Política de Gerenciamento de Risco de Liquidez Maio 2018
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- Natália Lemos Estrela
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1 Política de Gerenciamento de Risco de Liquidez Maio 2018 Elaboração: Risco Aprovação: COMEX Classificação do Documento: Público
2 ÍNDICE 1. OBJETIVO ABRANGÊNCIA DEFINIÇÕES RESPONSABILIDADES Do Comitê Executivo (COMEX) Do Chief Risk Officer ( CRO ) Da Unidade de Gerenciamento de Riscos Da Auditoria Interna DIRETRIZES APROVAÇÃO E REVISÃO
3 1. OBJETIVO Esta política tem por objetivo estabelecer os fundamentos associados ao processo de gerenciamento de risco de liquidez em conformidade com a Resolução CMN 4.557, de 23 de fevereiro de 2017, observando a natureza das suas operações, a complexidade dos produtos e serviços oferecidos, a dimensão da exposição a risco de liquidez, as melhores práticas, normas e demais regulamentações aplicáveis. 2. ABRANGÊNCIA Instituições do conglomerado Brasil Plural. 3. DEFINIÇÕES Para efeitos desta política, define-se o risco de liquidez como (i) a possibilidade de a instituição não ser capaz de honrar efetivamente suas obrigações esperadas e inesperadas, correntes e futuras, inclusive as decorrentes de vinculação de garantias, sem afetar suas operações e sem incorrer em perdas significativas e (ii) a possibilidade de a instituição não conseguir negociar a preço de mercado uma posição, devido ao seu tamanho elevado em relação ao volume normalmente transacionado ou em razão de alguma descontinuidade no mercado. Define-se o gerenciamento de risco de liquidez como o processo contínuo de identificação, mensuração, avaliação, monitoramento e controle e mitigação dos riscos associados a cada instituição individualmente e ao conglomerado prudencial, do risco de liquidez em diferentes horizontes de tempo, inclusive intradia, em situações normais ou de estresse. 4. RESPONSABILIDADES Em linha com o escopo desta política, seguem abaixo transcritas as responsabilidades detalhadas e segmentadas Do Comitê Executivo (COMEX) Assegurar a aderência da instituição à política, às estratégias e aos limites de gerenciamento de risco de liquidez; Assegurar a correção tempestiva das deficiências da estrutura de gerenciamento de risco de liquidez; Autorizar, quando necessário, exceções à política, aos procedimentos, aos limites e aos níveis de apetite por riscos fixados na RAS; Promover a disseminação da cultura de gerenciamento de riscos na instituição; 3
4 Assegurar recursos adequados e suficientes para o exercício das atividades de gerenciamento de risco de liquidez, de forma independente, objetiva e efetiva; Assegurar que a instituição mantenha níveis adequados e suficientes de capital e de liquidez; Acompanhar tempestivamente o nível de risco de liquidez assumido no âmbito do conglomerado Brasil Plural; Indicar o diretor responsável pela Unidade de Gerenciamento de Riscos; Garantir que o diretor responsável pela Unidade de Gerenciamento de Riscos não desempenhe funções relativas à administração de recursos de terceiros e de operações de tesouraria; Manter a segregação da Unidade de Gerenciamento de Riscos das unidades de negociação e da área de Auditoria Interna; Aprovar e revisar a política de gerenciamento de risco de liquidez anualmente; Fazer constar a descrição da estrutura de gerenciamento de risco de liquidez em relatório de acesso público divulgado com periodicidade mínima anual; Fazer constar a descrição da estrutura de gerenciamento de risco de liquidez nas publicações das demonstrações contábeis semestrais Do Chief Risk Officer ( CRO ) Supervisionar o desenvolvimento, implementação e o desempenho da estrutura de gerenciamento de risco de liquidez, incluindo seu aperfeiçoamento; Garantir a adequação, à RAS e aos objetivos estratégicos da instituição, da política, dos processos, dos relatórios, dos sistemas e dos modelos utilizados no gerenciamento de riscos; Solicitar aos gestores a adequação das exposições a risco de liquidez incorridas em suas estratégias aos limites estabelecidos na RAS, políticas e regulamentos; Capacitar adequadamente os integrantes da unidade de gerenciamento de riscos acerca da política, dos processos, dos relatórios, dos sistemas e dos modelos da estrutura de gerenciamento de riscos, mesmo que desenvolvidos por terceiros; Subsidiar e participar no processo de tomada de decisões estratégicas relacionadas ao gerenciamento de risco de liquidez, auxiliando o COMEX; Informar ao COMEX os eventos de risco de liquidez Da Unidade de Gerenciamento de Riscos As responsabilidades pela execução atividades da Unidade de Gerenciamento de Riscos no Brasil Plural estão divididas entre Diretoria Financeira, Tesouraria e Risco. 4
