENSAGEM 419 Silêncio (música ambiente) João Baptista João Baptista João Baptista João Baptista João Baptista (Entra João Baptista) Arrependei-vos, porque está perto o reino dos Céus. Preparai o caminho do Senhor, endireitai as suas veredas. Deus pode suscitar, destas pedras, filhos de Abraão. O machado já está posto à raiz das árvores. Por isso, toda a árvore que não dá fruto será cortada e lançada ao fogo. Eu baptizo-vos com água, para vos levar ao arrependimento. Mas Aquele que vem depois de mim é mais forte do que eu e não sou digno de levar as suas sandálias. Ele baptizar-vos-á no Espírito Santo e no fogo. Tem a pá na sua mão: há-de limpar a eira e recolher o trigo no celeiro. Mas a palha, queimá-la-á num fogo que não se apaga. Homem de palavras duras, quem és tu? Eu sou João, o Baptista. Sou filho de Zacarias, sacerdote do templo de Jerusalém e de Isabel, parente de Maria, a mãe de Jesus. Vivo no deserto de Judá, nas margens do Rio Jordão e anuncio a proximidade do juízo de Deus. Que fazes tu, João baptista? Eu sou o percursor, sou aquele que prepara o caminho do Senhor. Prego um baptismo de conversão para o perdão dos pecados. Que nos dizes tu, homem sábio? Eu baptizo com água mas há-de chegar aquele, de quem eu não sou digno de desatar as suas sandálias. Ele baptizará no fogo do Espírito Santo. Preparai o caminho do Senhor. Endireitai as suas veredas. Todo o vale será aterrado, toda a montanha e colina serão aplanadas; as estradas curvas ficarão rectas e os caminhos esburacados serão nivelados. E todo o homem verá a salvação de Deus. Que devemos fazer João Baptista? Quem tiver duas túnicas dê uma a quem não tem. E quem tiver comida faça a mesma coisa. (Retira-se João Baptista) Cântico De noite iremos em busca da fonte de água viva. Só nos guia a nossa sede, só nossa sede nos guia.

5 V I G Í L I A D E N A T A L 419 A MENSAGEM 7 Silêncio (música ambiente) Maria Maria Maria Maria Maria Maria (Entra Maria) «A minha alma glorifica o Senhor e o meu espírito se alegra em Deus, meu Salvador. Porque pôs os olhos na humildade da sua serva. De hoje em diante, me chamarão bem-aventurada todas as gerações. O Todo-poderoso fez em mim maravilhas. Santo é o seu nome. A sua misericórdia se estende de geração em geração sobre aqueles que o temem. Manifestou o poder do seu braço e dispersou os soberbos. Derrubou os poderosos de seus tronos e exaltou os humildes. Aos famintos encheu de bens e aos ricos despediu de mãos vazias. Acolheu a Israel, seu servo, lembrado da sua misericórdia, como tinha prometido a nossos pais, a Abraão e à sua descendência, para sempre.» Mulher, quem és tu? Eu sou Maria, a mãe de Jesus e a esposa de José, o carpinteiro. Os meus pais são Ana e Joaquim. De onde vens tu Maria? Eu vivi há mais de dois mil anos em Nazaré, na Galileia. O meu filho, Jesus, nasceu em Belém na Judeia aquando o recenseamento que o Imperador César Augusto ordenara. Como José era da tribo de David, tivemos que ir a Belém para nos recensearmos. Nessa viagem nasceu Jesus. Que fizeste tu Maria? Como todas as mulheres do meu país eu cuidava da casa, tomava conta do meu filho e rezava ao meu Senhor, o Deus de Abraão e David. Depois de José ter morrido, eu acompanhava Jesus e os seus discípulos juntamente com todas as outras mulheres que os seguiam. Depois da morte de Jesus foi João, o discípulo que Jesus amava, que me acolheu em sua casa. Como fizeste tudo isso, Maria? Simplesmente confiei-me ao Senhor, para que em mim se fizesse a sua vontade. Fui uma humilde serva que acolheu a vontade de Deus. Que nos dizes hoje Maria? Fazei tudo o que vos disser Jesus. Ele é a Palavra viva de Deus, a Palavra encarnada. Nas suas palavras é-nos revelada a vontade de Deus. Ele é o Caminho, a Verdade e a Vida. (Sai Maria) Cântico Magnificat, magnificat, magnificat anima mea Dominum. Magnificat, magnificat, magnificat anima mea Dominum.

6 V I G Í L I A D E N A T A L 8 A MENSAGEM 419 Silêncio (música ambiente) Leitor 1 Leitor 2 Leitor 1 Leitor 2 Leitor 3 Leitor 4 Leitor 1 Leitor 2 Leitor 1 Leitor 2 CânticoS (O retira da arca um rolo. Abre-o e lê o seguinte texto. Enquanto lê entram Maria, José e Jesus que formam assim o quadro do presépio.) No princípio era o Verbo e o Verbo estava com Deus e o Verbo era Deus. No princípio, Ele estava com Deus. Tudo se fez por meio d Ele e sem Ele nada foi feito. N Ele estava a vida e a vida era a luz dos homens. A luz brilha nas trevas e as trevas não a receberam. Apareceu um homem enviado por Deus, chamado João. Veio como testemunha, para dar testemunho da luz. O Verbo era a luz verdadeira, que, vindo ao mundo, ilumina todo o homem. Estava no mundo e o mundo, que foi feito por Ele, não O conheceu. Veio para o que era seu e os seus não O receberam. Mas, àqueles que O receberam e acreditaram no seu nome, lhes o poder de se tornarem filhos de Deus. Estes não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas de Deus. E o Verbo fez-se carne e habitou entre nós. Nós vimos a sua glória, glória que Lhe vem do Pai como Filho Unigénito, cheio de graça e de verdade. João dá testemunho d Ele, exclamando: «Era deste que eu dizia: O que vem depois de mim passou à minha frente, porque existia antes de mim». Na verdade, foi da sua plenitude que todos nós recebemos graça sobre graça. Porque, se a Lei foi dada por meio de Moisés, a graça e a verdade vieram por meio de Jesus Cristo. A Deus, nunca ninguém O viu. O Filho Unigénito, que está no seio do Pai, é que O deu a conhecer. (Jo 1,1-18) Um menino foi dado ao povo e montou tenda entre eles. Ao acercarem-se dele para o conhecer, experimentaram algo singular que nunca tinham sentido até então. E julgavam que ele era diferente: Este menino é diferente! Até mesmo os seus pais se interrogaram, porque ele não agia como os demais. À medida que crescia, afigurava-se-lhes cada vez mais misterioso. A sua linguagem era nova: Ama vem ; e que surpreendentes os gestos! Ninguém ficara indiferente. Todos se perturbaram. A sua presença ferira aquele silêncio de morte que os afogava há séculos. Finalmente surgira um resplendor, um imenso clarão! Um dia, quando jovem, alguém ousou perguntar-lhe: - Qual é o significado da vida? - Vou responder-vos retorquiu. E tirando do bolso um pequeno espelho do tamanho de uma moeda, começou a brincar com ele, encantando todos pelo modo como orientava a luz e reflectia nos sítios mais recônditos que nunca tinham visto a claridade. Lentamente foram percebendo o sentido deste gesto: Cada um, como um espelho, pode enviar a luz da verdade, da fraternidade, da alegria e da paz, e dissipar as trevas dos corações das pessoas. Ficava claro para todos o significado da vida: ser luz para os outros. Neste momento, o jovem transfigurou-se e ficou iluminado como chama incandescente. E todos os confins do mundo puderam ver que que o jovem era a Luz. A missão é a porta da rua que se abre. É o irmão que nos estende a mão, o toxicodependente que precisa de ajuda. O olhar do executivo que vive na sua arrogância e na sua ambição. A missão é o nu que precisa de ser vestido, o velho que chora, o menino que tem fome. A missão é o pai, a mãe, o irmão. A missão é a vida! Vamos. Revistamo-nos das armas da luz. A todos os recantos de escuridão levemos a claridade. Partamos sem medos nem condições. Vamos. O mundo não pode esperar mais. (sai o explorador) Ao som de cânticos de Natal, a celebração pode terminar, convidando-se todos os presentes a adorar o menino. André Emanuel Coelho Paróquia de Parada de Todeia

