INFORMAÇÕES METEOROLÓGICAS DA REGIÃO DE RIO LARGO -AL, ANO 1999
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- João Lucas Wilson Ramalho Beppler
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1 INFORMAÇÕES METEOROLÓGICAS DA REGIÃO DE RIO LARGO -AL, ANO 1999 Emmanuel Alisson Bezerra Cavalcanti 1 ; Joaquim Louro da Silva Neto 1, Everton Jean da Silva Barreto 1, Érikson Amorim dos Santos 1, José Leonaldo de Souza 1, Paulo Roberto Meira 3, Franklin Alves dos Anjos 2, Gilson Moura Filho 2, Rosilene Mendonça Nicácio 2 1 Departamento de Meteorologia, CCEN/UFAL, 2 Dept o de Solos, Eng. e Economia Rural/CECA/UFAL 3 INMET/3 o DISME Cidade Universitária, Tabuleiro, Maceió, AL, CEP: emmanuelalisson@zipmail.com.br, joaquimlouro@hotmail.com, everton.barreto@zipmail.com.br, jierikson@hotmail.com, jls@ccen.ufal.br, pmeira@zaz.com.br, faanjos@hotmail.com gmf@fapeal.br, nicr@ccen.ufal.br ABSTRACT This work shows meteorological information of the Region of Rio Largo - Al, Brazil, represented for the meteorological elements temperature of air, relative humidity of air, pluvial precipitation, solar brightness, speed of the wind and pan evaporation, observed in the meteorological station of the Campus Delza Gitaí/CECA/UFAL, for the year of The average temperature of air, showed a variation of 22,9 o C in the decade 24 (between days 21/08 and 31/08) until 27,7 o C in the decade 11 (between days 11/04 and 20/04), with annual average of 25,0 o C. The relative humidity of air varied of 68.6% in the decade 11 (between days 11/04 and 20/04) up to 94.2% in the decade 20 (between days 11/07 and 20/07), with annual average of 82.0%. The pluvial precipitation showed a variation of 0,3mm in the decade 32 (between days 11/11 and 20/11) until 171,8mm in the decade 20 (between 20/07 and 31/07), with annual total of 1064,4mm. INTRODUÇÃO A influência das condições meteorológicas em atividades humanas e meio ambiente é consenso geral e comprovada por muitos pesquisadores. A geração de informações ambientais, principalmente as interações entre a atmosfera com os processos de superfície, constitui-se em pré-requisito básico para uma exploração mais racional dos recursos naturais da região, visto que subsidiará as áreas de engenharia, energia, agricultura, meio ambiente, entre outras (Kondratyev, 1966; Sellers, 1972; Budiko, 1974 Rosenberg et al., 1983; Pereira et al, 1997). O entendimento das condições climáticas de uma região é feito através da coleta e análise das variáveis meteorológicas precipitação pluvial, temperatura do ar, umidade do ar, nebulosidade, pressão atmosférica, vento, radiação solar, evaporação, entre outros. A definição de padrões meteorológicos e climatológicos das regiões, são feitos em termos temporais e espaciais, requerendo uma análise conjunta de muitas variáveis (Mather, 1974; Vianello & Alves, 1991; Cavalcanti, 1996; Lemes & Moura, 1998). Esse trabalho mostrará a descrição dos elementos meteorológicos referente a Região de Rio Largo AL, no ano de METODOLOGIA As características dos elementos meteorológicos temperatura do ar, umidade relativa do ar, evaporação do tanque classe A, brilho solar, precipitação pluvial e velocidade do vento, para a Região de Rio Largo AL, no ano de 1999, serão descritos em termos decendial, mensal e anual. A análise decendial refere-se