Direito Processual Civil

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1 Direito Processual Civil Professor Giuliano Tamagno

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3 Direito Processual Civil DA FUNÇÃO JURISDICIONAL DA JURISDIÇÃO E DA AÇÃO Art. 16. A jurisdição civil é exercida pelos juízes e pelos tribunais em todo o território nacional, conforme as disposições deste Código. Art. 17. Para postular em juízo é necessário ter interesse e legitimidade. Art. 18. Ninguém poderá pleitear direito alheio em nome próprio, salvo quando autorizado pelo ordenamento jurídico. Parágrafo único. Havendo substituição processual, o substituído poderá intervir como assistente litisconsorcial. Art. 19. O interesse do autor pode limitar-se à declaração: I da existência, da inexistência ou do modo de ser de uma relação jurídica; II da autenticidade ou da falsidade de documento. Art. 20. É admissível a ação meramente declaratória, ainda que tenha ocorrido a violação do direito. 3

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5 Direito Processual Civil DAS PARTES E DOS PROCURADORES DA CAPACIDADE PROCESSUAL Art. 70. Toda pessoa que se encontre no exercício de seus direitos tem capacidade para estar em juízo. Art. 71. O incapaz será representado ou assistido por seus pais, por tutor ou por curador, na forma da lei. Art. 72. O juiz nomeará curador especial ao: I incapaz, se não tiver representante legal ou se os interesses deste colidirem com os daquele, enquanto durar a incapacidade; II réu preso revel, bem como ao réu revel citado por edital ou com hora certa, enquanto não for constituído advogado. Parágrafo único. A curatela especial será exercida pela Defensoria Pública, nos termos da lei. Art. 73. O cônjuge necessitará do consentimento do outro para propor ação que verse sobre direito real imobiliário, salvo quando casados sob o regime de separação absoluta de bens. 1º Ambos os cônjuges serão necessariamente citados para a ação: I que verse sobre direito real imobiliário, salvo quando casados sob o regime de separação absoluta de bens; II resultante de fato que diga respeito a ambos os cônjuges ou de ato praticado por eles; III fundada em dívida contraída por um dos cônjuges a bem da família; IV que tenha por objeto o reconhecimento, a constituição ou a extinção de ônus sobre imóvel de um ou de ambos os cônjuges. 2º Nas ações possessórias, a participação do cônjuge do autor ou do réu somente é indispensável nas hipóteses de composse ou de ato por ambos praticado. 3º Aplica-se o disposto neste artigo à união estável comprovada nos autos. Art. 74. O consentimento previsto no art. 73 pode ser suprido judicialmente quando for negado por um dos cônjuges sem justo motivo, ou quando lhe seja impossível concedê-lo. Parágrafo único. A falta de consentimento, quando necessário e não suprido pelo juiz, invalida o processo. Art. 75. Serão representados em juízo, ativa e passivamente: I a União, pela Advocacia-Geral da União, diretamente ou mediante órgão vinculado; II o Estado e o Distrito Federal, por seus procuradores; III o Município, por seu prefeito ou procurador; IV a autarquia e a fundação de direito público, por quem a lei do ente federado designar; V a massa falida, pelo administrador judicial; VI a herança jacente ou vacante, por seu curador; 5

6 VII o espólio, pelo inventariante; VIII a pessoa jurídica, por quem os respectivos atos constitutivos designarem ou, não havendo essa designação, por seus diretores; IX a sociedade e a associação irregulares e outros entes organizados sem personalidade jurídica, pela pessoa a quem couber a administração de seus bens; X a pessoa jurídica estrangeira, pelo gerente, representante ou administrador de sua filial, agência ou sucursal aberta ou instalada no Brasil; XI o condomínio, pelo administrador ou síndico. 1º Quando o inventariante for dativo, os sucessores do falecido serão intimados no processo no qual o espólio seja parte. 2º A sociedade ou associação sem personalidade jurídica não poderá opor a irregularidade de sua constituição quando demandada. 3º O gerente de filial ou agência presume- -se autorizado pela pessoa jurídica estrangeira a receber citação para qualquer processo. 4º Os Estados e o Distrito Federal poderão ajustar compromisso recíproco para prática de ato processual por seus procuradores em favor de outro ente federado, mediante convênio firmado pelas respectivas procuradorias. Art. 76. Verificada a incapacidade processual ou a irregularidade da representação da parte, o juiz suspenderá o processo e designará prazo razoável para que seja sanado o vício. 1º Descumprida a determinação, caso o processo esteja na instância originária: I o processo será extinto, se a providência couber ao autor; II o réu será considerado revel, se a providência lhe couber; III o terceiro será considerado revel ou excluído do processo, dependendo do polo em que se encontre. 2º Descumprida a determinação em fase recursal perante tribunal de justiça, tribunal regional federal ou tribunal superior, o relator: I não conhecerá do recurso, se a providência couber ao recorrente; II determinará o desentranhamento das contrarrazões, se a providência couber ao recorrido. 6

7 Direito Processual Civil DOS DEVERES Art. 77. Além de outros previstos neste Código, são deveres das partes, de seus procuradores e de todos aqueles que de qualquer forma participem do processo: I expor os fatos em juízo conforme a verdade; II não formular pretensão ou de apresentar defesa quando cientes de que são destituídas de fundamento; III não produzir provas e não praticar atos inúteis ou desnecessários à declaração ou à defesa do direito; IV cumprir com exatidão as decisões jurisdicionais, de natureza provisória ou final, e não criar embaraços à sua efetivação; V declinar, no primeiro momento que lhes couber falar nos autos, o endereço residencial ou profissional onde receberão intimações, atualizando essa informação sempre que ocorrer qualquer modificação temporária ou definitiva; VI não praticar inovação ilegal no estado de fato de bem ou direito litigioso. 1º Nas hipóteses dos incisos IV e VI, o juiz advertirá qualquer das pessoas mencionadas no caput de que sua conduta poderá ser punida como ato atentatório à dignidade da justiça. 2º A violação ao disposto nos incisos IV e VI constitui ato atentatório à dignidade da justiça, devendo o juiz, sem prejuízo das sanções criminais, civis e processuais cabíveis, aplicar ao responsável multa de até vinte por cento do valor da causa, de acordo com a gravidade da conduta. 3º Não sendo paga no prazo a ser fixado pelo juiz, a multa prevista no 2º será inscrita como dívida ativa da União ou do Estado após o trânsito em julgado da decisão que a fixou, e sua execução observará o procedimento da execução fiscal, revertendo- -se aos fundos previstos no art º A multa estabelecida no 2º poderá ser fixada independentemente da incidência das previstas nos arts. 523, 1º, e 536, 1º. 5º Quando o valor da causa for irrisório ou inestimável, a multa prevista no 2º poderá ser fixada em até 10 (dez) vezes o valor do salário-mínimo. 6º Aos advogados públicos ou privados e aos membros da Defensoria Pública e do Ministério Público não se aplica o disposto nos 2º a 5º, devendo eventual responsabilidade disciplinar ser apurada pelo respectivo órgão de classe ou corregedoria, ao qual o juiz oficiará. 7º Reconhecida violação ao disposto no inciso VI, o juiz determinará o restabelecimento do estado anterior, podendo, ainda, proibir a parte de falar nos autos até a purgação do atentado, sem prejuízo da aplicação do 2º. 8º O representante judicial da parte não pode ser compelido a cumprir decisão em seu lugar. 7