7 C O M O F A Z E R 419 A MENSAGEM 9 Em Missão Encenação para Adolecentes ou Jovens (Quatro jovens, com os olhos vendados, estão espalhados pelo local da encenação. No meio deles um jovem que representa o Homem. Entre as personagens encontra-se um globo. Música ambiente.) Homem: Triste é a noite em que adormeço. Escuro é o dia em que me levanto. Árduas são as horas do meu desespero e da minha solidão. Procurei-Te em todos os caminhos e em todas as ruas: não Te encontrei. Abri as minhas mãos para as examinar e não vi nelas o Teu nome gravado. Chorei, gemi, lamentei-me e em todos os meus gritos não encontrei o Teu eco. Percorro as horas do meu desassossego e em nenhuma delas encontrei o Teu consolo. Quebrei todos os meus ossos, abri as minhas entranhas e não me queimei com o fogo do Teu amor a arder em mim. Perscrutei os meus segredos e os lugares mais recônditos do meu coração e não me cruzei contigo nas avenidas da minha intimidade. Não sei mais onde procurar-te. Estou seco, as minhas folhas caíram e não tenho frutos para oferecer. (Música ambiente) Leitor 1: A noite veio e escureceu a alma dos homens, mergulhando-os num mar de sombras e mentira. Leitor 2: Tudo é trevas, tudo é sombra, tudo é confusão. Leitor 1: A noite vendou-lhes os olhos, tapou-lhes os ouvidos, tornou os seus corações insensíveis. As suas mãos são áridas, perderam a capacidade de tocar a frescura da vida.

8 C O M O F A Z E R 10 A MENSAGEM 419 Leitor 2: Tudo é trevas, tudo é sombra, tudo é confusão. Leitor 1: Vivem como carvões apagados, suspirando pela fonte da luz, a fonte da sua origem. Procuram-na e não a encontram. Estão cegos. Não vêem nada. Vivem aos encontrões, tropeçam na vida, permitem-se não ver o evidente. Leitor 2: Tudo é trevas, tudo é sombra, tudo é confusão. (De olhos vendados, os quatro jovens comportam-se como cegos, apalpando o que encontram ao seu redor. Como que tropeçando no globo, um dos jovens faz o globo aproximar-se do homem que o observa e acolhe.) Leitor 3: O Mais importante não é que me encontres, que me descubras, que fales de mim com sabedoria. O mais importante não é que me ames com todas as forças do teu coração. O mais importante é que saibas que eu estou de braços abertos para que me encontres. O mais importante é que não duvides que eu estou presente no meio do mundo. O mais importante é que saibas reconhecer a minha presença em tantos caminhos da tua vida, em tantas estradas da humanidade. O mundo é o lugar do meu repouso. Em todos os continentes, em todos os países encontrar-me-ás. (Na apresentação de cada continente aproximam-se do globo três jovens vestidos da cor de cada continente. Trazem com eles uma faixa que vão estender desde o globo até ao local onde vão ficar. No fim das apresentações teremos um circulo colorido á volta do globo) Verde África Vermelho América Amarelo Âsia Azul Oceania Branco Europa Leitor 4: Com mais de 900 milhões de habitantes e 54 países independentes, África apresenta-se como um continente rico de valores, mas oprimido pelas guerras e pelas violências. É o mais pobre de todos os continentes, onde problemas como a subnutrição, analfabetismo e baixa expectativa de vida são bem reais. Leitor 3: Estou em África e chamo-te: Chamo-te a partir de tantas barrigas esfomeadas, da menina órfã que vagueia à procura de alimento e da mulher desesperada que não tem o que dar aos seus filhos. Chamo-te a partir dos campos de refugiados e das vítimas dos horrores da guerra. Grito e clamo de dentro de tantos becos de corrupção, mentira e ganância! Estou aqui! Não me vês? Não me ouves? Não me sentes?