ao mês dividido em três períodos: decêndio 1 (entre 1 e 10), decêndio 2 ( entre 11 e 20 ) e decêndio 3 ( entre os dias 21 e 28,29,30 ou 31). Os dados totais foram obtidos na Estação do Campus Delza Gitaí/UFAL (9 o 27 S, 35 o 27 W, 127m) observados diariamente às 8:00 local. A temperatura do ar é uma variável meteorológica que indica o grau de energia térmica do ambiente atmosférico. Sua determinação foi feita através de medições diárias dos termômetros de máxima, mínima e termômetros do bulbo seco e bulbo úmido, tendo como unidade graus Celsius ( C). A umidade do ar é a água, na fase de vapor, que existe na atmosfera. Suas fontes naturais são as superfícies de água, gelo, neve, superfície do solo, superfícies vegetais e animais. A passagem para a fase de vapor é realizada pelos processos físicos de evaporação e sublimação, e pela transpiração. A umidade relativa do ar tem como unidade a percentagem (%). Sua determinação foi feita através de tabelas psicrométricas, utilizando a indicação dos termômetro de bulbos seco e úmido. Evaporação é o processo natural pelo qual a água de uma superfície (oceanos, rios, lagos e superfície umedecida) passa para a atmosfera na forma de vapor, a uma temperatura inferior à de ebulição. A unidade de medida da evaporação é o milímetro (mm). Sua determinação foi feita através do tanque de evaporação do tipo classe A. 1209
2 O brilho solar corresponde ao período que o disco do Sol fica sem ser encoberto por nuvens. Sua indicação foi registrada no heliograma, utilizando o heliógrafo. Precipitação é o processo pelo qual a água condensada na atmosfera atinge gravitacionalmente a superfície terrestre. As precipitações se originam de nuvens formadas pelo resfriamento por expansão adiabática de massas de ar que se elevam na atmosfera. A unidade de medida da precipitação é o milímetro (mm). Sua determinação foi feita através do pluviômetro. O vento é o movimento do ar em relação à superfície terrestre. É gerado pela ação de gradientes de pressão atmosférica, mas sofre influências modificadoras do movimento de rotação da Terra, da força centrífuga ao seu movimento e do atrito com a superfície terrestre. A velocidade do vento é uma grandeza vetorial, da qual se mede normalmente parâmetros da sua componente horizontal. Os parâmetros medidos são: velocidade, direção e força do vento. A unidade de medida da velocidade do vento é metros por segundo (m/s). Sua determinação foi feita através do anemômetro totalizador de conchas. RESULTADOS Temperatura do ar A Figura 1 mostra a variação média decendial da temperatura máxima de ar (Tx), temperatura mínima de ar (Tn) e temperatura média de ar (Tmed), para a região de Rio Largo no ano de Esse elemento meteorológico, em termos de máxima, mostrou uma variação de 26,5 C para o decêndio 24 (entre 21/08 e 31/08) até 33,4 C para o decêndio 7 (entre os dias 01/03 e 10/03), com média anual de 30,3 C. A temperatura mínima do ar, mostrou uma variação de 18,8 C para o decêndio 26 (entre os dias 11/09 e 20/09) até 22,5 C para o decêndio 5 (entre os dias 11/02 e 20/02), com média anual de 20,6 C. A temperatura média do ar, mostrou uma variação de 22,9 C para o decêndio 24 (entre os dias 21/08 e 31/08) até 27,7 o C para o decêndio 11 (entre os dias 11/04 e 20/04), com média anual de 25,5 o C. 36 o T e m p e r a t u r a d o A r C) ( D e c ê n d i o A n u a l Tx Tn Tmed Figura-1. Variação decendial da temperatura máxima (Tx), temperatura mínima (Tn) e temperatura média (Tmed) do ar, representativa da região Rio Largo, ano de