8 Art. 78. É vedado às partes, a seus procuradores, aos juízes, aos membros do Ministério Público e da Defensoria Pública e a qualquer pessoa que participe do processo empregar expressões ofensivas nos escritos apresentados. 1º Quando expressões ou condutas ofensivas forem manifestadas oral ou presencialmente, o juiz advertirá o ofensor de que não as deve usar ou repetir, sob pena de lhe ser cassada a palavra. 2º De ofício ou a requerimento do ofendido, o juiz determinará que as expressões ofensivas sejam riscadas e, a requerimento do ofendido, determinará a expedição de certidão com inteiro teor das expressões ofensivas e a colocará à disposição da parte interessada. 8

9 Direito Processual Civil DA RESPONSABILIDADE DAS PARTES POR DANO PROCESSUAL Art. 79. Responde por perdas e danos aquele que litigar de má-fé como autor, réu ou interveniente. Art. 80. Considera-se litigante de má-fé aquele que: I deduzir pretensão ou defesa contra texto expresso de lei ou fato incontroverso; II alterar a verdade dos fatos; III usar do processo para conseguir objetivo ilegal; IV opuser resistência injustificada ao andamento do processo; V proceder de modo temerário em qualquer incidente ou ato do processo; VI provocar incidente manifestamente infundado; VII interpuser recurso com intuito manifestamente protelatório. Art. 81. De ofício ou a requerimento, o juiz condenará o litigante de má-fé a pagar multa, que deverá ser superior a um por cento e inferior a dez por cento do valor corrigido da causa, a indenizar a parte contrária pelos prejuízos que esta sofreu e a arcar com os honorários advocatícios e com todas as despesas que efetuou. 1º Quando forem 2 (dois) ou mais os litigantes de má-fé, o juiz condenará cada um na proporção de seu respectivo interesse na causa ou solidariamente aqueles que se coligaram para lesar a parte contrária. 2º Quando o valor da causa for irrisório ou inestimável, a multa poderá ser fixada em até 10 (dez) vezes o valor do salário-mínimo. 3º O valor da indenização será fixado pelo juiz ou, caso não seja possível mensurá-lo, liquidado por arbitramento ou pelo procedimento comum, nos próprios autos. 9

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11 Direito Processual Civil DOS PROCURADORES Art A parte será representada em juízo por advogado regularmente inscrito na Ordem dos Advogados do Brasil. Parágrafo único. É lícito à parte postular em causa própria quando tiver habilitação legal. Art O advogado não será admitido a postular em juízo sem procuração, salvo para evitar preclusão, decadência ou prescrição, ou para praticar ato considerado urgente. 1º Nas hipóteses previstas no caput, o advogado deverá, independentemente de caução, exibir a procuração no prazo de 15 (quinze) dias, prorrogável por igual período por despacho do juiz. 2º O ato não ratificado será considerado ineficaz relativamente àquele em cujo nome foi praticado, respondendo o advogado pelas despesas e por perdas e danos. Art A procuração geral para o foro, outorgada por instrumento público ou particular assinado pela parte, habilita o advogado a praticar todos os atos do processo, exceto receber citação, confessar, reconhecer a procedência do pedido, transigir, desistir, renunciar ao direito sobre o qual se funda a ação, receber, dar quitação, firmar compromisso e assinar declaração de hipossuficiência econômica, que devem constar de cláusula específica. 1º A procuração pode ser assinada digitalmente, na forma da lei. 2º A procuração deverá conter o nome do advogado, seu número de inscrição na Ordem dos Advogados do Brasil e endereço completo. 3º Se o outorgado integrar sociedade de advogados, a procuração também deverá conter o nome dessa, seu número de registro na Ordem dos Advogados do Brasil e endereço completo. 4º Salvo disposição expressa em sentido contrário constante do próprio instrumento, a procuração outorgada na fase de conhecimento é eficaz para todas as fases do processo, inclusive para o cumprimento de sentença. Art Quando postular em causa própria, incumbe ao advogado: I declarar, na petição inicial ou na contestação, o endereço, seu número de inscrição na Ordem dos Advogados do Brasil e o nome da sociedade de advogados da qual participa, para o recebimento de intimações; II comunicar ao juízo qualquer mudança de endereço. 1º Se o advogado descumprir o disposto no inciso I, o juiz ordenará que se supra a omissão, no prazo de 5 (cinco) dias, antes de determinar a citação do réu, sob pena de indeferimento da petição. 2º Se o advogado infringir o previsto no inciso II, serão consideradas válidas as intimações enviadas por carta registrada ou meio eletrônico ao endereço constante dos autos. 11

12 Art O advogado tem direito a: I examinar, em cartório de fórum e secretaria de tribunal, mesmo sem procuração, autos de qualquer processo, independentemente da fase de tramitação, assegurados a obtenção de cópias e o registro de anotações, salvo na hipótese de segredo de justiça, nas quais apenas o advogado constituído terá acesso aos autos; II requerer, como procurador, vista dos autos de qualquer processo, pelo prazo de 5 (cinco) dias; III retirar os autos do cartório ou da secretaria, pelo prazo legal, sempre que neles lhe couber falar por determinação do juiz, nos casos previstos em lei. 1º Ao receber os autos, o advogado assinará carga em livro ou documento próprio. 2º Sendo o prazo comum às partes, os procuradores poderão retirar os autos somente em conjunto ou mediante prévio ajuste, por petição nos autos. 3º Na hipótese do 2º, é lícito ao procurador retirar os autos para obtenção de cópias, pelo prazo de 2 (duas) a 6 (seis) horas, independentemente de ajuste e sem prejuízo da continuidade do prazo. 4º O procurador perderá no mesmo processo o direito a que se refere o 3º se não devolver os autos tempestivamente, salvo se o prazo for prorrogado pelo juiz. 12