9 C O M O F A Z E R 419 A MENSAGEM 11 Leitor 5: Conhecido como o novo mundo, o Continente Americano reúne 902 milhões de habitantes distribuídos por 35 países. Terra de muito entusiasmo, ideais e convicções é o símbolo da força e do poder do homem. No entanto, na América latina, por trás da riqueza e do luxo, esconde-se a miséria e o sofrimento daqueles que lutam por um pedaço de terra, ou são explorados no seu trabalho. Leitor 3: Estou na América e chamo-te: Chamo-te a partir da grande cidade de Nova York e das grandes favelas do Rio de Janeiro. Chamo-te a partir de tantas gargantas ressequidas de tanto gritar por um bocado de terra e a partir do olhar de tantas mulheres que prostituem a sua vida em troca de pão. Grito e clamo de dentro de tantas misérias e horrores. Estou aqui! Não me vês? Não me ouves? Não me sentes? Leitor 4: Com mais de 60 por cento da população mundial, o continente Asiático é a terra das grandes religiões. A diversidade de etnias, culturas e religiões associase aos inúmeros conflitos existentes por todo o continente sobretudo no Médio Oriente, na China e na Coreia. Apesar de alguns viverem no luxo e na ostentação a pobreza é uma marca muito forte deste continente. Leitor 3: Estou na Ásia e chamo-te: Chamo-te a partir das margens do lago de Tiberíades e da praça de Tianamen. Chamo-te do interior das prisões e das salas de execução. Chamo-te a partir do deserto e do desespero de tantas mulheres mergulhadas no sangue dos seus filhos. Chamo-te pelo som dos tiros e pela dor dos que são escravizados na indústria. Grito e clamo de dentro das ruínas da destruição de mais um Tsunami. Estou aqui! Não me vês? Não me ouves? Não me sentes? Leitor 5: Terra de muitas ilhas, de muitos povos, belezas e encantos, a Oceania, o novíssimo mundo é o continente mais pequeno em população mas com uma natureza muito rica e bela. Os seus longos lagos, as suas montanhas, planaltos, desertos e o gelo da Antárctida fazem deste continente uma amostra da beleza presente em todo o mundo.

10 C O M O F A Z E R 12 A MENSAGEM 419 Leitor 3: Estou na Oceania e chamo-te: Mesmo dos ventos frios da Antárctida e do longo Monte Cural eu chamo-te. Por entre os turistas das ilhas do pacífico e dos sem-abrigo de Sidney eu chamo-te. Estou aqui! Não me vês? Não me ouves? Não me sentes? Leitor 4: Berço da cultura ocidental, a Europa constituída por 50 países representa 25 por cento da população Mundial. Mergulhado numa profunda crise económica e de valores espirituais este continente parece ter-se esquecido das suas raízes e das suas origens. Leitor 3: Estou na Europa e chamo-te. Chamo-te a partir dos bancos desta igreja onde te encontras sentado. Chamo-te das praças das grandes capitais europeias, dos bairros onde se trafica droga e dos serviços de fronteiras onde esperam a entrada tantos sonhos e projectos. De dentro dos quartos de hospital, onde aguardam a morte tantos velhos, eu chamo-te. Estou aqui! Não me vês? Não me ouves? Não me sentes? (Como quem anuncia a verdade, o Homem destapa as vendas dos quatro jovens. Estes recebem a luz comportando-se como alguém que olha o mundo pela primeira vez.) Homem: A missão é a porta da rua que se abre. É o irmão que nos estende a mão, o toxicodependente que precisa de ajuda. O olhar do executivo que vive na sua arrogância e na sua ambição. A missão é o nu que precisa de ser vestido, o velho que chora, o menino que tem fome. A missão é o pai, a mãe, o irmão. (Começam a sair em direcção à porta principal) A missão é a vida! Vamos. Revistamo-nos das armas da luz. A todos os recantos de escuridão levemos a claridade. Partamos sem medos nem condições. Vamos. O mundo não pode esperar mais. (Todos os intervenientes abandonam o local da encenação seguindo o Homem; a porta é fechada com estrondo) André Emanuel Coelho Paróquia de Parada de Todeia

11 P A R A U M A C A T E Q U E S E R E N O V A D A 419 A MENSAGEM 13 Catequese Lugar de Magnificat e Conversão Diariamente os discípulos são convocados e enviados a anunciar o Evangelho, a fazer memória do acontecimento da salvação, a viver na dinâmica do Reino e a celebrar o dom de Deus a favor do homem, Jesus Cristo. Para a Igreja do Porto, o chamamento à missão ganhou uma tonalidade particular na Missão 2010, que provoca e convoca para a urgência de uma evangelização nova no seu ardor, nos seus métodos e expressões 1. Como missão ao serviço da Palavra no processo de Evangelização a catequese é chamada a escutar os desafios da Igreja e a estar atenta aos apelos das crianças, jovens e adultos que se dispõem a realizar uma caminhada de Iniciação à Vida na Fé. Recorda-se que, de forma especial a partir de meados do século XX, a questão catequética viu surgir um grande movimento de renovação. Hoje, atendendo à realidade eclesial, catequética e à complexidade do contexto sociocultural, o processo de renovação em curso tornou-se mais urgente. A missão 2010 é uma oportunidade única para discernir: que diz o Espírito à catequese no Porto? Para olhar a realidade e a partir dela abrir caminhos, o SDEC e os Assessores da Catequese lançaram desde Junho 2010 um inquérito aos Párocos e aos catequistas. Aguarda-se com expectativa a respostas de todos. Conhecer e perscrutar a realidade permitir-nos-á ver e analisar as luzes e sombras da iniciação à vida na fé na Diocese do Porto e pensar o seu presente e futuro. Como afirma Catechesi Tradendae: A renovação da catequese é um dom do Espírito Santo concedido à Igreja nos dias de hoje (nº3). Além dos inquéritos, ao longo dos últimos anos, através da Revista A Mensagem o SDEC tem oferecido alguns textos de reflexão e desafiados os párocos e catequistas a levarem para as reuniões a preocupação da missão catequética. Para dar continuidade a este processo, tendo em conta o tempo de graça que representa a Missão 2010, oferecemos alguns pontos de reflexão e uma pequena bibliografia que poderão ser utilizados como ponto de partida para encontros à volta da realidade catequética. Estando a catequese no coração da Igreja, não podemos deixar passar ao lado este tempo de graça. 1 Expressão de João Paulo II, em 1983, no Haiti.

