Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download ""

Transcrição

1

2

3

4 01

5 02

6 03 José Pedro da Costa Salema Presidente do Conselho de Administraçãoda EDIA

7 04

8 05

9 A estratégia da EDIA tem como principal linha de orientação o desenvolvimento regional através do regadio eficiente, da produção de energia renovável, do abastecimento público de água à população, do turismo sustentável e do fomento do investimento nestes setores de atividades na área de influência do Empreendimento de Fins Múltiplos do Alqueva (EFMA). A empresa prossegue as políticas públicas e os objetivos nacionais para os setores em que intervém, através das medidas definidas pela tutela setorial, seguindo as orientações estratégicas do Conselho de Ministros, as orientações gerais da tutela e do Ministério das Finanças e as orientações específicas do Acionista. Aumentar o valor para o acionista e assegurar a sustentabilidade económico-financeira da Empresa, prestar um serviço de elevada qualidade aos clientes, promovendo a eficiência económica, ambiental e energética da Empresa são igualmente orientações que prosseguimos. As práticas de gestão sustentável são intrínsecas ao posicionamento da EDIA e à forma como operacionaliza o funcionamento da organização. Assumindo desde sempre este papel, a EDIA reforçou os princípios do Desenvolvimento Sustentável, através da Agenda Estratégica da Sustentabilidade, instrumento fundamental das políticas de sustentabilidade da Empresa, que permite consolidar a estratégia da EDIA e assente em quatro áreas principais: Gestão da Água, Gestão da Infraestrutura, Promoção do Regadio, Desenvolvimento Regional. É através da promoção interna e no relacionamento com as partes interessadas que a EDIA assume as suas políticas de responsabilidade social, económica e ambiental enquanto empresa gestora do projeto Alqueva. A preservação da água enquanto recurso escasso e estratégico, a conservação pelo uso sensato dos recursos naturais, a promoção de valor em toda a área do Empreendimento e a qualificação do território de Alqueva através das pessoas, são valores que a EDIA defende e que são inerentes à forma como se posiciona no cumprimento da missão que lhe está atribuída. Em 2015, a EDIA atingiu os ha de área infraestruturada para rega, tendo sido adjudicados durante este ano, ha cuja conclusão estará terminada para a campanha de rega de Estas metas assumidas pela Empresa, foram suportadas numa gestão ambiental adequada e proactiva, que cumprindo com todos os procedimentos legais de proteção ambiental, promovem o envolvimento de todos os colaboradores, das comunidades abrangidas pela sua atividade e da sociedade, enquanto partes interessadas da Empresa. 06

10 Na gestão da água, a EDIA promove o aumento dos níveis da qualidade da água que distribui, contribuindo igualmente para a gestão integrada, racional e otimizada dos recursos hídricos da área de influência do EFMA. Através da gestão da infraestrutura, a EDIA aumenta os níveis de serviço das infraestruturas afetas ao EFMA, reduz o consumo energético e emissões da operação, incorporando novas tecnologias e produtos de investigação, nomeadamente na área da eficiência energética, quer em fase de projeto, quer na exploração dos sistemas a seu cargo. Aumentar a eficiência na distribuição da água e garantir a sustentabilidade financeira da operação são compromissos da Empresa. A aposta forte na criação do modelo de exploração do regadio e na sua implementação levou a um grande impulso na atração de investimento para a região, desenvolvimento de nova tecnologia e crescimento de postos de trabalho na área de influência do EFMA. Foram igualmente disponibilizadas aos clientes e investidores, ferramentas tecnológicas na área da informação que facilitam o conhecimento das caraterísticas intrínsecas das áreas do Empreendimento e atuam igualmente como ferramentas de apoio à decisão. A EDIA posiciona-se regionalmente com uma orientação forte para o cliente, sendo esta área um pilar basilar para a sustentabilidade económico-financeira e social da sua operação. Neste âmbito, assumindo como consumidor final o cliente que recorre ao serviço de fornecimento de água para rega, a EDIA criou o Portal do Regante, uma ferramenta de apoio, que disponibiliza gratuitamente aos agricultores servidos pelas infraestruturas de Alqueva e através da qual estes podem aceder a toda a informação referente às suas parcelas agrícolas, nomeadamente áreas beneficiadas, áreas inscritas, faturação, perfil energético, dados agronómicos, contas de culturas e cartas de potencial produtivo da sua exploração agrícola. Na EDIA, a questão energética na adução e distribuição de água tem sido uma preocupação e um desafio permanente de melhoria, tanto ao nível do planeamento e projeto, como ao nível da construção e exploração. Refira-se igualmente que a diminuição do consumo energético associado ao uso de combustíveis fósseis, fortemente emissor de CO2, é um compromisso de todos para um futuro mais sustentável. 07

11 08

12 09

13 A EDIA, enquanto empresa responsável pela conceção, construção e exploração do EFMA, centra estrategicamente a sua atividade nos eixos prioritários da gestão do Empreendimento, assente no recurso Água e no aumento e rentabilização dos investimentos nas infraestruturas criadas. Uma das principais áreas da Agenda Estratégica da Sustentabilidade é a Gestão das Infraestruturas do Empreendimento, em que a gestão energética assume primordial importância para a redução do consumo energético e emissões da operação e promoção da sustentabilidade financeira do binómio EDIA Alqueva. Entre as principais infraestruturas do EFMA, destacam-se as centrais de produção hidroelétrica de Alqueva (Alqueva I e Alqueva II), Pedrógão e as mini-hídricas de Alvito, Odivelas, Serpa, Roxo e Pisão. As centrais de Alqueva e Pedrógão, que integram o Empreendimento, estão concessionadas à EDP, mantendo-se as 5 centrais mini-hídricas sob gestão e exploração da EDIA. Ainda sob gestão e exploração da EDIA, existem duas centrais fotovoltaicas, uma em Alqueva e outra localizada no edifício sede da Empresa, em Beja. No quadro seguinte apresentam-se os valores de produção e consumo de energia referentes à EDIA. Inclui-se igualmente, os valores produzidos nas centrais de Alqueva e Pedrógão fornecidos pela EDP e que, em conjunto com os da EDIA refletem em termos gerais, o balanço energético do Empreendimento. 10

14 A análise dos dados permite afirmar que Alqueva, enquanto empreendimento de fins múltiplos contribui positivamente para o balanço energético nacional e só a Central Hidroelétrica de Alqueva garante 4% da produção nacional. O valor anual da energia produzida em ano médio estima-se entre 25 a 30 M sem quantificar serviço de rede (12 M ). A diversificação das fontes de energia incorporando a energia fotovoltaica, a gestão eficiente das redes primária e secundária e a incorporação de novas tecnologias, contribuem para uma maior eficiência energética por parte da EDIA. Alqueva tem uma situação geográfica favorável, que lhe permite dispor de duas importantes fontes de energia de origem renovável que são a água e o sol. Esta disponibilidade de recursos naturais, aliada ao conhecimento e capacidades adquiridas pela EDIA fruto do investimento até agora efetuado, permitem um enorme potencial de crescimento, nomeadamente no uso do sol como fonte complementar de produção de energia o que permitirá atenuar os gastos energéticos que a Empresa tem na operação de exploração das redes primária e secundária. 11

15 12

16 A eficiência energética tem vindo a constituir em termos nacionais, uma prioridade na definição de medidas de política no âmbito do setor energético. O investimento em medidas de eficiência energética apresenta uma das melhores relações custo-benefício para a redução das emissões de gases com efeito de estufa. Em Alqueva, os elevados valores de potência instalada (cerca de 180 MW em pleno) e de consumo energético estimado, associados à distribuição dos 620 hectómetros cúbicos de água concessionados, constituem um desafio permanente para a sustentabilidade do EFMA e para a viabilidade da tarifa praticada para o serviço de distribuição de água enquanto fator de produção dos beneficiários. Os aproveitamentos hidráulicos têm na maioria dos casos a sua origem de água a montante, habitualmente, em grandes barragens e a cotas bem mais altas que as áreas que beneficiam, possibilitando a adução gravítica. Este não é o caso do Empreendimento de Fins Múltiplos de Alqueva (EFMA). De facto, no EFMA as grandes origens de água - as albufeiras de Alqueva e de Pedrógão - estão a cotas bem mais baixas que as áreas envolventes servidas, levando a que para qualquer um dos seus subsistemas (Alqueva, Ardila e Pedrógão) haja necessidade de uma grande estação elevatória, com altura de elevação da ordem dos 70 a 90 m. A esta elevação inicial haverá que somar outras intermédias até ao destinatário final, implicando alturas de elevação médias da ordem dos 140m e o consequente consumo energético da ordem de 0,5 kwh por metro cúbico de água distribuído. É certo que o sistema constituído pela barragem de Alqueva e o seu contraembalse, a barragem de Pedrógão, cerca de 70m abaixo, apresenta duas centrais reversíveis com uma potência total instalada de 520 MW que permitem tirar partido do excesso de produção em horas de vazio de outras fontes renováveis, através da bombagem de caudais (de Pedrogão para Alqueva) para posterior turbinamento (de Alqueva para Pedrogão) em períodos de ponta. Por outro lado existe em Pedrogão uma mini-hídrica de 10 MW que turbina os caudais ecológicos aí libertados acrescendo ainda cerca de 10 MW de potência instalada em mini-hídricas de recuperação de energia na rede primária do EFMA, possibilitando esta infraestruturação electroprodutora uma contribuição importante para a rede elétrica nacional e de particular valia na região sul. Na EDIA, a questão energética na adução e distribuição de água tem sido uma preocupação e um desafio constante de melhoria, seja ao nível do planeamento e projeto, seja ao nível da construção e exploração, procurando tirar partido da curva de aprendizagem que este grande Empreendimento vai permitindo ao longo das suas diversas fases de implementação e de maturidade. Acresce que a diminuição do consumo energético que acarreta o uso de combustíveis fósseis e consequentes emissões de CO2 é um compromisso de todos para um futuro mais sustentável. 13

17 Assim, na fase de planeamento macro do Empreendimento, a evolução deu-se no sentido da implementação de diversas barragens de dimensão moderada e de fácil integração na morfologia e paisagem local mas a cotas suficientemente altas, capacitadas para captar, armazenar e regularizar os recursos hídricos disponíveis, de modo a serem complementares das duas grandes origens de água localizadas a cotas bem mais baixas. Previram-se também numerosos reservatórios de regularização em pontos altos, possibilitando diminuir a ponta do pedido e portanto reduzir a potência instalada nas estações elevatórias. Por outro lado, foi centrado na Rede Primária, que é controlada mais facilmente pelo operador (permitindo designadamente a utilização quase exclusiva dos períodos de energia mais económica), o grande esforço de elevação, colocando-a mais alta através das maiores estações elevatórias e com elevados rendimentos, de modo a que na Rede Secundária, que tem de responder aos pedidos do beneficiário a jusante e portanto terá uma exploração pouco e dificilmente regrável - se minimizem as estações elevatórias (cuja operação é habitualmente menos eficiente e mais onerosa face à variabilidade e imprevisibilidade do pedido) e que o seu funcionamento seja essencialmente gravítico. Boa parte das estações elevatórias foram dotadas de conversores de frequência para melhorar o funcionamento/rendimento dos grupos de bombagem e especificaram-se valores de rendimento energético dos diversos equipamentos muito exigentes, na qual todos os equipamentos hidroelétricos, hidromecânicos e elétricos vêm sendo objeto quer de um controlo exaustivo em fábrica e na montagem quer de ensaios de validação e de receção em que todos os cenários mais exigentes da exploração são simulados. Na fase de exploração promove-se o uso eficiente da energia e do recurso água, através do apoio de programas de software especialmente preparados para o efeito, habilitados a regrar e otimizar a adução das grandes massas de água dos diversos circuitos hidráulicos do EFMA do modo mais eficiente. Em paralelo, tem havido uma grande preocupação de aplicação e indução de boas práticas, através da utilização sempre que possível das horas de vazio para o funcionamento das estações elevatórias, da aplicação de tarifário tri-horário segregado em função das horas de uso, do contacto próximo com o beneficiário, da passagem de informação relevante ao regante através do Portal do Regante, no sentido do uso mais eficiente da água e dos sistemas de rega na rede terciária. 14

18 A otimização dos encargos energéticos das infraestruturas torna-se um imperativo para a EDIA, enquanto empresa gestora das redes primária e secundária de Alqueva. Face ao que é a realidade de Alqueva, com uma grande bombagem primária à entrega, à qual se junta uma bombagem secundária nos perímetros aduzidos em alta pressão, a sua exploração implica um consumo de energia por m3 de água aduzido elevado. Acresce que esta energia é introduzida no sistema em diversos escalões. Com a entrada em exploração da quase totalidade da área de regadio em 2015, a EDIA iniciou em 2012, a avaliação económico-financeira da exploração das suas redes de rega, por campanha de rega, avaliando igualmente a adequabilidade do sistema tarifário vigente aos encargos existentes com a operação de exploração. A análise dos encargos de exploração e conservação das redes primária e secundária é efetuada tendo em atenção os encargos energéticos fixos, os custos de conservação e manutenção, o trabalho especializado, gastos com pessoal e outros custos, analisando igualmente os encargos energéticos fixos e variáveis. Na Campanha de Rega de 2015 a EDIA teve como custos energéticos no Sistema Global de Rega , dos quais dizem respeito à Rede Primária e dizem respeito à Rede Secundária. A análise conjunta do peso dos valores fixos e variáveis, para a Campanha de Rega de 2015 e 2014, em termos globais, para o conjunto do EFMA e dos diferentes Subsistemas apresenta-se na figura seguinte: Total dos Encargos Energéticos Variáveis e Fixos ( ), por Subsistema e no EFMA, nas Redes Primária e Secundária, para as Campanhas de 2015 e

19 Os valores unitários energéticos, por m3 de água fornecido e por hectare, para a Campanha de 2015, apresentam-se na tabela seguinte: Subsistema/EFMA Total Enc. Enrg. Variáveis ( /m 3 ) Total Enc. Enrg. Fixos ( /ha) Total Enc. Enrg. ( /m 3 ) Subsistema Alqueva 0,049 5,90 0,052 Subsistema Ardila 0,052 13,33 0,059 Subsistema 0,049 4,81 0,053 Pedrógão EFMA 0,050 7,31 0,054 Total dos Encargos Energéticos Variáveis e Fixos ( ), por m3 consumido e ha beneficiado, por Subsistema e no EFMA, nas Redes Primária e Secundária, para a Campanha de No ano de 2015 e na Rede Primária, verificou-se que os encargos energéticos fixos representaram 6% enquanto a componente variável de encargos energéticos representou cerca de 80% dos encargos totais. 14% dos encargos totais referem-se a conservação e manutenção, trabalho especializado e gastos com o pessoal. Na campanha de 2014, os encargos energéticos variáveis representaram cerca de 62% dos encargos totais. Na rede secundária, os encargos energéticos assumem igualmente o peso maior da totalidade dos encargos. Em 2015 o conjunto dos encargos energéticos (fixos e variáveis) ascende a 52% dos encargos totais. Estes diminuíram 6% de 2014 para a Campanha de 2015, devido à diminuição do peso dos encargos energéticos fixos e variáveis. De uma forma geral, os perímetros de rega que se encontram em exploração há mais tempo são aqueles cujos encargos unitários são mais reduzidos, o que poderá indicar em parte, que os beneficiários vão progressivamente adotando práticas menos onerosas, no que diz respeito aos custos energéticos. Enquanto entidade responsável pela operação de todo o sistema de distribuição de água, constituído pelas redes primária e secundária de Alqueva, a EDIA preparou um conjunto de medidas que visam a otimização do sistema em termos de consumos energéticos e introdução de melhorias no serviço prestado aos clientes. Das medidas implementadas em 2015, na Campanha de Rega, com o objetivo de reduzir os encargos variáveis, destaca-se a implementação da tarifação tri-horária. Esta tarifação no preço de água de rega, no regime de pressão, é a variação do seu preço de acordo com a hora do dia em que se rega, sendo mais elevado quando a energia é mais cara e mais baixo quando a mesma energia for mais barata. Esta medida de extrema importância é necessária para assegurar a sustentabilidade do Sistema Global de Rega e beneficia os agricultores mais eficientes no uso da água e energia nas respetivas explorações. 16

20 Consumo Anual da Energia Ativa (%) por período horário, no EFMA, nas Redes Primária e Secundária, para a Campanha de 2015 e A médio prazo, esta medida terá um impacte positivo na redução dos consumos energéticos e aumento das receitas para a EDIA, na diminuição de custos e otimização da eficiência e gestão da rega para os regantes que usem a água distribuída nas horas de vazio e super vazio e um impacte negativo naqueles que procedam à rega nos períodos de cheia e ponta do fornecimento de energia. A diminuição sustentada dos encargos energéticos nas operações de exploração do EFMA é um objetivo a manter nos próximos anos, até que se consiga atingir o ponto de otimização máximo de toda a infraestrutura. 17

21 18

22 19

23 Além destes aspetos, uma atitude proactiva por parte de quem planeia, dimensiona e gere um sistema de regadio, deve ser constante no sentido de considerar os custos energéticos como um fator que se pode otimizar. Genericamente, o aumento da eficiência energética traduz-se numa melhoria das relações consumos de energia/caudal e pressão produzida ou consumos de energia/produção agrícola obtida. A primeira está sobretudo relacionada com a eficiência de bombagem nas estações elevatórias e rede de distribuição, enquanto a segunda engloba também a eficiência do uso da água na parcela. Todos os esforços empregues na maximização destas relações permitirão uma maior produtividade do fator energia em regadio, refletindo-se na sua sustentabilidade. 20

24 Uma auditoria energética permite identificar o perfil de consumo e o comportamento de uma estação elevatória, através do qual se pode obter uma classificação e identificar o potencial de redução de custos, com eventuais alterações na gestão da estação ou sistema de jusante ou com a introdução de investimentos que visem obter essa redução. Resultados das auditorias realizadas pelo COTR a estações elevatórias individuais apontam para uma baixa eficiência energética (razão entre a potência produzida e a potência consumida Fig. 1a), alto índice potencial de redução de custos (razão entre a eficiência atual e a eficiência potencial Fig. 1b) e baixo índice de adequabilidade (razão entre a potência necessária e a potência produzida Fig. 1c). Também, no que toca a estações elevatória coletivas, e eficiência energética é suscetível de melhoria (Fig. 2). Torna-se então fundamental a adoção de metodologias de inspeção destes equipamentos. Tanto em equipamentos coletivos como individuais, a energia elétrica é o principal fator de produção na distribuição de água num perímetro de rega ou sistema de rega, a sua contratação e a repercussão no custo de exploração carecem de especial atenção. Embora o custo da energia não esteja diretamente relacionado com a eficiência energética, quanto maior for esse custo, maior é a maisvalia da adoção de medidas de eficiência energética e menor o retorno dos investimentos com esse objetivo. Sendo o custo de energia variável ao longo do dia ou semana, deverá ser privilegiado o custo mais favorável das horas de vazio e super-vazio de forma a concentrar a rega nestes períodos, que serão mais utilizados durante a campanha de rega. 21

25 Fig. 1 a) Eficiência energética (EE), b) índice potencial de redução de custos (IPRC), e c) índice de adequabilidade (IA), em estações elevatórias individuais. Fig. 2 Eficiência Energética de uma Estação Elevatória de um Perímetro de Rega durante o mês de agosto. 22

26 Em qualquer tipo de equipamentos a sua manutenção é fundamental para um adequado funcionamento e uma eficiência otimizada. Este tipo de manutenção parte de um acompanhamento periódico dos equipamentos, baseado na análise de dados coletados, ou monitorização automática de parâmetros, que desencadeia operações de manutenção justificadas por essa análise. Numa estação elevatória os parâmetros analisados vão desde consumos e grandezas elétricas, temperaturas, regimes de funcionamento, análise de vibrações, caudais e pressões produzidas, e inspeções visuais. Relativamente ao objetivo de eficiência energética, a inspeção e manutenção dos equipamentos auxiliares (como válvulas, filtros, sistemas pneumáticos, e instalação elétrica) tem a mesma importância que os grupos de bombagem pois todos estes elementos interferem ativamente na operação e eficiência da estação. Também a manutenção dos equipamentos de campo (válvulas, hidrantes, comando, telecontrolo) permite manter adequadas, as condições hidráulicas e assim garantir um funcionamento otimizado da estação elevatória. Nas estações elevatórias individuais para rega, embora numa escala menor, a manutenção também não deve ser relegada para segundo plano. Relativamente à manutenção preventiva, é cada vez mais habitual a existência de programadores de rega que geram alarmes sempre que os parâmetros prédefinidos saiam dos valores normais de funcionamento. Uma monitorização contínua e uma atuação imediata permitem a resolução de avarias (roturas, não abertura de sectores, obstruções, avarias elétricas) que direta ou indiretamente contribuem para uma maior ineficiência energética. Estando os volumes de água e tempos de funcionamento das estações de bombagem dependentes do pedido na parcela, o aumento da eficiência de rega na rede terciária permitirá poupanças energéticas com a redução dos caudais entregues. Assim práticas como o conhecimento da uniformidade e eficiência de aplicação do sistema de rega, o acesso a informação agrometeorológica, a utilização de sistemas de monitorização da disponibilidade de água no solo e a adoção de calendários de rega otimizados, são formas indiretas de promover a eficiência energética do ponto de vista da relação produção vegetal/custos energéticos em bombagem. Para a mesma produção por hectare, a redução do consumo de água devido à redução de perdas (transporte, evaporação, percolação, escorrência) resulta numa redução idêntica dos consumos energéticos em bombagem, refletindo-se numa maior eficiência energética. Um apoio técnico especializado ao regante permite orientar o uso da água em quantidade e oportunidade no sentido de boa eficiência não só da rega, mas também da energia consumida. Assim é conveniente informar, consciencializar e apoiar o regante para adaptar o seu sistema às condições de fornecimento de água e para as vantagens da prática de uma gestão da rega racional. 23

27 .A promoção de medidas como a Ação 7.5 do PDR 2020, que incentivem um uso racional dos recursos no regadio favorece em larga medida a eficiência energética, pois à escala do perímetro pequenos incrementos em cada parcela resultam em grandes poupanças globais. Em perímetros de rega coletivos com distribuição em pressão, cada boca de rega tem disponível um determinado caudal e pressão afetos a uma parcela com uma área definida. Do ponto de vista da estação elevatória será conveniente o uso total do caudal nominal da boca no sentido de maximizar os caudais de serviço na rede considerados em projeto que facilitam o aumento da eficiência global da estação. No mesmo sentido, para o dimensionamento do sistema de rega na parcela, o aproveitamento do caudal total disponível com a redução do número de sectores de rega, permite a redução do tempo de rega o que se traduz num menor custo da água em perímetros onde se faz discriminação horária da tarifa, embora com custos de investimento superiores. Não tendo implicação direta na eficiência energética quando estudado caso a caso, esta medida pode reduzir custos de exploração. Noutros casos, quando a água entregue no hidrante, embora com pressão, seja insuficiente para o sistema de rega, a instalação de uma bomba sobrepressora que acrescente a pressão em falta traduz-se numa considerável poupança energética. Nestes casos um estudo criterioso terá de ser feito tendo em conta o sistema de rega, as características do hidrante e o tipo de bomba sobrepressora. Nestes casos a poupança energética é diretamente proporcional à relação entre a pressão entregue no hidrante e a pressão total necessária. O COTR incentiva desde sempre, a aplicação destas metodologias, formando técnicos em várias áreas, e criando um conjunto de ferramentas que possibilitaram criar condições de aplicação de técnicas corretas de gestão energética em regadio que contribuam para o uso duradouro e sustentável dos recursos, dos quais a atividade económica agrícola está fortemente dependente. Gonçalo Rodrigues COTR Centro Operativo e de Tecnologia de Regadio 24