13 Direito Processual Civil DO MINISTÉRIO PÚBLICO Art O Ministério Público atuará na defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses e direitos sociais e individuais indisponíveis. Art O Ministério Público exercerá o direito de ação em conformidade com suas atribuições constitucionais. Comentário Ver art. 127, CF. Atribuições constitucionais do MP. Atuação como parte. Atuação como fiscal da lei. Ação Civil Pública. Art. 129, III, CF. Defesa dos serviços públicos. Art. 129, II, CF. Fatos apurados em CPI. Art. 129, IV, CF. Outras ações específicas: a) direitos difusos e coletivos na área da infância e juventude (ECA, art. 208 a 2240; b) pessoas portadoras de deficiência (Lei nº 7853/89); c) proteção dos investidores no mercado mobiliário (Lei nº 7913/89). Ação coletiva. Direitos individuais homogêneos (CDC, art. 81, parágrafo único, III e art. 82, I). Ações específicas na LOMP (art. 6º). A casuística é imensa. Ver NN e HTJ. Art O Ministério Público será intimado para, no prazo de 30 (trinta) dias, intervir como fiscal da ordem jurídica nas hipóteses previstas em lei ou na Constituição Federal e nos processos que envolvam: I interesse público ou social; II interesse de incapaz; III litígios coletivos pela posse de terra rural ou urbana. Parágrafo único. A participação da Fazenda Pública não configura, por si só, hipótese de intervenção do Ministério Público. 13

14 Comentário Intervenção obrigatória. Art Nos casos de intervenção como fiscal da ordem jurídica, o Ministério Público: I terá vista dos autos depois das partes, sendo intimado de todos os atos do processo; II poderá produzir provas, requerer as medidas processuais pertinentes e recorrer. Comentário Poderes processuais do MP. Deve ser intimado de todos os atos (art. 179, CPC). Manifesta-se depois das partes (art. 179, I, CPC). Pode requerer provas e o depoimento pessoal das partes. Pode arguir impedimento ou suspeição do juiz ou auxiliar. Pode suscitar conflito de competência (953, II, CPC). Prazo em dobro para se manifestar (art. 180, CPC). Não pode praticar ato próprio da parte como requerer declaração incidente e reconvir (art. 343, CPC), denunciar a lide (art. 125, CPC), chamar ao processo (art. 130, CPC), arguir incompetência (art. 64, CPC), renunciar (art. 487, III, CPC), reconhecer juridicamente o pedido (art. 497, III, a, CPC). Art O Ministério Público gozará de prazo em dobro para manifestar-se nos autos, que terá início a partir de sua intimação pessoal, nos termos do art. 183, 1º. 1º Findo o prazo para manifestação do Ministério Público sem o oferecimento de parecer, o juiz requisitará os autos e dará andamento ao processo. 2º Não se aplica o benefício da contagem em dobro quando a lei estabelecer, de forma expressa, prazo próprio para o Ministério Público. Comentário Quer como parte, quer como fiscal da lei. Não se aplica quando houver prazo próprio. Art O membro do Ministério Público será civil e regressivamente responsável quando agir com dolo ou fraude no exercício de suas funções. 14

15 Direito Processual Civil Do Ministério Público Prof. Giuliano Tamagno Comentário Responsabilidade civil do MP. Dolo ou fraude. TÍTULO VI Da Advocacia Pública Art Incumbe à Advocacia Pública, na forma da lei, defender e promover os interesses públicos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, por meio da representação judicial, em todos os âmbitos federativos, das pessoas jurídicas de direito público que integram a administração direta e indireta. Comentário Advocacia do Estado. Pessoas jurídicas de direito público da administração direta ou indireta. Art. 131, CF, para a Advocacia Geral da União. Além da representação judicial e extrajudicial, a advocacia pública deve prestar os serviços de consultoria e assessoria do órgão pública a que está vinculada. Art A União, os Estados, o Distrito Federal, os Municípios e suas respectivas autarquias e fundações de direito público gozarão de prazo em dobro para todas as suas manifestações processuais, cuja contagem terá início a partir da intimação pessoal. 1º A intimação pessoal far-se-á por carga, remessa ou meio eletrônico. 2º Não se aplica o benefício da contagem em dobro quando a lei estabelecer, de forma expressa, prazo próprio para o ente público. Comentário No CPC de 73 era apenas para a Fazenda Pública. No atual, é para toda a administração pública. Abrange União, Estados, Distrito Federal e Municípios, A intimação é pessoal. Para quaisquer manifestações processuais. Exceção para prazos próprios. Art O membro da Advocacia Pública será civil e regressivamente responsável quando agir com dolo ou fraude no exercício de suas funções. Comentário Responsabilidade civil por dolo ou fraude. 15

16 TÍTULO VII Da Defensoria Pública Art A Defensoria Pública exercerá a orientação jurídica, a promoção dos direitos humanos e a defesa dos direitos individuais e coletivos dos necessitados, em todos os graus, de forma integral e gratuita. Comentário Ver art. 134, CF e EC 80/2014, que criou uma seção específica para a Defensoria Pública e a destaca como instituição permanente. Ver Lei Complementar nº 80/94 e 98/99 que organiza e disciplina a Defensoria Pública na União, Estados, Distrito Federal e Municípios. Art A Defensoria Pública gozará de prazo em dobro para todas as suas manifestações processuais. 1º O prazo tem início com a intimação pessoal do defensor público, nos termos do art. 183, 1º. 2º A requerimento da Defensoria Pública, o juiz determinará a intimação pessoal da parte patrocinada quando o ato processual depender de providência ou informação que somente por ela possa ser realizada ou prestada. 3º O disposto no caput aplica-se aos escritórios de prática jurídica das faculdades de Direito reconhecidas na forma da lei e às entidades que prestam assistência jurídica gratuita em razão de convênios firmados com a Defensoria Pública. 4º Não se aplica o benefício da contagem em dobro quando a lei estabelecer, de forma expressa, prazo próprio para a Defensoria Pública. Comentário Prazo em dobro. Inclui os SAJUs. Art O membro da Defensoria Pública será civil e regressivamente responsável quando agir com dolo ou fraude no exercício de suas funções. Comentário Responsabilidade civil da Defensoria Pública. 16

