ESTRUTURA DE GERENCIAMENTO DE RISCO OPERACIONAL
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- Eugénio Leveck Bandeira
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1 ESTRUTURA DE GERENCIAMENTO DE RISCO OPERACIONAL Em atendimento a exigência estipulada pelo Banco Central, através da Resolução nº 3.380/2006, do Conselho Monetário Nacional (CMN), a corretora desenvolveu a política de gerenciamento de risco operacional da Uniletra Corretora, definindo a metodologia e o processo de Gestão do Risco Operacional. DEFINIÇÃO Conforme descrito no art.2º, da Resolução nº 3.380/2006, o Risco Operacional se caracteriza pela possibilidade de ocorrência de perdas resultantes de falha, deficiência ou inadequação de processos internos, pessoas e sistemas, ou de eventos externos. GESTÃO Deve-se incluir o Risco Legal associado à inadequação ou deficiência em contratos firmados pela instituição, bem como a sanções em razão de descumprimento de dispositivos legais e a indenizações por danos a terceiros decorrentes das atividades desenvolvidas pela instituição. Entre os eventos de risco operacional, incluem-se as seguintes categorias: Fraudes Internas: Atos direcionados a defraudar, apropriar-se de bens indevidamente, ou a burlar regulamentos, leis ou políticas empresariais (excluídos os eventos de discriminação), nas quais se encontra implicada pelo menos uma parte da empresa; Fraudes Externas: Atos direcionados a defraudar, apropriar-se de bens indevidamente ou burlar a lei, por parte de um terceiro; Demandas Trabalhistas e Segurança deficiente do local de trabalho; atuações incompatíveis com a legislação ou acordos laborais, de higiene ou de segurança no trabalho, do pagamento de indenizações por danos pessoais ou eventos de discriminação; Praticas inadequadas relativas a clientes, produtos e serviços: Não cumprimento involuntário ou negligente de uma obrigação profissional diante de clientes concretos (incluídos os requisitos fiduciários e de adequação) ou da natureza ou projeto de um produto; Danos a ativos físicos próprios ou em uso pela instituição: Danos ou prejuízos a ativos físicos ou intangíveis (incluindo dados) decorrente de internos ou externos ou outros eventos; Eventos que acarretam a interrupção das atividades da instituição: Incidências nos negócios provenientes de falhas nos sistemas de informação ou outros eventos; Falhas em sistemas de tecnologia da informação: Sistemas mal parametrizados, obsoletos, erros de processamento e outros eventos; Falha na execução, cumprimento de prazos e gerenciamento das atividades na instituição: Erros no processamento de operações ou na Gestão de Processos, assim como de relações com parceiros comerciais e provedores. A identificação do evento e classificação do risco operacional deve ser feita pelo gerente e/ou responsável do setor envolvido na atividade ou processo causador do evento, contando com o suporte de outras áreas ou departamentos envolvidos, caso necessário. Após a identificação inicial do evento e a análise e classificação dos riscos inerentes, os gerentes e ou responsáveis dos setores envolvidos discutem e sugerem as ações remediadoras a serem
2 QUANTITATIVO QUALITATIVO adotadas. Os gerentes e/ou responsáveis de cada setor devem elaborar relatório contendo os eventos identificados em seus setores, classificação do risco e sugestão de ações remediadoras. Tal relatório deve ser submetido a Comitê de Governança Corporativa para aprovação da classificação do risco e das ações preventivas e/ou corretivas, sempre que necessário. A figura 01 representa as etapas de monitoramento de Risco Operacional da Uniletra. Matriz de Risco Levantamento dos Processos Identificação dos Riscos Formalização das atividades desenvolvidas, mapeadas pelo Setor de Compliance. Identificação dos riscos inerentes dos processos, ativos e recursos envolvidos. Atividades de Controle Apuração dos controles envolvidos, relativos aos riscos associados. Analise dos Riscos Analise do impacto e probabilidade de sua ocorrência. Tratamento dos Riscos Matriz de Perdas Apuração de perdas operacionais Elaboração de medidas para mitigação, adequação dos riscos por meio de ações e controles que minimizem os impactos. Perdas financeiras e/ou extensão de outros danos associados, sofridos pela instituição (identificação, registro e tratamento).