28 25

29 SOCIEDADE AGRÍCOLA DO MONTE NOVO E FIGUEIRINHA Criada em 1998 a Sociedade Agrícola do Monte Novo e Figueirinha, com 45 trabalhadores, situa-se perto de Beja, é beneficiada pela água de Alqueva e explora uma área de 135 hectares de olival, 82 hectares de vinha, 70 hectares de cultura arvense e está a instalar um pomar de amendoeiras com uma área de cerca de 30 hectares. Associada à produção agrícola, existe igualmente produção agroindustrial, estando implementados um lagar e um adega, com produções médias anuais de 6.4 mil toneladas de azeite e 900 mil garrafas de vinho /ano. A competitividade dos seus produtos e a sustentabilidade dos seus modos de produção são prioritários daí a adoção de práticas tendentes a diminuir os custos unitários de produção, bem como um uso eficiente dos recursos produzindo mais com menos. Na produção agrícola, a introdução de medidas de uso eficiente da água, nomeadamente, o uso de sondas e sensores com o objetivo de fornecer às plantas os recursos hídricos que elas precisam, um maneio agrícola que corporiza as boas práticas da Proteção Integrada e a utilização de energia apenas em horário onde o seu custo é inferior são alguns dos exemplos implementados. Na produção agroindustrial, os resíduos são recursos e são utilizados nos processos de produção, de forma a diminuir os encargos energéticos e o uso de energia não renovável. Promove-se uma gestão em ciclo fechado da biomassa resultante da produção agroindustrial que é reutilizada na produção de energia destas unidades. Há por isso um esforço de voltar a introduzir as matérias-primas secundárias no ciclo produtivo diminuindo os resíduos resultantes da produção e valorizando-os enquanto recurso. Os resultados obtidos com a introdução deste conjunto de medidas traduzem-se numa diminuição substancial dos encargos energéticos e por outro lado, na diminuição das pegadas hídrica e energética por via, entre outras medidas da utilização de resíduos/subprodutos dos sistemas produtivos. A curto prazo prevê-se a instalação de painéis fotovoltaicos, com o objetivo de realizar autoprodução energética, com as vantagens daí inerentes. A utilização destas tecnologias será feita quer na produção agrícola quer na produção agroindustrial. Tendo em conta o objetivo de manutenção da sustentabilidade de uma empresa, há que referir que o empresário procura sempre novas soluções tecnológicas que lhe permitam por um lado produzir de forma concorrencial, por outro diminuir os impactes resultantes das suas atividades. 26

30 PAX BERRY A Pax Berry iniciou a sua atividade na Campanha Agrícola 2014/2015, situa-se no Monte dos Meloais, próximo de Beja, em plena área de regadio de Alqueva. Esta empresa tem como objetivo a produção de morangos em sistema de hidroponia, aumentando a sua precocidade e consequentemente a entrada no mercado com preços mais vantajosos. O desafio é a produção de morangos de elevada qualidade da forma mais eficiente, numa zona de enorme potencial agrícola. As estufas estão localizadas no Monte dos Meloais, localizado no perímetro de rega de Alqueva, beneficiando do microclima gerado pelas culturas de regadio da zona envolvente. A localização da empresa em Alqueva, região da maior aposta agrícola nacional, permite beneficiar da disponibilidade e garantia de água na exploração, a que acrescem vantagens de exposição solar e circulação de ar características da zona, que combinados com uma forte inovação tecnológica, permite à Paxberry produzir morangos de alta qualidade. Neste momento, existe uma área de estufa de 2 hectares, a qual se prevê que venha a ser alargada em mais 0.5 hectares. A empresa dispõe de um quadro de pessoal de 3 funcionários fixos, recorrendo a mão-de-obra sazonal através de empresas de prestação de serviços, em determinadas alturas do ciclo de produção, como por exemplo a colheita. 27

31 O projeto caracteriza-se por uma aposta contínua nas mais avançadas técnicas de produção, promovendo ao máximo a eficiência energética e de recursos, com o objetivo de ter a melhor qualidade e a máxima produção nos ciclos de maior procura de mercado. As estufas foram construídas com uma tecnologia inovadora que permite a otimização do espaço de cultivo, sem perdas de área cultivável, e uma regulação da altura do cultivo que permite uma postura dos trabalhadores sem esforços físicos, melhorando consequentemente eficiência no processo de cultivo e apanha. Não sendo uma cultura biológica, com um nível de reutilização de água de 100%, é uma produção orientada para a preservação da natureza por não produzir desgaste dos solos e poluição dos lençóis freáticos. A Paxberry implementa uma agricultura responsável, usando menos agrotóxicos que a produção tradicional e implementando uma maior eficiência e economia no uso da água e nutrientes. Efetivamente, as técnicas de cultivo tradicionais aplicam agrotóxicos que atingem os lençóis freáticos enquanto que na agricultura hidropónica, como não se utiliza o solo, os insetos e micro-organismos de solo não prejudicam a produção, reduzindo substancialmente a quantidade de tóxicos utilizada. A maior eficiência e economia no uso de água e nutrientes é uma realidade. A produção hidropónica apenas gasta entre 1/20 a 1/30 da quantidade de água utilizada na agricultura convencional. A solução nutritiva pode ainda ser reaproveitada para várias irrigações e a produção é de melhor qualidade uma vez que as plantas crescem num ambiente controlado, procurando atender as exigências da cultura. A produção média anual é de 150 toneladas, sendo parte destinada a consumo interno (80 %) e o restante a exportação. A Paxberry integra o programa Origens da cadeia de mercados Intermarché. Sendo uma exploração de capital intensivo, com custos de produção relativamente elevados a competitividade dos seus produtos e a sustentabilidade dos seus modos de produção são prioritários. Esta exploração, pelas suas características, apresenta encargos energéticos elevados, necessários para área de frio e manutenção de temperatura de estufa. Identificado este problema a empresa desenvolveu um conjunto de ações para diminuir os encargos energéticos do seu sistema de produção. A utilização de fontes de energia renovável foi privilegiada, nomeadamente através da instalação de painéis fotovoltaicos para a produção de energia elétrica e a utilização de subprodutos de outras atividades agrícolas para sistemas de aquecimento, como por exemplo o aproveitamento de caroço de azeitona como combustível. Em termos médios do ponto de vista energético, foi possível com estas medidas, atingir a autossuficiência energética recorrendo unicamente a fontes de energia renovável. Os resíduos orgânicos da produção agrícola são incorporados nos restantes solos da exploração, contribuindo para o seu enriquecimento, pelo aumento da sua matéria orgânica. A Paxberry tem a sua produção certificada em modo integrado pela GlobalGap e obteve uma menção honrosa no Prémio GPA EDIA Boas Práticas em Alqueva. 28

32 ANTÓNIO VIEIRA DE LIMA António Vieira Lima é um empresário que gere uma exploração agrícola de regadio, no concelho de Cuba, com uma área de cerca de 460 hectares situados em plena área de regadio de Alqueva. Esta empresa tem a sua base de produção em culturas arvenses de regadio, como o milho e o girassol, além de uma vinha de cerca de 15 hectares. Antes de Alqueva, os sistemas culturais eram abastecidos com o recurso a reservas de água subterrânea, estando instalados quatro pivots, o que na prática se poderia classificar como um sistema de sequeiro ajudado. Com a disponibilidade de água para rega que Alqueva veio permitir, existem atualmente catorze pivots, os quais conjuntamente com a área de vinha, regam cerca de 350 hectares, em média anual. Esta exploração agrícola tem com o empresário, 4 postos de trabalho permanentes e produz em média anual cerca de 4 mil de toneladas por ano, toneladas de milho e 500 toneladas de girassol em Sendo uma exploração assente na produção de commodities, a diminuição dos custos unitários é prioritária, devendo a mesma ser efetuada através duma melhor utilização dos seus recursos. A água e a energia são dois dos recursos que mereceram uma especial atenção e cuidado nesta exploração. Considerando a grande heterogeneidade de solos, foi instalada uma rede robusta de sondas que permite medir a quantidade de água disponível no solo ao mesmo tempo que através de equipamento específico como um antenómetro, é possível calcular com maior exatidão, a evapotranspiração cultural existente em vez de recorrer a valores provenientes de estações meteorológicas que são afastadas da exploração. Desta forma é possível gerir a rega, fornecendo a água em função das necessidades das plantas. Foram igualmente implementados diversos procedimentos que são adotados com o objetivo de diminuir a pegada e os encargos energéticos. A rega é efetuada preferencialmente durante o período noturno, evitando as horas em que as tarifas são mais elevadas. A instalação de variadores de velocidade nos sistemas de bombagem, minimiza a existência de picos na rede. A substituição dos motores de alta velocidade dos pivots para baixa velocidade, evita o seu atascamento diminuindo os encargos e o consumo de água nalgumas zonas regadas. Foi introduzida a telegestão no controlo do funcionamento dos pivots. A curto prazo será introduzida a autoprodução de energia, minimizando encargos e alternando as fontes de energia. Tendo em conta que a exploração agrícola apresenta grande heterogeneidade, o agricultor pretende utilizar os recursos existentes em função das diferentes condições. Por outro lado, o uso de equipamentos adequados permite evitar a sobreposição de recursos, como sejam água de rega, sementes, fertilizantes, bem como diminuir os tempos de utilização de máquina por hectare. O desenvolvimento de uma agricultura de precisão na exploração permite ao agricultor a redução dos custos de produção, a diminuição da contaminação dos solos e um aumento de produtividade. A adoção das medidas mencionadas, bem como a prática de, sempre que o ano o permita, antecipar o período de sementeira, torna possível a diminuição de encargos e maximiza a eficiência no uso de recursos, o que se traduz, face à média regional, numa diminuição de dotação média de água de 30 %. Pela adoção das boas práticas da agricultura de precisão, através da utilização de equipamento adequado, existe um conjunto de operações agrícolas que têm uma diminuição de custos em cerca de 20 %. 29

33 30

34 A água constituiu desde sempre um elemento vital para a sobrevivência do Homem. Tal fez com que as linhas de água dispersas pelo território se constituíssem como ponto de passagem obrigatória e centro aglutinador de núcleos populacionais. Os rios forneciam água e alimento, eram barreira protetora, fronteira, elemento agregador ou local de atividades recreativas, onde se desenvolviam as mais distintas ações do dia-a-dia das populações. Um dos elementos que simboliza esta ligação das populações aos rios é o moinho de água. Elemento característico da paisagem, encontramos vestígios da sua existência um pouco por todo o Alentejo. São centenas de estruturas hidráulicas espalhadas pelas linhas de água da região, com um claro destaque para o rio Guadiana. Só nas margens do grande rio e seus afluentes, nas áreas de Alqueva e Pedrógão, foi possível detetar a presença de mais de 150 moinhos de água. Os primeiros vestígios da utilização local da energia hídrica em engenhos de moagem datam da presença romana, podendo eventualmente recuar um pouco mais. A partir do séc. X a utilização dos moinhos de água está já disseminada e continuará ao longo dos séculos seguintes. Trata-se de construções que utilizam diferentes técnicas construtivas, consoante o seu local de implantação, regime de caudais ou o tipo de utilização. Azenhas, moinhos de rodizio ou de rodete, cujo objetivo, embora com algumas variantes técnicas, é a utilização da energia das águas para mover as mós que transformariam o cereal em farinha. 31

35 Elemento fundamental destes aproveitamentos hídricos é o açude, geralmente de pequena altura [cerca de 1 a 3 metros], cuja função é garantir o afluxo de água aos moinhos, mas que acaba por criar pequenos planos de água que potenciam outras atividades. Estas construções assumiram um papel relevante no abastecimento das populações. Os carregadores que traziam o cereal e levavam a farinha deslocavam-se, por vezes, algumas dezenas de quilómetros, em viagens que podiam levar dias. Os moleiros, fossem donos dos moinhos, rendeiros ou assalariados, retiravam o seu lucro da extração da maquia, uma percentagem da farinha moída que poderia oscilar consoante o contexto socioeconómico e a época do ano. Ao longo do séc. XX, o território ribeirinho foi sendo abandonado e a economia tradicional foi dando lugar às tecnologias industriais. Os moinhos para moagem do cereal foram dando lugar às moagens mecânicas locais e estas a outras de nível regional ou nacional. Nos anos 70 já poucos seriam os moleiros em atividade, os moinhos foram sendo abandonados e as construções começaram a sua lenta degradação. As estruturas hoje abandonadas e dispersas ao longo das linhas de água da região, remetem não só para a utilização da energia das águas nas antigas práticas socioeconómicas locais, mas também para as memórias da utilização do espaço ribeirinho e das gentes que aí viveram. O património molinar constitui-se assim como um elemento identitário da região, que interessa conservar e valorizar. 32

36 Tal como a água, a energia ocupa um lugar primordial no desenvolvimento das sociedades humanas ao longo dos séculos. Atualmente, o setor energético é de importância vital em todo o mundo e para todos os setores de atividade. Questões relacionadas com a energia ocupam um lugar central no desenvolvimento sustentável porque estão relacionadas com todos os aspetos da nossa vida, sejam eles de cariz mais social, económico ou ambiental. A energia influencia os estilos de vida, o acesso à água, a produção agrícola, a saúde, a educação e muitas outras áreas. A incerteza quanto ao custo das fontes de energia tradicionais, juntamente com a necessidade de evitar a poluição e os impactos das alterações climáticas, coloca uma pressão considerável na necessidade de diversificar os sistemas de energia e melhorar a eficiência da produção, do armazenamento, da distribuição e do consumo de energia. A energia é vital para qualquer empresa. A limitação conhecida dos combustíveis fósseis e a necessidade de combater as alterações climáticas tem vindo a pressionar a diversificação dos sistemas de energia e a melhoria da eficiência da produção, armazenamento, distribuição e consumo de energia. As emissões de dióxido de carbono (CO2), provenientes da combustão dos combustíveis fósseis constituem atualmente a origem principal do desequilíbrio no balanço radiativo na atmosfera, ou seja, da intensificação do efeito de estufa atmosférico. É bem conhecido que temos à escala global uma grande dependência energética nos combustíveis fósseis carvão, petróleo e gás natural. Cerca de 80% das fontes primárias de energia mundiais são combustíveis fósseis. Controlar a mudança climática antropogénica é pois um desafio difícil porque exige a diminuição daquela dependência. Os principais setores onde podemos reduzir as emissões através de maior eficiência energética são a indústria, os edifícios e os transportes. Na indústria as inovações tecnológicas poderão conduzir a uma redução de 20% da intensidade energética. À escala mundial o setor dos edifícios no ano de 2010 foi responsável por 32% do uso final global de energia e por 19% das emissões globais. Nos transportes existe um potencial de redução do consumo de energia de 10% a 45% relativamente ao cenário de referência através do uso de combustíveis de baixo carbono e melhor eficiência energética dos veículos e seus motores. Ao implementarem melhorias de eficiência, onde as estratégias de gestão de energia sobressaem, as empresas tornam-se mais flexíveis e mais resilientes. Seguindo as orientações de política nacionais e comunitárias e perante a alteração de paradigma da EDIA que assume atualmente a gestão e exploração do EFMA como o ponto fulcral da sua estratégia para o desenvolvimento do território em que intervém, é essencial a integração da questão energética e da economia de baixo carbono no seu modelo de gestão e exploração do Empreendimento. Em 2014, a EDIA iniciou uma abordagem mais sistematizada sobre a importância das alterações climáticas no contexto de Alqueva, que permite não apenas identificar impactos e riscos, mas igualmente destacar as oportunidades que Alqueva poderá trazer, no contexto regional e nacional, enquanto maior área de regadio em Portugal. Integrar a mudança climática na gestão de Alqueva, permitirá não só identificar impactos e riscos, mas igualmente destacar as oportunidades que poderá trazer no contexto regional e nacional, enquanto maior área de regadio em Portugal. 33

37 A criação de fontes de energia renováveis, produzindo energia elétrica, para além do grande centro electroprodutor reversível de Alqueva- Pedrogão e do conjunto de 5 mini-hídricas integradas nas infraestruturas primárias e que aproveitam os desníveis energéticos aí existentes é uma das possibilidades que o desenvolvimento de novas tecnologias no setor energético de produção vem permitir, abrindo igualmente uma janela de oportunidade para a integração da mobilidade de baixo carbono em toda a gestão da EDIA e do EFMA. Se por outro lado atendermos à dimensão territorial do EFMA, constituído por 20 concelhos, distribuídos pelos distritos de Beja, Évora e Portalegre e à dispersão e dimensão das infraestruturas nele construídas e em exploração, será fácil entender que a integração das energias renováveis com a mobilidade elétrica se apresenta com um elevado potencial de melhorar a eficiência energética, reduzir as emissões, diversificar as fontes de energia e promover poupanças de energia. A diversificação das fontes de energia renovável é uma das mais-valias que o Alentejo permite. Assegurada que está a valência hidroelétrica por Alqueva, é possível maximizar a produção de energia limpa recorrendo a outras fontes, como o fotovoltaico. Nesta região do sul de Portugal, caracterizada por um clima mediterrânico, a temperatura média anual é de 17ºC e regista uma média anual de horas de sol. As novas tecnologias já desenvolvidas permitem atualmente aproveitar vários dos planos de água do EFMA e neles maximizar a produção de energia elétrica através de centrais fotovoltaicas flutuantes (FPV-Floating PhotoVoltaic). Avaliado o potencial deste território e as necessidades do Empreendimento, a EDIA iniciou em 2015 uma forte aposta na diversificação das fontes de energia, nomeadamente na energia solar, focando a sua estratégia de gestão num dos eixos em desenvolvimento e que integra a estratégia energética, a economia de baixo carbono e a mudança climática, nas vertentes de adaptação e mitigação. A complementaridade de fontes de energia e a mobilidade elétrica mereceu especial atenção durante Foram dados os primeiros passos nesta direção, com a instalação de uma central fotovoltaica na sede da EDIA em Beja capaz de produzir cerca de 2/3 das necessidades energéticas do edifício e lançado o procedimento de aquisição de 3 viaturas elétricas. O desenvolvimento tecnológico que a área do fotovoltaico regista, permite avançar com os trabalhos que conduzirão às bases para uma estratégia de eficiência e poupança energética no EFMA desenvolvendo o eixo relativo à mobilidade elétrica, através da integração de soluções inovadoras que possibilitam aproveitar os diversos planos de água existentes em Alqueva. Esta nova abordagem tem como base o objetivo estratégico de instalação de capacidade própria de produção de eletricidade por via renovável, nomeadamente através de centrais fotovoltaicas flutuantes. Atendendo a que será possível a distribuição destas unidades produtivas numa área considerável da região e a existência de acessos rodoviários às mesmas e sendo certa a existência de produção de eletricidade por via fotovoltaica em períodos sem demanda imediata de rega e portanto disponível para outros usos, então a EDIA detém um grande potencial de integrar e ampliar a rede de pontos de carregamento de veículos elétricos da região, como fornecedor de eletricidade, existindo uma grande complementaridade com os restantes eixos do Empreendimento. Esta sinergia da EDIA com a mobilidade elétrica apresenta todos os pontos fortes que são internacionalmente tidos como desejáveis para a implantação de uma infraestrutura sustentável e verdadeiramente não emissora, como uma produção local e geograficamente distribuída, a minimização da rede de distribuição necessária, fontes energéticas não emissoras, proximidade de centros urbanos e aglomerados populacionais, integração com infraestruturas pré-existentes e investimentos racionais e tendencialmente sustentáveis. A mobilidade elétrica é claramente um dos principais pilares das políticas de redução de Carbono na economia. Não é difícil conceber impactos positivos destes projetos em áreas sociais, quer a nível científico mas também no emprego e na qualidade de vida da região. 34

38 35

39 Até 2015, a atividade de produção descentralizada de energia elétrica a partir de recursos renováveis, a microprodução e a miniprodução, tinha como principal objetivo a venda de eletricidade produzida à rede e os preços dessa energia eram elevados quando comparados com o custo da eletricidade no mercado grossista. Aproveitando a significativa evolução tecnológica verificada, que conduziu a reduções muito significativas no custo da tecnologia, foram criadas novas soluções, nomeadamente a figura de produtor-consumidor de energia elétrica (ou do produtor em autoconsumo), permitindo a existência de ligação à rede pública de distribuição de energia elétrica, na perspetiva de autoconsumo, de fornecimento a terceiros e de entrega de excedentes de produção à rede. A produção em autoconsumo permite assim conciliar a produção renovável com custos baixos para o sistema, sem contribuir para o aumento dos preços e da divida tarifária (Decreto-Lei n.º 153/2014, de 20 de outubro). O acesso ao regime de produção em autoconsumo para pequenos consumidores foi simplificado e este novo enquadramento legal veio permitir que a EDIA possa produzir uma parte significativa da energia que consome. Estão vários projetos fotovoltaicos em avaliação que poderão baixar decisivamente a fatura energética da Empresa. Em 2015, foram dados os primeiros passos neste sentido e a EDIA transformou a sua sede em Beja, no edifício mais verde da cidade, com a instalação de uma central fotovoltaica de 110 KWp com quase m2 de área. Ao produzir anualmente cerca de 170 MWh, o equivalente a 43 habitações alimentadas, a instalação solar fotovoltaica instalada na sede da EDIA irá evitar emissões anuais de 33,5 toneladas de CO2, o equivalente à plantação de uma floresta com a dimensão de sete campos de futebol. Em 2015, os números são promissores. Com entrada em produção no mês de Junho, foram produzidos 115 MWh e evitada a emissão de 21,2 toneladas de CO2. A maturidade que a energia fotovoltaica tem presentemente e os desenvolvimentos tecnológicos decisivos que vêm otimizando o rendimento e a área necessária de painel por unidade de produção e reduziram de modo importante o seu custo unitário, permitem que a EDIA continue a avaliar e implementar novas soluções no Empreendimento com o objetivo de reduzir os custos de operação das redes de água, com benefícios diretos para a Empresa e para os seus clientes. Localizando-se o EFMA na região com os maiores níveis de insolação e radiação solar da Europa e havendo boa parte da potência instalada na Rede Primária que possibilita o controlo dos períodos de funcionamento das estações elevatórias, a que acresce o facto de a Rede Secundária dispor de numerosos reservatórios de regularização, sendo a área a beneficiar muito extensa e portanto com custos de rede importantes que a fotovoltaica com instalação local anula, parece estarem reunidas todas as condições para que esta energia renovável tenha no EFMA particular expressão. Alqueva quer ser um exemplo de modernidade, de inovação e de crescimento sustentável. No que concerne à problemática energética na distribuição de água que pode ser determinante neste âmbito, temos procurado no projeto, construção e exploração minimizar os consumos e encargos associados e acreditamos que este grande desafio pode encontrar na produção de energia fotovoltaica um importante contributo. 36