17 Direito Processual Civil DO JUIZ E DOS AUXILIARES DA JUSTIÇA CAPÍTULO I DOS PODERES, DOS DEVERES E DA RESPONSABILIDADE DO JUIZ Comentário Geral HTJ O Poder Judiciário Brasileiro é subdividido em Judiciário Federal (Justiça Federal, Justiça Militar, Justiça Eleitoral e Justiça do Trabalho) e Judiciário Estadual (art. 92, CF). O CNJ (EC 45/04) não é órgão jurisdicional (ART. 103, CF). Trata de matéria administrativa e disciplinar. A jurisdição extraordinária é desempenhada pelo STJ, TST (controle de legalidade e unificação de jurisprudência) e STF (matéria constitucional). Os tribunais gozam de autonomia administrativa e financeira. São eles que elaboram suas propostas orçamentárias, dentro dos limites estipulados com os demais poderes na LDO (art. 99, CF). Também devem escolher seus dirigentes, organizar os serviços de suas secretarias e dos juízos a eles vinculados e prover os cargos de juiz de carreira e os necessários à administração da justiça (art. 96). Requisitos da atuação do Juiz; a) Jurisdicionalidade investido do poder da Jurisdição; b) competência dentro da fração de poder que a lei lhe designa; c) imparcialidade posição de terceiro em relação às partes interessadas; d) independência sem subordinação jurídica, vinculando-se exclusivamente ao ordenamento jurídico; e) processualidade observância ao devido processo legal. Garantias da magistratura (art. 95, CF) a) vitaliciedade não podem perder o cargo senão por processo judicial; Ver artigos 25, 26 e 27 da LOMAN (Lei Complementar 35/79). b) inamovibilidade não podem ser removidos compulsoriamente, a não ser por interesse público, reconhecido por voto da maioria do respectivo tribunal ou do CNJ (95, III e 93, VIII, CF); Ver artigos 30 e 31 da LOMAN. c) irredutibilidade de subsídio ( art. 95, CF). Ver art. 32 da LOMAN. 17

18 Outras prerrogativas do magistrado, ver art 33, da LOMAN. Vedações a) Exercício de outro cargo ou função, ainda que em disponibilidade, salvo uma de magistério (art. 95, I, CF); b) Receber, a qualquer título ou pretexto, custas ou participação em processo (art. 95, II, CF); c) Dedicar-se à atividade político-partidária (art. 95, III, CF); d) Receber, a qualquer título ou pretexto, auxílios ou contribuições de pessoas físicas, entidades públicas ou privadas, ressalvadas as exceções previstas em lei (art. 95, IV, CF); e) Exercer a advocacia no juízo ou tribunal do qual se afastou, antes de decorridos três anos do afastamento do cargo por aposentadoria ou exoneração (art. 95, V, CF) Outros deveres do magistrado, ver artigos 35 e 36 da LOMAN. Penalidades, ver artigos 40 a 48 da LOMAN. Responsabilidade civil do Magistrado, ver art. 49 da LOMAN. Na Justiça do Trabalho, os deveres do juiz estão nos art. 653 a 659 da CLT. Art O juiz dirigirá o processo conforme as disposições deste Código, incumbindo-lhe: I assegurar às partes igualdade de tratamento; II velar pela duração razoável do processo; III prevenir ou reprimir qualquer ato contrário à dignidade da justiça e indeferir postulações meramente protelatórias; IV determinar todas as medidas indutivas, coercitivas, mandamentais ou sub-rogatórias necessárias para assegurar o cumprimento de ordem judicial, inclusive nas ações que tenham por objeto prestação pecuniária; V promover, a qualquer tempo, a autocomposição, preferencialmente com auxílio de conciliadores e mediadores judiciais; VI dilatar os prazos processuais e alterar a ordem de produção dos meios de prova, adequando-os às necessidades do conflito de modo a conferir maior efetividade à tutela do direito; VII exercer o poder de polícia, requisitando, quando necessário, força policial, além da segurança interna dos fóruns e tribunais; VIII determinar, a qualquer tempo, o comparecimento pessoal das partes, para inquiri-las sobre os fatos da causa, hipótese em que não incidirá a pena de confesso; IX determinar o suprimento de pressupostos processuais e o saneamento de outros vícios processuais; X quando se deparar com diversas demandas individuais repetitivas, oficiar o Ministério Público, a Defensoria Pública e, na medida do possível, outros legitimados a que se referem o art. 5º da Lei nº 7.347, de 24 de julho de 1985, e o art. 82 da Lei nº 8.078, de 11 de setembro de 1990, para, se for o caso, promover a propositura da ação coletiva respectiva. 18

19 Direito Processual Civil Dos Poderes, dos Deveres e da Responsabilidade do Juiz Prof. Giuliano Tamagno Parágrafo único. A dilação de prazos prevista no inciso VI somente pode ser determinada antes de encerrado o prazo regular. Comentário Direção do processo. Fiscalizar e controlar a sequência dos atos procedimentais e a relação processual entre as partes. Sempre com base nas normas jurídicas. O tratamento isonômico pode ter modulações, pois o juiz deve observar certas normas especiais para litigantes hipossuficientes ou em situações especiais (idosos, curador especial, defensor dativo, consumidor, entre outros). A duração razoável do processo (inciso II) tem assento constitucional (art. 5º, LXXVIII, CF). Tem poderes de impor multas (má-fé) poderes de polícia (art. 78, CPC), como cassar a palavra e mandar riscar dos autos expressões injuriosas (inciso III). Tem poderes para a efetivação de decisões judiciais (inciso IV). Deve propor a conciliação de forma obrigatória (inciso V). Depois da resposta do réu, a qualquer tempo. Os conciliadores e mediadores ganharam disciplina expressa nos artigos 165 a 175 do CPC. Dilação dos prazos (inciso VI) somente se refere aos prazos dilatórios ou judiciais. Os prazos peremptórios não podem ser dilatados pelo juiz (art. 222, CPC). Os prazos peremptórios não podem ser dilatados, sob pena de insegurança jurídica. Com relação à alteração da ordem da oitiva de testemunhas (inciso VI) a previsão visa dar ao juiz maiores possibilidades de evitar ameaças ou possibilidades de suborno ou fraude. Trata-se de um poder de adequação ao caso concreto. Está dentro de um conceito mais amplo de flexibilidade de procedimento, como, por exemplo, o art 190, CPC, que permite às partes estipular o procedimento, em se tratando de direitos disponíveis. O Poder de polícia (inciso VII) pode ser interno ou externo. Refere-se à segurança do serviço judiciário, para o exercício da atividade jurisdicional. Relaciona-se com o art. 360, do CPC, que é mais específico para a audiência. O comparecimento das partes sem confissão (inciso VIII) está relacionado com o princípio da cooperação. Alguns cuidados devem ser tomados, como por exemplo, a não quebra do princípio isonômico e a não realização de procedimentos inúteis ou desnecessários. O saneamento (inciso IX) é uma responsabilidade do juiz para não deixar que ocorram nulidades e zelar pelos pressupostos processuais. Relaciona-se com o art. 317 do CPC. Diante de demandas repetitivas (inciso X), deve oficiar ao MP, a Defensoria Pública e outros legitimados em matéria de direitos coletivos. Lembrar do veto à possibilidade de o próprio juiz converter em demanda coletiva. Art O juiz não se exime de decidir sob a alegação de lacuna ou obscuridade do ordenamento jurídico. 19