12 P A R A U M A C A T E Q U E S E R E N O V A D A 14 A MENSAGEM Algumas afirmações / questões para reflectir Pensar as dificuldades e as possibilidades da transmissão da fé no mundo de hoje Hoje, porém, a transmissão da fé encontra dificuldades e levanta questões. Parece verificar-se menos abertura à fé tanto da parte das crianças e adolescentes como dos jovens e adultos. De facto, das crianças e adolescentes que frequentam a catequese, muitos não adquirem o sentido da presença e da amizade de Deus e de Jesus Cristo. Por isso, não assimilam nem o hábito nem o gosto pela oração ou pela Eucaristia. Falta-lhes em geral uma relação vivida com Deus e uma leitura da vida humana à luz desta relação. Também entre os adultos, afastados ou descrentes, parece mais difícil a transmissão da fé. As dificuldades crescentes na adesão ao Evangelho estão certamente relacionadas com as profundas transformações sócio-culturais que caracterizam um mundo novo. O modelo tradicional da comunicação da fé foi posto em causa no seio de uma sociedade pluralista, pluricultural, plurireligiosa e secularizada. ( ) Estamos diante de uma mudança profunda, em alguns aspectos inédita em relação ao passado, que exige ser reconhecida e interpretada com urgência e lucidez. (Para que acreditem e tenham vida CEP) Percursos diferenciados catequese de adultos Durante muito tempo consideraram-se as crianças como os destinatários privilegiados de catequese. Hoje esta actividade pastoral deve dirigir-se a todas as idades, pois todas as idades precisam de ser evangelizadas (Cf DGC 33). Na verdade, em todas as fases etárias encontramos muitas pessoas que necessitam de uma catequese de iniciação que proporcione uma formação cristã de base e garanta uma aprendizagem de toda a vida cristã centrada na conversão e no seguimento de Jesus Cristo (Cf DGC 67). Como referem vários documentos do Magistério, muitos nascidos em países cristãos e baptizados na infância, encontram-se na situação de quase catecúmenos (Cf CT 44; E in E 46-47). (Para que acreditem e tenham vida CEP) Desenvolver o acto catequético como Iniciação à Vida na Fé «( ) A Iniciação consiste na incorporação gradual e progressiva no mistério de Cristo e da Igreja, através dos três sacramentos da iniciação cristã Baptismo, Confirmação e Eucaristia e da aprendizagem e treino nas várias dimensões da fé: conhecimento do essencial do mistério cristão; celebração da fé na Eucaristia e nos sacramentos; união com o Senhor na oração; prática do Evangelho na caridade e no serviço.» (Para que acreditem e tenham vida CEP) Realizar o acto catequético como missão evangelizadora «a catequese, no contexto da nova evangelização, deve revestir algumas características, tais como: - Adoptar um carácter missionário procurando assegurar a adesão à fé. Para isso precisa de ir ao encontro da vida real dos catequizandos e de ter em conta as suas questões e experiências de modo a responder-lhes. - Centrar-se no kerigma, ou seja, na pessoa de Jesus Cristo Ressuscitado e no Seu mistério de salvação. Jesus Cristo deve ser apresentado como Boa Nova, fonte de esperança e de sentido para a vida humana e para as questões das pessoas e da sociedade. - Convidar constantemente a uma atitude de conversão ao Senhor em ordem ao crescimento na santidade pessoal e ao compromisso com o testemunho do Evangelho no mundo.» (Para que acreditem e tenham vida CEP)

13 P A R A U M A C A T E Q U E S E R E N O V A D A 419 A MENSAGEM 15 Introduzir na Catequese um processo de primeiro anúncio do Evangelho «A especificidade da catequese, distinta do primeiro anúncio do Evangelho que suscita conversão, visa o duplo objectivo de fazer amadurecer a fé inicial e de educar o verdadeiro discípulo de Cristo, mediante um conhecimento mais aprofundado e sistemático da Pessoa e da mensagem de Nosso Senhor Jesus Cristo (49). Na prática, porém, a catequese, mantendo embora esta ordem normal, deve ter em conta que muitas vezes não se verificou a primeira evangelização. Certo número de crianças baptizadas na primeira infância chegam à catequese paroquial sem terem recebido qualquer outra iniciação na fé, e sem terem ainda uma adesão explícita e pessoal a Jesus Cristo; têm somente a capacidade para acreditar que lhes foi conferida pelo Baptismo e pela presença do Espírito Santo. Os preconceitos do meio familiar pouco cristão, o espírito positivista da educação seguida, bem cedo geram nessas crianças certo número de dificuldades. E a estas há que juntar ainda outras crianças, não baptizadas, para as quais os respectivos pais só tardiamente aceitam a educação religiosa: por motivos de ordem prática, a fase da sua formação catecumenal dar-se-á, frequentemente e em grande parte, no decurso da catequese ordinária. Depois, sucede também que numerosos pré-adolescentes e adolescentes, que foram baptizados e receberam uma catequese sistemática e os Sacramentos, permanecem ainda por longo tempo hesitantes em comprometer toda a sua vida com Jesus Cristo, quando acontece mesmo que procuram esquivar-se a uma formação religiosa em nome da liberdade. Por fim, os próprios adultos não estão livres das tentações da dúvida ou do abandono da fé, especialmente sob influência do meio ambiente incrédulo. Tudo isto equivale a dizer que a «catequese» muitas vezes há-de ter a preocupação, não só de alimentar e esclarecer a fé, mas também de a avivar incessantemente com a ajuda da graça, de lhe abrir os corações, de converter e preparar aqueles que ainda estão no limiar da fé para uma adesão global a Jesus Cristo. Tal cuidado ditará, pelo menos em parte, o tom, a linguagem e o método da catequese». (Catechesi Tradendae nº 19) O catecumenado modelo inspirador de toda a catequese «O modelo escolar da catequese, concebido como aprendizagem, seguindo os ritmos da escolarização, já não está adaptado. Muitas crianças e jovens nem mesmo acompanham a catequese com a prática da experiência religiosa, devido à ruptura entre a família e a comunidade crente. Toda a catequese deve inserir-se no ritmo da nova evangelização, deve fazer parte do processo de iniciação cristã, começando por descobrir a riqueza dos três sacramentos: o Baptismo, a Confirmação e a Eucaristia. Isso significa um caminho a percorrer, de descoberta e de fidelidade, na alegria de experimentar uma vida nova. Isso só pode fazer-se em comunidade, em grupo que caminha em conjunto, onde se descobre ao mesmo tempo Cristo e a sua Igreja, onde se experimenta a exigência do amor, a força da comunhão, e a alegria de começar a viver uma vida nova, fonte de uma nova compreensão de todas as realidades da vida. O ritmo catecumenal é o mais indicado para a catequese, onde pais e filhos devem aprender a ter momentos em que fazem em conjunto esse caminho. O Catequista ganha a dimensão do pastor que conduz o seu rebanho às fontes da vida.» Comunicação do Sr. Cardeal D. José Policarpo, no congresso da Equipa Europeia de catequese, em 2008 Dar um espaço central à Palavra «A catequese há-de beber sempre o seu conteúdo na fonte viva da Palavra de Deus, transmitida na Tradição e na Sagrada Escritura, porque a Sagrada Tradição e a Sagrada Escritura constituem um só depósito inviolável da Palavra de Deus, confiado à Igreja. (CT nº 27) Ela é espaço privilegiado de anúncio do Evangelho como Boa Notícia e desenvolvimento da capacidade de interioridade, como atitude de acolhimento à Palavra. A Exortação Apostólica A Igreja na Europa manifesta e revela quanto a Iniciação Cristã está ao serviço do Evangelho da Esperança. O Papa João Paulo II, ao recolher as linhas fundamentais da Assembleia Sinodal, estrutura a sua exortação numa perspectiva