40 37 37

41 O EFMA é um empreendimento de fins múltiplos com características muito distintivas, dada a sua dimensão física e económica e o impacte sobre a região e os agricultores. A gestão da água e das infraestruturas confere uma importância estratégica na exploração do Empreendimento e na competitividade da agricultura e dos agricultores. Alqueva garante água e a sua distribuição para fins agrícolas, produção de energia e abastecimento público e tem associados, um conjunto de benefícios intangíveis que contribuem para a consolidação da região no processo de desenvolvimento integrado. A implementação do EFMA e o fornecimento de água superficial às explorações agrícolas constitui ainda uma mais-valia para a preservação dos recursos hídricos subterrâneos, enquanto recurso estratégico para a região do Alentejo. A concessão à EDIA da rede secundária do Empreendimento de Alqueva, para além da gestão, manutenção e conservação da rede primária, veio permitir a gestão das infraestruturas de uma forma integrada. Os perímetros de rega de Alqueva, apoiados em sistemas de telegestão, garantem à EDIA informação atualizada em cada momento e oferecem ao agricultor a garantia de água que necessita para a sua exploração. A integração de todas as componentes infraestruturais numa gestão conjunta possibilita a sua otimização, garantindo respostas rápidas a todas as solicitações e necessidades dos clientes. 38

42 39

43 O Empreendimento de Fins Múltiplos de Alqueva é o principal projeto estruturante do Alentejo, região que já beneficia de um conjunto de infraestruturas que potenciam o seu desenvolvimento de forma integrada e multissetorial. Em 2015 foram praticamente concluídos os 120 mil hectares previstos inicialmente no projeto e a estratégia que permite potenciar o investimento efetuado e promover o desenvolvimento deste território, permitiu uma consolidação dos investimentos por parte da iniciativa privada e a um reforço de novos projetos sendo já clara a mudança da agricultura no Alentejo. O esforço da iniciativa privada na região surge na sequência do cumprimento rigoroso por parte da EDIA de todo o plano de investimento para os últimos dois anos de conclusão das infraestruturas de rega que deram corpo ao Sistema Global de Rega de Alqueva na sua totalidade. Na campanha de rega de 2015, a EDIA disponibilizou 90 mil ha de área equipada para regadio. Cerca de 30 mil ha de área a equipar estiveram em construção durante o ano de 2015, ficando disponível a totalidade da área de regadio prevista inicialmente para a campanha de rega de A taxa de adesão em Alqueva, em 2015, foi superior a 61%, um valor acima da média nacional para novos perímetros, prevendo-se que no próximo ano, perante o número crescente de solicitações de informação e dos investimentos visíveis no terreno, o referido valor seja superior ao agora registado. O incremento da área regada permitiu a progressiva alteração do modelo da agricultura alentejana, tradicionalmente assente no sequeiro e que agora com a garantia de água de Alqueva, gera novas oportunidades nas culturas de regadio e abre portas às agroindústrias. Equipados com modernas técnicas de telegestão, os perímetros de rega de Alqueva oferecem ao agricultor, não só a garantia de água mas também a possibilidade de obter informação em tempo real e adaptar a cada momento, os períodos de rega de acordo com as suas necessidades. A ocupação cultural em Alqueva tem vindo a diversificar-se, sendo o olival a cultura predominante com uma representatividade atual na ordem dos 50%. Os novos olivais instalados em Alqueva vieram permitir a autossuficiência de Portugal na fileira do azeite, após décadas de deficit. O milho é a segunda cultura com maior expressão ao nível da aposta dos agricultores. A produção de tomate, cebola, alho, melão e melancia, papoila, fruteiras (pomar de clementinas, uva de mesa, e outros) e frutos secos (amendoeiras e nogueiras), têm igualmente expressão nos regadios de Alqueva, a par do tradicional cultivo de vinha, cereais e forrageiras. A região de Alqueva revela um dos maiores potenciais agrícolas do País. Partindo de uma posição quase virgem no que à agricultura de regadio diz respeito, o desenvolvimento gerado por Alqueva proporciona ao Alentejo um forte incremento que terá reflexos a médio e longo prazo na produção nacional, trazendo à região oportunidades únicas nas fileiras agrícola e agroindustrial ampliadas pela dimensão do EFMA. 40

44 A gestão ambiental proactiva dos recursos naturais, a valorização de todo o território que as infraestruturas de Alqueva permitem, aliadas a novas práticas agrícolas e a tecnologias de regadio, contribuem de uma forma decisiva, para o desenvolvimento sustentável da área de influência de Alqueva. Para assinalar os 20 anos da Empresa, cumpridos em 2015, A EDIA em parceria com o Green Project Awards instituiu o Prémio GPA-EDIA - Boas Práticas em Alqueva - um Prémio de reconhecimento de boas práticas em projetos que promovam o desenvolvimento sustentável na região de Alqueva, nos quais o recurso água seja o fator de desenvolvimento fundamental. O Prémio é constituído por um Galardão para cada categoria e Menções Honrosas para cada categoria, atribuídas pelo Júri, às candidaturas que considere meritórias. Foram presentes a concurso vinte candidaturas, oito na categoria Boas Práticas e doze projetos na categoria Inovação. O vencedor do Galardão na categoria Inovação recebe um prémio monetário no valor de 2500 euros. Foram vencedores na edição 2015 do Prémio GPA-EDIA Boas Práticas em Alqueva, na Categoria Boas Práticas a empresa Vale da Rosa e na Categoria Inovação o projeto H2O PROCESSING&MITIG: Mitigação de CO2 atmosférico, produção de soluções nutritivas, corretivos organominerais e produtos hortofrutícolas através de processo inovador de tratamento de água residual de queijarias, de Ana Rita Prazeres, investigadora do CEBAL e Escola Superior Agrária de Beja. Foram ainda atribuídas, pelo mérito dos projetos apresentados, menções honrosas aos projetos apresentados pelas empresas Paxberry e EMAS na categoria Boas Práticas e à Associação de Agricultores do Baixo Alentejo e empresa Colibri na categoria Inovação. 41

45 BOAS PRÁTICAS Projeto Premiado - VALE DA ROSA A Vale da Rosa é uma empresa que se dedica à produção de uvas de mesa de Alta Qualidade e destina-se ao abastecimento do mercado interno em todas as suas vertentes, e ao mercado de exportação que nos últimos anos se tem revelado muito promissor. A Vale da Rosa exportou na campanha de % de toda a sua produção, esta realidade resulta de uma instabilidade sentida no mercado interno e sobretudo da apetência deste produto em países do Norte da Europa e países como Angola e China. A empresa Vale da Rosa fez um esforço assinalável no investimento, saliente-se que há cerca de dez anos a área de produção era de 100 ha, atualmente a empresa explora 250 ha em dois polos de produção no concelho de Ferreira do Alentejo. Acrescenta-se um investimento, a par da produção, que custa em média oitenta mil euros/ha, em infraestruturas de frio que possam responder de forma eficaz ao objetivo que a empresa tem no incremento das exportações. A gestão da água é um critério fundamental. Dispõe de sondas de diagnostico da humidade do solo (watermarket) com o objetivo de regar a agua estritamente necessária e com a utilização da estação meteorológica podemos programar com maior eficiência a rega tendo em consideração as questões climatéricas bem como o processo de transpiração das plantas que influenciará a quantidade de agua a utilizar. Assim sendo, com todos estes elementos assistimos a uma redução de consumo de água de 5000m3 para 3000m3 por ha e por ciclo. Aplicação electroestática de fitofármacos método inovador de aplicação de fitofármacos, baseado na carga electroestática da película da uva, que garante uma aplicação eficiente e com uma redução muito significativa do volume de água (menos de 100 litros /ha, quando o normal são 800 litros /ha), o que para além da água, reduz muito o desgaste e o consumo dos tratores. A Vale da Rosa, é um importante polo de desenvolvimento económico da região que está presente na rede social promovida pela câmara municipal do seu concelho e colabora de forma permanente e ativa em inúmeras iniciativas sociais como é a promoção do desporto, a cooperação com Instituições de Solidariedade Social e na divulgação de medidas preventivas à conquista de uma vida/saúde saudável como é exemplo o patrocínio de fruta no dia mundial da alimentação saudável às escolas do concelho. 42

46 INOVAÇÃO Projeto Premiado - H2O PROCESSING&MITIG: Mitigação de CO2 atmosférico, produção de soluções nutritivas, corretivos organominerais e produtos hortofrutícolas através de processo inovador de tratamento de água residual de queijarias ANA RITA PRAZERES (CEBAL) O H2O PROCESSING&MITIG é um sistema inovador e patenteado de tratamento de águas residuais (AR) de queijo (p.e. Serpa) com obtenção de soluções nutritivas/corretivos organominerais para reutilização agrícola, e simultânea mitigação de CO2 atmosférico. Este processo é de fácil aplicação, apresenta baixo custo e consiste numa etapa de precipitação química básica com formação de 2 subprodutos: sobrenadante+lama, seguido de uma etapa de neutralização natural do sobrenadante e etapa de secagem de lamas em filtros de areia. O H2O PROCESSING&MITIG apresenta 5 funções simultâneas: 1) tratamento de AR por redução de matéria orgânica, óleos/gorduras, sólidos suspensos, P, N, proteínas, lactose e eliminação de 100% de coliformes totais; 2) obtenção de sobrenadante clarificado com reduzido teor de sólidos suspensos/gorduras mas rico em nutrientes e com características físico-químicas/microbiológicas compatíveis para reutilização como solução nutritiva, em plantas com tolerância moderada a elevada à salinidade, tornando as indústrias em sistemas de descarga zero; 3) obtenção de lamas ricas em matéria orgânica e nutrientes que podem ser reutilizadas como corretivo organomineral em solos ácidos/pobres em matéria orgânica/nutrientes; 4) obtenção de produtos hortofrutícolas enriquecidos em nutrientes e antioxidantes, como K, Fe, Ca, Mg e licopeno, e 5) mitigação de CO2 atmosférico através de mecanismos de absorção da água tratada. O processo, patenteado em 2013, apresenta 5 vantagens principais, contribuído não só para a redução da contaminação de AR, mas também para a redução dos problemas ambientais associados aos gases com efeito de estufa com mitigação de 455,5 mg de CO 2 atmosférico por litro de água tratada. Além disso, desenvolveu se um novo conceito water processing, permitindo a obtenção de soluções nutritivas/corretivos organominerais para a fertirrigação/adubação agrícola, com consequente reciclagem de matéria orgânica e nutrientes, como Ca, Mg, P, N e K. Outro aspeto inovador constitui a produção de frutos enriquecidos nutricionalmente a partir das soluções nutritivas, produzindo tomate com elevado teor de açúcares redutores, sólidos solúveis, proteínas totais e licopeno, e com maior firmeza na epiderme. Por outro lado, obteve-se a produção de alface verde e roxa rica em nutrientes, como K, Ca, Mg e Fe quando adubada com o corretivo, manifestando potenciais benefícios para a saúde dos consumidores. O projeto reduz a contaminação de AR de queijo (ARQ) (Serpa, Évora e Mestiço de Tolosa) que são uma das principais fontes de poluição da indústria de lacticínios e difusa da Bacia do Guadiana (P e N), provocando problemas ambientais/saúde pública. Nos concelhos de Alandroal, Portel e Borba existe uma grande concentração de queijarias. O projeto mitiga os gases com efeito de estufa e reutiliza a AR tratada e lamas na agricultura, o que é vantajoso em zonas com escassez de água e solos pobres. O processo é uma solução para AR das queijarias que necessitam de tecnologias de baixo custo; e interessa: 1) às gestoras de AR domésticas, pois a descarga de ARQ nas ETARs causa problemas no tratamento, tendo várias queijarias (p.e. Alandroal, Serpa, Braga e Coruche, etc.) e Águas do Centro Alentejo manifestado interesse, e 2) às produtoras/gestoras de AR industriais, pois pode ser aplicado a vários efluentes. As soluções nutritivas/lamas podem ser usadas na agricultura/produção de biodiesel. 43

47 O crescente envolvimento com as comunidades locais em Alqueva, passa por uma intervenção dirigida e proactiva no âmbito dos diversos eixos de desenvolvimento do Empreendimento. A EDIA desenvolve ações de formação dirigidas a agricultores, promove conferências, seminários e palestras em que o objetivo principal é dar a conhecer todas as potencialidades do EFMA nas diversas áreas, colabora e desenvolve projetos com as instituições de ensino na região, desde os mais novos do pré-escolar aos graus mais altos do ensino superior, apoia diversas iniciativas de âmbito social e desenvolve projetos específicos de integração das diversas valências de Alqueva e dos diversos atores em ações de responsabilidade social e ambiental. 44

48 AGRO IN ALQUEVA - Conferência Gerir e Rentabilizar o Regadio A EDIA juntou-se à revista Vida Rural para organizar a segunda edição das conferências Agro IN, este ano dedicadas exclusivamente a Alqueva. Esta conferência, que contou com a presença da Ministra da Agricultura e do Mar, inseriu-se nas comemorações do vigésimo aniversário da EDIA e na estratégia de promoção e divulgação do Projeto de Alqueva, tendo como mote os Desafios e Oportunidades em Alqueva nos domínios da Agricultura e da Agroindústria. Alqueva é atualmente o principal centro nevrálgico do desenvolvimento do regadio em Portugal e um dos polos mais dinâmicos da agricultura nacional, razão pela qual se considera importante garantir a competitividade, criar valor acrescentado, reconverter sistemas culturais, descobrir novas culturas, organizar a fileira e abrir novos mercados. Para partilhar o impacto do regadio na gestão das empresas, foram convidados gestores, empresários, economistas, agricultores e dirigentes associados para discutir desafios e oportunidades e perspetivar o futuro. FISH PARADE A EDIA assinalou o Dia Internacional da Diversidade Biológica e o Dia dos Peixes Migradores, com a inauguração de uma Fish Parade. No grande lago do Alentejo os peixes andam de elevador é um projeto que resulta de uma parceria entre a EDIA e o Centro Infantil N. Sr.ª do Carmo, em Moura, que teve como mote o Dispositivo de Passagem de Peixes instalado na barragem de Pedrógão, sendo a Fish Parade a exposição ilustrativa das ações desenvolvidas. Este projeto, candidatado à 12ª edição do Prémio da Fundação Ilídio Pinho, centrou-se nas questões sobre a qualidade da água, nas espécies de peixes existentes no rio Guadiana, distinguindo espécies autóctones de exóticas e na definição de barragem e respetivas implicações ambientais resultantes da sua construção e respostas aos impactes inerentes. No âmbito do projeto foram desenvolvidas diversas ações, destacando-se as visitas às barragens de Alqueva e Pedrógão, experiências sobre a água, atividades sobre os peixes da região, uma exposição de grandes peixes feitos pelos pais das crianças, bem como a recuperação de três lagos na instituição que, neste momento, albergam uma maquete de uma barragem e dois tanques para fauna aquática. 45

49 ALQUEVA: 20 Anos de Obra, 200 Milénios de História Alqueva - 20 Anos de Obra, 200 Milénios de História foi o mote da exposição de arqueologia promovida pela EDIA, na Torre Oca do Mosteiro dos Jerónimos, em Lisboa e que surge integrada nas comemorações dos 20 anos da EDIA. Tem como objetivos dar a conhecer a dimensão do trabalho efetuado no âmbito do EFMA na vertente do património cultural, que conta com cerca de 2000 intervenções arqueológicas, e realçar o seu contributo na renovação do conhecimento científico, apresentando novas problemáticas de investigação que irão conduzir ao reescrever da história da ocupação humana do território de influência do projeto. Para enquadrar a exposição ao nível da área de intervenção, foi desenvolvido um sistema que permite a visualização física do território, complementada com projeção de conteúdos. Este sistema contempla uma maqueta física tridimensional capaz de apresentar com sincronismo diversos conteúdos multimédia. A exposição esteve patente ao público até ao final de 2015 e contou com o Alto Patrocínio do Presidente da República, da Ministra da Agricultura e do Mar e do Secretário de Estado da Cultura e o apoio do Museu Nacional de Arqueologia, da Marinha e da Direção Geral do Património Cultural. 46

50 VOLTA SOLIDÁRIA DE ALQUEVA A EDIA realizou em 2015 a segunda edição da Volta Solidária de Alqueva. Os grandes objetivos deste evento passam por promover ativamente a ligação da EDIA com as comunidades locais, trabalhando em parceria para o bem-estar da população e para a dinamização social das mesmas e simultaneamente promover dentro da Empresa, o espirito de grupo e de união em prol de uma causa comum. Reforçando o papel que uma iniciativa com estas caraterísticas desempenha no estabelecimento de laços afetivos duradouros, a EDIA desenvolveu a criação de uma parceria alargada na qual participaram cerca de 53 entidades públicas e privadas, entre fornecedores, clientes e empresas locais de Beja. As parcerias criadas para cada edição, asseguram na totalidade os encargos financeiros do evento e o donativo atribuído, onde se incluem as inscrições de todos os participantes. A realização deste evento desportivo destina-se à angariação de fundos para uma Instituição Particular de Solidariedade Social que desenvolva o seu trabalho em Alqueva, num dos 20 concelhos integrados no Empreendimento. Em 2015 a entidade beneficiária foi a Cercibeja, selecionada a partir de um conjunto de projetos a apoiar apresentados voluntariamente por instituições de solidariedade social que voluntariamente se candidataram a entidade beneficiária do evento em Com a Volta Solidária de Alqueva pretende-se igualmente promover estilos de vida saudáveis, através da prática de duas modalidades, corrida e caminhada, que dadas as suas características, contribuem para o bem-estar crescente das comunidades e população em geral. Esta segunda edição da Volta Solidária de Alqueva realizou-se no concelho de Beja, com partida e chegada em Beringel, tendo os percursos da corrida e caminhada levado os cerca de 500 participantes a conhecer a albufeira do Pisão, e região envolvente da mesma, usufruindo de uma paisagem magnífica e do acolhimento caloroso da população de Beringel. Todos os custos com a realização da Volta Solidária de Alqueva foram cobertos pelas entidades parceiras que se associaram a esta iniciativa, através de apoio financeiro ou fornecimento de bens e serviços. Além de ter sido assegurada a cobertura integral de despesas, foi possível reunir a verba de ,00, doada na totalidade à Cercibeja, entidade beneficiada na segunda edição deste evento. A realização anual deste evento, terá sempre lugar em Alqueva, privilegiando o conhecimento que se pretende transmitir, a todos quantos participam, das infraestruturas de Alqueva, associadas às vilas e aldeias que mais proximamente contribuem para a malha populacional do território. Com este critério contribui-se localmente para a dinamização social e económica através do acréscimo de visitantes nas datas do evento. 47

51 ARTE NUMA PERSPETIVA DIFERENTE Arte numa perspetiva diferente é um projeto com 14 anos de existência, resultado de uma parceria entre a EDIA e o Centro de Paralisia Cerebral de Beja com o objetivo de promover e divulgar anualmente uma exposição de pintura. A exposição apresenta um total de 24 quadros, pintados por 7 utentes do Centro de Atividades Ocupacionais do CPCB - Centro de Paralisia Cerebral de Beja, resultado do trabalho desenvolvido ao longo do ano. É um conjunto de perspetivas diferentes, num reflexo da visão dos autores sobre o quotidiano, com abordagens e enfoques que resultam em títulos como a Velhota no Jardim, A Família, a Toureira, O Teatro ou O Gato Preto. Ao longo destes 14 anos os utentes do Centro de Atividades Ocupacionais do CPCB têm desenvolvido os seus trabalhos artísticos, assumindo como um ritual a realização anual desta exposição, patente no edifício sede da empresa, em Beja. A parceria entre a EDIA o Centro de Paralisia Cerebral de Beja constitui-se como um dos estímulos ao desenvolvimento intelectual dos utentes do Centro, reforçando a sua integração e inclusão social. A receita proveniente da venda dos quadros reverte integralmente para o Centro de Paralisia Cerebral de Beja. PROTOCOLO com a Caritas Diocesana de Beja A EDIA, a Cáritas Diocesana de Beja e o Instituto Politécnico de Beja, assinaram um protocolo do colaboração que visa, entre outros aspetos, promover esforços entre os três subscritores, na dinamização e potenciação do Projeto Horta - Nova Esperança, um projeto que pretende servir de exemplo de viabilização da pequena propriedade, pela produção de hortícolas, aromáticas e frutícolas, e destinado a suprir as necessidades da Cáritas Diocesana de Beja, associando ainda a formação na área agrícola aos utentes da Cáritas Diocesana de Beja. Para além deste objetivo, esta colaboração permitirá conhecer a realidade sócio laboral da área de influência do EFMA Empreendimento de Fins Múltiplos de Alqueva, as ações emergentes que se podem transformar em oportunidades de emprego e promover as ofertas de trabalho e formação existentes na área de intervenção do EFMA, de modo particular no distrito de Beja e Litoral Alentejano, bem como a sua disseminação entre os parceiros envolvidos na rede. Ao abrigo deste protocolo foi ainda elaborado um plano de voluntariado, tomando por base a missão de cada uma das entidades, o conhecimento dos seus colaboradores e as necessidades na Cáritas Diocesana de Beja. 48

52 Outras Entidades apoiadas em 2015 Unidade de Multideficiência da Escola Santiago Maior Associação Jovem Habi(li)tar Alentejo Centro Humanitário de Beja da Cruz Vermelha Portuguesa Vinte Corporações de Bombeiros Voluntários da área de influência de Alqueva Clube Desportivo de Beja 49

53 50

54 Criada em 1995, pelo Decreto-Lei nº 32/95, de 11 de fevereiro, a EDIA - Empresa de Desenvolvimento e Infraestruturas de Alqueva, S.A., é uma sociedade anónima de capitais exclusivamente públicos pertencente ao setor empresarial do Estado e desenvolve toda a sua atividade em território nacional em 20 concelhos dos distritos de Beja, Évora, Portalegre e Setúbal. Com sede em Beja, centro da região beneficiária, a EDIA tem uma orientação estratégica baseada nos eixos prioritários do aproveitamento do Empreendimento assente no recurso "Água" e no aumento da produção e rentabilização dos investimentos nas infraestruturas criadas. Enquanto empresa de capitais exclusivamente públicos, a EDIA atua como instrumento para a prossecução de políticas públicas nos domínios do abastecimento de água, da promoção do regadio, da conservação da biodiversidade e do desenvolvimento regional. Com a entrada em exploração de algumas infraestruturas do Empreendimento, o Decreto-Lei N.º 42/2007, de 22 de fevereiro, vem definir o regime jurídico aplicável à gestão, exploração, manutenção e conservação das infraestruturas que integram o EFMA, modifica os estatutos da EDIA, revoga os Decretos-Lei N.º 32/95, de 11 de fevereiro, N.º 33/95, de 11 de fevereiro e N.º 335/2001, de 24 de dezembro, concretizando, desta forma, a recentralização dos objetivos da EDIA, enquanto entidade gestora do EFMA. Posteriormente ao Decreto-Lei N.º 42/2007, de 22 de fevereiro, foi publicado o Decreto-Lei N.º 313/2007, de 17 de setembro, que aprovou as bases do contrato de concessão entre a EDIA e o Estado Português, com vista à utilização do domínio público hídrico afeto ao EFMA, para fins de rega e exploração hidroelétrica, tendo sido atribuída à EDIA a concessão da gestão e exploração do Empreendimento e a titularidade, em regime de exclusividade, dos direitos de utilização privativa do domínio público hídrico afeto ao EFMA para fins de rega e exploração hidroelétrica, por um período de 75 anos. 51