20 Parágrafo único. O juiz só decidirá por equidade nos casos previstos em lei. Comentário Relação com o art. 4º da LINDB. A lei segue sendo a fonte principal do ordenamento jurídico e, por consequência, a principal fonte do Direito Privado. As demais fontes são utilizadas apenas na falta de lei. No Processo do Trabalho, ver art. 8º CLT. Este artigo é muito interessante, pois conecta o sistema de direito material com o sistema processual, e mostra a importância da atuação conjunta e complementar de ambos. Para Aristóteles, equidade não é o legalmente justo, mas a correção da justiça legal. Também está relacionado com o dever de decidir atendendo aos fins sociais da lei, previsto no art. 6º do CPC e art. 5º da LINDB. O tema tem muitas aberturas com temas polêmicos como o garantismo processual e o ativismo judicial, entre outros. No fundo, também se relaciona com a separação de poderes. Na Justiça do Trabalho, o procedimento sumaríssimo apresenta uma norma peculiar, que aprece inverter essa ordem (art. 852-I, CLT). Art O juiz decidirá o mérito nos limites propostos pelas partes, sendo-lhe vedado conhecer de questões não suscitadas a cujo respeito a lei exige iniciativa da parte. Comentário Fixação dos limites da lide. Princípio da congruência. Do que é pedido não se pode extrapolar. Deve haver correlação entre o que é pedido e a sentença. Sentenças citra petita (aquém), extra petita (fora) ou ultra petita (além). A primeira, pode ser objeto de embargos de declaração. As duas últimas devem ser objeto de apelação. As questões de interesse público devem ser decididas de ofício, independentemente de requerimento da parte. Com o sistema de cláusulas gerais no CC de 2002, a possibilidade de declaração de ofício cresceu muito, em especial pela redação do art. 166, CC. Na Justiça do Trabalho há uma importante cláusula geral de nulidade, o art. 9º da CLT. Art Convencendo-se, pelas circunstâncias, de que autor e réu se serviram do processo para praticar ato simulado ou conseguir fim vedado por lei, o juiz proferirá decisão que impeça os objetivos das partes, aplicando, de ofício, as penalidades da litigância de má-fé. Comentário Colusão (art. 142, CPC) e Simulação (art. 167, CC). 20

21 Direito Processual Civil Dos Poderes, dos Deveres e da Responsabilidade do Juiz Prof. Giuliano Tamagno A primeira é vício processual, como a lide simulada, por exemplo. A segunda, é nulidade de direito material (vício da vontade social). A colusão é punida processualmente com a litigância de má-fé. Art O juiz responderá, civil e regressivamente, por perdas e danos quando: I no exercício de suas funções, proceder com dolo ou fraude; II recusar, omitir ou retardar, sem justo motivo, providência que deva ordenar de ofício ou a requerimento da parte. Parágrafo único. As hipóteses previstas no inciso II somente serão verificadas depois que a parte requerer ao juiz que determine a providência e o requerimento não for apreciado no prazo de 10 (dez) dias. Comentário Necessidade de dolo ou fraude. A responsabilidade do estado é objetiva (art. 37, 6º, CF). Tem direito de regresso contra o magistrado por dolo ou fraude. O CPC de 73 exigia prévia intimação. O novo CPC não traz expressa esta necessidade, o que dificulta saber quando começa a inconformidade da parte. A sentença injusta, mas de boa-fé, não proporciona indenização. 21

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23 Direito Processual Civil DOS IMPEDIMENTOS E DA SUSPEIÇÃO Comentário geral A Imparcialidade é garantia do estado Democrático de Direito e atributo necessário para que se possa julgar. É um dos elementos do princípio do Juiz Natural (art. 5º, XXXVII e LIII, CF). Não podem existir quaisquer dúvidas sobre os motivos de ordem pessoal que possam influir no ânimo do julgador. Não basta que o juiz alegue a imparcialidade na sua consciência. O CPC fixa causas objetivas de presunção absoluta (impedimentos) e de presunção relativa (suspeição) que impedem que o juiz atue em determinada causa. Aplicam-se os motivos legais de impedimentos e suspeições tanto a juízes singulares quanto a tribunais. São motivos interpretados em sentido estrito, não permitindo aplicação analógica ou interpretação extensiva, pois afetam o poder jurisdicional. Aplicam-se aos procedimentos de jurisdição contenciosa e voluntária. Na Justiça do Trabalho, há regra expressa sobre o tema: art. 801, CLT. Não se faz distinção entre impedimento e suspeição, referindo-se somente ao direito de recusar o Juiz. Os motivos para recusa são: Amizade íntima, inimizade pessoal, parentesco por consanguinidade ou afinidade até o terceiro grau e interesse particular na causa. O parágrafo único, acrescenta que se o recusante houver praticado algum ato pelo qual haja consentido na pessoa do juiz, não mais poderá alegar a exceção de suspeição, salvo se sobrevindo novo motivo. A suspeição não será admitida se do processo constar que o recusante deixou de alega-la anteriormente, quando já a conhecia, ou que, depois de conhecida, aceitou o juiz recusado ou, finalmente, se procurou de propósito o motivo de que ela se originou. Art Há impedimento do juiz, sendo-lhe vedado exercer suas funções no processo: I em que interveio como mandatário da parte, oficiou como perito, funcionou como membro do Ministério Público ou prestou depoimento como testemunha; II de que conheceu em outro grau de jurisdição, tendo proferido decisão; III quando nele estiver postulando, como defensor público, advogado ou membro do Ministério Público, seu cônjuge ou companheiro, ou qualquer parente, consanguíneo ou afim, em linha reta ou colateral, até o terceiro grau, inclusive; 23