14 P A R A U M A C A T E Q U E S E R E N O V A D A 16 A MENSAGEM 419 ( ) É a comunidade cristã que é catequizante porque esta é a sua missão (DGC, 220). O Directório diz explicitamente que a comunidade cristã é a origem, o lugar e a meta da catequese (DGC, 254). «A comunidade cristã é o sujeito, o ambiente e a meta da catequese. Na verdade, a vida cristã é um facto comunitário, recebe-se, aprende-se e vive-se na Igreja, mistério de comunhão. Na vida das comunidades, a fé cristã torna-se um acontecimento vivido e actual, incarnado em pessoas, testemunhado em gestos e formas de viver. Nas actividades eclesiais da comunidade, que realizam a missão pastoral global, a Palavra de Deus alcança a sua plena realização como Palavra proclamada no anúncio do evangelho, celebrada na liturgia e praticada no serviço fraterno da caridade. A comunidade cristã apresenta, deste modo, um testemunho vivido da fé no qual a catequese encontra a sua base de apoio.» (Para que acreditem e tenham vida CEP) «A catequese é uma responsabilidade de toda a comunidade cristã. A iniciação cristã «não deve ser obra só dos catequistas ou sacerdotes, mas de toda a comunidade dos fiéis.» CT 16 A própria educação permanente da fé é uma questão que cabe a toda a comunidade. A catequese é, portanto, uma acção educativa realizada a partir da responsabilidade própria de cada membro da comunidade, num contexto ou clima comunitário rico de relações, a fim de que os catecúmenos e os catequizandos se insiram activamente na vida da comunidade.» DGC 220 Integrar a família no percurso catequético claramente iniciatória. Em ordem a propor O Evangelho da esperança confiado à Igreja do Novo Milénio (capítulo II), o Papa sublinha a urgência e a necessidade de Anunciar, Celebrar e Servir o Evangelho da Esperança (respectivamente capítulos III, IV e V). Tratase, portanto, de fazer nascer de novo, de iniciar de novo à fé, de re-evangelizar. Reflectir com as comunidades a natureza e a responsabilidade catequética das mesmas A acção educativa dos pais, «que é a um tempo humana e religiosa, é um «verdadeiro ministério» FC 38, por meio do qual se transmite e se irradia o Evangelho, a tal ponto que a própria vida de família se torna itinerário de fé e escola de vida cristã. À medida que os filhos crescem, o intercâmbio torna-se recíproco e, «num diálogo catequético deste tipo, cada um recebe e dá alguma coisa CT68» DGC 227 «É necessário que a comunidade cristã preste uma atenção especial aos pais. Deve ajuda-los a assumirem a tarefa, hoje especialmente delicada, de educar os filhos na fé, por meio de contactos pessoais, encontros, cursos, e também mediante uma catequese para adultos, dirigida concretamente aos pais.» DGC 228 Oferecer aos catequistas uma formação que prepare para responder aos desafios actuais «( ) trata-se de formar catequistas para as necessidades evangelizadoras deste momento histórico, com os seus valores, desafios e sombras. São necessários catequistas dotados de uma profunda fé, de uma clara identidade cristã e eclesial e de uma profunda sensibilidade social, para enfrentarem esta tarefa. Todo e qualquer projecto formativo deve ter em consideração estes aspectos. Também se deve ter presente nesta formação o conceito de catequese que a Igreja hoje apresenta. Trata-se de formar catequistas, para que sejam capazes de transmitir, não apenas um ensino, mas também uma formação cristã integral, desenvolvendo «tarefas de iniciação, de educação e de ensino». Dito por outras palavras: são necessários catequistas que sejam, ao mesmo tempo, mestres, educadores e testemunhas.» DGC 237

15 P A R A U M A C A T E Q U E S E R E N O V A D A 2. Sugestão de alguns textos apoio 419 A MENSAGEM 17 a. Textos do Magistérios Concílio Vaticano II Os Documentos produzidos pelo Concílio, com relevância para a Catequese: - Constituição A Sagrada Liturgia ; - Constituição dogmática A Igreja ; - Decreto O Múnus Pastoral dos Bispos na Igreja ; - Declaração A educação cristã ; - Constituição dogmática A Revelação Divina ; - Decreto O apostolado dos leigos - Decreto A actividade missionária da Igreja - Decreto O ministério e a vida dos sacerdotes ; - Constituição Pastoral A Igreja no mundo actual Evangelii Nuntiandi O Evangelho aos homens de hoje, 1975 Dedicada à evangelização do mundo moderno Catechesi Tradendae Catequese para hoje, 1979 Resume, actualiza e amplia as conclusões da IV Assembleia Geral do Sínodo dos Bispos de 1977; Catecismo Da Igreja Católica «A finalidade deste catecismo é apresentar uma exposição orgânica e sintética do conteúdo essencial e fundamental da doutrina católica, tanto sobre a fé como sobre a moral, à luz do Concílio Vaticano II e do conjunto da Tradição da Igreja». Directório Geral Da Catequese Documento publicado pela Congregação do Clero, em 1997; Apresenta o nuclear e fundamental sobre a catequese (em 5 partes): 1) Catequese na missão da Igreja 2) Mensagem evangélica e Catecismo da Igreja Católica como texto de referência 3) A catequese como exercício duma pedagogia 4) Destinatários, diferentes idades, diversas situações e contextos; 5) Formação de catequistas, lugares de catequese, organismos responsáveis Para Que Acreditem E Tenham Vida Documento publicado pela Conferência episcopal Portuguesa em 2005, apresenta a análise da realidade actual e orientações para catequese em Portugal. b. Textos de reflexão sobre a catequese editados pelo SDEC na Revista A MENSAGEM Nº386 - O futuro da catequese Nº388 - Caminhos para a interioridade Nº391 - Evangelização e catequese Catequese de Iniciação Nº391 - Espiritualidade do catequista Nº394 - Exame de consciência apostólica Nº398 - A relação Humana efectiva e afectiva um desafio catequético Nº399 - Anunciar na alegria o Deus que Vem Nº400 - Educar para a vocação Nº402 - Para uma Fé adulta Nº403 - O catecumenado modelo inspirador de toda a catequese Nº404 - Carta do Sr. Bispo D. Manuel, aos catequistas