55 A entrada em exploração dos primeiros perímetros veio manifestar a necessidade de harmonizar o tarifário a aplicar no âmbito do sistema, em função das diferentes condições de fornecimento de água. É neste âmbito que surge o Decreto-Lei N.º 36/2010, de 16 de abril, que altera o Decreto- Lei N.º 42/2007, de 22 de fevereiro, e que aclara aspetos da envolvente económica e financeira do empreendimento, com vista à otimização da gestão de recursos e à garantia da sustentabilidade económica futura da empresa, adequando ainda o enquadramento legal do EFMA ao novo quadro legal da gestão e utilização dos recursos hídricos constante na Lei da Água, no regime de utilização dos recursos hídricos (Decreto-Lei N.º 226-A/2007, de 31 de maio) e no regime económico e financeiro dos recursos hídricos (Decreto-Lei N.º 97/2008, de 11 de junho). A fixação de um tarifário diferenciado e dotado de uma maior flexibilidade, quer em função das distintas condições de fornecimento da água pela EDIA, quer em função do uso a que se destina a água fornecida, veio assim a possibilitar a aferição do valor a fixar, não apenas em função das diferentes condições de exploração e fornecimento de água, mas também do respetivo ajuste à medida da entrada em funcionamento de cada uma das componentes da rede secundária. O Despacho N.º 9000/2010, publicado a 26 de maio, aprovou o tarifário que estabelece o preço da água destinado à rega para uso agrícola fornecida pela EDIA no âmbito do serviço público de águas do EFMA, com efeitos a partir de 01 de junho. O valor do tarifário pelo fornecimento de água para uso agrícola no primeiro ano é reduzido a 30% dos valores indicados, aumentando anual, automática, progressiva e linearmente a partir do ano subsequente, até perfazer os 100% no oitavo ano. Em 2013, o tarifário de rega para Alqueva foi atualizado com base no Índice de Preços ao Consumidor (0,15%). Em 2013, a 8 de abril, é celebrado com a Direção Geral de Agricultura e Desenvolvimento Rural (DGADR), do Ministério da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território (MAMAOT), o contrato de concessão relativo à gestão, exploração, manutenção e conservação das infraestruturas da rede secundária do EFMA. Desde 1995 até final de 2015, a EDIA já executou um total de investimentos de M, dos quais 180,32 M foram realizados em A 31 de dezembro de 2015, a EDIA, contava nos seus quadros com 185 colaboradores (95 são do sexo feminino e 90 do sexo masculino). Os colaboradores da EDIA são maioritariamente originários da Região e estão divididos pelas áreas técnicas da Empresa, tais como, engenharia, economia, gestão, direito, biologia, ambiente, arqueologia, entre outras. Até ao final de 2015, cabe destacar a aprovação de quatro aumentos de capital que totalizaram ,00, passando o capital social da EDIA de ,00 para ,00. A EDIA tem toda a sua operação sediada em Portugal. 52

56 53

57 Localizado em pleno Alentejo, o Empreendimento de Fins Múltiplos de Alqueva (EFMA), sob gestão e exploração da EDIA, tem influência direta nos concelhos abrangidos pela albufeira de Alqueva e naqueles que beneficiam com a instalação de novos perímetros de rega ou são servidos pelo abastecimento público. O Alentejo corresponde a cerca de 1/3 do território de Portugal Continental. É uma região com baixa densidade populacional, apenas 5% da população, com elevados índices de desertificação humana e de envelhecimento. O Produto Interno Bruto per capita está abaixo da média nacional. O EFMA é um projeto centrado na barragem de Alqueva. A partir daqui, interligam-se barragens garantindo a disponibilidade de água, mesmo em períodos de três anos consecutivos em seca extrema, a uma área aproximada de km2, divididos pelos distritos de Beja, Évora, Portalegre e Setúbal, abrangendo um total de 20 concelhos. A albufeira de Alqueva, a maior da Europa, estende-se por 83 km ao longo dos concelhos de Moura, Portel, Mourão, Reguengos de Monsaraz e Alandroal, ocupando uma área de 250 km2. A capacidade total de armazenamento da albufeira de Alqueva é de milhões de m3, sendo de milhões de m3 o seu volume utilizável em exploração normal. O Sistema Global de Rega, centrado na barragem de Alqueva, interliga barragens e garante disponibilidade de água. É constituído por um conjunto de 69 barragens, reservatórios e açudes, 382 km de rede primária que permite fazer a ligação entre as barragens do Sistema, km de extensão de condutas na rede secundária para levar a água às parcelas dos agricultores, 47 estações elevatórias, 2 centrais hidroelétricas, 5 centrais mini-hídricas e duas centrais fotovoltaicas. A EDIA, enquanto empresa responsável pela conceção, construção, exploração e rentabilização do Empreendimento de Fins Múltiplos de Alqueva, centra estrategicamente a sua atividade nos eixos prioritários da gestão do EFMA, assente no recurso Água e no aumento e rentabilização dos investimentos nas infraestruturas criadas. 54

58 Alqueva tem vindo a afirmar-se como o principal projeto estruturante do Alentejo, região que beneficiará de um conjunto de infraestruturas que potenciam o seu desenvolvimento de forma integrada, sustentada e multissetorial. A complexidade e funcionalidades do EFMA obrigam uma visão integrada e multifuncional deste território, centrada em dois grandes eixos: tornar o Alentejo a principal região de agricultura competitiva e com dimensão de regadio em Portugal e simultaneamente, desenvolver económica e socialmente, contribuindo para o bem-estar das populações, desenvolvimento este sempre assente no recurso água. A gestão e exploração de infraestruturas, o estímulo à atividade económica e a promoção do uso racional dos recursos naturais são três áreas agregadoras da atividade da Empresa. A EDIA considera que o seu posicionamento deve contribuir para aumentar a notoriedade dos seus ativos a através deles para a qualificação e desenvolvimento da região. No cumprimento deste objetivo, destaca-se em 2015, o esforço promocional da marca Alqueva que contribui para estimular o desenvolvimento socioeconómico da região. Associada ao serviço de distribuição de água, a marca Alqueva assume o estatuto de uma marca territorial e diferenciadora, associada a novos elementos de competitividade. A EDIA, através da gestão do EFMA, garante, fornece e gere o serviço de água originário na barragem de Alqueva. A proposta de valor da EDIA é pioneira, oferecendo serviços e tecnologias únicos e inovadores que vão muito além do fornecimento de água. É o nome ALQUEVA com todas as suas mais-valias, o veículo utilizado para comunicar o potencial desconhecido da região e atrair novos clientes e investidores para a mesma, qualificando o território. 55

59 A EDIA nasce do compromisso assumido pelo Estado Português, quando através da Resolução de Conselho de Ministros n.º 8/96, de 4 de Janeiro, o XIII Governo decide: ( ) avançar inequivocamente com o projecto de Alqueva, reorientando-o à luz dos princípios e objectivos da política de desenvolvimento regional e do cumprimento dos requisitos exigidos pela gestão ambiental que informam o seu Programa, assegurando o seu financiamento através das mais adequadas combinações de recursos nacionais e comunitários. Determinou ainda, o prosseguimento pela EDIA, sem interrupções, do programa do Empreendimento, ficando o Governo incumbindo de preparar uma ação integrada de desenvolvimento para a zona de influência do Empreendimento de Alqueva. O grande objetivo do EFMA passa pela criação de condições para promover o desenvolvimento regional nas suas vertentes económica e social, sendo concebido como um instrumento numa área importante do Alentejo e procurando ter um efeito valorizador dos recursos naturais e na revitalização e dinamização da atividade económica nesta região e de fixação das suas populações. O conceito de desenvolvimento que presidiu à sua conceção apela, desde sempre à responsabilidade corporativa, atento às exigências ambientais e de ordenamento físico e económico da zona onde o Empreendimento faz recair a sua influência direta e indireta. A EDIA quer ter a certeza de que o trabalho que desempenha no dia-a-dia é coerente com os seus valores e aspirações. A nossa preocupação principal é afirmarmos a participação da Empresa e de cada um dos seus trabalhadores, na promoção das mudanças necessárias no território onde desenvolvemos toda a nossa atividade, promovendo os valores da boa governança, modificando hábitos que ajudem a reduzir o impacte ambiental, envolvendo-nos diretamente em ações sociais que beneficiem as nossas comunidades, entre outros exemplos. As práticas de gestão sustentável são intrínsecas ao posicionamento da EDIA e à forma como operacionaliza o dia-a-dia da organização, refletindose no propósito da sua criação, enquanto catalisador do desenvolvimento regional numa das regiões mais carenciadas de Portugal. 56

60 CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO A governação da EDIA SA é assegurada por um Conselho de Administração composto por três membros (todos executivos), o presidente e dois vogais eleitos em Assembleia Geral para mandatos de três anos. A eleição dos membros dos Órgãos Sociais para o mandato decorreu em 2015, mantendo-se o Conselho de Administração da EDIA com a mesma composição. Cabe igualmente à Assembleia Geral eleger um Conselho Fiscal e um Revisor Oficial de Contas, que garantam a fiscalização das contas. O Conselho de Administração nomeia com alguma regularidade equipas multidisciplinares para gestão e acompanhamento de projetos transversais na Empresa. O Presidente do Conselho de Administração não exerce funções de diretor executivo, não existindo na estrutura organizacional da EDIA este cargo. O acionista transmite as suas recomendações ou orientações nessa qualidade e em sede de Assembleia Geral ou por via do exercício do poder de tutela que é exercido sobre a empresa que tem como único acionista o Estado. Não existe componente de remuneração variável para os membros do órgão de governação hierarquicamente mais elevado que tenha em conta os parâmetros referidos, nem cláusulas remuneratórias específicas para a rescisão ou saída dos referidos membros. O processo para a determinação das qualificações e competências exigidas aos membros do órgão de governação hierarquicamente mais elevado são da responsabilidade do Ministério da Agricultura, Florestas e Desenvolvimento Rural, entidade que tutela superiormente, a atividade da EDIA. Da mesma forma, é responsabilidade do Ministério da Agricultura, Florestas e Desenvolvimento Rural, o processo para a avaliação de desempenho referente à execução das atividades desenvolvidas pelos membros do Conselho de Administração. INSTRUMENTOS DE BOM GOVERNO A Resolução do Conselho de Ministros (RCM) n.º 49/2007, de 28 de Março, aprovou os Princípios de Bom Governo (PBG) das empresas do Setor Empresarial do Estado (SEE), com o objetivo de assegurar a melhoria e transparência do governo societário. O conjunto de documentos que instruem os Princípios do Bom Governo encontra-se disponível para consulta no site no seguinte endereço: CÓDIGO DE ÉTICA As normas gerais de conduta do Código de Ética aplicam-se a todos os trabalhadores da EDIA, entendendo-se como tais, todos os membros dos órgãos sociais, dirigentes e demais trabalhadores da Empresa. Este Código é disponibilizado a todos os membros da Organização existindo igualmente um canal de comunicação e de resolução de dúvidas. A EDIA assume este Código como instrumento privilegiado na resolução de questões éticas, garantindo a conformidade deste com as práticas legais a que está sujeita. O Código de Ética vem expressar o compromisso da Empresa com uma conduta ética nos seus relacionamentos internos e externos, tendo como objetivo, o reforço dos seus padrões e a criação de um ambiente de trabalho que promova o respeito, a integridade e a equidade. Mais do que um compromisso, este Código de Ética reflete a vontade de prosseguir um caminho de melhoria contínua de um grupo empresarial que assume como princípios estruturantes da sua ação, o respeito pelos direitos dos trabalhadores, a responsabilidade da defesa e proteção do meio ambiente, a transparência nas suas relações com o exterior e a contribuição para o desenvolvimento sustentável. O Código de Ética encontra-se disponível para consulta no site no seguinte endereço: 57

61 PLANO DE PREVENÇÃO DE RISCOS DE CORRUPÇÃO E INFRAÇÕES CONEXAS O Plano de Prevenção de Riscos de Corrupção e Infrações conexas identifica as principais áreas que, potencialmente, poderão ser sujeitas à ocorrência de atos de corrupção, bem como os respetivos riscos daí decorrentes e os controlos instituídos pela Empresa visando a sua mitigação. Pretende também reforçar a cultura da empresa e respetivos trabalhadores no que respeita a comportamentos éticos e boas práticas no relacionamento comercial com clientes, fornecedores e demais entidades. Neste Plano é efetuada a identificação, relativamente a cada área ou departamento, dos riscos de corrupção e infrações conexas. Com base na identificação dos riscos, são indicadas as medidas adotadas que previnem a sua ocorrência (por exemplo, mecanismos de controlo interno, segregação de funções, definição prévia de critérios gerais e abstratos, designadamente na concessão de benefícios públicos e no recurso a especialistas externos, nomeação de júris diferenciados para cada concurso, programação de ações de formação adequada). Está prevista a elaboração anual de um relatório sobre a execução do plano. SISTEMA DE CONTROLO DE RISCOS A atividade da EDIA encontra-se, à semelhança de outras organizações, sujeita a situações que a podem afetar adversamente, particularmente em contextos de mudança como o que atravessamos. Torna-se assim necessário que as organizações consigam desenvolver estratégias de convivência com a incerteza, nomeadamente antecipando as ameaças, mas também identificando as oportunidades, que podem afetar a persecução dos seus objetivos. A EDIA pretende alcançar uma gestão integrada do risco, no sentido de uma cultura integrada em processos consistentes dispersos pela Empresa, que permitam uma gestão integral e central, otimizando o nível de risco que pode ser assumido no cumprimento dos seus objetivos. COMUNICAÇÃO INTERNA A comunicação interna dentro da Empresa, assume especial importância dada a sua dispersão no território e o isolamento de grande parte das instalações na área de intervenção. Os principais meios de comunicação interna centram-se na intranet e nos sites da Empresa, Não existem mecanismos formais definidos relativamente à comunicação entre o Conselho de Administração e os trabalhadores, estando o órgão de governação disponível para ouvir eventuais exposições ou pretensões dos mesmos. A gestão de risco deve constituir uma ferramenta da Governação, incorporada em todos os processos internos, constituindo um desafio transversal a todos os trabalhadores da Empresa. O sistema de Controlo de Riscos encontra-se disponível para consulta no site no seguinte endereço: _bc0vsvyk9y.pdf 58

62 A EDIA aposta no envolvimento das partes interessadas como forma de contribuição ativa para o desenvolvimento sustentável do território em que se insere. Por Partes Interessadas ou stakeholders, deve entender-se pessoas singulares ou coletivas com quem a EDIA se relaciona nas suas atividades comerciais, institucionais e sociais que possam ter interesse legítimo na transparência, no diálogo e na atitude ética da Empresa e dos seus colaboradores. Os principais atores a nível territorial estão identificados, são estabelecidas múltiplas parcerias, é privilegiado o contato direto com a comunidade e todo o relacionamento institucional e empresarial desenvolvido pela EDIA, conduzem à prossecução dos seus objetivos. Considerando as sinergias que advêm de uma gestão participada e a importância do envolvimento dos agricultores, das suas associações e organizações mais representativas, assim como das entidades da administração pública com competências no setor e no território do regadio de Alqueva, foi criado um fórum representativo e de discussão alargada, que tem como principal função, habilitar os decisores com propostas ou medidas concretas com impacte sobre a região. O CAR Alqueva Conselho para o Acompanhamento do Regadio de Alqueva tem como objetivo, acompanhar a exploração da componente hidroagrícola do Empreendimento, de forma a salvaguardar o uso eficiente da água para rega, a produtividade, rentabilidade e competitividade da agricultura praticada no âmbito do EFMA. Este órgão nacional de natureza consultiva, congrega as diversas sensibilidades e os diferentes interesses em torno da componente hidroagrícola do EFMA, e constitui um fórum de debate e de reflexão útil na procura de consensos alargados e na formulação de contributos relevantes para o desenvolvimento responsável de Alqueva. Além do CAR Alqueva, a EDIA participa ativamente em organizações e órgãos de natureza consultiva e executiva, com o objetivo de acompanhar as principais tendências nos temas relevantes para a Empresa. 59

63 60

64 Estratégia e análise INDICADOR OBSERVAÇÕES PÁGINA NÍVEL DE REPORTE Declaração da pessoa com maior poder de decisão na organização sobre a relevância da sustentabilidade para a organização e sua estratégia. Descrição dos principais impactos, riscos e oportunidades. 3 6, Perfil Organizacional 2.1 Denominação da organização relatora 2.2 Principais marcas, produtos e/ou serviços. 2.3 Estrutura organizacional da Organização e principais operadoras, subsidiáias e joint ventures. 2.4 Localização da sede social da empresa. 2.5 Número de países em que a organização opera, assim como o nome dos países onde se encontram as principais operações ou que têm uma relevância específica para as questões da sustentabilidade, abrangidas pelo relatório. 2.6 Tipo e natureza jurídica da propriedade. 2.7 Mercados abrangidos. 2.8 Dimensão da organização relatora. 2.9 Principais alterações que tenham ocorrido, durante o período abrangido pelo relatório, referente à dimensão, à estrutura organizacional ou à estrutura acionista , 52 51, , 52 51, Prémios recebidos durante o período abrangido pelo relatório. Não foram recebidos prémios 61

65 Parâmetros do Relatório Perfil do Relatório Período abrangido. Data do último relatório publicado. INDICADOR OBSERVAÇÕES PÁGINA NÍVEL DE REPORTE Ciclo de publicação de relatórios. 3.4 Contacto para perguntas referentes ao relatório ou ao seu conteúdo. Âmbito e Limites do Relatório 3.5 Processo para a definição do conteúdo do relatório. 3.6 Limite do Relatório Quaisquer limitações específicas relativas ao âmbito e ao limite do relatório. 3.8 Base para a elaboração do relatório, no que se refere a joint ventures, subsidiárias, instalações arrendadas, operações atribuídas a serviços externos e outras entidades, passiveis de afetar significativamente a comparação entre outros períodos. Não aplicável Não aplicável 3.9 Técnicas de medição de dados e bases de cálculo, incluindo pressupostos técnicos subjacentes às estimativas aplicadas à compilação dos indicadores e de outras informações contidas no relatório Explicação do efeito de quaisquer reformulações de informações existentes em relatórios anteriores e as razões para tais reformulações Alterações significativas, em relação a relatórios anteriores, no âmbito, limite ou métodos de medição aplicados. Sumário e Conteúdo GRI 3.12 Tabela que identifica a localização da informação GRI no relatório. Verificação 3.13 Politica e prática corrente relativa à procura de um processo independente de garantia de fiabilidade para o relatório. Não aplicável Não aplicável 61 62

66 Governação, Compromissos e Envolvimento INDICADOR OBSERVAÇÕES PÁGINA NÍVEL DE REPORTE Estrutura de governação da organização, incluindo comissões subordinadas ao órgão de governação hierarquicamente mais elevado e com responsabilidade or tarefas específicas, tais como a definição da estratégia ou a supervisão da organização. Indique se o Presidente do órgão de governação hierarquicamente mais elevado é, simultaneamente, um Diretor Executivo (e nesse caso, quais as suas funções no âmbito da gestão da organização e as razões para esta composição) Indique, no caso de organizações com uma estrutura de administração unitária, o número de membros do órgão de governação hierarquicamente mais elevado, que são independentes e/ou membros não executivos. 4.4 Mecanismos que permitam a acionistas e colaboradores transmitir recomendações ou orientações ao órgão de governação hierarquicamente mais elevado. 4.5 Relação entre a remuneração dos membros do órgão de governação hierarquicamente mais elevado, dos diretores de topo e dos executivos. (incluindo acordos de tomada de decisão) e o desempenho da organização (incluindo o desempenho social e ambiental). 4.6 Processos ao dispor do órgão de governação hierarquicamente mais elevado para evitar a ocorrência de conflitos de interesse. 4.7 Processo para a determinação das qualificações e competências exigidas aos membros do órgão de governação hierarquicamente mais elevado para definir a estratégia da organização relativamente às questões ligadas ao desempenho económico, ambiental e social. 4.8 Desenvolvimento interno de declarações de princípios ou de missão, códigos de conduta e princípios considerados relevantes para o desempenho económico, ambiental e social, assim como a fase de implementação. 4.9 Processos do órgão de governação, hierarquicamente mais elevado, para supervisionar a forma como a organização efetua a identificação e a gestão do desempenho económico, ambiental e social, a identificação e a gestão de riscos e oportunidades relevantes, bem como a adesão ou conformidade com as normas internacionalmente aceites, códigos de conduta e princípios

67 Governação, Compromissos e Envolvimento INDICADOR OBSERVAÇÕES PÁGINA NÍVEL DE REPORTE Processos para a avaliação do desempenho do órgão de governação, hierarquicamente mais elevado, especialmente em relação ao desempenho económico, ambiental e social. Explicação sobre se o principio da precaução é abordado pela organização e de que forma. Cartas, princípios ou outras iniciativas, desenvolvidas externamente, de caracter económico, ambiental e social, que a organização subscreve ou defende. Participação significativa em associações e/ou organizações de defesa nacionais/internacionais. Relação dos grupos que constituem as partes interessadas envolvidas pela organização. Base para a identificação e seleção das partes interessadas a serem envolvidas. Abordagens utilizadas para envolver as partes interessadas, incluindo a frequência do envolvimento, por tipo e por grupo. Principais questões e preocupações identificadas através do envolvimento das partes interessadas e as medidas adotadas pela organização no tratamento das mesmas, nomeadamente através dos relatórios

68 Indicadores de Desempenho económico INDICADOR OBSERVAÇÕES PÁGINA NÍVEL DE REPORTE EC1 Valor económico direto gerado e distribuído (milhares de euros). 69 EC2 Implicações financeiras e outros riscos e oportunidades para as atividades da organização, devido a mudanças climáticas. 69 EC3 Cobertura das obrigações referentes ao plano de benefícios definidos pela organização. 69 EC4 EC6 Apoio financeiro significativo recebido do Governo ( ). Politica, práticas e proporção das despesas com fornecedores locais. É reportado o valor dos diferentes fundos comunitários EC7 Procedimentos para contratação local e proporção de cargos de gestão de topo ocupado por indivíduos provenientes da comunidade local, nas unidades operacionais mais importantes. 70 EC8 Desenvolvimento e impacto dos investimentos em infraestruturas e serviços que visam essencialmente o benefício público através do envolvimento comercial, em géneros ou pro bono. 70 Indicadores de Desempenho Ambiental EN3 EN4 EN8 EN11 EN12 EN13 Consumo direto de energia, discriminado por fonte de nergia primária. Consumo indireto de energia, discriminado por fonte primária. CUtilização total de água, por fonte. Localização e área dos terrenos pertencentes, arrendados ou administrados pela organização, no interior de zonas protegidas, ou a elas adjacentes e em áreas de alto índice de biodiversidade fora das zonas protegidas. Descrição dos impactes significativos de atividades, produtos e serviços sobre a biodiversidade das áreas protegidas e sobre as áreas de alto índice de biodiversidade fora das áreas protegidas. Habitats protegidos ou recuperados