3 Umidade relativa do ar A Figura 2 mostra a variação média decendial da umidade relativa do ar (UR) para a região de Rio Largo no ano de Esse elemento meteorológico mostrou uma variação de 68,6% para o decêndio 11 (entre os dias 11/04 e 20/04) até 94,2% para o decêndio 20 (entre os dias 11/07 e 20/07), com média anual de 82,0%. 100 Umidade Relativa do Ar (%) D e c ê n d i o A n u a l Figura-2. Variação decendial da umidade relativa do ar (UR), representativa da região Rio Largo, ano de Evaporação do tanque classe A A Figura 3 mostra a variação média decendial da evaporação do tanque classe A (ETCA) para a região de Rio Largo no ano de 1999.Esse elemento meteorológico variou de 29,7mm para o decêndio 26 (entre os dias 11/09 e 20/09) até 82,3mm para o decêndio 3 (entre os dias 21/01 e 31/01), com total anual de 1995,3mm. Brilho solar A Figura 4 mostra a variação média decendial do brilho solar para a região de Rio Largo no ano de 1999.Esse elemento meteorológico mostrou uma variação de 39,8h para o decêndio 26 (entre os dias 11/09 e 20/09) até 96,7h para o decêndio 33 (entre os dias 21/11 e 30/11), com total anual de 2617,7h. 1211
4 90 80 E V A P O R A Ç Ã O (mm) D e c ê n d i o A n u a l Figura-3. Variação decendial da evaporação do tanque classe A (ETCA), representativa da região Rio Largo, ano de B r i l h o S o l a r (horas) D e c ê n d i o A n u a l Figura-4. Variação decendial do brilho solar (bsol), na região Rio Largo, ano de
5 Precipitação pluvial A Figura 5 mostra a variação de totais decendiais da precipitação pluvial para a região de Rio Largo no ano de 1999.Esse elemento meteorológico mostrou uma variação de 0,3mm para o decêndio 32 (entre os dias 11/11 e 20/11) até 171,8mm para o decêndio 20 (entre 20/07 e 31/07), com total anual de 1064,4mm. Velocidade do vento A Figura 6 mostra a variação média decendial da velocidade do vento à 2m (VV2m) e da velocidade do vento à 4m (VV4m) para a região de Rio Largo no ano de Esse elemento meteorológico, para a altura de 2m, mostrou uma variação de 0,94m/s para o decêndio 18 (entre os dias 21/06 e 30/06) até 1,76m/s para o decêndio 35 (entre os dias 11/12 e 20/12), com média anual de 1,3 m/s. Esse elemento meteorológico, para a altura de 4m, mostrou uma variação de 1,1m/s para o decêndio 26 (entre os dias 11/09 e 20/09) até 2,1 m s -1 para o decêndio 35 (entre os dias 11/12 e 20/12), com média anual de 1,5m s -1. Um resumo médio e das principais características meteorológicas do ano de 1999, na região de Rio Largo, Alagoas, constam das Tabela 1 e 2. P r e c i p i t a ç ã o P l u v i a l ( mm ) D e c ê n d i o A n u a l Figura-5. Variação decendial da precipitação pluvial (Ch), na região Rio Largo, ano de