16 U M D E S A F I O A P E N S A R O A C T O C A T E Q U É T I C O 18 A MENSAGEM 419 A pedagogia de Deus modelo da pedagogia catequética A catequese, sendo comunicação da revelação divina, inspira-se radicalmente na pedagogia de Deus, como ela se manifesta em Cristo e na Igreja, acolhe os seus parâmetros constitutivos e, guiada pelo Espírito Santo, faz uma sábia síntese da mesma, favorecendo assim uma verdadeira experiência de fé, um encontro filial com Deus. (DGC143) Que queremos dizer quando falamos de Pedagogia de Deus? I. A PEDAGOGIA DO DOM Aprouve a Deus, na sua bondade infinita e sabedoria, revelar-se a Si mesmo e tornar conhecido o mistério da sua vontade, por meio do qual os homens, através de Cristo, Verbo Incarnado, têm acesso ao Pai, no Espírito Santo e n Ele se tornam participantes da natureza divina. Por consequência, em virtude desta revelação, Deus invisível, na abundância do seu amor, fala aos homens como amigos e dialoga com eles, para os convidar à comunhão com Ele e nela os receber Deus revela-se como Aquele que se quer comunicar a si mesmo para admitir à comunhão com Ele e torná-lo participante da sua natureza O desígnio da revelação não é a comunicação de qualquer verdade teórica ou abstracta, mas é o encontro entre Deus, que vem em busca do homem e o homem, que procura um sentido para a vida e responde a Deus pela fé 3. Revelando-se a Si mesmo, Deus quer tornar os homens capazes de Lhe responderem, de O conhecerem e de O amarem, muito para além de tudo o que seriam capazes de fazer 4. Este desígnio divino comporta uma particular pedagogia divina : Deus comunicase gradualmente ao homem e prepara-o, por etapas, para receber a Revelação sobrenatural que faz de Si e que vai culminar na pessoa e missão do Verbo encarnado, Jesus Cristo As etapas da revelação A Criação «Deus, criando e conservando todas as coisas pelo Verbo, oferece aos homens um testemunho perene de Si mesmo na criação» 6. Deus dá-se a conhecer às criaturas desde a origem do criado. Na criação, o homem é o evento duma livre, 2 DV, 2 3 CatIC, 142: Pela fé, o homem submete completamente a Deus a inteligência e a vontade; com todo o seu ser, o homem dá assentimento a Deus que Revela. 4 Ibidem, Ibidem, 53 6 DV, 3

17 U M D E S A F I O A P E N S A R O A C T O C A T E Q U É T I C O 419 A MENSAGEM 19 gratuita e indulgente auto-comunicação de Deus 7. Isto quer significar que Deus, na sua realidade mais autêntica, tornase o constitutivo mais íntimo do homem. Trata-se, pois, duma auto-comunicação ontológica de Deus 8. Dito de modo mais simples: Desejar a Deus é um sentimento inscrito no coração do homem, porque o homem foi criado por Deus e para Deus. Deus não cessa de atrair o homem para Si e só em Deus é que o homem encontra a verdade e a felicidade que não se cansa de procurar 9. Desde as origens, o homem é convidado à comunhão e relação íntima e vital 10 com Deus. A revelação de Deus na criação aparece elaborada como um drama em que Deus é o actor do primeiro acto: é o Deus criador frente à sua obra. Neste primeiro acto, o homem entende-se como criatura que conhece e reconhece o criador. O homem recebe o seu ser daquele de quem provém. O segundo acto tem como actor o homem e corresponde fundamentalmente à não correspondência do homem às possibilidades oferecidas por Deus. O homem, por esta sua opção, aparece como essência paradoxal, existência fracassada, homem em oposição. No terceiro acto reentra de novo Deus como resposta de justiça, situada entre o respeito pela opção do homem e a oferta gratuita da salvação 11. A História da Salvação A história da salvação é o exercício desta pedagogia da justiça de Deus que se desenvolve na história como origem, como promessa, aliança e cumprimento (em Jesus Cristo). O Catecismo da Igreja Católica, ao apresentar as etapas da revelação enumera-as assim: testemunho que Deus dá de si mesmo na criação (nº 54); promessa da redenção depois do pecado dos nossos primeiros pais (nº 55); a economia da aliança com Noé (nº 57-58); a eleição de Abraão e dos patriarcas (nº 59-61); a constituição do povo de Israel, como o povo dos primogénitos na fé de Abraão (nº 63); os profetas, através dos quais Deus forma o seu povo na esperança da salvação, na expectativa duma aliança nova e eterna, destinada a todos os homens, e que será gravada nos corações (nº 64). A história é o lugar que Deus elege para encetar o diálogo salvífico com o homem na história e pela história, Deus solicita ao homem uma resposta que é obediência da fé 12, a fim de o tornar participante do dinamismo da sua vida. Jesus Cristo, mediador e plenitude de toda a revelação 13 A Revelação de Deus à humanidade (revelação progressiva e por etapas, feita de acontecimentos e palavras e através de mediadores vários 14 ) culmina em Jesus Cristo, mediador e plenitude de toda a Revelação. O Directório Geral da Catequese, citando o nº 4 da Dei Verbum, sublinha com ênfase que Jesus Cristo, com toda a sua presença e manifestação da sua pessoa, com palavras e obras, sinais e milagres, e sobretudo com a sua morte e gloriosa ressurreição, enfim, com o envio do Espírito da verdade, completa totalmente e confirma com o testemunho divino a Revelação 15. Jesus Cristo, Filho de Deus feito homem, é a Palavra única, perfeita e inultrapassável do Pai 16, o acontecimento decisivo para o qual convergem todos os acontecimentos da história da salvação 17. Assim, depois 7 RAHNER, Karl Curso fundamental sobre la fe introducción al concepto de cristrianismo. Herder, Barcelona, 1989, Ibidem, CatIC, 27. Veja-se também o DGC, 36: A pessoa humana, que por sua natureza e vocação é «capaz de descobrir Deus» quando ouve a mensagem das criaturas, pode atingir a certeza da existência de Deus como causa e fim de tudo. 10 GS, Cf. FRIES, Heinrich Accion y palavra de Dios en la historia de la salvacion. In: Mysterium Salutis Manual de Teologia como história de la salvacion (vol. I). Ediciones Cristiandad. Madrid, 1992, O nº 144 do CatIC explicita o que obedecer na fé: Obedecer ( ob-audire ) na fé é submeter-se livremente à palavra escutada, por a sua verdade ser garantida por Deus, que é a própria verdade. 13 DV, DGC, DGC, 40 e DV, 4, na linha de Heb 1, CatIC, DGC, 40.