69 Indicadores de Desempenho Ambiental INDICADOR OBSERVAÇÕES PÁGINA NÍVEL DE REPORTE EN14 Estratégias e programas, atuais e futuros, de gestão de impactes na biodiversidade. 80 EN16 EN17 EN19 EN20 EN26 EN28 Emissões totais diretas e indiretas de gases com efeito de estufa, por peso. Outras emissões indiretas relevantes de gases com efeito de estufa, por peso. Emissão de substâncias destruidoras da camada de ozono, por peso. NOx, SOx e outras emissões atmosféricas significativas, por tipo e por peso. Iniciativas para mitigar os impactes ambientais de produtos e serviços e grau de redução do impacte. Montantes envolvidos no pagamento de coimas significativas e o número total de sanções não monetárias por incumprimento das leis e regulamentos ambientais Indicadores de Desempenho Social LA1 LA2 LA5 LA7 LA10 Práticas laborais e trabalho condigno Mão-de-obra total, por tipo de emprego, por contrato de trabalho e por região. Número total de trabalhadores e respetiva taxa de rotatividade, por faixa etária, género e região. Prazos mínimos de notificação prévia em relação a mudanças operacionais, incluindo se esse procedimento é mencionado nos acordos de contratação coletiva. Taxa de lesões, doenças profissionais, dias perdidos, absentismo e óbitos relacionados com o trabalho, por região. TMédia de horas de formação, por ano, por trabalhador, discriminadas por categoria de funções

70 Indicadores de Desempenho Social INDICADOR OBSERVAÇÕES PÁGINA NÍVEL DE REPORTE LA11 LA12 LA13 LA14 HR1 HR6 HR7 SO1 SO2 SO4 Programas de formação para o desenvolvimento de competências e aprendizagem contínua que apoiam a ontinuidade da empregabilidade dos trabalhadores e para a gestão de fim de carreira. Percentagem de trabalhadores que recebem, regularmente, análises de desempenho e de desenvolvimento da carreira. Composição dos órgãos sociais da empresa e relação dos trabalhadores por categoria, de acordo com o género, a faixa etária, as minorias e outros indicadores de diversidade. Discriminação do rácio do salário base entre homens e mulheres, por categoria de funções. Direitos Humanos Percentagem e número total de contratos de investimento significativos que incluam cláusulas referentes aos direitos humanos ou que foram submetidos a análise referentes a direitos humanos. Casos em que exista um risco significativo de ocorrência de trabalho infantil e medidas que contribuam para a sua eliminação. Casos em que exista um risco significativo de ocorrência de trabalho forçado ou escravo e medidas que contribuam para a sua eliminação. Sociedade Percentagem das operações com mecanismos para o envolvimento e avaliação do impacto na comunidade implementadas, avaliação do impacto e programas de desenvolvimento. Percentagem e número total de unidades de negócio alvo de análise de riscos à corrupção. Medidas tomadas em resposta a casos de corrupção

71 Indicadores de Desempenho Social INDICADOR OBSERVAÇÕES PÁGINA NÍVEL DE REPORTE SO5 SO8 PR9 Posições quanto a políticas públicas e participação na elaboração de políticas públicas e em grupos de pressão.. Montantes das coimas significativas e número total de sanções não monetárias por incumprimento das leis e regulamentos. Responsabilidade pelo produto Montante das coimas significativas por incumprimento de leis e regulamentos relativos ao fornecimento e utilização de produtos e serviços

72 INDICADOR VALOR Indicadores Económicos - EC Aspecto: DESEMPENHO ECONÓMICO EC1 Valor económico direto gerado e distribuído (milhares de euros). Valor económico direto gerado , ,00 Valor económico direto distribuído , ,00 Valor económico acumulado , ,00 Volume de negócios , ,00 Resultado liquido , ,00 EBITDA / Vendas % Encargos com colaboradores , ,00 Pagamentos a fornecedores , ,00 Imposto Rendimento , ,00 EC2 EC3 EC4 Implicações financeiras e outros riscos e oportunidades para as atividades da organização, devido a mudanças climáticas. Cobertura das obrigações referentes ao plano de benefícios definidos pela organização. Apoio financeiro significativo recebido do Governo ( ) Reportado nos capítulos 1, 2 e 3 A EDIA não tem um plano de benefícios definido para os seus trabalhadores Fundos comunitários , ,70 PIDDAC , ,00 Fundo de coesão , ,00 FEADER , ,70 FEDER , ,00 69

73 INDICADOR VALOR Indicadores Económicos - EC Aspecto: PRESENÇA NO MERCADO EC6 EC7 Política, práticas e proporção das despesas com fornecedores locais Procedimentos para contratação local e proporção de cargos de gestão de topo ocupado por indivíduos provenientes da comunidade local, nas unidades operacionais mais importantes Número total de fornecedores (#) Número total de fornecedores portugueses (#) Número total de fornecedores do Alentejo (#) Número total de fornecedores no EFMA (#) Volume de aquisições a fornecedores ( ) , ,00 Volume de aquisições a fornecedores Portugueses ( ) , ,00 Volume de aquisições a fornecedores do Alentejo ( ) , ,00 Volume de aquisições a fornecedores no EFMA ( ) , ,00 A EDIA apenas desenvolve a sua atividade em Portugal, numa região muito afetada por fenómenos de êxodo demográfico. Aspecto: IMPACTOS ECONÓMICOS INDIRETOS EC8 Desenvolvimento e impacto dos investimentos em infraestruturas e serviços que visam essencialmente o benefício público através do envolvimento comercial, em géneros ou pro bono. Os projetos de envolvimento com as comunidades locais são reportados no capítulo

74 INDICADOR VALOR Indicadores Ambientais - EN Aspecto: ENERGIA EN3 EN4 Consumo direto de energia, segmentado por fonte primária (Gj). Consumo indireto de energia, segmentado por fonte primária (GJ). Gasolina (Gj/ano) = Consumo gasolina l/ano x 0,034 Gj/l 00,00 00,00 Gasóleo (Gj/ano) = Consumo gasóleo l/ano x 0,036 Gj/l 6.732, ,99 Edifícios (Gj/ano) =Consumo Kw x 0,0036 Gj/Kw 1.017,00 946,71 Exploração (Gj/ano) =Consumo Kw x 0,0036 Gj/Kw , ,00 Aspecto: ÁGUA EN8 Consumo de água segmentado por fonte (m3/ano). Edifícios 1.065, ,00 71

75 INDICADOR VALOR Indicadores Ambientais - EN Aspecto: BIODIVERSIDADE En11 Localização e área dos terrenos pertencentes, arrendados ou administrados pela organização, no interior de zonas protegidas ou a elas adjacentes e em áreas de alto índice de biodiversidade fora das zonas protegidas. Considera-se que a área do Sistema Alqueva-Pedrogão apresenta um elevado índice de biodiversidade. As albufeiras de Alqueva e Pedrógão sobrepõem-se com um Sítio da Rede Natura 2000 e são adjacentes a duas ZPE e um sítio da Rede Natura Das manchas de regadio que estiveram em exploração ou em construção entre os anos 2012/2013, identifica-se o Bloco de Rega de Alvito-Pisão como estando sobreposto parcialmente com uma ZPE e os Blocos de Rega de Serpa, Monte-Novo, Cinco Reis-Trindade e São Pedro-Baleizão ficam próximos de Sítios da Rede Natura 2000 e Zonas de Proteção Especial. O Sistema Alqueva-Pedrógão (SAP) localiza-se no interior do Alentejo, abrangendo os concelhos de Alandroal, Elvas, Évora, Moura, Mourão, Portel, Reguengos de Monsaraz, Serpa, Vidigueira e Vila Viçosa. Considera-se que esta área apresenta um elevado índice de biodiversidade. A zona norte da albufeira de Alqueva sobrepõe-se com o Sítio da Rede Natura 2000 Guadiana-Juromenha (PTCON0032) até ao território da Freguesia de Capelins, concelho de Alandroal. A área mais central da albufeira de Alqueva, é adjacente à ZPE de Reguengos (PTZPE0056), havendo uma sobreposição no braço da albufeira relativo à ribeira do Álamo. Na margem esquerda, os limites da ZPE Moura/Mourão/Barrancos (PTZPE0045) encontram-se próximos da área da albufeira de Alqueva no concelho de Mourão e sobrepõe-se parcialmente ao braço da albufeira que corresponde à ribeira de Alcarrache. A sul da barragem de Pedrógão localiza-se o sítio da Rede Natura 2000 do Guadiana (PTCON0036), cujo limite norte é a ribeira do Enxoé. A Rede Primária de Rega consiste num conjunto de infraestruturas de captação, adução e distribuição de água proveniente das origens de água Alqueva e Pedrógão. A Rede Secundária de Rega integra as infraestruturas de captação, adução e distribuição de água que se posicionam a jusante da rede primária até à entrada das explorações agrícolas, localizadas nos perímetros de rega definidos no âmbito do EFMA. 72

76 INDICADOR VALOR Indicadores Ambientais - EN Aspecto: BIODIVERSIDADE O Sistema Global de Rega, quando estiver completo, irá beneficiar aproximadamente ha, sendo que a extensão da rede primária será cerca de 338 km e da rede secundária cerca de km. A área a beneficiar abrange o distrito de Évora, nomeadamente os concelhos de Évora, Portel e Mourão, o distrito de Beja, nomeadamente os concelhos de Moura, Serpa, Vidigueira, Beja, Cuba, Alvito, Ferreira do Alentejo e Aljustrel, e ainda o distrito de Setúbal, nomeadamente os concelhos de Santiago do Cacém e Alcácer do Sal. As manchas de regadio foram delimitadas tendo em consideração a localização de Sítios da Rede Natura 2000 e Zonas de Proteção Especial existentes na sua proximidade, para que as áreas a beneficiar não intersectem as áreas classificadas. Dos Blocos de Rega em exploração ou construção destacam-se os seguintes: -?Na margem esquerda do Guadiana, alguns blocos do Perímetro de Rega de Serpa estão próximos do Sítio Guadiana (PTCON0036);?- Na margem direita, o Perímetro de Rega do Monte Novo está adjacente à ZPE de Évora (PTZPE0055);?- Os blocos mais a sul, nomeadamente os que integram os Perímetros de Rega Cinco Reis Trindade irão ficar situados nas imediações da ZPE de Castro Verde (PTZPE0046).?- Os Blocos do Perímetro de Rega de S. Pedro-Baleizão ficarão nas proximidades do Sítio Guadiana (PTCON0036); - O Perímetro de Rega Alvito-Pisão fica contíguo a uma das áreas que integram o Sítio Alvito/Cuba e é a única mancha de regadio que se sobrepõe com uma área protegida, nomeadamente a ZPE de Cuba (PTZPE0057), no entanto, de forma a minimizar esta sobreposição, foram revistos os limites do perímetro de rega. 73

77 INDICADOR VALOR Indicadores Ambientais - EN Aspecto: BIODIVERSIDADE En12 Descrição dos impactes significativos de atividades, produtos e serviços sobre a diversidade das áreas protegidas e sobre as áreas de alto índice de biodiversidade fora das áreas protegidas. ATIVIDADE Represamento de linhas de água IMPACTES - Afetação das comunidades faunísticas na sua constituição e comportamento - Proliferação de espécies exóticas - Regularização de caudais - Afetação de habitats - Efeito barreira Criação de Albufeiras - Afetação de habitats/ecossistemas - Proliferação de espécies exóticas - Criação de novas zonas húmidas Transferência de água entre bacias hidrográfica - Afetação de comunidades faunísticas - Proliferação de espécies exóticas Construção de infraestruturas - Perturbação temporária nas áreas em construção - Afetação de habitats e espécies Infraestruturas contruídas - Efeito barreira - Efeito armadilha - Afetação de habitats e espécies Alterações do uso do solo - Redução de habitats pseudo-estepários - Alteração do regime cultural - Redução de processos de desertificação - Afetação de espécies de flora - Alteração da distribuição e abundância de espécies de fauna na região - Aumento da utilização de fertilizantes e pesticidas - Redução da biodiversidade agrícola sem recurso a espécies e variedade locais e regionais 74

78 INDICADOR Indicadores Ambientais - EN Aspecto: BIODIVERSIDADE 2014 VALOR 2015 Durante a fase de construção da Rede Primária e Rede Secundária do EFMA os impactes na biodiversidade podem ser divididos em: - Temporários, como a perturbação causada pela circulação de pessoas e máquinas, a qual cessa após o período da obra ou a afetação temporária de áreas intervencionadas (caso das estruturas que ficam enterradas como os sifões, condutas sob pressão, etc.); - Permanentes, como a afetação de habitats nas áreas onde são construídas as infraestruturas (represamento de linhas de água, destruição de manchas de habitats, etc.). De forma temporária podem ser afetados pela perturbação causada pelas obras em curso as espécies sensíveis (p. ex. avifauna), habitats e espécies de flora presentes nas áreas intervencionadas (p. ex. charcos temporários, Linaria ricardoi, etc.). As infraestruturas lineares construídas, como os canais a céu aberto para adução de água, apresentam dois tipos de efeito, o efeito barreira e o efeito armadilha. O efeito barreira provoca a fragmentação de habitats e dificulta a circulação de espécies entre áreas de habitat preferencial. O efeito armadilha destas infraestruturas pode provocar a mortalidade de espécies de fauna. A implementação do EFMA inclui um transvase entre as bacias hidrográficas do Guadiana e Sado. Este transvase pode ter impactes nas comunidades biológicas próprias de cada bacia hidrográfica e na proliferação de espécies exóticas. O represamento de linhas de água, para além dos impactes a jusante das barragens (que afetam o caudal, as galerias ripícolas, a constituição das comunidades faunísticas), fomentam a proliferação de espécies exóticas mais adaptadas a regimes lênticos como são as albufeiras integradas no EFMA. As albufeiras de Alqueva e Pedrógão contribuem para a regularização dos caudais, o que pode ter benefícios para as populações na envolvente destas albufeiras e a jusante de Pedrógão (a disponibilidade de água deixa de ser um fator limitante sazonal e reduz as consequências associadas a fenómenos extremos, como as cheias e secas). O represamento do rio Guadiana pode no entanto ter efeitos negativos na área do estuário, com a redução do aporte de sedimentos, alteração de parâmetros físico-químicos da água que poderão afetar espécies adaptadas a este tipo de ecossistema. As novas albufeiras associadas ao EFMA favorecem a colonização destas zonas por espécies de aves aquáticas, menos comuns nesta zona do território. No entanto a utilização destes novos planos de água potenciam a dispersão de espécies exóticas invasoras. 75

79 INDICADOR Indicadores Ambientais - EN Aspecto: BIODIVERSIDADE 2014 VALOR 2015 No caso do EFMA são bastante preocupantes espécies como o mexilhãozebra, o jacinto-de-água e outras espécies de ecossistemas aquáticos de água doce. Decorrente da exploração do EFMA, ocorrem alterações do uso do solo que podem ser consideradas como um impacte negativo para a biodiversidade de aves estepárias da área. A disponibilidade hídrica criada pelo EFMA, favorece a conversão de práticas de agricultura de sequeiro para agricultura de regadio, o que pode levar à alteração para culturas menos propícias a espécies dependentes de habitats pseudo-estepários como o francelho, o tartaranhão-caçador, o sisão ou a abetarda. As alterações para regimes culturais mais intensivos propiciam a utilização de fito-fármacos que afetam de forma negativa a biodiversidade da área em que são aplicados. A reconversão de terrenos abandonados para áreas cultivadas, promove a recuperação de edificações degradadas e sua utilização, que pode ter impactes na reprodução de espécies como o francelho, coruja-dastorres ou rolieiro, que vêm reduzidas o número de cavidades para nidificação. No entanto, a área de influência do EFMA localiza-se numa área com elevado risco de suscetibilidade à desertificação e às alterações climáticas, pelo que a conversão de uma agricultura de sequeiro para uma agricultura de regadio, poderá constituir uma área tampão que atenue este tipo de alterações. O regime de exploração das albufeiras implica a variação da cota que pode baixar ou aumentar consoante as necessidades e a gestão do recurso. A variação da cota nas albufeiras de Alqueva e do Pisão tem um elevado impacte em espécies de aves que utilizam ilhas temporárias, com pouca vegetação para nidificar. Na época de nidificação, caso a cota suba após a postura, pode perder-se uma época de reprodução para espécies com estatuto de conservação Vulnerável, Em Perigo ou Criticamente em Perigo como a gaivina-dos-pauis, gaivina-comum, chilreta, tagaz ou gaivina-preta. A presença de jacinto-de-água no troço a montante da albufeira de Alqueva, caso evolua para manchas maiores, poderá afetar significativamente as espécies aí existentes e a qualidade da água, provocando desequilíbrios no sistema. 76

80 INDICADOR VALOR Indicadores Ambientais - EN Aspecto: BIODIVERSIDADE Decorrentes das atividades da EDIA, são afetadas de forma direta espécies ou grupos de fauna e flora, nomeadamente: - Linaria ricardoi, é uma espécie de flora prioritária cuja área de distribuição se sobrepõe aos Blocos de Rega de Pisão, Alvito-Pisão, Ferreira e Valbom e Beringel-Beja. Os trabalhos de caracterização da situação de referência relativamente à distribuição e abundância desta espécie na área do EFMA, levou a que fossem conhecidos novos núcleos e alargou bastante a sua distribuição conhecida. Atualmente L. ricardoi encontra-se predominantemente em áreas de olival, mas também pode ser encontrada em zonas de pousio, culturas cerealíferas ou outros usos do solo presentes na região. A reconversão de olivais de sequeiro para olival de regadio pode afetar a espécie em causa, levando a uma redução da área de distribuição conhecida. O impacto desta alteração de regime cultural pode ser irreversível na área dos blocos de rega. - As aves estepárias são afetadas diretamente durante a fase de construção das infraestruturas, devido à perturbação causada pela movimentação de pessoas e maquinaria, no entanto este tipo de impacte é temporário. São ainda afetadas pela alteração do uso do solo, uma vez que são dependentes de culturas de sequeiro. - As aves aquáticas e a lontra beneficiam com a criação de novas zonas húmidas no interior do país. Nas albufeiras integradas no EFMA e monitorizadas pela EDIA constata-se que espécies prioritárias como a Gaivina-dos-pauis, o Zarro ou o Pato-trombeteiro utilizam estas áreas e beneficiam da existência destas massas de água. A existência de ilhas temporárias com pouca vegetação aumenta o número de locais de nidificação para algumas espécies de gaivinas com estatuto de conservação Vulnerável, Em Perigo ou Criticamente em Perigo, verificando-se a sua utilização por estas espécies. Resultado do projeto da Águia-pesqueira implantado na albufeira de Alqueva, em 2015 foi identificado na zona montante da albufeira um ninho esta espécie, que aprecia áreas calmas, com pontos altos para construir o ninho e zonas de pesca. 77

81 INDICADOR Indicadores Ambientais - EN Aspecto: BIODIVERSIDADE 2014 VALOR As espécies de peixes autóctones são afetadas de forma negativa pelo represamento das linhas de água, pois estão adaptadas a ambientes lóticos e são pouco competitivas com as espécies exóticas que proliferam em ambientes lênticos. A composição das comunidades ícticas tem-se alterado, havendo um crescimento no número de espécies e de indivíduos de espécies exóticas nas albufeiras criadas no âmbito do EFMA. O represamento de linhas de água afeta também os hábitos reprodutores das espécies autóctones potamódromas, impedindo a progressão para montante na época reprodutora. - As espécies de mamíferos que existem na envolvente das infraestruturas lineares canais a céu aberto - são afetadas negativamente devido ao efeito barreira e efeito armadilha provocado por estas infraestruturas. Espécies de mamíferos terrestres como o texugo, a fuinha, a raposa são afetadas, sendo que este impacte se mantém durante a fase de exploração do EFMA. O efeito armadilha das vedações colocadas ao longo dos troços de canal a céu aberto pode também afetar espécies voadoras como os quirópteros ou as aves. - As albufeiras criadas no âmbito do EFMA podem ter uma utilização lúdica, o que potencia a disseminação de espécies exóticas invasoras, não apenas de peixes com interesse para a pesca desportiva e profissional, como também de espécies que as pessoas podem ter em casa e que depois vão libertar junto das albufeiras (como é o caso do jacinto-de-água, uma planta ornamental, ou da tartaruga-da-flórida que se vende como animal de estimação). En13 Habitats protegidos ou recuperados. A área envolvente da albufeira de Alqueva é considerada uma área com elevado valor de biodiversidade, onde existem habitats diversificados que albergam diversas espécies de fauna e flora. As penínsulas existentes na albufeira de Alqueva, ou seja, as porções de terreno, de forma estreita e alongada, que se desenvolvem perpendicularmente à margem, apresentam elevado valor ambiental, nas quais se pode potenciar a proteção dos habitats aí presentes. Estas, encontram-se em zonas expropriadas no contexto da criação da Albufeira, onde não são realizadas atividades agrícolas ou pecuárias, nas quais é possível promover a regeneração natural e incrementar a sua adequabilidade para um conjunto de espécies da fauna e da flora, facilmente alcançável devido à curta distância a que se encontra da água, elemento catalisador no contexto dos processos biológicos que se pretendem promover. 78

82 INDICADOR VALOR Indicadores Ambientais - EN Aspecto: BIODIVERSIDADE A EDIA, no âmbito da candidatura Estratégia para a conservação de ilhas e penínsulas de Alqueva, financiada pelo INALENTEJO, desenvolveu medidas que permitiram proteger os habitats existentes em 14 penínsulas através do impedimento de acesso a animais domésticos (de forma a evitar o sobrepastoreio e pisoteio) e veículos pesados. Desta forma foram instaladas em 2012, vedações e passagens canadianas em zonas apropriadas que permitiram proteger não apenas a área das penínsulas, mas também de algumas ilhas temporárias, que com a descida da cota possam ficar ligadas às penínsulas. A implementação desta medida permite proteger 3,6km2 de terreno. Em 2014 foi realizado o acompanhamento periódico destas estruturas de forma a verificar o seu estado de conservação e confirma-se a regeneração da vegetação das mesmas. A espécie de flora Linaria ricardoi é uma espécie prioritária, listada nos Anexos II e IV da Directiva Habitats (92/43/CEE), considerada em Perigo Crítico e apresenta uma distribuição muito localizada, estando presente na área de alguns blocos de rega do EFMA, nomeadamente os Blocos de Rega de Alvito-Pisão, Pisão, Ferreira e Valbom. Esta espécie aparece em grande parte associada a olivais de sequeiro, pelo que, a conversão de áreas onde esta espécie ocorre para olival de regadio pode reduzir a sua distribuição acentuando o seu estatuto de ameaça. No âmbito dos trabalhos de monitorização de Linaria ricardoi realizados pela EDIA, identificou-se esta espécie em áreas fora dos blocos de rega (0,2km2). Prevê-se que esta área mantenha a espécie (indivíduos e banco de sementes). As infraestruturas lineares (canais a céu aberto) construídas no âmbito do EFMA podem ser fragmentadoras de habitats importantes. Desta forma, as extensões de infraestruturas enterradas, reduzem o efeito barreira, mantendo a continuidade de manchas de habitat e a conectividade para espécies de fauna que pode continuar a circular livremente entre estas áreas, limitando desta forma a sua afetação. As penínsulas da albufeira de Alqueva foram protegidas em 2012 com medidas que visaram impedir a perturbação destas áreas, eliminando o pastoreio e pisoteio e limitando o acesso a veículos ligeiros. Desde a sua implementação, estas medidas têm sido acompanhadas periodicamente por técnicos do DAOT, sendo realizado o registo das visitas realizadas. Observa-se a recuperação das comunidades florísticas presentes nas penínsulas, com maior predominância para as espécies herbáceas e arbustivas. Este acompanhamento, para além de permitir avaliar a evolução natural da área que foi protegida, permite identificar problemas nas estruturas de proteção (passagem canadiana e vedações) reduzindo as probabilidades de perturbação. 79