3 PROBABILIDADE Critérios de Classificação dos Riscos Os riscos são classificados na Matriz de Risco de acordo com a probabilidade x impacto em quatro níveis, de acordo com a tabela 1: Tabela 1 - Matriz de Risco: Probabilidade x Impacto. MATRIZ DE RISCO IMPACTO Baixo Médio Alto Extremo Quase certo Provável Possível Raro Tabela 2 - Grau de Exposição dos Riscos 1 a 3 Baixo 4 a 7 Médio 8 a 12 Alto 12 a 16 Extremo Evento poderá ocorrer em circunstâncias excepcionais e terá impacto irrelevante somente na atividade em si. Evento poderá ocorrer em algum momento e dificultará alcance dos objetivos do processo ou da cadeia Cliente-fornecedor, causando algum impacto nos objetivos estratégicos. Evento poderá ocorrer com freqüência e inviabilizará o alcance dos objetivos do processo ou da cadeia cliente-fornecedor, causando impactos severos nos objetivos estratégicos. Evento que pode acarretar na prisão dos administradores e/ou gestores responsáveis e qualquer ação que possa paralisar e/ou desabilitar as operações da instituição. Tabela 3 Escala de Probabilidade Quase Certo Provável Possível Raro Evento ocorrerá na maioria das vezes Poderá acontecer freqüentemente; Parâmetro Sugerido: 81 a 100%. Evento ocorrerá com freqüência Poderá acontecer algumas vezes; Parâmetro Sugerido: 61 a 80%. Evento deverá ocorrer em algum momento Poderá acontecer pelo menos uma vez; Parâmetro Sugerido: 41 a 60%. Evento poderá ocorrer em algum momento Pouco provável de acontecer; Parâmetro Sugerido: 0 a 40%.
4 Tabela 4 - Escala de Impacto Extremo Alto Moderado Baixo Inviabiliza o alcance dos objetivos da atividade, processos ou da linha de negócios; Representa descumprimento de leis ou regulamentações que comprometam fortemente a imagem do Grupo; Fatalidade e/ou destruição dos meios, instalações ou equipamentos. Perda de vida humana. Impacta fortemente no alcance dos objetivos da atividade, processos e linhas de negócios; Representa descumprimento de leis ou regulamentações que comprometam a imagem do Grupo; Fraude independente do dano causado, de qualquer natureza. Dano a integridade física. Dificulta a execução da atividade, processo e linha de negócio; Representa descumprimento de leis ou regulamentações que não comprometam a imagem do Grupo; Culmina na insatisfação e/ou perda de clientes. Poderá afetar a atividade e o processo, gerando um impacto referente a eficiência do mesmo com relação a custo e prazo; Pode apresentar um leve efeito sobre o alcance dos objetivos da linha de negócio. PLANO DE CONTIGÊNCIA O plano de contingência deve ser constituído por uma série de ações determinadas, relacionadas com o sistema a ser recuperado em caso de falha. A sua complexidade e profundidade devem ser necessárias e suficientes para atender as demandas dos sistemas da organização, sem desperdícios ou excesso de informação que poderiam ser prejudiciais numa situação crítica. A Uniletra possui um Plano de Continuidade de Negócios este se encontra presente neste manual com o Código AFI-03/01. ESTRUTURA
5 REVISÃO A estrutura de gerenciamento de risco operacional, incluindo seus processos e controles, será revisada anualmente ou conforme alteração de procedimento ou legislação vigente, pela Diretoria, além de esta ser responsável pelas informações divulgadas. DIVULGAÇÃO Um relatório de acesso público com o a estrutura de gerenciamento de risco operacional, será divulgado juntamente com as demonstrações contábeis semestrais, indicando o endereço eletrônico de divulgação da mesma no site da corretora.
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