24 IV quando for parte no processo ele próprio, seu cônjuge ou companheiro, ou parente, consanguíneo ou afim, em linha reta ou colateral, até o terceiro grau, inclusive; V quando for sócio ou membro de direção ou de administração de pessoa jurídica parte no processo; VI quando for herdeiro presuntivo, donatário ou empregador de qualquer das partes; VII em que figure como parte instituição de ensino com a qual tenha relação de emprego ou decorrente de contrato de prestação de serviços; VIII em que figure como parte cliente do escritório de advocacia de seu cônjuge, companheiro ou parente, consanguíneo ou afim, em linha reta ou colateral, até o terceiro grau, inclusive, mesmo que patrocinado por advogado de outro escritório; IX quando promover ação contra a parte ou seu advogado. 1º Na hipótese do inciso III, o impedimento só se verifica quando o defensor público, o advogado ou o membro do Ministério Público já integrava o processo antes do início da atividade judicante do juiz. 2º É vedada a criação de fato superveniente a fim de caracterizar impedimento do juiz. 3º O impedimento previsto no inciso III também se verifica no caso de mandato conferido a membro de escritório de advocacia que tenha em seus quadros advogado que individualmente ostente a condição nele prevista, mesmo que não intervenha diretamente no processo. Comentário Os casos de impedimento são objetivos. Não se indaga sobre a causa ou o motivo da atuação. Não há necessidade de poderes especiais para o advogado arguir o impedimento. Atos proferidos por juiz impedido levam nulidade e podem ser atacados por ação rescisória (art. 966, II, CPC). O juiz deve pronunciar o impedimento de ofício. Pode ser alegado o impedimento por petição simples (art. 146, CPC). Houve extinção do procedimento do CPC de 73, que tratava o caso como de exceção. Não há preclusão. Há jurisprudência no sentido de que o juiz que apenas ordena a citação na primeira instância não está impedido de julgar a apelação. Se proferiu a decisão de saneamento, não pode julgar o processo em apelação. Intervenção anterior (inciso I). Se fazia parte do MP, somente está impedido se participou de ato e exteriorizou sua opinião (em matéria penal, no mesmo sentido, Súmula 234, STJ). Conhecimento em grau anterior de jurisdição (inciso II). Não se aplica se for no mesmo grau. Um juiz pode julgar causas semelhantes, desde que no mesmo grau. Também não se aplica este raciocínio para o cumprimento da sentença que julgou. Este motivo não se aplica às ações anulatórias e ações rescisórias (art. 966, 4º e art. 966, CPC) porque são ações autônomas de impugnação. Ver Súmula 252 do STF. Somente estará impedido para julgar a ação rescisória, se a ação rescindenda se baseou em impedimento do próprio juiz (art. 966, II, CPC). 24

25 Direito Processual Civil Dos Impedimentos e da Suspeição Prof. Giuliano Tamagno Parentesco com defensor público, advogado ou membro do MP (inciso III). Aplica-se a cônjuge, companheiro ou parente, consanguíneo ou afim, na linha reta, até o terceiro grau. Parentes consanguíneos: pais, avós, bisavós, trisavós, filhos, netos, bisnetos, trinetos. Inclui-se a adoção para esta finalidade (art. 1626, CC). Parentesco por consanguinidade em linha reta não sofre limitação de graus. Parentesco em linha reta por afinidade limita-se aos filhos e pais do cônjuge ou companheiro (art. 1595, 1º, CC). Os graus contam-se na forma do art do CC. Parentes afins: sogro, genro, nora, padrasto, madrasta, enteado. Juiz como parte (inciso IV). No conceito de parte incluem-se os terceiros. Juiz como sócio ou membro de pessoa jurídica em cargo de administração ou direção (inciso V). Ver art. 36 da LOMAN. Para associações e fundações, tem de ser membro da direção. Para sociedades, basta ser sócio. Herdeiro presuntivo, donatário ou empregador (inciso VI). Era causa de suspeição e tornou-se causa de impedimento. Herdeiro pode ser necessário, legatário, testamentário ou beneficiário de encargo. Relação de emprego com instituição de ensino (inciso VII). Novidade do CPC, motivada pela grande quantidade de juízes envolvidos com o magistério. Cliente de escritório de advocacia de seu cônjuge ou parente (inciso VIII). Quando mover ação contra a parte ou advogado (inciso X). A manipulação dos motivos de impedimento leva à litigância de má-fé. Sobre os ministros do STF e TSE, ver súmula 72 do STF. Não há impedimento. Art Há suspeição do juiz: I amigo íntimo ou inimigo de qualquer das partes ou de seus advogados; II que receber presentes de pessoas que tiverem interesse na causa antes ou depois de iniciado o processo, que aconselhar alguma das partes acerca do objeto da causa ou que subministrar meios para atender às despesas do litígio; III quando qualquer das partes for sua credora ou devedora, de seu cônjuge ou companheiro ou de parentes destes, em linha reta até o terceiro grau, inclusive; IV interessado no julgamento do processo em favor de qualquer das partes. 1º Poderá o juiz declarar-se suspeito por motivo de foro íntimo, sem necessidade de declarar suas razões. 2º Será ilegítima a alegação de suspeição quando: I houver sido provocada por quem a alega; II a parte que a alega houver praticado ato que signifique manifesta aceitação do arguido. 25

26 Comentário A suspeição gera nulidade relativa do processo. Por essa razão, preclui. O prazo conta-se do art. 146 (15 dias do conhecimento do fato), o que pode ser bem complicado de aferir no caso concreto. Sentença prolatada por juiz suspeito não impugnado é válida e não cabe ação rescisória. A suspeição não é pressuposto processual. Partes e MP podem arguir a suspeição. O polo passivo é a pessoa do juiz. Não é admitida a assistência em suspeição, pois a questão é restrita à parte. Não é necessária procuração com poderes especiais para arguir a suspeição do juiz. Amigo íntimo ou inimigo das partes ou de seu advogado (inciso I). São conceitos jurídicos indeterminados que devem ser demonstrados no processo. O Juiz pode declarar sua suspeição por motivo de foro íntimo, sem necessidade de expor suas razões (art. 145, 1º, CPC). A antipatia não gera inimizade. Nem o fato do pai do juiz ser inimigo de um das partes e vice-versa. Presentes ou aconselhamento (inciso II). Devem ter valor significativo. Doação tem carga patrimonial. Os conselhos devem ser dados de forma particular e direcionada. Não se confundem com esclarecimentos de dúvidas em meios de comunicação ou no exercício do magistério. Referir a questão de doações para o foro da comarca, com autorização do Tribunal. Parte credora ou devedora (inciso III). O juiz não pode julgar a causa tendo interesse no pagamento de sua dívida. Interessado na causa (inciso IV). O interesse deve ser próprio e direto, que possa transformá-lo em verdadeira parte processual. Pode ser de natureza econômica ou jurídica em sentido estrito. No fundo, a questão de interesse transforma este inciso em um conceito jurídico indeterminado, que deve ser demonstrado no caso concreto. Uma questão relacionada é o prejulgamento. Evidentemente que o juiz pode fazer considerações sobre o processo, principalmente quando ele não é novidade e já tem algum posicionamento na jurisprudência. Isso não o torna suspeito. Tampouco o juízo de opinião emitido na tutela de urgência ou de evidência, porque é da própria natureza da cognição sumária. Também a questão das opiniões doutrinárias expressas em publicações, teses acadêmicas, livros de doutrina e de comentários à jurisprudência, palestras, conferências e entrevistas aos meios de comunicação não constituem motivo de suspeição, desde que formuladas em abstrato. Está dentro do espaço de cidadania do juiz. Na suspeição por foro íntimo, o juiz não precisa declinar os motivos. Ação idêntica movida pelo próprio juiz é caso de suspeição por interesse. Art No prazo de 15 (quinze) dias, a contar do conhecimento do fato, a parte alegará o impedimento ou a suspeição, em petição específica dirigida ao juiz do processo, na qual indicará o fundamento da recusa, podendo instruí-la com documentos em que se fundar a alegação e com rol de testemunhas. 26

