As barragens e a gestão de recursos hídricos

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1 As barragens e a gestão de recursos hídricos João Joanaz de Melo João Joanaz de Melo FCT-UNL / GEOTA

2 Contexto: alterações climáticas e indicadores energéticos Impactes das barragens: sociais, ecológicos, económicos Alternativas de política energética Medidas de gestão à escala da região hidrográfica 2

3 Contexto: alterações climáticas e indicadores energéticos

4 O clima está mesmo a mudar! 4

5 Pontos quentes da biodiversidade WWF 5

6 O preço do petróleo 6

7 Indicadores energéticos Indicador (2006) Portugal UE27 Intensidade energética (gep/ PIB) Intensidade energética var.( ) 0% -20% Intensidade energética var.( ) -2% -6% Emissões GEE acima das metas +13% +1% Dependência energética Taxa de crescimento do consumo de electricidade ( ) Taxa de crescimento do PIB, preços constantes ( ) 83% +3.7% +0.8% 54% +1.6% +1.9% Fonte: Eurostat e EEA 7

8 Real significado das novas grandes barragens Indicadores: 12 novas grandes barragens (PNBEPH+2) Potência instalada: 1,34 GW +8% capacidade instalada (eléctrica) Produção eléctrica: 1,9 TWh/ano +1% consumo final de energia, +4% electricidade Efeito das 12 barragens é obliterado num ano de crescimento dos consumos BAU Capacidade de bombagem dobro da supostamente necessária (0,6 vs 0,3 GW) 8

9 Impactes das barragens: sociais, ecológicos económicos

10 Virtudes da hidroelectricidade Não poluente na operação Entrada em linha muito rápida Pontas do diagrama de carga Reserva do sistema Capacidade significativa de armazenamento a baixo custo 10

11 Limitações da hidroelectricidade Potencial sobrante baixo Impactes graves, muitos deles irreversíveis, na instalação e operação Produtividade variável com o clima Em Portugal, perspectiva de diminuição de produtividade de 20 a 50% em 50 anos 11

12 Isto é um rio 12

13 Isto é uma albufeira 13

14 Impactes sociais Destruição de modos de vida Destruição de património cultural único Nenhuma evidência de desenvolvimento local Municípios ribeirinhos pobres Actividade turística de albufeira marginal Emprego local irrelevante Excepções com investimentos independentes 14

15 Impactes ecológicos Destruição das paisagens e dos ecossistemas ripícolas, seja por afogamento ou por alteração do regime hídrico Destruição dos corredores ecológicos Destruição dos solos submersos Riscos de eutrofização Eliminação de espécies migradoras e outras Destruição do turismo de natureza 15

16 Impactes económicos Empregos gerados na construção de barragens têm custo 10 (dez) vezes superior a outros tipos de investimento, p.e. turismo rural Custo de poupança de energia é 10 (dez) vezes inferior ao da hidroelectricidade 16

17 Um turismo diferente e único 17

18 Alternativas de política energética

19 Soluções alternativas 1. Melhorar a eficiência energética Reduzir o consumo de electricidade Reduzir os picos de potência 2. Substituir as fontes Renováveis de baixo impacte: solar; dentro de certos limites, biomassa, eólica, geotérmica 3. Novas energias Investigação científica e novas tecnologias Novos conceitos: micro-geração, hidrogénio Solar fotovoltaico: rentável em 5-10 anos 19

20 Indústria Análise tarifária: uso de contadores bi- ou tri-horários, potência contratada, compensação de potência reactiva Optimização de operações Isolamentos térmicos, eliminação de fugas, substituição de combustíveis Equipamentos eficientes: motores, bombas, compressores Práticas de gestão 20

21 Edifícios Arquitectura bioclimática Isolamento Protecção solar Equipamentos eficientes Climatização Audio-visuais Boas práticas 21

22 Transportes Mobilidade vs. obras públicas aposta nos transportes públicos ferroviários Inter-modalidade e unificação de tarifas Ordenamento do território Estilo de vida: p.e bicicleta Novas tecnologias: carros híbridos, eléctricos, a hidrogénio 22

23 Fotovoltaico: a energia do futuro US Dept. Energy CENIMAT/FCT-UNL 23

24 Renováveis descentralizadas de baixo impacte 24

25 Efeitos de opções de política energética Opção Electroprodução em 12 grandes barragens 3ª travessia do Tejo em Lisboa Balanço energético (% procura final) Investmento (M!) Período retorno (anos) +1% ,5% Uso eficiente, - 10% 2 500! 4 todos os sectores - 30% n.d.! 10 Uso eficiente da - 1.3% 400! 3 electricidade - 6% 3 500! 6 Impactes sociais e ecológicos Muito negativos: destruição de habitats, riscos elevados, inundação de património e paisagens únicas Muito negativo: poluição atmosférica e emissões de GEE acrescidos, efeitos na saúde publica, desincentivo ao transporte público e renovação urbana Muito positivo: poupança de emissões e de combustíveis fósseis importados Muito positivo: poupança de emissões e de combustíveis fósseis importados 25

26 Política energética precisa-se Informação ao consumidor e às empresas Política fiscal e de preços Electricidade ao custo real Benefícios fiscais para a poupança de energia IVA conforme desempenho energético Promoção das energias descentralizadas Facilitar a ligação à rede da micro-geração Avaliação séria do impacte dos projectos 26

27 Medidas de gestão à escala da região hidrográfica

28 Princípios fundamentais Sustentabilidade Impacte negativo líquido nulo Compensação obrigatória em espécie e magnitude Ausência de impactes irreversíveis Equilíbrio nos usos actuais e futuros Equação de conflitos e compatibilidades Avaliação cabal de alternativas, incluindo gestão da procura Transparência de processos 28

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