83 INDICADOR Indicadores Ambientais - EN INDICADORES Aspecto: BIODIVERSIDADE ECONÓMICOS En14 Estratégias e programas, atuais e futuros, de gestão de impactes na biodiversidade. VALOR O Programa de Gestão Ambiental do EFMA (versão 2005) constitui um dos instrumentos estratégicos da EDIA no contexto da gestão da biodiversidade. Este Programa identifica um conjunto de atividades associado a esta temática, com definição de metas e responsabilidades. Numa fase inicial do projeto é efectuada a caracterização da situação de referência, seguida da identificação dos potenciais impactes ambientais e respectiva valoração. Posteriormente são definidas medidas de mitigação e programas de monitorização. Estes programas visam por um lado avaliar a eficácia das medidas implementadas, acompanhar a evolução dos vários descritores e caso seja necessário identificar novas medidas de mitigação. No caso da biodiversidade a monitorização incide essencialmente sobre a avifauna, a ictiofauna e a flora. Em 2015 foram monitorizados os seguintes grupos biológicos: - Fitoplancton (SAP); - Macrófitos (Linhas de água); - Macroinvertebrados (Linhas de água); - Flora (Rede 2ª); - Répteis (Rede 1ª); - Anfíbios (Rede 1ª); - Avifauna (Rede 2º); - Mamíferos (SAP e Rede 1ª); - Peixes (SAP, linhas de água, Rede 1ª). São ainda monitorizados os elementos hidromorfológicos de suporte nas linhas de água. A monitorização da biologia é um fator importante para perceber quais as alterações decorrentes das atividades da EDIA e perceber quais os impactes, positivos ou negativos dessas atividades nas diferentes comunidades biológicas. A partir deste conhecimento, podem ser definidos ou redefinidos planos, estratégias e medidas para reduzir os impactes associados. Esta prática, permitiu em 2015 realizar diversos trabalhos como: Elaboração do Programa Global de Monitorização da Avifauna na Rede Secundária de Rega Definição de um programa global que permita responder aos objetivos definidos em cada Declaração de Impacte Ambiental dos diferentes blocos de rega mas ao mesmo tempo integrar as metodologias e pontos de amostragem considerando uma continuidade espacial/temporal. 80

84 INDICADOR VALOR Indicadores Ambientais - EN Aspecto: BIODIVERSIDADE ?Controlo de Jacinto-de-água no troço internacional do rio Guadiana. Utilização de estações de desinfeção para prevenir a entrada de Mexilhãozebra na área do EFMA e instalação de painéis informativos junto aos cais na albufeira de Alqueva. Monitorização de Mexilhão-zebra em albufeiras do EFMA. Marcação e seguimento de peixes autóctones potamódromos a montante da barragem de Pedrógão. Proteção dos abrigos de morcegos na envolvente de Alqueva e Pedrógão com vedações de forma a diminuir a perturbação humana e contribuir para a segurança de pessoas e animais. Requalificação da rede de caixas-abrigo para morcegos arborícolas na envolvente de Alqueva e Pedrógão. Fruto dos trabalhos desenvolvidos anteriormente, a EDIA considerou a luta contra espécies exóticas invasoras um tema de grande importância, desta forma em 2015 concretizaram-se alguns trabalhos nesta temática. As duas estações de desinfeção de embarcações e equipamentos náuticos adquiridas em 2014 iniciaram a sua utilização em 2015, tendo particular relevância na desinfeção de embarcações e equipamentos participantes em eventos náuticos. A utilização das estações tem por base um entendimento com a APA ARH do Alentejo e ICNF que, aquando do licenciamento de eventos náuticos devem colocar na licença a necessidade desinfeção das embarcações e simultaneamente alertar a EDIA pra a ocorrência do evento, de forma a ser possível a utilização das estações. A monitorização das medidas de minimização implementadas é importante para aferir a sua eficácia e identificar ações que a possam melhorar. De forma a minimizar os impactes do represamento do rio Guadiana na ictiofauna, foi instalado na barragem de Pedrógão um Dispositivo de Passagem para Peixes, que permite manter o fluxo genético das populações de barbos existentes no rio Guadiana e rio Ardila. O acompanhamento desta medida mostra que várias centenas de peixes transpõem a barragem por época de reprodução. A marcação de peixes e seu seguimento demonstram vários tipos de comportamento incluindo a resposta ao estímulo de migração para o rio Ardila. 81

85 INDICADOR VALOR Indicadores Ambientais - EN Aspecto: BIODIVERSIDADE ?A construção de infraestruturas é acompanhada por técnicos de biologia que identificam as espécies que possam ser afetadas por esta atividade, levando a alteração de traçado ou de calendário das operações para que possam ser salvaguardados os valores biológicos detetados. As alterações do uso do solo podem afetar espécies de flora, como Linaria ricardoi. A monitorização desta espécie teve início em 2008, no entanto em 2014 foi alargada a área de monitorização até 1000m para fora dos blocos de rega onde esta existe, de forma a tentar identificar mais núcleos fora das áreas infraestruturadas para rega e com maior potencial para a conservação da espécie. Está ainda a ser preparada a implementação do Plano Estratégico de Criação de Condições para a Salvaguarda de Linaria ricardoi. Em 2015 iniciou-se a recolha de sementes para entregar ao Banco de Sementes do Museu e Jardim Botânico da Universidade de Lisboa. De forma a minimizar a degradação do solo foi assinado um protocolo de colaboração entre a EDIA, o INIAV e FPAS relativo ao desenvolvimento de uma estratégia integrada de promoção da matéria orgânica no solo. As espécies exóticas, são uma preocupação da EDIA, que pode trazer problemas ambientais e económicos avultados. Em 2015, a EDIA manteve ações de controlo de Jacinto-de-água no Troço Internacional do Guadiana e iniciou ações de desinfeção de desembarcações para prevenir a entrada de mexilhão-zebra nas albufeiras do EFMA. Foi ainda iniciado um programa de monitorização do mexilhão-zebra, de forma a permitir uma deteção precoce da espécie. Foram instaladas vedações para proteção de 3 abrigos de morcegos cavernícolas na envolvente de Alqueva e Pedrógão e foi também melhorada a rede de caixas-abrigo para morcegos arborícolas. 82

86 INDICADOR VALOR Indicadores Ambientais - EN Aspecto: EMISSÕES, EFLUENTES E RESÍDUOS En16 Emissões totais, diretas e indiretas de gases com efeito de estufa (GEE), por peso Gasolina =consumo gasolina l x 0,034 Gj/l x 0,0686 t CO2 /Gj CO2 (t) 00,00 00,00 Gasóleo =consumo gasóleo l x 0,036 Gj/l x 0,0741 t CO2 /Gj CO2 (t) 498,84 519,81 Consumo elétrico Edifícios =consumo eletricidade KWh x230,00g CO2 /KWh x 10-6 CO2 (t) 64,98 60,50 Consumo elétrico Exploração =consumo eletricidade KWh x 230,00g CO2 /KWh x 10-6 CO2 (t) , ,27 En17 En19 Outras emissões indiretas de gases com efeito de estufa relevantes por peso Emissão de substâncias destruidoras da camada de ozono, por peso.?adicionalmente, existem outros bens e serviços, dos quais resultam emissões indiretas de GEE: - Execução de empreitadas; - Transporte de materiais e equipamentos; - Deslocações associadas a Bens / Serviços. Acrescem emissões associadas a deslocações de trabalhadores em viaturas próprias, nomeadamente casa empresa / empresa casa.?a EDIA não utiliza substâncias destruidoras da camada de ozono nas suas atividades. As fontes existentes estão associadas a equipamentos de ar condicionado, chillers, frigoríficos, etc. Para assegurar o funcionamento adequado destes equipamentos, são realizadas ações de manutenção e de deteção de fugas. As intervenções nestes equipamentos são realizadas por técnicos com habilitação adequada de acordo com a legislação em vigor. 83

87 INDICADOR VALOR Indicadores Ambientais - EN Aspecto: EMISSÕES, EFLUENTES E RESÍDUOS En20 NOx, SOx e outras emissões atmosféricas significativas Gasóleo Consumo (l) =consumo gasóleo l x 0,036 Gj/l x 0,8KgNOx/Gj NOx (kg/gj) 5385, ,00 =consumo gasóleo l x 0,036 Gj/l x 0,21KgSOx/Gj SOx (Kg/Gj) 1413, ,30 Aspecto: PRODUTOS E SERVIÇOS En26 Iniciativas para mitigar os impactes ambientais de produtos e serviços e grau de redução de impacte. ATIVIDADE Represamento de linhas de água IMPACTES Afetação das comunidades faunísticas na sua constituição e comportamento MEDIDAS Regime de caudais ecológicos Proliferação de espécies exóticas Eliminação de espécies exóticas capturadas no âmbito de ações de monitorização Instalação de barreiras flutuantes para contenção de espécies de flora aquática invasoras Aquisição de duas estações móveis de desinfeção de embarcações para prevenção do mexilhão-zebra Regularização de caudais Recuperação de áreas a jusante do represamento e na envolvente de albufeiras Afetação de habitats Recuperação de áreas na envolvente de albufeiras Efeito barreira Funcionamento do Dispositivo de Passagem para Peixes 84

88 INDICADOR VALOR Indicadores Ambientais - EN Aspecto: PRODUTOS E SERVIÇOS ATIVIDADE IMPACTES MEDIDAS Criação de Albufeiras Afetação de habitats/ ecossistemas Criação de novas zonas húmidas Ações de recuperação de habitats ribeirinhos Monitorização e potenciação de habitats para espécies aquática ou dependentes de ecossistemas aquáticos Transferência de água entre bacias hidrográficas Afetação de comunidades faunísticas Proliferação de espécies exóticas Tamisador By-passes Monitorização Eliminação de espécies exóticas capturadas no âmbito de ações de monitorização Construção de infraestruturas Perturbação temporária nas áreas em construção Afetação de habitats e espécies Efeito barreira Efeito armadilha Afetação de habitats e espécies Acompanhamento ambiental de obra SGA e Acompanhamento Ambiental de Obra Criação de passagens que aumentem a permeabilidade da infraestrutura a animais terrestres; Zonas de sifão que reduzem a área fragmentada Instalação de vedações que inibam a entrada de animais em zonas perigosas Construção de rampas que permitem a fuga do interior do canal Áreas de sifão ou instalação de condutas. 85

89 INDICADOR VALOR Indicadores Ambientais - EN Aspecto: PRODUTOS E SERVIÇOS ATIVIDADE IMPACTES MEDIDAS Alterações do solo Redução de habitats pseudo-estepários Alteração do regime cultural Redução de processos de desertificação Degradação dos solos Promoção de culturas de regadio menos danosas para espécies de aves pseudoestepárias Sensibilizar para uma reduzida utilização de pesticidas e fertilizantes Promover a produção agrícola nas áreas apropriadas Desenvolvimento de estratégia integrada para a inclusão de matéria orgânica no solo do EFMA Para as albufeiras integradas no EFMA é definido um regime de caudal ecológico, o qual é determinado caso a caso. Este caudal funciona como um instrumento de gestão que estabelece a quantidade e regime de fluxo de água que assegura que os cursos de água a jusante mantenham os níveis necessários para manter as funções, os processos e a resiliência dos ecossistemas aquáticos. A eficácia desta medida é aferida através da monitorização da adequação dos caudais ecológicos. De forma a articular os resultados da monitorização com a gestão do Sistema Alqueva-Pedrógão, é emitido periodicamente um boletim com indicação do caudal ecológico a libertar em Pedrógão. A proliferação de espécies exóticas, nomeadamente de peixes, é um problema que afeta tanto as albufeiras (onde o Homem é o grande impulsionador da sua proliferação como objeto de pesca) como os cursos de água a jusante e montante das massas de água lênticas (onde estas espécies competem com as espécies autóctones). A remoção de biomassa piscícola exótica é realizada sempre que há campanhas de pesca para monitorização como forma de reduzir os efetivos de espécies exóticas, no entanto não é suficiente. A legislação nacional é desadequada face à problemática de espécies de peixes exóticos em albufeiras, sendo as ações pontuais realizadas pela EDIA pouco significativas no que concerne a esta problemática. 86

90 INDICADOR VALOR Indicadores Ambientais - EN Aspecto: PRODUTOS E SERVIÇOS A instalação de barreiras flutuantes na zona a montante da albufeira de Alqueva, tenta conter a dispersão de espécies de flora aquática flutuantes vindas de Espanha, como é o caso do jacinto-de-água e do nenúfarmexicano. Em 2014 foram identificadas estas duas espécies no troço internacional, tendo-se iniciado ações de monitorização e remoção dos indivíduos detetados. A dispersão do mexilhão-zebra é também uma preocupação para a EDIA, o qual pode entrar na bacia do rio Guadiana e alastrar-se rapidamente. Uma das formas de dispersão desta espécie é através da incrustação de larvas em embarcações que andam em água já colonizadas. Os eventos náuticos podem ser um veículo desta espécie invasora, uma vez que existem embarcações que participam em eventos realizados em albufeiras já colonizadas em Espanha (como é o caso das albufeiras da bacia do rio Ebro), e que depois vão participar noutros eventos em albufeiras ainda não colonizadas. De forma a minimizar esta forma de dispersão a EDIA adquiriu 2 estações móveis para desinfeção de embarcações, canoas, etc. que participem em eventos náuticos na Bacia do Guadiana em Portugal. A legislação portuguesa está no entanto desajustada a esta problemática. A EDIA em 2015 iniciou o programa de monitorização de mexilhão-zebra nas albufeiras do EFMA de forma a detetar precocemente esta espécie. Iniciou ainda a utilização de duas estações de desinfeção para evitar a entrada desta espécie através de embarcações e artes de pesca que tenham estado previamente em águas contaminadas. Em 2015 foi aumentado o esforço de recolha de Jacinto-de-água no troço internacional do rio Guadiana de forma a prevenir a sua dispersão para áreas mais a jusante. O Dispositivo de Passagem para Peixes é um mecanismo que permite reduzir o efeito barreira da barragem de Pedrógão. Este mecanismo funciona transpondo os peixes autóctones do rio Guadiana para a albufeira de Pedrógão, de onde podem seguir com os seus movimentos de migração reprodutores para o rio Ardila. A monitorização desta medida mostra que o elevador é utilizado por diferentes espécies de peixes, cumprindo a sua função. A eficácia das medidas de minimização do efeito barreira e do efeito armadilha de infraestruturas lineares (canais a céu aberto) são monitorizadas através de um programa específico, o qual permite concluir, de forma geral, que as medidas de minimização do efeito barreira são eficazes, observando-se a utilização das diferentes tipologias de passagens implementadas por diversas espécies de mamíferos terrestres. 87

91 INDICADOR VALOR Indicadores Ambientais - EN Aspecto: PRODUTOS E SERVIÇOS A instalação de condutas, em detrimento de canais a céu aberto, permite que a fragmentação de habitats seja substancialmente reduzida. As medidas de minimização do efeito armadilha (vedações e rampas de salvamento) não têm uma eficácia tão grande, pois os pequenos mamíferos conseguem entrar na área vedada. As vedações são, no entanto, eficazes para evitar que grandes mamíferos (p.ex. gado) entrem na área vedada, sendo que os números de mortalidade associados a estas infraestruturas são reduzidos. Na área do EFMA, os solos apresentam na generalidade baixos valores de matéria orgânica, sendo classificados de áridos ou semi-áridos. De forma a contrariar a perda de qualidade do solo, pretende-se implementar um projeto piloto de valorização orgânica produzidos no Alentejo, como sejam, os subprodutos de lagar como folhas, engaços e bagaço de azeitona ou de uva; os restos de culturas e de podas, como palhas, folhas e ramos; os subprodutos resultantes de processos agro-industriais; os resíduos verdes de jardins ou as lamas de queijaria. Complementarmente foi assinado um protocolo com o INIAV e a FPAS com vista ao desenvolvimento de uma estratégia integrada para aproveitamento de matéria orgânica de origem animal para incorporação no solo. A espécie de flora Linaria ricardoi é alvo de trabalhos de monitorização. Ao longo dos anos têm sido detetados alguns núcleos fora da área dos blocos de rega. Em 2014, para tentar identificar mais núcleos, foi alargada a área de estudo para a zona dos blocos de rega acrescida de um buffer de 1000m. Durante a fase de construção das albufeiras de Alqueva e Pedrógão foram afetados vários abrigos de morcegos, tendo sido construídos dois abrigos (abrigo de Alqueva e de Pedrógão) e o abrigo dos Mocissos foi intervencionado. Nos últimos anos, na sequência da monitorização efetuada pelo ICNF e acompanhamento da EDIA, tem-se registado alguma perturbação humana nos abrigos de Alqueva e de Pedrógão. O abrigo dos Mocissos apresentava problemas de segurança para pessoas e animais, desta forma foram instaladas vedações nos três abrigos. En28 Valor monetário de multas significativas e o número total de sanções não-monetárias pelo não cumprimento das leis e regulações ambientais. ( ) 0,00 0,00 (n.º)

92 INDICADOR VALOR Indicadores Sociais Emprego LA La1 La2 La5 La7 Mão-de-obra total, por tipo de emprego, por contrato de trabalho e por região. Número total de trabalhadores e respetiva taxa de rotatividade, por faixa etária, género e região Aspecto: TRABALHO / RELAÇÕES DE GESTÃO Prazos mínimos de notificação prévia em relação a mudanças operacionais, incluindo se esse procedimento é mencionado nos acordos de contratação coletiva. Aspecto: SAÚDE E SEGURANÇA OCUPACIONAL Tipo de lesões, dias perdidos, índice de absentismo e número de óbitos relacionados com trabalho Total de trabalhadores 187 Sem termo Termo incerto Termo certo Outro tipo de contrato Colaboradores em regime de full time Taxa de rotatividade Global Taxa de rotatividade Global Mulheres Homens < 25 [25-35] [36-45] > 46 A EDIA não tem definido internamente um período mínimo de anúncio sobre mudanças operacionais, respeitando a legislação em vigor. Taxa de lesões 0,00 Taxa de doenças ocupacionais 0,00 Taxa de absentismo - Mulheres 0,07 - Homens 0,03 Número de óbitos 0,00 89

93 INDICADOR VALOR Indicadores Sociais Aspecto: FORMAÇÃO E EDUCAÇÃO La10 Média de horas de formação por ano, por trabalhador e por categoria Total de horas de formação (h) Horas por colaborador (h/trabalhador) Administradores e Diretores Coordenadores (h/trabalhador) Diretores (h/trabalhador) Técnicos superiores (h/trabalhador) 16,00 Técnicos (h/trabalhador) 66 La11 Programas de formação para o desenvolvimento de competências e aprendizagem continua que apoiam a continuidade da empregabilidade dos trabalhadores e para a gestão de fim de carreira. O Plano de formação anual é o suporte da gestão de toda a formação oferecida na Empresa. São objetivos deste Plano organizar e tornar visível a informação relativa às necessidades formativas que promovem o aumento ou consolidação de competências, no âmbito do desenvolvimento pessoal e organizacional. La12 Percentagem de trabalhadores que recebem regularmente, análises de desempenho e de desenvolvimento da carreira. 0,00 0,00 Aspecto: DIVERSIDADE E IGUALDADE DE OPORTUNIDADES La13 Composição dos órgãos sociais da Empresa e relação dos trabalhadores por categoria, de acordo com o género, a faixa etária, as minorias e outros indicadores de diversidade. Administradores H (n.º) Administradores M (n.º) Administradores <25 (n.º) Administradores [25-35] (n.º) Administradores [36-45] (n.º) Administradores >45 (n.º) Diretores Coordenadores H (n.º) Diretores Coordenadores M (n.º) Diretores Coordenadores <25 (n.º) Diretores Coordenadores [25-35] (n.º) Diretores Coordenadores [36-45] (n.º) Diretores Coordenadores >45 (n.º) Diretores H (n.º) Diretores M (n.º) Diretores <25 (n.º) Diretores [25-35] (n.º) Diretores [36-45] (n.º) Diretores >45 (n.º) 90

94 INDICADOR VALOR Indicadores Sociais Aspecto: DIVERSIDADE E IGUALDADE DE OPORTUNIDADES Técnicos Superiores H (n.º) Técnicos Superiores M (n.º) Técnicos Superiores <25 (n.º) Técnicos Superiores [25-35] (n.º) Técnicos Superiores [36-45] (n.º) Técnicos Superiores >45 (n.º) Técnicos H (n.º) Técnicos M (n.º) Técnicos <25 (n.º) Técnicos [25-35] (n.º) Técnicos [36-45] (n.º) Técnicos >45 (n.º) La14 Discriminação do rácio do salário base entre homens e mulheres, por categoria de funções. Administradores e Diretores Coordenadores Diretores Técnicos Superiores Técnicos Direitos Humanos HR Aspecto: INVESTIMENTO E PRÁTICAS DE PROCUREMENT Hr1 Percentagem e número total de contratos de investimento significativos que incluem cláusulas referentes aos direitos humanos ou que foram submetidos a análises referentes aos direitos humanos. Não existiram contratos de investimento que incluíssem cláusulas referentes a Direitos Humanos. No entanto, o código de Ética da Empresa define as diretrizes gerais que devem reger a conduta da Gestão de Topo e a dos trabalhadores tanto nas relações com terceiros, como com o mercado. A EDIA tem toda a sua operação sediada em Portugal, onde os direitos humanos, laborais e outros estão salvaguardados no enquadramento legal nacional, sendo imposto à Organização que certifique o cumprimento de todos os requisitos legais que se lhe impõem. 91