5 Diretoria Financeira: Elaborar e revisar o Plano de Contingência de Liquidez que estabeleça responsabilidades e procedimentos para enfrentar situações de estresse de liquidez; Elaborar estratégias de captação que proporcionem diversificação adequada das fontes de recursos e dos prazos de vencimento. Tesouraria: Reportar tempestivamente ao COMEX situação de liquidez do conglomerado prudencial Brasil Plural e das instituições individualmente; Reportar tempestivamente ao COMEX o fluxo de caixa do conglomerado prudencial Brasil Plural para horizonte de tempo de 30, 90 e 720 dias; Manter o nível de liquidez dentro dos limites estabelecidos no âmbito do conglomerado Brasil Plural; Executar as medidas previstas no Plano de Contingência de Liquidez do conglomerado prudencial da Brasil Plural quando houver necessidade de readequar o caixa. Unidade de Gerenciamento de Riscos: Elaborar e documentar as políticas e estratégias para o gerenciamento do risco de liquidez; Estabelecer limites operacionais e adotar procedimentos destinados a mantê-los em níveis considerados aceitáveis no âmbito do conglomerado Brasil Plural; Adotar processos para identificar, monitorar e controlar a exposição ao risco de liquidez em diferentes horizontes de tempo, inclusive intradia, contemplando, no mínimo, a avaliação diária das operações com prazos de liquidação inferiores a 90 dias; Identificar previamente os riscos inerentes a novas atividades e produtos realizando análise de sua adequação aos procedimentos, controles, limites regulatórios e aos limites adotados no conglomerado prudencial Brasil Plural; Realizar periodicamente testes de estresse com cenários de curto e de longo prazo, idiossincráticos e sistêmicos, cujos resultados devem ser considerados ao estabelecer ou rever políticas, as estratégias, os limites e o Plano de Contingência de Liquidez. Estabelecer limites de exposição e adotar procedimentos destinados a mantê-los em níveis definidos na RAS; Disseminar à instituição, em seus diversos níveis, o apetite a risco documentado na RAS, bem como o procedimento para reporte de ocorrência relacionadas a não observância dos níveis de apetite por riscos; 5
6 Utilizar sistemas para medir, monitorar e controlar a exposição ao risco de mercado, tanto para as operações incluídas na carteira de negociação quanto para as demais posições; Elaborar relatórios gerenciais tempestivos para a diretoria versando sobre a aderência do gerenciamento de risco de liquidez aos termos da RAS e à política e limites definidos Da Auditoria Interna Verificar o cumprimento desta política e dos procedimentos. Realizar anualmente testes de avaliação dos sistemas utilizados no gerenciamento de risco de liquidez com o objetivo de verificar a aderência aos fundamentos estabelecidos nesta política. 5. DIRETRIZES A Unidade de Gerenciamento de Riscos segue as diretrizes abaixo descritas na execução de suas atividades. Fica estabelecido que devem ser consideradas todas as operações praticadas nos mercados financeiro e de capitais, assim como possíveis exposições contingentes ou inesperadas, tais como as advindas de serviços de liquidação, prestação de avais e garantias, e linhas de crédito contratadas e não utilizadas; A instituição deve considerar o risco de liquidez individualmente nos países que opera e nas moedas às quais está exposta, observando eventuais restrições à transferência de liquidez e à conversibilidade entre moedas, tais como as causadas por problemas operacionais ou por imposições feitas por um país; Para fins de monitoramento e avaliação do risco de liquidez realizamos periodicamente testes de estresse com cenários de curto e de longo prazo, idiossincráticos e sistêmicos, cujos resultados devem ser considerados ao estabelecer ou rever políticas, as estratégias, os limites e o Plano de Contingência de Liquidez. Fica estabelecido o colchão mínimo de liquidez no valor de BRL 25 milhões. 6. APROVAÇÃO E REVISÃO Esta política será aprovada e revisada no mínimo anualmente pelo COMEX. 6
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