18 U M D E S A F I O A P E N S A R O A C T O C A T E Q U É T I C O 20 A MENSAGEM 419 d Ele, não haverá outra revelação 18. A Pedagogia da Encarnação, levada a cabo por Jesus Cristo, solicita ao homem uma resposta numa dupla dimensão: a entrega confiante a Deus e a adesão amorosa a tudo aquilo que Ele nos revelou 19. «Crer» tem, pois, uma dupla referência: à pessoa e à verdade; à verdade, pela confiança na pessoa que a testemunha 20. Em Jesus Cristo, a Pedagogia de Deus diz-se em plenitude Características DA pedagogia do dom da revelação O nº 139 do Directório Geral da Catequese caracteriza com cuidada precisão a pedagogia do dom da revelação ao longo da história. Na Escritura, e por analogia com os costumes humanos e segundo as categorias culturais do tempo, Deus é visto 21 : - Como um Pai misericordioso. Na cultura bíblica, Deus é chamado Pai enquanto criador do mundo e em razão da Aliança e do dom da Lei. Também é o Pai dos pobres, do órfão e da viúva, postos sob a sua protecção amorosa 22. «Deus trata-vos como filhos; e qual é o filho a quem o seu pai não corrige?» Como um mestre e um sábio, educador genial e providente que faz dos acontecimentos da vida e da história lições de sabedoria e acolhe e se adapta às diversas idades, contextos e situações vitais 24. Entrega ao Seu povo palavras de salvação para serem transmitidas de geração em geração; educa, advertindo com a recordação do prémio e do castigo; torna formativas as próprias provas e sofrimentos Como um Deus libertador, que se relaciona pessoal e concretamente com o ser humano indivíduo e comunidade na condição existencial em que se encontra, e lhe oferece a libertação e salvação, livrando-o dos laços do mal, chamando-o a Si com vínculos de amor e refazendo permanentemente a sua dignidade 26, faz com que ele cresça progressiva e pacientemente, até à maturidade de filho livre, fiel e obediente à Sua palavra 27. Em síntese, e segundo o Directório Geral da Catequese, este desígnio providencial do Pai, revelado plenamente em Jesus Cristo, realiza-se com a força do Espírito Santo. E comporta: a revelação de Deus, da sua «verdade profunda», do seu «segredo», da verdadeira vocação e dignidade da pessoa humana; a oferta da salvação a toda a humanidade, como dom da graça e da misericórdia de Deus, que implica a libertação do mal, do pecado e da morte; o chamamento definitivo para reunir todos os filhos dispersos na família de Deus, realizando assim a união fraterna entre as pessoas CatIC, 73. Os nº 66 e 67 explicitam bem este tema ao esclarecer com peculiar clareza que apesar de a Revelação ter acabado, não quer dizer que esteja completamente explicitada. E está reservado à fé cristã apreender gradualmente todo o seu alcance, no decorrer dos séculos (nº 66). E acrescenta, no nº 67: A fé cristã não pode aceitar revelações que pretendam ultrapassar ou corrigir a Revelação de que Cristo é o acabamento. 19 DGC, CatIC, DGC, CatIC, 238. O nº 239 acrescenta: Ao designar Deus com o nome de Pai, a linguagem da fé sugere particularmente dois aspectos: que Deus é a primeira origem de tudo e autoridade transcendente, e, ao mesmo tempo, que é bondade e solicitude amorosa para com todos os seus filhos. 23 Heb 12,7. 24 Cf. DGC, DGC, Veja-se como Jesus caracteriza o Pai na Parábola do Filho Pródigo. 27 DGC, DGC, 37.

19 U M D E S A F I O A P E N S A R O A C T O C A T E Q U É T I C O 419 A MENSAGEM 21 II. A PEDAGOGIA DA ENCARNAÇÃO Para entender a auto-comunicação de Deus ao homem é decisivo compreender que o dador é em si mesmo o dom, que o dador se entrega à criatura e enquanto tal se constitui como a sua consumação e acabamento 29. Esta revelação é absolutamente gratuita e livre e, por conseguinte, indevida é o milagre indevido do livre amor de Deus. Na verdade, quando Deus se auto-comunica, tornando os homens capazes de O conhecer e amar, abre e inicia para a humanidade o caminho da sua plenitude ou realização. A revelação implica, por isso, a unidade profunda e indissolúvel entre o acontecimento da entrega de Deus e a salvação do homem, entre a manifestação de Si e do seu projecto de salvação e o cumprimento da vida verdadeira no ser humano 30. O Directório Geral da Catequese, interpretando fielmente o nº 13 da Dei Verbum, afirma: Querendo falar à humanidade como a amigos, Deus manifesta a Sua pedagogia, de modo particular, adaptando, com solícita providência, a Sua Palavra à nossa condição terrena O Plano da revelação encarnada Esta condescendência de Deus obedece a um plano de revelação. Deus revelase ao homem mediante acções e palavras 32 que têm o seu cume e fim em Jesus Cristo, Filho encarnado do Pai. Na verdade, realizando a Sua missão de redentor, no âmbito do processo da «pedagogia de Deus», com a perfeição e a eficácia intrínsecas à novidade da Sua pessoa, Jesus, através das Suas palavras, sinais e obras, ao longo de toda a Sua breve mas intensa vida, manifestou de modo absoluto a radicalidade da condescendência de Deus. A Palavra fez-se carne. A Pedagogia de Deus é agora dom absoluto em Jesus Cristo e pedagogia encarnada. A Pedagogia de Jesus continua e desenvolve a Pedagogia de Deus, com a perfeição e a eficácia intrínsecas à novidade da Sua pessoa 33. Toda a vida de Cristo é revelação do Pai: nas suas palavras e actos, nos seus silêncios e sofrimentos, na maneira de ser e de falar 34. As linhas fundamentais desta Pedagogia encarnada são 35 : - o anúncio genuíno do Reino de Deus, como boa nova da verdade e da consolação do Pai 36 ; chegada a plenitude dos tempos, Cristo, a fim de cumprir a vontade do Pai, deu começo na terra ao Reino dos Céus (LG 3). Ora a vontade do Pai é elevar os homens à participação da vida divina (LG 2) E fá-lo reunindo os homens em torno de seu Filho, Jesus Cristo 37. Jesus anunciou uma nova e definitiva intervenção de Deus, com um poder transformador tão grande e até mesmo superior ao que utilizou na criação do mundo 38 ; anunciou e revelou que Deus não é um ser distante e inacessível, duma potência anónima e longínqua, mas sim o Pai o acolhimento do outro, em particular do pobre, da criança, do pecador, como pessoa amada e querida por Deus 40 ; Jesus anuncia que o Reino é uma Boa Notícia para os pobres, que declara como bem-aventurados e a quem faz sentir a especial predilecção do Pai, que se dignou revelar-lhes o que é oculto aos sábios e inteligentes; Jesus partilha a vida do pobre, sofrendo e experimentando a fome, a sede e a nudez; mais: identifica-se com os pobres de toda a espécie, e faz do amor para com eles a condição para a entrada no seu Reino RAHNER, K., Curso fundamental, DEL CAMPO, Manuel Transmisión de la fe y iniciación cristiana. In: Actualidad catequetica 42, DGC, Cf. DGC, 38: Este plano da revelação realiza-se por meio de acções e palavras intimamente relacionadas entre si, de tal maneira que: as obras realizadas por Deus na história da salvação manifestam e confirmam a doutrina e as realidades significadas pelas palavras; e as palavras, por sua vez, proclamam as obras e esclarecem o mistério nelas contido. 33 DGC, CatIC, As linhas fundamentais da Pedagogia de Jesus desenvolvem-se no DGC, nos nº e DGC, CatIC, DGC, Ibidem, DGC, Ibidem, 544.