27 Direito Processual Civil Dos Impedimentos e da Suspeição Prof. Giuliano Tamagno 1º Se reconhecer o impedimento ou a suspeição ao receber a petição, o juiz ordenará imediatamente a remessa dos autos a seu substituto legal, caso contrário, determinará a autuação em apartado da petição e, no prazo de 15 (quinze) dias, apresentará suas razões, acompanhadas de documentos e de rol de testemunhas, se houver, ordenando a remessa do incidente ao tribunal. 2º Distribuído o incidente, o relator deverá declarar os seus efeitos, sendo que, se o incidente for recebido: I sem efeito suspensivo, o processo voltará a correr; II com efeito suspensivo, o processo permanecerá suspenso até o julgamento do incidente. 3º Enquanto não for declarado o efeito em que é recebido o incidente ou quando este for recebido com efeito suspensivo, a tutela de urgência será requerida ao substituto legal. 4º Verificando que a alegação de impedimento ou de suspeição é improcedente, o tribunal rejeitá-la-á. 5º Acolhida a alegação, tratando-se de impedimento ou de manifesta suspeição, o tribunal condenará o juiz nas custas e remeterá os autos ao seu substituto legal, podendo o juiz recorrer da decisão. 6º Reconhecido o impedimento ou a suspeição, o tribunal fixará o momento a partir do qual o juiz não poderia ter atuado. 7º O tribunal decretará a nulidade dos atos do juiz, se praticados quando já presente o motivo de impedimento ou de suspeição. Comentário Este é o caso de capacidade postulatória do juiz, que apresentar é suas razões. Quem julga o incidente é o tribunal, no caso de o juiz não acolher as razões de impedimento ou suspeição. Na Justiça do Trabalho, o art. 801 da CLT disciplina a exceção de suspeição. Entretanto, no primeiro grau, guardava a sistemática de julgamento pelos demais membros da Junta, o que não existe mais desde a EC 28. Assim, a exceção deverá ser encaminhada à Corregedoria, que designará um juiz para instruir e julgar a exceção. No procedimento sumaríssimo, todas as exceções são julgadas de plano (art. 852 G, CLT). Se o juiz recusar a exceção, a parte deverá lançar o protesto antipreclusivo para poder renovar as questões em Recurso Ordinário. Art Quando 2 (dois) ou mais juízes forem parentes, consanguíneos ou afins, em linha reta ou colateral, até o terceiro grau, inclusive, o primeiro que conhecer do processo impede que o outro nele atue, caso em que o segundo se escusará, remetendo os autos ao seu substituto legal. Comentário Caso especial de impedimento nos tribunais Art Aplicam-se os motivos de impedimento e de suspeição: 27

28 I ao membro do Ministério Público; II aos auxiliares da justiça; III aos demais sujeitos imparciais do processo. 1º A parte interessada deverá arguir o impedimento ou a suspeição, em petição fundamentada e devidamente instruída, na primeira oportunidade em que lhe couber falar nos autos. 2º O juiz mandará processar o incidente em separado e sem suspensão do processo, ouvindo o arguido no prazo de 15 (quinze) dias e facultando a produção de prova, quando necessária. 3º Nos tribunais, a arguição a que se refere o 1º será disciplinada pelo regimento interno. 4º O disposto nos 1º e 2º não se aplica à arguição de impedimento ou de suspeição de testemunha. Comentário Adota-se, no que couber, o mesmo procedimento adotado para o Juiz. Quem julga o incidente é o Juiz. Não suspende o processo. 28

29 Direito Processual Civil DOS AUXILIARES DA JUSTIÇA Art São auxiliares da Justiça, além de outros cujas atribuições sejam determinadas pelas normas de organização judiciária, o escrivão, o chefe de secretaria, o oficial de justiça, o perito, o depositário, o administrador, o intérprete, o tradutor, o mediador, o conciliador judicial, o partidor, o distribuidor, o contabilista e o regulador de avarias. Seção I DO ESCRIVÃO, DO CHEFE DE SECRETARIA E DO OFICIAL DE JUSTIÇA Art Em cada juízo haverá um ou mais ofícios de justiça, cujas atribuições serão determinadas pelas normas de organização judiciária. Art Em cada comarca, seção ou subseção judiciária haverá, no mínimo, tantos oficiais de justiça quantos sejam os juízos. Art Incumbe ao escrivão ou ao chefe de secretaria: I redigir, na forma legal, os ofícios, os mandados, as cartas precatórias e os demais atos que pertençam ao seu ofício; II efetivar as ordens judiciais, realizar citações e intimações, bem como praticar todos os demais atos que lhe forem atribuídos pelas normas de organização judiciária; III comparecer às audiências ou, não podendo fazê-lo, designar servidor para substituí-lo; IV manter sob sua guarda e responsabilidade os autos, não permitindo que saiam do cartório, exceto: a) quando tenham de seguir à conclusão do juiz; b) com vista a procurador, à Defensoria Pública, ao Ministério Público ou à Fazenda Pública; c) quando devam ser remetidos ao contabilista ou ao partidor; d) quando forem remetidos a outro juízo em razão da modificação da competência; V fornecer certidão de qualquer ato ou termo do processo, independentemente de despacho, observadas as disposições referentes ao segredo de justiça; VI praticar, de ofício, os atos meramente ordinatórios. 1º O juiz titular editará ato a fim de regulamentar a atribuição prevista no inciso VI. 2º No impedimento do escrivão ou chefe de secretaria, o juiz convocará substituto e, não o havendo, nomeará pessoa idônea para o ato. Art O escrivão ou chefe de secretaria deverá obedecer à ordem cronológica de recebimento para publicação e efetivação dos pronunciamentos judiciais. Art O escrivão ou o chefe de secretaria atenderá, preferencialmente, à ordem cronológica de recebimento para publicação e efetivação dos pronunciamentos judiciais. (Redação dada pela Lei nº , de 2016) (Vigência) 29