6 Velocidade do vento(m s -1 ) Decêndio Anual VV a 2m VV a 4m Figura-6. Variação decendial da velocidade do ar à 2 metros (VV2m) e da velocidade do ar à 4 metros (VV4m), representativa da região Rio Largo, ano de CONCLUSÕES - A precipitação pluvial no ano de 1999 apresentou-se abaixo da média (1818mm) da região, correspondendo a 1064,4 mm. - O período em avaliação apresentou 190 dias sem chuva. - A média da temperatura máxima do ar no foi de 29,4 o C e a mínima foi de 20,3 o C. - O decêndio 26 (11 a 20/09) foi o período que mostrou a menor temperatura mínima do ar (18,8 o C). - O (abril/agosto) mostrou um total de 691,4 mm e o menos (setembro/dezembro) teve 287,0 mm. - A chuva do correspondeu somente a 55.45% da média e a chuva do menos ficou com 8% acima da média. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BUDIKO, M. I Climate and lifa. New York: Academic Press, p. CAVALCANTI, I. F. A. Climanálise especial: edição comemorativa de 10 anos. São José dos Campos, SP, MCT/INPE/CPTEC, 1996, 235p. (Boletim Técnico). KONDRATYEV, K. Y. Radiation in the atmosphere. London: Academic Press, p. LEMES, M. ª M., MOURA, ª D. Fundamentos de dinâmica aplicados à meteorologia e oceanografia. São José dos Campos, SP, INPE/UNIVAP, 484p. MATHER, J. R. Climatology: fundamnetals and applications: New York, McGranw-Hill, 1974, 412p. PEREIRA, A.R., VILLA NOVA, N.A., SEDIYAMA, G.C. Evapotranpiração. Piracicaba: FEALQ, p. ROSENBERG, N. J., BLAD, B. L., VERMA, S. B. Microclimate: the biological environment. 2.ed. New York: John Wiley, p. SELLERS, W.D. Physical climatology. 5.ed. Chicago: University Chicago Press, p. VIANELLO, R. L., ALVES, ª R. Meteorologia básica e aplicações. Viçosa, UFV, 1991, 449p. 1214
7 Tabela 1. Elementos meteorológicos e seus respectivos dados médios, para o ano de 1999, Região de Rio Largo AL, Campus Delza Gitaí/UFAL. Elementos Dados Mensal e Anual Meteorológicos Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez ANO Temperatura Máxima do Ar 32,5 31,9 32,8 32,3 30,0 29,3 28,0 27,3 27,8 29,0 30,8 31,6 30,3 ( C) Temperatura Mínima do Ar 21,5 22,1 22,0 21,8 21,0 20,3 19,2 19,1 19,2 19,9 20,6 21,0 20,6 ( C) Umidade Relativa do Ar (%) 74,0 74,2 77,1 73,7 86,9 89,5 90,4 91,2 88,7 83,8 79,2 75,2 82,0 Evaporação do Tanque Classe A (mm) 228,6 199,2 217,3 206,8 127,4 111,8 110,0 123,5 111,5 156,5 192,9 210,0 1995,3 Brilho Solar (h) 233,2 192,5 208,7 262,2 208,1 215,1 207,4 215,6 161,4 218,0 269,4 226,5 2617,7 Precipitação Pluvial 12,1 53, ,1 142,7 116,3 246,5 120,8 102,6 142,0 25,9 17,3 1064,4 (mm) Velocidade do vento a 2m (m/s) 1,5 1,4 1,3 1,4 1,1 1,1 1,2 1,4 1,1 1,3 1,3 1,5 1,3 Velocidade do vento a 4m (m/s) 1,8 1,7 1,6 1,5 1,3 1,2 1,4 1,5 1,3 1,5 1,6 1,8 1,5 Tabela 2. Resumo geral dos elementos meteorológicos para região de Rio Largo-Al, ano 1999, para períodos decendial (Dec.), mensal e anual, como também, valores médios de precipitação do período de Período mais (ABR- AGO)/Média Período menos (SET-DEZ) Nº de dias sem chuva PRECIPITAÇÃO PLUVIAL (mm) Máximo diário (17/07) Máximo decendial (Dec. 20) Máximo mensal (Julho) Total Anual / Média / / / (Dec. 7) TEMPERATURA MÁXIMA DO AR (ºC) (Dec. 24) (Março) Mínima mensal (Agosto) (Dec. 5) TEMPERATURA MÍNIMA DO AR (ºC) (Dec. 26) (Fevereiro) Mínima mensal (Agosto) (Dec. 7) EVAPORAÇÃO DO TANQUE CLASSE A (mm) (Dec. 26) (Janeiro) Mínima mensal (Julho)
8 Tab.2 cont. (Dec. 33) (Dec. 26) BRILHO SOLAR (horas) (Novembro) Mínima mensal (Setembro) (Dec. 20) UMIDADE RELATIVA DO AR (%) (Dec. 11) (Agosto) Mínima mensal (Abril) VELOCIDADE DO AR (km.h -1 ) Mínima mensal 2m 4m 2m 4m 2m 4m 2m 4m 2m 4m 2m 4m (Dec. 35) (Dec. 35) (Dec. 18) (Dec. 18) (Jan/ Dez) (Jan) (Jun) (Jun)
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