95 INDICADOR VALOR Indicadores Sociais Hr6 Hr7 Aspecto: TRABALHO INFANTIL Casos em que exista um risco significativo de ocorrência de trabalho infantil e medidas que contribuam para a sua eliminação. Aspecto: TRABALHO FORÇADO OU ANÁLOGO AO ESCRAVO Casos em que exista um risco significativo de ocorrência de trabalho forçado ou escravo e medidas que contribuam O trabalho infantil é uma violação à legislação portuguesa e às políticas da Empresa, não representando um risco para as operações, cumprindo com todos os requisitos legais que se lhe impõem. O cumprimento destes requisitos é seguido pela EDIA, através da sua política de contratação de serviços e de recursos humanos e com processos de controlo e auditoria em todas as empreitadas que administra. O trabalho forçado e escravo é uma violação à legislação portuguesa e às políticas da Empresa, não representando um risco para as operações, cumprindo com todos os requisitos legais que se lhe impõem. O cumprimento destes requisitos é seguido pela EDIA, através da sua política de contratação de serviços e de recursos humanos e com processos de controlo e auditoria em todas as empreitadas que administra. Sociedade SO Aspecto: COMUNIDADE So1 Natureza, âmbito e eficácia de quaisquer programas e práticas para avaliar e gerir os impactos das operações nas comunidades e programas de desenvolvimento. Reportado no capítulo 4 So2 So4 So5 Aspecto: CORRUPÇÃO Percentagem e número total de unidades de negócio alvo de análise de riscos à corrupção. Reportado no sub-capítulo 5.3 Governação Ações como resposta a ocorrência de situações de corrupção. 0 0 Aspecto: POLÍTICA PÚBLICA Posições quanto a políticas públicas e participação na elaboração de politicas públicas e em grupos de pressão. A empresa mantem uma participação ativa num conjunto de organizações a nível nacional e internacional que assumem e formalizam posições referentes a políticas públicas. Esta participação está reportada no presente relatório. 92

96 INDICADOR VALOR Indicadores Sociais So8 Aspecto: CONCORDÂNCIA Montantes das coimas significativas e número total de sanções não monetárias por incumprimento das leis e regulamentos. Montantes das coimas significativas ( ) 0,00 0,00 Número total de sanções não monetárias (n.º) 0,00 0,00 Responsabilidade pelo Produto PR Aspecto: CONCORDÂNCIA Pr9 Montante das coimas (significativas) por incumprimento de leis e regulamentos relativos ao fornecimento e utilização de produtos e serviços ( ). 0,00 0,00 93

97 Empresa de Desenvolvimento e Infra-estruturas do Alqueva, S.A. Beja (Sede) Rua Zeca Afonso, Beja Tel.: Fax: edia@edia.pt

98

EXPLORAÇÃO DO EMPREENDIMENTO DE FINS MÚLTIPLOS DE ALQUEVA. A COMPONENTE ENERGÉTICA E A TARIFICAÇÃO DE ÁGUA PARA REGA

EXPLORAÇÃO DO EMPREENDIMENTO DE FINS MÚLTIPLOS DE ALQUEVA. A COMPONENTE ENERGÉTICA E A TARIFICAÇÃO DE ÁGUA PARA REGA EXPLORAÇÃO DO EMPREENDIMENTO DE FINS MÚLTIPLOS DE ALQUEVA. A COMPONENTE ENERGÉTICA E A TARIFICAÇÃO DE ÁGUA PARA REGA JOSÉ FILIPE GUERREIRO DOS SANTOS 1 ; JOSÉ COSTA GOMES 2 E INÊS FIALHO 3 1 Diretor-Coordenador,Empresa

Leia mais

NOVOS CAMINHOS PARA A ÁGUA

NOVOS CAMINHOS PARA A ÁGUA Uso Eficiente da Água no Regadio O Caso do EFMA José Pedro Salema 6 de março de 2015 REDE PRIMÁRIA» TERCIÁRIA PLANEAMENTO» EXPLORAÇÃO Rio Guadiana Alqueva 2800 hm 3 /ano Blocos de Rega 63 500 ha 11 Perímetros

Leia mais

Quantidade e Qualidade da Água em Alqueva

Quantidade e Qualidade da Água em Alqueva Quantidade e Qualidade da Água em Alqueva Quantidade Qualidade Gestão da Água Alentejo Temperatura e Precipitação mm 120 30 ⁰ C 100 25 80 20 60 15 40 10 20 5 0 Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out

Leia mais

O AUTOCONSUMO E A SUA ENVOLVENTE. Seminário APESF 29 de Janeiro de 2015

O AUTOCONSUMO E A SUA ENVOLVENTE. Seminário APESF 29 de Janeiro de 2015 O AUTOCONSUMO E A SUA ENVOLVENTE Seminário APESF 29 de Janeiro de 2015 Introdução Breve Enquadramento As energias renováveis têm vindo a assumir um papel cada vez mais importante na economia Portuguesa

Leia mais

Projeto de Ampliação do Aproveitamento Hidroelétrico da Calheta

Projeto de Ampliação do Aproveitamento Hidroelétrico da Calheta Projeto de Ampliação do Aproveitamento Hidroelétrico da Calheta Projeto de Ampliação do Aproveitamento Hidroelétrico da Calheta Infraestrutura energética de armazenamento de energia Envolve o aumento da

Leia mais

REVALORIZAÇÃO DA ÁGUA EM CONTEXTO URBANO. O CASO DA ÁGUAS DO PORTO.

REVALORIZAÇÃO DA ÁGUA EM CONTEXTO URBANO. O CASO DA ÁGUAS DO PORTO. REVALORIZAÇÃO DA ÁGUA EM CONTEXTO URBANO. O CASO DA ÁGUAS DO PORTO. CATARINA TUNA DIRETORA DE EXPLORAÇÃO, ÁGUAS DO PORTO 15 MAIO 2019 Plano de Ação para Economia Circular em Portugal. :: Regenerar recursos:

Leia mais

1. Estratégias adotadas

1. Estratégias adotadas 1. Estratégias adotadas O grande desafio do EFMA levou a que fosse concebido como um instrumento de intervenção numa área importante do Alentejo, com efeitos de revitalização e dinamização da atividade

Leia mais

Avaliação das. externalidades. do regadio em. Portugal. Sumário executivo

Avaliação das. externalidades. do regadio em. Portugal. Sumário executivo Avaliação das externalidades do regadio em Portugal Sumário executivo Março 2013 Dada a reconhecida importância do sistema de produção agrícola em regadio no desenvolvimento social e económico das regiões

Leia mais

FINANCIAMENTO DA MITIGAÇÃO E DA ADAPTAÇÃO

FINANCIAMENTO DA MITIGAÇÃO E DA ADAPTAÇÃO FINANCIAMENTO DA MITIGAÇÃO E DA ADAPTAÇÃO ÀS ALTERAÇÕES CLIMÁTICAS ATRAVÉS DO PO SEUR HELENA PINHEIRO DEAZEVEDO 25-OUT-2016 PORTUGAL 2020 (APLICAÇÃO FEEI EM PORTUGAL 2014 2020) DOMÍNIO: SUSTENTABILIDADE

Leia mais

MONITORIZAÇÃO DOS RECURSOS HÍDRICOS NO EMPREENDIMENTO DE FINS MÚLTIPLOS DE ALQUEVA (EFMA)

MONITORIZAÇÃO DOS RECURSOS HÍDRICOS NO EMPREENDIMENTO DE FINS MÚLTIPLOS DE ALQUEVA (EFMA) MONITORIZAÇÃO DOS RECURSOS HÍDRICOS NO EMPREENDIMENTO DE FINS MÚLTIPLOS DE ALQUEVA (EFMA) A contribuição da EDIA para a implementação da Directiva Quadro da Água (DQA) Manuela RUIVO 1 ; Martinho MURTEIRA

Leia mais

ALQUEVA UMA PLATAFORMA PARA O. Conselho Nacional da Água 49.ª Reunião Plenária Lisboa, 05 julho 2013

ALQUEVA UMA PLATAFORMA PARA O. Conselho Nacional da Água 49.ª Reunião Plenária Lisboa, 05 julho 2013 ALQUEVA UMA PLATAFORMA PARA O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL Conselho Nacional da Água 49.ª Reunião Plenária Lisboa, 05 julho 2013 Alentejo - O Território Baixa Densidade Populacional Povoamento concentrado

Leia mais

PROJECTO DE LEI N.º 593/XI/2.ª

PROJECTO DE LEI N.º 593/XI/2.ª Grupo Parlamentar PROJECTO DE LEI N.º 593/XI/2.ª PROMOVE A EFICIÊNCIA ENERGÉTICA NO SECTOR DOS EDIFÍCIOS ATRAVÉS DA PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS DE ENERGIA PARA BENEFÍCIO DOS CONSUMIDORES Exposição de Motivos

Leia mais

EDITAL SUB-SISTEMA ALQUEVA APROVEITAMENTO HIDROAGRÍCOLA DE CINCO REIS E TRINDADE

EDITAL SUB-SISTEMA ALQUEVA APROVEITAMENTO HIDROAGRÍCOLA DE CINCO REIS E TRINDADE EDITAL SUB-SISTEMA ALQUEVA APROVEITAMENTO HIDROAGRÍCOLA DE CINCO REIS E TRINDADE O presente edital reúne um conjunto de informação considerada mais substantiva relativa à época de rega de 2016 sendo que

Leia mais

Plano e Orçamento da Região Autónoma dos Açores Intervenção deputada Bárbara Chaves -

Plano e Orçamento da Região Autónoma dos Açores Intervenção deputada Bárbara Chaves - Plano e Orçamento da Região Autónoma dos Açores 2019 - Intervenção deputada Bárbara Chaves - Senhora Presidente da Assembleia Senhor Presidente do Governo O crescimento e a dinâmica que na nossa Região

Leia mais

A GESTÃO DE ATIVOS COMO INSTRUMENTO FUNDAMENTAL NA EXPLORAÇÃO DO EMPREENDIMENTO DE FINS MÚLTIPLOS DE ALQUEVA

A GESTÃO DE ATIVOS COMO INSTRUMENTO FUNDAMENTAL NA EXPLORAÇÃO DO EMPREENDIMENTO DE FINS MÚLTIPLOS DE ALQUEVA A GESTÃO DE ATIVOS COMO INSTRUMENTO FUNDAMENTAL NA EXPLORAÇÃO DO EMPREENDIMENTO DE FINS MÚLTIPLOS DE ALQUEVA José SAIÃO 1 ; Luís ESTEVENS 2 ; Duarte CARREIRA 3 1 Director DEIR, EDIA, S.A., jcmsaiao@edia.pt

Leia mais

EDITAL SUB-SISTEMA ARDILA APROVEITAMENTOS HIDROAGRÍCOLAS DE ORADA-AMOREIRA, BRINCHES, BRINCHES-ENXOÉ, E SERPA

EDITAL SUB-SISTEMA ARDILA APROVEITAMENTOS HIDROAGRÍCOLAS DE ORADA-AMOREIRA, BRINCHES, BRINCHES-ENXOÉ, E SERPA EDITAL SUB-SISTEMA ARDILA APROVEITAMENTOS HIDROAGRÍCOLAS DE ORADA-AMOREIRA, BRINCHES, BRINCHES-ENXOÉ, E SERPA O presente edital reúne um conjunto de informação considerada mais substantiva relativa à época

Leia mais

GRUPO OPERACIONAL. II Jornadas Técnicas dedicadas aos Sistemas de Apoio à Decisão em Agricultura de Regadio

GRUPO OPERACIONAL. II Jornadas Técnicas dedicadas aos Sistemas de Apoio à Decisão em Agricultura de Regadio II Jornadas Técnicas dedicadas aos Sistemas de Apoio à Decisão em Agricultura de Regadio GRUPO OPERACIONAL AGIR Sistema de Avaliação da Eficiência do Uso da água e da EnergIa em Aproveitamentos HidroagRícolas

Leia mais

EDITAL SUB-SISTEMA ALQUEVA APROVEITAMENTO HIDROAGRÍCOLA DE VALE DO GAIO

EDITAL SUB-SISTEMA ALQUEVA APROVEITAMENTO HIDROAGRÍCOLA DE VALE DO GAIO EDITAL SUB-SISTEMA ALQUEVA APROVEITAMENTO HIDROAGRÍCOLA DE VALE DO GAIO O presente edital reúne um conjunto de informação considerada mais substantiva relativa à época de rega de 2016 sendo que qualquer

Leia mais

ha Área a Irrigar por Alqueva ha

ha Área a Irrigar por Alqueva ha 1 Alentejo Habitantes/Km2 19,8 Desemprego 8,7 % Índice de Envelhecimento 172,9% PIB/Habitante 74,5% Portugal 112,4 7,4% 102,3% 100 % Habitantes 1981 579 340 1991 549 362 2001 535 507 Em 20 anos o Alentejo

Leia mais

EDITAL SUB-SISTEMA SISTEMA PEDRÓGÃO APROVEITAMENTO HIDROAGRÍCOLA DE D

EDITAL SUB-SISTEMA SISTEMA PEDRÓGÃO APROVEITAMENTO HIDROAGRÍCOLA DE D EDITAL SUB-SISTEMA SISTEMA PEDRÓGÃO APROVEITAMENTO HIDROAGRÍCOLA DE D SÃO MATIAS O presente edital reúne a informação mais relevante referente à época de rega de 2018. Qualquer informação adicional poderá

Leia mais

A LÓGICA E O CONTEÚDO DAS NOVAS ÁREAS LIMÍTROFES BENEFICIADAS POR ALQUEVA

A LÓGICA E O CONTEÚDO DAS NOVAS ÁREAS LIMÍTROFES BENEFICIADAS POR ALQUEVA A LÓGICA E O CONTEÚDO DAS NOVAS ÁREAS LIMÍTROFES BENEFICIADAS POR ALQUEVA Jorge VAZQUEZ 1 ; Alexandra CARVALHO 2 ; Costa MIRANDA 3 1 Engenheiro Civil, Administrador (EDIA, S.A., Beja), jvazquez@edia.pt

Leia mais

O Alentejo e a Produção Energética a Partir de Fontes Renováveis

O Alentejo e a Produção Energética a Partir de Fontes Renováveis O Alentejo e a Produção Energética a Partir de Fontes Renováveis 0 O Alentejo e a Produção Energética a Partir de Fontes Renováveis No Alentejo, a energia corresponde a um dos setores mais importantes,

Leia mais

SOBRE ENERGIAS RENOVÁVEIS

SOBRE ENERGIAS RENOVÁVEIS POSICIONAMENTO SOBRE ENERGIAS RENOVÁVEIS Directoria Geral de Negócios / Diretoria Global de Regulação NOVEMBRO 2017 1. CONTEXTO A Iberdrola apostou fortemente há mais de 15 anos em energias renováveis,

Leia mais

A Mudança de Paradigma da Eficiência no Setor das Águas

A Mudança de Paradigma da Eficiência no Setor das Águas Conferência A Mudança de Paradigma Energético Lisboa, 5 de junho de 2018 A Mudança de Paradigma da Eficiência no Setor das Águas ÍNDICE 1 2 3 4 5 6 7 A AQUASIS O Paradigma da Eficiência no Setor das Águas

Leia mais

EDITAL APROVEITAMENTO HIDROAGRÍCOLA DE D

EDITAL APROVEITAMENTO HIDROAGRÍCOLA DE D EDITAL SUB-SISTEMA SISTEMA ALQUEVA APROVEITAMENTO HIDROAGRÍCOLA DE D VALE DO GAIO O presente edital reúne a informação mais relevante referente à época de rega de 2018. Qualquer informação adicional poderá

Leia mais

EDITAL SUB-SISTEMA SISTEMA ARDILA

EDITAL SUB-SISTEMA SISTEMA ARDILA EDITAL SUB-SISTEMA SISTEMA ARDILA APROVEITAMENTOS HIDROAGRÍCOLAS DE ORADA O RADA-AMOREIRA, AMOREIRA, BRINCHES, BRINCHES-ENXOÉ, ENXOÉ, E SERPA O presente edital reúne a informação mais relevante referente

Leia mais

Evolução do modelo de gestão de energia e medidas de eficiência energética na Águas do Douro e Paiva, S. A.

Evolução do modelo de gestão de energia e medidas de eficiência energética na Águas do Douro e Paiva, S. A. Evolução do modelo de gestão de energia e medidas de eficiência energética na Águas do Douro e Paiva, S. A. APDA Encontro "Alterações Climáticas Escassez de Água e Eficiências Energética e Hídrica no Ciclo

Leia mais

1. DEFINIÇÃO, ANTECEDENTES E VISÃO DO PNAC 2020/2030

1. DEFINIÇÃO, ANTECEDENTES E VISÃO DO PNAC 2020/2030 Programa Nacional para as Alterações Climáticas (PNAC2020/2030) Avaliação do âmbito de aplicação do Decreto-Lei n.º 232/2007, de 15 de junho 1. DEFINIÇÃO, ANTECEDENTES E VISÃO DO PNAC 2020/2030 O Programa

Leia mais

SESSÃO DE ABERTURA 13 de Outubro. Jorge Vazquez

SESSÃO DE ABERTURA 13 de Outubro. Jorge Vazquez SESSÃO DE ABERTURA 13 de Outubro Jorge Vazquez Tópicos Do regadio em Portugal Da situação dos Aproveitamentos Hidroagrícolas e da Engenharia Do papel da Engenharia Das Jornadas Técnicas da APRH Do regadio

Leia mais

Energias renováveis e o PNBEPH. João Joanaz de Melo

Energias renováveis e o PNBEPH. João Joanaz de Melo Energias renováveis e o PNBEPH João Joanaz de Melo Impactes da produção de energia Forma de energia Petróleo, gás natural e carvão Nuclear Hídrica Eólica Solar Biomassa Geotérmica Impactes Emissão de GEE

Leia mais

DECISÃO DE EXECUÇÃO DA COMISSÃO. de

DECISÃO DE EXECUÇÃO DA COMISSÃO. de COMISSÃO EUROPEIA Bruxelas, 13.2.2015 C(2015) 853 final DECISÃO DE EXECUÇÃO DA COMISSÃO de 13.2.2015 que aprova o programa de desenvolvimento rural de Portugal-Madeira, para apoio pelo Fundo Europeu Agrícola

Leia mais

O setor fotovoltaico em Portugal

O setor fotovoltaico em Portugal Fórum Nacional APESF 213 Para uma integração em larga escala do fotovoltaico em Portugal O setor fotovoltaico em Portugal Pedro Cabral, Diretor Geral de Energia e Geologia Lisboa, 9 de Maio de 213 A promoção

Leia mais

MASSAS DE ÁGUA DO EMPREENDIMENTO DE FINS MÚLTIPLOS DE ALQUEVA

MASSAS DE ÁGUA DO EMPREENDIMENTO DE FINS MÚLTIPLOS DE ALQUEVA MASSAS DE ÁGUA DO EMPREENDIMENTO DE FINS MÚLTIPLOS DE ALQUEVA Uma nova realidade territorial Fátima SÃO PEDRO 1 ; Manuela RUIVO 2 ; Rita AZEDO 3 ; David CATITA 4 ; Martinho MURTEIRA 5 ; Ana ILHÉU 6 1Engenheira

Leia mais

CRITÉRIOS DE SELEÇÃO E RESPETIVA METODOLOGIA APROVADA PELO COMITÉ DE ACOMPANHAMENTO DO POSEUR NA REUNIÃO DE 16 DE MARÇO DE 2015

CRITÉRIOS DE SELEÇÃO E RESPETIVA METODOLOGIA APROVADA PELO COMITÉ DE ACOMPANHAMENTO DO POSEUR NA REUNIÃO DE 16 DE MARÇO DE 2015 CRITÉRIOS DE SELEÇÃO E RESPETIVA METODOLOGIA APROVADA PELO COMITÉ DE ACOMPANHAMENTO DO POSEUR NA REUNIÃO DE 16 DE MARÇO DE 2015 CRITÉRIOS DE SELEÇÃO Na seleção das candidaturas respeitantes às tipologias

Leia mais

Estratégias adotadas SUSTENTABILIDADE ECONÓMICA, SOCIAL E AMBIENTAL

Estratégias adotadas SUSTENTABILIDADE ECONÓMICA, SOCIAL E AMBIENTAL Estratégias adotadas O grande desafio do Empreendimento de Fins Múltiplos de Alqueva levou a que fosse concebido como um instrumento de intervenção numa área importante do Alentejo, com efeitos de revitalização

Leia mais

FINANCIAMENTO DA MITIGAÇÃO E DA ADAPTAÇÃO

FINANCIAMENTO DA MITIGAÇÃO E DA ADAPTAÇÃO FINANCIAMENTO DA MITIGAÇÃO E DA ADAPTAÇÃO ÀS ALTERAÇÕES CLIMÁTICAS ATRAVÉS DO PO SEUR HELENA PINHEIRO DE AZEVEDO 25-OUT-2016 PORTUGAL 2020 (APLICAÇÃO FEEI EM PORTUGAL 2014 2020) DOMÍNIO: SUSTENTABILIDADE

Leia mais

ANEXOS REGULAMENTO DELEGADO (UE) / DA COMISSÃO

ANEXOS REGULAMENTO DELEGADO (UE) / DA COMISSÃO COMISSÃO EUROPEIA Bruxelas, 4.3.2019 C(2019) 1616 final ANNEXES 1 to 2 ANEXOS do REGULAMENTO DELEGADO (UE) / DA COMISSÃO que altera os anexos VIII e IX da Diretiva 2012/27/UE no que diz respeito ao conteúdo

Leia mais

O IMPACTO ECONÓMICO DA AGRICULTURA DE REGADIO DE ALQUEVA. POTENCIAÇÃO DOS SEUS IMPACTES

O IMPACTO ECONÓMICO DA AGRICULTURA DE REGADIO DE ALQUEVA. POTENCIAÇÃO DOS SEUS IMPACTES O IMPACTO ECONÓMICO DA AGRICULTURA DE REGADIO DE ALQUEVA. POTENCIAÇÃO DOS SEUS IMPACTES JOSÉ FILIPE GUERREIRO DOS SANTOS 1 ; JOSÉ COSTA GOMES 2 ; ANA PALMA 3 E JOÃO SILVEIRA 4 1 Diretor Coordenador, Empresa

Leia mais

PLANO NOVAS ENERGIAS (ENE 2020)

PLANO NOVAS ENERGIAS (ENE 2020) PLANO NOVAS ENERGIAS (ENE 2020) 0 Metas da União Europeia para 2020 20% 20% 20% Peso das Renováveis no consumo de energia final Redução do consumo de energia final Redução de gases de efeito de estufa

Leia mais

Novos desafios para a participação dos consumidores no mercado de energia. Eduardo Teixeira Lisboa, 11 de novembro de 2016

Novos desafios para a participação dos consumidores no mercado de energia. Eduardo Teixeira Lisboa, 11 de novembro de 2016 Novos desafios para a participação dos consumidores no mercado de energia Eduardo Teixeira Lisboa, 11 de novembro de 2016 Agenda 1. Enquadramento geral 2. O consumidor no centro da política energética

Leia mais

Mobilidade elétrica: novos desafios para a Regulação. Vitor Santos Rio de Janeiro, 25 de outubro de 2013

Mobilidade elétrica: novos desafios para a Regulação. Vitor Santos Rio de Janeiro, 25 de outubro de 2013 Mobilidade elétrica: novos desafios para a Regulação Vitor Santos Rio de Janeiro, 25 de outubro de 2013 Agenda 1. Enquadramento geral 2. Um novo paradigma tecnológico 3. Organização do setor 4. Desafios

Leia mais

Escassez de recursos hídricos é o principal motor para a utilização de águas residuais na agricultura