20 U M D E S A F I O A P E N S A R O A C T O C A T E Q U É T I C O 22 A MENSAGEM 419 Jesus, por palavras e actos, acolhe, convive e convida para a mesa do Reino os pecadores, mostrando-lhes a misericórdia sem limites que o Pai lhes dedica e a imensa alegria de Deus pela conversão do pecador um estilo de amor delicado e forte, que livra do mal e promove a vida 43 ; Jesus é apresentado como porta-voz do acolhimento e da misericórdia, como encarnação do Deus com entranhas de misericórdia. Jesus ensina, ao mesmo tempo, que Deus oferece, com o Seu Reino, o dom da salvação integral; Ele liberta do pecado, introduz na comunhão com o Pai, concede a filiação divina e promete a vida eterna, vencendo a morte 44. Jesus acompanha a sua palavra com numerosos milagres, prodígios e sinais (Act 2, 22). Os sinais realizados por Jesus testemunham que o Pai O enviou 45. A libertação do mal e a promoção da vida pretendem sobretudo restituir ao homem a sua vocação de filho de Deus o convite premente a uma conduta amparada pela fé em Deus, pela esperança do reino e pela caridade para com o próximo 47 ; toda a vida e ministério de Jesus é um desafio à confiança absoluta em Deus, pela conversão e pelo exercício da caridade, feita, por Cristo, mandamento e mandamento novo a utilização de todos os recursos da comunicação interpessoal, como a palavra, o silêncio, a metáfora, a imagem, o exemplo e diferentes sinais, como faziam os profetas bíblicos 49 ; todos estes elementos se encontram nas parábolas, traço característico do ensino de Jesus e que são, para o homem, como uma espécie de espelho que permanentemente o interpela, questiona e desafia a agir 50 ; embora se situe na linha dos profetas bíblicos, Jesus inaugura uma forma nova de ensinar que cativa e atrai. Esta novidade caracteriza-se por: uma profundidade religiosa, que faz com que o que diz de Deus Pai seja fresco e se entenda; mensagem provocadora, que anuncia uma grande notícia e denuncia as atitudes tortas; mensagem que se liga à vida e aos acontecimentos comuns da vida das pessoas; as coisas difíceis de Deus são narradas e ditas com simplicidade 2. Uma pedagogia iniciática Jesus iniciou os seus discípulos na Pedagogia de Deus. Esta iniciação verifica-se no cuidado que dedicou à formação dos Doze, apresentando-se-lhes como único Mestre que revela Deus à humanidade e revela a pessoa humana a si mesma 51. Através de toda a sua vida, Jesus, Mestre e amigo paciente e fiel, ensinou-lhes os mistérios de Deus, estimulando-os com perguntas oportunas, explicando-lhes, de maneira aprofundada, aquilo que anunciava à multidão; introduziu-os na comunhão íntima com o Pai, pela oração; possibilitou-lhes a experiência de viver quotidianamente os valores que lhes anunciava; iniciou-os à missão quando promoveu uma jornada missionária; prometeu e enviou o Espírito para os guiar à verdade total 52. Jesus Cristo é, no dizer de João Paulo II, na Catechesi Tradendae, o Mestre que salva, santifica e guia, que está vivo, que fala, desperta, comove, corrige, julga, perdoa e caminha todos os dias connosco pelos caminhos da história; o Mestre que vem e que há-de vir na glória 53. Na verdade, Jesus inicia os seus discípulos na confissão da fé n Ele, na celebração da sua vida e no exercício dos valores do Reino e sobretudo comunica-lhes, pela força e acção do Espírito Santo, a Pedagogia dos sinais do Reino. 42 Cf. Lc 15,7 e Mt 26, 28. Cf. CatIC, DGC, Ibidem, CatIC, Cf. CatIC, DGC, CatIC, DGC, Cf. CatIC, 546. Jesus e a presença do Reino neste mundo estão secretamente no coração das parábolas. 51 DGC, Veja-se a este propósito o CatIC, nº 787: Desde o princípio, Jesus associou os discípulos à sua vida. Revelou-lhes o mistério do Reino; deu-lhes parte na sua missão, na sua alegria e nos seus sofrimentos. Jesus fala duma comunhão ainda mais íntima entre Ele e os que O seguem: Permanecei em Mim, como Eu em vós ( ). Eu sou a cepa, vós os ramos (Jo 15, 4-5). E anuncia uma comunhão misteriosa e real entre o seu próprio Corpo e o nosso: quem come a minha Carne e bebe o meu Sangue permanece em Mim e Eu nele (Jo 6, 56). 53 CT, 9.

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