30 1º A lista de processos recebidos deverá ser disponibilizada, de forma permanente, para consulta pública. 2º Estão excluídos da regra do caput: I os atos urgentes, assim reconhecidos pelo juiz no pronunciamento judicial a ser efetivado; II as preferências legais. 3º Após elaboração de lista própria, respeitar-se-ão a ordem cronológica de recebimento entre os atos urgentes e as preferências legais. 4º A parte que se considerar preterida na ordem cronológica poderá reclamar, nos próprios autos, ao juiz do processo, que requisitará informações ao servidor, a serem prestadas no prazo de 2 (dois) dias. 5º Constatada a preterição, o juiz determinará o imediato cumprimento do ato e a instauração de processo administrativo disciplinar contra o servidor. Art Incumbe ao oficial de justiça: I fazer pessoalmente citações, prisões, penhoras, arrestos e demais diligências próprias do seu ofício, sempre que possível na presença de 2 (duas) testemunhas, certificando no mandado o ocorrido, com menção ao lugar, ao dia e à hora; II executar as ordens do juiz a que estiver subordinado; III entregar o mandado em cartório após seu cumprimento; IV auxiliar o juiz na manutenção da ordem; V efetuar avaliações, quando for o caso; VI certificar, em mandado, proposta de autocomposição apresentada por qualquer das partes, na ocasião de realização de ato de comunicação que lhe couber. Parágrafo único. Certificada a proposta de autocomposição prevista no inciso VI, o juiz ordenará a intimação da parte contrária para manifestar-se, no prazo de 5 (cinco) dias, sem prejuízo do andamento regular do processo, entendendo-se o silêncio como recusa. Art O escrivão, o chefe de secretaria e o oficial de justiça são responsáveis, civil e regressivamente, quando: I sem justo motivo, se recusarem a cumprir no prazo os atos impostos pela lei ou pelo juiz a que estão subordinados; II praticarem ato nulo com dolo ou culpa. Seção II DO PERITO Art O juiz será assistido por perito quando a prova do fato depender de conhecimento técnico ou científico. 1º Os peritos serão nomeados entre os profissionais legalmente habilitados e os órgãos técnicos ou científicos devidamente inscritos em cadastro mantido pelo tribunal ao qual o juiz está vinculado. 2º Para formação do cadastro, os tribunais devem realizar consulta pública, por meio de divulgação na rede mundial de computadores ou em jornais de grande circulação, além de consulta direta a universidades, a conselhos de classe, ao Ministério Público, à Defensoria Pública e à Ordem dos Advogados do Brasil, para a indicação de profissionais ou de órgãos técnicos interessados. 3º Os tribunais realizarão avaliações e reavaliações periódicas para manutenção do cadastro, considerando a formação profissional, a atualização do conhecimento e a experiência dos peritos interessados. 4º Para verificação de eventual impedimento ou motivo de suspeição, nos termos dos arts. 148 e 467, o órgão técnico ou científico nomeado para realização da perícia 30

31 Direito Processual Civil Dos Auxiliares da Justiça Prof. Giuliano Tamagno informará ao juiz os nomes e os dados de qualificação dos profissionais que participarão da atividade. 5º Na localidade onde não houver inscrito no cadastro disponibilizado pelo tribunal, a nomeação do perito é de livre escolha pelo juiz e deverá recair sobre profissional ou órgão técnico ou científico comprovadamente detentor do conhecimento necessário à realização da perícia. Art O perito tem o dever de cumprir o ofício no prazo que lhe designar o juiz, empregando toda sua diligência, podendo escusar-se do encargo alegando motivo legítimo. 1º A escusa será apresentada no prazo de 15 (quinze) dias, contado da intimação, da suspeição ou do impedimento supervenientes, sob pena de renúncia ao direito a alegá- -la. 2º Será organizada lista de peritos na vara ou na secretaria, com disponibilização dos documentos exigidos para habilitação à consulta de interessados, para que a nomeação seja distribuída de modo equitativo, observadas a capacidade técnica e a área de conhecimento. Art O perito que, por dolo ou culpa, prestar informações inverídicas responderá pelos prejuízos que causar à parte e ficará inabilitado para atuar em outras perícias no prazo de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, independentemente das demais sanções previstas em lei, devendo o juiz comunicar o fato ao respectivo órgão de classe para adoção das medidas que entender cabíveis. Seção III DO DEPOSITÁRIO E DO ADMINISTRADOR Art A guarda e a conservação de bens penhorados, arrestados, sequestrados ou arrecadados serão confiadas a depositário ou a administrador, não dispondo a lei de outro modo. Art Por seu trabalho o depositário ou o administrador perceberá remuneração que o juiz fixará levando em conta a situação dos bens, ao tempo do serviço e às dificuldades de sua execução. Parágrafo único. O juiz poderá nomear um ou mais prepostos por indicação do depositário ou do administrador. Art O depositário ou o administrador responde pelos prejuízos que, por dolo ou culpa, causar à parte, perdendo a remuneração que lhe foi arbitrada, mas tem o direito a haver o que legitimamente despendeu no exercício do encargo. Parágrafo único. O depositário infiel responde civilmente pelos prejuízos causados, sem prejuízo de sua responsabilidade penal e da imposição de sanção por ato atentatório à dignidade da justiça. Seção IV DO INTÉRPRETE E DO TRADUTOR Art O juiz nomeará intérprete ou tradutor quando necessário para: I traduzir documento redigido em língua estrangeira; II verter para o português as declarações das partes e das testemunhas que não conhecerem o idioma nacional; III realizar a interpretação simultânea dos depoimentos das partes e testemunhas com deficiência auditiva que se comuniquem por meio da Língua Brasileira de Sinais, ou equivalente, quando assim for solicitado. Art Não pode ser intérprete ou tradutor quem: I não tiver a livre administração de seus bens; II for arrolado como testemunha ou atuar como perito no processo; 31

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