Escassez de recursos hídricos é o principal motor para a utilização de águas residuais na agricultura 1 Procura de Água por sector A Utilização de ART em Portugal na agricultura é praticamente residual Uso Industrial 5% Uso Urbano 8% Em Israel, mais de 70% das águas residuais tratadas são reutilizadas

Leia mais

CABO VERDE. Sectores: energia, transportes, resíduos, AFOLU (agricultura, silvicultura e outros usos do solo) e adaptação;

CABO VERDE. Sectores: energia, transportes, resíduos, AFOLU (agricultura, silvicultura e outros usos do solo) e adaptação; CABO VERDE O INDC traduz o compromisso contínuo de Cabo Verde com políticas sustentáveis, de baixo carbono e resilientes ao clima, e a sua contribuição nos esforços globais em reduzir as emissões e limitar

Leia mais

PROJETO URSA UNIDADES RECIRCULAÇÃO SUBPRODUTOS DE ALQUEVA. EDIA - Departamento de Ambiente e Ordenamento do Território David Catita

PROJETO URSA UNIDADES RECIRCULAÇÃO SUBPRODUTOS DE ALQUEVA. EDIA - Departamento de Ambiente e Ordenamento do Território David Catita PROJETO URSA UNIDADES RECIRCULAÇÃO SUBPRODUTOS DE ALQUEVA EDIA - Departamento de Ambiente e Ordenamento do Território David Catita dcatita@edia.pt A IMPORTÂNCIA DA MATÉRIA ORGÂNICA NO SOLO Matéria orgânica;

Leia mais

Aplicação de Sistemas de Microgeração no Vilamoura Golf & Garden Resort

Aplicação de Sistemas de Microgeração no Vilamoura Golf & Garden Resort Aplicação de Sistemas de Microgeração no Vilamoura Golf & Garden Resort Índice Introdução Apresentação do projecto Dimensionamento dos sistemas Benefícios Conclusões Introdução Caracterização da situação

Leia mais

ENERGIAS RENOVÁVEIS Município de Bragança Amigo do Ambiente

ENERGIAS RENOVÁVEIS Município de Bragança Amigo do Ambiente ENERGIAS RENOVÁVEIS Município de Bragança Amigo do Ambiente Paços do Concelho, 18 de Março de 2010 Consciente de que o futuro das gerações vindouras dependerá em grande parte das acções adoptadas de imediato,

Leia mais

ANEXO B. Enquadramento noutra(s) Estratégia(s) relevante(s)

ANEXO B. Enquadramento noutra(s) Estratégia(s) relevante(s) ANEXO B Enquadramento noutra(s) Estratégia(s) relevante(s) Coerência e articulação com a estratégia de desenvolvimento territorial da respetiva NUTS III e com EREI da Região Alentejo A demonstração do

Leia mais

Empresas de diversos setores necessitam de produzir águas quentes no âmbito das suas atividades, como por exemplo:

Empresas de diversos setores necessitam de produzir águas quentes no âmbito das suas atividades, como por exemplo: Empresas de diversos setores necessitam de produzir águas quentes no âmbito das suas atividades, como por exemplo: no Alojamento, para banhos, cozinha e limpezas nos Serviços, para limpezas, lavagem de

Leia mais

PROGRAMA OPERACIONAL SUSTENTABILIDADE E EFICIÊNCIA NO USO DE RECURSOS RESUMO PARA OS CIDADÃOS

PROGRAMA OPERACIONAL SUSTENTABILIDADE E EFICIÊNCIA NO USO DE RECURSOS RESUMO PARA OS CIDADÃOS PROGRAMA OPERACIONAL SUSTENTABILIDADE E EFICIÊNCIA NO USO DE RECURSOS 2014-2020 [RELATÓRIO DE EXECUÇÃO ANUAL DE 2017 DO PO SEUR] RESUMO PARA OS CIDADÃOS ÍNDICE 1. Objetivos Estratégicos, Eixos Prioritários

Leia mais

LUSÁGUA LUSÁGUA - Serviços Ambientais, S.A. AQUAPOR MISSÃO

LUSÁGUA LUSÁGUA - Serviços Ambientais, S.A. AQUAPOR MISSÃO TÍTULO DO DOCUMENTO LUSÁGUA A LUSÁGUA - Serviços Ambientais, S.A. é a empresa do grupo AQUAPOR vocacionada para a prestação de serviços relacionados com a gestão integral do ciclo urbano da água, gestão

Leia mais

MEMÓRIA DESCRITIVA DO PROJETO

MEMÓRIA DESCRITIVA DO PROJETO MEMÓRIA DESCRITIVA DO PROJETO DESCRIÇÃO SUMÁRIA DO PROJETO O projeto ALA Agendas Locais da Água no Alentejo pretende criar uma rede multinível, com dois focos principais nos seus públicos-alvo mais importantes:

Leia mais

Quadro Comum de Acompanhamento e Avaliação - questões comuns de avaliação relação com os domínios Folha 5

Quadro Comum de Acompanhamento e Avaliação - questões comuns de avaliação relação com os domínios Folha 5 Quadro Comum de Acompanhamento e Avaliação - questões comuns de avaliação relação com os domínios Folha 5 P1 Fomentar a transferência de conhecimentos e a inovação nos setores agrícola e florestal e nas

Leia mais

As políticas e prioridades para a Eficiência Energética e para as Energias Renováveis em Portugal Isabel Soares Diretora de Serviços

As políticas e prioridades para a Eficiência Energética e para as Energias Renováveis em Portugal Isabel Soares Diretora de Serviços As políticas e prioridades para a Eficiência Energética e para as Energias Renováveis em Portugal Isabel Soares Diretora de Serviços Lisboa, 15 de julho de 2016 Ordem dos Engenheiros Oportunidades de Financiamento

Leia mais

Responsabilidade Social Corporativa

Responsabilidade Social Corporativa Responsabilidade Social Corporativa 2015 A RSC na Saba A Saba está ciente de que os melhores resultados estão sempre associados às melhores práticas de operar. Ir de encontro a uma competitividade sustentável

Leia mais

Seminário Rega de povoamentos arbóreos tradicionalmente de sequeiro

Seminário Rega de povoamentos arbóreos tradicionalmente de sequeiro Seminário Rega de povoamentos arbóreos tradicionalmente de sequeiro Perspetivas para o regadio. Percurso pela história da hidráulica agrícola Fernando Oliveira Baptista Sociedade de Ciências Agrárias de

Leia mais

A quem se destina. Principais Benefícios. Empresas que pretendam reduzir os seus consumos energéticos localização: Norte Centro

A quem se destina. Principais Benefícios. Empresas que pretendam reduzir os seus consumos energéticos localização: Norte Centro FORMAÇÃO FORMAÇÃO A quem se destina Empresas que pretendam reduzir os seus consumos energéticos localização: Norte Centro Principais Benefícios Conhecimento do perfil energético da empresa; Verificação

Leia mais

Energias Renováveis Vs Sazonalidade na Agricultura

Energias Renováveis Vs Sazonalidade na Agricultura Energias Renováveis Vs Sazonalidade na Agricultura João Coimbra http://milhoamarelo.blogspot.com As energias e renováveis versus A sazonalidade na agricultura 1- A nossa exploração 2- Desafios duma exploração

Leia mais

PLANO DE ACÇÃO REGIONAL ALENTEJO 2020

PLANO DE ACÇÃO REGIONAL ALENTEJO 2020 FORUM REGIONAL ALENTEJO 2020 DESAFIOS E OPORTUNIDADES PLANO DE ACÇÃO REGIONAL ALENTEJO 2020 COMISSÃO DE COORDENAÇÃO E DESENVOLVIMENTO REGIONAL DO ALENTEJO Joaquim Fialho joaquim.fialho@ccdr-a.gov.pt Vendas

Leia mais

Sessão Pública Apresentação da Agenda Regional para a Energia. Resíduos do Nordeste, EIM

Sessão Pública Apresentação da Agenda Regional para a Energia. Resíduos do Nordeste, EIM Sessão Pública Apresentação da Agenda Regional para a Energia Resíduos do Nordeste, EIM 17.03.2010 Resíduos do Nordeste, EIM A actividade da empresa engloba a recolha e deposição de resíduos indiferenciados

Leia mais

Renováveis- Grande e Pequena Hídrica. Carlos Matias Ramos

Renováveis- Grande e Pequena Hídrica. Carlos Matias Ramos Renováveis- Grande e Pequena Hídrica Carlos Matias Ramos Lisboa, 3 de Março de 2009 Ilusão da Abundância Existe o sentimento de que os bens essenciais - água e energia eléctrica -são recursos disponíveis

Leia mais

EIXO PRIORITÁRIO VI INVESTIMENTOS ESTRUTURANTES DO EMPREENDIMENTO DE FINS MÚLTIPLOS DE ALQUEVA

EIXO PRIORITÁRIO VI INVESTIMENTOS ESTRUTURANTES DO EMPREENDIMENTO DE FINS MÚLTIPLOS DE ALQUEVA Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN) Programa Operacional Temático Valorização do Território AVISO PARA APRESENTAÇÃO DE CANDIDATURAS EIXO PRIORITÁRIO VI INVESTIMENTOS ESTRUTURANTES DO EMPREENDIMENTO

Leia mais

EDITAL SUBSISTEMA ALQUEVA APROVEITAMENTO HIDROAGRÍCOLA DE ALFUNDÃO, PISÃO E FERREIRA

EDITAL SUBSISTEMA ALQUEVA APROVEITAMENTO HIDROAGRÍCOLA DE ALFUNDÃO, PISÃO E FERREIRA EDITAL SUBSISTEMA ALQUEVA APROVEITAMENTO HIDROAGRÍCOLA DE ALFUNDÃO, PISÃO E FERREIRA O presente edital reúne a informação mais relevante referente à época de rega de 2019, mas não dispensa a consulta da

Leia mais

XI Jornadas FENAREG Encontro Regadio 2018

XI Jornadas FENAREG Encontro Regadio 2018 O futuro está no regadio XI Jornadas FENAREG Encontro Regadio 2018 Associação de Beneficiários da Obra de Rega de Odivelas Carlos Chibeles Índice 1. CONSTRANGIMEMTOS 2. MEDIDAS 3. ESTRATÉGIA 1. CONSTRANGIMEMTOS

Leia mais

O PAPEL ESTRATÉGICO DA AGRICULTURA BIOLÓGICA Jaime Ferreira Lisboa, 19 Abril 2013

O PAPEL ESTRATÉGICO DA AGRICULTURA BIOLÓGICA Jaime Ferreira Lisboa, 19 Abril 2013 O PAPEL ESTRATÉGICO DA AGRICULTURA BIOLÓGICA Jaime Ferreira Lisboa, 19 Abril 2013 1. Situação de referência A agricultura é produção de alimentos Contribuir para a preservação da biodiversidade e recursos

Leia mais

Plano de Adaptação às Alterações Climáticas

Plano de Adaptação às Alterações Climáticas Plano de Adaptação às Alterações Climáticas O Município de Alfândega da Fé tem vindo a desenvolver ações no sentido alcançar uma maior sustentabilidade energética e ambiental, que têm expressão em áreas

Leia mais

Substituir o gasóleo pela eletricidade Água e Energia

Substituir o gasóleo pela eletricidade Água e Energia Água e Energia 1 No Grupo Jerónimo Martins trabalhamos diariamente para nos tornarmos mais eficientes, procurando formas ativas de combater o desperdício em todas as frentes. Encaramos as ações com vista

Leia mais

CENTRAL DESSALINIZADORA DO PORTO SANTO E REDES DE DISTRIBUIÇÃO DE ÁGUA. 21 de março de 2019

CENTRAL DESSALINIZADORA DO PORTO SANTO E REDES DE DISTRIBUIÇÃO DE ÁGUA. 21 de março de 2019 CENTRAL DESSALINIZADORA DO PORTO SANTO E REDES DE DISTRIBUIÇÃO DE ÁGUA 21 de março de 2019 1. A ARM ÁGUAS E RESÍDUOS DA MADEIRA, S.A. Sistema Multimunicipal de Águas e Resíduos da RAM - concessionado à

Leia mais

ÁGUA: sustentabilidade e desenvolvimento económico

ÁGUA: sustentabilidade e desenvolvimento económico XXV Congresso Nacional JSD MOÇÃO ÁGUA: sustentabilidade e desenvolvimento económico "A água é o princípio de todas as coisas." (Tales de Mileto) I. Nota Introdutória A água é um bem essencial para a vida

Leia mais

Promoção do uso sustentável da biomassa florestal para fins energéticos

Promoção do uso sustentável da biomassa florestal para fins energéticos Focus Group IV Sustentabilidade Energética na Agricultura e Florestas Promoção do uso sustentável da biomassa florestal para fins energéticos Ponte de Lima, 03 de outubro de 2013 2000 2003 Comissão de

Leia mais

UTILIZAÇÃO DE ÁGUAS RESIDUAIS TRATADAS

UTILIZAÇÃO DE ÁGUAS RESIDUAIS TRATADAS A REUTILIZAÇÃO DE ÁGUAS RESIDUAIS EM PORTUGAL WORKSHOP IPQ 22 maio 2018 UTILIZAÇÃO DE ÁGUAS RESIDUAIS TRATADAS a perspetiva da ERSAR Margarida Monte 1 ÍNDICE 1. Enquadramento geral 2. Regulação económica

Leia mais

Afluências Indevidas. Experiência dos SIMAR de Loures e Odivelas

Afluências Indevidas. Experiência dos SIMAR de Loures e Odivelas Afluências Indevidas Experiência dos SIMAR de Loures e Odivelas Serviços Intermunicipalizados de Loures e Odivelas Dois Concelhos, uma só missão Lisboa - Fábrica de Água de Alcântara - 26 de Setembro de

Leia mais

As barragens e a gestão de recursos hídricos

As barragens e a gestão de recursos hídricos As barragens e a gestão de recursos hídricos João Joanaz de Melo João Joanaz de Melo FCT-UNL / GEOTA Contexto: alterações climáticas e indicadores energéticos Impactes das barragens: sociais, ecológicos,

Leia mais

REFERENCIAL DE ANÁLISE DE MÉRITO DO PROJETO AVISO PARA APRESENTAÇÃO DE CANDIDATURAS

REFERENCIAL DE ANÁLISE DE MÉRITO DO PROJETO AVISO PARA APRESENTAÇÃO DE CANDIDATURAS REFERENCIAL DE ANÁLISE DE MÉRITO DO PROJETO AVISO PARA APRESENTAÇÃO DE CANDIDATURAS PRIORIDADE DE INVESTIMENTO: INVESTIMENTO NA CONSERVAÇÃO, PROTECÇÃO, PROMOÇÃO E DESENVOLVIMENTO DO PATRIMÓNIO NATURAL

Leia mais

PRODUÇÃO A produção de eletricidade pode ter diferentes origens,

PRODUÇÃO A produção de eletricidade pode ter diferentes origens, Eólica PRODUÇÃO A produção de eletricidade pode ter diferentes origens, consoante a fonte de energia utilizada: Eólica: convertendo a energia do vento em energia elétrica através de geradores eólicos.

Leia mais

A agricultura portuguesa e o futuro da PAC pós 2013

A agricultura portuguesa e o futuro da PAC pós 2013 A agricultura portuguesa e o futuro da PAC pós 2013 Apresentação pública do Documento elaborado pelo Grupo de Peritos criado pelo Despacho n.º 7164/2010 do Ministro da Agricultura, do Desenvolvimento Rural

Leia mais

EDITAL SUBSISTEMA ALQUEVA APROVEITAMENTO HIDROAGRÍCOLA DE VALE DO GAIO

EDITAL SUBSISTEMA ALQUEVA APROVEITAMENTO HIDROAGRÍCOLA DE VALE DO GAIO EDITAL SUBSISTEMA ALQUEVA APROVEITAMENTO HIDROAGRÍCOLA DE VALE DO GAIO O presente edital reúne a informação mais relevante referente à época de rega de 2019, mas não dispensa a consulta da legislação em

Leia mais

Jornadas Técnicas sobre Sistemas de Apoio à Decisão na Agricultura de Regadio

Jornadas Técnicas sobre Sistemas de Apoio à Decisão na Agricultura de Regadio Jornadas Técnicas sobre Sistemas de Apoio à Decisão na Agricultura de Regadio 1ª sessão SISTEMAS DE APOIO A ENTIDADES GESTORAS Pedro Teixeira DGADR /Ricardo Braga ISA Auditório da EDIA Beja 06 de dezembro

Leia mais

Escola Superior de Tecnologia e Gestão Instituto Politécnico da Guarda. Figueiredo Ramos. (ESTG - Instituto Politécnico da Guarda)

Escola Superior de Tecnologia e Gestão Instituto Politécnico da Guarda. Figueiredo Ramos. (ESTG - Instituto Politécnico da Guarda) Figueiredo Ramos (ESTG - ) 17.05.2011 CONTEÚDO 1. Introdução. Perspectiva energética: história e futuro 2. Temperatura vs concentração de CO2 3. Tecnologias de conversão 4. Preocupações internacionais

Leia mais

EDITAL SUBSISTEMA ARDILA APROVEITAMENTO HIDROAGRÍCOLA DE ORADA-AMOREIRA, BRINCHES, BRINCHES-ENXOÉ E SERPA

EDITAL SUBSISTEMA ARDILA APROVEITAMENTO HIDROAGRÍCOLA DE ORADA-AMOREIRA, BRINCHES, BRINCHES-ENXOÉ E SERPA EDITAL SUBSISTEMA ARDILA APROVEITAMENTO HIDROAGRÍCOLA DE ORADA-AMOREIRA, BRINCHES, BRINCHES-ENXOÉ E SERPA O presente edital reúne a informação mais relevante referente à época de rega de 2019, mas não

Leia mais

A agricultura: Atividade económica do setor primário; A palavra agricultura significa a cultura do campo;

A agricultura: Atividade económica do setor primário; A palavra agricultura significa a cultura do campo; A agricultura A agricultura: Atividade económica do setor primário; A palavra agricultura significa a cultura do campo; Paisagem agrária: É a forma de cultivo e a divisão dos campos; É condicionada por

Leia mais

Aproveite a energia do sol

Aproveite a energia do sol Aproveite a energia do sol A energia do sol chegou a sua casa. Agora, com as soluções de energia solar edp já pode produzir e consumir a sua própria eletricidade. Assim, reduz a sua fatura energética e

Leia mais

Mitigar as alterações climáticas investindo no gás natural

Mitigar as alterações climáticas investindo no gás natural Mitigar as alterações climáticas investindo no gás natural Mitigar as alterações climáticas investindo no gás natural No âmbito da estratégia de sustentabilidade delineada, o grupo Portucel Soporcel (gps)

Leia mais

ALQUEVA. Uma realidade em 2015 UMA MINISTRA PARA RESOLVER OS PROBLEMAS JUNHO DE 2014

ALQUEVA. Uma realidade em 2015 UMA MINISTRA PARA RESOLVER OS PROBLEMAS JUNHO DE 2014 ALQUEVA Uma realidade em 2015 UMA MINISTRA PARA RESOLVER OS PROBLEMAS JUNHO DE 2014 ALQUEVA uma realidade em 2015 A finalização do projecto de Alqueva esperava há anos por uma decisão. Está garantida!

Leia mais

Substituir o gasóleo pela eletricidade SavEnergy

Substituir o gasóleo pela eletricidade SavEnergy SavEnergy 1 O projeto SavEnergy está em perfeito alinhamento com três variáveis críticas do perfil da NOS: inovação, eficiência e responsabilidade ambiental. Resulta de um estreito trabalho desenvolvido

Leia mais

10º ANO FÍSICA - Módulo Inicial Situação energética Mundial e degradação de energia

10º ANO FÍSICA - Módulo Inicial Situação energética Mundial e degradação de energia 10º ANO FÍSICA - Módulo Inicial Situação energética Mundial e degradação de energia PROBLEMAS ENERGÉTICOS DA ACTUALIDADE O avanço científico e tecnológico da nossa sociedade provocou o aumento acelerado

Leia mais

SUSTENTABILIDADE ENERGÉTICA, MEIO AMBIENTE E RECURSOS NATURAIS.

SUSTENTABILIDADE ENERGÉTICA, MEIO AMBIENTE E RECURSOS NATURAIS. SUSTENTABILIDADE ENERGÉTICA, MEIO AMBIENTE E RECURSOS NATURAIS. Nos últimos vinte anos fala-se com mais intensidade da crise energética, em sua dupla vertente: 1. O esgotamento dos combustíveis fósseis.

Leia mais

Eficiência energética e hidráulica

Eficiência energética e hidráulica Eficiência energética e hidráulica Helena Ramos IST - 2006 Projectos sustentáveis uso racional dos recursos hídricos existentes e a satisfação das necessidades dos consumidores minimização do uso de energia,

Leia mais

A importância da descentralização da produção de energia elétrica no âmbito da descarbonização da economia.

A importância da descentralização da produção de energia elétrica no âmbito da descarbonização da economia. A importância da descentralização da produção de energia elétrica no âmbito da descarbonização da economia. Raul Cunha dst Solar OERN Evolução da Potência Renovável Instalada em Portugal Produção de Energia

Leia mais

GREEN BUSINESS WEEK 2017 O solar fotovoltaico na transição para uma economia de baixo carbono

GREEN BUSINESS WEEK 2017 O solar fotovoltaico na transição para uma economia de baixo carbono GREEN BUSINESS WEEK 2017 O solar fotovoltaico na transição para uma economia de baixo carbono Maria José Espírito Santo, Diretora de Serviços de Energia Elétrica Lisboa, 17 de março de 2017 1 O solar fotovoltaico

Leia mais

Aproveite a energia do sol

Aproveite a energia do sol Aproveite a energia do sol A energia do sol chegou a sua casa. Agora, com as soluções de energia solar edp já pode produzir e consumir a sua própria eletricidade. Assim, reduz a sua fatura energética e

Leia mais

Aproveite a energia do sol

Aproveite a energia do sol Aproveite a energia do sol A energia do sol chegou a sua casa. Agora, com as soluções de energia solar edp já pode produzir e consumir a sua própria eletricidade. Assim, reduz a sua fatura energética e

Leia mais

AUDITORIAS AO DESEMPENHO DOS SISTEMAS DE REGA E BOMBAGEM NA OPTIMIZAÇÃO DO USO DA ÁGUA E ENERGIA

AUDITORIAS AO DESEMPENHO DOS SISTEMAS DE REGA E BOMBAGEM NA OPTIMIZAÇÃO DO USO DA ÁGUA E ENERGIA AUDITORIAS AO DESEMPENHO DOS SISTEMAS DE REGA E BOMBAGEM NA OPTIMIZAÇÃO DO USO DA ÁGUA E ENERGIA Auditoria energética O que é? Conjunto de observações e medições respeitantes às condições de utilização

Leia mais

DESAFIOS PARA A ENERGIA HIDROELÉCTRICA EM ANGOLA

DESAFIOS PARA A ENERGIA HIDROELÉCTRICA EM ANGOLA DESAFIOS PARA A ENERGIA HIDROELÉCTRICA EM ANGOLA António Machado e Moura Professor Catedrático, Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto - Portugal Luanda, 24 a 27 de Setembro de 2013 CONFERÊNCIA

Leia mais